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N OVOS D ESAFI OS

MECANICOS
DO FUTURO

Outubro 2020 www.sabo.com.br


NOVOS DESAFIOS
PARA O MECÂNICO DO FUTURO

Novos conhecimentos, práticas e ferramentas farão parte dos futuros profissionais da reparação automotiva.

Segundo pesquisa realizada pelo Pisa – Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, envolvendo mais de meio
milhão de jovens de 15 anos em diversos países e de ambos os sexos, as profissões mais desejadas no futuro são médico,
professor, engenheiro, administrador de empresas, atleta, advogado, psicólogo e, surpresa, mecânico. Isso mesmo,
os jovens estão interessados em trabalhar como mecânicos.

Porém, algumas dessas ocupações estão sendo radicalmente modificadas pelas novas tecnologias e, provavelmente,
as rotinas de trabalho com certeza serão muito diferentes das que conhecemos nos dias de hoje.

Essas mudanças são a razão para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (Senai) estudarem quais as novas profissões com formação profissional de nível médio e superior que terão
que ser criadas pela transformação digital. Esse estudo envolveu representantes de empresas, trabalhadores de diversos
setores e especialistas do Senai.

Preocupados com a busca de competitividade internacional em setores tradicionais da indústria, esse estudo orienta sobre
os desafios do profissional do futuro e fornece subsídios para os novos currículos e cursos a serem oferecidos pelo próprio Senai.
Instituições de formação profissional, como o Senai, já estão preocupadas com os novos conteúdos dos cursos técnicos e superior em automobilística.

Chamada de indústria 4.0, essa nova fase já produz transformações em diversos setores, especialmente no automotivo
e no de petróleo e gás, integrando o mundo físico e o virtual por meio de tecnologias digitais, como Internet das Coisas big
data e inteligência artificial.

O setor automotivo está entre os que mais demandaram profissionais para vagas ligadas à transformação digital
e à incorporação de tecnologias da robótica colaborativa para a rotina da produção.

Segundo o estudo do Senai, entre 31% e 50% das empresas do segmento vão criar vagas de mecânico de veículos híbridos,
mecânico especialista em telemetria, programador de unidades de controles eletrônicos e técnico em informática veicular.

Outra especialização que terá maior demanda, não apenas no setor automotivo, mas em todos os setores da indústria, é o
profissional de TI - Tecnologia da Informação. Com a crescente informatização do setor produtivo e o volume de dados que
será gerado, esses profissionais são os que têm pela frente um dos futuros mais otimistas e terão oportunidades em todos
os setores da economia.

A área de segurança digital será outra com alta demanda de profissionais. A informatização de sistemas e o alto tráfego de
dados entre veículos e demais empresas e organismos do setor automotivo, juntamente com o risco de ataques cibernéticos,
roubo de dados e segurança veicular, exigem mão de obra especializada e apta a desenvolver programas de proteção
e outras ferramentas específicas para transmissão segura e integridade de dados.

As ocupações que devem ganhar mais relevância nesse segmento serão os especialistas em software, como o analista
de Internet das Coisas o engenheiro de cibersegurança, o analista de segurança e defesa digital, o especialista em big data
e o engenheiro de programação.
As outras profissões e áreas ligadas ao setor automotivo que devem gerar demanda de vagas são:

MÁQUINAS E FERRAMENTAS - projetista para tecnologias 3D, operador de high speed machine, programador de ferramentas
CAD/CAM/CAE/CAI e técnico de manutenção em automação.

QUÍMICA E PETROQUÍMICA - técnico em análises químicas com especialização em análises instrumentais automatizadas,
técnico especialista no desenvolvimento de produtos poliméricos e técnico especialista em reciclagem de produtos poliméricos.

Especialistas em programas 3D e desenvolvimento digital de produtos estão na mira da indústria automotiva.

Os especialistas do Senai destacam que, apesar das novas oportunidades, o cenário vai exigir que os profissionais mantenham
um processo contínuo de atualização e aprendizado ao longo da vida, com permanentes requalificações.

