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Segunda-feira, 20 de Agastei de 2007 I SÉRIE - Número 33

,
BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

SlJPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE ARTIGO 2

(Funçlo Judlelal)
AVISO Na República de Moçambique a função judicial é exercida
A matéria a publicar no -Bol'Jtlm da República» através do Tribunal Supremo e demais tribunais estabelecidos
deve ser remetida em cópia devidamente autenticada, na lei.
uma por cada assunto, donde conste, além das indicações
ARTIGO 3
necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte,
assinado e autenticado: Para publica ião no -Boletim da (Atribuições dos tribunais)
República». I. Os tribunais têm como atribuições garantir e reforçar a
legalidade como factor da estabilidade jurídica, garantir O respeito
pelas leis, assegurar os direitos e liberdades dos cidadãos, assim
SUMÁRIO como os interesses jurfdicos dos diferentes órgãos e entidades
com existência legal.
Assembleia da República:
2. Os tribunais educam os cidadãos no cumprimento voluntário
Lei n.· 2412007: e consciente das leis, estabelecendo uma justa e harmoniosa
convivência social.
Aprova a lei de organizaçãojudiciária e revoga a Lei n.·10I92, de
6deMaio. 3. Os tribunais penalizam as violações da legalidade e decidem
pleitos de acordo com o estabelecido na lei.
•••••••••••••••••••••••••••••••
ARTIGO 4
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
(Autonomia dos tribunais)
Lei n.· 2412007 Os tribunais são dotados de autonomia administrativa e regem-
de 20 de Agosto -se nos termos da Lei n,' 9/2002, de 13 de Fevereiro - Lei do
SISTAFE.
A dinâmica da vida social e económica, bem como o aumento
da demanda dos serviços de justiça pelos cidadãos, ditam a ARTIGO 5
necessidade de se introduzir mecanismos que permitam (Trlbuna's comunitários)
materializar o imperativo de tornar a justiça cada vez mais
Os tribunais comunitários são instâncias institucionalizadas
acessível e célere para os que dela carecem. Constatando-se que
não judiciais de resolução de conflitos, independentes, que
a Lei n," 10/92, de 6 de Maio, se mostra desajustada da realidade julgam de acordo com o bom senso e a equidade, de modo
actual, urge adequar a organização, competências e informal, desprofíssionalízado, privilegiando a oralidade e
funcionamento dos tribunais judiciais, sendo necessário, por isso atendendo aos valores sociais e culturais existentes na sociedade
a aprovação de uma nova lei de organização judiciária. moçambicana, com respeito pela Constituição.
Assim, ao abrigo do n." 1 do artigo 179 da Constituição, a
ARTIGO 6
Assembleia da Republica determina:
(Artleulaçlo com outras Inotlnela. de resoluçAo dé conflitos)
CAPiTULO I
Os tribunaisjudíciais podem articula-se com outras instâncias
PRINCípIOS GERAIS de resolução de"conflitos nos termos da lei.
ARTIGO 1 ARTIGO 7
(DellnlçAo) (Conelllaçlo)
Os tribunais são órgãos de soberania que administram justiça Com vista a corporizar os princípios estabelecidos no n,' 2 do
em nome do povo. artigo 3 da presente Lei. nos tribunais judiciais são criados órgãos
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ou mecanismos que facilitem a resolucão de conflitos, evitando, 3. As audiências e demais actos judiciais decorrem, em regra,
sempre que possível, a sua solução pe la via contenciosa. na sede do respectivo tribunal.

ARTIGO 8
4. Quando o interesse da justiça o aconselhar as audiências
podem realizar-se em qualquer outro local, dentro da respectiva
(Organlzaçlo e competência.) área jurisdicional.
A organização, competências e reg 'as de funcionamento dos
ARTlGOt4
órgãos indicados no artigo anterior são estabelecidas em diploma
próprio. (Direcção da. audiências)

ARTId09
Os presidentes dos tribunais e das secções dirigem as sessões
e audiências de discussão e julgamento.
(Natureza da arbitragem, medla~ão • conciliação)
ARTIGO 15
Para efeito de prazos de prescrição, os tribunais arbitrais e os
órgãos ou mecanismos de media ção e conciliação são (Prevalência da. decisões dos tribunais)
considerados órgãos jurisdicionais. As decisões dos tribunais são, nos termos definidos na lei, de
ARTIGO 10
cumprimentoobrigatõrio para todos os cidadãos e demais pessoas
jurídicas e prevalecem sobre as de outras autoridades.
(Independência doa JuIz•• )
ARTIGO 16
1. No exercício das suas funções os juízes são independentes
e imparciais e apenas devem obediência à Constituição e à lei. (Dever d. cooperação e apoio)
2. A independência dos juízes é assegurada pela existência de Todas as entidades públicas, privadas e os cidadãos em geral
um órgão privativo de gestão e discipli na, pela inamovibilidade têm o dever de cooperar e de apoiar os órgãos judiciais na
e pela não sujeição a quaisquer arder s ou instruções, salvo o realização da justiça e na descoberta da verdade.
dever de acatamento das decisões proleridas em via de recurso
pelos tribunais superiores. ARTIGO I?

3. Os juízes só podem ser responsabilizados; civil ou (Participação do. lulz••• '.'to.)


criminalmente, afastados, suspensos, transferidos, aposentados 1. Os juízes eleitos participam nos julgamentos em primeira
ou demitidos do exercício das suas fun iões, nos casos previstos instância, em todos os casos previstos na lei processual ou sempre
na lei. que a sua intervenção for determinada pelo juiz da causa,
promovida pelo Ministério Público ou requerida pelas partes.
ARTIGO 11
2. A participação dos juízes eleitos é restrita à discussão e
(Aceaao ao. trlbun.l •• à luatlç.) decisão sobre matéria de facto.
1. O Estado garante o acesso dos cidadãos aos tribunais e 3. O.sjuízes eleitos podem ainda ser ouvidos sempre que os
garante aos arguidos o direito de defesa, o direito a assistência tribunais judiciais de distrito apreciarem, em recurso, as decisões
jurídica e o patrocínio judiciário. dos tribunais comunitários.
2. O Estado providencia assistênci, judiciária e patrocínio ARTIGO 18
jurídico para que a justiça não seja deilegada por insuficiência
de recursos. (Aas.s.or.s)

3. O sistema de administração dajusn ça é organizado de mndo Sempre que o volume ou a complexidade do serviço ojustificar
a que territorial, social, económica e culturalmente se encontre são nomeados, nos tribunais judiciais, assessores técnicos para
próximo do cidadão. coadjuvarem os juízes em exercício de funções.

