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A capacitação digital dos docentes é determinante para o desenvolvimento de modelos inovadores associados aos
processos de ensino e de aprendizagem. A Resolução do Conselho de Ministros n.º 30/2020 que aprova o Plano de
Ação para a Transição Digital prevê um investimento nas competências digitais (CD) dos docentes e dos formadores.
Considera-se assim fundamental, que os docentes desenvolvam a CD necessária para poderem exercer uma cidadania
ativa e utilizar as tecnologias digitais em contexto profissional, pedagógico e didático, promovendo, posteriormente,
o desenvolvimento das CD dos alunos. Integrada num plano de formação em 3 níveis de proficiência digital, esta
formação inspira-se nas competências iniciais do Quadro de Referência DigCompEdu.
Área de Formação:
3. Enquadramento Curricular (e.g. 1º Ciclo, Expressões, Ciências Sociais e Humanas, Línguas, Matemática
e Ciências Experimentais, ou transversal – podendo envolver várias áreas curriculares)
Esta oficina de formação não pretende ir de encontro a nenhuma área curricular específica, mas, pelo contrário, busca
uma abrangência global, não distinguindo ciclos de docência ou grupos disciplinares. Esta opção metodológica
justifica-se, na nossa opinião, tendo por base a realidade dos agrupamentos escolares que conhecemos. Julgamos que
havendo uma diagnose que coloca cada professor numa determinada proficiência tecnológica, e devendo ser a escola
uma organização onde o currículo e a articulação curricular deverão estar na base da utilização da tecnologia em
contexto real, não faz sentido uma separação da formação por áreas curriculares. Mais ainda, julgamos que esta opção
metodológica enriquecerá os formandos nos processos colaborativos que estabelecerão, não apenas numa troca de
metodologias e práticas diferenciadas, como também numa transdisciplinaridade que se pretende alargar a todos os
docentes numa verdadeira política e na efetiva definição de um agrupamento de escolas.
Tendo por base as seis áreas de competência pedagógica desdobradas em 22 competências e definidas no Quadro
Europeu de Competência Digital para Educadores (DigCompEdu), pretende-se que esta formação crie contextos de
aprendizagem genéricos que, quando conjugados com diferentes metodologias - de investigação, investigação-ação,
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Esta oficina desenvolver-se-á em diversos ambientes de aprendizagem, privilegiando os híbridos, numa ótica não
disruptiva e sim evolutiva, por considerarmos haver significativas vantagens na utilização destes modelos de
ensino/aprendizagem, quando assentes em plataformas dialogantes e colaborativas, proporcionando assim aos
formandos condições para desenvolver competências digitais realistas e integradas na sua prática profissional e
pedagógica quotidiana.
Está estruturada num conjunto atividades/desafios que colocarão o foco da aprendizagem nos formandos. Neste
contexto, pretende-se que estes tomem contato com os ambientes de aprendizagem híbridos, com diferentes
plataformas de aprendizagem, com metodologias ativas e, sobretudo, que criem uma cultura de pesquisa, de
autoformação, de partilha e de colaboração.
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Nortearemos esta formação em três princípios básicos: proporcionar múltiplos meios de representação; proporcionar
múltiplos meios de ação e de expressão e proporcionar múltiplos meios de envolvimento, permitindo assim dotar
cada formando de competências para o planeamento do processo de ensino/aprendizagem e respetiva
operacionalização, considerando, desde o início, as necessidades de todos e de cada um dos seus alunos e tendo em
conta a realidade das suas escolas/agrupamentos escolares.
Está pensada alicerçada numa sequência de atividades que serão implementadas recorrendo às metodologias ativas,
nomeadamente, metodologia baseada em resolução de problemas (Problem Based Learning), metodologia em
baseada em pesquisa/investigação (Inquiry-Based Learning),, vem como em uma metodologia de investigação-ação.
Com estas metodologias pretendemos simultaneamente ação/ou mudança e, ao mesmo tempo, uma
investigação/compreensão, com base num processo que alterna entre ação e reflexão, numa exploração reflexiva que
o professor fará da sua prática, contribuindo dessa forma não só para a resolução de problemas, como também e
principalmente, na planificação e introdução de alterações efetivas na sua prática educativa quotidiana.
Nas sessões presenciais os aprendentes/formandos serão convidados, como prevê o An2. Nível 2 a:
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5. Proposta de avaliação dos formandos (incluindo um descritivo de cada um dos elementos da avaliação
do trabalho autónomo e presencial)
6. Recursos educativos (e.g. RED, iniciativas, projetos, parcerias, bibliografia, entre outros)
• Documentação fornecida aquando da formação de formadores para Capacitação Digital dos Docentes.
• DigCompEdu: Quadro Europeu de Competência Digital para Educadores
• Recursos Educativos Digitais (RED)
1. Conteúdos
→ LMS
→ TED Talks
→ Nau – Sempre a Aprender
→ MOOCs
2. Ferramentas
• Atividade A
→ Questionário: Formulários do Microsoft Teams
→ Computer Science Without a Computer (https://csunplugged.org/en/)
→ Creative Commons (https://creativecommons.org/)
• Atividade B
→ OneNote do Microsoft Teams
→ Lucidchart
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• Atividade C
→ Mentimeter
→ Wheel Decider
→ Loom
→ LucidChart
• Atividade D
→ OneNote
• Atividade E
→ Wiki
3. Plataformas
• Atividade A:
→ Microsoft Teams
• Atividade B
→ http://udlexchange.cast.org/home
• Atividade C
→ MeWe – Rede Social
• Atividade E
→ Repositório Digital
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Competência(s) a
Abordagens pedagógicas Estimativa de
Sequência de atividades desenvolver
(e.g. aprendizagem duração
(incluindo o modo de trabalho – autónomo ou presencial) (ver nº na Figura 3
colaborativa (em horas)
do DigCompEdu)
Comunicação
institucional [A.1: 1 horas - Presenciais]
Colaboração • Abertura da formação através de uma sessão síncrona onde será efetuada a contextualização do
profissional curso, a apresentação dos formandos e a disponibilização dos documentos abaixo elencados. Competências
• Definição da ferramenta a utilizar - Microsoft Teams – com breve exploração partilhada de forma a Profissionais (Área Presenciais
Prática reflexiva promover as competências essências para sua utilização no contexto da formação. 1) 3h
Gestão, proteção e
partilha de recursos [A.2: 2 horas - Autónomo]
educativos digitais • Utilizando uma metodologia de Sala de Aula Invertida, os formadores disponibilizam aos formandos
através da plataforma colaborativa Teams, os recursos de exploração obrigatória.