Também devem ganhar mais importância as competências socioemocionais, chamadas de softskills, que incluem a capacidade
de trabalhar bem em equipe e a criatividade. As estruturas empresariais tendem a ser menos verticalizadas e a exigir uma
rotina mais colaborativa para aumentar a produtividade.

O FUTURO DA OFICINA MECÂNICA


Os mais experientes do setor de reparação automotiva, principalmente aqueles que começaram nas décadas de 50 ou 60,
devem lembrar da historinha que circulava nas oficinas mecânicas sobre o que era preciso para formar um mecânico. Diziam
que tudo que precisava para formar um mecânico era o “Zé e um pincel”.
Explicando melhor. O “Zé” era o aprendiz que buscava uma profissão e começava ajudando os mecânicos mais experientes
nas tarefas diárias e o pincel era o instrumento com o qual ele começava a aprender a mexer com as peças automotivas, ou
seja, limpando as peças com o pincel e um produto solvente (em geral, gasolina ou querosene).

Hoje, o “Zé e o pincel” foram substituídos por máquinas ecológicas de lavagem de peças e cursos técnicos de formação e especialização.

Milhares de bons profissionais, hoje reparadores até bem pouco tempo conservava seus princípios básicos
e empresários de sucesso no setor, começaram assim. de funcionamento, o que exigiu da reparação automotiva
Aprendendo na prática as artes e os atalhos dos serviços de a inclusão de novos conhecimentos adaptados aos veículos
reparação automotiva e, graças a seus esforços e dedicação mais modernos.
para continuar sempre aprimorando seus conhecimentos,
ainda hoje conseguem entender e reparar os modernos Agora a exigência é que seus técnicos obtenham outras
sistemas automotivos introduzidos nos veículos a partir habilidades e continuem sempre buscando qualificação
dos anos 80. e aprimoramento profissional, já que o setor automotivo
é uma das áreas mais impactadas com a chegada da
Mas essa historinha ficou no passado. O desafio lançado Indústria 4.0.
pela eletrônica embarcada na década de 80 agora está em
outro nível. Hoje, não apenas o conhecimento em sistemas Atividades que antes eram realizadas de forma manual
eletroeletrônicos é obrigatório para os profissionais da pelos profissionais do setor passam a ser executadas por
reparação automotiva, mas o desafio é o mundo digital, equipamentos automatizados de última geração. Dentro
que entra definitivamente nos sistemas veiculares, com das oficinas mecânicas também há impacto. Carros com
novas tecnologias em motores, monitoramento e controle novas fontes de energia e painéis conectados à internet
de tráfego, junto com os combustíveis sustentáveis. exigem uma manutenção diferenciada, conhecimentos
e ferramentas diferentes e sofisticadas.
Essa profissão tradicional, com motores à explosão e
sistemas mecânicos, evoluiu bastante, mas o automóvel
Oficinas limpas, organizadas e com equipamentos sofisticados são o futuro das
empresas de reparação.

Nos últimos anos, os avanços tecnológicos modificaram,


rapidamente, a fabricação de veículos e o setor de reparos
teve que acompanhar, a começar pela aparência das
empresas.

