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Aula 15: Administração tributária

Bom, chegamos a última aula do nosso curso de Direito Tributário. Espero que tenham
aproveitado bastante e aprendido o máximo possível. Lembrando que o objetivo do curso
não é deixar ninguém “doutor” na matéria, mas sim, fazer com que acertem o máximo de
questões na hora da prova 

Na aula de hoje, estudaremos a última parte do CTN, trata-se do título IV: Administração
Tributária. Trata de um conjunto de ações e atividades, cujo objetivo é fazer com que a
sociedade cumpra a legislação tributária, por meio da fiscalização, para que o poder
público garanta a sua arrecadação. É composta por três capítulos – fiscalização, dívida
ativa e certidão negativa que estão previstas nos arts. 194 a 208 do CTN.

1. Fiscalização

O capítulo I referente a fiscalização está prevista nos arts. 194 a 200 do CTN, vejamos:

Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei,


regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da
natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes
das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua
aplicação.

Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se às


pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que
gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal.
(grifos nosso)

A fiscalização é a ação estatal que realiza verificações, buscando identificar o


cumprimento das obrigações pelos determinados sujeitos passivos. As competências e
poderes da autoridade responsável pela fiscalização deverá estar previsto na legislação,
ou seja, não é apenas a lei em sentido estrito, pode ser decretos, normas
complementares, etc.

De acordo com o parágrafo único do mesmo artigo, a legislação se aplica às pessoas


naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade
tributária. Ou seja, se aplica a TODOS!

Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação


quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de
examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos
comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou
da obrigação destes de exibi-los.

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Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e
fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão
conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários
decorrentes das operações a que se refiram.

O art. 195 do CTN estabelece que não terá aplicação qualquer dispositivo cujo
objetivo seja restringir o poder de fiscalização das autoridades administrativas sobre
livros, documentos e mercadorias. Além do mais, de acordo com o parágrafo único, todos
os livros e comprovantes de lançamentos deverão ser guardados até que ocorra a
prescrição dos créditos a que se refiram. Esse assunto inclusive, foi objeto de súmula
pelo STF:

“SÚMULA 439 do STF – Estão sujeitos à fiscalização tributária ou


previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos
pontos objeto da investigação.”

Observem portanto, que a autoridade, embora não possa ter seu direito ao acesso a livros
e documentos restringidos por lei, esse exame deve ser limitado aos pontos
investigados.

Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a


quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários
para que se documente o início do procedimento, na forma da
legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão
daquelas.

Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão


lavrados, sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos;
quando lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à
fiscalização, cópia autenticada pela autoridade a que se refere este
artigo

Determina o art. 196 do CTN que o início da fiscalização deverá ser documentado nos
termos da legislação aplicável, a qual fixará prazo máximo para sua conclusão.

Preferencialmente, o termo de início será lavrado em um dos livros fiscais, mas nada
impede de ser lavrado em separado, desde que seja fornecida cópia autenticada pela
autoridade.

O termo inicial é de extrema importância por dois motivos! O primeiro, pelo fato de
interromper a possibilidade de denúncia espontânea do contribuinte. Já, o segundo, é por
antecipar a contagem do prazo decadencial, quando esse termo de início ocorrer antes do
primeiro dia do exercício seguinte à ocorrência do fato gerador.

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Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à
autoridade administrativa todas as informações de que disponham
com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:

I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;

II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais


instituições financeiras;

III - as empresas de administração de bens;

IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;

V - os inventariantes;

VI - os síndicos, comissários e liquidatários;

VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em


razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a


prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante
esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo,
ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

O art. 197 do CTN relaciona as pessoas obrigadas a prestarem informações à autoridade


administrativa mediante intimação ESCRITA.

Vale ressaltar, que de acordo com o inciso VII, do mesmo artigo, para outras pessoas que
não as descritas nos incisos de I a VI, a obrigação de prestar informações decorrerá tão
somente de lei.

O parágrafo único do mesmo artigo, estabelece que a obrigação das pessoas


relacionadas de prestarem informações, não abrange àquelas informações, as quais,
determinadas pessoas estão obrigadas a manter sigilo.

Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a


divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de
informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou
financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o
estado de seus negócios ou atividades.

O art. 198 do CTN trata do chamado SIGILO FISCAL. É vedado ao fisco, a divulgação de
informação obtida em razão do ofício, sobre a situação econômica de determinado

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contribuinte a terceiros, sob pena de imposição de sanções administrativas. Esta é a
regra!

Art. 198. (...)

§ 1º. Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos


no art. 199, os seguintes:

I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça;

II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da


Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração
regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade
respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se
refere a informação, por prática de infração administrativa.

§ 2o O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da


Administração Pública, será realizado mediante processo
regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à
autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência
e assegure a preservação do sigilo.

§ 3º. Não é vedada a divulgação de informações relativas a:

I – representações fiscais para fins penais;

II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública;

III – parcelamento ou moratória.”

(...)

Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para
a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na
forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou
convênio.

Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida


em tratados, acordos ou convênios, poderá permutar informações
com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da
fiscalização de tributos. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)

Combinando os arts. 198 e 199 do CTN, podemos dividir as exceções ao sigilo fiscal
em CINCO HIPÓTESES:

a) Requisição do juiz, no interesse da justiça;

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b) Solicitação de outra autoridade administrativa de outro órgão, mediante processo
administrativo já instaurado sendo que a entrega deve ser feita pessoalmente,
mediante recibo;
c) Assistência mútua entre as fazendas públicas dos entes tributantes em caráter
geral ou específico, por lei ou convênio, para troca de informações ou
fiscalização de tributos.
d) Trocas de informações com estados estrangeiros, desde que autorizados por
tratado, acordo ou convênio.
e) Informações relativas a: as representações fiscais para fins penais, inscrições
na Dívida Ativa da Fazenda pública, parcelamento ou moratória

Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão requisitar o


auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e
reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no
exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação de
medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure
fato definido em lei como crime ou contravenção.

O art. 200 do CTN trata do auxílio policial às autoridades administrativas FEDERAIS no


âmbito da fiscalização, quando o sujeito passivo EMBARAÇA ou DESACATA o fisco.
Cuidado, o CTN sita somente as autoridades FEDERAIS.

2. Dívida Ativa

A dívida ativa nada mais é do que um crédito público, da Fazenda pública em favor de
terceiros, seja ele de natureza tributária ou não tributária (decorrentes de aluguéis, preços
públicos, indenizações, etc). Os arts. 201 a 204 do CTN tratam especificamente da dívida
ativa tributária.

Vocês devem se lembrar que uma vez constituído o crédito tributário, ele pode sofrer:
suspensão da sua exigibilidade (MODERECOCOPA – 6 hipóteses), extinção (11
hipóteses) e exclusão (ANIS – 2 hipóteses).

Acontece que, no caso deste crédito não ter sido suspenso, extinto ou excluído ele deverá
ser inscrito em dívida ativa, através do TIDA (Termo de Inscrição em dívida ativa).
Essa inscrição surge da necessidade do fisco cobrar esse crédito tributário judicialmente,
além de conferir exequibilidade ao crédito tributário.

Posteriormente, se o sujeito passivo não tomar nenhuma providência, de acordo com a


Lei de Execuções fiscais (Lei 6830/80), passa-se então para a dívida ativa em fase de
execução, sendo que é emitido a certidão de dívida ativa (CDA). Esse documento é
anexado a petição inicial ao juiz, para que ele de um despacho mandando citar o devedor,
para que este pague OU ofereça bens a penhora em 5 dias.

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Só lembrando, que com a inscrição na dívida ativa, inicia-se a presunção absoluta de
fraude do art. 185 do CTN, para aqueles casos em que o contribuinte alienar ou onerar
bens, sem reservar bens suficientes para saldar o débito com a fazenda pública.

Vejamos agora o que dispõe o CTN sobre este assunto:

Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito


dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa
competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento,
pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.

Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os


efeitos deste artigo, a liquidez do crédito.

Portanto, a dívida ativa tributária decorre de créditos da mesma natureza, que foi
regularmente inscrita na repartição competente, depois de decorrido o prazo fixado,
para pagamento pela lei, ou por decisão final em processo administrativo. Cabe
ressaltar que o CTN achou por bem deixar a cargo dos próprios entes tributantes, para
estabelecer regras próprias quanto ao prazo para inscrição na dívida ativa.

O parágrafo único estabelece que, embora o valor do crédito tributário seja incrementado
por juros de mora, isso não impede que esse crédito seja inscrito em dívida ativa e de
executá-lo.

Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela


autoridade competente, indicará obrigatoriamente:

I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem


como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de
outros;

II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora


acrescidos;

III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a


disposição da lei em que seja fundado;

IV - a data em que foi inscrita;

V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se


originar o crédito.

Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo,


a indicação do livro e da folha da inscrição.

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O art. 202 do CTN trata das formalidades e requisitos necessários que deverão compor o
TIDA (Termo de inscrição em dívida ativa), vejamos quais são eles:

a) Nome do devedor – É o destinatário da cobrança judicial. Além disso, sempre


que possível o domicílio ou a residência de um ou de outros. Cuidado, não é
necessário aqui os nomes dos responsáveis, pois a responsabilidade se dará em
momento ulterior;
b) O montante exequível – É o valor originário da dívida e os elementos
necessários para o seu cálculo. Cabe colocar aqui, uma posição interessante do
STJ, que diz não ser necessário mencionar neste item, o período em que
ocorreram as infrações.

“Não é requisito essencial do termo da inscrição da dívida


ativa a indicação do período de apuração das infrações,
por inexistência de previsão legal. 2. Recurso especial
improvido. (REsp 361.977/SC, 2ª T., rel. Min. Eliana
Calmon, j. 05--09--2002)”

Outra decisão importante do STJ ainda quanto a este item, refere-se a possibilidade de
utilizar indicadores como a extinta UFIR (substituída pela SELIC), para expressar o valor
do crédito tributário.