ARTIGO 12 ARTIGO 19

(Presunção de Inoeincla) (Recurso)

1. Na República de Moçambique ninguém pode ser preso ou I. Das decisões proferidas pelos tribunais em primeira
submetido a julgamento senão nos termos da lei. instância, sobre matéria de facto, há apenas um grau de recurso,
excepto nos casos especialmente previstos na lei.
2. Os arguidos gozam de presunção ie inocência até decisão
judicial definitiva. 2. Sobre matéria de direito há apenas dois graus de recurso
nos termos da lei.
ARTIGO 13 3. Das decisões sobre matéria de direito proferidas pelos
(Audiência) tribunais judiciais de província. em segunda instância. cabe
recurso directo para o Tribunal Supremo.
1. As audiências dos tribunais são públicas, salvo quando a
lei ou o tribunal determine que se façarn sem publicidade, para ARTIGO 20
salvaguarda da dignidade das pessoas e da ordem pública, ou (Ministério Pl1bllco)
quando ocorram outras razões ponderes as.
1. O Ministério Público, como órgão encarregue de representar
2. Para salvaguarda da verdade material e dos interesses e o Estado. os menores e 'os ausentes, de exercer a acção penal e
direitos legalmente protegidos dos inter venientes processuais, é defender a legalidade e os interesses determinados pela
proibida a produção e a transmissão pú blica de imagem e som Constituição e pela legislação ordinária, é representado junto de
das audiências de julgamento. cada tribunal nos termos estabelecidos na lei.
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2. O Ministério Público goza de estatuto próprio e de ARTIG025


autonomia, nos termos legalmente estabelecidos.
(Divido judiciai)
3. No exercício das suas funções, os magistrados e agentes do
Ministério Público estão sujeitos aos critérios de legalidade, I. A divisão judicial do país é determinada por critérios <lue
objectividade, isenção e exclusiva sujeiç ia às directivas e ordens atendam ao número de habitantes, .ao volume e à natureza da
previstas na lei. procura de tutela judicial, à proximidade da justiça ao cidadão e
às necessidades do sistema de administração da justiça.
ARTIGO 21
2. A divisão judicial coincide com a divisão administrativa
(Participação de advogado., técnico. e a•• lslenles Jurldlcoa) do país.
I. Os advogados, os técnicos e no assistentes jurídicos ARTIGO 26
participam na administração da justiça competindo-lhes, nos
(Ano Judiciai)
termos da lei, exercer O patrocínio judiciário e devem ser tratados
com respeito e dignidade que a função e xige, I. O ano judicial corresponde ao ano civil.
2. No exercício da sua actividade, os advogados, os técnicos 2. A abertura do ano judicial é assinalado pela realização de
e os assistentes jurídicos encontram-se vinculados a critérios de uma sessão solene, no primeiro dia útil do mês de Março de cada
legalidade e às regras deontológicas def nidos para a profissão. ano, onde usam da palavra, de pleno direito, o Presidente do
3. O arguido tem o direito de escolher livremente o seu Tribunal Supremo, o Procurador-Geral da República e o
defensor para o assistir em todos os acto; do processo. devendo Bastonário da Ordem dos Advogados.
ao arguido que, por razões económicas, não possa constituir ARTIGO 27
advogado, ser assegurada a adequada assistência jurídica e
patrocínio judicial. (Féria. Judiciais)

As férias judiciais decorrem durante os meses de Janeiro e


ARTIGO 22
Fevereiro.
(Ace•• o aoa trtbunala)
ARTIGO 28
O cidadão tem o direito de escolher Iiv remente o seu defensor
para o assistir em todos os actos do processo, devendo ao cidadão (Turno.)
que, por razões económicas, não possa constituir advogado, ser I. Nos tribunais de primeira instância funcionam iumos para
assegurada a adequada assistência jurfdica e patrocínio judicial. o serviço urgente, incluindo no período de férias judiciais.

ARTIGO 23 2. A organização dos turnos cabe ao Presidente do Tribunal


Supremo, podendo delegar esta competência no presidente de
(Mandalo Judicia' e advc cacla)
cada tribunal, o qual decidirá, ouvidos os respectivos juízes
I.O Estado moçambicano assegura a quem exerce o mandato profissionais.
judicial, as imunidades necessárias ao seu exercício e regula o
patrocínio forense, como elemento essen :ial à administração da CAPiTULO II
justiça. ORGANIZAÇÃO, COMPETêNCIA E FUNCIONAMENTO
2. No exercício das suas funções e nos limites da lei, são DOS TRIBUNAIS
invioláveis os documentos, a correspond ência e outros objectos SECÇÃO I
que tenham sido confiados ao advogadc pelo seu constituinte,
Disposições gerais
que tenha obtido para defesa deste ou que respeitem a sua
profissão. ARTIGO 29
3. As buscas, apreensões ou outras diligências similares no (Categorias de trlbunai.)
escritório ou nos arquivos do advogado s ) podem ser ordenadas
I. Nos termos da presente Lei, a função judicial é exercida
por decisão judicial e devem ser efectuadas na presença do juiz
pelos seguintes tribunais:
que as autorizou, do advogado e de um representante da Ordem
dos Advogados, nomeado por esta para e feito, quando esteja em a) Tribunal Supremo;
causa a prática de facto ilícito punível con prisão superior a dois b) Tribunais Superiores de Recurso;
anos e cujos indícios imputem ao advogado a sua prática. c) Tribunais Judiciais de Província;
ti) Tribunais Judiciais de Distrito.
4. O advogado tem o direito de :omunicar pessoal e
reservadamente com o seu patrocinado. nesmo quando este se 2. Sempre que circunstâncias o justifiquem podem ser criados
encontre preso ou detido em estabelecirr ento civil ou militar. tribunais judiciais de competência especializada.
3. Nas capitais de província podem ser criados tribunais
ARTIGO 24
judiciais de nível distrital, sempre que o volume e a
(Alociaçllo lemporárla de Juizes) complexidade da actividade judicial ou outras circunstâncias o
I. Sempre que as necessidades de ser viço de um tribunal o justifiquem.
justifiquem podem ser a ele afectado, temporariamente um ou
ARTIGO 30
mais juízes para coadjuvarem os existem es.
2. A designação é efectuada pelo PJesidente do Conselho (SocçOe.)
Superior da Magistratura Judicial. Os tribunais judiciais podem organizar-se em secções.
53<J.-..{4)
I SÉRIE-NÚMERO 33
ARTIGO 3 I SECÇÃO II
(Entrada em funcionamento e organlzaçllo em secções) Tribunal Supremo
A entrada em funcionamento dos tribunais e a sua organização Subsecção I
em secções, são determinadas pelo Presidente do Tribunal
Definição, sede. composição e organização
Supremo, sob proposta do Conselho Superior da Magistratura
Judicial. ARTIGO 39
(Dellnlção)
ARTIGO32
(Extendo e limite da lurlsdlçlo) I. O Tribunal Supremo é o mais alto órgão da hierarquia dos
tribunais judiciais e tem jurisdição em todo o território nacional.
I. Na ordem interna, a jurisdição / repartida pelos tribunais
2. O Tribunal Supremo garante a aplicação uniforme da lei na
em razão da matéria, da hierarquia, de valor e do território.
esfera da sua jurisdição, ao serviço dos interesses do povo
2. A lei do processo fixa os pressupostos de que depende a moçambicano.
competência internacional dos tribunais.
3. Ao Tribunal Supremo incumbe ainda a direcção do aparelho
judicial.
ARTIGO 33
(CompetêncIa em razio da matéria) ARTIGo40

As causas que não sejam. por lei, atribuídas a outra ordem (Sede)
jurisdicional, são da competência dos tribunais judiciais. O Tribunal Supremo tem a sua sede na capital da República
de Moçambique.
ARTIGO 34
(Competincla em razio d. hierarquia) ARTIG041
Os tribunais encontram-se hierarquizados para efeitos de (Poderes de cognlçlo)
recurso das suas decisões e de organização do aparelho judicial.
Sem prejuízo do disposto nos artigos seguintes, o Tribunal
Supremo apenas conhece de matéria de direito.
ARTloo35
(Competência terrll orlal) ARTIGO 42
O Tribunal Supremo tem competência em todo o território (Composlçlo)
nacional e os demais tribunais judiciais, nas respectivas áreas de I. O Tribunal Supremo é constituído pelo Presidente, Vice-
jurisdição.
-Presidente, juízes profissionais e eleitos.

