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Universidade Contestado – UNC

Curso Pedagogia

Disciplina: Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Alfabetização

Trabalho com crianças no processo de alfabetização

Estudos e pesquisas dos últimos vinte anos tem mostrado que as


praticas que centram a alfabetização apenas na memorização das
correspondências entre sons e letras empobrecem a aprendizagem da língua,
reduzindo-a um conjunto de sons a serem representadas por letras.

Em função disso, essa visão, mas tradicional da alfabetização vem


sendo questionada. A alfabetização é uma aprendizagem mais ampla e
complexa do que o “bê a bá”. Esta concepção ampliada do conteúdo da
alfabetização acabou por levar em orientação pedagógica na qual, além de
aprender sobre as letras, os alunos aprendem sobre os diversos usos e as
formas da língua que existem num mundo onde a escrita é um meio essencial
de comunicação.

Contudo a alfabetização é a aquisição do código da escrita e da leitura.


Segundo Magda Soares, esta se faz pelo domínio de uma técnica: grafar e
reconhecer letras, usar o papel, entender a direcionalidade da escrita, pegar no
lápis, codificar, estabelecer relações entre sons e letras, de fonemas e
grafemas: a criança perceber unidades menores que compõe o sistema de
escrita (palavras, sílabas, letras).
No entanto um dos meios da alfabetização é o trabalho com contos,
poemas, mitos, canções, cantigas de roda, adivinhas, lendas, fábulas, etc.

Um exemplo dos meios de alfabetização são os contos de fadas essas


histórias mexem com os sentimentos mais primitivos do individuo. Neles, o bem
e o mal aparecem claramente esboçadas, auxiliando as crianças a identificar
seus problemas, suas emoções suas limitações e suas possibilidades de
resolução das dificuldades.
Tendo como objetivo fazendo com que as crianças reconheçam obras e
autores consagrados, ter procedimento de sentar para ouvir os contos, ampliar
o repertório linguístico, apropriar-se da linguagem escrita própria desse gênero
literário.

Fazer reconto e reescrita dos contos trabalhados identificar marcas


linguísticas. Sendo assim algumas orientações como a leitura do titulo: o que
será que quer dizer? Leitura da historia pelo educador, estimular as crianças
para reconto (trecho de que mais gostaram; ambientação; inicio ou final da
historia; todo o texto continuando a fala do educador). Escritas dos educandos
do titulo da história nomes dos personagens, de expressões típicos, desenhos,
etc. Cópias pelos educandos da reescrita coletiva de trechos da história. Entre
tanta outros tipos de orientações que possam ser usadas para se ter uma boa
alfabetização.

Emilia Ferreiro considera atualmente a alfabetização não como um


estado, mas como um processo contínuo que se começa bem cedo e não
termina nunca. O conceito de alfabetização, segundo a autora, mudou em
decorrência das pesquisas realizadas, da época atual, da cultura e da chegada
da tecnologia. “ignorar que a criança desde cedo pensa e tem condição de ler e
escrever é um retrocesso”, afirma a pesquisadora.

Sendo assim para favorecer uma alfabetização de qualidade, é


necessário proporcionar atividades de leitura e escrita que façam sentido para
as crianças. É necessário que as atividades de leitura e escrita aconteçam de
forma prazerosa, contextualizada, e de acordo com a realidade social dos
educandos.

Referencias Bibliográficas

Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Alfabetização. / Maria Auxiliadora


Cavazotti. 2. Ed. – Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2009.

Alfabetização: livro do aluno 3ªed. Ver. E atual. / Ana Rosa Abreu ... [et al.]
Brasília: FUNDAESCOLA/SEF-MEC, 2007

TEBEROSKY, Liliana e TEBEROSKY, Ana. Além da alfabetização. Porto


Alegre, Ática, 1996.

FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre Alfabetização. São Paulo, Cortez, 1985.

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