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TB Basiloscopy Manual
TB Basiloscopy Manual
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Manual de Baciloscopia
da Tuberculose
Maputo, 2012
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLO DA TUBERCULOSE
INSTITUTO NACIONAL DE SAÚDE
Manual de Baciloscopia
da Tuberculose
Maputo, 2012
FICHA TÉCNICA
Coordenação:
Egídio Langa – Chefe do PNCT
Eduardo Samo Gudo - Chefe do departamento da rede de laboratórios e serviços de referência - INS
Elizabeth Coelho – Chefe Nacional das Baciloscopias
Sofia Viegas – Coordenadora dos Laboratórios de Referência da Tuberculose
Autores:
Esmeraldo Ezembro – Biólogo – LNRT/INS
Khalid Azam – Biólogo – Responsável do LNRT/INS
Nureisha Cadir – Bióloga – Responsável Interina do LNRT/INS
Colaboradores:
Zaina Cuna – Médica – PNCT
Carla Madeira – Bióloga – LNRT/INS
Cátia Bila – Bióloga – LNRT/INS
Irene Gune – Bióloga – LNRT/INS
Salomão Maungate – Técnico Superior N1 – LNRT/INS
Mercedes Fernandes – Técnica de laboratório – LNRT/INS
Leonel Fernando – Técnico de laboratório – LNRT/INS
João Manuel – Técnico de laboratório – LNRT/INS
Joaquim Dimande – Técnico de laboratório – LNRT/INS
Josefa Melo - Bióloga – FHI360
José Machado Almeida – Biólogo – FHI360
Tiragem:
Editor:Ministério da Saúde/PNCT & INS
Apoio:Family Health International (FHI 360)
Concepção Gráfica: DesignPrint
Prefácio
A tuberculose constitui um sério problema de Saúde Pública em Moçambique, sendo
uma das principais causas de morbilidade e mortalidade da população. Dentre os
grupos mais vulneráveis destacam-se os adultos jovens entre os 15 a 49 anos de
idade, as crianças com menos de cinco anos e as pessoas vivendo com o HIV/SIDA.
Ministro da Saúde
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem a Dra. Paula Samo Gudo e a todos os colaboradores, revisores e aqueles
que directa ou indirectamente contribuíram para que esta publicação se tornasse possível.
Um agradecimento especial ao Projecto TBCARE I da FHI360 pelo apoio na impressão do manual.
LISTA DE ACRÓNIMOS
01. INTRODUÇÃO........................................................................................................................................................01
02. ............................................................................................................02
CLASSIFICAÇÃO DA TUBERCULOSE
05. ..................................................................................
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA TUBERCULOSE .. 06
06. .................................................................................07
MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE
......................................................................................................................43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
01 1. INTRODUÇÃO
A transmissão da forma mais comum de TB, a pulmonar, ocorre pela emissão de bacilos durante
a fala, espirro ou tosse. Portanto, quanto maior o número de pessoas com expectoração bacilífera
na comunidade, maior será a probabilidade de disseminação da TB (Ministério da Saúde, 2007;
Ministério da Saúde, 2008).
Cerca de um terço da população mundial está infectada pela TB (WHO, 2003; Gueiter, 2007; Dye,
2006), ocorrendo anualmente cerca de nove milhões e oitocentos novos casos e quase
quatro mil e quinhentos mortes no mundo. Apontam-se como factores que contribuem para este
cenário: o baixo nível económico das populações, a emergência da pandemia do HIV/SIDA, e o
surgimento de estirpes multiresistentes aos fármacos, particularmente à Rifampicina e
Isoniazida (Campelo et al., 2001; Cobertt et al. 2003; Ministério da Saúde, 2007)
O controlo efectivo da TB depende de vários factores, dentre eles, a detecção precoce dos casos.
Portanto, apesar de existirem vários métodos de diagnóstico da TB, a baciloscopia pelo método de
Ziehl-Neelsen continua sendo o método mais acessível por ser um exame simples, rápido, barato,
e não necessitar de pessoal técnico altamente qualificado para a sua execução (Campelo et al.,
2001; Takao et al. 2005; Keeler, 2006 e Ministério da Saúde, 2008).
Em países com poucos recursos, como é o caso de Mocambique, a baciloscopia pelo método
de Ziehl-Neelsen é a técnica de eleição recomendada pelo Programa Nacional de Controlo da
Tuberculose (PNCT) para o diagnóstico da TB, especialmente da forma pulmonar (MISAU, 2007).