ARTIGO 36 2. O Tribunal Supremo é composto por um mínimo de sete


juízes profissionais e dezassete eleitos, sendo oito suplentes.
(Norma reguladora da competincla)
I. A competência fixa-se no momento em que a acção é ARTIoo43
proposta em tribunal, sendo irrelevantes as modificações de facto (Organlzaçlo)
que ocorrem posteriormente.
Para o exercício da função jurisdicional o Tribunal Supremo
2. São ainda irrelevantes as modificações de direito, salvo se organiza-se em:
for suprimido o órgão a que a causa estava afecto ou lhe for
a) Plenário. como tribunal de segunda instância e de
atribuída a competência de que inicialmente carecia para o
instância única, nos casos expressamente previstos
conhecimento da causa.
na lei;
ARTIGO 37 b) Secções. como tribunal de primeira e segunda instâncias.

(Prolblçllo de desaforumento) Subsecçllo II


Nenhuma causa pode ser deslocada do tribunal competente Plenário
para outro, excepto nos casos especialmente previstos na lei.
ARTIGo44
ARTIGO 38 (Composlçllo do Plenário)
(Atçadas) I. O Plenário do Tribunal Supremo funcionando como tribunal
1. Em matéria cível a alçada dos tribunais judiciais de de segunda instância, é constituído pelo Presidente, Vice-
província é de valor equivalente a cinquenta vezes o salário Presidente e juízes profissionais.
mínimo nacional e a dos tribunais judie tais de distrito, de l- e 2- 2. Funcionando como tribunal de instância única. o Plenário
classes, é de vinte e cinco e. dez vezes o salário mínimo, do Tribunal Supremo é constituído pelo Presidente, Vi ce-
respectivamente. -Presidente, juízes profissionais e juízes eleitos.
2. Em matéria criminal não há alcada, sem prejuízo das 3. O Plenário não pode deliberar sem que estejam presentes,
disposições relativas ao recurso. pelo menos dois terços dos seus membros.
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ARTIGO 45 2. A secção é presidida pelo juiz profissional mais antigo no


(Competência do Plenário em seg.nda InstAncla) cargo.

Ao Plenário do Tribunal Supremo, como tribunal de segunda 3. A secção como tribunal de primeira instância, não pode
instância, compete: deliberar sem que estejam presentes dois juízes profissionais e
um eleito.
a) uniformizar ajurisprudência quando no domínio da mes-
4. Sempre que nas deliberações das secções se verifique empa-
ma legislação e sobre uma mesma questão fundamental
te, participa o juiz profissional substituto designado para a secção.
de direito tenham sido proferidas decisões
contraditórias nas várias ins .âncias do Tribunal ARTIGO 49
Supremo ou nos tribunais superiores de apelação;
(Especialização de competências)
b) decidir de conflitos de competência cujo conhecimento
não esteja, por lei, reservado a outros tribunais; A especialização de competências das secções é fixada por
c) julgar os recursos de decisões proferidas em primeira diploma próprio.
instância pelas secções do Trib mal Supremo;
ARTIGO 50
ti) ordenar que qualquer processo, ros casos específicos,
seja julgado em tribunal diverso do legalmente (Competência da secçlo em segunda InstAncla)
competente, nos termos da lei; Às secções do Tribunal Supremo, como tribunal de segunda
e) exercer as demais competências definidas por lei. instância compete:
ARTIGO 46 a) julgar em matéria de direito, os recursos das decisões
(Competência do Plenário em Inslincla única) proferidas pelos tribunais superiores de recurso, que
nos termos da lei são interpostos para o Tribunal
Ao Plenário do Tribunal Supremo, como tribunal de instância Supremo;
única, compete: b) conhecer dos conflitos de competência entre os tribunais
a) julgar os processos crime em q ie sejam arguidos o superiores de apelação e entre estes e os tribunais
Presidente da República, o Pres dente da Assembleia judiciais de província;
da República e o Primeiro-Ministro; c) ordenar a suspensão, a requerimento do Procurador-Geral
b) julgar os processos crime instaurados contra o Presidente, da República da execução de sentenças proferidas por
o Vice-Presidente e os Juízes Conselheiros do Tribunal tribunais de escalão inferior, quando se mostrem
Supremo, o Presidente e os Ju zes Conselheiros do manifestamente injustas ou ilegais;
Conselho Constitucional, o Presidente e os Juízes á) anular as sentenças a que se refere a alínea anterior;
Conselheiros do Tribunal Administrativo, o e) proceder nos termos mencionados nas alíneas c) e d),
Procurador-Geral da República. o Vice-Procurador quando os juízes que intervieram no julgamento
Geral da República, os Procuradores gerais adjuntos e tenham sido acusados da prática de crimes e
o Provedor de Justiça; susceptíveis de terem influído na decisão;
c) julgar os processos crime instaurados contra os juízes
fJ julgaras processos de revisão e confirmação de sentenças
estrangeiràs;
eleitos do mesmo tribunal, por ac tos relacionados com
g) conhecer os pedidos de habeas corpus no âmbito das
o exercício das suas funções;
suas competências;
ti) conhecer e decidir das acções de perdas e danos
h) conhecer dos pedidos de revisão. de sentenças cíveis e
instaurados contra os juízes do Tribunal Supremo e
penais;
Magistrados do Ministério Público junto deste, por
l) propor ao Plenãrio a adopção das medidas necessárias à
actos praticados no exercício dos suas funções;
uniformização da jurisprudência e boa administração
e) exercer as demais competências definidas por lei.
da justiça;
ARTIGO 47 J) exercer as demais competências definidas por lei.

