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MONOGRAFIA
EMPREENDEDORISMO
O PERFIL DO EMPREENDEDOR
MONOGRAFIA
EMPREENDEDORISMO
O PERFIL DO EMPREENDEDOR
Autor: Boaventura
Aristóteles
I
DEDICATÓRIA
II
AGRADECIMENTO
III
DECLARAÇÃO DO AUTOR
Declaração do autor:
Declaro que este trabalho escrito foi levado a cabo de acordo com
os regulamentos da Universidade Jean Piaget de Angola (UniPiaget) e em
particular das Normas Orientadas de Preparação e Elaboração da Monografia,
emanadas pelo Departamento de Altos Estudos e Formação Avançada (DAEFA).
O trabalho é original excepto onde indicado por referência especial no texto.
Quaisquer visões expressas são as do autor e não representam de modo nenhum
as visões da UniPiaget. Este trabalho, no todo ou em parte, não foi apresentado
para avaliação noutras instituições de ensino superior nacionais ou estrangeiras.
Mais informo que a norma seguida para a elaboração do trabalho escrito foi a:
Assinatura:________________________________Data:_____/_____/________
IV
ÍNDICE GERAL
Capítulos Páginas
EPÍGRAFE……………………………….……………………………………….I
DEDICATÓRIA………………………….…………………………………...…II
AGRADECIMENTOS……………………………………………………….....III
DECLARAÇÃO DO AUTOR……………….……………………………….…IV
ÍNDICE…………………………………….…………………………………….V
ABREVIATURA, SIGLAS E SIMBOLOS…………….…………………….…VI
RESUMO……………………………………………….………………….…..VII
ABSTRACT…………………………………………………………………...VIII
INTRODUÇÃO…………………………….………………………………….....1
CAPITULO I
FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA
1- HISTÓRIA DO EMPREENDEDORISMO…...………………….………...…. 5
1.1- O que é ser empreendedor………………..…….……………………………7
1.2 – Importância do empreendedor para a sociedade……….…………………..8
1.2.1 – Inovação……………………………………….……………………….9
1.2.2 – Geração de emprego e renda…..……………………………………….9
1.2.3 – Padrão de vida………………………………..………………………..10
1.2.4 – Qualidade de vida……………….……………….………………….....10
1.3 – Espirito empreendedor………………….………….………………………10
1.3.1 – A decisão de empreender…………..…………...….…………………..11
V
1.4. – Histórico do empreendedor…………..…………..………………..………13
1.4.1 – Empreendedores, gestores e inventores: as diferenças………………...14
1.4.2 – Empreendedores vs. Inventores………………………………………..15
1.4.3 – Os mitos mais comuns sobre os empreendedores……………………...15
1.5– Características comuns aos empreendedores …………………...………….17
1.5.1 – Características dos empreendedores de sucesso……..…………..….…19
1.6 – Tipos de empreendedores….…………………...………….……………....21
1.7 – Ética e responsabilidade social dos empreendedores……………...………23
1.8 – Dinamizar o empreendedorismo e promover a criação de empresa……….24
1.9 – O empreendedor e a equipa da nova empresa…..…….………...………….25
1.9.1 – Oportunidades e ideias…………..………..…………………...……….25
1.9.2 – Métodos de geração de novas ideias….....…..…………………………27
1.9.2.1 – Brainstorming………………………...……..………………………..27
1.9.2.2 – Os grupos de discussão………………………..……………………...28
1.9.2.3 – Questionários……………………………...……………………….....28
1.9.2.3.1 – Método do checlist………………….………….…………………..29
1.9.2.3.2 – Método de livre associação………………..…………………….....30
1.9.3 – O modelo de negócio…………………………………………………..30
1.9.4 – A gestão de conflitos……..…………………………………………....30
1.10 – Conceito actual de administração…………………….…………………..31
1.10.1 – Planeamento da acção empresarial…………………………………...32
1.11 – A decisão de investir para crescer………….……….…………...………..34
1.11.1 – Investidores……………………………………………….…...……...35
1.11.2 – As microempresas…………..…………………………………….......36
1.11.3 – Factores que causam insucessos nas microempresas……..……….….37
1.11.4 – Factores associados ao sucesso…..…………...…...……..……...…....37
1.12 – O papel do governo no desenvolvimento das microempresas……..……..39
CAP. II
VI
OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO
CAPÍTULO III
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS............................42
CONCLUSÃO…………………………….………………………………….…45
RECOMENDAÇÃO………………………………..…………………………...46
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS……………………….…………………...47
VII
ÍNDICE DE FIGURAS
ÍNDICE DE TABELA
VIII
ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
IX
RESUMO
X
ABSTRACT
The present work presents information on the theme of the entrepreneur profile
and the main qualities and characteristics of the entrepreneur through bibliographical
research of several authors. In a second stage the results obtained with a field survey
carried out among the entrepreneurs of the municipality of Viana are described. In
order to carry out the research, we used a questionnaire already validated called
General Entrepreneurial Tendency, which identifies the existence or not of the
entrepreneurial profile, contemplating five characteristics: Need for Success, Need for
Autonomy / Independence, Creative Tendency, Taking Risks and Impulse and
Determination. The results reveal a very low level of entrepreneurship among the
surveyed population, since they obtained lower than expected means in all the
characteristics. It is emphasized that the entrepreneurial characteristics can be shaped
over time, being possible its teaching and learning. The research also highlights the
importance of entrepreneurship as a generator of wealth and economic driver pointing
to the need for an entrepreneurial education with the objective of training professionals
with this spirit, able to influence good results for companies. To relate the
entrepreneurial behavior to the professional formation in the business world, with the
function of generating benefits is the main focus in this work.
XI
XII
INTRODUÇÃO
13
questionar seus valores compartilhados e crenças, suas premissas culturais e a forma
como elas estão alinhadas com as práticas e os comportamentos quotidianos.
Identificação do problema
Objectivos do Estudo
Objectivo Geral
14
Objectivos Específicos:
Importância do estudo
Delimitação do estudo
15
disponíveis para alcançar objectivos organizacionais definidos». (CHIAVENATO
2007)
16
CAP. I - FUNDAMENTAÇÃO TÉCNCO-CIENTÍFICA
1. - História do empreendedorismo
AN AUTOR CONTRIBUIÇÕES
O
1961 McClelland Identifica três necessidades do empreendedor: poder, afiliação e
sucesso (sentir que se é reconhecido). Afirma que: o empreendedor
manifesta necessidades de sucesso.
«Um empreendedor é uma pessoa que deseja e é capaz de converter uma nova
ideia ou invenção em uma inovação bem-sucedida e sua principal tarefa é a
destruição criativa, a qual se dá por intermédio da mudança, ou seja, com a
introdução de novos produtos ou serviços em substituição aos que eram
utilizados».
O empreendedor é quem toma iniciativa para criar algo novo e de valor para o
próprio empreendedor e para os clientes.
O empreendedor tem de despender o seu tempo e esforço para realizar o
empreendimento e garantir o seu sucesso.
O empreendedor recolhe as recompensas sob a forma financeira, de
independência, reconhecimento social e de realização pessoal.
O empreendedor assume os riscos de insucesso do empreendimento, quer
sejam riscos financeiros, sociais ou psicológicos e emocionais.
19
Os autores supra concluem que é o empreendedor que organiza os recursos
humanos, materiais e financeiros. Neste esforço o empreendedor é motivado pela
necessidade de atingir algo, de fazer, de realizar e de ser independente de outros.
20
Inovação;
Geração de emprego e renda;
Padrão de vida e qualidade de vida.
Empreen
dedores
Padrão de
Inovação Geração de emprego vida e
e renda
Fonte:
adaptado a
1.2.1 - Inovação
21
empreendedores pode afectar de forma significativa a vários aspectos sociais de uma
sociedade.
22
e rapidamente aproveitadas as oportunidades fortuitas que aparecem ao acaso e
sem pré-aviso, antes que outros aventureiros o façam».
(CHIAVENATO, 2012)
2
Além do conceito de empreendedorismo, existe também o de intraempreendedorismo que a maioria das
grandes organizações pretende desenvolver em todos os seus quadros funcionais. Qual é a empresa que não
gostaria de ter pessoas trabalhando como se fossem sócios ou parceiras de seu negócio e plenamente engajadas e
comprometidas em alcançar os objectivos organizacionais? A diferença é que os intraempreendedores não são
donos do negócio.