Contudo, ela deve ser realizada de maneira correcta, desde a colheita da expectoração até a
leitura e interpretação dos resultados. De acordo com Souza et al. (2007), a baciloscopia, quando
executada correctamente detecta 70 a 80% dos casos de TB pulmonar numa comunidade.
É neste contexto que o presente manual foi concebido, com o objectivo de padronizar as técnicas
para o diagnóstico da TB através da baciloscopia pelo método de Ziehl-Neelsen, e servir de guia
aos Técnicos de Laboratório.
A TB é uma doença que acomete principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em
qualquer outro órgão ou ainda afectar vários órgãos do corpo humano simultaneamente,
formando lesões nodulares ou tubérculos, daí o nome Tuberculose. A figura 1 mostra as formas
mais comuns de TB, segundo os orgãos afectados no corpo humano.
Meningite Tuberculosa
TB Pericárdia TB Ganglionar
TB Hepática TB Pulmonar
Pleural
TB Cutânea
TB Renal
TB Óssea
Fonte:
Campelo et al., 2001
Figura 1.
Formas mais comuns de TB, segundo os orgãos afectados no corpo humano.
O agente causador da TB foi descoberto pela primeira vez em 1882, pelo Alemão Robert Koch.
Trata-se de uma bactéria em forma de bastonete, daí a designação bacilo (figura 2).
Cromossoma
Grânulos de
polifosfato
Parede Celular
Fonte:
Campelo et al., 2001
Figura 2.
Caraterísticas morfológicas do agente causador da TB (Bacilo de Koch)
• M. tuberculosis
• M. bovis
• M. africanum
• M. microti
• M. canetti
Para além dessas espécies, existem pelo menos 81 outras espécies de micobactérias classificadas
como atípicas. Estas não causam TB, mas podem causar doença em determinadas circunstâncias
como é o caso dos imunodeprimidos (Viveiros e Atouguia, 2007).
Cada organelo que constitui a bactéria M. tuberculosis possui funções e características específicas:
Ácido micólico
Arabinoglicana
Fonte:
Campelo et al., 2001
Figura 3.
Ultraestrutura da parede celular das micobactérias
Figura 4.
Propagação de gotículas e emissão de aerossóis
O esquema abaixo apresenta o risco relativo por exposição ao bacilo segundo o nível de
atendimento ao paciente:
Figura 5.
Grau de risco segundo a exposição.
No laboratório, o grau de risco nas actividades cresce segundo a sua complexidade, pois a
concentração de bacilos também aumenta.Veja figura 6.
Teste de sensibilidade
Risco
Cultura
Baciloscopia
Figura 6.
Grau de risco segundo a complexidade das actividades.
Nota:
O ar do ambiente remove os aeróssois e os bacilos neles contidos são mortos pela luz solar
directa que contém raios ultravioletas (UV). O desenvolvimento da TB depende muito da
competência imunológica do indivíduo, pois apenas cerca de 10% a 20% das pessoas que
entram em contacto com o bacilo desenvolvem a doença.
a) Exame clínico:
Possibilita ter o diagnóstico preliminar da doença baseando-se nos sintomas apresentados pelo
paciente, porém, precisa de ser confirmado por outros exames.
7. A BACILOSCOPIA
Nota:
Nas amostras de sangue recomenda-se a realização da cultura por estas serem paucibacilares.
A:
B:
Fonte:
Campelo et al., 2001
Figura 7.
A - Curva baciloscópica de um caso de sucesso de tratamento (Cura de doença);
B - Curva baciloscópica de um caso de falência de tratamento
a) Tuberculose Pulmonar
• Expectoração,
• Lavado brônquico,
• Lavado bronco-alveolar,
• Lavado gástrico,
• Fragmento de tecido pulmonar (biópsia pulmonar).
b) Tuberculose extra-pulmonar
• Urina,
• Líquido corporal: pleural, peritoneal, ascítico, sinovial, pericárdico, líquido cefalo-raquidiano
(LCR), etc.
• Secrecções ganglionares,
• Fragmentos de tecidos (biópsias cutâneas, de vísceras, pleura, nódulos, ossos, etc),
• Secrecções purulentas (pús),
• Sangue, no caso de TB sistémica (bacterémia) e aspirado de medula.