O cliente não quer mais encontrar um espaço desorganizado


e sujo de graxa. Ele deseja ser bem tratado, em um local Nas oficinas acima: em qual das duas você levaria seu carro?
limpo, arejado e moderno. O velho banco de madeira ou
aquele banco de VW Kombi reaproveitado foi substituído
As oficinas que já se destacam no mercado são aquelas
por uma recepção organizada, com área de espera com
que estão quase se transformando em laboratórios para os
poltronas confortáveis, Wi-Fi, água e café para clientes,
veículos, com equipamentos tecnológicos de última geração,
balcão de atendimento, computadores para preenchimento
aptas a realizar diagnósticos, checklists e manutenções
da OS (ordem de serviço), caixa com terminais eletrônicos
detalhadas, gerando cadastros on-line, com um verdadeiro
de pagamento e outras comodidades.
dossiê do cliente e do veículo.
A caixa com as ferramentas espalhadas e cheias de
graxa e a bancada de reparos suja e cheia de marcas não
existe mais. Em seu lugar há um painel organizado ou NOVAS TECNOLOGIAS AUTOMOTIVAS
carrinhos multifuncionais, com as ferramentas acomodadas
individualmente, uma sala com os equipamentos eletrônicos Antes de conhecer as profissões automotivas do futuro,
de diagnóstico toda organizada, com cada aparelho no seu vamos entender quais mudanças estão sendo introduzidas
“case”, além de outros equipamentos automotivos de ponta no mercado e que serão (algumas já são) a realidade nos
e uma equipe uniformizada e capacitada para atender e veículos que entraram nas oficinas de reparação, ou melhor,
entender as expectativas do cliente. nos laboratórios de reparação automotiva.
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deles abordam em detalhes essas novas tecnologias. Se você está lendo este e-book, com certeza já visitou nosso site.
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CLIENTE INFORMADO E ON-LINE usado corretamente. É importante que sua empresa esteja
nas redes sociais e tenha um blog ou site, onde você pode
Aquele cliente que passava na frente da oficina e entrava postar conteúdos atualizados que despertem interesse
está em extinção. Assim como o proprietário que trazia nos clientes e gerem credibilidade e confiabilidade
o veículo e deixava o carro na oficina com a seguinte aos consumidores. Use as ferramentas eletrônicas de
instrução – “vê o que tem que fazer”. comunicação para gerar tráfego nos seus canais digitais e
trazer clientes para o seu negócio.
O cliente, hoje, é muito mais exigente, informado e
desconfiado quando deixa seu veículo para reparos. VEÍCULOS ELÉTRICOS E CONECTADOS
Conectado permanentemente, ele já sabe especificações do
carro, possíveis problemas e até as avaliações positivas Estamos começando a viver a era dos carros conectados
e negativas da sua empresa. Antes de deixar o veículo na e elétricos que podem, entre outras proezas, realizar a
oficina, ele já buscou casos semelhantes aos sintomas de autodetecção de uma irregularidade mecânica ou acionar
seu veículo em fóruns e sites de consumidores, consultou contatos emergenciais em caso de acidentes e sinistros.
a opinião de outros clientes sobre sua empresa e até o Futuramente, a meta é que esses veículos estejam
preço de algumas peças que ele supõe que precisem ser conectados às montadoras que, remotamente, poderão
substituídas. indicar serviços necessários, como substituição de pastilhas
de freio e a troca de óleo. No longo prazo, isso representa
Por isso sua empresa não pode estar em “modo analógico”. um risco à sobrevivência das empresas independentes de
O marketing digital traz grande retorno ao negócio quando reparação automotiva.
A previsão é que, nos próximos dez anos, 25% dos carros Com mudanças climáticas cada vez mais aparentes e todo
nas ruas tenham um motor movido por eletricidade. E já que o lento processo de substituição da frota por veículos
os elétricos ainda são limitados em certos aspectos — eles com motores elétricos, além da preocupação com o preço
não andam grandes distâncias devido à eletricidade —, os dos combustíveis nos próximos anos, os motoristas e as
modelos híbridos existentes, ou seja, aqueles que rodam fabricantes estão buscando veículos que tenham menor
também com gasolina ou outro combustível, ainda são os consumo e menor impacto ambiental.
mais eficientes.
Entre as principais consequências desse raciocínio, podemos
CARROS AUTÔNOMOS destacar, por exemplo, a maior presença dos carros flex e
o crescimento dos motores híbridos. Eles funcionam com
qualquer proporção de mistura de combustível ou podem
alternar a fonte de energia e, dessa forma, o motorista
pode escolher a opção que estiver mais em conta a cada
momento.

Na mesma tendência verde está a utilização de materiais


cada vez mais leves na montagem de veículos. Graças à
tecnologia e às leis que restringem a emissão de gases
poluentes, a indústria automobilística precisou se reinventar
com soluções em todo o veículo, desde o combustível até a
utilização de matérias-primas reaproveitáveis no processo
de produção e em todo o ciclo de vida do veículo.
Os carros podem até dirigir sozinho, mas o reparo de suas falhas ainda terá que
ser realizado por profissionais capacitados.

