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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ

RELATÓRIO DA DISCIPLINA LABORATÓRIO DE METODOLOGIA


TEMPO DE REAÇÃO HUMANA

NOME - MATRÍCULA

Itajubá
2020
Resumo
​Este relatório trata-se de uma análise e exposição dos resultados obtidos em
experiência realizada no Laboratório de Metodologia Científica da Universidade
Federal de Itajubá (UNIFEI) - Minas Gerais. O experimento aborda o Intervalo de
tempo entre reconhecer determinada situação e agir em resposta da mesma e é
conhecido como “Tempo de reação humana”. E esse foi o tema da prática “Tempo
de reação humana”. Utilizando uma régua simples e um eletroímã,o objetivo da
prática era medir a distância, em milímetros, que um integrante do grupo deixava a
régua cair, para que assim pudesse ser descoberto o tempo de reação média do
mesmo. Por isso, a prática foi realizada cinquenta vezes.

1. Introdução
O corpo de um indivíduo tende a se manter alerta quando em situações de
risco ou de emergência, fazendo com que o mesmo fique atento para tudo ao seu
redor. Quando em situações desse tipo, o tempo de reação humana diminui quando
comparado com os de situações comuns e diárias, devido ao fato de que quando o
cérebro suspeita de determinada ocasião, todas as funções do corpo humano ficam
em estado de alerta, prontas para reagir a qualquer risco iminente.
O tempo de reação é fundamental para o sucesso em diversas atividades, como
por exemplo para um motorista que deseja evitar um possível acidente no trânsito,
para uma dona de casa que deseja evitar a queda de um copo, ou até mesmo para
um goleiro que deseja defender um pênalti em uma final de Copa do Mundo. O
tempo médio para o cérebro processar as informações que está recebendo e definir
uma ação varia entre 0,1 e 0,4 segundos.
Portanto, o tempo de reação de uma pessoa pode ser calculado com um simples
experimento, através do qual se deve soltar uma régua sem aviso prévio para que
ela caia em queda livre, até que o indivíduo em questão a segure. Para isso, o
mesmo deve apoiar a sua mão próxima a ponta de baixo da régua para tentar
segurá-la no instante em que ela for solta, mas sem mover o braço. O tempo de
reação é responsável pela queda de alguns milímetros até que a pessoa consiga
segurar a régua. E é através desses milímetros que será calculado o tempo de
reação do indivíduo e a distância percorrida entre o momento em que o circuito é
aberto e o momento em que o voluntário consegue "pinçar" a régua é utilizada pela
fórmula :
t = √2d/ g (I)
onde g é a gravidade local, para calcular o tempo de reação humana, fazendo
possível o objetivo do experimento. Procedimento o qual foi realizado e irei expor os
resultados neste relatório.
2. Objetivo
Determinar o tempo médio da reação humana e sua respectiva incerteza.

3. Materiais
Os materiais utilizados para o experimento se encontram na tabela a seguir :

Materiais

Eletroímã, fonte, fios, interruptor e suporte;

Régua milimetrada com aparato de metal para fixação;

Lápis, Calculadora Científica e Folha de dados.

​ ​Tabela 1 : ​Materiais usados para o experimento experimental.

4. Procedimento Experimental

● Deve-se escolher um voluntário,cujo tempo de reação seja medido.


● É feito, no dedo indicador do voluntário, um traço fino em caneta ( ver Figura
1), para servir de referência para as leituras dos comprimentos.

● Suspende-se a régua no eletroímã perfeitamente na vertical fazendo ângulo


perpendicular com a bancada.

● O voluntário escolhido deverá apoiar seu braço completamente na bancada


(do cotovelo ao pulso) deixando os dedos indicador e polegar na forma de
pinça ( ver Figura 2), sem tocar a régua. O traço feito no dedo indicador
deverá estar coincidente como zero da régua. O escolhido não deverá olhar
reação no interruptor, mas se ater à régua.

● O escolhido de ver a apanhar a régua apenas pinçando o polegar com o


indicador, sem mover o braço.
● Os passos (3), (4) e (5 ) foram repetidos 50 vezes, anotando as distâncias de
queda da régua na 1( página 6), com incerteza de medida µ( precisão da
régua/2) = 0,5mm.

Medida n distância (mm) erro (mm) Medida n distância erro (mm)


(mm)

1 170 1 26 88 1

2 168 1 27 65 1

3 182 1 28 98 1

4 138 1 29 116 1

5 137 1 30 86 1

6 200 1 31 90 1

7 151 1 32 123 1

8 135 1 33 124 1

9 162 1 34 101

10 193 1 35 126 1

11 109 1 36 165 1

12 113 1 37 98 1

13 107 1 38 154 1

14 98 1 39 112 1

15 73 1 40 125 1

16 179 1 41 95 1

17 229 1 42 124 1

18 153 1 43 161 1

19 139 1 44 107 1

20 109 1 45 211 1

21 145 1 46 153 1

22 200 1 47 103 1

23 91 1 48 63 1
24 81 1 49 87 1

25 112 1 50 70 1
Tabela 2 : ​Dados tempo e reação

5. Cálculos Complementares

Utilizando gravidade (g) = 9785,20mm/s² e a fórmula para cálculo do tempo :


t(s) = √2d / g
calcularam-se os tempos (em segundos) correspondentes às quedas da
régua,anotando os dados na Tabela 2(página 7).
Calculou-se a média desses valores com a fórmula (0,15 s)
Calculou- se o desvio padrão (0,03 s )
Medida do tempo de reação : (0,15 +- 0,03) s

Medida (mm) Tempo (s)

170 0,185303996

168 0,185303996

182 0,192870514

138 0,167946009

137 0167336403

200 0,202183236

151 0,175678501

135 0,166110478

162 0,181964912

193 0,198613516

109 0,149259985

113 0,151974025

107 0,147884288
Tabela 2 : ​Tempo de queda d´água
7. Conclusão
O tempo médio de reação humana foi comprovado, chegando ao resultado
médio de (0,17 ± 0. 02) segundos. Este é o tempo médio que o ser humano demora
para interpretar corretamente uma situação e realizar uma ação, sendo consciente
ou por reflexo.
O fato do tempo de reação depender da condição física e do estado emocional do
indivíduo, a imprecisão dos instrumentos de medida, assim como as limitações dos
sentidos humanos pode gerar polêmica em torno dos resultados obtidos. Porém,
conclui-se por esses mesmos fatores, que o tempo de reação é variável de pessoa
para pessoa e que a aproximação máxima dos resultados de uma verdade
científica, em qualquer experimento físico requer repetições e muitos cuidados.
8​. ​Referências bibliográficas
DRAPER, S.; MCMORRIS, T.; PARKER, J. K. Effect of acute exercise of differing
intensities on simple and choice reaction and movement times. Psychology of Sport
and Exercise, v. 11, n. 6, p. 536-541, Nov 2010.

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