“É perfeitamente legal a utilização da UFIR para indicar o


valor do título executivo, que conserva a característica de
liquidez da dívida. Recurso improvido. (REsp 106.156/RS,
1ª T., rel. Min. Garcia Vieira, j. 13--11--1997)”

c) A origem e o fundamento legal – Qual o contexto em que se originou aquele


crédito tributário, ou seja, qual foi o fato gerador daquele crédito tributário e a
capitulação legal daquele fato. O STJ firmou entendimento no sentido de ser
imprescindível, a descrição do fato que deu origem, sob pena de nulidade da
CDA, vejamos:

A CDA é título formal, cujos elementos devem estar bem delineados,


a fim de dar efetividade ao princípio constitucional da ampla defesa
do executado. Diante disso, torna--se obrigatória a descrição do fato
constitutivo da infração, não sendo suficiente a menção genérica à
multa de “postura geral”, como origem do débito a que se refere o art.
2º, § 5º, III, da Lei n. 6.830/1980. (REsp 965.223-SP, 2ª T., rel. Min.
Eliana Calmon, j. 18--09--2008)

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d) A data da inscrição – como forma de garantia para a ação judicial de cobrança;
e) Número do processo administrativo (sendo o caso) – O número do processo
de administrativo que deu origem ao crédito tributário inscrito;
f) A indicação do livro e da folha de inscrição – Exigência meramente formal,
pois atualmente utilizam-se meios eletrônicos.

O art. 203 do CTN determina que o ERRO ou OMISSÃO de quaisquer dos itens
referidos no art. 202 do CTN são causas de NULIDADE da inscrição e do processo
de cobrança dela decorrente.

Ocorre que essa nulidade PODERÁ SER SANADA até a decisão de primeira instância,
mediante SUBSTITUIÇÃO da certidão nula, devolvido o prazo para defesa ao sujeito
passivo referente a parte que foi modificada.

Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo


anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição
e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá
ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição
da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou
interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a
parte modificada.

Mas cuidado, o STJ possui jurisprudência abrandando o art. 203 do CTN, dizendo que
deverá ser analisado aspectos essenciais e não meramente formais para que se declare a
nulidade da respectiva inscrição:

A pena de nulidade da inscrição e da respectiva CDA, prevista no art.


203 do CTN, deve ser interpretada cum granu salis. Isto porque o
insignificante defeito formal que não compromete a essência do título
executivo não deve reclamar por parte do exequente um novo
processo com base em um novo lançamento tributário para apuração
do tributo devido, posto conspirar contra o princípio da efetividade
aplicável ao processo executivo extrajudicial. 4. Destarte, a nulidade
da CDA não deve ser declarada por eventuais falhas que não geram
prejuízos para o executado promover a sua defesa. 5. Estando o
título formalmente perfeito, com a discriminação precisa do
fundamento legal sobre que repousam a obrigação tributária, os juros
de mora, a multa e a correção monetária, revela--se descabida a sua
invalidação, não se configurando qualquer óbice ao prosseguimento
da execução. (...). (AgRg no Ag 485.548/RJ, 1ª T., rel. Min. Luiz Fux,
j. 06--05--2003)

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OBSERVAÇÃO! De acordo com a Lei de execuções fiscais (6830/80), no art. 2 o, §8o,
além de substituída, a certidão poderá também ser EMENDADA até a decisão de primeira
instância, sanando os erros e omissões. Como dívida ativa não é tema reservado a lei
complementar pela CF/88, a doutrina entende então que a partir da entrada em vigor da
lei de execuções fiscais, a certidão poderá ser substituída ou emendada. Da mesma
forma que a substituição da certidão prevista no CTN, com as emendas, será devolvido o
prazo para embargos ao executado.

“Art. 2º, § 8º. Até a decisão de primeira instância, a


Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou
substituída, assegurada ao executado a devolução do
prazo para embargos”

Ainda quanto a este tema, temos a seguinte decisão do STF:

Inadmissível a substituição de CDA referente à cobrança de IPTU e


taxas lançados sobre área a maior, por isso que não se trata de
simples correção de erro material ou formal do título executivo, mas
de modificação do próprio lançamento, com alteração do valor do
débito, o que não guarda apoio no art. 2º, § 8º da Lei 6.830/80. (...)
(REsp 87.768/SP, 2ª T., rel. Min. Francisco Peçanha Martins, j. 03--
10--2000)

Cuidado! O lançamento serve para constituir o crédito, e a inscrição visa munir o


estado para executar o sujeito passivo, são institutos autônomos e independentes.
Dessa forma, não é permitido substituir uma CDA pra corrigir vícios do lançamento,
a substituição da CDA serve tão somente para corrigir erros formais ou materiais.

Vejamos agora o que diz o art. 204 do CTN:

Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de


certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída.

Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa


e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou
do terceiro a que aproveite.(grifos nosso)

O art. 204 do CTNreforça que a dívida regularmente inscrita goza da presunção de ser
um título certo e líquido, fazendo com que a fazenda esteja apta a pleitear o montante
tributário judicialmente. Além disso, de acordo com o parágrafo único, essa PRESUNÇÃO
É RELATIVA (juris tantum), cabendo assim ao sujeito passivo ou o terceiro a que
aproveite, ilidir essa presunção por prova em contrário.

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ATENÇÃO! No Direito privado, o credor tem que provar a certeza e liquidez do crédito.
Todavia, aqui no Direito Tributário (Direito Público), ocorre a chamada inversão do ônus
probante. Com a presunção relativa de certeza e liquidez do título regularmente inscrito,
caberá então ao sujeito passivo ou terceiro derrubar esta presunção, apresentando prova
em contrário.

CUIDADO! Não confunda a presunção relativa da dívida


regularmente inscrita com a presunção absoluta de fraude contra a
fazenda pública quando o sujeito passivo aliena ou onera bens e
rendas, sem deixar bens suficientes para saldar o débito inscrito em dívida
ativa (prevista no art. 185 do CTN).

3. Certidão negativa de débito

A certidão negativa é o documento que comprova a inexistência de débitos de um


determinado contribuinte, referente a um tributo, para com a Administração Pública.
Muitas vezes esse documento é pré-requisito para participar de licitações, obter
financiamentos, entre outros.

Está prevista no último capítulo referente a Administração Tributária, nos arts. 205 a 208
do CTN.

Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado


tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à
vista de requerimento do interessado, que contenha todas as
informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio
fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se
refere o pedido.

Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos


termos em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10
(dez) dias da data da entrada do requerimento na repartição. (grifos
nosso)

Primeiro ponto importante é que somente a lei poderá exigir a certidão negativa como
prova de quitação fiscal. E essa CND deverá ser expedida no prazo de 10 (dez) dias
corridos, da data de entrada do requerimento na repartição fiscal.

“Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a


certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em
curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora,
ou cuja exigibilidade esteja suspensa.”

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O art. 206 do CTN trata da certidão positiva com efeitos de negativa. É aquela
situação em que o contribuinte esteja devendo para a Fazenda pública, mas esteja em
situação regular. São 3 (três) os casos de que dão ensejo a esta certidão. Existência de
créditos:

1. Não vencidos – o crédito está lançado, mas ainda não venceu;


2. Em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora –
cuidado, não basta o oferecimento de bens a penhora, a mesma deve ter sido
efetivada;
3. Cuja exigibilidade esteja suspensa – são aquelas hipóteses previstas no art. 151
do CTN;

Art. 207. Independentemente de disposição legal permissiva, será


dispensada a prova de quitação de tributos, ou o seu suprimento,
quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a
caducidade de direito, respondendo, porém, todos os participantes no
ato pelo tributo porventura devido, juros de mora e penalidades
cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja responsabilidade seja
pessoal ao infrator. (grifos nosso)

O art. 207 do CTN estabelece que a CND é dispensada na hipótese de se tratar de ato
indispensável para evitar a caducidade do direito.

Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que


contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza
pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e
juros de mora acrescidos.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a


responsabilidade criminal e funcional que no caso couber.

O art. 208 do CTN define que o funcionário que expedir uma CND com dolo ou fraude,
responderá pessoalmente pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos, não
excluindo a responsabilidade criminal e funcional quando couber.

Por fim, colocamos as disposições finais e transitórias dispostas no CTN somente para
constar no nosso material.

Disposições Finais e Transitórias

Art. 209. A expressão "Fazenda Pública", quando empregada nesta


Lei sem qualificação, abrange a Fazenda Pública da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

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Art. 210. Os prazos fixados nesta Lei ou legislação tributária serão
contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia de início e incluindo-
se o de vencimento.

Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de


expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva
ser praticado o ato.

Art. 211. Incumbe ao Conselho Técnico de Economia e Finanças, do


Ministério da Fazenda, prestar assistência técnica aos governos
estaduais e municipais, com o objetivo de assegurar a uniforme
aplicação da presente Lei.

Art. 212. Os Poderes Executivos federal, estaduais e municipais


expedirão, por decreto, dentro de 90 (noventa) dias da entrada em
vigor desta Lei, a consolidação, em texto único, da legislação vigente,
relativa a cada um dos tributos, repetindo-se esta providência até o
dia 31 de janeiro de cada ano.

Art. 213. Os Estados pertencentes a uma mesma região geo-


econômica celebrarão entre si convênios para o estabelecimento de
alíquota uniforme para o imposto a que se refere o artigo 52.

Parágrafo único. Os Municípios de um mesmo Estado procederão


igualmente, no que se refere à fixação da alíquota de que trata o
artigo 60.

Art. 214. O Poder Executivo promoverá a realização de convênios


com os Estados, para excluir ou limitar a incidência do imposto sobre
operações relativas à circulação de mercadorias, no caso de
exportação para o exterior.