23
empreendimento, excepto seu próprio esforço, ao contrario do trabalho remunerado
que se autolimita, quanto as possibilidades de crescimento.
24
1.4 - Histórico do empreendedor
Parece ser hoje em dia consensual que não se nasce empreendedor. Podemos,
sim, herdar algumas características que certamente nos ajudarão nas nossas incursões
pelo mundo dos negócios. É também certo que muitos empreendedores se revelam
muito precocemente (durante a infância e juventude) destacando-se pela sua
capacidade de liderança, competitividade ou “jeito” para os pequenos negócios .
Segundo FERREIRA et al. (2010, p. 46) «há um conjunto vasto de factores que
influenciam a decisão de constituir uma nova empresa. Uns são factores associados
às condições nacionais, outros são mais específicos ao ambiente que rodeia os
indivíduos e ainda outros específicos do indivíduo».
A educação
25
O facto é que os estudos da GEM – global Entrepreneurship monitor – indicam
que a capacidade do empreendedor é essencial ao sucesso da nova empresa. A
formação é importante para ensinar a gerir problemas que os empreendedores
3
Enfrentam, e mesmo para adquirir conhecimentos específicos úteis à actividade
técnica da empresa. Ainda que deter um grau de ensino superior (licenciatura) não seja
um pré requisito para iniciar uma nova empresa, muitos empreendedores ou não,
manifestam a necessidade de receber formação em áreas como as de gestão geral,
finanças, estratégias, marketing, liderança e comunicação.
Os valores pessoais
É certo que os empreendedores têm valores pessoais, mas é pouco claro como é
que estes valores se distinguem dos valores de outros profissionais e da população em
geral. Como se pode depreender existe diferenças no estilo do empreendedor e do
gestor. Indivíduos bem-sucedidos, empreendedores ou não, têm um conjunto de
valores e comportamentos pessoais em dimensões como a liderança, criatividade,
sucesso, trabalho, ética, objectivos, entre outros.
«Ainda que muitos acabem por se tornar nos gestores das empresas que criaram,
o empreendedorismo é muito diferente da gestão e as tarefas do empreendedor
são distintas das do gestor. As diferenças entre os quais empreendedores e os
gestores emergem em aspectos como a motivação, a orientação para a acção, a
postura face a risco, como toma as decisões, o histórico pessoal e familiar, etc».
3
É possível que as escolas e os professores possam estimular o ensino do empreendedorismo, leccionando cursos
de empreendedorismo para estimular e desenvolver novos empreendedores.
26
empreendedor por sua vez, preocupa-se com independência, oportunidade para criar
algo novo e dinheiro.
27
1.4.3 - Os mitos mais comuns sobre os
empreendedores
Um mito comum é que empreendedores nascem, não se fazem. Este mito postula
que os empreendedores são natos, nascem para o sucesso. Na realidade, este mito é
baseado na crença errada, que algumas pessoas são genética ou intrinsecamente
predispostas a ser empreendedoras. Na realidade, ninguém nasce para ser
empreendedor.
Mitos do empreendedor
28
Procuram o poder e o controlo sobre os outros.
Se tiverem talento, o sucesso chega em 1 ou 2 anos.
Qualquer pessoa com uma boa ideia pode enriquecer.
Tendo dinheiro é fácil falhar.
30
Necessidade de Autonomia - A necessidade de autonomia é a necessidade de
impor uma opinião em determinado ambiente obtendo complacência ante os objectivos
propostos. «É de suma importância que o empreendedor imponha o seu ponto de vista
no trabalho e obtenha flexibilidade, tanto em âmbito profissional quanto familiar,
tendo condições de controlar seu próprio tempo». (MACEDO, 2003, p.21).
O empreendedor tem que ser independente para enfrentar e abrir caminhos que
determinem seus rumos para ser seu próprio patrão. Uma pessoa com tendência a
autonomia luta por suas ideias, é competitivo e possui habilidades para fazer com que
suas ideias sejam aceitas.
«Em outras palavras não atiram no escuro, de forma aleatória, mas têm sempre
o senso das possibilidades, e se sentem estimulados com os desafios». (DORNELAS,
2007, p. 5-7)
31
Impulsos e Determinação - MACEDO (2003, p.22) define que «agir com
impulso e determinação é agir repentinamente mudando facilmente de estratégia para
enfrentar um obstáculo ou desafio assumindo a responsabilidade pessoal ao
desempenhar atitudes necessárias para atingir metas e objectivos».