Um dos resultados dessa maior conectividade e da


tecnologia digital como um todo é a possibilidade de
criar carros que se dirigem sozinhos, dadas as condições
certas. Não serão iguais aos veículos de filmes, que podem
manobrar no meio do trânsito caótico por conta própria,
mas já é um grande avanço.

Uma aplicação desses automóveis é em espaços fechados,


onde toda a circulação é feita por outros veículos
autônomos. Se todos estiverem conectados entre si, essa
rede de informações permite que cada um deles decida qual No futuro, a reciclagem dos componentes terá de ser total, das matérias-primas
até as partes de veículos desativados terão que ser reaproveitados.
é o melhor caminho para alcançar seu respectivo destino. Uma questão de ecologia, sobrevivência e economia.
Alternativamente, alguns veículos podem ser programados,
por exemplo, para frear por conta própria quando há um A saída foi elaborar veículos com tecnologias e materiais
sinal claro de colisão. que possam ser reciclados, como plástico, borracha, vidro,
metal e fibras naturais. Esse deve ser um dos temas dos
nossos próximos e-books: reciclagem em veículos.
VEÍCULOS SUSTENTÁVEIS

Com a sustentabilidade em alta, a tendência é que veículos


movidos a combustíveis fósseis estejam com os dias
contados. O futuro indica carros cada vez mais potentes e
tecnológicos, porém menos poluentes.
EQUIPAMENTOS COM TECNOLOGIA DE PONTA diagnóstico sofisticadas e, principalmente, à interpretação
das informações e correta correção dos problemas.
É impossível imaginar uma oficina no futuro sem
equipamentos tecnológicos para realizar o trabalho. Com O QUE NÃO MUDA NA OFICINA MEC ÂNIC A? A

tanta eletrônica inserida nos novos veículos, os mecânicos FERRAMENTA BÁSICA DE SEMPRE: O CONHECIMENTO!
não podem se arriscar a danificar sistemas e componentes
de custo elevado e gerar prejuízo para a oficina. Se existe algo comum a todas as épocas é que uma oficina
precisa de reparadores com conhecimentos profundos do
funcionamento do automóvel, que são necessários para
realizar o diagnóstico correto das avarias e saber proceder
à reparação correta. Se desconhecemos como funciona, é
improvável que acertemos com o diagnóstico, e a reparação
no lugar de corrigir o problema pode piorar o estado do
veículo.

Laboratórios com equipamentos delicados e profissionais habilitados a operá-los Se por um lado a tecnologia trouxe dificuldades para os serviços de reparação,
serão uma exigência nas empresas de reparação do futuro. por outro ela auxilia na realização de diagnósticos e identificação de avarias.

O automóvel protagonizou uma intensa revolução tecnológica Antigamente, as avarias eram mais “analógicas” e paulatinas.
durante mais de um século. Nos últimos anos, o aparecimento O motor começava a soluçar, a fazer ruídos ou a perder
da eletrônica e da informática intensificaram sua evolução. potência muito antes de uma avaria geral. Por outro
lado, os motores atuais, mais refinados e carregados de
Em termos de aprimoramento mecânico, os avanços têm sido componentes eletrônicos, ou param por completo ou passam
surpreendentes e, apesar do encanto de veículos clássicos, a funcionar em modo de emergência ou segurança, com
com 30, 50 ou mais anos, não há dúvida que atualmente são potência limitada e sem nenhum sinal exterior aparente.
muito mais confortáveis, seguros, eficientes e confiáveis.
Por outro lado, o trabalho nas oficinas de reparação foi Só quando se interliga o carro ao computador de diagnóstico
se tornando mais complicado e sofisticado à medida que a é possível estabelecer conexão com os módulos de controle
técnica foi evoluindo. do veículo e identificar as causas da avaria.