(Recurso) ARTIGO 51

Das decisões das secções do Tribunal Supremo, em recurso (CompetêncIa das secções em primeiro InstAncla)
para o Plenário, é relator um dos juízes profissionais, a designar
Às secções do Tribunal Supremo, como tribunal de primeira
por distribuição, não podendo ser o juiz que tiver relatado a
instância, compete:
decisão recorrida.
a) julgar os processos crime em que sejam arguidos
Subsecção III deputados da Assembleia da República, membros do
Conselho de Ministros, membros do Conselho de
Secções
Estado e outras entidades nomeadas pelo Presidente
ARTIGO 48 da República nos termos da Constituição, e todas as
(Composlçlo) demais entidades que gozam do foro especial nos
termos da lei e não estejamabrangidos pelo disposto
1. Cada secção é constituída por um mínimo de dois juízes no artigo 46 da presente Lei;
profissionais, sendo um presidente e outro adjunto, quando b) julgar os processos crime em que sejam arguidos juízes
funcione como tribunal de segunda instânc ia, e por um mínimo profissionais dos tribunais superiores de recurso e
de dois juízes eleitos para além dos juízes profissionais, quando magistrados do Ministério Público junto dos mesmos
funcione como tribunal de primeira instância. tribunais;
530-(6)
I SÉRIE-NÚMERO 33

c) julgar os processos crime instaurados contra os juízes SubsecçãO V


eleitos dos mesmos tribunais, por actos relacionados
Presidentes de secção
com o exercício das suas funções;
ti) conhecer e decidir das acções de perdas e danos ARTIGOS6
instaurados contra juízes e magistrados do Ministério (Competênela)
PUblico dos tribunais superiores de apelação, por actos
relacionados com o exere ício das suas funções; Compete aos presidentes de secção:
e) julgar os processos de extradição; a) dirigir as sessões de julgamento, sem prejuízo do previsto
fi exercer as demais competências definidas por lei. na alínea d) do artigo 54;

ARTIGOS:!
b) promover a uniformidade da jurisprudência e propor
sempre que necessário a adopção de directivas e
(Dlstrlbulçllo do. 'urzes)
instruções;
I. Compete ao Presidente do Tri ounal Supremo distribuir os c) apoiar os órgãos do tribunal fornecendo os elementos
juízes pelas secções. que se mostrem de interesse;
2. A mudança de secção não altera a competência do juiz que ti) prestar informação do trabalho judicial realizado;
é relator do processo, bem como dos juízes adjuntos, que tenham e) supervisar os cartórios e garantir o seu normal
dado visto para julgamento. funcionamento;
Subsecçllo IV fi exercer as demais funções que lhe forem conferidas por
lei, regimento ou por decisão do presidente do tribunal.
Presidente e Vlce-I'resldente
Subsecção VI
Distribuição geral e dos cartórios Judiciais
(Nomeaçh)
I. O Presidente e Vice-Presidente do Tribunal Supremo são ARTIGOS?

nomeados pelo Presidente da República, por uma mandato de (Dlstrlbulçllo geral a cartórios Judiciais)
cinco 'anos renováveis, ouvido o Conselho Superior da
Magistratura Judicial. I. No Tribunal Supremo funciona uma distribuição geral e
cartórios judiciais, cuja orgânica, funcionamento e competências
2. O acto de nomeação do Presidente e dei Vice-Presidente do
são regulados em diploma próprio.
Tribunal Supremo está sujeito a ratificação pela Assembleia da
República. 2. Cabe ao Secrelário-Geral do Tribunal Supremo superintender
os serviços indicados no número anterior.
ARTIGOS<·

(Compet6nela do Fresidente) SECÇÃO III

I. Compete ao Presidente do Tribunal Supremo, no exercício Tribunais Superiores de Recurso


das suas funções jurisdicionais: Subsecção I
a) representar e dirigir o tribural; Disposições Gerais
b) garantira correcto funcionamento do tribunal;
c) convocar e presidir às sessões do plenário do tribunal; ARTIaoS8

ti) presidir, sempre que nelas intervenha como membro do (Natureza dos tribunais superiores da recurso)
painel de juízes, ou quando entenda que deve participar
Os tribunais superiores de recurso são, por essência, tribunais
nas conferências das secções, neste caso sem direito a
de recurso.
voto, salvo na situação prevista no n. o 4 do artigo 48;
e) convocar e presidir às sessões de distribuição de processos;
ARTIGOS9
fi nomear os presidentes dos tribunais e de secções, ouvido
o Conselho Superior da Magistratura Judicial; (Seda a furlsdlç60) .
g) emitir directivas e instruções de carácter genérico, I. A sede dos tribunais superiores de recurso deve situar-se
dirigidas aos tribunais ju:liciais de escalão inferior, numa das capitais administrativas incluídas na área da sua
visando uma maior eficácia e qualidade da jurisdição.
administração de justiça;
h) desempenhar as demais atribuições previstas na lei. 2. A área de jurisdição dos tribunais superiores de recurso é
definida no respectivo diploma de criação.
2. O Presidente do Tribunal Supremo pode delegar no Vice-
Presidente algumas competências qve lhe estão atribuídas. Subsecção II
ARTIGOSS Organização, composição e competências
(Competlnelas do Vle,••Presldente) ARTIGO 60

Ao Vice-Presidente do Tribunal Supremo compete coadjuvar (Organização)


o Presidente no exercício das suas funções, substituí-lo nas suas
Os tribunais superiores de recurso podem organizar-se em
ausências e impedimentos e exercer as competências que lhe
secções de competência genérica ou especializada, sempre que o
tiverem sido delegadas.
volume, a complexidade ou outras circunstâncias O determinarem.
-. __._----------------- -
20 DE AGOSTO DE 2007 530-(7)

ARTIGO 61 fJ prestar informação sobre a actividadejudicial do tribunal;


(Composlçio) dar posse e prestar informação de serviço sobre os
funcionários do tribunal;
lo O tribunal superior de recurso é coir posto:
, g) dar posse e prestar informação de serviço sobre os
a) por três juízes desembargadores quando funcione como funcionários do tribunal;
tribunal de segunda instância; ii) exercer as demais atribuições conferidas por lei.
b) por umjuiz desembargador e doiujuízes eleitos, quando
ARTIGO 66
funcione como tribunal de prir ieira instância.
(Compete eo. prnldente. da. seeçOn)
2. O tribunal superior de recurso, quando esteja organizado
em secções integra também os presidentes destas. Compete aos presidentes das secções:
a) dirigir as sessões de julgamento;
ARTIGO 62
b) supervisar o cartório e garantir o seu correcto
(Competência como tribuna' de a81/Unda Instlncla) funcionamento;
c) prestar informação sobre o trabalho judicial realizado na
Ao tribunal superior de recurso, funci onando como tribunal
secção;
de segunda instância, compete:
ti) exercer as demais funções que lhe sejam conferidas por
a) julgar dos recursos das decisões proferidas pelos tribunais lei, outro diploma dos tribunais ou por decisão do
judiciais de província, nos termos das leis do processo; presidente do tribunal.
b) julgar dos conflitos de competência entre os tribunais
judiciais e outras entidades da ire. da sua jurisdição; ARTIGO 67