Sendo assim ter tendência ao impulso e determinação é não ficar esperando por
ninguém, agir com rapidez na tomada de decisão sem esperar que decidam por ele
assumindo as responsabilidades que suas decisões acarretam.
O Empreendedor por necessidade - São aqueles que criam seus negócios por
absoluta falta de opção, pois muitas vezes não têm acesso ao mercado de trabalho ou
foi demitido. Geralmente estão envolvidos em actividades informais, o que acaba
gerando problemas sociais, pois vivem à margem do mercado e, por não terem um
mínimo de embasamento técnico e teórico, acabam vítimas das altas taxas de
“mortalidade” empresarial (fechamento de empresas),comuns nos mercados em
desenvolvimento, onde cerca de 60% das empresas não conseguem sobreviver mais
que cinco anos.
33
Para sobreviver ao período inicial de implantação da nova empresa, os
empreendedores podem encontrar caminhos mais fáceis que esbatem o equilíbrio entre
uma conduta ética e a necessidade de ter resultados económico-financeiros positivos.
34
Em parte, estes desafios decorrem das mudanças associadas ao processo de
globalização, ao desenvolvimento das novas tecnologias de informação e
comunicação4, as mudanças contínuas nos comportamentos dos consumidores, à
necessidade de procurar e entrar em novos mercados, à emergência de novas
actividades onde as fronteiras sectoriais são cada vez mais ténues.
4
As últimas décadas têm sido marcadas por fenómenos como a internacionalização das economias e por
progresso como o rápido desenvolvimento de novas tecnologias, em particular as tecnologias de comunicação e
informáticas, que provocavam mudanças inegáveis no comportamento dos consumidores e das empresas. No
entanto, as empresas empreendedoras encontram nos períodos de mudança de clima propício á sua existência e
expansão.
35
sociedade entre um grupo de formadores. A restante equipa constitui-se gradualmente
à medida que a empresa tem capacidade para ir fazendo contratações adicionais.
5
Ou seja, criar um novo negócio a partir de ideias e/ou produtos ainda não existentes. Este é o modelo básico do
empreendedorismo, quando se cria um conceito novo e revolucionário suficiente para criar um novo mercado.
36
(FERREIRA et al 2010, p.
70)
Como gerar ideias? Há um conjunto de métodos que podem ser usadas para
gerar ideias, desde as populares caixas para recolher sugestões de colaboradores,
clientes, fornecedores, técnicas aos grupos de discussão e a técnica de brainstorming.
Ainda assim, a geração de uma ideia que sirva de base a um novo empreendimento
ainda pode ter um problema difícil.
37
tecnologias, quer ainda para explorar alterações dos gostos e comportamentos
dos consumidores. (FERREIA et al, 2010, p. 52)
1.9.2.1 - Brainstorming
Para que uma sessão de brainstorming seja bem-sucedida na geração de novas ideias é
importante seguir quatro regras.6
6
MANUEL PORTUGAL FERREIRA, JOÃO CARVALHO SANTOS e FERNANDO RIBEIRO SERRA,
2010,"Ser empreendedor: Pensar, criar e moldar a nova empresa", p. 82.
38
O empreendedor pode recorrer a grupos de discussão, para gerar novas ideias de
produtos e serviços e de negócios. Um grupo de discussão reúne, tipicamente, de 5 a
15 pessoas previamente seleccionadas com base nas suas características comuns para
discutirem um determinado assunto (FERREIRA et al 2010). Estes grupos são
conduzidos por um moderador que lidera o grupo, estimula uma discussão aberta e
detalhada, usando técnicas de dinâmica de grupos para captar uma perspectiva do que
as pessoas sentem sobre um certo assunto. Este método ultrapassa o inconveniente de
outros métodos que colocam questões simples e apenas solicitam a resposta dos
participantes
1.9.2.3 - Questionários
39
A elaboração do questionário – para garantir a qualidade dos dados recolhidos
através do questionário é importante estudar as técnicas para realizar um bom
questionário. Isto significa aprender as vantagens e desvantagens de cada tipo de
pergunta e dos tipos de classificação das respostas.
