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helle M.
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OR
Rei Briincalhã
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Traduç
ução e Re
Revisão In
nicial: Laaura Carrrez
Equiipe de Segunda
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Revisão:: Adrianaa Leal, A
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Nora, Carina
C Pereira,
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Revvisão Fin
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matação:: Eli Salees
INFO
ORMA
AÇÃO SOBRE
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01
1 -O Rei Selvageem – Disttribuídoo
02 – O Rei B
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03 - O Príncipe
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04 - The R
Rogue Prince
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05 - The P
Pirate Prince
P – Na
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2
3
4
SINOPSE
5
OPINIÃO DA TRADUTORA Laura Carrez
6
“A tradução em tela foi efetivada pelo Grupo Pégasus
Lançamentos de forma a propiciar ao leitor o acesso à
obra, incentivando-o à aquisição integral da obra literária
física ou em formato e-book. O grupo tem como meta a
seleção, tradução e disponibilização apenas de livros sem
previsão de publicação no Brasil, ausentes qualquer forma
de obtenção de lucro, direto ou indireto.
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Capítulo 01
Tori Elliot, a digníssima cientista, abriu a boca. Seu coração batia
furiosamente no peito, batendo tão forte que ecoava em seus ouvidos. Por
um momento, nenhum som saiu dela enquanto ela mantinha os olhos
voltados para frente. Houve uma pausa dramática e tudo ao seu redor
estava em silêncio mortal.
Tori não se importava realmente sobre onde eles estavam. Seu último
trabalho, testando compostos minerais a quatorze mil metros abaixo da
superfície de gelo de Sintaz, tinha sido um grande sucesso. Com o bônus
que a empresa de perfuração havia lhe dado, ela tinha feito créditos
espaciais suficientes para manter-se em alto estilo, pelo menos, por um par
de anos. Ela planejava pegar esse dinheiro e ter um longo mês de
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tratamento em um SPA em Quazer quando ela descobriu seu próximo
trabalho.
— Dra. Elliot.
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— Está tudo bem, Dra. Elliot? — Fontaine perguntou. Ele era um
homem idoso com cabelos negros envelhecidos. Usava o macacão preto da
companhia coberto por um jaleco branco. Tori não havia tido muito contato
com ele em Sintaz, uma vez que ele havia permanecido na superfície,
enquanto ela fora abaixo do solo com a sua tripulação. — Você parece
corada.
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Por que meus registros privados foram entregues? Com a conclusão de
minha última missão, sou tecnicamente um passageiro civil.
Se a AIH queria que ela encabeçasse uma equipe, ela sabia que teria
que encabeçar a equipe. Eles poderiam pagar, mas ela não estava feliz
sobre ser forçada a fazer um trabalho. Tecnicamente, ela teria de receber
uma “escolha”, mas se ela se recusasse eles poderiam tornar o resto de sua
carreira um pesadelo.
Bem, Fontaine tinha dito que seria apenas alguns dias de atraso por
isso não deveria ser tão ruim assim. Eles provavelmente tinham um
acidente no tanque de um navio vazando minério líquido em uma área
isolada, ou algum outro tipo de desastre ecológico. Por que mais eles
precisariam dela? Suas especialidades eram biologia alienígena e geologia.
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— Doutor, — disse Tori, assentindo. O espelho piscou e ela ficou
mais uma vez a sós com seu reflexo. Sob sua respiração, ela sussurrou, —
Boa vontade minha bunda!
O que a AIH queria com ela? Ela não se sentia com vontade de
trabalhar. Ela precisava de uma pausa... tempo, férias relaxantes em um
lugar que não tinha temperaturas árticas o ano todo.
Tori suspirou. Com seu bom humor atenuado pelo rumo dos
acontecimentos. A música começou de novo de onde tinha sido desligada,
mas ela já não estava mais no clima. Irritada, ela comandou, — Música.
Desligar. Cama.
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rios e pântanos. Pela aparente altura das árvores, ela achava que eles eram
cercados por umidade excessiva.
— Tudo que você precisa já foi montado para você, Dra. Elliot.
Quanto à sua equipe, você vai comandar todos os cientistas a bordo deste
navio pela duração da missão. — Franklin fez uma pausa e Tori
instantaneamente encheu o silêncio.
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— Sim, eu quero, — afirmou facilmente, como se fosse uma
ocorrência diária ao invés de uma enorme atribuição profissional como
esta.
Tori engoliu em seco. Mesmo que fosse por apenas alguns dias, o
fato de que a AIH fosse selecioná-la no meio de centenas para lidar com
sua “emergência intergaláctica” faria volume em seu currículo, sem
mencionar no quanto iria ganhar. Ela tentou não ficar nervosa. Ela não
podia estragar seu seja-lá-o-que-fosse. Ela se perguntou qual parte do seu
registro de trabalho tinha os impressionado. A categorização biológica em
Denat 7? O tempo que ela fora a segunda no comando e auxiliou na
limpeza do vazamento mineral em Merca? Suas numerosas publicações
sobre o sequenciamento de DNA e sua aplicação para a ciência exploratória
moderna?
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se eles foram contaminados. Também será o seu trabalho se certificar a
situação está contida. — Franklin pausou novamente e Tori se perguntou se
ele estava fazendo isso pelo efeito dramático. Isso não era realmente
necessário. O que ele dissera era dramático suficiente por si só. — Você
terá a equipe lá em baixo com você por um dia. Espero que os utilize de
forma eficiente e consiga concluir o trabalho durante esse tempo.
— Isso é tudo?
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creditadas em sua conta, como bem como um adiantamento da AIH por
este trabalho. Eu poderia sugeri-la como voluntária para a tarefa, Dra.
Elliot. Se nós tivermos que forçá-la a fazer isso, você não receberá
pagamento.
— Mas... Por que eu? — Ela perguntou, confusa. — Nunca lidei com
uma ameaça de armas biológicas antes. Eu me especializei em derrames de
produtos químicos e testes ambientais. Acho que houve um erro.
Certamente há alguém a bordo mais qualificado para lidar com...
— Há, mas você tem qualificações únicas que nós sentimos vai
ajudar nesta situação particular. Nós queremos você no comando. —
Franklin parou, parecendo desconfortável. Ele estendeu a mão, escolhendo
uma prancheta eletrônica. Ele apertou um botão e começou a percorrer seu
olhar em seu arquivo. — Seu registro como cientista é impecável e você
está qualificada nas áreas que precisamos para esta atribuição em
particular. Seus placares registram que você é uma das maiores autoridades
em geografia física e biogeografia, para não mencionar sua experiência em
uma ampla gama de ciência de área-atmosférica, química, oceanografia,
física, botânica e microbiologia. Nós também observamos a sua formação
em bio...
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ser franco. Se tivermos de fazer isso secretamente, faremos, mas aumenta
muito o risco de vida.
Ótimo, agora ele decide começar a ter senso de humor, ela pensou.
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dragão. Os Qurilixians em geral eram classificados como uma classe de
guerreiros que tinham vários pequenos conflitos territoriais que eclodiam a
cada quinze anos ou mais entre os reinos rivais.
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corporativo e outros cientistas, não com camponeses supersticiosos. Em sua
mente, ela decidiu recapitular o que aprendera com o fino arquivo.
O povo Var era artesão e isso era visível. Uma vez que um homem
Var vivia centenas de anos, eles tinham um monte de tempo para
aperfeiçoar suas habilidades. Em seu interior, o palácio tinha tapetes
fantasticamente tecidos à mão para os pisos e camas. As paredes eram de
belos azulejos embutidos com intrincados padrões simétricos. As telhas
apresentavam uma exibição excepcional de cores: azul, vermelho, laranja,
dourado, verde. Os portais em arco foram esculpidos com perfeição e
grande detalhe. Mas, o palácio não era apenas belo, era funcional. As salas
eram como um labirinto e era fácil para aqueles não familiarizados com
eles se perderem. O computador de grande porte estava inserido em todos
os quartos e salão, até mesmo no pátio central da família utilizado
privadamente.
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O mais velho, Kirill, era agora Rei. Ele tinha sido recentemente
nomeado regente após a morte de seu pai, o Rei Attor. O próximo na linha
era Falke, o Comandante da Guarda. Reid era o Comandante da Outlands e
também tinha um irmão gêmeo chamado...
Tori franziu a testa e sentou-se. Olhando para o lado da cama, ela viu
o papel que estava procurando e o pegou. Correndo seus olhos sobre a
folha sob a luz fraca, ela leu: Irmão gêmeo chamado Jarek, personalidade e
situação desconhecida.
Ela deixou cair o papel que pousou voltado para baixo. Os gêmeos
eram os únicos príncipes com a mesma mãe. Jarek estava no espaço, então
ela não tinha que se preocupar com ele.
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Capítulo 02
O príncipe Quinn de Var sorriu alegremente para a linda mulher ao
lado dele. Inclinando o seu rosto para frente, ele esfregou o rosto com
suaves beijos sedutores, pincelando sua língua sobre sua pele até que ela
estremeceu.
— Eu lhe disse que o rei estava apaixonado. Ele não vai tomar
qualquer outra amante. Sinto muito, Linzi, mas você vai ter que procurar
em outro lugar.
Quinn deu uma risadinha. Linzi era uma mulher bonita e, felizmente,
ele não tinha o mesmo problema que seu irmão mais velho Kirill. Kirill
estava apaixonado por sua amante, uma agente secreta da Agência de
Inteligência Humana. Se Kirill jogasse sua mão corretamente, Ulyssa logo
seria sua rainha e ele estaria ligado a uma mulher para o resto de seus
dias... dando a ela a capacidade de viver tanto quanto ele.
Linzi acariciou-lhe mais forte quando ele não tomou seus lábios
oferecidos imediatamente. O olhar de Quinn se escureceu, tornando-se
diabolicamente malicioso em sua intenção enquanto ele se inclinava para
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um beijo. Seus dedos se levantaram para segurar uma mama firme, fazendo
a mulher gemer. Ele não tinha tais planos para acasalamento por toda vida
com uma mulher. Gostava de estar despreocupado. Gostava de brincar, se
divertir.
Casamento não parecia muito divertido para ele. Além disso, o que
seu pai sempre dissera? — As mulheres são como uma fruta na videira,
cada pedaço é mais doce do que o primeiro. Por que experimentar uma,
quando você pode experimentar todas?
Quinn não ficou muito surpreso ao ver que era uma cientista do sexo
feminino. Cientistas do AIH estavam rastejando por todo o palácio,
checando para garantir que todos estavam bem e não contaminados.
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Seu pai, o Rei Attor, encomendara uma arma biológica da Máfia
Médica, armazenando-o em uma caverna nos pântanos. A agente secreta da
AIH Ulyssa Payne, amante de Kirill, a tinha descoberto. Com a ajuda
combinada das casas reais de Var e dos Draig, eles conseguiram recuperar
a arma de modo que a AIH poderia retirá-la de Qurilixen. O fato de que os
Draig, seus antigos inimigos, tinham se unido para ajudá-los era um grande
momento histórico.
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A cientista respirou fundo e lutou com as suas palavras. Finalmente,
ela declarou:
— Eu sou Quinn.
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desejo. O macacão da CCE tornou-se estranhamente constrito sobre sua
carne, fazendo com que seus mamilos se eriçassem a partir de seus seios.
Ela tornou-se quente, quase suando. A umidade se acumulava entre suas
coxas, tornando-a pronta para ele. Ela estava agradecida por estar vestindo
o jaleco branco para que a reação violenta estivesse escondida.
Inconscientemente, ela puxou a frente do casaco, fechando-o.
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— Sim, meu Quinn ... espere, não. — Ela deu mais um passo para
trás enquanto ele movia-se agressivamente para a frente. O olhar em seu
rosto fez seu coração vibrar em excitação.
— Pare! — Ela exigiu estendendo a mão. Ele fez uma pausa em sua
busca para chegar até ela e sorriu, esperando. Tori engoliu, nervosamente e
distraída. — Príncipe Quinn. Eu sou o Dra. Elliot do CCE... bem, na
verdade da AIH, bem, não realmente, tecnicamente do AIH ou CCE,
exceto...
Ela estava balbuciando? Tori tinha quase certeza de que soava como
se ela estivesse balbuciando. Cientistas não balbuciavam. Não era
adequado. Sua carranca se aprofundou. Oh, por que ele continua a olhá-la
daquela maneira?
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silenciosa de nunca beber na noite anterior à uma grande tarefa novamente.
Certamente era por isso que seu coração estava batendo tão forte e seus
membros tremiam. Engolindo, ela forçou sua voz à calma rígida.
Alguém que não seja você, ela pensou, não se importando se ele
visse o seu desgosto por sua lascívia.
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Ela olhou para o príncipe. Seu rosto não havia mudado. Ela engoliu em
seco, nervosa.
Ele moveu suavemente sua mão para ela continuar, não parecendo
ofendido por suas palavras.
Tori olhou para sua prancheta e fingiu fazer a varredura através dos
dados. Este homem a enervava. Não conseguia se concentrar no que estava
dizendo a ele. Estaria ela se repetindo? Ele estava mesmo ouvindo? Ela já
tinha lhe contado sobre os testes nos habitantes do palácio? Ela pensou
nisso, mas ela tinha dito isso? Porra, ele tinha os olhos azuis mais
brilhantes que ela já tinha visto em sua vida. Com delicadeza, limpando a
garganta, ela disse: — Mas, nós ainda gostaríamos de fazer uma varredura
completa das cavernas. Não há nenhum ponto em deixarmos algo para trás.
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— Houve também outra coisa. Tomei a liberdade de analisar a
estranha lama escura na caixa da arma biológica. Eu acredito que é do seu
pântano, porque eu encontrei alguns musgos frescos que me leva a crer que
ele já não estava na caixa quando foi trazido para cá. Enfim, havia um nível
extremamente alto do que parece ser composto DTH12, que tenho certeza
não é deste planeta em particular, sendo que o solo do seu pântano é
classificado como GR13H e não TDH14. O que não faz sentido é que o
DTH12 é encontrado principalmente na trilha de lama das lesmas amarelas
do nordeste no planeta de Fluk em H... Quê? — Você está rindo de mim?
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cavernas ao mesmo tempo. Posso garantir pessoalmente que nós não
seremos um incômodo para ninguém.
— Hmm, para isso, é melhor buscar uma audiência com o rei. Ele
será aquele a dar aprovação final uma vez que o sistema de cavernas está
na terra do Lorde Myrddin, — Quinn respondeu. O sorriso reapareceu na
boca brincalhona e ela duvidou que ele alguma vez já levara algo a sério.
— Agora, sobre esta atração entre nós.
Tori não estava mentindo quando disse a lama pantanosa era muito
interessante para ela, como cientista. Embora no momento ela odiasse seu
senso de dever cívico, ela queria certificar-se que o sistema de cavernas
estava limpo. Ela não seria capaz de viver com ela mesma se descobrisse
10 anos mais tarde que todos no planeta morreram porque ela tinha xingado
um príncipe insuportavelmente malandro e fora chutada para fora do
planeta.
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Ela poderia dizer que ele ia dizer mais, então em vez disso, ela
acenou de volta às pressas e declarou:
— Bom dia.
Tori virou sobre os calcanhares e correu pelo corredor até ficar longe
dele.
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de mosaico nas paredes ou para o adorável chão de azulejos. Ela estava
trabalhando desde antes do amanhecer... recolhendo amostras de sangue,
coordenando os relatórios do laboratório e cientistas, supervisionando os
testes na arma biológica que eles já tinham armazenado com segurança na
embarcação da AIH. Tinha sido um longo dia, e seria uma noite ainda mais
longa. Ela teria a sorte de ir para a cama antes da meia noite.
— Por favor, não deixe que o resto dos príncipes seja como ele, —
ela sussurrou sob a respiração, enquanto olhava para o lindo Quinn. Os
homens Var não eram nada como ela imaginara na noite anterior. Eles eram
fortes, bonitos, charmosos e muito charmosos para seu próprio bem.
Quando estava fazendo os exames físicos nos guardas, ela recusou mais
propostas de casamento que jamais imaginara receber em cinco vidas,
muito menos em um dia. Certamente, eles estavam brincando, mas isso
tinha feito maravilhas para o seu ego como mulher.
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Tori deu o seu olhar mais digno, enquanto se dirigiu para a mesa
principal. O rei parecia estressado, não que ela pudesse culpá-lo. Ter seu
reino assolado por cientistas estrangeiros e o pessoal da AIH, não poderia
ser um tempo fácil. Tori parou e esperou até que ganhasse a atenção do rei.
Quando ele se virou para olhar para ela, ela curvou a cabeça em respeito.
Tori esperava que ele falasse, mas ela não estava preparada para isso.
O coração dela se acelerou nervosamente. Ela não podia se impedir-se de
olhar em sua direção. O belo rosto de Quinn se iluminou com malícia e ele
piscou para ela, soprando um beijo suave com os lábios. Ela sabia que ele
apenas brincava com ela, mas isso colaborou para que ela perdesse a linha
de raciocínio. Endurecendo-se, ela engoliu nervosamente e orou para que
ninguém visse como ele a perturbava.
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parou, recusando-se a olhar para Quinn que ela podia sentir, mantinha seus
olhos nela. —No entanto, se o senhor prefere alguns espiões do governo
passeando por seu reino... — Tori deu de ombros.