Para suportar essas novas tecnologias, o setor de reparação Outro ponto comentado pelos reparadores no comparativo
automotiva independente precisa estar literalmente entre veículos antigos e veículos modernos, e que trouxeram
conectado. Isso significa estar conectado às mudanças dificuldades nas rotinas de reparação automotiva, é a
introduzidas nos veículos, à comunicação eficiente com disposição dos componentes e a otimização do espaço
os clientes, à utilização e operação de ferramentas de
num veículo moderno. Cada vez há menos espaço livre Precisa aprender a operar e a interpretar os resultados de
para a mecânica, devido ao maior número de elementos complexos equipamentos de diagnóstico e aplicar atualizações
e à diminuição de espaço para o motor e outros sistemas de softwares que as montadoras desenvolvem de forma
automotivos em todo o veículo. contínua, por exemplo. Caso um profissional não se
disponha a essa constante atualização, deve conformar-se
À medida que o automóvel se torna mais sofisticado, o em realizar tarefas de baixa complexidade, realizando
profissional da reparação vai sendo mais exigido em seus serviços básicos de manutenção em oficinas de mecânica
conhecimentos para desempenhar o seu trabalho. Alguns rápida ou fora dos grandes centros, com veículos mais
exemplos dessas modificações são painéis LCD em lugar de antigos e clientes menos exigentes.
relógios e mostradores, conectividade, Wi-Fi sistemas de
condução autônoma, sensores que funcionam por radar ou Mesmo assim, ele precisará de conhecimentos para a
ultrassom, frenagem de emergência automática, assistente utilização de algumas ferramentas que são necessárias
de faixa de rodagem, freios regenerativos de energia, para realizar qualquer que seja a operação ou até mesmo
câmeras de visão periférica, sistema start/stop do motor conhecer os procedimentos requeridos pelo veículo para
e a lista segue crescendo. permitir que o serviço seja realizado, como, por exemplo,
os cuidados em veículos com sistema antitravamento das
rodas (ABS) e airbags para efetuar uma simples troca de
pastilhas de freios.

Mesmo que os veículos tenham funções de autodiagnóstico,


estas ainda são insuficientes para a correta identificação
dos componentes com avarias ou sistemas a serem
reparados, função que continua a depender em grande
parte dos conhecimentos e da experiência do profissional
que irá executar o reparo.

ESPECIALISTA OU GENERALISTA?

O rápido aumento da complexidade dos veículos, especialmente


dos motores elétricos e híbridos, faz com que as oficinas
precisem de especialização. Em lugar de se dedicarem a
todas as marcas e a todo tipo de avaria ou melhoria, as
oficinas especializam a sua atividade.

No e-book SABÓ sobre Segurança Veicular, explicamos o funcionamento de


diversos sistemas informatizados que já estão disponíveis nos veículos. Acesse
nosso portal na internet e baixe o seu gratuitamente

Em resumo, enquanto o mecânico de antigamente fazia


toda a sua carreira com os mesmos conhecimentos, o
mecânico moderno tem que receber formações continuadas
para entender o funcionamento dos novos sistemas que vão Especialistas em sistemas específicos ou marcas terão um mercado crescente nas
empresas de reparação nas próximas décadas.
sendo incorporados ao automóvel.
Mesmo existindo algumas oficinas especializadas em undercar, repotencialização de motores, reparação de motores,
sistemas de câmbio, transmissão e outras, estão surgindo agora novas necessidades, como, por exemplo, especialistas em
transmissões híbridas, em condução autônoma, em internet, Wi-Fi no automóvel, em carros elétricos e com certeza outras
especializações surgirão.

Da mesma forma, os profissionais que realizam diagnóstico e reparo em qualquer componente ou sistema do veículo estão
cada vez mais escassos. Além de considerar os conhecimentos necessários para consertar todas as possíveis avarias
nos sistemas veiculares mais complexos, como transmissão automática, sistemas de injeção eletrônica, painéis digitais e
suspensão ativa, por exemplo, existem os protocolos e as especificidades de cada fabricante.

Assim, hoje já é comum termos empresas e profissionais especializados em sistemas de freios, suspensão, câmbio, motores,
eletroeletrônica e até mesmo em marcas ou linhas de veículos, como marcas francesas, alemãs, asiáticas, fora-de-estrada,
SUVs e picapes.

No futuro não será surpresa termos especialistas em veículos elétricos, motores híbridos, comunicação de dados veiculares,
controles de baterias e outras funções e sistemas que estão ou estarão presentes nos modernos veículos do século 21.

