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PERFIL PROFISSIONAL DOS EGRESSOS DO CURSO DE


COSMETOLOGIA E ESTÉTICA UNISUL/PB

Ellen Pereira Fogliatto


Michely Branga Marçal Mioto
Viviane Pacheco Gonçalves

Resumo
Introdução: A procura pelos serviços da área da estética e cosmética oferece
oportunidades para profissionais entender, conhecer e identificar as expectativas e
necessidades geradas pelo cliente e quem deseja aproveitar essa demanda precisa
ter visão estratégica e investir em formação qualificada. Objetivo: Traçar o perfil de
atuação profissional dos egressos do curso de Cosmetologia e Estética da Unisul –
Pedra Branca. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo transversal,
exploratório que contou com a participação de 39 egressos do curso de
cosmetologia e estética formados entre os anos 2015 e 2018. Os participantes
responderam um questionário adaptado para essa pesquisa relacionado ao tempo
de formação, área de atuação, remuneração, satisfação, atualização profissional e
perfil epidemiologico. Resultados: O estudo demonstrou que 100% das
participantes foi do gênero feminino, com idade média de 25,9 anos, e 84,6% das
participantes já estão inseridas atualmente em sua área de formação. Dos
profissionais já atuantes em estética e cosmética 48,7% tem o seu negócio próprio, e
53,8% está localizado na cidade de Palhoça e 35,9% tem o local de atuação como
centro de estética e dentre as áreas de atuação destacou-se tratamento facial
representando 84,6%. Com relação à satisfação na profissão 74,4% estão satisfeitas
com a área de atuação. Conclusão: Por meio do presente estudo, pode-se
considerar que o perfil dos egressos do Curso de Estética e Cosmética da
UNISUL/PB caracteriza-se por serem do gênero feminino com idade média de 25,9
anos. A maioria dos egressos exercem sua atividade profissional dentro da sua área
de formação e atuam em mais de um local ou área, principalmente nas áreas de
tratamentos facial e corporal, e consideram-se satisfeitos em relação à profissão e
aos rendimentos. Ficou evidente que a continuidade dos estudos de pós graduação
foi baixa.

Palavras-chave: Perfil profissional. Egresso. Estética.


Artigo apresentado como trabalho de conclusão de curso de tecnólogo em Cosmetologia e Estética
da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de
tecnólogo. Palhoça, 2018.

Acadêmica do curso de cosmetologia e estética da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Ellen1vp@hotmail.com

Acadêmica do curso de cosmetologia e estética da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Michelybranga@hotmail.com

Docente do curso de cosmetologia e estética da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Orientadora: Prof. MSc. vivianevpg@gmail.com
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1 INTRODUÇÃO

O primeiro curso de Estética no Brasil aconteceu na década de 50 com a


“Escola France Bel”, fundado por Anne Marie Klotz (SEBRAE, 2013), e através do
projeto de Lei nº 959/2003, surgiu a formação nos cursos de nível superior. Neste
mesmo ano foi implantado o primeiro curso de nível superior em cosmetologia e
estética (BRASIL, 2018). Com a aprovação da Lei 13.643, foi decretado à
regulamentação da profissão que compreende a alteração de perfil do Esteticista e
Cosmetólogo e a formalização do diploma (BRASIL, 2018).
Atualmente, a profissão possui várias habilitações, que podem ser obtidas
através de estágios curriculares com carga horária mínima de 180 horas e pós-
graduação interdisciplinar na área de saúde entre outras (BRASIL, 2016). Porém,
observa-se que ainda existe falta de conhecimento sobre a evolução das atividades
realizadas atualmente e a função deste profissional, e este acompanhamento trata-
se de um instrumento fundamental para o conhecimento do perfil profissional dos
graduados (BRASIL, 2018).
Segundo Giotti, Crestani e Piazza (2011), com a expansão do curso por
todas as regiões do país observa-se uma concentração maior nas regiões Sul e
Sudeste por apresentar desenvolvimento socioeconômico melhor com relação as
demais regiões. E para Barnes (2018), com os avanços da estética ocorridos nos
últimos 5 anos, o mercado brasileiro cresceu 567%, referentes ao número de
profissionais da área da Estética, passando de 72 mil para 482 mil em janeiro de
2015, tornando uma área promissora da economia do País.
De acordo com Kobernovicz, Santos e Crotti (2017), mesmo com esse
novo perfil, o desenvolvimento contínuo do mercado de trabalho brasileiro exige
profissionais cada vez mais preparados e capacitados, aumentando a demanda por
profissionais graduados em nível superior, inclusive para profissão de Tecnólogo em
Estética e Cosmética e o profissional tem tudo para apostar numa carreira de
sucesso.
Neste contexto para Padilha et al. (2018), tais informações permitem
compreender e refletir sobre o ensino superior possibilitando a implementação de
mudanças curriculares e estratégias de ensino que visem aproximar a formação
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deste profissional às suas expectativas e às necessidades da sociedade e do