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Dr. Grant e Dr. Vitto eram, ambos, cientistas mais jovens, não tão
experientes, mas ambos profissionais com suficiente experiência. Ela
trabalhara com ambos em suas últimas tarefas, e muitos outras, por isso não
estava preocupada. Dr. Grant era louro e bronzeado, mesmo após passar
meses longe do sol abaixo da superfície gelada de Sintaz. Dr. Vitto tinha
cabelo castanho escuro curto e ressaltadas características que evidenciavam
sua herança terráquea da antiga Europa.
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Parte dela queria se chutar por ingressar em outro projeto, mudando
seus planos de uma muito merecida viagem de relaxamento para gastar
quem sabe quantos meses em um planeta selvagem coletando amostras de
lama para análise. Ela tinha acampado antes e poderia facilmente fazê-lo
novamente.
Tori pensou no príncipe Quinn. Ele estava muito feliz em dar sua
aprovação para seu projeto.
Capítulo 03
— Dra. Elliot, este será o seu quarto pela duração da sua estadia.
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Tori franziu a testa para o guarda Var antes de entrar na suíte de
luxuoso palácio depois dele.
O guarda, que foi um guia turístico ímpar, olhou para ela com
expectativa. Tori assentiu indicando que ela tinha entendido o convite. Um
pequeno sorriso iluminou o rosto dele, brilhando no fundo dos seus olhos.
Era o mesmo olhar que todos os guardas Var estavam dando a ela desde a
sua chegada. Era um olhar de convite aberto.
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— Por aqui, — o guarda continuou, movendo para onde uma
cortina de veludo roxo se pendurava do teto. Ele pisou em cima da
plataforma e puxou a cortina para trás. —Você vai encontrar um banheiro.
Tori viu uma banheira redonda grande rodeada por janelas com
cortinas. As cortinas de veludo poderiam ser movidas para a entrada da luz
ou para frente sobre as janelas para a privacidade.
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Tori novamente assentiu. O homem sorriu para ela, não se
movendo do quarto.
— Hmm, sim... oh, sim, — disse ele. —Muito bom. Se você tiver
necessidade de alguma coisa, é só pedir a Siren.
Navid fez o seu caminho até a porta. Tori moveu-se para segui-lo,
observando-o se arquear enquanto ela fechava a porta atrás dele. Ela
moveu-se para dar um passo atrás, parou, e então trancou a porta por
medida de segurança.
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Uma mão veio da escuridão para passear por sobre seu estômago,
enviando fogo quente através de seu corpo, fazendo-a formigar com a
consciência de sua excitação. Ela golpeou os dedos para trás e eles pararam
com um pequeno protesto. Sentando-se na cama, ela gritou e puxou as
cortinas.
Seu tom fácil a enfureceu, mais uma vez que ela o achava
incrivelmente sexy sentado em cima do grande mar de seda púrpura e ouro.
A curva de sorriso sexy brincava em seus lábios, confiante e positivo. Seu
peito estava nu... bronzeado e, oh! tão definido. Uma necessidade primária
irrompeu de dentro dela de saltar em cima dele. Seu corpo pulsava a vida.
O sorriso dele aumentou.
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— O que?... Por que eu estaria feliz em te ver? — Os olhos de Tori
se arregalaram em incredulidade. Feliz não era exatamente a palavra para o
que ela estava sentindo no momento. Seus olhos novamente percorriam
para baixo seu corpo longo, hesitando na excitação óbvia entre suas coxas.
Levou todas as suas forças para não ofegar como uma tola e lamber os
lábios.
Tori abriu a boca, mas nada saiu. Pela primeira vez em sua vida, ela
não conseguia pensar em nada para dizer.
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reação do seu organismo a ele. Seria tão fácil pular na cama e jogar o seu
joguinho.
Seu sorriso era de todo muito lascivo. A ponta de sua língua passou
no lado de seu lábio inferior cheio. O corpo dela tremeu novamente, e
novamente ele pareceu sentir o cheiro dela.
— Mas...
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— Mm, briallen1, este lugar não é bom? — A voz de Quinn parecia
um denguinho. Ele veio na frente dela, dando um passo ousado enquanto
erguia a mão para roçar sobre o pescoço dela.
Seu toque era quente, seus olhos igualmente ardentes. Calor, puro e
intenso, lavava sobre ela dos seus dedos que a sondavam. Os lábios dela se
entreabriram para respirar. Ela não podia se mover, não podia falar,
enquanto ele a segurava paralisando-a com seus brilhantes olhos azuis.
— Deixe-me dar prazer a você, Dra. Elliot. Diga sim para mim.
Deixe-me fazer amor com você aqui mesmo nesta cama. — Sua boca se
aproximava. — Ou no banho, no piso, no sofá, onde e onde você quiser.
—Não, — ela sussurrou, fraca. A boca dele pairou perto dela por
um momento. Os olhos dela começaram a se fechar esperando em
expectativa por esse contato.
— Oh, muito bem, Dra. Elliot. — Quinn afastou sua mão e deu um
passo atrás. Ela não fechou os olhos, enquanto ficava diante dele, ofegante.
1
Briallen – nome criado pela autora, seu significado que aparece mais claramente no
livro 1 é mulher.
48
Um suspiro pesado escapou-lhe. — Descanse um pouco. Vejo você
amanhã. Podemos discutir mais sobre, então.
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sexy olhar azul dançava à sua frente, e ela não podia evitar, mas evocar a
imagem de seu corpo firme sobre o dela, metendo dentro dela, enquanto ela
beliscava com força seus mamilos. Ela se agarrou à imagem dele chegando
entre suas coxas para acariciar sua carne tenra.
Com uma pequena ajuda de seus dedos, ela veio ao clímax com a
mão. Sua cabeça virou-se e ela mordeu o travesseiro ao lado dela para não
gritar. Mesmo encontrando liberação, ela sentiu um vazio no fundo e um
desejo de mais... muito mais. Quando os tremores diminuíram e seu corpo
ficou temporariamente saciado, tudo que ela conseguia pensar para
sussurrar era, — Oh, meu...
Tori franziu a testa para o guarda. Ela tinha passado uma noite no
palácio e toda a manhã empacotando os suprimentos, fazendo o seu melhor
para não correr para os braços do príncipe Quinn antes de partir.
Ela não queria “discutir” nada com ele. Aquele homem era mais
complicação do que qualquer mulher precisava... especialmente uma
mulher como ela, que tinha mais de duas células do cérebro em sua cabeça.
50
Para sua vergonha, ela sonhara com o príncipe na noite anterior e o
sonho não tinha sido completamente inocente. Ok, não havia nada de
inocente sobre o que estavam fazendo em sua mente... ou nas posições que
eles estavam fazendo lá. Tori engoliu o rubor que a memória trouxe para
seu rosto. Ela nunca, nunca, nunca diria nada a uma alma sobre isso.
Algumas coisas eram melhores quando levadas para a sepultura.
Dr. Grant e Dr. Vitto vieram por trás do cientista idoso. Eles não
pareciam prontos para partir.
51
menino bonito para ela. Era como ele olhava para qualquer um, então ela
ignorou. Virando-se para Vitto, ele riu: — Eu ouvi que eles têm um harém
cheio de belas mulheres que vão estar presentes.
Vitto sorriu, mas não disse nada. Tori virou-se para olhar para ele.
— Ei, nós somos todos adultos, — Grant disse, sabendo que Tori
só os provocava. Eles tinham passado um monte de tempo juntos e
sentiam-se mais como irmãos do que colegas. -Escute, eu fui congelado em
um bloco de gelo somente para que Deus se lembrasse de quantos meses
estou apenas com vocês. — Tori levantou uma sobrancelha e ele
rapidamente acrescentou: — Desculpe, Elliot, mas você não conta porque
você me recusou. Agora, eu estou lhe contando como um cara por causa
disso. A menos é claro que você quisesse reconsiderar a minha oferta muito
tentadora.
52
— Seu prejuízo, docinho, — Grant respondeu, sem entraves.
Grant sorriu. A boca dela se abriu e ele correu antes que ela
pudesse intervir. — Nós temos trabalhado realmente duro e todos nós
merecemos um pouco de S e M, Dra. Elliot, senhora, madame. Eu sei que
eu poderia usar algum.
— R e R?
53
Um estranho silêncio caiu sobre o grupo enquanto ele olhava. A
mente dela escolheu aquele momento para recordar a vivacidade dos seus
sonhos e os detalhes do seu peito nu quando ele se ajoelhara de brincadeira
em sua cama. Suas bochechas tentaram ficar em chama de vergonha, mas
ela engoliu-a para baixo, fazendo seu melhor para permanecer profissional
e calma. Seu coração acelerou no peito, correndo para ser livre. O que
existia neste homem que enviava seus sentidos ao limite? Ela limpou a
garganta desconfortavelmente. Vitto ficou ao lado dela, um pouco perto
demais.
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Tori empalideceu, levemente enojada. Ela revirou os olhos. Pior do
que o harém era o fato de que o príncipe tinha ouvido sua conversa inteira.
Ela tinha certeza que ia ficar doente, imediatamente depois que ela matasse
Grant.
Quinn viu seu olhar e riu. — Acoplado é como casado, Dra. Elliot.
Tori ofegou levemente. Então, uma que sua boca já estava aberta,
ela perguntou: —Você não sabe onde seu irmão se casou?
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oficialmente a gravidez da rainha. Nós adoraríamos se vocês todos se
juntassem a nós na celebração da boa fortuna de nossa família.
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ter-lhe conhecido melhor. Ele deu-lhe um sorriso perverso, soprou-lhe um
beijo, e, lentamente, balançou a cabeça em negação.
O brilho de olhar azul de Quinn não tinha saído de seu rosto. Ela
olhou diretamente para ele, sofrendo com a perda de palavras. O sorriso
desvaneceu de seus lábios brincalhões, mas a diversão permaneceu em seus
olhos.
58
Quinn virou-se para olhar para os dois cientistas gargalhando e riu.
— Eu acho que eu deveria lhes agradecer por me ajudar.
— Oh, sim, eu acho que aquele pobre homem ainda está tentando
recuperar sua masculinidade, — Vitto exclamou.
Quinn ouviu os dois homens, admirado com o ciúme que ele sentiu
de repente com suas palavras.
59
— A chave para Elliot não é tratá-la muito como uma dama. Ela
gosta de se manter.
— Oh, homem, ela vai comê-lo vivo, — Grant riu. — Quando você
a chamou de feminista Eu quase me mijei. Foi muito engraçado. Nossa
Elliot, uma feminista!
Capítulo 04
60
Tori respirou fundo, tentando acalmar seus nervos. Seu coração
disparava de forma irregular no peito, batendo tão alto que ela tinha certeza
que ecoava fora do corpo. Ela olhou para seu reflexo no espelho de corpo
inteiro e suspirou.
Fazia muito tempo que ela não vestia algo que não fosse um jaleco
e macacão. Ela tinha ficado surpreendida quando o guarda lhe entregou
uma caixa do príncipe Quinn com a vestimenta que deveria trajar naquela
noite.
O vestido que ela usava parecia muito com o estilo Var. Era em um
tecido macio, de um material cintilante preto que brilhava com prata
quando ela se movia. Drapeava-se lindamente, abraçando seus seios e
quadris. O decote aprofundava-se, expondo uma boa quantidade da fenda
entre os seios. Ela corou ao pensar que Quinn escolhera-o sozinho.
61
Pentear-se era outra questão, mas ela conseguiu prender dos lados,
deixando o restante livre. As pesadas madeixas castanhas secaram em
ondas naturais e ela deixou que elas descessem sobre os ombros em vez de
prendê-las para trás em um coque austero. Com um aceno de cabeça, ela
decidiu que estava muito satisfeita com sua aparência.
Tori começou a abrir a boca, mas ele ergueu um dedo para silenciá-
la. Lentamente, ele deixou seus olhos vaguearem sobre corpo dela,
queimando-a com o fogo de sua leitura. Ela não podia evitar em fazer o
mesmo com ele. Usava as roupas tradicionais de seu povo, cruzou camisas
amarradas com laços e calças que expunham os lados e os quadris. Botas
de couro moldavam-se sobre suas panturrilhas. Droga! Mas ele estava
muito sexy para seu próprio bem e, pelo sorriso no rosto, ele sabia disso.
Ela esperou, sem fôlego por ele dizer algo romântico. Seus olhos
voltaram-se dela, tão potentes quanto uma carícia. Ele abriu a boca para
falar. Um lento sorriso tentou rastejar sobre suas feições.
62
O sorriso dela caiu. Quinn corajosamente riu quando ele entrou.
Acenando com a mão para trás dele, ele fez um grupo de guardas se
moverem para frente. Seus braços estavam carregados com presentes, que
prontamente foram colocados na suíte. Tori estava diante dele sem
palavras.
— Quinn...
63
— Quinn, Eu...
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— Os homens da Terra furam flores em suas mulheres? Não dói?
— Ele parecia horrorizado. —Você acha que existe um problema com a
perda de sangue devido à artéria...?
65
— Espere, só porque você fez tudo isso, não significa que nós
vamos ter sexo, — Tori afirmou, as faces coradas. Será que este homem
nunca desistia?
A sala do banquete estava cheia com o povo de Var que tinha vindo
para ver a sua nova rainha. Tori se sentia um pouco instável por estar na
mesa principal ao lado de Quinn e da família real, para onde toda a atenção
estava sendo dirigida. Ela viu muitos olhares especulativos em seu caminho
e não podia adivinhar, mas imaginar o que eles estavam pensando.
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Os dedos quentes dele em sua carne quase arrancou um grito de seus
lábios, enquanto uma onda de choque de prazer a agredia. Quando ela não
o aceitou afastando-o imediatamente, um sorriso se espalhou sobre as
feições dele e Tori foi forçada a se mexer para longe do seu toque.
Quando ele falava sobre seu dever e seu povo, ela viu uma rara
seriedade em seus olhos que não vira em outras vezes. Quinn podia ser
brincalhão, mas ele era dedicado ao seu trabalho e sua posição na
Sociedade Var, também. Seu amor por sua cultura e sua raça era profundo.
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Ele disse-lhe muito sobre a regra do ex-rei Attor. Pelo que ela já
sabia sobre ele trazer as armas biológicas para seu próprio planeta, Tori
sentia uma espécie de prazer por ele estar morto.
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exemplo que provar grande valentia no quarto mostrava habilidade no
campo de batalha, até que uma força em uma, significava força na outra.
Muitos dos mais velhos seguiram o exemplo do velho rei e tomaram várias
companheiras, embora nenhum tanto quanto o Rei. Várias esposas eram um
privilégio até das classes mais baixas... comerciantes, agricultores,
caçadores e até mesmo soldados de menor patente, todos os homens que
podiam se dar ao luxo de mantê-las podiam ter muitas companheiras, em
um planeta tão estéril de mulheres.
É por isso que o fato de que o rei Kirill tomara uma rainha como
uma companheira de vida era algo tão significativo. Muitos dos anciãos,
especialmente o chamado Lorde Myrddin, não seria favorável sobre esta
decisão. No entanto, muitas das pessoas de Var seriam. Os rumores de que
a Rainha Ulyssa teria se sacrificado por eles na procura pela arma biológica
tinha sido amplamente difundida. Pelo brilho em seus olhos, era fácil para
Tori ver que Quinn tinha dado uma mão na difusão desses rumores.
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Tecnicamente, Lorde Myrddin era o proprietário da terra onde ela
estaria acampando. Desde que o rei tinha decretado que ela iria, Quinn lhe
assegurou que ela não deveria ter um problema com o idoso lorde. Tori não
estava tão confiante. Irritados, homens desesperados no poder a tornavam
nervosa e ela não queria ser pega em algum tipo de fogo cruzado político.
Por enquanto, apesar das mãos errantes, Quinn estava agindo como
um perfeito cavalheiro... abrindo portas, puxando-lhe a cadeira, levando-lhe
o braço dela no seu, apresentando-a educadamente para aqueles que vieram
à mesa para cumprimentar a nova rainha. Ele até mesmo se referiu a ela
como um convidado de maior honra. Olhando para baixo para a mesa, ela
viu que os servos tinham deixado uma sobremesa de cobertura de creme
diante deles.
A ideia de Quinn lambê-lo sobre seus seios nus era quase demais.
Ela empurrou a sobremesa para longe e concentrou-se em não ficar
excitada. Ela não queria que ele cheirasse a sua reação aos seus
comentários. Era quase injusto que ele pudesse sentir quando ela se tornava
excitada por ele. Antes que pudesse responder, uma voz de mulher quebrou
sua concentração.
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Taura disse, com um aceno muito digno de sua cabeça. Ela era uma
mulher alta e majestosa com longas pernas de fada muito esguias,
característica de sua herança Roane. Seu vestido de ouro brilhava enquanto
ela se movia. Seu longo cabelo castanho dourado caia em ondas brilhantes
pelas costas, a cor imitada pelo avelã dourado de seu olhos amendoados.
Ela era uma mulher bonita e Tori poderia instantaneamente ver porque
Attor a tinha escolhido como sua primeira companheira.