Art. 215. A lei estadual pode autorizar o Poder Executivo a reajustar,


no exercício de 1967, a alíquota de imposto a que se refere o artigo
52, dentro de limites e segundo critérios por ela estabelecidos.

Art. 216. O Poder Executivo proporá as medidas legislativas


adequadas a possibilitar, sem compressão dos investimentos
previstos na proposta orçamentária de 1967, o cumprimento do
disposto no artigo 21 da Emenda Constitucional nº 18, de 1965.

Art. 217. As disposições desta Lei, notadamente as dos arts 17, 74, §
2º e 77, parágrafo único, bem como a do art. 54 da Lei 5.025, de 10
de junho de 1966, não excluem a incidência e a exigibilidade:
(Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de 1966)

I - da "contribuição sindical", denominação que passa a ter o imposto


sindical de que tratam os arts 578 e seguintes, da Consolidação das
Leis do Trabalho, sem prejuízo do disposto no art. 16 da Lei 4.589, de
11 de dezembro de 1964; (Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de 1966)

II - das denominadas "quotas de previdência" a que aludem os arts


71 e 74 da Lei 3.807, de 26 de agosto de 1960 com as alterações

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determinadas pelo art. 34 da Lei 4.863, de 29 de novembro de 1965,
que integram a contribuição da União para a previdência social, de
que trata o art. 157, item XVI, da Constituição Federal; (Incluído pelo
Decreto-lei nº 27, de 1966) (Vide Ato Complementar nº 27, de
1966)

III - da contribuição destinada a constituir o "Fundo de Assistência" e


"Previdência do Trabalhador Rural", de que trata o art. 158 da Lei
4.214, de 2 de março de 1963; (Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de
1966)

IV - da contribuição destinada ao Fundo de Garantia do Tempo de


Serviço, criada pelo art. 2º da Lei 5.107, de 13 de setembro de 1966;
(Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de 1966)

V - das contribuições enumeradas no § 2º do art. 34 da Lei 4.863, de


29 de novembro de 1965, com as alterações decorrentes do disposto
nos arts 22 e 23 da Lei 5.107, de 13 de setembro de 1966, e outras
de fins sociais criadas por lei. (Incluído pelo Decreto-lei nº 27, de
1966)

Art. 218. Esta Lei entrará em vigor, em todo o território nacional, no


dia 1º de janeiro de 1967, revogadas as disposições em contrário,
especialmente a Lei nº 854, de 10 de outubro de 1949. (Renumerado
do art. 217 pelo Decreto-lei nº 27, de 1966)

Assim, chegamos ao fim do nosso curso regular de Direito Tributário. Logo abaixo, temos
mais alguns exercícios comentados sobre a aula de hoje. Continuem firme nos estudos
rumo a tão desejada aprovação 

Forte abraço!

Guilherme

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Listas de exercícios

1. (FGV/Auditor/CGE MA/2014) A companhia Delta Ltda. prestou declarações ao


Fisco, com relação a determinado tributo, sujeito ao lançamento por homologação,
tal como seria sua obrigação. Emitiu guia de recolhimento e pagou o valor que
considerou devido. Entretanto, a Fazenda indeferiu seu pedido de Certidão Negativa
de Débito aduzindo que houve pagamento a menor, o que deduziu das declarações
prestadas pelo contribuinte comparativamente com as guias recolhidas do tributo.

A companhia afirma e é fato incontroverso, que a Fazenda não procedeu ao


lançamento de ofício da eventual diferença do tributo a pagar, mas lhe nega o
direito à obtenção da certidão de regularidade fiscal.

No caso vertente, a solução da lide deve ser

a) favorável ao contribuinte, com o lançamento de ofício pela fazenda da eventual


diferença a pagar, podendo o contribuinte, até que tal ocorra, obter a Certidão Negativa
de Débitos Fiscais.

b) favorável ao contribuinte, já que a Fazenda deverá lavrar a competente Notificação


Fiscal de Lançamento de Débito.

c) favorável à Fazenda, já que inexiste a necessidade de lançamento de ofício supletivo


da diferença do tributo a pagar, quando o crédito tributário já foi constituído por meio de
declaração praticada pelo próprio contribuinte.

d) favorável à Fazenda, uma vez que as declarações prestadas pelo contribuinte sobre o
valor do tributo devido tornam prescindível a regular constituição do crédito fiscal.

e) favorável ao contribuinte, o qual, até que haja o acertamento do valor devido, tem
direito à Certidão Positiva com efeitos de Negativa.

Comentários

A questão cobra o conhecimento da súmula 436 do STJ, vejamos:

Súmula 436: "A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito fiscal,
constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providencia por parte do Fisco".

Dessa forma, se o contribuinte declara o débito para a fazenda pública, considera-se


constituído o crédito tributário. Assim, se o débito não for completamente satisfeito, o
contribuinte não faz jus a CND.

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GABARITO: C

2. (FCC/AFRE RJ/2014) Oscar, Auditor Fiscal da Receita Estadual, deu início aos
seus trabalhos de fiscalização, na empresa “Super Atacadão de Roupas Finas
Ltda.”, e intimou o sócio gerente da empresa, Sr. Cláudio, a lhe exibir diversos
livros e documentos necessários à realização dessa fiscalização, no que foi
atendido.

O exame dessa documentação, todavia, não revelou a Oscar qualquer


irregularidade relacionada à legislação do ICMS.

Antes de concluir seus trabalhos fiscais, porém, Oscar, suspeitando da existência


de possíveis irregularidades e sabendo que o Sr. Cláudio era religioso e
considerava pecado a sonegação de impostos, decidiu intimar, por escrito, o
sacerdote confessor do Sr. Cláudio, para que ele lhe informasse conteúdos da
confissão que pudessem eventualmente constituir prova de prática de infração à
legislação do ICMS do Estado do Rio de Janeiro.

Essa notificação foi baseada no art. 197 do CTN, cujo caput estabelece a
obrigatoriedade de determinadas pessoas, mediante intimação escrita, prestarem à
autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos
bens, negócios ou atividades de terceiros.

O referido sacerdote, em resposta fundamentada no acordo que o Brasil e a Santa


Sé firmaram na cidade do Vaticano, em 13 de novembro de 2008, relativo ao
Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, fundamentada, também, no Decreto
Legislativo no 698, de 7 de outubro de 2009, que aprovou esse acordo no Brasil e,
ainda, no Decreto Federal no 7.107/2010, que determina o cumprimento desse
acordo, que tem força de lei no território nacional, negou-se a prestar a informação
solicitada pelo Auditor Oscar, invocando o que estabelece o art. 13 do referido
acordo, cujo teor é o seguinte: é garantido o segredo do ofício sacerdotal,
especialmente o da confissão sacramental.

Nesse caso, com base no que estabelece o CTN, o sacerdote agiu em

a) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas pelo


fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja
legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério,
atividade ou profissão, desde que essas informações sejam utilizadas para fins tributários,
mas não penais.

b) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas pelo


fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja
legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério,
atividade ou profissão, pois o fisco também deve observar o sigilo dessas informações.

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c) conformidade com o CTN, pois eles não estão sujeitos à jurisdição tributária brasileira,
em razão de estarem submetidos diretamente à Santa Sé, que os jurisdiciona, em matéria
de direito civil, penal e tributário.

d) conformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas pelo


fisco não abrange informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja
legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério,
atividade ou profissão, como é o caso deste sacerdote.

e) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas pelo


fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja
legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério,
atividade ou profissão, desde que essas informações sejam utilizadas exclusivamente
para fins civis e tributários, mas não penais.

Comentários

De fato, o art. 197 do CTN lista alguns terceiros obrigados a prestar informações ao fisco,
vejamos:

Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à


autoridade administrativa todas as informações de que disponham
com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:

I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;

II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais


instituições financeiras;

III - as empresas de administração de bens;

IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;

V - os inventariantes;

VI - os síndicos, comissários e liquidatários;

VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em


razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a


prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante
esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo,
ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

Todavia, como se depreende do parágrafo único do mesmo artigo, esta obrigação NÃO
atinge àqueles em que estejam obrigados a observar segredo em razão do cargo, ofício,
função, MINISTÉRIO, atividade ou profissão. Sendo que o sacerdote se enquadra nesta
situação.

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GABARITO: D

3. (CESPE/Delegado/PF/2013) Com a finalidade de gerar créditos fictícios para sua


empresa, determinado empresário formalmente constituído criou outra sociedade
comercial em nome de dois empregados seus, analfabetos. No contrato social
dessa sociedade, um dos empregados consta como sócio administrador e o outro,
como sócio. A confecção do contrato social e a utilização dos créditos fictícios
ficaram a cargo do contador da empresa, que tinha consciência dos fatos.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue com base na
legislação tributária vigente.

A administração tributária poderá requisitar o auxílio da força policial para garantir,


em caso de oposição, o direito de fiscalizar todos os livros e documentos das
referidas empresas.

Comentários

Correto. É o que diz o art. 200 do CTN, vejamos:

As autoridades administrativas federais poderão requisitar o


auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e
reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no
exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação dê
medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure
fato definido em lei como crime ou contravenção. (grifos nosso)

GABARITO: CORRETO

4. (CESPE/Delegado/PF/2013) Com base na legislação tributária, julgue o item a


seguir.

É legalmente aceito que, aberto regular processo administrativo, a autoridade


administrativa busque junto à autoridade administrativa tributária, informações
fiscais para apurar infração administrativa.

Comentários

Correto. É a exceção prevista no art. 198, §1o, II do CTN que diz:

Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a


divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de
informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou
financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o

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estado de seus negócios ou atividades. (Redação dada pela Lcp nº
104, de 2001)

§ 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos


no art. 199, os seguintes: (Redação dada pela Lcp nº 104, de 2001)

(...)