mercado de trabalho.
Para Batista e Cavagnari (2011), a procura pelos serviços da área da
estética e cosmética oferece oportunidades para profissionais entender, conhecer e
identificar as expectativas e necessidades geradas pelo cliente. E conforme Souza e
Araújo (2015), quem deseja aproveitar essa demanda precisa ter visão estratégica e
investir em formação qualificada.
Diante disso, com o crescimento da profissão e as necessidades surgidas
no mercado de trabalho, Kobernovicz, Santos e Crotti (2017) ressaltam que as
exigências do mercado aliadas a preocupação profissional do curso, demonstram a
importância de analisar como os profissionais estão avaliando a própria inserção no
mercado de trabalho, situação e expectativas relacionadas à profissão.
Dessa forma, o presente estudo teve por objetivo traçar o perfil
profissional dos egressos do curso de Cosmetologia e Estética da Unisul – Pedra
Branca.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da


Universidade do Sul de Santa Catarina Palhoça, conforme parecer
81453617.8.0000.5369. Tratou-se de um estudo transversal, exploratório, realizado
com os egressos do Curso de Cosmetologia e Estética da Unisul/PB, formados no
período de 2015/2018.
O levantamento inicial dos egressos foi realizado através dos dados
cadastrais disponíveis no sistema de informação da Coordenação do Curso. Os
egressos foram contatados através de e-mail e telefone, sendo convidados a
responder o questionário de pesquisa e o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido desenvolvido na plataforma Google Forms, enviados via e-mail. Foram
incluídos todos os egressos que se dispuseram a participar e leram e assinaram o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, e excluídos os egressos que não
assinaram o termo de consentimento.
O questionário utilizado foi adaptado das autoras Giotti, Crestani e Piazza
(2011), composto por perguntas abertas, semiabertas e fechadas, buscando obter
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informações sobre as variáveis do estudo como: dados epidemiológicos, tempo de


formação, área de atuação, remuneração, satisfação e atualização profissional. O
período de coleta de dados foi de 30 de março a 20 de abril de 2018.
Foi elaborado um banco de dados em planilha do Microsoft Excel 2016.
Os resultados foram sumarizados como números absolutos e percentuais para
variáveis nominais e médias e desvio padrão para variáveis numéricas. Os dados
foram analisados no mês de abril a maio de 2018 por meio estatística descritiva com
média, frequência e percentual.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

O estudo buscou apresentar o perfil geral do egresso do curso de


Cosmetologia e estética relacionados ao tempo de formação, área de atuação,
remuneração, satisfação, atualização profissional e perfil epidemiologico.
Dos 54 egressos do curso de Cosmetologia e Estética, 39 responderam o
questionário, sendo eles dos anos de 2015 a 2018 e não houve exclusão de
participantes. Quanto ao perfil das participantes, observou-se que 100% eram do
gênero feminino com idade média de 25,9 anos.
Dos 84,6% (n=33) profissionais já atuantes em estética e cosmética,
48,7% (n=19) têm o seu negócio próprio, e 53,8% (n= 21) está localizado na cidade
de Palhoça e 35,9% (n= 14) tem o local de atuação como centro de estética.
Os dados de caracterização das participantes estão descritos na tabela 1.