Tori viu a rainha Ulyssa sorrir ligeiramente com suas palavras. Ela
realmente era linda com seu cabelo vermelho dourados e olhos azuis
escuros. Sempre que a mulher olhava para o marido, era com amor e
devoção absoluta. Tori voltou-se para sua refeição, pensando no súbito
ciúme e saudade que agrediu seus sentidos quando viu o casal feliz. Ela
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olhou para Quinn, sentindo-o por todo o caminho até os dedos dos pés. O
corpo dela desejava-o com certeza. Mas ela sabia que, simplesmente, não
era sábio envolver-se com ele. Ele era um príncipe, a chave dela para
permanecer no planeta, e Tori sabia bem no que dava misturar trabalho e
prazer, não importando o quão delicioso fosse o prazer.
Por outro lado, não era como se qualquer um deles fosse atacados
ou estivessem em perigo de ser atacados. Tori balançou a cabeça,
recusando-se a considerar isso. O que ela estava pensando? Ele era da
realeza! Você não tem simplesmente um caso ocasional com a realeza por
um capricho e ela certamente não ia justificar dormir com Quinn só porque
ela estava ardendo por ele. Não, uma vez que se afastasse dele e do palácio,
ela seria capaz de colocar tudo em perspectiva. Até que pudesse considerar
todos os lados e tomar uma decisão lógica, racional, nada iria acontecer
entre ela e o príncipe de Var.
Havia algo sobre a Dra. Elliot que o tinha capturado. Seu cheiro,
seu olhar, sua voz... tudo isso levava-o à distração. Ele a queria
desesperadamente, mas estava disposto a esperar por ela. Ele apenas rezava
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para todos os seus deuses que ela não o fizesse esperar muito tempo. Quinn
era um homem paciente, descontraído, mas até ele tinha seus limites.
Dra. Elliot fizera algo a ele, algo que ele nunca tinha sentido antes.
Quando ele a tocara, sentiu-se todo quente e frio ao mesmo tempo. Seu
corpo se agitara para o dela, como nunca tinha mexido para qualquer outra.
Quando o olhar dela permanecia por muito tempo em um dos guardas, ele
ficava com ciúmes e pronto para lutar para ganhar a atenção dela de volta...
Como metendo suas mãos sob o vestido dela para fazê-la tremer.
Gatos sagrados! Ela tinha a pele como seda, seda morna e lisa.
Quinn suprimiu um gemido, sentindo-a sob suas mãos mesmo agora.
Era verdade que a Dra. Elliot tinha entrado debaixo de sua pele.
Talvez porque embora ela obviamente o quisesse, ainda tentava negar a
ambos. Ou, talvez fosse a maneira que seus quadris se moviam sob o
vestido preto reluzente. Os olhos de Quinn se tornaram pesados e sua
respiração aprofundada. Ele diminuiu o passo, enquanto viraram uma
esquina, apenas para que pudesse verificar sua bunda firme novamente.
Mordendo seu lábio para se prevenir de gemer, ele brevemente fechou os
olhos e sacudiu a cabeça. Sim, isso definitivamente poderia ocorrer pela
maneira que seus quadris se moviam sob o vestido. Levou toda sua força de
vontade para não agarrá-la contra a parede. Se ele nunca bebera nef antes,
podia apenas ter que começar a beber isso agora. O grau em que ele estava
excitado, realmente precisava ser sedado para se manter controlado.
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Não era como se sua atenção fosse um insulto. Ele manteve a mão sobre ela
até que ela apressou o passo e se afastou.
Tori assistiu Quinn pelo canto dos olhos dela, esperando pelo
próximo movimento dele e secretamente esperando que ele fizesse. Ela
tinha que admitir que a ousadia e a persistência do homem a excitava como
mulher. Não havia nada mais sexy do que confiança. Mas, como
profissional, que ela era a maior parte do tempo, ela sabia que era ruim para
os negócios. Ela ficou firme, dando-lhe uma apropriada franzida de testa
punitiva para as mãos errantes antes de sair do seu caminho.
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— Não é. Ela é uma mulher, eu sou um homem. Temos
necessidades. Nós as satisfazemos. É realmente um conceito simples.
Nenhum de nós estava compromissado, muito menos um com o outro.
Além disso, Linzi e eu nunca estivemos juntos. — Quinn esticou o braço e
pegou o braço de Tori. Ele piscou para ela. — Eu virei minha mira para
algo melhor.
Tori corou lindamente. Ok, era um elogio estranho, mas isso ainda
lhe deu uma onda de prazer ouvir que ela era algo melhor.
Tori não disse uma palavra. Ela fez o possível para não parecer
mortificada. Ela fazia listas.
— Não... sim, — Tori franziu a testa, torcendo o nariz para ele. Ele
estava apenas tentando embaraçá-la e ela sabia disso. —Você é...
Era tão óbvio... Grant e Vitto. Ela tinha decidido em turnos de três
horas de sono para os homens traiçoeiros? Ela tinha certeza que ela quis
dizer dois.
Tori se esforçou para manter uma cara séria. Oh, sim, o temível
urso de pelúcia. Cuidado com seus olhos de botão! Eles poderiam sufocar
os pequeninos, as crianças sem vigilância com uma única puxada! Tori
fungou. Era difícil não cair na gargalhada.
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— Com toda a seriedade, — Quinn interrompeu seus pensamentos.
Eles chegaram a porta de sua suíte e pararam. Quando ela olhou para ele,
ele parecia estar em uma contemplação profunda sobre o assunto. — Por
que você deseja estas coisas? Palavras floridas memorizadas de um livro?
Tudo o que prova é que eles não podem falar por si próprios ou estão
escondendo alguma coisa. A honestidade não é muito mais doce?
Tori não estava muito certa do que retrucar à sua lógica. O homem
tinha um bom ponto de vista e parecia muito sério. Enquanto ele falava, ela
estava quase com medo de sorrir, por medo de ofendê-lo.
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recebem estes presentes, mas os homens não. Então, os homens da Terra
pagam por sexo?
— Hum, bem, — Tori não sabia como responder a essa. Ela era a
última pessoa para dar conselhos de namoro a alguém. Seus encontros
geralmente eram piqueniques improvisados em uma missão no meio do
campo de pesquisa.
— Ela não tem que acabar, — Quinn insistiu, enquanto ela abria a
porta. Ele viu-a caminhar para dentro só para parar e voltar-se para ele. Ele
não esperava que ela dormisse com ele, mas ele não podia evitar oferecer a
sugestão. Toda vez que estava com ela, seu corpo emitiria o mais inebriante
cheiro sexual. O que ele poderia dizer? Era viciado nisso.
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— Sim, é verdade, — ela respondeu suavemente. Seus olhos
escuros modestamente baixos, antes de viajarem pelo seu rosto.
O corpo dela tornou-se quente, inundado com seu desejo por ele.
Todos os nervos que tinha formigavam. Com o roçar dos lábios dele contra
os dela, ela soltou um pequeno suspiro feminino. Sentia-o por toda a
extensão de seu corpo até seus dedos do pé.
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Seus mamilos estavam duros e formigando. Como na galáxia, os
seus mamilos estavam formigando com apenas um breve beijo? Como todo
o seu corpo ardia em chamas, como se estivesse derretendo? Era apenas um
beijo. Ela respirou fundo várias vezes. Era uma loucura. Não deveria
sequer cogitar em dormir com ele. Tinha de pensar logicamente. Tinha que
ter controle. Tinha que... Retirá-lo daquelas roupas.
Quinn moveu a garra para sua lateral e, com um golpe hábil, cortou
os laços fazendo com que a camisa caísse aberta. Então, rapidamente, ele
levou a garra ao decote dela e puxou-a para baixo, rasgando o material
aberto para libertar seus seios grandes. O material agarrou-se
sedutoramente nos lados, escondendo os mamilos da vista, mas expondo o
vale profundo entre os dois. Quando ele olhou para trás, ela olhou para ele
admirada.
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As pernas de Tori atingiram o encosto do sofá diante da lareira.
Escalando por cima, ela empurrou sua bunda para o ar. Era mais do que
Quinn poderia aguentar. Ele correu para ela, levantando seu vestido
desnudando suas coxas. Seus dedos deslizaram sobre sua pele, aquecendo-
a, acariciando-a, descobrindo-a.
Quinn moveu seu corpo atrás dela, deixando-a sentir que ele tinha
retirado suas roupas. O comprimento poderoso de sua ereção se
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pressionava para dentro de sua pele macia enquanto as mãos dele a
circundavam agarrando seus seios sensíveis nas palmas de suas mãos. Ela
era uma mulher apaixonada, mais do que ele jamais imaginara. Suas
respostas eram puras, naturais e primitivas. Ela estava confiante nas
reações de seu corpo a ele e isso o impulsionou em uma rede irracional de
admiração.
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rochedo. Os membros dela se enfraqueceram e seus músculos se apertaram
ferozmente ao redor dele.
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Capítulo 05
Na manhã seguinte, Quinn estava sorrindo como um idiota antes de
acordar. Tori tinha sido um pouco selvagem, e ele podia honestamente
dizer que estava drenado. Nunca antes tinha acontecido dele ter uma
amante que o conseguisse acompanhar e talvez até mesmo ultrapassá-lo em
sua necessidade. Ah, e ela era uma megera! As coisas que podia fazer com
a boca, ele tinha apenas sonhado. Pensando nisso, gemeu.
Enquanto seu pau subia com a memória dos lábios dela sobre ele,
soube que a tinha julgado errado. Ele estava quase drenado, quase.
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Tori olhou para os pântanos sombreados. Os quatro cientistas
foram colocados de pé por dois guardas Var. Os homens Var olharam
timidamente para ela com expressões curiosas, mas nenhum sorriu tão
corajosamente quanto antes. Era quase como se a sua atração por ela
estivesse temperada e ela não podia evitar de se questionar se eles sabiam
sobre a noite dela e do príncipe juntos. Ela não se envergonhava de suas
ações, mas estava preocupada que isso pudesse afetar a legitimidade de sua
presença ali.
Eles tinham sido orientados a manter os pés fora das águas turvas,
pois uma cobra venenosa chamada Givre nadava livremente nelas. Através
dos pântanos do norte estava o palácio Draig. Os guardas se retesaram
ligeiramente quando ela perguntou sobre o inimigo de longa data dos Var,
mas finalmente eles relutantemente admitiram que os Draig agiram com
honra até então e que não havia nada para torná-los suspeitos de que eles
causariam problema aos cientistas, especialmente porque eles estavam lá
para garantir que a armas biológicas fossem completamente retiradas.
Uma luz difusa caiu sobre a densa floresta em uma névoa verde e
macia que se misturou estranhamente com os fragmentos do morno
nevoeiro fumegante dos pântanos próximos. Pelo que Tori poderia dizer,
não havia muita diferença entre os mangues e os pântanos, exceto que os
pântanos pareciam mortos de toda a vida.
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Parando, Tori compartilhou um olhar preocupado com Vitto.
Silenciosamente, ela disse, — Isso não parece certo. — Vitto assentiu.
Grant parou perto deles, ouvindo o seu comentário. Ele franziu a testa,
olhando ao redor como se fosse a primeira vez no final daquela manhã. Ele
tinha sido mal-humorado desde que fora puxado da cama de Linzi, e eles o
tinham deixado sozinho a maior parte do tempo. Agora, uma luz
profissional entrou em seus olhos, tornando-os sérios. Ele assentiu
lentamente com a cabeça concordando com Tori e Vitto.
O outro, que Tori percebeu ser o mais velho, mais endurecido dos
dois, disse: — Você sabe, quando eu era um rapaz, nós costumávamos
caçar aqui. Havia vida selvagem ao longo dos Picos Oeste, mas isso foi há
séculos. Agora, este musgo negro cresce sobre tudo.
88
— Vamos lá, rapazes, — Tori insistiu. — Vamos montar um
acampamento em primeiro lugar, então podemos começar a coletar
amostras e mapear os sistemas de cavernas.
— Eles disseram para ele que você era uma feminista e que você
odiava ser tratada como uma dama, — Simon falou com um sorriso
acanhado.
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— Na verdade, seus dois encrenqueiros, ele foi um perfeito
cavalheiro, — Tori anunciou. — Ele me trouxe flores, chocolate e uma
garrafa de vinho. Parece que alguns homens sabem como tratar uma mulher
e como não ouvir idiotas como vocês!
Grant riu e, com uma voz de criancinha, disse: — Ooooh! Você vai
ficar encrencado, Vitto. Eu estou avisando a Dra. Elliot sobre você.
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— Ela insistiu em ir, para começar esta manhã. Estou tendo o resto
de seus suprimentos enviados depois que eles estabelecerem o que ela
chamou de um acampamento base. Por quê? — Os olhos quase pretos de
Kirill estudaram curiosamente o seu irmão. — Aconteceu alguma coisa?
Você parece estranhamente... Tenso. É contrário de você.
91
— Você deu-lhe as flores?
— Sim.
— O chocolate?
— Minha Lyssa sabe o que quero dizer, isso é tudo que importa, —
Kirill respondeu com um sorriso e um encolher de ombros. — Sou tanto
propriedade dela assim como ela é minha.
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— Estou feliz por você, irmão, — Quinn respondeu. — Ela é uma
boa mulher e lhe dará um bom filho.
— Obrigado.
— Sim?
— Você sabe, não seria tão terrível se você encontrasse uma boa
mulher e se acoplasse a ela.
— O que nosso pai diria sobre isso? Dois filhos caídos pelas
mulheres. — Quinn riu, mas mesmo enquanto ele ria, ele ouvia as palavras
do pai ressoando em seu cérebro. — Ser governado por uma mulher é ser
governado pela fraqueza. Os reinos são tão fortes quanto os seus
governantes, e vocês devem ser fortes meus filhos. Um homem não pode
curvar-se à uma mulher e ainda chamar a si mesmo de homem. Se
apaixonar por uma mulher é cair para a estupidez.
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pelo rei, mas sabia que a coisa de companheiros de vida e felicidade, não
era para todos. Isso provavelmente não seria para ele.
94
— Ei, cuidado! — Vitto gritou abaixo dela.
Tori fez seu caminho para a abertura e se arrastou para dentro. Ela
se levantou, olhando para a luz difusa da caverna. Retirando uma lanterna
de seu cinto de utilidades, ela iluminou ao redor da abertura. A pedra era
vermelha, a cor do solo Qurilixen. Vendo um túnel estreito para trás, ela
moveu em direção a ele. Teve que virar de lado para passar, mas conseguiu
isso com pequeno esforço.
Ele havia andado por uma hora, pensando sobre qual desculpa
esfarrapada ele usaria uma vez que ele chegasse no acampamento. Talvez,
sendo ele o embaixador, não precisasse de uma desculpa para checá-los.
Ouvindo vozes, ele parou. O riso de Tori vibrou em torno dele e não pôde
deixar de sorrir ao ouvi-lo.
97
Grant fez uma pausa em sua caminhada por todo o acampamento e
apontou o dedo para ela. — Não me tente, doce mamãe. Eu poderia rastejar
para dentro de sua barraca esta noite e mordê-la na bunda!
98
Após algumas semanas no acampamento, eles caíram em uma
rotina normal. No período da manhã eles mapeavam as cavernas e
verificavam se haviam sinais de contaminação. Os equipamentos que a
AIH lhe tinha enviado não era capaz de sentir através da rocha, então eles
tinham que ir a cada caverna individualmente para pesquisar. Era um
processo tedioso, mas eles eram cientistas e acostumados a atribuições
tediosas.
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— Eu... eu me distrai, — Tori respondeu, tirando a lama dos seus
olhos e cuspindo. Ela sacudiu as mãos enluvadas no ar. — Eu não estava
prestando atenção ao que eu estava fazendo e eu me descuidei.
— Grant só quer ver Linzi, — Tori respondeu, rindo. Ela tinha sido
honesta adiando o retorno para o palácio, embora soubesse que Vitto estava
certo. Eles tinham necessidade de manter contato com a AIH e mandar
relatórios. E nunca doeu tanto manter os moradores informados de seu
progresso. Isso também colaborava para as boas relações quando e se fosse
necessário ficar mais tempo do que o planejado.
100
uma cama e um banho quente. Lentamente, ela assentiu. — Tudo bem.
Assegure-se de que todos estejam prontos para que possamos ir. Vamos
partir em cerca de uma hora e meia para o palácio Var.
101
se limpar com um higienizador de mão no ar fresco da manhã na floresta.
Esfregando sabão sobre sua pele, ela lavou-se preguiçosamente,
devaneando que eram as mãos de Quinn sobre seu corpo.
— Quer companhia?
102
— Há... Há algum problema? — Ela perguntou enquanto ele surgia
ao lado dela. — Você parece estressado. Você está tendo problemas com os
Draig? Com o Lorde Myrddin? Tem alguma coisa acontece...
Tori gemeu. A mão forte dele a fazia se sentir tão bem quanto ela
se lembrava ao longo de sua pele, aliviando a tensão de seus músculos. Ela
adorava as mãos dele.
103
Tori não tinha certeza de como responder, então ela apenas fez um
som fraco. Sim, ela tinha sentido saudades dele terrivelmente.
O hálito quente dele bateu contra o seu ouvido, enquanto ele vinha
ao longo de suas costas e pressionava seu corpo ao longo do dela.
Acaloradamente, ele sussurrou: — Sentiu falta disso?