Muitas vezes os sinais de conflito são explícitos e visíveis numa troca amarga de
palavras, mas outras vezes não se consegue ver o conflito, embora se sinta no ar ou se
pressinta num ambiente silencioso. A verdade é que estes problemas geram um
desempenho menos eficiente, discussões, tensão laboral, formalismo e demasiada
delicadeza, evitar de contacto social entre colegas, entre outros.
41
coesão do grupo, excessiva centralização, estilo de liderança inadequado á equipa,
barreiras à comunicação, clima de desconfianças pessoais, familiares, sociais. Todos
estes, entre outros, são potenciadores do conflito. O empreendedor vai ter muitas
situações onde vai necessitar saber actuar face a conflitos.
Além disso, a administração caminha cada vez mais para ser uma ciência
universal. Ela é necessária não só para os administradores, mas para todas as áreas do
conhecimento humano e científico. Cientistas, profissionais liberais, empreendedores,
presidentes, governadores, prefeitos, políticos e todo tipo de empreendimento social
requerem conceitos de administração para alcançar objectivos. O desenvolvimento de
um país ou organização passa necessariamente pela administração. Médicos
necessitam de hospitais para cuidar da saúde. Engenheiros necessitam de empresas
para criar projectos e realizar construções.
42
As empresas não agem na base da pura improvisação, e nem querem depender da
sorte ou do acaso. Tudo nelas é cuidadosamente planejado para que possa ser feito da
melhor maneira possível. O planeamento representa a primeira função representativa,
por ser exactamente a que serve de base para as demais funções, como organização,
direcção e controlo.
44
«É voltado para a eficiência: fazer bem feito e correctamente. Isso compõe a
chamada excelência operacional». (CHIAVENATO, 2007, p. 140).
De acordo com WALTER (2012), existe um conjunto de situações que nos levam
a tomar decisões, entre elas, a decisão de investir. O seu negócio ou projecto pode até
ser de pequenas dimensões mas, se tomar decisões acertadas, será muito mais bem-
sucedido do que se tivesse um grande negócio. Os planos de investimentos permitem a
identificação das prioridades ou melhor, permitem determinar o que é necessário
comprar e onde é necessário investir.
Na verdade o homem é por natureza um investidor, ainda que por vezes o faça de
forma desapropriada, pois o principal objectivo é procurar a todo instante a
maximização ou a remuneração do capital investido.
45
1.11.1 - Investidores
Regista-se assim, uma dicotomia entre os que têm capacidades para investir e
não investem e os que têm sonho em torna-se empresários e não têm capacidades de o
fazer. Então precisamos de encontrar soluções para aqueles que querem contribuir para
a satisfação das necessidades da sociedade através da oferta de um produto ou serviço.
Solução como crédito bancário bonificado para os jovens, incubadoras, padrinho de
projectos, sociedades de risco, entre outras fontes de financiamento. Por outro lado, as
instituições académicas devem programar soluções lectivas que levem os discentes a
olhar para as cadeiras de empreendedorismo como uma oportunidade a que se subjaz
uma saída profissional.
46
se preços de forma aleatória, buscam-se rendimentos com margens acima dos
cem por cento e esquecem-se das regras de uma verdadeira economia de
mercado».
1.11.2 - As microempresas
Segundo WALTER (2012) uma microempresa é aquela que comporta desde 1 até
9 funcionários, como se evidencia no critério de classificação das empresas:
47
1.11.3 - Factores que causam insucessos nas
microempresas
«O mundo dos negócios exige não somente o raciocínio lógico, como também
uma visão abrangente que permita perceber o que é que o mercado a sua volta está a
fazer, quais são os seus programas». (WALTER, 2012, p. 44).
Falta de tecnologias.
Falta de entusiasmo.
Falta de crédito.
Falta de profissionalismo e bom senso do empreendedor.
(WALTER, 2012, p.
53)
O que pode ser feito para se ter sucesso no mundo dos negócios segundo
WALTER (2012):
Iniciativa.
Coragem.
Firmeza.
Decisão.
Atitude de respeito humano.
Capacidade de organização e direcção.
Visão abrangente do mercado.
Planificar e agir.
Entender as razões do fracasso.
Projectar o futuro.
Recursos disponíveis.
Experiência prévia.
Disponibilidade de capital.
Buscar apoio e ajuda de profissionais.
Foco e concentração de programas no cliente e mercado.
