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The Happiness Industry

The Happiness Industry: How the Government and big business sold
us well-being
Ano de publicação: 2016
Autor: William Davies
320 páginas

Você é feliz? Em "The Happiness Industry", o filósofo William


Davies nos mostra que o desenvolvimento da “ciência da
felicidade” tem como objetivo quantificar elementos subjetivos da
natureza humana, a fim de otimizar o desempenho dos
trabalhadores.

Nos últimos anos, essa é a questão que permeia os mais diversos


setores da nossa sociedade. Aplicativos de monitoramento do
corpo, mindfulness, palestras com gurus religiosos, livros de auto-
ajuda convergem numa cultura de maximização do bem-estar.

Avaliação geral Ideias principais do livro

9
• Em nossa sociedade, a felicidade é a preocupação central de
governos e empresas;
8 Aplicabilidade • A internet tornou possível uma pesquisa psicológica
massificada;
9 Inspiração
• Os estudos da subjetividade humana sempre estiveram
9 Inovação atrelados a uma busca pelo aumento da produtividade;
10 Impacto nos resultados • As altas taxas de infelicidade são resultado da desigualdade
9 Estrutura gerada pelas instituições que compõem nossa sociedade;
• O modo como lidamos com a infelicidade é resultado de uma
associação política da psicologia que serve às classes
dominantes;
• A forma como esse sistema está estruturado neutraliza a
possibilidade de crítica política.

Esse livro é indicado para quem?

O livro, “The Happiness Industry”, é recomendado para pessoas que buscam entender o papel da felicidade na
modernidade e a forma como a Big Data atua em nossa sociedade. Líderes de empresas são atraídos pelo
conteúdo desta obra.

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Visão geral do livro

Overview: A ciência da felicidade


Em sua análise da felicidade na sociedade contemporânea, o autor William Davies traça um panorama dos
pensadores que buscaram desvendar como pensamos e agimos.
No primeiro capítulo do livro “The Happiness Industry”, ele apresenta dois elementos que fundamentaram
essa “ciência da felicidade”: o utilitarismo de Jeremy Bentham e a psicofísica de Gustav Fechner.
Segundo Bentham, políticas governamentais deveriam resultar no máximo de felicidade para a maioria da
população. Seguidor de uma tradição que rejeita valores abstratos, ele afirmava que a felicidade deveria ser
quantificada com base em dois indicadores concretos: a medição do pulso e o dinheiro.
Fechner é uma das figuras chave no desenvolvimento do que hoje conhecemos como psicologia. De acordo
com sua teoria psicofísica, o ser humano deve ser entendido como o equilíbrio entre corpo e mente. Em seus
estudos, Fechner buscou formas de quantificar a mente através de sinais físicos.
Ambos tiveram como objetivo transformar experiências subjetivas em objetos comparáveis. Conforme
ressaltado por Davies, a linha de pensamento desses intelectuais descarta a linguagem como forma adequada
de comunicar sentimentos e desejos.

Overview: O preço do prazer


No segundo capítulo do livro “The Happiness Industry”, o autor William Davies põe em questão a
confiabilidade do dinheiro como forma de representação de nossos sentimentos. Ele demonstra que os
estudos da subjetividade humana sempre estiveram atrelados a uma busca pelo aumento da produtividade.
O dinheiro possui duas funções contraditórias: conter um determinado valor e ser um meio de troca. A
história da economia liberal é pautada pelo engajamento em lidar com o caráter bipolar do dinheiro. A
solução oferecida por economistas é a ideia abstrata de “valor”.
William S. Jevons contribuiu para essa história com uma teoria de “valor” que correlaciona prazer e dinheiro,
pautada nos pressupostos de Bentham. Desde então, subjetividade e sua interação com o mercado tornou-se
central para a economia e, posteriormente, expandiu-se para as demais instituições sociais.
Após os anos 1930 houve um distanciamento entre psicologia e economia. A partir dos anos 90, observa-se
uma retomada da relação entre as duas disciplinas, com a finalidade de recuperar a importância da economia.
Consequentemente, a autoridade moral do dinheiro.

