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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ

CAMPUS BELÉM.
LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Andressa Sousa do Rosário

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata-se de um relato de experiência vivenciados com uma


turma do 2° ano do ensino fundamental, em uma escola localizada no município de
Marituba, Pará, a partir do Programa de Residência Pedagógica, no curso de
Pedagogia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará. A
discussão aqui presente tem como objetivo geral apresentar o relato da aulas,
focando principalmente na alfabetização.

O ensino do alfabeto dar à criança um repertório finito, fechado, das letras


que utilizamos para nos comunicar através da escrita. Nesse sentido, o processo de
alfabetização firma-se como um dos principais pilares da Educação, o Alfabeto trata-
se de um processo complexo de apropriação da escrita para que as crianças
conheçam os nomes e os sons das letras, aprendendo o alfabeto elas constroem
suas próprias noções de palavras, que por consequência aprendem a se expressar
e dar opiniões. Através de um projeto realizada no início do Programa, utilizando o
Método Fônico, foi possível observar e diagnosticar a realidade da alfabetização dos
alunos, além de despertar sua curiosidade aos sons das letras, através de jogos,
auxiliando assim, na alfabetização.

Ao decorrer dos meses no Programa de Residência Pedagógica, vivenciamos e


compartilhamos muitos ensinamentos com os colegas, os alunos e com a
professora que nos acompanhava na sala. As experiências advindas durante esse
período foram de grande relevância para a nossa formação docente, pois
desenvolvemos e nos reconhecermos como profissional da educação. Durante
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minha participação no programa de Residência Pedagógica, tive a oportunidade


enriquecedora de trabalhar com uma turma animada e com objetivo principal de
aplicar métodos de ensino inovadores e adaptáveis para promover um ambiente de
aprendizado dinâmico e inclusivo.

A turma era composta por 20 alunos, sendo uma portadora de necessidades


especiais, cada um com características individuais únicas e entusiasmo contagiante
pela descoberta. A diversidade de habilidades e estilos de aprendizagem exigiu uma
abordagem diferenciada, visando atender às necessidades específicas de cada
criança.

Iniciamos o trabalho de Alfabetização que contava com uma rotina pré-


estabelecida e socializada diariamente com as crianças que contempla algumas
atividades permanentes, como leitura diária de algum portador de texto de algum
gênero, atividades que contemplem o desenvolvimento da oralidade, estudo do
alfabeto, entre outras.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

A alfabetização é um processo gradativo na vida das crianças, pelo qual elas se


demonstram ansiosas. Ao trabalharmos com a turma, percebemos a vontade de
descobertas, a curiosidade pelo novo, o anseio por poder se comunicar com a
escrita e poder realizar leituras.

O processo de alfabetização é algo complexo e que deve ser contextualizado e


problematizado juntamente com as crianças, partindo da realidade em que o aluno
está inserido. Nesta perspectiva precisamos compreender o conceito de
alfabetização. Sobre a alfabetização, SOARES 1985, afirma que:

Etimologicamente, o termo alfabetização não ultrapassa o


significado de levar à Aquisição do alfabeto, ou seja, ensinar
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o código da língua escrita, ensinar as Habilidades de ler e


escrever. Torna-se por isso, aqui, alfabetização em seu
sentido Próprio: Processo de aquisição do código escrito, das
habilidades de escrita e leitura (SOARES, 1985, p. 20).

Refletindo acerca da concepção da autora, pode-se perceber que a alfabetização


realmente está voltada para o processo de aquisição do conhecimento em relação
ao código escrito, possibilitando o desenvolvimento das habilidades voltadas para a
leitura e escrita.

O processo de aprendizagem, referente à leitura e a escrita, é complexo, pois


cada criança nos anos iniciais do ensino fundamental tem seu ritmo próprio que
precisa ser trabalhado de forma intensificada, respeitando-se as diferenças e seu
nível de desenvolvimento intelectual, social, cultural, afetivo, psicomotor e
educacional.

Segundo Cagliari (1993), a alfabetização é sem dúvida, o momento mais


importante da formação escolar de uma pessoa, assim como a invenção da escrita
foi o momento mais importante da História da humanidade. O ato de ler e de
escrever é um processo cognitivo, mas a busca por seu desenvolvimento depende,
muitas vezes, de como ele acontece. Cabe, no entanto ao professor, procurar
maneiras, caminhos alternativos, que possibilitem o aprendizado da leitura,
respeitando o tempo de cada aluno, fazendo com que ele supere a sua própria
limitação.

3. METODOLOGIA

Para promover um aprendizado eficaz, adotei abordagens interativas, incluindo


jogos educativos, atividades práticas e recursos visuais. Os principais objetivos
foram aprimorar as habilidades de leitura, escrita e matemática, enquanto
incentivava a criatividade e a colaboração entre os alunos.
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Nossos planejamentos envolviam o alfabetizar e letrar, as aulas foram planejadas


de forma que a turma pudesse participar e que tivéssemos o retorno esperado. Foi
Aplicado atividades capazes de despertar o interesse dos alunos, em que pudesse
descobrir suas possíveis habilidades. Durante as regências foi trabalhado leituras
para a interpretação, jogos para despertar o lúdico e tarefas para o desenvolvimento
alfabético.