104
Tori fez uma pausa, olhando profundamente dentro de seus olhos
azuis. Era como se o tempo não tivesse passado desde que eles tinham se
tocado pela última vez. Ela se inclinou para frente, beijando-o, rolando a
língua entre seus lábios para massagear o calor de sua boca de veludo.
106
polegar se moveu sobre a barriga dela para encontrar a sensível saliência,
esfregando-a duramente em pequenos círculos, enquanto ela se arremetia
mais e mais rápido.
Tori gritou, jogando a cabeça para trás, enquanto ela impulsava seu
corpo rígido de encontro ao dele. Tremores partiram-na, sacudindo-a de seu
núcleo. Quinn gemeu enquanto ela tomava o seu prazer, seu corpo em
convulsão estimulando-o a fazer o mesmo. Sua semente jorrou dentro dela
e, por um longo momento, eles ficaram completamente conectados.
Os olhos dela fecharam e ela descansou contra ele, tão relaxada que
quase adormeceu em seus braços.
— Mm, Quinn.
107
indiferente. Ele permaneceu atrás, no canto, ouvindo o relatório que ela
dava a Kirill. Apenas o som de sua voz baixa e profissional tinha mexido
com o seu sangue e nesse momento ele soube que não podia mais ficar
longe dela tanto quanto não poderia viver sem ar nos pulmões. Ele tinha
que vê-la.
O palácio havia se tornado um lugar triste sem ela nele. Como isso
acontecera em tão curto tempo, ele nunca saberia. Ele sentia falta dela,
fantasiava sobre ela, e não apenas sobre sexo, que ele tinha esses
pensamentos em abundância. Ele fantasiava sobre seu riso macio, sobre o
ruído suave que ela fazia quando estava nervosa, ou as músicas estranhas
que ele a ouviu murmurar quando estava preocupada. Ele tinha certeza que
ela nem sabia que fazia isso. Ou a forma como ela gostava na cama,
quando ele acariciava à esquerda apenas um pouco mais duro do que a
direita. Como seus seios eram sensíveis e como ela gostava quando ele os
mordia. Como ela era a mulher mais vocal que ele já tinha levado ao
clímax, o que fazia grandes coisas para o ego de qualquer homem. Nem
uma vez ela ficara embaraçada por isso, se preocupara com quem poderia
tê-la ouvido. Tudo o que ele aprendera em apenas poucos dias conhecendo-
a. Tudo que estava permanentemente gravado em sua memória.
Enquanto o peito dela subia e descia nas respirações, ele sorriu. Ela
estava dormindo, seus braços caídos sobre o pescoço dele.
Cuidadosamente, ele se levantou. Tori resmungou em leve protesto contra
enquanto ele a levantava da banheira.
Então, puxando uma toalha de perto, ele tentou secá-los. Seus olhos
se abriram preguiçosamente e ela sorriu para ele, um sorriso felino que o
levou a distração.
108
— Por que você não me carrega para a cama? — Ela murmurou,
aninhando-se contra ele. — Eu não acho que possa caminhar.
— Mm, não importa, eu vou ter que explicar o conceito mais tarde.
— Tori levantou os braços em torno de seu pescoço e uma risada macia
escapou-lhe. — Pode ser divertido.
Tori ainda estava sonolenta, mas seu corpo tinha aquecido com a
ideia de fazer amor com ele novamente, desta vez mais lentamente. Os
dedos dela percorreram sem rumo ao longo dos contornos profundos do
peito dele. — Porque você não fica no topo desta vez?
Quinn não precisou ser requisitado duas vezes. Ele manobrou entre
os quadris dela, girando para deitar em cima dela. Ele fez amor com ela
lentamente, saboreando o seu corpo com a boca e as mãos.
109
Os lábios dele grudaram-se sobre o centro aquecido dela, trazendo-
a ao clímax com sua língua e lábios exploradores. E, enquanto os tremores
deste ainda se acumulavam nela, ele se levantou e penetrou-a em
movimentos lentos, profundos, mantendo a sensação viva.
— Tori, — ele sussurrou para baixo, para seu rosto sonolento. Seus
olhos se abriram, e ela fez sons suaves de contentamento.
110
— Tori, escuta-me—, ele insistiu em um sussurro apressado. Os
olhos cansados dela olharam para ele. —Você é minha.
111
Capítulo 06
Tori bocejou e se esticou até coçar seu rosto. Era de manhã cedo,
mas ela sempre tinha sido uma madrugadora. Franzindo a testa, ela
continuou se coçando. Sua pele parecia que estava pegando fogo. O braço
de Quinn pendia possessivamente em sua cintura, sua mão segurando um
de seus seios. Os dedos dele se contraíram ligeiramente em seu sono. Um
leve sorriso cruzou suas feições enquanto ela gentilmente retirava sua mão.
Ele murmurou em protesto e ela se enrijeceu. Então, enquanto ele virava de
costas, ela foi capaz de deslizar para fora da cama sem ser detectada.
Franziu a testa mais uma vez enquanto sua pele irritada exigia
atenção, ela correu para o espelho de corpo inteiro. De pé diante dele nua,
ela congelou horrorizada. Seu rosto e pescoço estavam cobertos de grandes
inchaços irregulares avermelhados e eles coçavam insuportavelmente.
112
— Um? — Ele murmurou, meio adormecido. Esfregando os olhos,
olhou para fora no salão e fez uma careta.
113
— Gatos Sagrados! Ela fez isso de novo, — Ele sussurrou, em
parte, sem acreditar.
114
— As que nós coletamos da seção sul há poucos dias. — Tori se
levantou e tocou seu rosto. Parecia que ele estava de volta ao normal.
115
Liderando o caminho através do túnel para a caverna principal, ele
fez uma pausa. — Quando estávamos no palácio, mal a Linzi tinha
acabado...
116
Uma porta de ferro estava montada na parede da caverna. Tori
engasgou com espanto ao vê-la.
Após uma breve luta, Grant puxou a porta aberta. A luz inundou-os
de dentro. Tori piscou, deixando seus olhos se ajustarem enquanto Grant
dava um passo cauteloso para frente.
— Quem quer que fosse, ele não tem estado de volta há algum
tempo, — Tori acrescentou.
117
— É um antigo laboratório, — Tori disse. — O que você acha que
eles estavam fazendo aqui?
— Ok, eis aqui o que faremos, — Tori instruiu. Ela olhou para a
mesa e viu um longo objeto com forma oval, pegou-o e varreu o musgo a
partir dele para estudá-lo. Em um capricho, ela empurrou-o em seu bolso.
— Agarrem o que puder que possa ter alguma informação nele. O
computador central do palácio Var é um pouco desatualizado, então talvez
este material ainda possa ser salvo. Quero descobrir o quê, na galáxia, eles
estavam fazendo aqui embaixo. O que quer que este musgo seja, começou
aqui e está lentamente envenenando o planeta. Os pântanos já estão mortos.
E, pela aparência do musgo na caverna, está sofrendo mutação para
sobreviver ao ar. Poderia não ser nada ou poderíamos ter um desastre
ecológico em nossas mãos.
118
119
Sua boca se abriu, mas antes que ela pudesse falar, Vitto gritou de
baixo da caverna. — O que está acontecendo ai embaixo, Tor? Será que
vamos passar este material para baixo hoje ou o quê?
120
— Simon? — Tori repetiu. O sangue fugiu de seu rosto. — O que
há de errado com Simon?
Quinn tinha ficado tão bravo quando ela deixara o palácio para o
acampamento. Ele permaneceu shifter em sua forma de puma enquanto
correra para confrontá-la. Então, ele cheirara o cheiro inconfundível de
sangue na floresta. Em pânico, ele encontrou o corpo de Simon, mas ele
não conseguia encontrar os outros.
121
correr de volta para o palácio e pedir ajuda. Agora, olhando para o rosto
dela manchado de vermelho, ele se preocupava mais uma vez.
Quinn ergueu as mãos. — Eu sei que você está pensando Tori, mas
não tivemos nada a ver com isso. Vamos apenas levar você de volta para o
palácio onde é seguro e depois vamos falar sobre isso. Eu prometo a você
que nós vamos descobrir o que aconteceu.
— Não, — ela disparou, seu tom duro. Seus olhos secaram e ela
enrijeceu seus lábios. — Nós vamos descobrir isso. É por isso que estamos
aqui. Para descobrir exatamente o que está acontecendo no planeta de
vocês. Simon era um dos nossos. Se alguém vai descobrir o que aconteceu,
nós o faremos. Uma vez que os seus soldados obviamente colocaram em
uma caçamba a maior parte do meu acampamento, vamos segui-lo de volta
para o palácio. Mas eu quero o corpo de Simon intocado até chegarmos lá.
Eu, junto com minha equipe, iremos examiná-lo para determinar a causa da
morte.
122
— Tori, espere, — Quinn começou quando ela ia se afastar. Ela se
virou para olhar para ele, seu rosto duro. — E nós?
Quinn não disse mais nada, assistindo a sua partida. Ele sentiu
como se ela o esfaqueasse no peito. Ele não era nada além de uma
complicação para ela. A percepção era quase difícil demais de suportar. Ele
esperou que o seu coração parasse de bater, de modo que ele poderia cair
morto no chão. Quando a dor só piorou, ele forçou as pernas a se mover
após ela. Gostando ou não, ela teria a sua ajuda. Era seu dever como
embaixador lhe dar.
123
Ela pegou outra bebida, sufocando com o líquido em chamas. Eles
tinham examinado Simon, correram testes sobre ele para tentar descobrir
quem ou o que faria uma coisa tão horrível. Ela tinha feito os relatórios
necessários à CCE e para a AIH. Eles tinham iniciado o sequenciamento de
DNA em amostras retiradas do cadáver, mas seria necessário alguns dias
antes que qualquer coisa fosse conclusiva. Eles seriam capazes de restringir
as espécies, mas não a pessoa exata, a menos que compilassem uma lista de
suspeitos e recolhessem amostras de cada um. O problema era que o
assassino não iria apenas entregar a prova de boa vontade. Eles teriam que
pegá-la. Até que descobrissem quem era o assassino de Simon, o projeto do
musgo negro estava suspenso.
Era uma conexão ardente dentro dela que a chamava para ele,
reconheceu daquele primeiro momento em que seus olhos se encontraram
no corredor. Apenas a memória deste primeiro encontro a fez doente de
ciúmes. Seus lábios tinham se pressionados contra os de Linzi. Ela tinha
ficado chocada ao vê-los assim, mas ainda mais do que isso, ela tinha
ficado invejosa. Isto levara algum tempo para reconhecer a emoção, mas lá
estava ela de repente tornando-se clara agora pela névoa de licor terráqueo.
124
Ouvindo uma batida na porta de sua suíte, Tori ingeriu o resto de
sua bebida e balançou a seus pés. Instável, ela tropeçou por toda a suíte até
a porta e a abriu.
Quinn estava diante dela e ela piscou para se certificar de que ele
estava realmente lá.
— Tori, ouça. Eu vim para dizer que sinto muito sobre Simon. —
Ele segurava uma flor cortada para ela. — Sei que não é muito, mas me
lembrei que as mulheres da terra gostam de flores.
125
Tori estava deitada na cama, onde ele a deixara. As ações dela o
tinham assustado e suas palavras não fizeram nenhum sentido. Sem ideia
do que fazer com ela, ele tinha ordenado ao computador do palácio que
fosse buscar um dos cientistas humanos, esperando que ele fosse capaz de
ajudá-la. Foi Vitto quem veio para a chamada.
Para sua surpresa, Vitto não olhou direto para Tori, mas em vez
disso olhou para um copo vazio na mesa. O homem estava dormindo
quando o príncipe o chamara e seu cabelo curto estava em pé e
despenteado. Ele estreitou seus olhos cansados, enquanto levantava o copo
até o nariz e o cheirava. Vacilando um pouco, ele o puxou de volta.
126
— E você acha que a entende tão bem? — Quinn exigiu, antes que
pudesse se impedir. Ele viu os olhos de Vitto amaciarem-se com bondade,
enquanto ele empurrava para trás o cabelo escuro de Tori.
— Vou ficar com ela esta noite, — Vitto disse, sem virar-se para
olhar para Quinn. — Você pode ir em frente e ir. Não há nada mais que
possamos fazer por ela.
Vitto piscou, olhando diretamente para ele. — Temo que não possa
permitir isso. Ela está inconsciente.
— E por que ela estaria mais segura com você? — Quinn cobrou.
— Eu sou seu amante. Eu deveria cuidar dela.
127
— Acho que ambos devemos ficar por lá. — Vitto apontou para o
longo sofá.
— Você pode sentar lá, olhar para ela a noite toda, mas ela não vai
a lugar nenhum, — Vitto disse suavemente.
128
Quinn assentiu com a cabeça, ajeitou o cobertor em volta dos
ombros, e se moveu para o chão diante do fogo. Ele começou a despir suas
roupas. Vitto deu-lhe um olhar divertido e limpou a garganta.
Quinn franziu a testa, supondo que deveria ser uma coisa humana e
que era por isso que ele não entendia o que fazia Vitto tão perplexo.
Bocejando, a sua mandíbula larga esticou para descobrir seus dentes
afiados. O príncipe arqueou as costas para o ar, esticando seus músculos
cansados antes de se acomodar para a noite.
Enquanto ele se deitava, ele sentiu Vitto relaxar. Com a voz fraca,
o homem disse: — Ah, boa noite, então, príncipe Quinn.
129
a sua voz do gato. Vitto engoliu em seco e acenou levemente antes de se
deitar no sofá.
130
Capítulo 07
Tori sentia uma terrível e pulsante dor de cabeça, o que não a
impediu de rolar para fora da cama na manhã seguinte. Tropeçando
descalça pelo chão, ela foi para o simulador de alimentos e materializou um
copo de água. Então, indo para sua bolsa, tirou uma unidade médica
manual, atrapalhando-se com o botão e, em seguida, deu-se um disparo no
pescoço. Quase que instantaneamente a tensão diminuiu e ela poderia
funcionar, embora seu corpo ainda se sentisse um pouco fraco.
131
— Claro que eu sabia que era você, Príncipe. Você é de uma raça
shifter de gato. — Tori fez uma careta. Então, colocando a mão em sua
têmpora, tomou um gole pequeno de água e virou-se para o banheiro.
— Não, eu acho que você precisa ir. Tenho muito trabalho a fazer.
Além disso, Vitto está aqui. — Tori colocou as mãos nos quadris e esperou
que ele saísse.
— E daí?
132
O rosto de Quinn se endureceu e ficou vermelho de raiva. Ele
balançou e ela cambaleou para trás.
— Basta sair, Quinn. Não posso fazer isso agora. Estou cansada e
não quero brigar com você.
Tori desapareceu por trás das cortinas. Sentiu uma lágrima deslizar
por sua bochecha. Ela não tinha se permitido chorar por Simon e ondas de
tristeza a percorreram, afogando-a.
— Tori, posso...?
133
O som da porta abrindo e fechando invadiram seus pensamentos.
Sentia-se ainda mais sozinha sabendo que Quinn tinha ido embora. Tori
forçou seus membros a se moverem, despindo-se rapidamente enquanto se
arrastava para o banho. Quando estava limpa, enrolou uma toalha em torno
de seu corpo e moveu-se para atravessar a suíte até sua bolsa. Vitto estava
acordado, sentado no sofá quando saiu da área acortinada.
— Não.
135
Tori riu da ideia de que algo teria acontecido. A risada de Vitto se
juntou a dela.
— Puxa, Tori, — Vitto fez uma careta como uma criança antes de
dizer bem humorado: — Sou seu irmão, e não o seu consultor de moda.
136
Tori deu-lhe um sorriso irônico. — Sabia que a nossa mãe deveria
ter afogado você no nascimento. Eu disse a ela que você não ia ser nada
além de problemas.
137
Tori viu Quinn sair da sala. Seus olhos o seguiram muito tempo
depois que ele se foi. Queria segui-lo, mas se segurou. Era melhor para
ambos se eles não interagissem com exceção do trabalho.
138
tirar a roupa no palco todas as noites? O inferno, ela provavelmente faz
mais créditos espaciais do que nós dois juntos.
— Oh, droga, o rei está de partida. Você não precisa falar com ele
sobre como acessar o seu computador central? — Vitto apontou para a
porta.
139
— Os cientistas já lhe disseram o que eles descobriram? — Kirill
perguntou, apontando a mão para as cadeiras de espaldar alto diante da
lareira. Para a lareira, ele ordenou gentilmente, — Fogo.
140
— Nem eu. Mas, se você se lembra, alguns dos anciãos
costumavam falar sobre caçar nos pântanos. Agora, o ar é quase
irrespirável. Acho que poderia ser algo a ser pesquisado. — Quinn
encolheu os ombros. Realmente não queria pensar nisso agora, embora
soubesse que era seu dever era fazer exatamente isso. Sua mente
continuava vagando de Tori e ao Dr. Vitto. O que era exatamente o
relacionamento deles? Amigos? Amantes? Por um momento Quinn
pensava uma coisa, noutro suspeitava de alguma outra coisa. — Seja o que
for, duvido que seja uma ameaça imediata.
— Ele é um dos poucos que restaram que não vai dar total apoio ao
meu governo, — acrescentou Kirill. — Ele se ressente de que faço a paz
com os Draig. Você não acha que ele teve algo a ver com a morte do
cientista da Terra, não é?