A colheita de expectoração deve ser feita em escarradores estéreis fornecidos pela Unidade
Sanitária ou pelo laboratório. Os escarradores devem ter as seguintes características:
Figura 8.
Escarradores para a colheita de expectoração
É importante manter contacto visual, concentrar-se nele, manter fisionomia receptiva, usar
linguagem simples e de fácil entendimento. Informar que a melhor amostra é a proveniente da
árvore brônquica (pulmões); a saliva ou secreções nasais são inadequadas para o exame, e são
necessárias duas amostras de expectoração para um diagnóstico ideal.
Colheita da 1ª amostra:
• Lavar a boca ou buchechar com água corrente para retirar partículas alimentares;
• Inspirar o ar profundamente pelo nariz, reter o ar por alguns segundos no pulmão, e expirar
lentamente pela boca (realizar este procedimento duas vezes);
• Na terceira vez, inspirar o ar profundamente pelo nariz, reter o ar por alguns segundos no
pulmão, e expirar forçando a tosse;
• Colher a expectoração directamente para o escarrador;
• Se necessário repetir estes procedimentos até atingir um volume de 5 a 10ml de expectoração;
• Fechar bem o escarrador e entregar ao profissional de saúde.
Nota:
A 1ª amostra deve ser colhida de imediato, isto é, no local da consulta; num sítio arejado e
distante das pessoas. Se não for possível realizar a colheita no local da consulta, o paciente
deve colher a noite, antes do jantar. O profissional de saúde deve entregar os escarradores já
identificados e simular a técnica de colheita durante as orientações de colheita.
Colheita da 2ª amostra:
• Instruir o paciente a tomar muitos líquidos durante o dia (água, sumos, etc.) e a se deitar
sem almofada, caso tenha dificuldades de expectorar;
• Realizar a 2ª colheita no dia seguinte, logo ao acordar, seguindo as orientações acima descritas.
• Levar o escarrador até ao profissional de saúde o mais rápido possível, protegendo-o do sol.
O local ideal para a colheita de expectoração imediata (no momento da consulta) é o Centro
de Saúde ou o laboratório que faz baciloscopias porque a amostra é recente, a colheita é
supervisionada, permite repetição imediata caso necessário. Esta deve ser realizada numa sala
com condições específicas de biossegurança para colheita, caso não haja, recomenda-se que a
colheita seja realizada ao ar livre num lugar arejado ou com ventilação.
Nota:
Tratar todas amostras como potencialmente patogénicas (causadoras de doença).
7.9.1. Paciente
Nota:
As amostras devem ser acompanhadas de um livro/caderno de protocolo de entrega.
Tampa com
fechamento hermético
Fonte:
Ministério de Saúde, 2008
Figura 9.
Caixa térmica usada no transporte de amostras
O envio de amostras aos Laboratórios de Referência da Tuberculose é feito quando são necessários
exames adicionais à baciloscopia como é o caso da cultura, identificação de micobactérias e
testes de sensibilidade à antibióticos. O esquema abaixo ilustra o fluxo de envio das amostras
desde os Centros de Saúde dos distritos até aos Laboratórios de Referência.
(Baciloscopia - 1 dia;
Retroinformação Cultura - 8 semanas;
testes de sensibilidade - 28 dias)
cultura em meio
líquido 6 - 9 dias
Lab. Provincial
Retroinformação
Figura 10.
Fluxo de envio de amostras e resultados.
No acto de recepção das amostras o profissional de saúde deve seguir as seguintes instruções:
• Abrir as caixas e verificar se as amostras estão íntegras. Caso haja vasamento ou derrame
da expectoração, anotar no livro de rejeição e na requisição correspondente, e solicitar novas
amostras ao remetente,
• Proceder imediatamente o descarte das amostras derramadas, colocando-as num tabuleiro e
envolvendo-as em papel toalha, gaze ou ainda em algodão embebido em fenol a 5%,
• Descartar os sacos plásticos que envolviam as amostras e descontaminar as caixas térmicas
com álcool a 70% ou fenol a 5%, seguindo as normas de biossegurança,
• Às amostras em condições de serem processadas, atribuir o número de registo na tampa e
corpo dos escarradores, bem como nas respectivas requisições,
• Avaliar a qualidade das amostras (figura 11) obsevando o aspecto macroscópico das mesmas
e anotar no livro de registo laboratorial.
Figura 11.
Avaliação macroscópica da expectoração.