Tabela 1- Caracterização das participantes.


Características Nº %

Gênero Feminino 100

Idade 25,9 100

Vínculo empregatício Negócio próprio 48,7

Local de atuação Centro de Estética 35,9

Cidade que trabalha Palhoça 53,8

Fonte: Dados da pesquisa, 2018.


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Esses dados possibilitam afirmar que predomina o gênero feminino


graduado no curso de cosmetologia e estética da Unisul-PB. Dentre os locais de
atuação destacou-se centro de estética.
Segundo Thomas, Soares e Braun (2013) é visto que na área da saúde,
todas as categorias são marcadas por um número superior do sexo feminino, e
Mariotti et al. (2016), afirma que 83% dos profissionais terapeutas ocupacionais no
mundo são do sexo feminino.
A maior concentração de atuação dos egressos no município de Palhoça
pode estar relacionada ao fato de a universidade oferecer a graduação em
Cosmetologia e Estética na mesma cidade e disponibilizar de cursos em áreas afins
da graduação (KOBERNOVICZ; SANTOS; CROTTI, 2017)
Quanto ao conhecimento adquirido após a graduação no curso, verificou-
se que 25,6 % (n=10) dos egressos cursaram ou estão cursando pós graduação,
enquanto 74,4 (n=29) não realizou nenhuma especialização.
Conforme Thomas, Soares e Braun (2013), a necessidade constante de
qualificação e aquisição de novos conhecimentos traz consequências importantes
para os envolvidos no processo do trabalho. Para Padilha et al. (2018), os
profissionais realizam pós graduação na busca de conquistar maior estabilidade e
qualidade nos vínculos empregatícios, além de melhorar sua faixas salariais.
Perante o crescimento das atividades estéticas e as novas perspectivas
que se caracterizam no decorrer das últimas décadas, os profissionais devem
procurar aprimoramento, capacitação teórica e prática para ampliar seus
conhecimentos, especializações, cursos, seminários, congressos nacionais e
internacionais, para que possa exercer suas atividades de maneira segura
(RODRIGUES; QUARESMA, 2013).
Quando questionados sobre a atuação na área antes de iniciar o curso
pode-se constatar que 79,5% (n=31) das participantes não atuavam na área da
estética quando ingressaram no curso e 20,5% (n=8) já atuavam na area quando
iniciaram o curso.
Atualmente pode-se observar que 84,6% (n=33) dos técnologos
esteticista e cosmetologos já estão inseridos em sua área de formação e 15,4%(n=6)
não estão inseridas. No entanto, observou-se que alguns egressos não estão
trabalhando na área atualmente, sendo que 10,24% (n=4) encontraram dificuldades
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financeiras para montar o próprio negocio, 2,56% (n=1) não se identificou com a
área e 2,56% (n=1) está em licença maternidade no momento.
Sendo assim Rodrigues e Quaresma (2013), afirmam que o mercado da
estética é muito amplo e as exigências também, então o profissional tem que estar
preparado para atuar mediante qualquer desafio mantendo sua conduta e ética.
Para Araújo e Meneses (2009), aliada a essa amplitude de possibilidades que a
formação profissional em Estética e Cosmetologia permite aos seus formandos, o
mercado brasileiro tem se expandido e aperfeiçoado nos últimos anos.
Cruz, Ueno e Manzano (2015), ressaltam que esta área de atuação se
ampliou significativamente tanto, que o expressivo percentual do perfil dos egressos
está aproveitando esse tipo de oportunidade e buscando na graduação qualificação.
No entanto, o diferencial dessa profissão é o embasamento técnico e científico, a
experiência na área e o aprimoramento das técnicas, pois esse mercado é muito
competitivo.
Neste estudo pode-se observar que dentre as áreas de atuação destacou-
se “tratamento facial” representando 84,6% (n= 33), e 74,4% (n=29) exercem
“tratamento corporal’, 66,7% (n= 26) exerce ocupação na area de terapias manuais
“massagens”, 48,7% (n=19) exercem “pré e pós operatório”, 28,2% (n=11) exercem
“embelezamento do olhar/maquiagem” e 23,1% (n=9) exercem “depilação”. Outras
área de atuação, tais como: penteado, micropigmentação e manicure
representaram, 15,4% dos participantes (n=6). (Conforme abaixo no gráfico 1)
7

Gráfico 1- Áreas de atuação das participantes

Fonte: Dados da pesquisa, 2018.