II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da


Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração
regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade
respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se
refere a informação, por prática de infração administrativa. (Incluído
pela Lcp nº 104, de 2001)

Dessa forma, desde que instaurado regularmente processo administrativo com objetivo de
investigar o sujeito passivo, a autoridade administrativa pode solicitar informações fiscais
junto a autoridade tributária.

GABARITO: CORRETO

5. (FCC/AFRE RJ/2014) Com base em convênio específico para esse fim, firmado
entre a União Federal e o Estado do Rio de Janeiro, o Ministério da Fazenda passou
a comunicar a esta unidade federada, anualmente, a partir de 2013, inclusive, os
valores que os contribuintes do Imposto de Renda, domiciliados no Estado do Rio
de Janeiro, informaram, no campo denominado “TRANSFERÊNCIAS PATRIMONIAIS
− DOAÇÕES E HERANÇAS”, e que pudessem ser de interesse ao Estado
fluminense, na identificação de potenciais doações sujeitas à incidência do ITD a
favor desse Estado.

Com base nesse convênio, o Governador do Estado editou decreto criando as


principais regras reguladoras da fiscalização desse imposto, as quais deveriam ser
observadas nesse tipo de fiscalização. Além disso, o setor específico da Secretaria
de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, vinculado à fiscalização de contribuintes
estaduais fluminenses, criou novas regras, complementares e específicas, para
regular esse tipo de fiscalização, envolvendo um grande contingente de pessoas
naturais.

Considerando o disposto no CTN e a situação hipotética apresentada, o


fornecimento dessas informações pelo Ministério da Fazenda à Secretaria da
Fazenda do Rio de Janeiro

a) é permitido, com base em convênio firmado entre os dois órgãos, podendo, ainda, o
Governador e as autoridades administrativas da Secretaria de Fazenda do referido

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Estado, criar normas específicas para a fiscalização do ITD, pois essas regras
reguladoras da fiscalização podem ser criadas por qualquer norma da administração
tributária.

b) só poderia ser promovido com base em norma expressa de lei complementar federal,
mas tanto o Governador, como as autoridades administrativas da Secretaria de Fazenda
desse Estado podem criar normas específicas para a fiscalização do ITD.

c) só seria permitido com base em norma expressa de lei complementar federal, sendo,
ainda, que, nem o Governador, nem as autoridades administrativas da Secretaria de
Fazenda desse Estado poderiam criar normas específicas para a fiscalização do ITD, pois
essas normas reguladoras da fiscalização devem ser criadas por lei ordinária.

d) é permitido, com base no convênio firmado, podendo o Governador do Estado do Rio


de Janeiro criar essas regras reguladoras da fiscalização, por decreto, sendo vedada,
porém, sua criação por normas de hierarquia inferior à de decreto, editadas por
autoridades administrativas da Secretaria de Fazenda daquele Estado.

e) não é permitido, em hipótese alguma, pois as informações prestadas pelo contribuinte


do Imposto de Renda estão protegidas pelo sigilo fiscal, não podendo ser utilizadas nem
mesmo por outras pessoas jurídicas de direito público, em decorrência de convênios,
excetuados os casos em que houver ordem judicial expressa e específica para que elas
sejam fornecidas.

Comentários

A questão cobra o conhecimento do art. 199 do CTN, observem:

Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para
a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na
forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou
convênio.

Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida


em tratados, acordos ou convênios, poderá permutar informações
com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da
fiscalização de tributos. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)

Observem que a assistência entre os entes podem ser definidas não somente por lei, mas
também por convênios. Dessa forma, ficamos entre as alternativas A e D.

Pra chegar na resposta correta, era necessário o conhecimento de outros dois artigos do
CTN, o 194, e o 96 do CTN:

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Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei,
regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da
natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das
autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua
aplicação.

Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os


tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas
complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e
relações jurídicas a eles pertinentes.

Desse modo, vejam que a regulação da competência e dos poderes das autoridades
administrativas em matéria de fiscalização é matéria reservada a legislação tributária. E
de acordo com o art. 96 do CTN, a expressão legislação tributária abrange as leis,
tratados, convenções internacionais, decretos e as normas complementares. Logo,
por abranger as normas complementares está correta a alternativa A.

GABARITO: A

6. (FGV/ATM/Recife/2014) Com referência à fiscalização tributária, assinale a


afirmativa correta.
a) A autoridade administrativa pode requisitar força pública durante atividade
fiscalizadora, mesmo que não tenha ocorrido fato definido em lei como crime.
b) O contribuinte deve conservar os livros e registros obrigatórios e facultativos da
escrituração comercial e fiscal durante o prazo decadencial, para constituir o crédito
tributário.
c) A autoridade administrativa pode examinar integralmente quaisquer livros, arquivos e
registros dos contribuintes.
d) O termo de fiscalização integra o lançamento fiscal e constitui a data inaugural do
prazo decadencial para a constituição do crédito fiscal.
e) Apenas a lei stricto sensu poderá autorizar permuta de informações e assistência
recíproca entre as fazendas públicas.

Comentários

Vejamos o que diz o art. 200 do CTN:

As autoridades administrativas federais poderão requisitar o


auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e

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reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no
exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação dê
medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure
fato definido em lei como crime ou contravenção. (grifos nosso)

Observem que de fato não é necessário ter ocorrido crime, bastando um simples
embaraço a fiscalização ou quando necessário a efetivação de medida prevista na
legislação tributária.

GABARITO: A

7. (FCC/AFR SP/Gestão Tributária/2013) Uma empresa multinacional do ramo ótico


tem estabelecimento no Estado de São Paulo, sendo contribuinte do ICMS. O
Agente Fiscal de Rendas do Estado recebeu a incumbência de realizar uma
atividade fiscalizatória nesta filial e, para tanto, a notificou a apresentar livros e
documentos fiscais, bem como determinados livros, documentos e arquivos
comerciais que se relacionavam com os pontos objeto da fiscalização.

Nesse caso, a empresa tem a obrigação de apresentar os livros e documentos


fiscais para o agente de Fiscalização do Estado.

Os demais documentos solicitados

a) são de apresentação facultativa, haja vista que podem conter segredos comerciais das
suas atividades, e são protegidos legalmente.

b) a empresa não apresentou, pois não foi autorizada pela matriz, que se apoia na
legislação estrangeira.

c) também devem ser apresentados, pois não tem aplicação qualquer disposição, ainda
que legal, que seja excludente ou limitativa do direito do Fisco de examinar o que foi
requisitado.

d) são protegidos pela legislação comercial; por isso, só poderão ser examinados pela
fiscalização quando houver processo administrativo instaurado, ou procedimento fiscal em
curso, e desde que tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade
administrativa competente.

e) só podem ser examinados com autorização judicial, mediante pedido fundamentado da


Administração Tributária.

Comentários

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Questão cobra o conhecimento do art. 195 do CTN, observem:

Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação


quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de
examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos
comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou
da obrigação destes de exibi-los.

Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e


fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão
conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários
decorrentes das operações a que se refiram.

GABARITO: C

8. (FCC/AFR SP/Gestão Tributária/2013) A Lei Complementar 104, de 10/01/2001,


alterou e incluiu alguns dispositivos do CTN relativos à divulgação pela
Administração Tributária e por seus funcionários de informações obtidas em razão
de suas atividades. Regra geral, o Código Tributário Nacional veda a divulgação
destas informações, havendo, no entanto, algumas exceções. De acordo com o
CTN, é permitida a divulgação de informações, dentre outros, em casos de

a) compensação tributária, representações fiscais para fins penais e requisição de


autoridade judiciária no interesse da justiça.

b) requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça, inscrições na Dívida Ativa da


Fazenda Pública e representações fiscais para fins penais.

c) parcelamento ou moratória, requisição da mesa diretora do Poder Legislativo do ente


tributante e solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração
Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo.

d) inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública, representações fiscais para fins penais
e petições de reconhecimento de decadência.

e) transação e remissão, inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública e representações


fiscais para fins penais.

Comentários

Questão cobra o conhecimento do art. 198 do CTN, observem:

Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a


divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de

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informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou
financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o
estado de seus negócios ou atividades. (Redação dada pela Lcp nº
104, de 2001)

§ 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos


no art. 199, os seguintes: (Redação dada pela Lcp nº 104, de 2001)

I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça;


(Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)

II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da


Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração
regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade
respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se
refere a informação, por prática de infração administrativa. (Incluído
pela Lcp nº 104, de 2001)

§ 2o O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da


Administração Pública, será realizado mediante processo
regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à
autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência
e assegure a preservação do sigilo. (Incluído pela Lcp nº 104, de
2001)

§ 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas a: (Incluído


pela Lcp nº 104, de 2001)

I – representações fiscais para fins penais; (Incluído pela Lcp nº 104,


de 2001)

II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; (Incluído pela Lcp


nº 104, de 2001)

III – parcelamento ou moratória. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)

A REGRA é a vedação da divulgação de informação obtida em razão do ofício por


parte da Fazenda pública ou de seus servidores de informação econômica ou financeira
de sujeitos passivos ou terceiros. Entre as exceções apresentadas nos parágrafos do
mesmo artigo, a questão cobra a presente no §3o, que diz não ser vedada a divulgação
das seguintes informações: representações fiscais para fins penais, inscrições na
Dívida Ativa da Fazenda Pública e parcelamento ou moratória.

GABARITO: B

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9. (FCC/DP AM/2013) A impugnação ou recurso administrativo, a concessão de
liminar em mandado de segurança ou de tutela antecipada em ação anulatória de
débito fiscal têm em comum o fato de

a) autorizar a modificação do crédito tributário em caso de procedência do pedido


principal.

b) serem causa de extinção do crédito tributário.

c) serem causa de exclusão do crédito tributário.

d) terem no depósito do montante integral do débito sua condição de admissibilidade.

e) autorizarem a certidão positiva de efeitos negativos.