Uma vez feito o registo e atribuição do número de ordem laboratorial, as amostras podem ser
processadas, isto é, submetidas a baciloscopia ou cultura.
a) Lamparina,
b) Ansa metálica de 3mm,
c) Lâminas novas e limpas desengorduradas em álcool absoluto,
d) Frasco com areia e álcool a 70%,
e) Tabuleiro com papel-toalha e fenol a 5%.
Figura 12.
Parte purulenta da amostra por colher
com ansa durante a execução do esfregaço.
Atenção:
a parte que contém o esfregaço deve estar voltada para cima, isto é, a chama deve atingir a
parte de baixo do esfregaço (figura 13).
Figura 13.
Fixação do esfregaço.
a) Colocar as lâminas sobre um suporte, com a parte do esfregaço voltada para cima,
b) Cobrir as lâminas na totalidade com fucsina a 0.3%,
c) Aquecer as lâminas lentamente até a emissão de vapor,
d) Deixar arrefecer 5-7 minutos,
e) Lavar as lâminas com água corrente,
f) Cobrir as lâminas com a solução álcool-ácido ou ácido sulfúrico a 20%,
g) Deixar actuar durante 2 minutos,
h) Lavar com água corrente, repetir a operação se necessário,
i) Cobrir as lâminas com azul de metileno a 0.3%,
j) Deixar actuar durante 2-3 minutos,
k) Lavar com água corrente e secar ao ar livre.
Nota:
Aconselha-se a filtrar a fucsina e o azul de metileno com papel de filtro e não deixar ferver a
fucsina, nem secar as lâminas durante o processo de aquecimento.
Bom Bom
Figura 14.
Aspectos adequados e inadequados de esfregaços (tamanho e expessura).
Figura 15.
Formas de apresentação de BAAR ao microscópio.
12 Figura 16.
Quadrantes e forma de leitura
de um campo microscópico.
9 3
6
Manual de Baciloscopia da Tuberculose
e) Anotar o número total de bacilos contabilizados no papel quadriculado de 20
leitura microscópica, onde cada grelha corresponde a um campo (figura 17).
Figura 17.
Papel quadriculado usado na leitura microscópica
Para mudar de campo durante a leitura microscópica, procura-se um ponto de referência, que
pode ser um artefacto, uma fibra, um bacilo, etc. Partindo do ponto 3 move-se o campo até o
ponto 9 do campo seguinte, como mostra a figura 18.
12 12
9 39 3
6 6
Figura 18.
Mudança de um campo para outro durante a leitura microscópica.
Por exemplo:
a) Material
• Frasco
• Funil
• Papel de pesagem
• Provetas graduadas
• Frascos de reagentes limpos
• Etiquetas
b) Reagentes químicos
• Fucsina básica
• Fenol
• Álcool
• Azul-de-metileno
• Ácido sulfúrico
• Água destilada
c) Equipamento
• Balança
• Agitadores magnéticos
Diversos
• Luvas
• Bata de laboratório
• Óculos de protecção
• Lâminas de controlo de qualidade
• Caderno ou livro de registo
Por exemplo:
Sabe-se que o teor recomendável do pó da fucsina básica é de 85%, para preparar uma solução
de fucsina básica a 0.3%, a partir de 3g. Se o teor do pó da fucsina básica fôr de 75%, este
equivale ao decimal de 75% = 0.75. Então 3g / 0.75 = 3.99 g = 4.0g. Portanto, será necessário
pesar 4.0g de pó de fucsina básica para preparar uma solução de fucsina básica a 0.3%.
A água para preparação de soluções deve estar livre de micobactérias, daí que deve ser destilada
ou purificada e esterilizada.
Nota:
Nunca usar água da chuva, da torneira ou água fervida para preparar soluções pois contém
impurezas.
Reagentes
Preparação:
Reagentes
Preparação:
Reagentes
Preparação:
Reagentes
Preparação:
a) Corar duas lâminas: uma positiva e outra negativa de resultados previamente conhecidos,
b) Verificar se o fundo é azul,
c) Registar o resultado da obsevacão microscópica,
d) Registar os resultados no livro de controlo de qualidade de reagentes.
Cada frasco ou recipiente com reagente deve ser rotulado pelo menos com:
• Nome do reagente,
• Data de preparação e prazo de validade (3 Meses).
Armazenar todos os reagentes em local fresco e fora do alcance directo da luz solar.