O MECÂNICO DO FUTURO

Da mesma forma que hoje em dia funcionam os sistemas


operacionais dos nossos computadores e smartphones,
o veículo conectado disponibilizará ligação constante à
internet, que poderá atualizar o seu software e realizar
autodiagnósticos.

Assim, os veículos, em caso de terem avarias detectadas,


podem autonomamente dirigir-se às oficinas com as falhas
já previamente diagnosticadas e, simplesmente, os próprios
veículos orientaram o técnico sobre a sequência das
operações que devem ser realizadas. O diagnóstico ficará
na rede ou na “nuvem” e o histórico poderá ser acessado
pelo fabricante, gerando novas atualizações de softwares Exemplo de esquema de comunicação entre veículos, concessionárias e fábricas
elaborado pela Cisco, gigante multinacional no desenvolvimento de softwares e
e aprimoramento dos sistemas. conectividade.

Mas até que tenhamos os veículos voadores, muitos dos serviços de reparação mecânica não vão desaparecer. Os sistemas
de freio, direção, suspensão, pneus e outros mais vão continuar sendo necessários e precisando de manutenção periódica.

Enquanto não tivermos os veículos que voam transformando nossa frota terrestre em aérea, os serviços tradicionais de reparação de suspensão, freios, pneus e outros
componentes ainda serão necessários.
Em um carro elétrico, a mecânica surge tão simplificada que possivelmente a palavra mecânico vá perdendo o significado
que tem atualmente. Teremos os especialistas ou técnicos de reparação automotiva, cuja função principal será operar
equipamentos de diagnóstico e análise dos sistemas automotivos. Os reparos poderão ser presenciais ou, em alguns casos,
até remotos, com o profissional realizando a intervenção sem necessidade de ter o carro em suas mãos ou abrir e desmontar
qualquer componente.

Convém não esquecer que os veículos elétricos, ao não utilizarem qualquer motor térmico ou caixa de velocidades, não
precisarão de reparação nem de manutenção ou substituição de nenhum dos elementos clássicos, como óleos de motor,
filtros, injetores, correias da distribuição, turbos, embreagens ou radiadores. Essas palavras não deverão existir numa
oficina de automóveis do futuro. Estaremos na época usando termos como avarias no sistema de regulação das baterias ou
do software de controle.

Pode ser um pouco difícil identificar quais são essas carreiras, já que existem tantos fatores influenciando seu crescimento.
Mas, se você tiver um pouco de conhecimento sobre as mudanças do mercado e como elas afetam o dia a dia da sua oficina,
pode tirar suas conclusões sem muita dificuldade.

QUAIS ESPECIALISTAS O MERCADO DE REPARAÇÃO PRECISARÁ

Diante das mudanças e inovações, algumas carreiras serão criadas e terão alta procura nos próximos anos pelos empresários
da reparação automotiva. Veja algumas delas.

Robôs e sistemas informatizados serão o futuro das oficinas “mecânicas”? Por enquanto, não, mas é bom estar atento e atualizado em seus conhecimentos e habilidades.

TÉCNICO DE INFORMÁTICA VEICULAR

Como vimos, a tecnologia digital e a conectividade são uma realidade na engenharia de veículos e na manutenção automotiva.

Com isso, é importante ter um profissional dedicado e especializado na área de informática e tecnologia digital para suprir
tais demandas do mercado. Esse profissional é o técnico de informática veicular.

É um especialista na parte computadorizada de carros, principalmente no que diz respeito às centrais de controle, automação
e conectividade. Ele cuidará dos serviços voltados para esses componentes ou mesmo será o responsável por desenvolver
soluções de software para veículos.
MECÂNICO DE VEÍCULOS HÍBRIDOS

Imagens do primeiro veículo híbrido do Brasil, o Ford Fusion Hybrid, que tem um motor elétrico auxiliando o motor convencional à explosão.

Assim como os carros flex, os modelos híbridos podem utilizar mais de um tipo de combustível, permitindo maior rentabilidade
e economia. Porém, diferentemente dos flex, eles possuem
dois motores, um tradicional à combustão e o motor elétrico,
que complementa à potência do primeiro motor. Esses
modelos ainda possuem baixa presença no Brasil, mas
devem ganhar bastante alcance nos próximos anos.