141
— Eu sei. — Kirill franziu a testa, suspirando pesadamente. — Eu
já falei com Franklin, a minha esposa insistiu, e assegurei-lhe de que
estamos ajudando em todos os sentidos possíveis. Entristece-me saber que
nós falhamos com eles. Eu não quero que os cientistas saiam do palácio
sozinhos.
142
leais a Myrddin. — Quinn sentiu uma dor de cabeça começar por trás um
de seus olhos. Era uma bagunça complicada que enfrentavam.
Relutantemente, ele admitiu: — Não acredito que os cientistas serão muito
cooperativos em nos informar o que encontraram lá fora nos pântanos.
— Oh?
— Sim?
143
— Ah, mas é uma loucura maravilhosa, — Kirill riu.
— Ah, você sabe o que quero dizer. Tori... Dra. Elliot e eu fomos...
somente amantes. Foi um lapso de língua. — Quinn moveu-se para a porta.
— Quinn, Dra. Elliot sabe que você estava fazendo dela uma cara-
metade?
O rico riso do rei se derramou sobre eles. Ela olhou por trás à sua
volta para onde estava Kirill. Lentamente, ergueu o seu olhar. — Eu estava
vindo justamente para falar com o rei.
144
O rosto de Quinn se enrijeceu, como se gostaria de debatê-la. Ela
estreitou os olhos em confusão. Os lábios dele se apertaram, os olhos
endureceram, como se quisesse que ela fizesse alguma coisa. Apenas, ela
não sabia o que era.
Uma vez que não falava, apenas olhava, ela pediu suavemente: —
Posso passar?
145
— Eu não sei o que pensar. É o lugar mais lógico para começar.
Seu computador central também deve ter os registros de toda e qualquer
vida selvagem neste planeta. Eles nos ajudarão a estabelecer aqueles de
fora também.
Tori assentiu.
— Só não a chame de feia. Reid fez isso uma vez e ela o trancou na
câmara de armas por uma hora até que ele dissesse que estava arrependido.
— Kirill riu suavemente. Tori não pôde evitar, a não ser participando de
sua risada.
146
— Eu vou manter isso em mente, — Tori respondeu. Baixou a
cabeça e fez um movimento para ir.
— Oh, doutora?
Kirill ergueu a mão para detê-la. — Você tem acesso a todos, desde
a família real a alguns dos anciãos. É preciso mais do que apenas a minha
palavra para dar-lhe autorização para a informação. Mas, se você tiver
qualquer necessidade, avise-me e eu farei o possível para colocar sua mente
à vontade sobre os outros. Tudo que peço é que se você descobrir alguma
coisa sobre um de meu povo, você fale com meus irmãos ou a mim
primeiro.
— Quinn, não sei o que você espera que eu diga, — Tori disse.
147
— Seu rosto está curado, — ele observou. A mão dela
automaticamente levantou para tocar o rosto, enquanto tentava não corar.
— Gostaria de saber o que é sobre o nosso musgo negro que você acha ser
suspeito.
— É muito cedo para dizer, mas acredito que poderia ser uma
ameaça ecológica que está começando a se espalhar em ritmo acelerado. Já,
nós descobrimos um fio mutante que pode sobreviver em... ai
... rah!
148
— Ah... sim, — ela respirou, sabendo que soava como uma tola de
sorriso afetado. Mas o beijo dele tinha sido tão apaixonado, tão
reivindicante. Ele a beijara antes, mas nunca como aquilo, como se
estivesse marcando o seu território, conquistando-a completamente. Seus
lábios ainda formigavam e podia sentir a língua dele em sua boca como se
ele ainda estivesse lá. — Ok.
— Sim?
149
ao longo do comprimento da abertura de seu vestido. Suas pernas quase
sairam para fora debaixo dela.
— Eu vou passar pelo seu quarto esta noite para completar meu
exame físico, doutora. — Com isso, Quinn novamente beliscou no seu
ouvido. Tori ouviu enquanto ele se afastava. Em torpor, seguiu em frente
na direção oposta, recusando-se a virar-se para procurá-lo.
151
Capítulo 08
Tori passou o dia todo trabalhando no laboratório, mas pela
primeira vez, não esqueceu o tempo.
152
— Não, — Vitto respondeu. Olhou para sua irmã, antes de agitar
sua mão como se estivesse cortando através da tela quase transparente em
agitação. Quando terminou, a tela voltou ao normal. —Ele foi morto por
um Var.
153
Quinn marchou para frente e para trás no quarto de Tori, esperando
pela chegada dela. Trouxera mais flores, que estavam ficando cada vez
mais difíceis de se encontrar. Taura tinha guardado em seu jardim agora,
então tinha que encontrar as lindas ervas daninhas em qualquer outro lugar.
Ele parou, rindo como um menino mal comportado que tinha fugido com a
travessura, enquanto pensava sobre isso. Taura estava fora de si com
irritação, embora a nobre mulher dificilmente deixasse transparecer.
Atirando-se no sofá, olhou para o teto. Ele poderia dizer pela luz
que estava ficando tarde. Quinn franziu o cenho. Sua perna inquieta
balançou para o lado do sofá, chutando no ar, com agitação. Onde estava
ela de qualquer maneira? Ele tinha estado esperando
ansiosamente por horas, contando os lentos minutos até que pudesse estar
com ela novamente.
154
Tori bocejou, piscando muito. Ela se deitou na cama de Grant ao
lado do seu irmão. O quarto estava escuro, as cortinas com o topo em
cúpula elaboradas para lançar a suíte inteira na escuridão. Sentiu a
mudança na cama ao lado dela e presumiu que Vitto se jogara em seu sono.
Não podia culpá-lo. Sentia-se da mesma maneira inquieta, nervosa.
— Snookie, onde está você? Eu vim para jogar. — Era uma voz de
mulher.
A mulher moveu seu peso e Tori caiu sobre o lado dela, sua cabeça
batendo na perna de Vitto.
— Luzes!
Seu corpo estava preso entre Vitto e Linzi. Linzi estava nua, exceto
por um robe. Tori se encolheu, tentando afastar-se da mulher. Linzi gritou
novamente, vendo que estava na cama com as pessoas erradas. Tori olhou
para Grant para calar a mulher. Ela não podia ver Quinn, mas sentia sua
presença.
156
Tori balançou ao redor para ver Quinn. Seu rosto estava vermelho
de raiva. Ele olhou para Vitto. Enquanto ela olhava para ele, os olhos dele
se voltaram para ela. Seu lábio enrolado em um rosnado.
— Não são eles—, disse Grant. — Eles têm uma linhagem comum
que deve ter vindo de seus pais. Estou supondo que não é nenhum dos
príncipes.
157
— Isso deixa os anciãos, o Lorde Myrddin para ser exato. — Tori
franziu a testa, deixando a calma profissional alcançá-la. Eles discutiram a
possibilidade de ser ele anteriormente. Fora na sua terra que as armas
biológicas estavam. Sua caverna era a fonte do musgo preto. Além disso,
Quinn mencionara que ele não suportava a lei de Kirill. Só fazia sentido.
— Não.
A casa de Quinn era simples em seu gosto, colorida com rico azul e
creme. Um sofá repousava diante de uma ampla lareira colocada em uma
plataforma ligeiramente levantada. O sofá era baixo e largo. Longos
travesseiros ficavam colocados no chão, perfeito para relaxar. O chão de
azulejos largos, esticados diante da porta da frente, elegante e
impecavelmente limpa.
158
Além da frente, não havia portas na casa do príncipe. Altos arcos
decorativos na parede conduziam a um quarto, uma cozinha e um grande
escritório. Uma parede de vidro, tão espessa que não podia ver através dela,
guardava o banheiro. Uma entrada ao lado da lareira, perto da cozinha,
levava a uma ampla sala de jantar. Havia cadeiras suficientes no banco para
mais de uma dúzia de convidados.
159
Tori virou-se e saiu pela porta da frente. Seu ombro sacudiu, mas
se recusou a chorar.
Quinn viu a porta se fechar atrás dela. Sua mão alcançou para a
frente para ir atrás dela, mas puxou-a de volta para seu lado. No breve
momento em que ela disse seu nome, seus olhos tinham sido de derrota,
triste, exausta além da medida. Ele queria confortá-la, abraçá-la.
Quinn respirou fundo. Seu ciúme repentino sobre isso era muito
potente para ignorar. Tinha ficado negligente com raiva e isso não era um
bom sinal. Isso significava que estava começando a sentir mais do que
apenas uma conexão passageira por ela. Não podia permitir distrações em
sua vida, não na medida em que não poderia funcionar. Palavras
incessantes de seu pai voltaram para ele. — Este reino é o que nos faz,
Quinn, esta terra. Um homem não pode se curvar a uma mulher e ainda se
chamar de homem. Apaixonar-se por uma mulher é cair para a fraqueza.
Somos homens. Nós conquistamos e ditamos as regras. Temos de ser fortes
e, como embaixador, você deve ser o mais forte de espírito. Se você se
permitir ser sempre distraído, sua loucura pode ser a morte de nossa raça.
Lembre-se disso, a próxima vez que alguma coisa muito bonita girar sua
cabeça. Se alguma vez o seu coração começar a bater um nome de mulher,
pense na raça Var apodrecendo ao sol em um mar de cadáveres. Isso é o
que o amor pode fazer, meu filho. Tenha o seu prazer, desfrute de sua
160
companhia suave, mas nunca se amarre. O direito deve sempre vir em
primeiro lugar.
161
Tori agarrou seu relatório na mão, amassando e torcendo-o,
enquanto esperava nervosamente a porta do escritório do rei se abrir.
Passara a manhã inteira escrevendo a coisa e ainda não estava satisfeita.
Sua mente estava distraída demais para se concentrar em nada, além de
Quinn.
A única razão que escrevera a coisa para começar era porque ela
tinha dito a Quinn que faria. Ele a tinha frustrado tanto quando tinha ido a
sua casa. Bem, se ele quisesse agir profissionalmente, ela poderia agir
como profissional.
162
Rindo, Tori não conseguiu evitar. A expressão de Ulyssa era muito
aberta e amigável.
— É...
Tori olhou para o rei e depois de volta para Ulyssa. — Não, não
realmente.
Tori não sabia o que dizer sobre isso. Será que todos presumiam
que uma vez que ela e Quinn eram amantes teria de haver mais em sua
relação? Ela se importava com ele, e a despedida dele anteriormente tinha
163
aberto uma grande ferida. Sorrindo educadamente, assentiu com a cabeça
enquanto a rainha se afastava.
— Não era necessário para você passar por todo este problema, —
disse Kirill. — Relatórios orais funcionam.
164
Tori respirou fundo. Seguindo Kirill para as cadeiras colocadas
diante da lareira, sentou-se. Levou um momento para falar. Então, olhando
para seu rosto, disse a ele tudo o que tinha descoberto.
165
Quinn invadiu o escritório de seu irmão, de cara feia enquanto
perguntava: - O que quer dizer com ela pode ir? Você está louco?
166
Capítulo 09
Tori estendeu os braços sobre a cabeça e bocejou. Tudo o que os três
cientistas necessitavam para a viagem estava empacotado. Eles não
estavam levando muito, exceto alguns instrumentos básicos e seus
pertences pessoais. Olhando Vitto, ela abriu a boca para falar. Antes que
ela pronunciasse uma sílaba, a porta da suíte de Grant se abriu.
Quinn chegou à frente para agarrá-la. Vitto veio para a sua frente
para bloquear seu caminho. O príncipe olhou para ela, seus olhos mudaram
perigosamente enquanto ele rosnava em advertência.
— Vitto, não, está tudo bem, — Tori disse, não querendo ver o irmão
ferido. — Eu sei sobre o que se trata.
— Isso não é uma decisão que você possa tomar. É minha. Além
disso, tenho obrigação de ir como parte do meu trabalho. — Tori tomou
uma respiração calmante, tentando soar razoável. — Eu devo isso a Simon
para descobrir a verdade. Além disso, comecei um trabalho sobre este
planeta e pretendo terminá-lo. Sou a única responsável e eu me recuso a me
esconder como uma covarde só porque estou com medo.
168
A expressão do rosto de Quinn endureceu com suas palavras e seus
olhos fixaram-se nos seus. Ele hesitou, antes de afirmar: -Sim, é por isso. É
minha responsabilidade me certificar de que o que aconteceu com o Dr.
Simon não aconteça ao resto de vocês. Se você realmente acredita que
Lorde Myrddin é o assassino, então não é seguro que você o confronte.
Você é humana. Ele é um guerreiro Var. Ele será capaz de matá-la com um
golpe da sua garra e você nem vai vê-la chegando.
Tori olhou para baixo, vendo que as garras dele não tinham
recolhido. Ele poderia escondê-las melhor, mas ainda estava muito
zangado. Incapaz de responder, ela apenas assentiu. Ela ficou surpresa pela
admissão dele, embora soubesse que não deveria estar.
169
estivermos fora, príncipe Quinn. Vou perguntar ao Lorde Myrddin sobre o
Dr. Simon. Vou limpar Qurilixen de armas biológicas. Eu vou encontrar
uma maneira de parar o crescimento do musgo preto e assim evitar que ele
continue a se espalhar. Você percebe que de alguma forma daqui 10 a 30
anos, o seu planeta inteiro poderia estar morto por ele? Agora, se você
quiser que eu faça essas três coisas muito importantes forem o que você
quer que eu lhe obedeça, então ótimo. Mas, se a sua vontade põe em risco a
minha capacidade de fazer o meu trabalho, então... ahh!
O calor ondulou em seu estômago, rolando sobre ela até que não
conseguisse pensar. Um instinto animal primitivo ultrapassou-os enquanto
Tori gemeu. Suas mãos puxaram o corpo rijo dele para mais perto. A
sensação da ereção dele queimava contra dela. Sua boca se moveu,
encontrando as exigências dele com algumas dela própria.
171
— Minha, — Quinn rosnou, de novo e de novo, baixo e
sombriamente. Os olhos dele tinham pontos verdes dentro de suas
profundezas azuis. — Minha.
Tori não podia entender suas palavras, uma vez que ele rosnara em
sua própria língua. Ela tremeu violentamente. Ele começou a se mover,
deslizando dentro e fora dela, construindo uma profunda dor doce dentro
do seu núcleo. Seu ritmo era rápido e forte, possuindo-a ferozmente como
uma besta selvagem.
172
arremetidas do seu corpo. Então, olhando para baixo, viu seu corpo nu,
exposto pelo macacão rasgado. Rapidamente, ela puxou o jaleco junto e
percorreu o corredor para sua suíte.
Tori fez o seu melhor para não olhar para o lindo Quinn. Ele não
tinha falado com ela desde o seu encontro no corredor. Ele quase não a
reconhecia. Seu descaso a feria profundamente, causando uma dor
profunda em seu peito. Ela engoliu a dor e se concentrou no trabalho. Tori
nunca tinha esperado que o relacionamento deles durasse para sempre, mas
também não estava preparada para que chegasse ao fim.
173
Uma vez que o seu macacão preto estava agora em pedaços, Tori
vestia a roupa de Var. Ela puxou os laços apertados em seus quadris,
fechando o material por todo o caminho. As calças se moldavam nela como
uma segunda pele, mas ela estava feliz que suas coxas não pulavam através
dos laços laterais.
A camisa sem mangas era perfeita para o clima mais quente. Ela
ficava justa e apertada ao redor de seus seios. Suas laterais estavam
expostas, mas ela fingiu não se importar. A verdade era que se sentia
malditamente sexy na roupa e ficou desapontada que Quinn não a tivesse
notado.
Quando Reid finalmente entrou, ele apenas piscou para seus irmãos,
dando-lhes um tímido sorriso. Ele tinha feições sombrias e se movia com a
graça constante de seus irmãos. Músculos formavam o seu corpo e ele os
carregava com orgulho, como se esperasse que as mulheres desmaiassem a
seus pés. Falke não fez comentários, apenas resmungou, enquanto se
levantava para partir. Todos eles seguiram o exemplo, colocando mochilas
sobre seus ombros enquanto se prepararam para a caminhada.
174
As palavras eram suaves. Por um longo momento Quinn agiu como
se ele não a tivesse ouvido. Ela estava prestes a repetir quando ele
finalmente respondeu. — É o desejo do rei, que assim seja. Nós não
arriscaremos suas vidas, enquanto vocês permanecerem sob nossa proteção.
Resigne se a isso, Dra. Elliot, ou seremos forçados a retornar.
175
destino, e sua escolha. Ele estava satisfeito com sua vida, ou pelo menos
ele tinha estado até que ele conhecera a Dra. Tori Elliot.
Quinn olhou para ela. Gatos sagrados! Ela estava linda em sua roupa
nativa. Ele ficara atordoado quando a vira na roupa. Ele imaginou se ela
sabia do efeito que os laços apertados tinham em sua parte traseira,
puxando o material apertado por toda sua bunda. Ele quase gemeu ao se
lembrar e teve um desejo insano de ficar para trás apenas para obter uma
visão dela.