A maioria dos profissionais tecnólogos e esteticistas exercem sua


atividade profissional dentro da sua area de formação o que vai de encontro com a
crescente procura por serviços relacionados a área da estética (WANDERLEY et al.,
2015).
De acordo com o gráfico 2, entre os locais de atuação destacou-se “centro
de estética” representando 35,9% (n= 14), em relação “salão de beleza” foi 28,2%
(n= 11) exercem em “spa’s” 2,6% (n= 1) exercem “ocupação em domicilio” 23,1%
(n= 9), exercem no “espaço em casa” 17,9% (n=7) e 2,6% (n=1) exerce em “clinicas
medicas”. Quanto aos “outros” locais de atuação representaram 15,4% (n=6), sendo
eles: instituição de ensino, clínica de emagrecimento, centro de beleza e espaço
feminino e estético.

Gráfico 2- Local de atuação das participantes

Fonte: Dados da pesquisa, 2018


8

Os autores Thomas, Soares e Braun (2013) afirmam que o profissional


poderá atuar em várias especialidades e podendo ainda exercer em várias
atividades.
Conforme foi observado nos gráficos 1 e 2, os tecnólogos atuam em mais
de um local ou área e também permite analisar os diversos setores onde se encontra
atuando o profissional esteticista, reafirmando a diversidade de conhecimentos que
compõem a profissão. E segundo Rodrigues e Quaresma, (2013), o mercado de
trabalho é bem amplo, variando as opções que o tecnólogo pode escolher e as
diferentes funcionalidades em relação às áreas e aos locais de atuação.
Para Kobernovicz, Santos e Crotti (2017) cabe salientar que existe hoje
um estímulo maior para que as pessoas tenham uma formação, que possuam
conhecimento mais amplo e múltiplas habilidades, que as permitem atuar em
diferentes ramos de atividades, caracterizando assim o profissional.
De acordo com o gráfico 3, com relação as possíveis dificuldades no início
da atuação no mercado de trabalho, pode-se observar que 56,4% (n=22) não
encontraram dificuldades para atuar no mercado de trabalho, já 43,6% (n=17)
apresentaram dificuldades para começar atuar no mercado de trabalho.

Gráfico 3-Dificuldade no início da atuação

Fonte: Dados da pesquisa, 2018

Dentre as justificativas relacionadas às dificuldades no início da atuação


no mercado de trabalho, foram descritos itens, como: preços injustos da
concorrência, desvalorização da profissão, formação de clientela, concorrência com
profissionais não esteticistas, além da falta de experiência profissional.
Gondim (2002) relata que uma pesquisa sobre a busca efetiva de
emprego entre graduandos concluiu que os que conhecem o mercado conseguem
9

pensar em caminhos efetivos de empregos, pois comparam mais racionalmente o


que está sendo requerido no mercado com as habilidades pessoais que dispõem.
Fari e Nogueira (2007) ressaltam que para esse novo profissional
conquistar seu espaço no mercado de trabalho, precisa de constante busca de
conhecimento, não somente ligada à sua área especifica, nesse mercado exige-se
continuas transformações, o profissional deve estar preparado para as mudanças e
entender rapidamente esse processo para se adequar a elas e propor ações.
Neste estudo, observou-se que 84,6% (n=33) levou até 6 meses para
ingressar no mercado de trabalho, 10,3% (n=4) levaram 12 ou mais meses e 5,1%
(n=2) levaram de 6 meses a 12 meses. Conforme abaixo no gráfico 4.