Nesse ponto vale ressaltar que outra diferença nas carreiras


do futuro é que teremos mais mecânicos especializados e
menos mecânicos generalistas. Como os sistemas híbridos
são muito diferentes daquilo que a maioria dos profissionais
de hoje em dia está acostumada, aqueles que tiverem o
A boa notícia é que o Ford Fusion Hybrid já está sendo reparado por profissionais conhecimento certo na oficina poderão ser escolhidos para
das oficinas mecânicas independentes.
atenderem esses veículos.
MECÂNICO ELÉTRICO

Por fim, mas não menos importante, a maior presença de carros elétricos e componentes digitais para veículos no mercado
leva também ao aumento na demanda por mecânicos elétricos. Ou seja, profissionais que compreendem como tais motores
funcionam e como fazer sua manutenção adequadamente.

Os mecânicos mais antigos diziam que existia o “mecânico de fios”, se referindo aos profissionais dos autoelétricos. Com a
introdução da eletrônica embarcada, todos precisaram se tornar “mecânicos de fios” para continuar atendendo aos clientes,
e cada vez mais isso voltará a ser uma especialização da profissão.

Essa especialização deve ser muito solicitada nos próximos anos, com a chegada dos carros elétricos, conectividade digital
e afins. Capacitar você e sua equipe para lidar corretamente com essas novas tecnologias será fundamental para ter um
negócio bem competitivo. Especialmente quando esses novos modelos ganharem mais alcance e aceitação do público.

MECATRÔNICO

Esse profissional já existe e hoje ele participa no desenvolvimento de projetos de máquinas, dispositivos e equipamentos
de automação e sistemas robotizados. Em geral ele está alocado em indústrias e realiza manutenção, medições, testes e
integra processos mecânicos com processos eletrônicos, aplicando programas de computação. Sua atuação nas oficinas
de reparação será fundamental e migrar dos laboratórios das fábricas para o ambiente da oficina será um processo de
adequação de seus conhecimentos aos sistemas veiculares.

TÉCNICOS EM QUÍMICA

É o responsável pela realização de análises químicas quantitativas e qualitativas, além das análises de matéria-prima e
produtos finais na indústria. Ele participa do desenvolvimento de testes e ensaios com materiais e processos físico-químicos
diversos. Para se adequar às necessidades oriundas dos sistemas veiculares, esse profissional terá que entender o processo
de reação química entre os elementos das baterias ou reservatório de combustível e que irão gerar eletricidade nos motores
elétricos.

Vale lembrar que, mesmo os veículos movidos por células de combustível, água, hidrogênio e outros elementos são em sua
essência motores elétricos, pois dependem de eletricidade para colocarem suas rodas em movimento.

Carros com motores a hidrogênio são, em sua essência, veículos com motores elétricos. O hidrogênio é o combustível que irá gerar eletricidade, por meio de reações químicas,
e colocar o veículo em movimento.
Os desafios agora são identificar quais os conhecimentos você precisa incorporar às suas habilidades e onde adquirir essas
informações. A resposta para esses dois tópicos é uma só: estar conectado e atento às oportunidades e às ofertas de
treinamento e aprimoramento.

Não há o que temer! Diziam que somente a rede autorizada iria reparar os veículos com injeção eletrônica. Os profissionais
do mercado independente correram atrás da informação e hoje já dão aula sobre essa tecnologias. Depois vieram os veículos
híbridos e novamente os comentários eram que os mecânicos não saberiam como trabalhar com esses veículos. Fake news!
Não só estão atendendo os clientes, como estão fornecendo detalhes práticos sobre o comportamento desses veículos nos
trabalhos de reparação e gerando atualizações de processos e componentes nas linhas de montagem.

Não importa o desafio, com esforço e dedicação os profissionais da reparação automotiva vão conquistando novos conhecimentos e habilidades e mantendo a crescente
frota circulante brasileira em boas condições de funcionamento e segurança.

Que venham agora os veículos elétricos, conectados e autônomos. A SABÓ confia na capacidade, competência e tenacidade
dos reparadores brasileiros.
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