c) julgar dos conflitos de competência entre tribunais (secretaria, cartórios e serviço. de apoio)
judiciais de província da área <la sua jurisdição; lo Nos tribunais superiores de recurso funciona uma secretaria,
d) exercer as demais competências cefínidas por lei.
cartórios e pode haver serviços de apoio, sempre que as
ARTIGO 63
circunstâncias o justifiquem.
2. A organização, funcionamento e competências das unidades
(Compelincle como tribunal de prl,"elra InatAncla) orgânicas indicadas no número anterior são reguladas em diploma
Ao tribunal superior de recurso, funcionando como tribunal próprio.
de primeira instância, compete:
SECÇÃO IV
a) julgar os processos crime em que sejam arguidos juízes
Tribunais j~diciais de província
profissionais dos tribunais judiciais de província e
magistrados do Ministério Público junto dos mesmos; ARTIGO 68
b) julgar os processos crime em que sejam arguidos juízes (Jurlsdlçlo e sede)
eleitos dos tribunais judiciais, e província, por actos
relacionados com o exercício das suas funções; A área de jurisdição e a sede dos tribunais judiciais de
c) conhecer e decidir das acções de perdas e danos província são definidas no respectivo diploma de criação.
instauradas contra os juízes proissionais dos tribunais
ARTIGO 69
judiciais de província e magi strados do Ministério
Público junto destes, por actos I'raticados no exercício (Organlzaçlo)
das suas funções; O tribunal judicial de província pode organizar -se em secções
ti) conhecer dos pedidos de habeas co rpus que, nos termos da de competência genérica ou de competência especializada a
lei processual, devam ser remeti ias para este tribunal; estabelecer por despacho do Presidente do Tribunal Supremo.
e) exercer as demais competências r efinidas por lei.
. ARTlG070
ARTIGO 64
(Funcionamento)
(Julz-Pre.ldente)
lo Em primeira instância, o tribunal judicial de província pode
O Juiz-Presidente do tribunal superior de recurso é designado funcionar como tribunal singular ou colegial, conforme o
pelo Presidente do Tribunal Supremo ouvido o Conselho determinado pela lei de processo ou outro diploma.
Superior da Magistratura Judicial, de entre os juízes 2. As deliberações e os julgamentos do tribunal judicial de
desembargadores que integram aquele mes no órgão jurisdicional. província, quando funcione em segunda instância, têm lugar em
conferência do colectivo de juízes que o compõem.
ARTIGO 65
ARTIGO 71
(Competincla. do Julz-Pre .Idente)
(Composlçlo)
Compete ao Juiz Presidente do tribunal superior de recurso:
J. O tribunal judicial de província é composto:
a) dirigir e representar o tribunal;
b) orientar superiormente os serviços fie secretaria e de apoio: a) por três juízes profissionais quando funcione como
c) convocar e presidir às sessões de distribuição de processos; tribunal de segunda instância;
ti) presidir às conferências e julgamentos do tribunal ou da b) por um juiz profissional e quatro juízes eleitos, quando
secção de que for membro; funcione em primeira instância, como tribunal colegial.
e) presidir ao acto de investidura dos juízes eleitos do 2. O tribunal judicial de província, quando esteja organizado
tribunal; em secções integra também os presidentes destas.
530-(8)
ISÉRIE-NÚMER033
ARTlG072
j) dar posse aos juízes dos tribunais judiciais de distrito;
(Quorum) g) propor ao Conselho Superior da Magistratura Iudicial a
I. Funcionando em primeira instâr cía.como tribunal colegial. transferência e colocação de juízes de escalão distrital;
o tribunal judicial de província não pode deliberar sem que h) informar'o Tribunal Supremo sobre a movimentação e
estejam presentes. pelo menos. dois juízes eleitos. além do juiz distribuição de juízes eleitos;
profissional. z) prestar informação sobre a actividade judicial do tribunal;
2. Funcionando em segunda instância o tribunal judicial de J) emitir directivas e instruções nos termos do que se achar
província não pode deliberar sem que estejam presentes dois regulado em diploma próprio;
juízes profissionais. k) dar posse aos funcionários do tribunal e prestar sobre
3. Para efeitos do disposto no número anterior. em caso de eles informações de serviço;
empate. intervêm o juiz presidente do tribunal. l) proceder disciplinarmente contra funcionários do tribunal;
controlar a gestão do orçamento e do património. bem
ARTIGO 73 COll)O a arrecadação de receitas do Estado e do Cofre

(Competinelaa do tribunal em primeira Inalinela) dos Tribunais;


m) presidir ao Conselho Provincial Coordenador da Iustiça
I. Ao tribunal judicial de prov.ncia, funcionando como Comunitária;
tribunal de primeira instância, compete, em matéria cível:
n) exercer as demais atribuições previstas por lei.
a) conhecer das causas que não sejam da competência de
outros tribunais; ARTIGO 76

b) julgar e decidir as acções de perdas e danos intentadas. (Compatênela doa presidentes daa aeeç6ea)
por factos relacionados c om o exercício das suas
Compete aos presidentes das secções:
funções, contra juízes de tribunais de escalão inferior
e magistrados do Ministério Público junto dos a) dirigir as sessões de julgamento;
tribunais judiciais de distrito. b) supervisar o cartório e garantir o seu correcto
funcionamento;
2. Ao tribunal judicial de província, funcionando' como
tribunal de primeira instância. compete. em matéria criminal: c) prestar informação à presidência do tribunal sobre a
actividade realizada;
a) julgar as infracções criminais cujo conhecimento não
ti) exercer as demais atribuições que sejam conferidas por
seja atribuído a outros tribunais;
outro diploma dos tribunais judiciais ou por decisão
b) conhecer os processos crime em que sejam arguidos juf-
d!>presidente do tribunal.
zes profissionais dos tribunais judiciais de distrito e
magistrados do Ministério.Público junto dos mesmos. ARTIGO 77

ARTIGO 74 (Cartório ludlelal)


(Compat6nelas do tribunal em segunda Inalinela) 1. Em cada tribunal judicial de província há um cartório
judicial chefiado por um escrivão,
I. Ao tribunal judicial de província, funcionando como
tribunal de segunda instância. compete: 2. Sempre que o volume e a complexidade da actividade
judicial ou outras circunstâncias o justifiquem pode ser criada
a) conhecer dos recursos interpostos das decisões dos uma secretaria judicial chefiada por um distribuidor e cartórios
tribunais judiciais de distr .to e dos demais que. por judiciais.
lei. lhe devam ser submetidos;
b) conhecer dos conflitos de cempetência entre tribunais SECÇÃO V
judiciais de distrito da sua área de jurisdição;
Tribunais judiciais de distrito
c) julgar. nos termos da lei. o; recursos interpostos de
decisões proferidas pelos tribunais arbitrais ou de Subsecção I
outros órgãos de mediação de conflitos; Disposições gerais
ti) conhecer dos pedidos de habeas corpus que lhe devam
ser remetidos. nos termos da lei processual. ARTIGO 78

2. Em matéria de recurso são observadas as regras estabelecidas (08llnlçlo e elaaalflcação)


no Código de Processo Civil, para o julgamento dos recursos em I. Os tribunais judiciais de distrito são tribunais de primeira e
processo sumaríssimo. segunda .instância.
ARTIGO 75 2. Como tribunais de primeira instância. classificam-se em
tribunais de l- ou de 2- classe, consoante o limite das respectivas
(Compet6nela do Julz-I'resldente)
competências.
Compete aos juízes presidentes c os tribunais judiciais de
província: ARTIGO 79

a) dirigir e representar o tribunal: (Área de jurlsdlçlo e aede)


b) supervisar a secretaria judícís.l e os demais serviços de I. A área de jurisdição de cada tribunal judicial de distrito é
apoio; definida no respectivo diploma de criação.
c) presidir e dirigir a distribuição de processos:
2. A sede do tribunal judicial de distrito é definida no diploma
ti) presidir ao acto de investidura dos juízes eleitos do tribunal: da sua criação, devendo, sempre' que possível. estabelecer-se numa
e) distribuir os juízes eleitos pelas secções do tribunal: das capitais administrativas da respectiva área de jurisdição.
- - ---------------- -
20 DE AGOSTO DE 2007 530-(9)
Subsecção II b) conhecer das demais questões cujo conhecimento não
Organização e lunclonumento pertença a outros tribunais.