Comentários

O art. 206 do CTN trata da certidão positiva com efeitos de negativa, vejamos:

“Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a


certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em
curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora,
ou cuja exigibilidade esteja suspensa.”

A questão elenca três situações que dão ensejo a suspensão da exigibilidade do crédito
tributário previstas no art. 151 do CTN. Conforme o art. 206, créditos com exigibilidade
suspensa estão aptos a constarem na certidão positiva com efeitos de negativa.

GABARITO: E

10. (FCC/NeR/TJ PE/Provimento/2013) Segundo o Código Tributário Nacional, tem o


mesmo efeito de certidão negativa uma certidão positiva cujo débito esteja com a
exigibilidade suspensa. Neste caso, haveria suspensão da exigibilidade do crédito
tributário a admitir uma certidão positiva de efeitos negativos a

a) consignação em pagamento de crédito tributário, diante da exigência de crédito


tributário por mais de um ente, relativamente ao mesmo fato gerador.

b) isenção em caráter específico, uma vez concedida pela autoridade administrativa


competente.

c) anistia concedida em caráter específico, relativamente aos ilícitos tributários cometidos


antes do lançamento.

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d) citação do executado em sede de execução fiscal.

e) liminar concedida em mandado de segurança que tenha por objeto ilegalidade na


constituição do crédito tributário.

Comentários

Dentre as alternativas apresentadas, a única prevista no art. 151 do CTN que tem o
condão de suspender a exigibilidade do crédito tributário é a liminar concedida em
mandado de segurança.

GABARITO: E

11. (FCC/AFRE RJ/2014) O exame do histórico tributário de uma determinada


empresa, fabricante de produtos voltados para a alimentação infantil, revelou a
existência das seguintes ocorrências:

I. em 2008, fez o parcelamento, em 60 meses, do valor reclamado em auto de


infração, lavrado pelo fisco fluminense. Até a presente data, as parcelas têm sido
pagas correta e pontualmente;

II. em 2009, o Estado do Rio de Janeiro ajuizou uma ação de execução fiscal contra
ela, que acabou sendo objeto de embargos, depois de a empresa ter efetuado, no
prazo legal, o depósito integral da importância reclamada na execução. O referido
depósito não foi levantado, nem convertido em renda, e ainda não há decisão
transitada em julgado nesse processo;

III. em 2010, para poder importar mercadorias do exterior, sem a incidência do


ICMS, esse contribuinte fluminense impetrou mandado de segurança, no bojo do
qual foi concedida medida liminar para que o desembaraço aduaneiro fosse feito
sem a exigência do ICMS. Essa liminar foi revogada em 2010 e, ao final do
processo, o contribuinte restou vencido. Pagou a totalidade do crédito tributário
reclamado em 2011;

IV. em 2011, a autuada deixou de pagar impostos federais, que estão sendo objeto
de execução fiscal, sem que tenha havido depósito da quantia questionada, nem
oferecimento de bens à penhora;

V. em 2012, a fiscalização fluminense lavrou auto de infração contra essa empresa,


que foi objeto de impugnação no prazo legal. Esse auto de infração teve resultado
favorável à Fazenda Pública estadual, em seu primeiro julgamento, mas ainda
pende de julgamento de recurso interposto pelo contribuinte. Ainda nesse ano, a

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Fazenda Pública fluminense ajuizou outro executivo fiscal, relativo a crédito
tributário decorrente de falta de pagamento do ICMS, sendo que, desta vez, a
empresa em questão não efetuou o depósito integral da quantia pleiteada. Ao invés
disso, ofereceu bens à penhora, suficientes para cobrir o crédito tributário exigido,
motivo pelo qual a penhora foi efetivada.

No início de 2013, essa empresa decidiu participar de concorrência pública para


fornecer seus produtos a creches e escolas da rede estadual fluminense. Um dos
requisitos a ser cumprido pelas empresas concorrentes, era a apresentação de
prova de quitação de todos os tributos estaduais, até a data da abertura da
inscrição para participação nessa concorrência, que ocorreu no dia 05 de abril de
2013.

Para tanto, a empresa apresentou, no órgão público fluminense competente,


requerimento solicitando a expedição de certidão negativa dos tributos estaduais.

Nesse caso hipotético, com base no CTN, o órgão estadual competente para o
fornecimento dessa certidão

a) expedirá certidão positiva, com efeito de positiva, pois a penhora não permite que a
certidão tenha efeito de negativa.

b) expedirá certidão negativa, com efeito de negativa.

c) expedirá certidão positiva, com efeito de negativa.

d) expedirá certidão negativa, com efeito de positiva.

e) não a expedirá, pois os tributos devidos ainda não estão quitados.

Comentários

Questão que tem uma pegadinha que deve ter pego muita gente bem preparada. Os itens
I, II e V correspondem a hipóteses previstas no art. 151 do CTN que dão ensejo a
suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Já no item III, o crédito foi extinto pelo
pagamento. Por sua vez, no item IV, como não houve o depósito ou a efetivação da
penhora, não seria possível a emissão de certidão positiva com efeitos de negativa.
TODAVIA, por se tratar de um tributo federal, e a licitação ser estadual, o estado não tem
competência para examina-lo.

Logo, é possível a emissão de certidão positiva com efeitos de negativa neste caso,
estando apta a empresa para participar da licitação em tela.

GABARITO: C

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12. (CETRO/AFTM SP/Gestão Tributária/2014) A respeito da fiscalização tributária, é
correto afirmar que, se um fiscal, no estabelecimento de um contribuinte, estiver
examinando livros e documentos a este pertencente e encontrar, dentre esses
documentos, um livro Caixa, o contribuinte

a) não poderá impedir seu exame pelo fiscal, pois o direito de examinar abrange todos os
livros e papéis, sejam ou não obrigatórios.

b) poderá impedir seu exame pelo fiscal, pois o livro Caixa não é livro legalmente
obrigatório e, não o sendo, não pode ser obrigado a exibi-lo.

c) não poderá impedir seu exame pelo fiscal, já que se trata de um livro legalmente
obrigatório.

d) deverá exibi-lo, posteriormente, caso o fiscal não faça imediatamente a respectiva


apreensão, por se tratar de um livro não obrigatório.

e) poderá impedir seu exame pelo fiscal, alegando abuso de autoridade, podendo fazer
uma representação contra o servidor público, pois não se trata de livro obrigatório.

Comentários

De acordo com o art. 195 do CTN, temos:

Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação


quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de
examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos
comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou
da obrigação destes de exibi-los.

Em que pese o sigilo dos livros fiscais, este não pode ser oposto ao fisco. Logo,

GABARITO: A

13. (CETRO/AFTM SP/Gestão Tributária/2014) Considerando o artigo 202 do CTN, o


termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente,
indicará

a) obrigatoriamente, o nome do devedor; a quantia devida; a data em que foi inscrita,


sempre que possível; a origem do crédito; e a indicação do livro e da folha da inscrição.

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b) obrigatoriamente, dentre outras indicações da lista, o nome do devedor e, sendo caso,
o dos corresponsáveis; a data em que foi inscrita; a quantia devida e a maneira de
calcular os juros de mora acrescidos; e a origem e natureza do crédito, mencionada
especificamente a disposição da lei em que seja fundado.

c) se possível, o número do processo administrativo de que se originar o crédito; a


maneira de calcular os juros de mora acrescidos na quantia devida; e, obrigatoriamente, a
quantia devida; o nome do devedor; e a data em que foi inscrita.

d) o nome do devedor e corresponsáveis; a quantia devida; a natureza do crédito,


mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; a data em que foi
inscrita, sendo facultativa a indicação do livro e da folha da inscrição.

e) obrigatoriamente, o nome do devedor e, sendo o caso, o dos corresponsáveis, bem


como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; a quantia
devida; e a indicação do livro e da folha da inscrição e, dependendo do caso, a data em
que foi inscrita.

Comentários

Questão cobra a literalidade do art. 202 do CTN, vejamos:

Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela


autoridade competente, indicará obrigatoriamente:

I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem


como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de
outros;

II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora


acrescidos;

III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a


disposição da lei em que seja fundado;

IV - a data em que foi inscrita;

V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se


originar o crédito.

Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo,


a indicação do livro e da folha da inscrição.

Assim, a alternativa B é a única que apresenta corretamente estes requisitos.

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GABARITO: B

14. (CETRO/AFTM SP/Gestão Tributária/2014) Acerca da fiscalização tributária,


analise as assertivas abaixo.

I. Pode-se dizer que a fiscalização tributária é um poder-dever do Estado. Para que


ela seja efetiva, a legislação tributária precisa fixar os poderes e os deveres
específicos a ela inerentes.

II. O parágrafo único do artigo 194 do Código Tributário Nacional (CTN) indica
exatamente as seguintes pessoas sujeitas à fiscalização tributária: pessoas
jurídicas, contribuintes ou não, inclusive as que gozem de imunidade tributária ou
de isenção de caráter pessoal.

III. Haverá, para efeitos da legislação tributária, aplicação de disposição legal que
exclua ou limite, por exemplo, o direito de examinar mercadorias, livros ou arquivos
dos comerciantes, industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

IV. A denúncia espontânea de eventual infração, para fins de exclusão de


responsabilidade, cabe antes do início do procedimento fiscal que diga respeito à
infração ou durante o seu procedimento, conforme estabelece o artigo 138, do
Código Tributário Nacional (CTN) e seu parágrafo único.
É correto o que se afirma em
a) I, II, III e IV.
b) I e III, apenas.
c) III, apenas.
d) I, apenas.
e) I, II e IV, apenas.