Álcool PA A 70% é usado para É altamente A temperatura ambiente, Segundo o Na rede de esgoto comum
desinfecção das mãos, inflamável e longe do lume ou faíscas fabricante, ou em abundante água
bancadas e preparação de tóxico 12 meses após a
reagentes preparação
Ácido A 20% ou 25% é usado na É corrosivo, Ao abrigo da luz solar em Segundo o Na rede de esgoto
Sulfurico PA descoloração no Método de irritante e frascos escuros ou de vidro fabricante ou 3 comum em abundante
Ziehl - Neelsen altamente esfumado e a temperatura meses após a água, depois de diluidas
tóxico ambiente, em local sem preparação
humidade e longe do lume
Ácido A 0,5% ou 3% é usado É corrosivo, Ao abrigo da luz solar em Segundo o Na rede de esgoto
Clorídrico PA como descorante no irritante e frascos escuros ou de vidro fabricante ou 3 comum em abundante
método de fluorescência altamente esfumado e a temperatura meses após a água, depois de diluida
e no método de tóxico ambiente, em local sem preparação
Ziehl - Neelsen humidade e longe do lume
Solução A 3% usada como É corrosivo, A temperatura ambiente, 3 meses após a Na rede de esgoto
Álcool-Ácido descorante no método de irritante e em local sem humidade e preparação comum em abundante
Ziehl- Neelsen tóxico longe do lume água
Fucsina A 0,3% ou 0,5% é usado na É tóxico Ao abrigo da luz solar em 12 meses após a Na rede de esgoto
básica coloração de Ziehl- Neelsen frascos escuros ou de vidro preparação comum em abundante
esfumado e a temperatura água
ambiente, em local sem
humidade e longe do lume
Azul de A 0,1% ou 0,3% é usado na É tóxico Ao abrigo da luz solar em 12 meses após a Na rede de esgoto em
metileno a coloração de Ziehl- Neelsen frascos escuros ou de vidro preparação abundante água
esfumado e a temperatura
ambiente
Óleo de Usado como refratante É tóxico A Temperatura ambiente Segundo o Na rede de esgoto
Imersão de raios luminosos na fabricante comum em abundante
observação microscópica água
Solução de A 0,01% é usado no Método É uma Ao abrigo da luz solar em 3 meses após a Na rede de esgoto
Auramina O de fluorescência substância frascos escuros ou de vidro preparação comum em abundante
cancerigena esfumado e a temperatura água
ambiente
Solução A 0,5% é usado como É tóxico A Temperatura ambiente 3 meses após a Na rede de esgoto
Álcool-Ácido - descorante no método de preparação comum em abundante
Auramina fluorescência água
Permanganato A 0,5% é usado como É tóxico Ao abrigo da luz solar em 3 meses após a Na rede de esgoto
de Potássio descorante no método de frascos escuros ou de vidro preparação comum em abundante
fluorescência esfumado e a temperatura água
ambiente
Atenção:
o descarte de substâncias e resíduos químicos deve
ser de acordo com as regras de proteção ambiental.
Manual de Baciloscopia da Tuberculose
27 10. MICROSCÓPIO ÓPTICO COMPOSTO
Figura 19.
Composição do microscópio óptico composto.
Legenda:
Parte mecânica
Parte óptica
a) Colocar sempre o microscópio numa mesa ou bancada plana e estável, nunca nos bordos,
b) Evitar colocar o microscópio perto de reagentes químicos, água ou descargas de gás corrosivo,
c) Quando não estiver em uso, manter o microscópio na sua caixa ou protegê-lo da poeira
usando uma capa plástica,
Parte - I
2) Identifique as figuras:
(1) (2)
1 ___________________________________________________________________________________________
2 ___________________________________________________________________________________________
3 ____________________________________________________________________________
4 ____________________________________________________________________________
5 ____________________________________________________________________________
Parte - II
A B C D
Manual de Baciloscopia da Tuberculose
30
A____________________________
B____________________________
C____________________________
D____________________________
Parte - III
a) Sintomáticos respiratórios,
b) Comunicantes de casos de TB,
c) Suspeitos radiológicos,
d) Pessoas com condição social e doenças que predisponham a TB,
e) Todas alternativas estão corretas.
