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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH

Licenciatura em História - EAD

UNIRIO/CEDERJ

AD 1 - PRIMEIRA AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA- 2020.1


DISCIPLINA: Patrimônio

DATA LIMITE PARA POSTAGEM NA PLATAFORMA: 01/03/2020 AS ADs

SÓ SERÃO ACEITAS PELA PLATAFORMA.

Nome:Leonardo Souza da Silva

Matrícula:19216090199

Pólo:Miguel Pereira
Etapa 1

Os Arquitetos da Memória: sociogênese das práticas de preservação do patrimônio


cultural no Brasil (anos 1930-1940).
Márcia Chuva - Rio de Janeiro; ed. UFRJ, 2009. pp. 43-89.

1. A noção de nação e patrimônio está atrelada ao fato de que uma surge para
sustentar, avalizar, ou mesmo dar legalidade a outra, os patrimônios nacionais
vem como sustentáculos de um passado que deve ser preservado para as
gerações futuras. Assim deixando um sentimento de pertencimento e
continuidade do passado que deve ser protegido por estar ameaçado. Com a
preocupação de resgatar um passado nacional e/ou herança nacional, que possa
criar um vínculo com a origem de uma nação.
2. A princípio foi uma expropriação dos bens da igreja católica e da monarquia
francesa, no primeiro momento era um objetivo puramente econômico, mas com
a passagem dos objetos para o governo passou a ter um valor duplo, primeiro
econômico e o segundo nacional, pois pertence ao povo. A principal
característica das origens é a participação do Estado como mantenedor do
patrimônio cultural. A busca de especialistas para classificar e destinar locais
onde seriam expostos, o que se tornou os museus.
3. Entre o tratamento dado à cultura na França e no Brasil, há algumas
semelhanças:

Na concepção de patrimônio, na forma descentralizada de gestão, no


financiamento por mecenato e significativas diferenças.

No acesso aos bens culturais, e na qualidade de sua função no reconhecimento


da cultura como segmento estratégico para o fortalecimento e o desenvolvimento
das nações na eficácia da proteção ao patrimônio, no impacto social dos museus,
na proximidade entre cultura e educação, no volume do orçamento, na formação
de quadros burocráticos na gestão da cultura.
4. Podemos estabelecer inúmeras conexões partindo da formação dos estados
nacionais e a preservação do patrimônio cultural. Uma depende da outra, ou
seja, um estado nação em formação precisa de instrumentos que oficializem sua
criação dentre algumas alternativas, uma delas é o patrimônio cultural. Por outro
lado, sem uma estrutura modelo, seja uma nação ou uma tradição, o patrimônio
seria irrelevante. Percebendo isso, diversos países centrais, e também o Brasil,
usaram em seu favor a institucionalização de elementos que pudessem estar
ligados a um passado comum de todo uma nação.
Para que essa ideologia tivesse êxito, deveria se exaltar as qualidades e
autenticidades de um lugar, costume, povo ou instituição. O nacionalismo é um
fruto dessa conexão, onde se apropria de elementos criados à partir de regras que
implicam a continuidade do passado.
Acredito que quando tratamos de patrimônio cultural, precisamos ter consciência
da complexidade e particularidade de cada segmento a ser analisado. O
patrimônio tem essa peculiaridade de mexer com etnias, hábitos e tempo. O que
para mim é um lugar de culto, para o outro pode ser apenas a representação de
um lugar. Dessa forma e inseridos em uma sociedade fluida, devemos estar
atentos para todos os significados que tanto um lugar ou objeto podem remeter a
alguém.
Considerando isso, estamos estabelecendo uma conexão viva: o eu e o outro,
distanciando-se da lógica individual e perversa.

Etapa 2

1.  No texto de Márcia Chuva, ela nos mostra que o patrimônio cultural tem o
valor significativo, que nos remete ao passado. Nos faz ter conhecimento de
coisas, fatos, acontecimentos que não vivenciamos, por se tratar de um outro
tempo. Já o texto “O caminho do patrimônio cultural...”, nos mostra que
todo patrimônio cultural, além de ter seu valor material e de nos remeter até
o passado, ele também possui seu valor sentimental. Onde devemos ter um
olhar diferenciado para a peça ou o monumento em questão. Que devemos
procurar entender a mensagem que tal peça ou monumento nos transmite.
2. Séculos passados, os museus foram criados com a finalidade de manter viva
toda e qualquer memória da história de um lugar ou uma pessoa. Peças
históricas com valores sentimentais e culturais. Com o passar dos tempos, os
museus se tornaram monumentos com fins lucrativos, devido a questões
políticas e até cultural. Por ser um monumento histórico e por conter peças
históricas, aguça a curiosidade de turistas, mediante a grandes visitações,
algumas partes do monumento se deterioram, com isso o monumento
necessita de restaurações, limpezas e segurança, evitando assim que o
monumento seja destruído e que peças sejam roubadas.
3. Considerando os textos citados, a preservação de patrimônios culturais, não
vem a ser responsabilidade apenas da parte política, mas também de toda
uma nação. Cada monumento histórico, pode nos transmitir muito mais do
que imaginamos. Possuem diversos significados, pois para cada pessoa uma
mesma peça pode ter sentidos diferentes.

Os patrimônios e os monumentos nos remetem a um tempo onde não


vivemos, e nos trazem fatos importantes de tal época. Em algumas vezes,
remetem pessoas a sentimentos tão íntimos, às vezes até complicados de
serem explicados.

Com isso, é de suma importância que tenhamos sensibilidade e sabedoria ao


falar sobre preservação de patrimônio cultural, pois cada monumento e
patrimônio possui seu valor, e não só valor material, mas valor afetivo e
sentimental para um determinado público.

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