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- Ao falar de pessoas com diferentes culturas, estamos falando de pessoas que tem um tipo de
diferença muito básica entre elas, ou seja, sugerimos que há variedades específicas do
fenômeno humano. P. 28
- O antropólogo usa sua própria cultura para estudar outras (e a cultura em geral). P.28
- As culturas são equivalentes, uma vez que nunca se descobriu formas de classificá-las ou
ordená-las. Essa pressuposição chamamos de relativismo cultural.
-A compreensão de uma cultura envolve a relação entre partes diferentes (duas variedades do
fenômeno humano), a conciliação de pontos de vista diferentes. Nesse sentido, Roy Wagner
defende que a noção de relação, para a conciliação desses pontos de vista equivalente, é mais
apropriada que a noção de exame ou análise (que tem pretensões de objetividade absoluta).
- A relação é mais real do que as coisas que ela relaciona – nesse sentido, Roy Wagner afirma
que o antropólogo inventa a cultura que ele acredita estar estudando. É experenciando que o
antropólogo entende o que se quer dizer quando os próprios antropólogos usam a palavra
cultura. No ato de inventar a cultura do outro ele inventa a sua própria e a própria noção de
cultura. P 31
- Choque com o antropólogo: é o leve choque que a comunidade experimenta com a presença
do antropólogo. Envolve um processo de controle do antropólogo por parte da Comunidade,
domesticando-o.
- O que quer que o antropólogo aprenda sore uma cultura, ele irá construir esse aprendizado
sobre uma base de significados que ele já possui. Essa construção da cultura do outro pelo
antropólogo, já que construída por uma base que ele possui antecipadamente, é uma
superestrutura. O antropólogo estuda uma cultura já envolvido de seus próprios
significados.p.36
- A cultura pensada como algo objetivo e inflexível é uma invenção e só pode ser útil como
uma invenção, uma moleta.p.36
- A invenção se dá quando um conjunto de convenções alienígenas se põe em relação ao
sujeito, e isso não acontece necessariamente no trabalho de campo, mas tb em certas
situações da vida. P.39
- O antropólogo utiliza sua própria base cultural p entender uma cultura. Por isso Roy Wagner
fala sobre analogia, no sentido que o antropólogo que está lidando com outros grupos constrói
a cultura do outro pondo como referência seus próprios significados. Ele utiliza como exemplo,
a título de comparação, as obras de arte do holandês Pieter Bruegel, que faz das suas pinturas
alegorias, utiliza fato bíblicos para fazer analogias com realidade na qual vivia. Analogia – nós
como antropólogos utilizamos elementos como modelos analógicos para interpretação dos
nossos temas.p.45
- Pq a invenção da cultura pelo antropólogo é uma objetificação? Qd estuda uma cultura ele a
“inventa” generalizando suas impressões, experiências e evidências como se estas fossem
produzidas por algumas “coisa” externa, assim, sua invenção é uma objetificação. Para que
essa invenção de uma cultura faça sentido para os seus iguais, ela precisa ser plausível e plena
de sentido nos termos da sua própria imagem de cultura. P.61
- A antropologia reversa, é o ponto de vista das sociedades tribais sobre o mundo ocidental.
No entanto ela não tem o esforço teórico da antropologia, nem precisa disso, pois ela não tem
nada a ver com a cultura no sentido de produção pela produção (o que a antropologia que
fazemos é). P.67
- Fica claro que o que se expôs que os devotos de ambos os conceitos (carga- melanésio,
cultura-antropólogo) não conseguem aprender facilmente o outro conceito sem transformá-lo
no seu próprio. Todos os homens projetam e estendem suas ideias e analogias sobre um outro
mundo. P. 71-72
-Essa invenção, para fazer sentido aos seus pares, precisa de uma base de comunicação e
convenções partilhadas.
-Toda experiência, toda expressão dotada de significado, todo entendimento, é uma espécie
de invenção e requer uma base de convenções partilhadas. Assim, Wagner pretende enfatizar
a dimensão criativa e espontânea da cultura humana. Ele expurga a ideia de “norma” para dar
conta das interações humanas. A interação envolve contextos significativos associados e
compartilhados.
-O significado é assim uma função das maneiras pelas quais criamos e experenciamos
contextos.
-A dialética dos CONTEXTOS: os contextos não são autogeridos, eles obtém suas características
uns dos outros.
-Todo pensamento, ação, interação, percepção e motivação humana pode ser entendida como
uma função da construção de contextos lançando mão das associações contextuais de
elementos simbólicos. Toda ação desse tipo se desenvolve mediante construções sucessivas,
sua geração pode ser descrita como INVENÇÃO ou INOVAÇÃO.