A leitura de obras literárias, revelou-se como fundamental para o desenvolvimento


do interesse e do prazer pela leitura, o que ainda não era uma realidade na turma na
qual atuamos. Na rotina da turma foi acrescentado o momento de leitura deleite,
onde no início da aula um livro é escolhido no varal e alguma criança ou mesmo a
professora faz a leitura em voz alta. Assim, durante a leitura de histórias, realizada
semanalmente pelas bolsistas do programa, buscamos oportunizar aos alunos a
interação com a linguagem, o enredo, os personagens e suas representações,
dando voz às percepções das crianças sobre as narrativas, além de proporcionar a
elas uma relação criativa e interativa com o contexto da história, de forma a
promover o prazer pela literatura. Durante uma atividade de leitura interativa, utilizei
um livro ilustrado sobre animais e seus habitats para envolver os alunos na
exploração do mundo natural. Posteriormente, introduzi um jogo de palavras
cruzadas temático, que incentivou a compreensão da leitura e a ampliação do
vocabulário de forma lúdica e educativa. A interação entusiástica dos alunos
evidenciou seu progresso e entusiasmo pela aprendizagem.

Além disso, os jogos pedagógicos foram importantes recursos didáticos para


explorarmos habilidades de apropriação do sistema de escrita alfabética, tais como
as variadas habilidades de consciência fonológica, a consolidação de
correspondências grafo fônicas. Os jogos de alfabetização podem se constituir como
importantes ferramentas para um ensino lúdico, reflexivo e potencializador de
habilidades de alfabetização. Assim, “o jogo [é considerado] como promotor da
aprendizagem e do desenvolvimento, passa a ser considerado nas práticas
escolares como importante aliado para o ensino” (MOURA, 2003, p. 80 apud LEAL,
ALBUQUERQUE E LEITE, 2005, p.117, grifo do autor).
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Tarefas envolvendo alfabeto móvel, dominó de sílabas e uma variedade de


tarefas em que era possível analisar o som inicial das palavras, foram inseridos na
rotina dos alunos. Observamos as dificuldades e acertos de cada um, e as
auxiliando, tornou-se possível a superação de alguns obstáculos que ainda
possuíam, à vista disso, as atividade foram concluídas conversando com os alunos
sobre o assunto e a dinâmica do dia.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO (OU RESULTADOS ESPERADOS)

Ao longo do programa, observei o desenvolvimento crescente da confiança dos


alunos em suas habilidades de leitura e escrita, bem como sua capacidade de
resolver problemas matemáticos simples. No entanto, identifiquei a necessidade
contínua de suporte individualizado para alguns alunos, especialmente na
consolidação das habilidades básicas de alfabetização.

Notavelmente houve um bom proveito de cada aprendizagem. O trabalho


realizado na turma do 2 ano do Ensino Fundamental, nos permitiu observar muitos
avanços nas áreas de leitura e escrita, e no desenvolvimento cognitivo dos alunos,
que passaram a fazer interpretações orais das histórias lidas em sala e responder
exercícios com maior facilidade, usando uma maior variedade de palavras e
produzindo pequenos textos para ilustrações trabalhadas em sala de aula. As
atividades que exigem raciocínio lógico também passaram a ser resolvidas com
mais destreza pelos alunos, que passaram a desenvolver melhor as habilidades de
concentração, interpretação e expressividade, pois colocam as ideias no papel com
maior riqueza de detalhes.

Tudo foi trabalhado de forma que cada aluno pode apreciar os conteúdos e
desenvolve-lo. Para nós, foi um aprendizado, o que aprendemos na teoria,
pudemos refletir, adequar e implementar no projeto de aprendizagem e dentro da
sala de aula.
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Portanto, dentro de nossas expectativas, eles foram ótimos, tiveram algumas


dificuldades que já sabíamos que teriam pelas experiências que tínhamos com eles,
porém, nada além do esperado, e com as aulas, tentamos auxiliá-los nisso, para
que, justamente, a cada encontro, isso fosse superado, logo, nossa avaliação será
contínua quanto a isso, para que eles consigam enfim, desenvolver habilidades e
dominarem os assuntos cada vez mais.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os relatos da presente pesquisa, constata-se que a proposta de


ensino foi executada com êxito, atingindo o objetivo de fazer com que os alunos
desenvolvesse a comunicação oral por meio da exposição de ideias, bem como,
ampliação da imaginação, e principalmente o ensinamento do alfabeto, dando um
repertório finito de letras para que as crianças tenham como referência e pudessem
conhecer a pauta sonora de cada uma, impedindo, por exemplo, que as crianças
utilizem sempre as letras do seu nome para escrever outras palavras.

Referente a importância desta prática para os discentes e docente, essa foi de


caráter significativo para intensificar a relação professor e aluno.
Complementarmente, os alunos foram beneficiados; Refletindo sobre o sistema
alfabético, Conhecendo as letras do alfabeto e sua sequência; Trabalhando o
processo de alfabetização; Desenvolvendo atenção, memória, oralidade e
integração e ampliar vocabulário. Em contrapartida, o professor desenvolveu novas
experiências para motivação dos alunos; aumento da relação com os discentes; e de
práticas metodológicas para favorecer o aprendizado discente.

Esta experiência no programa de Residência Pedagógica fortaleceu minha


convicção sobre a importância de abordagens educacionais adaptáveis e inclusivas.
O impacto positivo da interação e do aprendizado mútuo entre os alunos e eu,
reforçou meu compromisso com o aprimoramento contínuo da prática pedagógica e
o incentivo ao desenvolvimento holístico de cada criança.
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REFERÊNCIAS

SOARES, Magda. As muitas facetas da alfabetização. Caderno de Pesquisa, São Paulo, v 52,
Fev., p.19-24, 1985.

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