Aprendizagem
autorregulada
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Ensino
Orientação
Comunicação e
colaboração digital
Criação de conteúdo
digital
Aprendizagem
Reflexiva
[A.3: 2 horas - Presencial]
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• Tendo como suporte a plataforma Teams, os mesmos grupos de formandos deverão escolher uma
das plataformas apresentadas, analisar o plano de ação de um MOOC / assistir a um Webinar ou
uma apresentação TED Talk, sendo que estas devem ser do âmbito e/ou relacionadas com a
educação;
• Cada grupo reúne sincronamente utilizando a plataforma Teams, e realiza uma pequena
apresentação em vídeo utilizando um dos softwares de screencasting explorados na atividade
anterior.
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Comunicação e
colaboração digital
Criação de conteúdo
digital
Aprendizagem
Reflexiva;
Desenho Universal da
Aprendizagem (DUA)
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[C]
Ensino
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Orientação
[C
Aprendizagem .3: 3 horas - Presencial]
colaborativa • Realização de um Certame/Mostra de Software onde cada equipa de formandos apresenta os seus
softwares. Esta atividade deverá ser implementada numa ótica de “feira de software” com apresenta
Colaboração de um Poster onde as equipas interagem, discutem, argumentam e defendem as suas soluções sob
profissional e a orientação dos formadores.
Aprendizagem
Reflexiva;
Aprendizagem
colaborativa
Gamification
[D]
[D] Planificação de atividades a implementar em sala de aula
Estratégias de
Avaliação
[D.1: 4h 30m horas - Presencial] Presenciais
Autoavaliação • Os formadores apresentam diferentes cenários de aprendizagem e linhas orientadoras para a 9h
construção de planificações de atividades; Competências
Análise de evidências • Construção colaborativa de uma planificação de referência Profissionais (1)
• Utilização exemplificativa de algumas ferramentas digitais a utilizar nessa planificação
Feedback e Competências
planificação digitais
Autónomas
[D.2: 4 horas - Autónomo]
4h
Acessibilidade e • Cada formando construirá uma planificação onde preveja a utilização de ferramentas digitais, Competências
inclusão articuladas com as diferentes abordagens pedagógicas aprendidas; especificas da
• Deverá prever nesta planificação uma articulação próxima e concretizável com o seu currículo área de
Diferenciação e disciplinar, tendo em conta a flexibilidade curricular transversal e prevendo a consequente conhecimento
personalização utilização dessas ferramentas pelos seus alunos na criação de RED com valor educativo.
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Literacia da
informação e dos
média [D.3: 4h 30m horas - Presencial] Competências
• Cada grupo de formandos discutirá e procederá a escolha, de acordo uma tabela de critérios pedagógicas (2, 3,
Criação de conteúdo fornecida pelos formadores, daquela considerada aquela que melhor se enquadra nos critérios 4, 5)
digital estabelecidos;
• Cada grupo fará a apresentação e explanação da planificação selecionada, de forma a ser adquirida Competências
Ensino e percecionada pelos seus pares; Transversais
• Cada uma destas planificações - no total de cinco - será simulada por cada um dos grupos,
Orientação distribuída de forma aleatória.
Uso responsável
Aprendizagem
autorregulada
Aprendizagem
Reflexiva;
Aprendizagem
colaborativa
Estratégias de Competências
Presenciais
Avaliação [E.1: 6 horas - Autónomo] Profissionais (1)
3h
• Os professores/ formandos dinamizam as atividades planificadas em contexto real de sala de aula;
Autoavaliação • Efetuam uma autoavaliação das atividades promovendo uma recolha de evidências dos recursos Competências
digitais (RED) construídos pelos seus alunos; digitais Autónomas
Análise de evidências • Cada formando preparará uma apresentação das evidências recolhidas, utilizando uma ferramenta 6h
digital à sua escolha.
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Aprendizagem Competências
colaborativa Transversais
Orientação
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8. Observações
• As ferramentas digitais elencadas para cada atividade podem ser substituídas ou adequadas à
realidade do agrupamento onde é implementada a formação, ou de acordo com alguma
necessidade mais objetiva do grupo de formandos envolvidos na formação;
• Podem também ser adequadas as ferramentas digitais na atividade E, tendo em conta a faixa etária
dos alunos e/ou o nível de ensino onde são desenvolvidas;
• No trabalho com os alunos deve procurar-se, sempre que possível, ir de encontro aos seus centros
de interesse numa adequação à faixa etária;
• Devem procurar-se também desenvolver e aprimorar estratégias de “gamification”, por forma a
conseguir envolver e motivar os alunos para a utilização efetiva e em contexto de sala de aula e
autoestudo de recursos educativos digitais;
• O formador pode e deve adequar o número de horas – tanto presenciais como de trabalho
autónomo - previsto para cada atividade, de acordo com as necessidades do grupo/turma, desde
que os resultados finais e os objetivos da formação não sejam postos em causa.
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