Comentários

I. Correta. É o que dispõe o art. 194 do CTN.


II. Errada. Não só as pessoas jurídicas, como as naturais também.
III. Errada. Conforme art. 195 do CTN, não tem aplicação quaisquer disposições legais
excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos,
documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou
produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.
IV. Errada. A denúncia espontânea somente pode ocorrer antes do início da
fiscalização, não durante!

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Logo,

GABARITO: D

15. (FCC/AFTE-SEFAZ PE/2014) De acordo com o CTN, é correto afirmar:

a) A anistia constitui espécie de exclusão do crédito tributário, se aplicando aos atos


qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa
qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por
terceiro em benefício daquele.

b) A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios


prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e
permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou
convênio.

c) A Fazenda Pública da União não poderá permutar informações com Estados


estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos, pois feriria a
soberania nacional, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.

d) Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos


lançamentos neles efetuados deverão ser conservados até o término do exercício
financeiro em que ocorreram as operações a que se refiram.

e) São consideradas sigilosas, insuscetível de divulgação pela Administração Pública, as


informações relativas a representações fiscais para fins penais, a inscrições na Dívida
Ativa da Fazenda Pública e a parcelamento ou moratória.

Comentários

Questão bem tranquila que cobra a literalidade do art. 199 do CTN:

Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para
a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na
forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou
convênio.

Vejamos as alternativas:

A. A anistia não se aplica aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções de
acordo com o art. 180, I do CTN;

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B. Correta;
C. O contrário do que diz o art. 199, parágrafo único do CTN;
D. De acordo com o art. 195, parágrafo único, os livros e documentos deverão ser
conservados até que ocorra a prescrição dos mesmos.
E. As hipóteses apresentadas na questão são exceções ao sigilo fiscal de acordo com o
art. 198, §3o.

GABARITO: B

16. (FCC/AFR SP/Gestão Tributária/2013) Com respeito à Dívida Ativa e à Certidão


Negativa, considere:

I. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza,


regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de
esgotado o prazo fixado para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida
em processo regular.

II. A nulidade da inscrição na Dívida Ativa, causada por omissão ou erro, poderá
ser sanada até a decisão de segunda instância, mediante substituição da
certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo
para defesa.

III. A dívida regularmente inscrita goza da presunção absoluta e tem caráter de


prova pré-constituída.

IV. Será emitida Certidão Negativa quando conste a existência de créditos não
vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a
penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

V. A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não


tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de mora e demais
encargos previstos em lei ou contrato.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) II e V.
c) I e V.
d) III e IV.
e) II e IV.

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Comentários

I. Correto. De acordo com o art. 201 do CTN;


II. Errado. Na verdade, poderá ser suprido até a decisão de primeira instância, de
acordo com o art. 203 do CTN.
III. Errado. A presunção é relativa e não absoluta, de acordo com o art. 204, parágrafo
único.
IV. Errado. Estas hipóteses fazem jus não a certidão negativa, mas sim a certidão
positiva com efeitos de negativa, de acordo com o art. 206 do CTN
V. Correto. É o que diz o art. 2o, §2o, da Lei de Execuções Fiscais (lei 6830/80).

GABARITO: C

17. (CESPE/NeR/TJ-RR/2013) No que se refere à inscrição de crédito tributário na


dívida ativa, assinale a opção correta.

a) A inscrição do crédito na dívida ativa pode ser feita em seguida à abertura do processo.

b) A inscrição do crédito na dívida ativa pode ser feita em seguida à deliberação na


primeira instância, ainda que haja possibilidade de recurso a segunda instância
administrativa.

c) A inscrição do crédito na dívida ativa pode ser feita em seguida à conclusão do


processo administrativo, ainda que não tenha transcorrido o prazo de vencimento do
tributo estabelecido no processo.

d) A inscrição do crédito na dívida ativa somente pode ser feita em seguida à conclusão
do processo administrativo em segunda instância e após o transcurso do prazo de
vencimento do tributo estabelecido no processo, se o respectivo pagamento não tiver sido
realizado.

e) Após a notificação do contribuinte, pode-se inscrever a dívida vincenda na dívida ativa,


ainda que o processo tributário não tenha sido iniciado.

Comentários

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Questão cobra o conhecimento do art. 201 do CTN, vejamos:

Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito


dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa
competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento,
pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.

Observem que são duas situações em que ocorre a inscrição na dívida ativa. Uma,
quando esgotado o prazo para pagamento do crédito tributário sem que o sujeito passivo
tenha pagado, ou apresentado defesa. E a segunda hipótese, é quando se esgota o prazo
para pagamento após a decisão final proferida em processo administrativo.

GABARITO: D

18. (CESPE/JE TJPI/2012) A respeito do crédito tributário e do processo judicial


tributário, assinale a opção correta.

a) É vedada a divulgação, pela administração tributária, de informações relativas a


representações para fins penais.

b) As entidades que gozem de isenção ou imunidade tributária não são passíveis de


fiscalização, visto que a ação fiscalizadora constituiria abuso de poder do agente
fiscalizador.

c) Até que ocorra a prescrição dos créditos tributários, os livros obrigatórios de


escrituração comercial e fiscal devem ser conservados.

d) A ação declaratória em matéria fiscal não pode ser utilizada em relação a quaisquer
espécies tributárias; não se aplica, por exemplo, aos empréstimos compulsórios.

e) As garantias atribuídas ao crédito tributário estão previstas no CTN, não se admitindo


outras oriundas de outras fontes legislativas, ainda que de maneira subsidiária.

Comentários

A. Errada. Esta é uma das hipóteses excepcionais ao sigilo fiscal, prevista no art. 198 do
CTN;
B. Errada. É o contrário do que dispõe o art. 194, parágrafo único;
C. Correta. De acordo com o art. 195 do CTN;

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D. Errada. A ação declaratória em matéria fiscal ocorre quando o sujeito passivo busca
descobrir se existe ou não determinada obrigação tributária. Pode ser ajuizada para
qualquer tributo.
E. Errada. É o contrário do que dispõe o art. 183 do CTN.

GABARITO: D

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Lista de exercícios

1. (FGV/Auditor/CGE MA/2014) A companhia Delta Ltda. prestou declarações ao


Fisco, com relação a determinado tributo, sujeito ao lançamento por homologação,
tal como seria sua obrigação. Emitiu guia de recolhimento e pagou o valor que
considerou devido. Entretanto, a Fazenda indeferiu seu pedido de Certidão Negativa
de Débito aduzindo que houve pagamento a menor, o que deduziu das declarações
prestadas pelo contribuinte comparativamente com as guias recolhidas do tributo.
A companhia afirma e é fato incontroverso, que a Fazenda não procedeu ao
lançamento de ofício da eventual diferença do tributo a pagar, mas lhe nega o
direito à obtenção da certidão de regularidade fiscal.
No caso vertente, a solução da lide deve ser
a) favorável ao contribuinte, com o lançamento de ofício pela fazenda da eventual
diferença a pagar, podendo o contribuinte, até que tal ocorra, obter a Certidão Negativa
de Débitos Fiscais.
b) favorável ao contribuinte, já que a Fazenda deverá lavrar a competente Notificação
Fiscal de Lançamento de Débito.
c) favorável à Fazenda, já que inexiste a necessidade de lançamento de ofício supletivo
da diferença do tributo a pagar, quando o crédito tributário já foi constituído por meio de
declaração praticada pelo próprio contribuinte.
d) favorável à Fazenda, uma vez que as declarações prestadas pelo contribuinte sobre o
valor do tributo devido tornam prescindível a regular constituição do crédito fiscal.
e) favorável ao contribuinte, o qual, até que haja o acertamento do valor devido, tem
direito à Certidão Positiva com efeitos de Negativa.

2. (FCC/AFRE RJ/2014) Oscar, Auditor Fiscal da Receita Estadual, deu início aos
seus trabalhos de fiscalização, na empresa “Super Atacadão de Roupas Finas
Ltda.”, e intimou o sócio gerente da empresa, Sr. Cláudio, a lhe exibir diversos
livros e documentos necessários à realização dessa fiscalização, no que foi
atendido.

O exame dessa documentação, todavia, não revelou a Oscar qualquer


irregularidade relacionada à legislação do ICMS.

Antes de concluir seus trabalhos fiscais, porém, Oscar, suspeitando da existência


de possíveis irregularidades e sabendo que o Sr. Cláudio era religioso e
considerava pecado a sonegação de impostos, decidiu intimar, por escrito, o

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sacerdote confessor do Sr. Cláudio, para que ele lhe informasse conteúdos da
confissão que pudessem eventualmente constituir prova de prática de infração à
legislação do ICMS do Estado do Rio de Janeiro.

Essa notificação foi baseada no art. 197 do CTN, cujo caput estabelece a
obrigatoriedade de determinadas pessoas, mediante intimação escrita, prestarem à
autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos
bens, negócios ou atividades de terceiros.

O referido sacerdote, em resposta fundamentada no acordo que o Brasil e a Santa


Sé firmaram na cidade do Vaticano, em 13 de novembro de 2008, relativo ao
Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, fundamentada, também, no Decreto
Legislativo no 698, de 7 de outubro de 2009, que aprovou esse acordo no Brasil e,
ainda, no Decreto Federal no 7.107/2010, que determina o cumprimento desse
acordo, que tem força de lei no território nacional, negou-se a prestar a informação
solicitada pelo Auditor Oscar, invocando o que estabelece o art. 13 do referido
acordo, cujo teor é o seguinte: é garantido o segredo do ofício sacerdotal,
especialmente o da confissão sacramental.