ARTIGO 80 2. Em matéria criminal:

(Orgail'zaçlo) a) julgar as infracções' criminais cujo conhecimento não


seja atribuído a outros tribunais;
lo Os tribunais judiciais de distrito sã>. por regra, tribunais de
b) julgar as infracções criminais que correspondam a pena
competência genérica.
não superior a oito anos de prisão maior.
2. Quando o volume. a natureza dos conflitos ou outras razões
ponderosas o justificar. podem organizar-se em secções de ARTIGO 86
competência especializada.
(Competinclu do. tribunal. judiei •• da dl.trlto da l' a 2'
ARTIGO 81 ela •••• em .egunda In.!'lncla)
(Funelonam.ntc) 1. Como tribunal de segunda instância, compete aos tribunais
judiciais de distrito de I' e 2' classe:
Os tribunais judiciais de distrito podem funcionar como
tribunal singular ou colectivo. conforme for determinado pela a) julgar os recursos interpostos das decisões proferidas
lei do processo. pelos tribunais comunitário;
c) conhecer dos pedidos de habeas corpus que lhe devam
Subsecção III
ser remetidos. nos termos da lei processual.
Composição e competências
2. Na apreciação do recurso. oJuiz-Presidente ou ojuiz profissio-
ARTIGO 82 nal a quem o processo tiver sido distribuído. observa os critérios
(Compo.'çlo) e os princípios estabelecidos na Lei dos Tribunais Comunitários.

lo O tribunal judicial de distrito é constituído por um ARTIG08?


presidente. que é um jlriz profissional. e por juízes eleitos.
(Compatêncla. do Julz-P •.•• ,dente)
2. O tribunal judicial de distrito. quando esteja organizado
em secções, integra os presidentes dest, LS. Compete ao Juiz-Presidentedo tribunal judicial de distrito:

ARTIGO 83 a) dirigir e representar o tribunal;


b) supervisar a secretaria judicial e os demais serviços de
(Con.tltulçlo)
apoio;
1. O tribunal judicial de distrito. funcionando em colectivo. c) presidir e dirigir as sessões de distribuição de processos.
intervém nojulgamento. além dojuiz proâssíoral, quatrojufzeseleitos. quando o tribunal estiver organizado em secções;
2. O tribunal não pode deliberar sem que estejam presentes. á) presidir ao acto de investidura dos juízes eleitos do
pelo menos. dois juízes eleitos. além do juiz profissional. tribunal;
ARTIGO 84
e) distribuir os juízes eleitos pelas secções do tribunal;
fJ prestar iriformação sobre a actividade judicial do tribunal;
(Competêncla do trlbunalludlclal d. dl.trlto d. li ela••••
g) dar posse aos funcionários do tribunal e prestar sobre
em primeira In.tlncla)
eles informações de serviço;
Ao tribunal judicial de distrito de I' classe. funcionando em h) proceder disciplinarmente dentro dos limites legais sobre
primeira instância. compete: os funcionários do tribunal;
1. Em matéria cível: i) controlar a gestão do património afecto ao tribunal e a
a) julgar as questões respeitantes ,I relações de famflia e os arrecadação de receitas do Estado e do Cofre dos
processos jurisdicionais de menores; Tribunais;
b) julgar acções cujo valor não exceda cem vezes o salário J) exercer as demais atribuições previstas por lei.
mínimo nacional, para as quais não sejam competentes
outros tribunais; ARTIGO 88
c) todas as demais questões cujo cc nhecimento não pertença
(Compatêncla. dOI presidentes de .ecçlo)
a outros tribunais.
Compete aos presidentes das secções:
2. Em matéria criminal:
a) dirigir as sessões de julgamento;
a) julgar as infracções criminais cujo conhecimento não
seja atribuída a outros tribunais; b) supervisar o cartório e garantir o seu correcto
b) julgar as infracções criminais c ue correspondam a pena .funcionamento;
não superior a doze anos de prisão maior. c) prestar informação sobre a actividade judicial realizada
pela secção;
ARTIGO 85
á) exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas
(Competêncl. do trlbun.1 ludlclal de dI.trlto d. 2' cl••••• por outro diploma dos tribunais judiciais ou por
.m primeira In'tlr ela) decisão do presidente do tribunal.
Ao tribunal judicial de distrito de 2' c lasse. compele:
ARTIGO 89
1. Em matéria cível:
a) julgar acções cíveis cujo valor não exceda cinquenta
(Cartório judlcl'l)
vezes o salário mínimo nacional e para as quais não 1. Em cada tribunal judicial de distrito há um cartório judicial
sejam competentes outros lIibunais; chefiado por um escrivão.
- _._------------
530-(10)
[SÉRIE-NÚMERO 33