Boa concentração no negócio.
Empreendimento próprio
49
Qualquer processo de desenvolvimento local deve considerar a variação cultural,
pois ela pode chegar a representar um nó estruturante em todo o processo de
desenvolvimento. Todo o processo de mudança causa inquietação e resistências nos
indivíduos que fazem parte de comunidade. A potencialidade básica de qualquer local,
região ou país está assente na sua população ou ainda amplamente no seu ambiente, a
interacção entre pessoas dentro do próprio território e a interacção com pessoas de
outras paragens.
50
desenvolvimento, como não há um mercado de capitais eficiente, as opções são
limitadas, sendo a única saída o financiamento através do sistema bancário».
2.1 – Hipóteses
51
H0: Os empreendedores situados no município de Viana apresentam
características diferenciadas como necessidade de sucesso, autonomia, Criatividade,
riscos calculados e determinação.
2.2 – Variáveis
52
utilizando o método de estudo de caso, na qual a unidade de análise a ser estudada é o
distrito de Viana e consistirá em um estudo de caso único.
RIBEIRO (2003, p.59 e 66) afirma que a «pesquisa descritiva estuda e analisa
as características de um grupo determinado e a quantitativa usa critérios numéricos
para demonstrar sua representatividade».
53
2.5 – Instrumentos de Investigação
Observando a tabela acima é possível ter uma visão geral dos resultados obtidos
junto aos empreendedores de Viana. A questão com menor pontuação foi a de número
29 (“Antes de tomar uma decisão gosto de ter bem claro todos os possíveis erros que
poderão me fazer perder muito tempo”), com 6 acertos (17%), relacionada à
capacidade de assumir riscos calculados. Já as questões com maior índice de acerto
foram a 3 (“Não gosto de fazer coisas inovadoras ou pouco convencionais”) e 7 (“A
pessoa é boa em algo por natureza ou não é, o esforço não muda as coisas”), com 33
acertos (94%) e relacionadas à autonomia/independência e à determinação. A seguir
será realizada a discussão sobre os resultados de cada tendência empreendedora
separadamente.
Necessidade de Sucesso
55
Com relação a este perfil o índice obtido foi de 8,08 pontos, encontrando-se
abaixo da média, que é de 9 pontos. Isto significa que nem todas as características
relacionadas a esta categoria podem ser apresentadas pelos entrevistados. Apesar da
pontuação geral, 16 dentre 43 entrevistados superaram a média. Finalmente, o desvio
padrão, indicativo da variabilidade das respostas, foi de 1,804756.
Autonomia/Independência
Criatividade
Determinação
CONCLUSÕES
RECOMEDANÇÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS
59
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito
empreendedor: empreendedorismo e viabilidade de novas empresas: um guia
eficiente para iniciar e tocar seu próprio negócio. São Paulo. Saraiva, 2012.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e pratica. 4. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier Ltda., ano 2007.
DOLABELA, Fernando. Pedagogia Empreendedora. 1. ed. São Paulo: Editora de
Cultura, 2003.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio
de Janeiro. Editora Elsevier, 2007.
ESPERANÇA, J. Paulo et al; MATIAS, Fernanda. Finanças Empresariais. 2. ed.
Alfragide: Texto, 2009
FERREIRA, Manuel Portugal; SANTOS, João Carvalho; SERRA, Fernando
Ribeiro. Ser empreendedor – pensar, criar e moldar a nova empresa. 2.ed. Lisboa:
Sílabo Lda. 2010.
FREIXO, Manuel João Vaz. Metodologia Cientifica: Fundamentos Métodos e
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GIL, António Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2006.
HISRICH, R. D.; PETERS, M. P.; SHEPHERD, A. D. Empreendedorismo. 7. ed.
Porto Alegre: Bookman, 2009.
LONGENECKER, J. G. et al. Administração de pequenas empresas. São Paulo:
Thomson Pioneira, 1998.
MAXIMIANO, A. C. A. Administração para empreendedores. São Paulo: Pearson
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Florianópolis, 2003. Disponível em http://teses.eps.ufsc.br. Acesso em 14 de Julho de
2016.