Nesse caso, com base no que estabelece o CTN, o sacerdote agiu em


a) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas pelo
fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja
legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério,
atividade ou profissão, desde que essas informações sejam utilizadas para fins tributários,
mas não penais.
b) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas pelo
fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja
legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério,
atividade ou profissão, pois o fisco também deve observar o sigilo dessas informações.
c) conformidade com o CTN, pois eles não estão sujeitos à jurisdição tributária brasileira,
em razão de estarem submetidos diretamente à Santa Sé, que os jurisdiciona, em matéria
de direito civil, penal e tributário.
d) conformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas pelo
fisco não abrange informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja
legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério,
atividade ou profissão, como é o caso deste sacerdote.
e) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas pelo
fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja
legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério,
atividade ou profissão, desde que essas informações sejam utilizadas exclusivamente
para fins civis e tributários, mas não penais.

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3. (CESPE/Delegado/PF/2013) Com a finalidade de gerar créditos fictícios para sua
empresa, determinado empresário formalmente constituído criou outra sociedade
comercial em nome de dois empregados seus, analfabetos. No contrato social
dessa sociedade, um dos empregados consta como sócio administrador e o outro,
como sócio. A confecção do contrato social e a utilização dos créditos fictícios
ficaram a cargo do contador da empresa, que tinha consciência dos fatos.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue com base na
legislação tributária vigente.

A administração tributária poderá requisitar o auxílio da força policial para garantir,


em caso de oposição, o direito de fiscalizar todos os livros e documentos das
referidas empresas.

4. (CESPE/Delegado/PF/2013) Com base na legislação tributária, julgue o item a


seguir.

É legalmente aceito que, aberto regular processo administrativo, a autoridade


administrativa busque junto à autoridade administrativa tributária, informações
fiscais para apurar infração administrativa.

5. (FCC/AFRE RJ/2014) Com base em convênio específico para esse fim, firmado
entre a União Federal e o Estado do Rio de Janeiro, o Ministério da Fazenda passou
a comunicar a esta unidade federada, anualmente, a partir de 2013, inclusive, os
valores que os contribuintes do Imposto de Renda, domiciliados no Estado do Rio
de Janeiro, informaram, no campo denominado “TRANSFERÊNCIAS PATRIMONIAIS
− DOAÇÕES E HERANÇAS”, e que pudessem ser de interesse ao Estado
fluminense, na identificação de potenciais doações sujeitas à incidência do ITD a
favor desse Estado.

Com base nesse convênio, o Governador do Estado editou decreto criando as


principais regras reguladoras da fiscalização desse imposto, as quais deveriam ser
observadas nesse tipo de fiscalização. Além disso, o setor específico da Secretaria
de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, vinculado à fiscalização de contribuintes
estaduais fluminenses, criou novas regras, complementares e específicas, para
regular esse tipo de fiscalização, envolvendo um grande contingente de pessoas
naturais.

Considerando o disposto no CTN e a situação hipotética apresentada, o


fornecimento dessas informações pelo Ministério da Fazenda à Secretaria da
Fazenda do Rio de Janeiro

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a) é permitido, com base em convênio firmado entre os dois órgãos, podendo, ainda, o
Governador e as autoridades administrativas da Secretaria de Fazenda do referido
Estado, criar normas específicas para a fiscalização do ITD, pois essas regras
reguladoras da fiscalização podem ser criadas por qualquer norma da administração
tributária.
b) só poderia ser promovido com base em norma expressa de lei complementar federal,
mas tanto o Governador, como as autoridades administrativas da Secretaria de Fazenda
desse Estado podem criar normas específicas para a fiscalização do ITD.
c) só seria permitido com base em norma expressa de lei complementar federal, sendo,
ainda, que, nem o Governador, nem as autoridades administrativas da Secretaria de
Fazenda desse Estado poderiam criar normas específicas para a fiscalização do ITD, pois
essas normas reguladoras da fiscalização devem ser criadas por lei ordinária.
d) é permitido, com base no convênio firmado, podendo o Governador do Estado do Rio
de Janeiro criar essas regras reguladoras da fiscalização, por decreto, sendo vedada,
porém, sua criação por normas de hierarquia inferior à de decreto, editadas por
autoridades administrativas da Secretaria de Fazenda daquele Estado.
e) não é permitido, em hipótese alguma, pois as informações prestadas pelo contribuinte
do Imposto de Renda estão protegidas pelo sigilo fiscal, não podendo ser utilizadas nem
mesmo por outras pessoas jurídicas de direito público, em decorrência de convênios,
excetuados os casos em que houver ordem judicial expressa e específica para que elas
sejam fornecidas.

6. (FGV/ATM/Recife/2014) Com referência à fiscalização tributária, assinale a


afirmativa correta.
a) A autoridade administrativa pode requisitar força pública durante atividade
fiscalizadora, mesmo que não tenha ocorrido fato definido em lei como crime.
b) O contribuinte deve conservar os livros e registros obrigatórios e facultativos da
escrituração comercial e fiscal durante o prazo decadencial, para constituir o crédito
tributário.
c) A autoridade administrativa pode examinar integralmente quaisquer livros, arquivos e
registros dos contribuintes.
d) O termo de fiscalização integra o lançamento fiscal e constitui a data inaugural do
prazo decadencial para a constituição do crédito fiscal.
e) Apenas a lei stricto sensu poderá autorizar permuta de informações e assistência
recíproca entre as fazendas públicas.

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7. (FCC/AFR SP/Gestão Tributária/2013) Uma empresa multinacional do ramo ótico
tem estabelecimento no Estado de São Paulo, sendo contribuinte do ICMS. O
Agente Fiscal de Rendas do Estado recebeu a incumbência de realizar uma
atividade fiscalizatória nesta filial e, para tanto, a notificou a apresentar livros e
documentos fiscais, bem como determinados livros, documentos e arquivos
comerciais que se relacionavam com os pontos objeto da fiscalização.

Nesse caso, a empresa tem a obrigação de apresentar os livros e documentos


fiscais para o agente de Fiscalização do Estado.
Os demais documentos solicitados
a) são de apresentação facultativa, haja vista que podem conter segredos comerciais das
suas atividades, e são protegidos legalmente.
b) a empresa não apresentou, pois não foi autorizada pela matriz, que se apoia na
legislação estrangeira.
c) também devem ser apresentados, pois não tem aplicação qualquer disposição, ainda
que legal, que seja excludente ou limitativa do direito do Fisco de examinar o que foi
requisitado.
d) são protegidos pela legislação comercial; por isso, só poderão ser examinados pela
fiscalização quando houver processo administrativo instaurado, ou procedimento fiscal em
curso, e desde que tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade
administrativa competente.
e) só podem ser examinados com autorização judicial, mediante pedido fundamentado da
Administração Tributária.

8. (FCC/AFR SP/Gestão Tributária/2013) A Lei Complementar 104, de 10/01/2001,


alterou e incluiu alguns dispositivos do CTN relativos à divulgação pela
Administração Tributária e por seus funcionários de informações obtidas em razão
de suas atividades. Regra geral, o Código Tributário Nacional veda a divulgação
destas informações, havendo, no entanto, algumas exceções. De acordo com o
CTN, é permitida a divulgação de informações, dentre outros, em casos de
a) compensação tributária, representações fiscais para fins penais e requisição de
autoridade judiciária no interesse da justiça.
b) requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça, inscrições na Dívida Ativa da
Fazenda Pública e representações fiscais para fins penais.
c) parcelamento ou moratória, requisição da mesa diretora do Poder Legislativo do ente
tributante e solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração
Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo.

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d) inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública, representações fiscais para fins penais
e petições de reconhecimento de decadência.
e) transação e remissão, inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública e representações
fiscais para fins penais.

9. (FCC/DP AM/2013) A impugnação ou recurso administrativo, a concessão de


liminar em mandado de segurança ou de tutela antecipada em ação anulatória de
débito fiscal têm em comum o fato de
a) autorizar a modificação do crédito tributário em caso de procedência do pedido
principal.
b) serem causa de extinção do crédito tributário.
c) serem causa de exclusão do crédito tributário.
d) terem no depósito do montante integral do débito sua condição de admissibilidade.
e) autorizarem a certidão positiva de efeitos negativos.

10. (FCC/NeR/TJ PE/Provimento/2013) Segundo o Código Tributário Nacional, tem o


mesmo efeito de certidão negativa uma certidão positiva cujo débito esteja com a
exigibilidade suspensa. Neste caso, haveria suspensão da exigibilidade do crédito
tributário a admitir uma certidão positiva de efeitos negativos a
a) consignação em pagamento de crédito tributário, diante da exigência de crédito
tributário por mais de um ente, relativamente ao mesmo fato gerador.
b) isenção em caráter específico, uma vez concedida pela autoridade administrativa
competente.
c) anistia concedida em caráter específico, relativamente aos ilícitos tributários cometidos
antes do lançamento.
d) citação do executado em sede de execução fiscal.
e) liminar concedida em mandado de segurança que tenha por objeto ilegalidade na
constituição do crédito tributário.

11. (FCC/AFRE RJ/2014) O exame do histórico tributário de uma determinada


empresa, fabricante de produtos voltados para a alimentação infantil, revelou a
existência das seguintes ocorrências:

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I. em 2008, fez o parcelamento, em 60 meses, do valor reclamado em auto de
infração, lavrado pelo fisco fluminense. Até a presente data, as parcelas têm sido
pagas correta e pontualmente;

II. em 2009, o Estado do Rio de Janeiro ajuizou uma ação de execução fiscal contra
ela, que acabou sendo objeto de embargos, depois de a empresa ter efetuado, no
prazo legal, o depósito integral da importância reclamada na execução. O referido
depósito não foi levantado, nem convertido em renda, e ainda não há decisão
transitada em julgado nesse processo;

III. em 2010, para poder importar mercadorias do exterior, sem a incidência do


ICMS, esse contribuinte fluminense impetrou mandado de segurança, no bojo do
qual foi concedida medida liminar para que o desembaraço aduaneiro fosse feito
sem a exigência do ICMS. Essa liminar foi revogada em 2010 e, ao final do
processo, o contribuinte restou vencido. Pagou a totalidade do crédito tributário
reclamado em 2011;

IV. em 2011, a autuada deixou de pagar impostos federais, que estão sendo objeto
de execução fiscal, sem que tenha havido depósito da quantia questionada, nem
oferecimento de bens à penhora;

V. em 2012, a fiscalização fluminense lavrou auto de infração contra essa empresa,


que foi objeto de impugnação no prazo legal. Esse auto de infração teve resultado
favorável à Fazenda Pública estadual, em seu primeiro julgamento, mas ainda
pende de julgamento de recurso interposto pelo contribuinte. Ainda nesse ano, a
Fazenda Pública fluminense ajuizou outro executivo fiscal, relativo a crédito
tributário decorrente de falta de pagamento do ICMS, sendo que, desta vez, a
empresa em questão não efetuou o depósito integral da quantia pleiteada. Ao invés
disso, ofereceu bens à penhora, suficientes para cobrir o crédito tributário exigido,
motivo pelo qual a penhora foi efetivada.