2. Sempre que o volume e a complexidade de actividade judicial Subsecção I


ou outras circunstâncias o justifiquem pode ser criada uma secretaria
Conselho judicial
juJicial chefiada por um distribuidor e cartórios judiciais.
ARTloo94
CAPiTULO III
(Deflnlçlo)
JUiZES ELEITt)S
O Conselho judicial é um órgão que tem por função analisar e
ARTloo90 deliberar sobre questões fundamentais da organização,
funcionamento e desenvolvimento do aparelho judicial.
(Selecção e deslgnaçlo dos Juizes eleitos)
I. Os juízes eleitos do Tribunal Supremo e dos tribunais ARTIGO95
superiores de apelação são designados pela Assembleia da (Composição e funcionamento)
República, <te entre cidadãos de reconhecida idoneidade,
I. O Conselho Judicial é constituído pelo Presidente e Vice-
propostos pelas. associações cfvícas, organizações sociais,
-Presidente do Tribunal Supremo, presidentes das secções do
culturais ou profissionais, de acordo com processo e calendário
Tribunal Supremo, juízes presidentes dos tribunais superiores
a estabelecer por resolução daquele órgão legislativo.
de apelação, juízes presidentes dos tribunais judiciais de
2. Os juízes eleitos dos tribunais judiciais de província e de
província e pelo Secretário-Geral.
distrito são seleccionados em obediência aos critérios
2. Podem participar nas sessões do Conselho Judicial quadros
estabelecidos no número anterior e são designados pelos órgãos
do aparelho judicial a designar pelo Presidente do Tribunal
representativos do poder local.
Supremo.
. 3. O' Governo fixa os mecanismos e os prazos para a eleição
3. O Conselho Judicial reúne, ordinariamente, uma vez ao
dos juízes eleitos dos tribunais judiciais de província e de distrito.
ano e, extraordinariamente, sempre que talo justifique. mediante
4. O controlo do processo eleitoral dos juízes eleitos é feito:
convocatória do Presidente do Tribunal Supremo.
a) por uma comissão a criar pela Assembleía da República, 4. O Conselho Judicial não pode funcionar validamente sem
para os juízes do Tribunal 3upremo e dos tribunais que estejam presentes, pelo menos, metade dos seus membros.
superiores de apelação;
b) por uma comissão a desig.rar pelas Assembleias ARTIOO%
Provinciais, para os juízes dos tribunais judiciais de (Competência)
província e de distrito.
Ao Conselho Judicial compete, nomeadamente:
ARTlG091 a) estabelecer os princípios orientadores do desenvolvi-
(Compenssçiio aos luiz,," eleitos) mento da actividade judicial;
b) apreciar e aprovar planos e programas de acti vidade dos
I. Ninguém pode ser prejudicado na sua colocação ou emprego tribunais;
permanente, por virtude do exercício (·.e funções nos tribunais, c) avaliar a eficácia da actividade judicial;
as quais sãó consideradas de elevado interesse público. â) apreciar e aprovar o regimento dos tribunais judiciais;
2. Aos juízes eleitos é devida uma compensação a fixar pelo e) proceder à classificação dos tribunais judiciais de distrito;
Governo, por virtude do desempenho das suas funções. li aprovar estudos sobre medidas legislativas a propor
relacionadas com O aumento da eficácia e aperfei-
CAPiTULO IV
çoamento das instituições judiciárias;
DIRECÇÃO DO APARELHe, JUDICIÁRIO g) apreciar a proposta do orçamento anual dos tribunais;
h) exercer as demais atribuições conferidas por lei.
SECÇÃO I
Princfpios geraiE
Subsecção"
Presidente
ARTIoo92
ARTloo97
(Prlncipios sobre composlçlo e funcIonamento)
(Competências)
I. Para efeitos de direcção do aparelho judicial, os tribunais
judiciais dispõem de um aparelho próprio, distinto dos órgãos Na direcção do aparelho judicial, ao Presidente do Tribunal
da função jurisdicional, integrando o Secretário-Geral e os demais Supremo compele, designadamente:
funcionários, subordinados ao Presidente do Tribunal Supremo. a) garantir o correcto funcionamento dos órgãos de direcção
2. Os órgãos de direcção do aparelho judicial estão vinculados do aparelho judicial;
aos princípios de transparência e responsabilidade pública no b) presidir ao Conselho Judicial;
exercício das suas funções. c) presidir às sessões do Conselho Consultivo;
â) controlar a execução das decisões do Conselho Judicial;
SECÇÃO II e) aprovar o programa anual do Tribunal Supremo e o
Órgãos centrais relatório e directivas, circulares e instruções nos
termos da presente Lei;
ARTIGO93 li nomear e exonerar o Secretário-Geral e os demais quadros
(Órglos centrais) e funcionários dos tribunais;
g) dar posse ao Secretário-Geral e responsáveis dos órgãos
I. São órgãos centrais de direcção do aparelho judicial; o de apoio;
Conselho Judicial e o Presidente do Tribunal Supremo. h) exercer a acção disciplinar sobre os funcionários;
2. No Tribunal Supremo funciona um Conselho Consultivo. i) desempenhar as demais atribuições conferidas por lei.
20 DE AGOSTO DE 2007 530-{1l)
Subsecção III ARTIGO 103
Conaelho Consulllve, (Dlracçio)
ARTIGO98 1. O Secretariado-Geral dos tribunais judiciais é dirigido e
(Deflnlçio e composlçlio) orientado pelo respectivo Secretário-Geral, com funções de
superintender nas matérias de apoio à actividade jurisdicional,
1. O Conselho Consultivo é um colectivo que tem por função dirigir e coordenar todos os serviços de apoio técnico-
analisar e emitir parecer sobre questões qu " por lei, regulamento -administrativos aos órgãos do aparelho judicial.
ou decisão do Presidente do Tribunal SUliremo, lhe devam ser 2. Constitui função essencial do Secretário-Geral assegurar o
submetidas. funcionamento permanente e regular dos serviços sob sua
2. O Conselho Consultivo é constituído pelo Presidente, Vice- responsabilidade, realizando a sua acção com base nas normas e
Presidente, Secretário-Geral e pelos quadro, do Tribunal Supremo regulamentos em vigor e zelar pela conformidade com a lei de
a designar pelo Presidente. todos os actos sobre os quais superintende.

ARTIGO 104
ARTIGO99
(Compelinclas do Secretárlo-Geral)
(Competência)
Ao Conselho Consultivo compete:
I. Compete ao Secretário-Geral assegurar a coordenação da
execução e o controlo das decisões dos órgãos de direcção do
a) apreciar e emitir parecer sobre) programa anual do aparelho judicial, visando garantir a implementação das políticas,
Tribunal Supremo e o relatlÍrio das actividades planos, programas e decisões aprovadas.
desenvolvidas; 2. As competências próprias do Secretário-Geral e delegáveis
b) analisar e dar parecer sobre directivas e instruções a pelos órgãos de direcção do aparelho judicial, nos domínios de
emitir pelo Presidente do Tribu nal Supremo; recursos humanos, planificação, orçamento e património, são
fixadas em diploma próprio.
c) apreciar e emitir parecer sobre projectos de diploma legal
concernentes à administração ca justiça. ARTIGO 105
Subsecção IV (Administradores Judiciais)
Secretariado-Gerai dos trlbunai 3 judiciais I. Adstritos ao Secretariado-Geral dos tribunais, tendo por
objectivo o exercício das atribuições referidas no artigo 103,
ARTIGO 100
nos tribunais de escalão inferior e com funções de apoio aos
(Natureza) respectivos juízes presidentes existem administradores judiciais.
2. Os administradores judiciais respondem duplamente aos
O Secretariado-Geral dos tribunais judiciais é o órgão
respectivos juízes presidentes e aos secretários gerais dos tribunais.
permanente de concepção, coordenação, execução e apoio
técnico-judiciário e técnico-administrativo que se ocupa da ARTlGÜI06
generalidade das matérias administrativa s comuns a todos os
(Quadro de pessoal)
tribunais judiciais.
I. Os tribunais judiciais dispõem de um quadro de pessoal
ARTIGO 101 integrando funcionários das carreiras comuns e oficiais de justiça,
(Ealrutura orginlca) regendo-se os primeiros pelo regime geral da função pública e os
segundos por estatuto próprio. .
1. A estrutura orgânica do Secretariado-Geral dos tribunais 2. Considera-se oficial de justiça os funcionários dos tribunais
judiciais comporta uma área de apoio à actividade jurisdicional que desempenham funções auxiliares nos processos judiciais,
e uma área de apoio burocrático e admi ristrativo e de gestão
financeira, do pessoal e patrimonial dos tribunais judiciais, SECÇÃO III