NASSIF, V. et al. Empreendedorismo: área em evolução? Uma revisão dos estudos e
artigos publicados entre 2001 e 2008. In: Encontro da ANPAD, 33., 2009, São
Paulo. Anais... São Paulo: ANPAD, 2009
PINTO, C., Rodrigues, J., santos, A., Melo, L., Moreira, M., & Rodrigues, R.
Fundamentos de Gestão, 4.ed. Lisboa: Editorial presença, 2012.
WALTER, Vladimiro. Como atingir ao primeiro milhão – acredite no seu potencial.
Luanda: Mitelvina Carlos, 2012.
61
APÊNDICE
QUESTIONÁRIO
Legendas: C- Concordo; D – Discordo
C D 62
1. Não me preocuparia em ter um trabalho rotineiro, sem desafios, se o salário
fosse bom.
C D 2. Quando tenho que fixar meus próprios objectivos, prefiro que sejam mais
difíceis que fáceis.
C D 6. Costumo defender meu ponto de vista se alguém não está de acordo comigo.
C 7. A pessoa é boa em algo por natureza ou não é, o esforço não muda as coisas.
D
9. Se tivesse que gastar R$ 10,00 preferiria comprar uma rifa a jogar cartas.
C D
10. Prefiro os desafios que põe a prova minhas habilidades que as coisas que faço
D C
com facilidade.
C D 12. Prefiro fazer as coisas a minha maneira sem me preocupar com o que os outros
pensam.
13. Muitos dos maus momentos pelos quais passam as pessoas se devem à má
C D
sorte.
14. Prefiro descobrir as coisas, ainda que para isso tenha que enfrentar alguns
C D
problemas.
C D 63
15. Se encontro problemas com uma tarefa, deixo-a de lado e vou fazer outra coisa.
C D 16. Quando faço planos para fazer algo, quase sempre faço o que foi planejado.
C D 20. Se tivesse uma boa ideia para ganhar dinheiro, estaria disposto a pedir um
empréstimo que me permitisse realizá-lo
21. Quando estou em um grupo, prefiro que a outra pessoa seja a líder.
C D
24. É mais importante fazer bem o trabalho que tentar satisfazer os outros.
C D
25. Conseguirei o que quero da vida se as pessoas que tem controlo sobre mim
C D
gostam de mim.
C D 31. O êxito não chega se não estás no lugar apropriado, no momento exacto.
64
C D 32. Prefiro ser bom em várias coisas, que muito bom em uma coisa
33. Prefiro trabalhar com uma pessoa que eu gosto, mesmo que não seja boa no
C D
trabalho, que com uma pessoa que não gosto e que é muito boa no trabalho.
C D 34. Conseguir êxito é resultado de muito trabalho, a sorte não tem nada a ver
C D 35. Refiro fazer as coisas do modo habitual, do que provar novas maneiras
36. Antes de tomar uma decisão importante, prefiro provar os prós e os contras
C D
rapidamente e não perder muito tempo pensando nisso
37. Prefiro trabalhar em tarefas como membro de uma equipa que assumir a
C D
responsabilidade sozinho.
38. Preferiria aproveitar uma oportunidade que pudesse levar a coisas ainda
C D
melhores, a ter uma experiência que desfrutaria com toda Segurança
40. Para mim, conseguir o que quero tem pouco a ver com sorte.
C D
41. Prefiro organizar e planejar minha vida de modo que transcorra suavemente
C D
42. Quando enfrento um desafio, penso mais nas consequências de êxito que nas de
C D
Fracasso.
43. Acredito que as coisas que me ocorrem são determinadas por outras pessoas
C D
C D 65
46. Acordo cedo, dorme tarde e pulo as refeições para poder acabar tarefas
especiais.
47. Habitualmente é melhor aquilo que estamos acostumados do que o que nos
C D
parece desconhecido.
50. As vezes tenho tantas ideias que não sei qual escolher
C D
52. Consigo o que quero porque trabalho muito e faço ainda que demore
C D
53. Para mim é mais difícil adaptar-me as mudanças que manter-me na rotina
C D
7
54. Gosto de começar novos projectos que podem ser arriscados.
C D
7
As questões foram formuladas de acordo com o TGE (Tendência geral empreendedora) criada pela
Universidade Durham de Londres. A pontuação vai de 1 a 12 pontos levando em conta 5 tendências para o perfil
de empreendedor: Necessidade de realização, autonomia/independência, Criatividade, Riscos calculados e
determinação.
66
67