No início de 2013, essa empresa decidiu participar de concorrência pública para


fornecer seus produtos a creches e escolas da rede estadual fluminense. Um dos
requisitos a ser cumprido pelas empresas concorrentes, era a apresentação de
prova de quitação de todos os tributos estaduais, até a data da abertura da
inscrição para participação nessa concorrência, que ocorreu no dia 05 de abril de
2013.

Para tanto, a empresa apresentou, no órgão público fluminense competente,


requerimento solicitando a expedição de certidão negativa dos tributos estaduais.

Nesse caso hipotético, com base no CTN, o órgão estadual competente para o
fornecimento dessa certidão
a) expedirá certidão positiva, com efeito de positiva, pois a penhora não permite que a
certidão tenha efeito de negativa.

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b) expedirá certidão negativa, com efeito de negativa.
c) expedirá certidão positiva, com efeito de negativa.
d) expedirá certidão negativa, com efeito de positiva.
e) não a expedirá, pois os tributos devidos ainda não estão quitados.

12. (CETRO/AFTM SP/Gestão Tributária/2014) A respeito da fiscalização tributária, é


correto afirmar que, se um fiscal, no estabelecimento de um contribuinte, estiver
examinando livros e documentos a este pertencente e encontrar, dentre esses
documentos, um livro Caixa, o contribuinte
a) não poderá impedir seu exame pelo fiscal, pois o direito de examinar abrange todos os
livros e papéis, sejam ou não obrigatórios.
b) poderá impedir seu exame pelo fiscal, pois o livro Caixa não é livro legalmente
obrigatório e, não o sendo, não pode ser obrigado a exibi-lo.
c) não poderá impedir seu exame pelo fiscal, já que se trata de um livro legalmente
obrigatório.
d) deverá exibi-lo, posteriormente, caso o fiscal não faça imediatamente a respectiva
apreensão, por se tratar de um livro não obrigatório.
e) poderá impedir seu exame pelo fiscal, alegando abuso de autoridade, podendo fazer
uma representação contra o servidor público, pois não se trata de livro obrigatório.

13. (CETRO/AFTM SP/Gestão Tributária/2014) Considerando o artigo 202 do CTN, o


termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente,
indicará
a) obrigatoriamente, o nome do devedor; a quantia devida; a data em que foi inscrita,
sempre que possível; a origem do crédito; e a indicação do livro e da folha da inscrição.
b) obrigatoriamente, dentre outras indicações da lista, o nome do devedor e, sendo caso,
o dos corresponsáveis; a data em que foi inscrita; a quantia devida e a maneira de
calcular os juros de mora acrescidos; e a origem e natureza do crédito, mencionada
especificamente a disposição da lei em que seja fundado.
c) se possível, o número do processo administrativo de que se originar o crédito; a
maneira de calcular os juros de mora acrescidos na quantia devida; e, obrigatoriamente, a
quantia devida; o nome do devedor; e a data em que foi inscrita.

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d) o nome do devedor e corresponsáveis; a quantia devida; a natureza do crédito,
mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; a data em que foi
inscrita, sendo facultativa a indicação do livro e da folha da inscrição.
e) obrigatoriamente, o nome do devedor e, sendo o caso, o dos corresponsáveis, bem
como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; a quantia
devida; e a indicação do livro e da folha da inscrição e, dependendo do caso, a data em
que foi inscrita.

14. (CETRO/AFTM SP/Gestão Tributária/2014) Acerca da fiscalização tributária,


analise as assertivas abaixo.

I. Pode-se dizer que a fiscalização tributária é um poder-dever do Estado. Para que


ela seja efetiva, a legislação tributária precisa fixar os poderes e os deveres
específicos a ela inerentes.

II. O parágrafo único do artigo 194 do Código Tributário Nacional (CTN) indica
exatamente as seguintes pessoas sujeitas à fiscalização tributária: pessoas
jurídicas, contribuintes ou não, inclusive as que gozem de imunidade tributária ou
de isenção de caráter pessoal.

III. Haverá, para efeitos da legislação tributária, aplicação de disposição legal que
exclua ou limite, por exemplo, o direito de examinar mercadorias, livros ou arquivos
dos comerciantes, industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

IV. A denúncia espontânea de eventual infração, para fins de exclusão de


responsabilidade, cabe antes do início do procedimento fiscal que diga respeito à
infração ou durante o seu procedimento, conforme estabelece o artigo 138, do
Código Tributário Nacional (CTN) e seu parágrafo único.
É correto o que se afirma em
a) I, II, III e IV.
b) I e III, apenas.
c) III, apenas.
d) I, apenas.
e) I, II e IV, apenas.

15. (FCC/AFTE-SEFAZ PE/2014) De acordo com o CTN, é correto afirmar:


a) A anistia constitui espécie de exclusão do crédito tributário, se aplicando aos atos
qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa
qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por
terceiro em benefício daquele.

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b) A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e
permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou
convênio.
c) A Fazenda Pública da União não poderá permutar informações com Estados
estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos, pois feriria a
soberania nacional, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.
d) Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos
lançamentos neles efetuados deverão ser conservados até o término do exercício
financeiro em que ocorreram as operações a que se refiram.
e) São consideradas sigilosas, insuscetível de divulgação pela Administração Pública, as
informações relativas a representações fiscais para fins penais, a inscrições na Dívida
Ativa da Fazenda Pública e a parcelamento ou moratória.

16. (FCC/AFR SP/Gestão Tributária/2013) Com respeito à Dívida Ativa e à Certidão


Negativa, considere:

I. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza,


regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado
o prazo fixado para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo
regular.

II. A nulidade da inscrição na Dívida Ativa, causada por omissão ou erro, poderá ser
sanada até a decisão de segunda instância, mediante substituição da certidão nula,
devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa.

III. A dívida regularmente inscrita goza da presunção absoluta e tem caráter de


prova pré-constituída.

IV. Será emitida Certidão Negativa quando conste a existência de créditos não
vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora,
ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

V. A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não tributária,


abrange atualização monetária, juros e multa de mora e demais encargos previstos
em lei ou contrato.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) II e V.
c) I e V.
d) III e IV.
e) II e IV.

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17. (CESPE/NeR/TJ-RR/2013) No que se refere à inscrição de crédito tributário na
dívida ativa, assinale a opção correta.
a) A inscrição do crédito na dívida ativa pode ser feita em seguida à abertura do processo.
b) A inscrição do crédito na dívida ativa pode ser feita em seguida à deliberação na
primeira instância, ainda que haja possibilidade de recurso a segunda instância
administrativa.
c) A inscrição do crédito na dívida ativa pode ser feita em seguida à conclusão do
processo administrativo, ainda que não tenha transcorrido o prazo de vencimento do
tributo estabelecido no processo.
d) A inscrição do crédito na dívida ativa somente pode ser feita em seguida à conclusão
do processo administrativo em segunda instância e após o transcurso do prazo de
vencimento do tributo estabelecido no processo, se o respectivo pagamento não tiver sido
realizado.
e) Após a notificação do contribuinte, pode-se inscrever a dívida vincenda na dívida ativa,
ainda que o processo tributário não tenha sido iniciado.

18. (CESPE/JE TJPI/2012) A respeito do crédito tributário e do processo judicial


tributário, assinale a opção correta.
a) É vedada a divulgação, pela administração tributária, de informações relativas a
representações para fins penais.
b) As entidades que gozem de isenção ou imunidade tributária não são passíveis de
fiscalização, visto que a ação fiscalizadora constituiria abuso de poder do agente
fiscalizador.
c) Até que ocorra a prescrição dos créditos tributários, os livros obrigatórios de
escrituração comercial e fiscal devem ser conservados.
d) A ação declaratória em matéria fiscal não pode ser utilizada em relação a quaisquer
espécies tributárias; não se aplica, por exemplo, aos empréstimos compulsórios.
e) As garantias atribuídas ao crédito tributário estão previstas no CTN, não se admitindo
outras oriundas de outras fontes legislativas, ainda que de maneira subsidiária.

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BIBLIOGRAFIA

Sabbag, E. Manual de Direito Tributário. Editora Saraiva, São Paulo, 7.ed. 2015.
Borba, C. Direito Tributário. Editora Elsevier, Rio de Janeiro, 27.ed. 2015.
Alexandre, R. Direito Tributário Esquematizado. Editora Método, São Paulo, 9.ed. 2015.

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PROFESSOR AUTOR

Guilherme Cola
Ocupa atualmente o cardo de Agente Fiscal de Rendas do
Estado de São Paulo, aprovado na 22a colocação no concurso
de 2013. Trabalhou também como Auditor Fiscal Tributário
Municipal na Secretaria Municipal de Finanças e
Desenvolvimento econômico da cidade de São Paulo. Formado
em Engenharia de Computação pela Escola de Engenharia de
São Carlos da Universidade de São Paulo em 2010.

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184 e parágrafos do Código Penal), conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (arts.
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