Porra, mas ele não conseguia se concentrar em torno dela. Ele sabia
que ele parecia duro, mas depois passar todo o percurso andando tão perto
do perfume inebriante dela, ele estava prestes a enlouquecer de tesão. O
encontro no salão do palácio apenas alimentara o seu desejo por ela. Ele
não tinha planejado possuí-la assim, mas, quando ela não protestou, não
pôde parar.
Mais tarde, sozinho em sua casa, ele tinha ficado confundido com
sua total falta de controle.
176
um momento de preocupação passou por seu rosto quando ela se juntou a
eles.
Tori corou, sabendo que ele dissera alto o suficiente para que Quinn
pudesse ouvi-lo. Ouvindo um ruído, todos se viraram para ver Quinn
levantando-se do chão. Ele tinha tropeçado. Seus olhos se encontraram e
ele não estava sorrindo.
177
insultado. Mantendo uma cara séria, acrescentou alegremente: — Assim
como o resto de mim.
Tori não pôde evitar. Ela deu uma gargalhada com a vaidade dele.
Reid era tão cheio de si, e ainda parecia não levar a sério a si mesmo em
nada. Quinn resmungou por trás deles. O sorriso de Reid apenas se
ampliou.
— Ah, você fique fora disso! — Reid respondeu de bom humor. Tori
piscou em confusão e finalmente, concluiu que devia ser uma brincadeira
privada entre irmãos. — Isso é entre a Dra. Elliot e eu. Eu não posso evitar
se ela está atraída por mim.
178
lâminas por cerca de um semana, quando Quinn decidiu que seria uma boa
ideia pular a prática. Agora, entendo que Falke foi um real tirano e não
tomou de bom grado o nosso não comparecimento. Quando ele contou ao
nosso pai, o que, em retrospectiva, tinha o dever de fazer, o rei nos prendeu
no calabouço por uma semana sem comida.
Tori fez uma careta. Ela não tinha um parecer muito alto do Rei
Attor para começar, mas ouvir que ele aprisionou alguém por uma semana
sem comida apenas por ser jovem e detestável foi um pouco exagerado. O
quão difícil deve ter sido para eles, crescendo com um tipo de homem
emocionalmente distante como pai. Ela tinha tido muita sorte. Seus pais
eram boas pessoas que deram a todos os seus filhos muito amor e
incentivo. Vitto e Grant não pareceram ter sido afetados pelo fato, assim
ela deixou passar.
— Foi sua a ideia de pular, — Quinn afirmou por trás, sua voz não
tão dura quanto antes. Reid suspirou dramaticamente com a interrupção. —
E, se bem me lembro, vocês dois se voluntariaram empurrando-me através
das barras do calabouço contra a minha vontade.
179
— Ah, a lógica é superestimada, — Reid acenou de volta para ele. —
Você só estava lá por três dias para deixar de ser um bebê.
A mente de Tori ainda estava presa no fato de que eles não tinham
sido alimentados por uma semana.
Tori riu, mais pela expressão facial de Reid do que por sua história.
Reid voltou sua atenção para frente enquanto o caminho se estreitava. Ele
fez um gesto galante para Tori ir à frente dele.
180
Capítulo 10
— Eu vi o seu olhar antes, — disse Reid, vindo sentar ao lado de
Quinn no chão. Ele suspirou, olhando para o acampamento. Havia uma
pequena fogueira e um par de tendas básicas. O céu estava amaciado por
uma névoa de luz verde. Os três cientistas conversavam privadamente entre
eles, debatendo sobre alguns papéis que tinham trazido com eles.
Quinn olhou para Reid e suspirou, não querendo ouvi-lo. Ele sabia
onde seu irmão queria chegar com isso. Ele amava Reid, mas agora estava
irritado com ele.
181
voltar à vida uma vez que o acasalamento foi feito. Certamente, você ia
ficar cansado tendo na cama a mesma mulher o tempo todo.
182
— O que está acontecendo com essa família? Primeiro Kirill,
agora você? Você honestamente acha que a pequena recompensa de ter
apenas uma mulher bate a fraqueza de ser vencido por isso? — Reid correu
sua mão pelo cabelo em sinal de frustração. — Não me interprete mal. Eu
gosto bastante de nossa nova rainha e gosto da Dra. Elliot. Mas, por que
não ficar com elas e ter outras esposas? Eu não entendo.
183
volta do jeito como sempre fora, antes de Tori Elliot tropeçar nele. Queria
rir e se sentir livre de novo. Rosnando, ele começou a correr. Ele realmente
necessitava se afastar dela. Aquela cientista terráquea estava deixando-o
quase louco.
Tori odiava a incerteza. Era uma das razões por que ela adorava
ser uma cientista. Gostava de ter um plano de ação. Gostava de encontrar
uma solução para um problema. Mas, em toda sua vida, nunca enfrentara
184
um problema como fazia agora. Parte dela dizia que não tinha a menor
importância o que ela fazia ou sentia, e que ela logo estaria partindo de
Qurilixen e deixando Quinn para trás.
— Nós.
185
completamente. Tori não se moveu. Sussurrando, ela perguntou
fracamente, — O que há sobre nós?
186
apenas para obter uma amostra de DNA de mim? Foi por isso que deixou
que eu a possuísse na sala daquele jeito? Você estava apenas fazendo seu
trabalho?
— Quinn, seu teste deu negativo. Não foi você, — disse ela, como
se isso tornasse tudo melhor. Seus olhos arredondados olharam para ele.
Quinn franziu o cenho. — Eu sei que não fui eu. Eu lhe disse isso,
mas obviamente a minha palavra não foi boa o suficiente para você, foi
Tori?
— Isso não tem nada a ver com ciência, Tori. — Quinn não queria
ouvir isso. Ela só pensava no trabalho! Esquecendo-se dele em favor do
trabalho! Esgotando-se dele pelo trabalho! Ignorando-o pelo trabalho! Ele
187
estava cansado de ser o segundo pelo trabalho dela. — Nem tudo no
universo tinha que caber em um belo pacote científico.
— Mas...
Quinn queria gritar pela dor que rolava dentro dele. Seus lábios
empurraram para a frente, tomando-lhe a boca em um beijo machucado que
deveria puni-la por fazê-lo sentir assim. Ele derramou toda a sua frustração
sobre ela, separando-lhe os lábios com a língua, tão agressivamente que os
seus dentes esbarraram nos dela.
188
Cego de raiva, ele se libertou de suas roupas com uma mão, ainda
prendendo-lhe a cabeça com a outra. Deixando livre sua ereção dura, ele
colocou os seus lábios de volta. Mesmo agora, ele a desejava, precisava
dela desesperadamente. Ele sentia um vazio, quando ela não estava por
perto. Estava ficando pior com o passar dos dias. Ele estava sob um feitiço,
o feitiço dela, e ele queria se libertar dele.
— Quinn, — ela sussurrou. Quando ele olhou para ela, ela não
parecia estar chateada. Ela parecia excitada. Era demais. As palavras dela
saíram como um choramingo de sua garganta, implorando-lhe para
continuar. Ele não conseguia parar mesmo se quisesse. — Ah, Quinn, por
favor. Agora.
189
dela, ela gemeu, segurando-se em cima dele enquanto ela alcançava a sua
própria libertação violenta.
190
Lorde Myrddin! Tori tentou inclinar-se para obter outro olhar do
homem. Desta vez, quando Quinn empurrou-a de volta não foi tão gentil.
Ela ofegou enquanto tropeçava na água, molhando a camisa ainda mais.
191
a testa. A voz dele soava com autoridade, enquanto ele se adiantava. Tori
seguiu atrás dele.
— Seu pai era um rei. Ora, era um homem que sabia como
governar. Ele era ousado, corajoso. Ele sabia o que tinha que ser feito e ele
fazia isso, sem segundas intenções e sem remorso. O povo Var tem
192
esperado pelas ações dele, e ainda Kirill não agiu. — Um grande Var
entrou na costa atrás de Myrddin.
— O rei tem suas razões para o que ele faz. — Quinn deu mais um
passo em direção à costa e Tori ficou bem atrás dele, tocando levemente o
seu lado. — Quanto à sua terra, ela é do Rei por direito de nascença e ele
pode ir para onde lhe agrada, com quem lhe agrada. Era necessário, para a
segurança do nosso povo, bem como os Draig, para...
193
você é companheiro de vida desta criatura, também? É difícil de acreditar
que a linhagem do Rei Attor tenha se tornado tão fraca. É uma bênção que
ele não está aqui para ver isso. Embora, se estivesse aqui, Kirill nunca teria
se casado e os Draig já estariam mortos.
Todo mundo ficou quieto por um longo tempo, olhando para ela.
Tori engoliu, esperando que eles estivessem considerando a sua oferta. De
repente, Lorde Myrddin desatou a rir.
Tori empalideceu.
— Você não vai desaparecer, Dra. Elliot, você está indo trabalhar
para mim. — Lorde Myrddin ergueu a mão e acenou. Quinn rosnou,
parcialmente transformado enquanto ele saltou da piscina para a costa. Suas
garras brandiam como facas, ele girou para a garganta do Lorde Myrddin.
Quinn grunhiu. Tori gritou. Seus olhos dispararam para ela. Ela
deu um passo para trás. Os homens Var pularam na piscina, cercando-a. Ela
tentou se afastar deles e só conseguiu andar para trás de encontro a um
deles, sendo capturada.
195
— Solte-me! — Tori exigiu, chutando e lutando. — Quinn!
Quinn grunhiu, mas ela não podia vê-lo. Tori lutou mais. Lorde
Myrddin suspirou e passou por cima da costa para o estranho monte. Ele
segurou a cabeça de Vitto pelos cabelos e ergueu-a. Tomando uma lâmina
de seu cinto, ele assobiou para chamar a atenção. Tori viu o brilho da
lâmina refletindo a luz solar e imediatamente entrou em pânico.
196
Tori balançou, sentindo-se desmaiar. Seus olhos enchiam-se de
água enquanto ela olhava para a praia. Ele a tinha deixado. Quinn a tinha
deixado.
197
deixou ser capturada sem luta. Quinn riu severamente e foi a lembrança
dela que o manteve se segurando.
198
Capítulo 11
Tori encarou Lorde Myrddin, odiando-o com todo o seu ser. Ele era
um homem mau. Se duvidava disso antes, ela sabia agora. Lentamente, ela
balançou a cabeça em negação. Não havia nenhuma maneira que pudesse
fazer o que ele pediu. — Mate-me se quiser, mas eu não posso fazer isso
por você. De jeito nenhum terei nas mãos um genocídio.
199
Lorde Myrddin tinha várias esposas, muitas das quais haviam
esperado por ele, desde sua chegada. Elas caminhavam em torno dele na
ponta dos pés, seus olhos sempre no chão, enquanto mantinham um sorriso
afetado e se inclinavam.
Apenas com muito boa vontade, ele disse a ela sobre como os
cientistas originais o tinham desafiado, prendendo a guarda na gaiola da
caverna do laboratório, ao lado do homem Draig no qual eles tinham sido
forçados a usar para experimentos. Obviamente, pelos ossos que eles
haviam descoberto, os homens não tinham sido soltos, mas trancados e
deixados para morrer de fome. Os cientistas desafiadores foram capturados
e lentamente torturados, antes de finalmente encontrarem o seu fim.
200
— O que você quer dizer? — Tori engoliu em seco, sentindo o
sangue drenando do rosto. Ela poderia apenas supor o que este homem
consideraria divertido.
— Guardas!
— Oh, tsk, tsk, por que tal face preocupada, Dra. Elliot. Você não
está se divertindo? Você queria jogar duro, por isso estamos jogando duro.
Lorde Myrddin passou por ela, sua mão deslizando sobre seu
ombro, fazendo-a se esquivar para longe dele. Ele simplesmente riu,
satisfeito, enquanto se aproximava dos homens. Ele os estudou por um
momento, deixando cair sobre a sala o silêncio, interrompido apenas pelas
respirações pesadas e o fogo crepitante. Finalmente, ele olhou para ela por
cima do ombro.
— Não é isso que você queria? O que você acha que aconteceria
quando você negasse o meu pedido tão simples?
201
— Oh, aí é onde você está errada. — A sobrancelha de Lorde
Myrddin subiu em desafio. Ele sorriu e caminhou novamente por toda a
sala, não tocando-a desta vez, quando passou. Tori fechou os olhos e
estremeceu. Ela o ouviu atrás dela e moveu-se para vê-lo desembainhar
uma espada da parede. Ele estudou a lâmina afiada, deixando o fogo laranja
se refletir em sua superfície brilhante. — Matar é talvez um dos atos mais
simples. Tão fácil de fazer, tão impossível de se reverter.
— Sim, mas isso não vem ao caso, não é doutora? — Mais uma
vez ele riu.
202
lhe para não desistir. Os lábios de Vitto se separaram, mas ela não poderia
dizer o que ele falara. Ela não tinha escolha. Não podia empurrar Lorde
Myrddin mais longe, pois ela não tinha dúvidas de que ele cumpriria suas
ameaças.
203
eu quero que você libere o príncipe Reid e o príncipe Falke. Eles vão dar-
lhe a sua palavra que nada vai acontecer com você por isso.
Tori parou, sabendo que não havia muito que ela pudesse fazer por
Grant e seu irmão no momento. Ela precisava de um laser médico, um kit
de primeiros socorros, ou algo assim.
— Muito bem, eu vou aturar você por enquanto, Dra. Elliot. Você
pode cuidar deles. Mas, se você não fizer progressos razoáveis, eu serei
forçado a renegociar nosso acordo. — Sua voz abaixou, enquanto ele se
acercou. Seu rosto se aproximou do dela, e ele olhou seus lábios, como se
fosse beijá-la. Suavemente, com a boca um fio de cabelo de distância dela,
ele disse, — Eu não sinto satisfação machucando você, Dra. Elliot, você é
uma mulher muito adorável e eu abomino cicatrizes em coisas bonitas.—
Sua boca mudou-se para seu ouvido. — Mas você não precisa de suas
pernas para ser capaz de fazer o trabalho. Estamos entendidos?
Tori assentiu, incapaz de olhar para ele diretamente, estando ele tão
perto. — Bom. — Lorde Myrddin virou-se para os guardas e ordenou: —
Leve-a e os dois cientistas para o laboratório, para que eles possam
começar. E mostrem ao príncipe Reid o seu... quarto.
204
— Mas você disse... — Tori começou a protestar, enquanto Reid
era mais ou menos arrastado. Ele parecia tão agredido, tão derrotado.
— Eu disse que você poderia cuidar deles, Dra. Elliot, mas eu não
disse quando. Você vai ter a sua chance, tão logo você me dê o que eu
quero. Depende de você agora. Se eles morrerem, será sua falha. Então eu
sugiro que você trabalhe rápido. — Lorde Myrddin virou as costas para
eles e caminhou até sua mesa. Os guardas agarraram o seu braço e
puxaram-na para frente, quando ela não se moveu rápido o suficiente.
Tori olhou para o guarda Var por cima do ombro. Ele estava parado
do outro lado das barras da cela gigante, observando-a através das colunas
205
de ferro. O guarda a olhou. Tinha estado olhando-a, desde que eles vieram
para o laboratório. Ela conhecia bem a fome em seus olhos.
Eles tinham passado por Reid em sua cela para chegar a deles. Os
olhos do homem suplicavam aos deles para não fazê-lo. Mas, como ela
poderia não fazer? Ela não conseguiria condená-los à morte. Mas, se ela o
fizesse, ela condenaria toda uma raça à morte. Ela poderia viver com ela
mesma se ela permitisse a morte de Vitto, Grant e os dois príncipes? Ela
poderia viver com ela mesma se ela deixasse uma raça inteira de pessoas
inocentes morrerem? Tudo o que ela podia fazer era rezar por um milagre,
rezar para que Quinn tivesse escapado. Pensar nisso a fazia querer chorar.
Seus olhos umedeceram e havia uma dor profunda no peito. Quinn já
poderia estar morto.
206
— Nós não podemos fazer isso. — Tori disse, inclinando-se sobre
Grant e fingindo prestar atenção ao que ele estava fazendo. Ele estava
procurando o sequenciamento para o musgo preto, tentando descobrir o que
os cientistas antes deles tinham feito. Os equipamentos que lhes foram
dados eram velhos, provavelmente retirados do laboratório dentro das
cavernas.
— Tudo bem, mas quando ele me perguntar por que não podemos
trabalhar mais rápido, eu estarei lhe dizendo que você não relatou o nosso
pedido. — Tori deu de ombros e virou o rosto em direção a Grant. Ela
fechou os olhos e permaneceu dura, esperando.
207
—Você é a chefe, — Grant disse. — Nós vamos fazer o que nos
mandar.
— Você está certa, Tori, nós não pertencemos aqui. Este não é
nosso problema. — Vitto respondeu. — A AIH nos forçou a vir.
— Você acha que Lorde Myrddin vai nos deixar partir daqui? —
Vitto perguntou, parecendo assustado, embora seu rosto estivesse duro,
enquanto olhava a sua irmã. Todos sabiam que a pequena peça que eles
encenavam era apenas isso, uma peça de teatro.
208
Ele só podia supor que isso era o que o Rei Attor queria dizer,
quando falou sobre o amor ser uma fraqueza. A forma como se sentia, o
jeito que mal conseguia se concentrar, a maneira como ela constantemente
dançava em seu cérebro - isso não era bom. Foi transformando-o em um
209
louco. Ele não podia pagar o preço de estar tão preocupado com ela. Ela
não pertencia ao seu mundo. Não pertencia a ele.