2. A composição, atribuições e comI' etências das unidades Órgioo Locais


integrantes das áreas orgânicas referidas no número anterior e ARTIGO 107
outras autónomas são fixadas por diplom.i próprio.
(Conselho do tribunal)
ARTIGO 102 1. Nos tribunaisjudiciais deescalão inferior, sempre queas circuns-
(Competência) tâncias o justifiquem, funciona um conselho do tribunal, dirigido
pelo respectivo juiz-presidente e que integra os juízes profissionais.
Ao Secretariado-Geral dos tribuna;' judiciais compete, 2. Compete ao Presidente do Tribunal Supremo decidir sobre
designadamente:
a criação do órgão indicado no número anterior, sob proposta
a) planear, orientar, coordenar e assegurar a execução de dos juízes presidentes dos tribunais respectivos.
todas as actividades técnico-admínistraüvas de
SECÇÃO IV
suporte ã.função jurisdicional cios tribunais judiciais;
b) assegurar o apoio necessário às actividades dos órgãos Relatório dos tribunais Judiciais
de direcção do aparelho judicial, no exercício das suas
ARTIGO 108
atribuições;
c) elaborar o regulamento interno e submetê-lo à aprovação (Relatório dos tribunal. Judiciais)
do Conselho Judicial; 1. A direcção do aparelho judicial faz publicar, anualmente,
d) exercer outras competências que, lhe forem atribuídas um relatório sobre a actividade jurisdicional e outras questões
pelos órgãos de direcção do aparelho judicial. de interesse geral dos tribunais judiciais.
53O-{12)
ISÉRIE-NÚMERO]]

2. O relatório anual dos tribunais judiciais é dado a conhecer, ARTIGO 112


relas meios oficiais, à Assembleia da República e ao Governo.
(Estrutura e mede de lunelonamento)
SECÇÃO V A estrutura e modo de funcionamento da inspecção judicial
Articulação com o Governo são definidos pelo Conselho Superior da Magistratura ludicial.

ARTIGO 109 ARTIGO 113


(Formas de artiC4Jiaçllo) (Competência)
I. No âmbito da direcção do aparelho judicial, e à luz do I. Compete ao Serviço de Inspecção ludicial facultar ao
princfpio da interdependência dos órgãos de soberania, os Conselho Superior da Magistratura ludicial e à direcção do
tribunais judiciais articulam-se com o Governo nos termos aparelho judiciário o perfeito conhecimento do estado, das
seguintes: necessidades e das deficiências dós serviços judiciais, a fim de
os habilitar a tomar as providências necessárias.
a) através de mecanismos de coordenação que assegurem a
planificação e inonitoria integradas, tendo em vista o 2. Complementarmente, ao Serviço de Inspecção ludicial cabe
desenvolvimento harmonioso das instituições do colher informação sobre o serviço dos magistrados judiciais e
sector da justiça; funcionários de justiça, bem como fiscalizar a contabilidade e
tesouraria dos tribunais.
b) mediante a partilha de informações sobre matérias de
natureza executiva, nomeadamente, no domínio da 3: Cumpre ainda aos Serviços de Inspecção ludicial analisar
organização do aparelho dos tribunais, recursos os relatórios anuais e o desempenho mensal dos juízes e propor
humanos, património e orçamento. ao Conselho Superior da Magistratura ludicial as respectivas
classificações.
ARTIGO 110
4. A inspecção destinada a colher informações sobre o serviço
(Responsabilidade do Governo) e O mérito dos magistrados judiciais não pode ser feita por
I. Compete ao Governo quanto a extensão da rede judiciária: inspector de categoria ou antiguidade inferior às dos magistrados
inspeccionados. .
a) a criação dos tribunais superiores de recurso;
b) a criação de novos tribunais de província e de distrito; CAPiTULO VI
c) a criação de tribunais de competência 'especializada; DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
ti) a redefinição da área de jurisdição dos tribunais
indicados nas alíneas anteriores. ARTIGO 114
(Crlaçllo de tribunaIs superiores de recurso)
2. Os critérios determinativos da competência em razão do
valor e as alçadas dos tribunais judiciais de província e de distrito I. São criados o Tribunal Superior de Recurso de Maputo, o
podem ser revistos pelo Governo, quando a situação o justificar, Tribunal Superior de Recurso da Beira e Tribunal Superior de
ouvido o Presidente do Tribunal Supremo. Recurso de Nampula.

3. Cabe ao Governo assegurar a construção das infra-estruturas 2. Aos tribunais referidos no número anterior é fixada
necessárias ao adequado funcionamento dos tribunais, de acordo transitoriamente a seguinte jurisdição:
com o plano de extensão da rede judiciária a estabelecer em a) ao Tribunal Superior de Recurso de Maputo, a jurisdição
coordenação com o poder judicial. sobre os tribunais judiciais das províncias de Maputo,
4. O Governo assegura a formação de magistrados judiciais, Gaza, Inhambane e Cidade de Maputo;
oficiais de justiça e demais funcionários dos tribunais. b) ao Tribunal Superior de Recurso de Beira, a jurisdição
sobre os tribunais judiciais das províncias de Sofala,
CAPiTULO V Manica e Tete;
c) ao Tribunal Superior de Recurso de Nampula, ajurisdição
INSPECÇÃO JUDICIAL
sobre os tribunais judiciais das províncias da
ARTIGO 111 Zambézia, Nampula, Cabo Delgado e Niassa.
3. Os tribunais judiciais indicados no n." 2 devem entrar em
(Objectlvol)
funcionamento até um ano após a publicação da presente Lei.
A inspecção judicial prossegue, entre outros, os seguintes
objectivos:

a) fiscalizar o funcionamento dos tribunais e da actividade ARTIGO 115


dos magistrados judiciais; (Competência transllórla)
b) identificar as dificuldades e as necessidades dos órgãos 1. Enquanto não entrarem em funcionamento os tribunais
judiciais; superiores de recurso, as secções do Tribunal Supremo continuam
c) colher informações sobre o serviço e mérito de a exercer ás competências conferidas. por lei, àqueles tribunais
magistrados judiciais e oficiais de justiça; de escalão intermédio.
ti) verificar o grau de cumprimento dos programas e
2. Até que seja aprovada e publicada a classificação dos
actividades dos tribunais;
tribunais, os actuais tribunais judiciais de distrito assumem as
e) dispensar apoio aos magistrados judiciais com vista a competências atribuídas, na presente Lei, aos tribunais judiciais
superarem as suas dificuldades técnico-profissionais. de distrito de 2' classe ..
20 DE AGOSTO DE 2007 530-(13)

ARTIGO 116 ARTIGO 119


(Funcionamento dos actuala trlbur.als Judiciais) (Ravogaçio)

Os tribunais judiciais criados na vigência da Lei n. o 10192, de É revogada a Lei n. o 10192, de 6 de Maio e a demais legislação
6 de Maio, mantêm-se em funcionamento nos precisos termos que contrarie o disposto na presente Lei.
por ela estabelecidos e na medida em q re não contrariem o
disposto na presente Lei. ARTIGO 120

ARTIGO 117 (Entrada em vigor)

(Publicação de declsOe.) A presente Lei entra em vigor 180 dias após a sua publicação.

i. São publicados em Boletim da República: Aprovada pela Assembleia da República, aos 8 de Maio de
a) na I Série, os Assentos; 2007. - O Presidente da Assembleia da República, Eduardo
b) na III Série, os Acórdãos. Joaquim Mulémbwê.

ARTIGO 118 Promulgada aos 31 de Julho de 2007.


(salário mínimo)
Publique-se.
Para efeitos da presente Lei deve entender -se como salário
mínimo, o salário mínimo em vigor para l função pública: O Presidente da República, Armando Emillo Guebuza.
Preço - 7,00 MT

IMPR6NSA NACIONAL DE MOCAMOlOlJp

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