Gráfico 4- Tempo médio para ingressar no mercado de trabalho

Fonte: Dados da pesquisa, 2018

A maioria das participantes (84,6%) relataram que o início da atuação


profissional levou menos 6 meses após a conclusão da graduação. Esse quadro
pode ser reforçado por Silva, Grazziano e Carrascosa (2018) que destacam que o
reconhecimento da profissão e o crescimento da demanda por profissionais podem
ser observados pela rápida inserção dos egressos no mercado de trabalho.
De acordo com o gráfico 5, observou-se que 53,8 % (n=21) dos
profissionais têm remuneração entre R$ 1.000 a R$ 2.000, e 17,9 % (n=7) ganham
menos de R$ 1.000, e 17,9% (n=7) tem remuneração entre R$ 2.000 a R$ 3.000 , e
5,1 % (n=2) ganham R$ 3.000 a R$ 4.000, por fim os profissionais que ganham
acima de R$ 4.000 o total é 5,1 % (n=2).

Gráfico 5 - Media salarial atual das participantes


10

Fonte: Dados da pesquisa, 2018

Pode-se dizer que esses números podem ser considerados acima dos
valores nacionalmente encontrados. Conforme Associação Brasileira da Indústria de
Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) foi registrado em abril de
2018 que o salário médio das profissionais esteticistas é R$ 1.518,19. Diante do
exposto pode-se observar que a media salarial predominantes dos egressos foi
entre R$ 1.000 a R$ 2.000 considera-se assim dentro da media salarial nacional.
De acordo com este estudo, percebeu-se que 48,7% (n=19) dos
profissionais atuantes em estética e cosmética tem o seu próprio negócio, 20,5%
(n=8) são contratadas, 12,8% (n=5) são comissionadas e outros vínculos
empregatícios representam 17,9% (n=7) sendo contrato de prestação de serviço e
locação de espaço. Conforme demonstra o gráfico 6 abaixo.

Gráfico 6 - Forma de vínculo empregatício atual

Fonte: Dados da pesquisa, 2018

Thomas, Soares e Braun (2013), mencionaram que o trabalho em mais de


um local, melhora a renda mensal do profissional, porém um ritmo intenso de
trabalho é mais um fator de sobrecarga para o indivíduo. Conforme Mariotti et al.
(2016), ao analisar a relação entre vínculo de trabalho e faixa de renda dos que
possuem apenas um emprego, verifica-se que o tipo de vínculo influencia o salário.
11

E Mariotti et al. (2017), ao analisar a relação entre vínculo de trabalho, dos que
possuem apenas um emprego, com faixa de renda, verifica-se que o tipo de vínculo
influencia o salário.
De acordo com o gráfico 7, verificou-se que 53,8 % (n=21) mencionaram
que o curso contribuiu para melhorar e ampliar a atuação, 41% (n=16) contribuiu
para valorização do profissionalismo, 2,6% (n=1) contribuiu para aperfeiçoar o
atendimento e 2,6% (n=1) o curso não fez diferença.

Gráfico 7 - Contribuição da conclusão do curso

Fonte: Dados da pesquisa, 2018

Conforme Unisul (2013), o curso contribui para formação de um novo


perfil de profissional, para uma formação de alto nível, elaborada dentro dos critérios
científicos da formação universitária; proporcionando conhecimento administrativo e
gerencial, com visão de marketing e qualidade, preparando o profissional para
gestão de serviços de estética e beleza.
Segundo Rodrigues e Quaresma (2013), o curso superior tecnólogo em
estética prepara o profissional possibilitando uma formação ampla, concedendo
conhecimentos técnicos científicos, capacidade crítica, reflexiva e intelectual de
identificar problemas e trabalhar em equipe multidisciplinar. Outro dado relevante
refere-se sobre o nível de satisfação com a profissão onde 74,4% (n=29) estão
satisfeitas com a área de atuação e 25,6% (n=10) não estão satisfeitos.
As participantes puderam justificar a resposta e novamente as questões
mais comentadas foi valorização da profissão principalmente depois da
regulamentação, satisfação de estar trabalhando no que gosta, retorno financeiro e
satisfação dos clientes. Dessa forma, as participantes que não estavam satisfeitas
com a área de atuação foram pela falta valorização profissional, pelo salário base da
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profissão ser muito baixo, falta de valorização pela profissão por não ter um
conselho.
Rodrigues e Quaresma (2013), relatam que mesmo ainda que a
valorização profissional não seja vista por todos, é um mercado que se encontra em
expansão, com alta procura desses serviços especializados, podendo o tecnólogo
colocar todo o seu conhecimento em prática, buscando realização pessoal e um
ótimo retorno financeiro. E Padilha et al. (2018), mencionam que em relação aos
locais de atuação, a satisfação profissional é uma condição fundamental no trabalho,
sendo compreendida como um indicativo de qualidade de vida.