Overview: O sentimento de comprar


Desde o fim dos anos 90, pesquisadores de mercado têm se tornado cada vez mais obcecados com
indicadores físicos de nossas preferências de consumo. O terceiro capítulo tem como foco a
instrumentalização da psicologia pelos profissionais de publicidade e propaganda.
Wilhelm Wundt foi o responsável por tornar a psicologia uma disciplina autônoma, emancipada da fisiologia e
filosofia. Seus estudos forneceram a base para o desenvolvimento dos psicólogos norte-americanos, que a
abordaram sob uma perspectiva que rejeitava questões metafísicas.
Nas mãos de John B. Watson, a psicologia tornou-se uma eficiente ferramenta de manipulação. Ele é o
fundador do “behaviorismo”, uma vertente extremamente cientificista da psicologia que se propõe a explicar
os segredos do comportamento humano como resultado do condicionamento. A opinião do paciente é
irrelevante.
O behaviorismo é capaz de produzir propagandas que direcionam a subjetividade dos consumidores. No
entanto, conforme demonstrado pelo autor William Davies em seu livro, “The Happiness Industry”, é
ineficiente em identificar os desejos das pessoas, e requer o apoio das pesquisas de mercado.
A partir dessa união, ideais políticos são convertidos em consumo.

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Overview: O trabalhador psicossomático

Neste capítulo do livro “The Happiness Industry”, o autor William Davies aborda os sistemas de otimização
da produtividade que se desenvolveram na história da indústria e seus reflexos no comportamento dos
trabalhadores. Aqui destacam-se duas figuras: Frederick W. Taylor e Elton Mayo.
O Taylorismo é um sistema baseado na análise metódica da cadeia de produção, das condições físicas dos
trabalhadores e do trabalho em si. Consiste na extração do máximo de produção com o mínimo de recursos,
através da divisão racionalizada do trabalho. É um sistema que causa grande infelicidade aos trabalhadores.
Elton Mayo identificou em suas pesquisas que o bem-estar é um fator que interfere na produtividade.
Seguindo sua concepção, gestão tornou-se uma função social e psicológica.
Conforme a gestão terapêutica proposta por Mayo ganhou espaço, a resistência ao trabalho começou a se
manifestar na forma de problemas físicos.
Davies afirma que está em curso uma retomada sofisticada do Taylorismo. Novas tecnologias monitoram
nosso desempenho físico e mental. Percebe-se a ascensão de um novo ideal de comportamento humano,
em que trabalho, saúde e felicidade tornam-se indiscerníveis. Nesse contexto, a felicidade é um recurso a
ser explorado.

Overview: A crise de autoridade

A quantificação da felicidade foi assimilada por uma linha de pensamento que domina a sociedade desde os
anos 80: o Neoliberalismo.
Os anos 60 presenciaram uma proliferação de ideias caracterizadas por um profundo relativismo, que pôs
em questão a legitimidade das autoridades tradicionais.
O livro, “The Happiness Industry”, explica que esse contexto de excessiva democracia e pluralismo cultural
tornou plausível uma retomada de ideias semelhantes à proposta utilitarista de Bentham.
De acordo com o autor William Davies, duas vertentes intelectuais ganharam força nesse período:

1. Os economistas da Escola de Chicago, que acreditavam na economia como uma ciência objetiva do
comportamento humano;
2. E os neo-Kraepelinianos de St. Louis, que consideravam as doenças mentais um problema do corpo, que
demandam observação metódica e mínima interpretação social.

Com o apoio da indústria farmacêutica, intensificou-se o desenvolvimento de medicações para o tratamento


de doenças psíquicas. A tristeza deixa de ser um sintoma para se tornar um problema a ser tratado.

Overview: Otimização social

No sexto capítulo do livro “The Happiness Industry”, o autor William Davies analisa a atual forma do
Capitalismo, caracterizada por empresas modernas como Uber e Airbnb, e propagandas que penetram a
intimidade do consumidor, a fim de fidelizá-lo.
Contrariando as suposições dos economistas, descobriu-se que em nossa tomada de decisões o altruísmo
influi mais que cálculo monetário. Dessa forma, é mais eficaz apelar para o senso de moralidade e
identidade social do indivíduo do que seus interesses particulares.
Seguindo essa descoberta, o mercado rejeita sua antiga forma, se apresentando como um fenômeno social.
Seu caráter monetário é escamoteado. O autor chama esse processo de “socialismo neoliberal”:
compartilhar é melhor que vender, desde que não interfira na lógica do Capital.
Davies observa que essa nova roupagem do Capitalismo é possível graças à digitalização das relações
sociais. Às questões de origem política, social e econômica, são oferecidas soluções individuais que resultam
num ciclo de insatisfação que impulsiona o consumismo.