Ele não queria admitir isso antes, mas agora não tinha escolha.
Quando sua atribuição estivesse terminada, a Dra. Tori Elliot precisaria ir.
Era o melhor para ambos se o fizesse, pois ela estaria segura e ele
recuperaria sua sanidade.
Quinn franziu o cenho. Ele odiava que tivesse sido forçado a deixá-
la, mas não teria trazido nenhum bem para qualquer um deles, que tivesse
ficado preso. A droga, que Lorde Myrddin atirara nele, levou bem mais de
um dia para se desgastar. Ele se escondeu no alto da árvore, enquanto pôde,
antes de decidir que era seguro descer. Mudando para sua forma de puma,
ele tinha encontrado um pequeno esconderijo dentro da floresta para se
deitar. Tinha dormido, incapaz de ajudar a si mesmo, enquanto a droga
finalmente tomava conta do seu sistema.
210
A cabeça de Quinn ainda doía, mas a pura determinação o impedia
de prestar atenção a ela. Um rugido cresceu em sua garganta, mas ele
segurou. Estava com tanta raiva que seus membros sacudiam. Seus irmãos
estavam dentro do castelo de Lorde Myrddin. Tori estava lá dentro. Seu
coração apertou dolorosamente em seu peito. Ele se sentia doente, ouvindo
o eco da voz dela em sua cabeça.
Quinn...
Olhando para o outro lado, ele assentiu para Treven, que estava em
forma humana. O soldado acenou com a cabeça de volta. Treven era um
shifter tigre, e um dos melhores soldados que tinham. Apenas os três
tinham vindo. Se Lorde Myrddin guardasse o palácio, não veria um
exército de gatos perversos, marchando fora dele.
211
vez que se transformavam em batalha. Apenas seus olhos permaneceram
como estavam, com pupilas estreitas, com a visão superior do felino.
212
— Ele parece ser do seu tamanho. Quer suas roupas? — Reid
perguntou.
213
Capítulo 12
— Não! — Tori gritou, sacudindo a cabeça, enquanto tentava jogar
o corpo entre Grant e o guarda Var. Seus olhos voaram para Lord Myrddin.
— Pare, nós vamos fazer! Nós dissemos que iríamos fazer! Eu não estava
reclamando. Mas precisamos de um equipamento melhor.
— Eu não sei o que ele disse, mas tudo que eu pedi foi por um
equipamento melhor. — Tori disse, mantendo-se entre Grant e o Var.
Tori assentiu. — Sim. Eu tenho que fazer alguns testes, mas posso
fazê-lo.
Tori não foi tão rápida para responder. Ela engoliu em seco. — Eu
não...
215
— Agora? — Tori perguntou, o sangue escorrendo entre os dedos.
216
O lascivo guarda Var, esquecido naquele breve momento de
insanidade, agarrou-a por trás, segurando uma garra estendida pela artéria.
O guarda gritou para obter a atenção deles, enquanto angulava o corpo de
Tori para todo mundo ver. Sua voz era um rosnado mortal, quando falou:
— Deixem-no ir, ou ela perderá a vida.
O rosto de Quinn era duro e ela sabia que ele estava preocupado.
Com um rugido alto, ele soltou Myrddin. Tori choramingou novamente,
quanto o guarda empurrou-a diante dele.
O coração de Tori disparou ao saber que ele tinha vindo por ela.
Mas, ela não podia ir com ele. Não agora.
O guarda arrastou-a para trás, até que eles estivessem perto de Lord
Myrddin.
217
O guarda puxou Tori para fora da cela. Ela assistiu, enquanto Lorde
Myrddin bloqueava todos os quatro homens dentro. Os duros olhos deles os
seguiram. Os lábios dela tremiam, enquanto gesticulava com a boca a
palavra, — Quinn.
— Aqui.
218
Quinn virou-se para Vitto, que lhe estendeu um jaleco. Ele olhou
para baixo, percebendo que ainda estava nu, e colocou o casaco sobre os
ombros. — Nós precisamos sair daqui.
— Eles se foram. — Quinn engoliu. Mais uma vez, ele bateu nas
barras, sacudindo-as violentamente. — Eu tenho que chegar a Tori!
Quinn voltou-se contra ele, ultrajado. — O que quer dizer com não
podemos?
— Tori não quer que a gente faça isso. Ela sabe o que está fazendo.
— Disse Vitto, hesitando, enquanto os olhos apaixonados de Quinn se
voltaram contra ele. — Ela ainda se sente mal por Simon e pensou em nos
proteger. Além disso, Lorde Myrddin levou-a para as cavernas, para o
laboratório de lá.
219
— O musgo preto é uma arma biológica, criada pelos cientistas de
Myrddin, a cerca de cem anos atrás. — Grant interrompeu. Quinn trocou
um olhar com o seu irmão. — Este tem se disseminado abaixo da superfície
de seu planeta, praticamente adormecida, porém sua taxa de crescimento
está começando a acelerar. Primeiro, ele irá contaminar sua água e o solo,
devorando-os como um parasita, então a sua vegetação e finalmente,
quando não tiver mais para onde ir, ele vai começar a comer animais,
pessoas... algo orgânico que não esteja morto. Neste momento, ele estará
em toda parte. Qualquer coisa que o tocar, irá morrer. Este planeta será
parecido com os pântanos sombreados, porém pior. Tori sabe que se não
parar isso, o planeta inteiro morrerá. Este material pode permanecer
dormente por centenas de anos. Nada nunca vai prosperar aqui novamente.
221
Tori olhou para o laboratório subterrâneo, distraidamente sentindo
o sangue seco em sua bochecha. O ferimento era superficial, mas ainda
doía. O musgo parecia mais grosso, mais negro do que da última vez que
ela o tinha visto. Um cheiro estranho pairava no ar. Ela estava quase com
medo de entrar.
222
— A menos que você me ajude, todos os seus amigos irão morrer.
Pense na recepção de herói que você receberá, quando trabalhar para mim,
curando os pobres camponeses de Var de suas doenças. Você vai ser
famosa, reverenciada como uma salvadora. Você terá mais poder e respeito
do que poderia sonhar ser possível. — Lorde Myrddin passou por ela e um
rosnado predatório soou na parte de trás de sua garganta.
Tori procurou ao redor por uma arma. Viu uma longa barra no chão
e a agarrou.
223
tarde demais. A barra acertou-o na têmpora. Ele tropeçou para o lado, mas
se endireitou.
224
rosto e corpo dele, migrando para suas feridas. Ela chutou e seu aperto
enfraqueceu, soltando-a. Ele gritou, enquanto o musgo comia-o vivo.
Tori parou na entrada. Era uma longa distância até o chão. Antes
que ela pudesse se virar, uma mão empurrou-a por trás, derrubando-a para
fora da caverna. Ela caiu através do ar, gritando enquanto despencava para
a morte.
225
cela. Em vez disso, tinha corrido, passando por ele, imediatamente
seguindo o rastro de Lorde Myrddin e de Tori.
Quinn sabia que era errado, mas ele escolhera Tori. Ele escolhera a
vida dela em detrimento de todas as outras coisas que amava. Juntos, eles
encontrariam uma maneira de lutar contra qualquer loucura que Myrddin
tivesse iniciado. Mas, ele escolhera salvá-la. Como ele poderia fazer
qualquer outra coisa? Ele só teria que rezar a todos os seus deuses para que
depois que estivesse segura, ela pudesse reverter o que Lorde Myrddin
tinha feito.
O coração dele batia forte. A gritaria não parou. Indo para a entrada
da caverna, ele viu Tori caindo, seus braços agitando-se no ar. Seu coração
parou de bater. Ele se lançou para a frente, transformando-se no meio do
salto e agarrou-se à ela. O corpo dela se sacudiu, batendo contra ele
duramente, quebrando sua costela, enquanto eles colidiam. Tori pousou em
seu estômago, enquanto caiam no chão.
226
seu lado, em direção a caverna. Gritos soavam alto, mas ela mal podia
compreendê-los, através de seu cérebro entorpecido.
— Dra. Elliot?
Ela piscou, olhando para cima. Reid olhou para ela, através dos
olhos inchados e cheios de preocupação. Kirill estava atrás dele. Com suas
mãos tremendo, ela apontou para cima, mal capaz de fazer o gesto do seu
lugar no chão. Kirill e Reid se transformaram, deixando cair suas roupas
enquanto subiam para se juntarem ao seu irmão.
Capítulo 13
Quinn observou Tori enquanto ela dormia. Seu corpo descansava
ao lado dela na cama. Eles estavam em sua suíte e ele se recusou a sair do
227
seu lado uma vez que os médicos do castelo a examinaram. Ele teria ficado
para o exame, mas saiu enquanto trabalhavam.
Falke estava na cama. Ele havia sido muito cortado, mas poderia se
curar com o tempo. Reid estava bem e disposto, da última vez que Quinn o
tinha visto, ele estava sendo atendido por duas meninas do harém,
choramingando como um bebê para chamar a atenção. Ele sorriu com isso.
Reid nunca mudaria. Dr. Vitto e Dr. Grant também receberam atenção
médica. Eles estavam um pouco doloridos, mas se recuperariam.
Enquanto olhava para Tori, Quinn sabia o que ele sentia por ela era
real. Ele havia estado disposto a arriscar o seu povo para salvá-la. Eles
ainda poderiam estar em risco. Fechando os olhos, ele sussurrou: — Por
favor, Tori. Acorda baby, acorda.
228
Quinn balançou a cabeça em negação. Ele observou preocupação e
estresse passarem no rosto do homem.
Sair do quarto era difícil, mas Quinn forçou-se a ir. Enquanto ele
fechava a porta, ouviu Vitto sussurrar, — Eu te amo, Tori, mas então me
ajude se você der um golpe como aquele de novo, eu vou fazer você se
arrepender do dia em que você nasceu.
230
apenas entre nós, meninas, por que você não me diz o que está lhe
incomodando? Estou programada com funções psiquiátricas avançadas.
De repente, ela riu. — Ok, Siren, tudo bem. Você quer conversar,
vamos conversar. Mas primeiro, quero acesso ao DNA.
Tori sorriu em cinza satisfação. Ela caminhou até suas malas e tirou
uma folha de papel. Era a seqüência de DNA do Quinn. Ela tinha retirado
da sala de Grant e guardara-o. Ela sabia que isso era um pouco estranho,
mas para uma cientista isso era quase tão bom quanto uma foto dele.
231
Quinn olhou as mulheres. Elas não tinham feito nada para ele.
Tudo o que podia pensar era Tori.
232
estava inconsciente. Kirill estava dormindo com sua esposa. Dr. Vitto
estava com Tori e Dr. Grant estava sendo atendido por Linzi. Pensando nas
palavras de Vitto, ele fez uma pausa. Ele tinha ouvido por si mesmo. Vitto
amava Tori.
233
Tori tentou se concentrar. Seu traseiro estava ferido e ela jurava
que Siren devia tê-la sacudido com um feixe de laser, quando ela
desmaiara. Quando ela se ergueu do chão, Siren afirmou inocência, mas a
porta estava destrancada. Seu coração se partiu, pensando em Quinn no
harém, mas ela tinha assuntos mais importantes para cuidar primeiro.
234
pernas. Seu coração pulou ao ouvir a voz de Quinn e ela não se preocupou
em se cobrir. Empurrando seu cabelo molhado para trás de seu rosto, ela
olhou para ele. Ele estava na porta de sua suíte.
Tori queria memorizar cada detalhe dele. Ela queria nunca esquecer
um único momento do tempo deles juntos. Eles tinham terminado o
antídoto e estariam saindo de manhã para experimentá-lo. Os testes
preliminares em laboratório tinham sido notáveis. Em uma hora, as
amostras de solo contaminado foram injetadas, e restauradas a um solo
superficial primário. Se tudo desse certo, os três cientistas poderiam estar
indo para casa até o final da semana.
235
Tori se levantou, dando um passo em direção a ele e depois um
outro. Seu manto fechado em torno de suas pernas. — E você? O que você
está pensando?
— Não, você não entende, Quinn, — ela tentou se afastar, mas ele
não a soltou. Seus braços á abraçaram mais apertado e ela deixou,
necessitando de seu conforto mais do que tudo. — Sou uma cientista.
236
Tenho que salvar vidas, torná-las melhor. E-Eu preciso de você para me
beijar. Apenas me beije, Quinn, por favor.
237
agrupando-se entre suas coxas, preparando o seu corpo para ele. Ela o
queria, sempre o quis.
Deixando o robe deslizar para fora dos seus braços, ela tremeu
enquanto este caia ao chão. Explorou as costas dele, as pernas, os quadris,
tocando-o em toda parte. Por todo o tempo em que ela fazia seu percurso,
ele estava ofegando descontroladamente. Os olhos dele mudaram para
verde em sua paixão.
Seus lábios se enrolaram em torno dele, sua língua rolou, sua boca
sugou, seus dentes roçaram. Ele era grande demais para caber em sua boca,
então suas mãos se levantaram para ajudar, acariciando-o, brincando com
os globos macios que ela encontrou embaixo. De repente, ele ficou tenso,
gemendo alto e longo, enquanto ele se trazia de volta do limite.
238
Quinn agarrou-a pelos braços e levantou-a. Um riso rouco veio da
garganta dela enquanto ele a jogava facilmente na cama. Ela saltou sobre o
colchão macio.
Ele se sentiu tão bem, tão certo. Tori não queria parar nunca. Ela
encontrava o corpo dele enquanto ele se movia dentro dela, confiante e
seguro, deslizando para dentro e fora de suas profundidades umedecidas.
O corpo dela caiu para frente então ele ficou deitado em cima dela,
apoiando o seu peso nos cotovelos.
239
satisfação. Ela tentou lutar contra isso, não querendo que o prazer
terminasse. Com uma força súbita que lhe roubou a respiração e entorpeceu
sua mente, ela chegou ao clímax. Todo o seu ser tremeu tão violentamente
que ela teve a certeza de que todo o planeta certamente movera-se com a
intensidade do mesmo.
240
Ele deu uma risadinha. — Apenas tente me impedir.
Tori sorriu, escondendo a tristeza sob o prazer que ele lhe dava. Ele
fez amor com ela três vezes, cada vez melhor do que a anterior, até que
estivessem exaustos demais para se moverem.
Você é meu...
241
— Bom dia, meu senhor. A Dra. Elliot não está no palácio.
O cheiro dela ainda estava em sua pele. Sua voz estava em seu
cérebro. Quinn resmungou, sentindo seu coração com um peso de chumbo
em seu estômago e ele sabia que nunca estaria livre dela.
Kirill olhou por cima de sua mesa, seu olho escuro se estreitando
com o comentário. Quinn engoliu, respirou fundo e soltou: -Eu estou...
quebrado.
242
As feições de Kirill se inundaram com confusão, enquanto ele
assistia uma mulher do harém entrar no escritório. Ela era muito bonita,
jovem, com cabelos escuros e olhos exóticos que poderiam facilmente
seduzir qualquer homem que não tivesse uma companheira de vida.
Quando a mulher suspirou e veio a se posicionar ao lado de Quinn, um
sorriso enigmático contraiu o canto da boca do rei. Enquanto os observava,
Kirill moveu-se para se apoiar no canto de sua mesa. Não disse uma
palavra.
243
—Quem? Dra. Elliot? — Kirill perguntou. A compreensão
despontando nele. Ele sinalizou para a mulher do harém para sair. Ela fez
uma reverência e obedeceu. Quinn ignorou.
Ele não queria a razão. Ele queria ficar livre de Tori, tanto quanto
ela era, obviamente, livre dele.
244
— Estou contente que a minha dor te divirta, irmão, — resmungou
Quinn. Ele se sentia impotente, sem saber para onde ir ou o que fazer. Tudo
o que podia pensar era sobre ela.
— Se você está tão preocupado, porque não vai lá fora para ver o
que está acontecendo?
— Quinn, não...
245
— Quinn, você não...
246
Capítulo 14
— Tori, isso é estúpido.
A tarefa deles tinha sido muito mais suave do que eles inicialmente
tinham esperado. Tudo parecia que ficaria bem. Mesmo os testes
preliminares que tinham feito sobre o solo pareciam promissores. Dentro de
dez anos os pântanos sombreados deveriam estar prosperando com vida
novamente. Havia uma profunda satisfação em saber que eles tinham feito
isso.
Vitto não disse nada por um longo tempo. Tori voltou ao seu
trabalho. Quando ela terminou e se moveu para empurrar para cima a partir
do solo, ele disse: — Eu não estou falando sobre o nosso trabalho. Estou
falando de você e o Príncipe Quinn. Eu estou falando sobre como vocês
dois estão agindo como crianças.
247
Tori sentiu o sangue drenar de suas feições. Seu coração derrapou
nervosamente em seu peito. Ela tinha se recusado a falar de Quinn, uma
vez que tinham ido para a floresta. Na manhã em que eles tinham saído
para os pântanos, ela tinha despertado ao seu lado, abalada até o âmago por
um sonho estranho. No sonho eles eram felizes e tão apaixonados. Ele
prometera nunca mais deixá-la.