4 CONCLUSÃO

O presente estudo retratou o perfil profissional dos egressos do curso de


Cosmetologia e Estética da Unisul/PB, utilizando como fonte de pesquisa dados
coletados através de um questionário enviado via e-mail. Constatou-se que o perfil
epidemiológico das participantes, teve uma amostra 100% feminina, com idade
média de 25,9 anos. A maioria das participantes já estão inseridas no mercado de
trabalho, tendo como vínculo empregatício seu próprio negócio, principalmente
localizado na cidade de palhoça, tendo como principal local de atuação centros de
estética. No que se refere à area de atuação, a maior concentração está relacionada
aos tratamentos facial e corporal.
Os egressos demonstraram-se satisfeitos com a profissão e área de
atuação, pois vem alcançando dessa forma seus objetivos profissionais,
demonstrados por meio de uma média salarial acima da nacional, para os
profissionais esteticistas.
A maioria dos egressos não encontrou dificuldades para atuar no
mercado de trabalho. No entanto, observou-se que alguns egressos não estão
trabalhando na área, pois encontraram dificuldades para montar o próprio negocio e
desistência da profissão por não identificação com a área. A maioria das
participantes relatou que o curso de graduação contribuiu para melhorar/ampliar a
atuação e valorização do profissionalismo.
No entanto, o número de egressos que cursa/cursaram um programa de
especialização é reduzido. Recomenda-se que os profissionais busquem
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competências e aprimoramento para conhecimentos de gestão, para se diferenciar


no mercado de trabalho saindo assim da zona de conforto.
Sugere-se novos estudos na área, com novas variáveis para comparação
anualmente, com correlações de remuneração e satisfação profissional,
remuneração e vinculo de trabalho, remuneração e local de trabalho, remuneração e
tempo de atuação, para saber onde o mercado de trabalho está mais acolhedor.
Por fim, ressalta-se que a escassez de trabalhos sobre o tema
representou grande limitação para análise comparativa do resultado.

PROFESSIONAL PROFILE OF THE GRADUATES AT COSMETOLOGY AND


AESTHETICS COURSE AT UNISUL / PB*

Abstract
Introduction: The search for cosmetic and aesthetic services provides an
opportunity for professionals to understand and identify the clients needs and
expectations. Those who wish to make good use of this demand need to have a
strategic vision and invest in qualified professional training. Objective: To outline the
professional profile of graduates of the Cosmetology and Aesthetics course at Unisul-
Pedra Branca. Materials and Methods: A transversal, exploratory study was carried
out involving 39 graduates of the cosmetology and aesthetics course graduated
between 2015 and 2018. The participants answered a questionnaire adapted for this
research and related to the studying time, area of performance, compensation,
satisfaction, professional update and epidemiological profile. Results: The study
showed that 100% of the participants were female, with a mean age of 25.9 years,
and 84.6% of the participants are currently working in their training area. Among
those graduates who are professionally active in aesthetics and cosmetics area,
48.7% have their own business, being 53.8% of this businesses located in the city of
Palhoça. The study also showed that 35.9% of the participants work in aesthetics
centers. Facial treatment is the working area for 84.6% of this professionals.
Concerning the job satisfaction, 74.4% are satisfied. Final Considerations: The
present study indicates that the profile of graduates from the Aesthetic and Cosmetic
Course of UNISUL / PB is characterized by the female gender with an average age of
25.9 years. Most of the graduates work in their training area and also work in more
than one place or area, mainly with facial and body treatments, and consider
themselves satisfied with their profession and income. It was evident that the
continuity of postgraduate studies was low.

Keywords: Professional profile, Graduates, Aesthetics.

REFERÊNCIAS

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