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Overview: Vivendo em um laboratório

Atualmente, afirma-se que estão estabelecidas as bases para desvendar os segredos da subjetividade
humana. O autor William Davies aponta para três fatores que propiciaram essa retomada desse otimismo
behaviorista:

1. A ascensão da Big Data;


2. A proliferação do narcisismo; e
3. A capacidade de automatizar o reconhecimento de dados através do desenvolvimento de algoritmos.

No atual contexto, de dissolução dos limites políticos, tecnológicos e culturais para o monitoramento
psicológico, estados subjetivos tornaram-se objetos quantificáveis. O desafio dos pesquisadores é
interpretar quantidades massivas de dados.
O livro, “The Happiness Industry”, esclarece que é necessário questionar se essa tecnologia realmente é a
forma ideal de garantir o bem-estar da população. O monitoramento, gestão e controle de nossas emoções
é tão bem sucedido que neutraliza formas alternativas de representação política e econômica.

Overview: Animais críticos

No capítulo final do livro “The Happiness Industry”, o autor William Davies afirma que a forma como
tratamos a infelicidade na sociedade é resultado de uma associação política da psicologia que serve às
classes dominantes.
Essa ideologia opera de forma dupla, através de complexos aparatos tecnológicos que coletam dados e
produzem uma fórmula objetiva de felicidade, enquanto uma narrativa de autogerenciamento guia o
cidadão comum. Uma discussão acerca da eficiência desse sistema torna-se impossível.
O tratamento da mente como uma entidade independente que requer monitoramento e reparo é um
sintoma da própria cultura que produz infelicidade. A impotência dos indivíduos é parte integral do
surgimento de problemas como ansiedade e depressão, e tem raiz em questões sociais, políticas e
econômicas.
Davies conclui suas ideias com alguns pensamentos que podem construir uma alternativa ao sistema
vigente.
Para que se resolva a suposta crise da felicidade que assola a sociedade atual é essencial uma
reestruturação das instituições que a compõem. Por fim, e não menos importante, que as pessoas sejam e
se sintam ouvidas.

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O que outros autores dizem a respeito?
No livro “Ikigai”, o autor Ken Mogi conta que a palavra ikigai é de origem japonesa e significa, em tradução
livre, “razão de viver”. Ele diz que todo mundo tem um Ikigai, basta encontrá-lo, e define os 5 pilares para
isso, que são:

1. Começar pequeno;
2. Libertar-se;
3. Harmonia e sustentabilidade;
4. A alegria das pequenas coisas;
5. Estar no aqui e agora.

Em "Factfulness" você vai refutar as visões de mundo que teve até hoje, passando a olhar uma situação de
dois lados sem generalizações.
Após os ensinamentos de Hans, Ola e Anna Rosling, você sairá mais crítico para analisar as situações e
conflitos mundiais, compreendendo que nem sempre as coisas são como a TV nos apresenta.

Por fim, para você que é líder, em “O Monge e o Executivo”, você aprenderá sobre o conceito de liderança
servidora com a história de John Daily, um chefe que almeja transformar sua situação para ter uma vida mais
plena, aprendendo os princípios fundamentais de um bom líder.
Com o passar das páginas, você terá grandes ensinamentos sobre como tornar sua liderança motivadora ao
encontrar um propósito.

Certo, mas como aplicar isso na minha vida?

“The Happiness Industry” evidencia que a infelicidade generalizada da sociedade contemporânea tem origem
na falta de resolução da desigualdade gerada pelas instituições políticas, econômicas e sociais.

Segundo o autor William Davies, é essencial que o bem-estar seja um fim, não um meio. E para tal, as
pessoas precisam ser ouvidas. Nesse sentido, você pode adotar uma estrutura cooperativa em seu negócio,
em que todos se sintam representados.

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