Ela ainda podia ouvir a voz dele em sua cabeça, sussurrando para
ela. Mesmo agora, ela sentia como se ele estivesse ao lado dela, tentando
sussurrar em seu cérebro. Ela estava apavorada que pudesse sentir tanto por
um homem que não lhe fizera nenhuma promessa. Tentando se enterrar em
trabalho, ela pensou em esquecê-lo. Mas, não tinha funcionado. Não desta
vez. Ele estava sempre lá, pronto para atormentar seus pensamentos. Ela
mal conseguia comer ou dormir, e ela poderia muito bem esquecer sobre
concentrar-se em algo por mais do que dois segundos de cada vez.
248
— Maldição! — Vitto rosnou. — Vittoria Rosemary Elliot! Deus
me ajude se você não é a pessoa mais teimosa que eu já conheci, ou a mais
estúpida!
— Hmm, sim, é por isso que nós nos vimos sendo despertados de
nossas camas antes do amanhecer para escapar do palácio — mais uma vez,
devo acrescentar. Você tem medo de enfrentar Quinn. Admita! — Os olhos
de Vitto olhavam para ela e ele não lhe deu a chance de responder. —
Grant e eu temos esperado que você colocasse para fora qualquer absurdo
que está em sua cabeça, mas eu desisto. Se você não vai entender, então eu
vou ter que dizer isso para você. Eu conheço você, Tori. Conheço-a por
toda a minha vida. Você sabe que eu te amo e que sempre amarei. Somos
uma família. E é por isso que eu posso dizer isso a você. Você está sendo
um asno estúpido. Você precisa parar de estar tão envolvida em seu
trabalho e você precisa se concentrar em você. Você está apaixonada por
ele, Tori. Você está amando o príncipe Quinn.
— Mas, Vitto...
249
— Nada de mas! — Vitto rosnou. Tori sacudiu em surpresa. Ela
nunca o tinha visto assim. — Eu não vou assistir você jogar sua vida fora
porque é estúpida demais para ver a resposta que está bem na sua frente.
Mais frequentemente do que não, a solução mais simples para um problema
é o caminho certo.
— Por favor, Vitto, não torne isso mais difícil para mim. Ele não
me fez nenhuma promessa, — Tori engoliu em seco.
Tori ficou vermelha. Quinn tinha dito que ele a queria várias vezes
antes que ela finalmente aceitasse, mesmo que ela o desejasse tanto desde o
início. Vitto estava certo. Ela realmente optava pela segurança.
250
como expressar isso com e sem palavras. Quinn e seus irmãos não foram
criados para reconhecer emoções como o amor. E se ele não pode
reconhecê-lo, por que você acha que ele saberia como expressá-lo?
Tori e Vitto tinham sido criados em um lar onde o amor era falado
tão abertamente que ela tinha crescido tendo isso como seu direito. Ela
tinha ficado sentada à espera de Quinn dizer abertamente como se sentia
por ela, que apenas viesse e dissesse a ela. Lembrando as palavras da
rainha, ela suspirou. Ulyssa tinha dito a ela que às vezes os homens Var
tinham de levar uma pancada na cabeça para confessarem alguma coisa.
Ela disse-lhe para perguntar diretamente a Quinn o que ele sentia por ela.
Por que ela não ouvira seus conselhos? Quem melhor para saber do que
uma mulher que conseguira romper com os ensinamentos dementes de
Attor?
— Espere, Tori, você não pode partir ainda, — disse Vitto, dando
um passo atrás dela.
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Ela congelou, olhando-o questionando. — Mas, você disse que eu
deveria... Eu tenho que dizer-lhe como me sinto.
A boca de Tori caiu aberta e ela olhou abaixo para suas roupas
enlameadas. Ela parecia uma bagunça assustadora. A mão de Vitto
levantou o seu rosto e ele empurrou a boca fechada com um dedo.
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curso, imersa em seus pensamentos. Vitto ou Grant estendiam-lhe a mão e
puxavam-na de volta, sem se incomodarem de dizer uma palavra a ela
sobre isso à medida que lhe disparavam sorrisos travessos.
Tori pensou nas palavras de Vitto, e antes que ela percebesse, ele
arrastou-a para a sala de banquetes. Alguns poucos soldados Var estavam
sentados sobre as mesas, bebendo e brincando. Pratos com a metade de
seus alimentos ingeridos estavam posicionados diante deles. Com a entrada
deles, o barulho diminuiu enquanto vários se viravam para olhar para os
recém-retornados cientistas.
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Tori assentiu fracamente, mal ouvindo o homem. Ela olhou ao
redor, ignorando os olhares. Na mesa principal estava Quinn. Ele estava
sentado ao lado de seus irmãos. Quando os olhos dele encontraram os seus,
ela não viu mais nada. Ela fitou-o por um longo momento. Ela se sentia
fraca. Ela não podia fazê-lo.
Virando-se para Vitto, que ainda segurava seu braço, ela sussurrou:
— Há muitas pessoas aqui. Eu não posso fazer isso!
— Mas...
Tori riu suavemente com o olhar que ele lhe deu. Ele estava certo.
Era hora de dizer a Quinn como ela se sentia a respeito dele, o quanto ela o
amava, como ela nunca mais queria ter outra respiração sem ele ao seu
lado.
Quinn viu Tori entrar no salão com Vitto. Ele teve que piscar várias
vezes para certificar-se que a visão era real. Eles não os esperavam de volta
tão cedo. Os guardas que os haviam escoltado entraram no saguão, indo
imediatamente para as mesas para se juntarem aos seus camaradas. Grant
enfiou a cabeça dentro, disse alguma coisa para Tori e Vitto e depois
desapareceu.
Ele assistiu através dos olhos apertados quando Vitto agarrou Tori
pelos ombros. A sua mão agarrou firmemente em torno de sua taça com o
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ciúme. Quando Tori riu, uma raiva rasgou através dele e ele não podia
conter sua cólera por mais tempo. Batendo para baixo a taça, ele se
levantou.
Quinn nem sequer olhou para ele. Ele seguiu à frente, agarrou o
braço de Tori, e arrastou-a da sala, sem parar para perguntar se ela queria
ir. Tori tropeçou em atordoado silêncio enquanto ele a levava para sua ala
do palácio. Ele jogou-a dentro de sua casa e bateu a porta fechando-a. Os
pés dela deslizaram pelo chão de azulejos lisos, quase tropeçando na
plataforma erguida que segurava o sofá. Lentamente, ela se endireitou. Ela
olhou em volta, recebendo suas cargas. Seus olhos se moveram ao longo
dos altos arcos decorativos da casa dele e, finalmente, pousou na parede
grossa de vidro que guardava o banheiro.
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— Quinn? — Tori ofegou. Seu show de fúria excitou-a, mas ela se
mantinha afastada dele, sem entender. — Você está me assustando. O que
está acontecendo?
— Eu pensei que eu poderia lidar com o seu e,...— ele fez uma
pausa, o rosto se contorceu em desgosto enquanto ele cuspia,—
relacionamento com Vitto, mas não posso. Você tem que escolher Tori. Ele
ou eu. Você não pode ter ambos.
— Vitto?
A palavra escapou por pouco dos lábios dela quando Quinn pulou
para frente para agarrar seus braços. Ele a sacudiu levemente, sem
machucá-la. — Pô, Tori! Você não o ama. Você... não pode amá-lo.
— Quinn, ouça...
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A sobrancelha de se Quinn levantou, impacientemente pedindo que
ela continuasse. O peito dele arfava enquanto ele lutava para se controlar.
Tori não estava com medo, ela estava frustrada.
— Ok? É o que eu queria lhe dizer. Estou apaixonada por você e...,
— ela hesitou, incerta se ela queria jogar seus braços em torno dele ou
correr para a porta gritando.
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Nada tinha saído do jeito que ela desejava. Ela queria dizer outras
coisas, dar-lhe uma longa lista do porquê ela o amava, do porquê eles
poderiam trabalhar juntos, porque ele deveria dar-lhes uma chance. Todas
estas razões a deixaram enquanto olhava para ele. Como ela poderia
explicar tudo o que sentia?
— Vitto. Você não pode ter nós dois. — Quinn caminhou para ela.
Sua mão se levantou para tocar suavemente seu rosto. Ele a acariciou com
os dedos fortes, enviando calafrios por sua carne.
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ele é Dr. Vitto e eu sou o Dra. Elliot. Você realmente acha que ele era
meu...?
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esperança, enquanto ela perguntava: — Isso significa que você estava com
ciúmes de mim?
Quinn esfregou o nariz ao longo dela, puxando-a tão perto que ela
podia sentir sua excitação pressionando em seu estômago. Quando ele
falou, seus lábios se moveram ao longo dela. — Sim, como você pode não
saber que eu te amo? Eu te amei desde o primeiro momento que a vi. Não
houve qualquer outra pessoa desde que eu conheci você. Confesso que, em
um ponto eu tentei tirar você do meu pensamento, quando eu achei que
você não se importava. Mas, eu não pude fazê-lo. Nenhuma outra mulher
pode segurar uma vela para você, Tori. Eu te amo.
Tori ofegou. Fora a coisa mais doce que alguém já havia dito a ela.
Os olhos dela caíram para o lado, tímidos. — E isso significa que você
talvez queira que eu fique aqui com você?
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Tori gemia, mal ouvindo as palavras dele enquanto a sua boca
continuava a fazer coisas deliciosas para seus sentidos. Seu beijo se
aprofundou, enquanto sua língua avançou para explorar mais
profundamente. Ela o sentia por todo o caminho até os dedos dos seus pés.
Era perfeito e ela sabia que pertencia para sempre aos seus braços.
— Ah, sim, bem, não realmente, — Quinn riu. — Eu não posso lhe
pedir para fazer o que já foi feito.
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— Mas, como isso é possível? — Tori suspirou. Seus olhos se
fechando enquanto ele beijava seu pescoço.
Olhando para ele, viu que ele estava relembrando isso para ela. Na
época, achara que ele quis dizer sexualmente, como uma conquista. Agora,
finalmente entendia. Como poderia não ter percebido mais cedo? As
palavras dele e sua sonolenta concordância a elas os haviam selado para
sempre.
Era por isso que nenhum deles tinham se sentido completo desde
então. Eram duas peças do mesmo ser. Ele era seu marido, seu
companheiro, sua vida inteira. A beleza desta simplicidade lavava através
dela. — Eu não conhecia você. Eu...
Tori agarrou seu rosto entre as mãos e puxou a boca dele com força
para a dela. Nada mais importava. Ela estava finalmente em casa. Quinn a
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levantou nos braços e a levou até os longos travesseiros jogados pelo chão
diante da lareira. Colocando-a no chão, ele a despiu completamente da
roupa.
Os olhos dele vagavam para baixo sobre sua pele, parando para
fitar seus grandes seios. Logo suas roupas também foram colocadas de
lado. Em voz alta, ele ordenou: — Fogo.
— Eu imaginei que, se você não tiver nada para vestir, não poderá
escapar de mim. Amanhã, quando eu acordar, você vai estar ao meu lado
— Quinn se arrastou para frente, apenas para fazê-la se inclinar para trás
nos longos travesseiros dispostos no chão. Seu corpo pressionado no dela,
atritando a massa pesada entre as pernas dele com lenta intenção ao longo
de seu quadril nu. Com um brilho diabólico nos olhos, ele sussurrou: —
Então, quando você disse: 'sela em cima cowboy' o que isso significa?
Confesso que estou muito curioso sobre isso.
Quinn sorriu com o seu olhar. — Mm, eu já gosto deste jogo. Diga-
me mais. Quem vai montar quem?
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para aceitar seu comprimento pesado dentro dela, onde ele pertencia. —
Seria muito melhor se eu apenas lhe mostrasse.
Tori abaixou seu corpo para baixo sobre seu eixo, deixando-o
enchê-la. Movendo-se para cima e para baixo, ela viu seus olhos a observá-
la em adoração. Fizeram amor diante do fogo duas vezes antes de se
mudarem para o quarto. Nenhum deles falou, não precisando, suas mentes
estavam unidas com apenas um pensamento, você é meu... Para sempre.
Tori suspirou, olhando sobre Quinn e para sua casa. Fazia três
semanas gloriosas desde que fora morar com ele e não poderia estar mais
feliz. Puxando o manto sobre os ombros, desejou por um breve segundo
que seu marido parasse de queimar todas as suas roupas. Nenhuma vez
tentara fugir enquanto ele dormia. Ela sabia que ele confiava nela, só tinha
então que presumir que ele tinha algum tipo de prazer masculino,
mantendo-a nua o tempo todo e pronta para ele.
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Ulyssa jogou as roupas no sofá baixo ao lado de Tori e se sentou
em frente a ela sobre um travesseiro grande no piso. A rainha
educadamente desviou os olhos enquanto Tori se vestia. Tori suspirou,
puxando a camisa sobre a cabeça e as calças sobre seus quadris. Esta se
apertou confortável contra os seios, mas não se importou. Ela sabia que
Quinn tinha muito prazer de ver o material apertado moldando-a. Ele
gostava ainda mais de libertá-la, tipo como se estivesse resgatando-a. Ela
escondeu o riso.
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— Eu vejo, — Ulyssa disse, olhando em torno do salão e pausando
enquanto estudava a porta da frente. Um pequeno sorriso enfeitou suas
feições bonitas. — Já disse a ele? Não ouvi nenhum anúncio.
— Ela vai ter que sair deste cômodo hoje e eu não preciso de uma
mulher nua vagueando pelos corredores do palácio. Vocês homens Var
tendo esta carga sexual como têm. Teríamos um tumulto entre os guardas.
Ah, e Quinn, seu irmão — Como rei — ordenou que você pare de queimar
todas as roupas de sua esposa.
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Tori assentiu, rindo mesmo enquanto ela corava ligeiramente.
Quando Ulyssa tinha partido, Quinn saltou sobre as costas do sofá e a
puxou para seus braços. Beijando-a completamente, ele disse: —
Shopping? O que é que eu não sei?
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importo. Gaste tanto dinheiro quanto quiser. Você pode ter qualquer coisa
que seu coração almejar.
As palavras dele saíram abafadas pelo seu peito, ele disse muito
cuidadosamente, — Bebê? O bebê de Kirill?
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Quinn fez um som de rosnado baixo como se o simples pensamento
de seu corpo grávido o excitasse. Tori não tinha tanta certeza de que isso
soasse como um bom plano para ela, mas se limitou a dizer: — Vamos
começar com o número um e depois conversaremos sobre os outros.
— Nós vamos começar por este. Penso em pelo menos doze filhos,
— Quinn continuou, como se ele não a tivesse ouvido. —Talvez mais.
Dezesseis parece um bom número.
Antes que ele pudesse responder, uma batida soou na porta. Quinn
se afastou, cobrindo a barriga dela de vista. Sua mão demorando sobre ela
possessivamente, antes de gritar: — Entre!
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olhava para a coisa horrível. Vagamente, ela estava ciente de sua
mandíbula entreaberta, em silêncio atordoado.
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A mandíbula de Tori caiu ainda mais. Ela queria rir, porém os seus
rostos estavam tão sérios, tão orgulhosos do que tinham lhe dado, ela não
teve coragem de dizer nada.
Vitto sorriu para Tori. Ele deu um olhar divertido ao redor para
todas as caixas.
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— Ah, não. Nenhum exército para você, meu rei, — Ulyssa
automaticamente respondeu. — Talvez três.
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seguiram com eles. O diretor da missão da AIH, Franklin, disse que ele se
asseguraria de que seriam entregues à família do Dr. Simon.
— Será que ela tem presas? É ágil? — Quinn perguntou. Ele puxou
a boca do bicho de pelúcia, mas não conseguiu abri-la para ver.
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Uma vez sozinha, Tori olhou para o Yorkin. Não importa o quão
equivocados, era realmente doce de sua nova família. Ela se virou para o
marido. Ele segurou o urso, cutucando sua pele, a pele macia falsa em
confusão. Ela se inclinou e o beijou profundamente.
— Eu sei que você poderia meu amor, eu sei. — Tori sorriu. Era
tão doce que ele estivesse preocupado que seu Yorkin poderia ter lhe
decepcionado em relação ao urso que Vitto lhe dera. Ela empurrou-o de
volta através das caixas para o quarto deles, suas mãos vasculhando
debaixo das roupas dele.
— Aquele Yorkin tomou cinco dias para ser rastreado e lutamos por
quase três horas para derrubá-lo. Geralmente leva pelo menos 20 homens
no dobro do tempo. Ele fornece carne para o palácio inteiro por meses. —
Quinn não parecia perceber que ele já estava seminu, mas quando ela tirou
a camisa e jogou-a no urso em sua mão, ele olhou para cima. Um sorriso
instantaneamente se espalhou por suas feições.
— Hum, sim, você é meu grande caçador mau, não é? — Tori disse
brincalhona, empurrando-o de volta.
— Por que você não vem me mostrar como você persegue a sua
presa?
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correu com ela para o quarto. Colocou-a delicadamente sobre a cama e
despiu-a completamente.
Quinn sorriu, rindo enquanto ele cobria o corpo dela com o seu,
colocando suas coxas entre as pernas dela. Os risos de Tori se juntaram ao
dele e os braços dela em volta de seu pescoço sólido, não se importando se
ela alguma vez usaria roupas novamente.
Fim
278
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