a) Devem ser colhidas duas amostras, uma no momento da suspeita e a segunda no dia
seguinte ao despertar,
b) Pode ser armazenada na geleira por até 5 dias,
c) É um método simples e barato,
d) As amostras devem ser encaminhadas de preferência no mesmo dia da colheita
para o laboratório,
e) Todas as alternativas são corretas.
a) Da árvore brônquica,
b) Da faringe,
c) De aspirações de secreções nasais e pulmonares,
d) Da faringe, de secreções nasais e da árvore brônquica,
e) Da saliva e pulmonar.
a) 3 a 4 ml
b) 2 a 5 ml
c) 5 a 10 ml
d) 10 a 20 ml
e) 15 a 20 ml
7. Na colheita de expectoração:
Parte - IV
1. Dada a figura a baixo diga como classifica o tamanho dos esfregaços e identifique outros
problemas?
R/___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
2 x 3 cm 1 x 2 cm
A B
R: ___________________________________________________________________________________________
3. No que se refere a espessura dos esfregaços, qual deles classifica como demasiado fino,
bom e demasiado espesso?
1 2 3 4 5
R: ___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Manual de Baciloscopia da Tuberculose
34
R: _______________________________________________________________________________________
6. Dada a figura abaixo explique qual é o efeito do não aquecimento da fucsina até produzir
vapor?
R: _____________________________________________________________________________________
7. Qual das situações explica a figura abaixo: descoloração por mais de um minuto e
concentração de azul de metileno maior que 0,3%?
A B
R:________________________________________________________________________________________
A B C D
E F
R:
A______________________________ B ________________________________________
C______________________________ D ________________________________________
E______________________________ F_________________________________________
G______________________________
9. Diga quais são as possíveis implicações que esses erros da preparação de esfregaços podem
ter no resultado? E como evitá-los?
R: ______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
R: _____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Manual de Baciloscopia da Tuberculose
Parte - V 36
1. Dadas as figuras abaixo que se referem aos procedimentos da baciloscopia descreva cada
uma delas:
Q____________________ R______________________
Parte - VI
Legenda:
11 ____________________ 12 ________________________
Parte - I
Parte - II
Parte - III
Parte – IV
1- O tamanho é regular, ou seja bom, porém o problema está no facto das lâminas terem sido
marcadas por um marcador à tinta, em vez de serem marcadas com lápis de diamante ou
de carvão; pois durante a coloração a tinta pode descorar com soluções álcool-ácido e
perder-se a identificação das lâminas.
2 - B)
4 - 1- O problema está no facto da lâmina ter sido marcada com um marcador à tinta (feltro),
5 - A fucsina não adere às micobactérias em apenas 2 minutos; aos 3 minutos fica um pouco
aderente; e aos cinco minutos fica mais aderente, tornando mais visíveis as micobactérias.
6 - Quando não se aquece a fucsina fica pouco aderente à parede celular das micobactérias,
pois com o aquecimento, o calor faz com que a fucsina penetre através da parede celular
(bicamada lipídica) das micobactérias para o interior (citoplasma celular).
9 - As possíveis implicações desses erros resultantes da má preparação das lâminas são: podem
induzir a falsos positivos ou falsos negativos. Daí que para evitar estes tipos de erros deve-se
observar rigorosamente os procedimentos técnicos descritos nos Procedimentos Operacionais
Padrão de baciloscopia.
C - Preparação do esfregaço,
Parte - VI
1.
2. Legenda:
1. Cobertt E. L. et al. ( 2003). The growing burden of tuberculosis: the global trends and
interaction with HIV Epidemic - Departament Of Infectious And Tropical Diseases,
London School of Hygiene and Tropical Medicine, London, Englad, UK. 163 (9): 1009-21
5. Isemberg, H. D. (2004). Clinical Microbiology Procedures Handbook. 2nd Edition. ASM Press.
Washington D.C.
6. Keeler, E. et. al.(2006). Reducing The Global Burden Of Tuberculosis: The Contribution Of
Improved Diagnostics. Nature. International Weekly Journal Of Science. 49-57p.
10. Relatório de uma Cimeira Urgente da África Austral em Matéria de Advocacia sobre
Tuberculose e o HIV (2007) Enfrentando a Críse de Tuberculose/HIV na África Austral: Uma
Agenda em Matéria de Advocacia Para os Governos, Trabalhadores de Saúde,
Investigadores, Sociedade Civil, Agências Regionais e Internacionais. Joanesburgo. África do
Sul. 26 p.