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PROVÍNCIA DE PORTUGAL
FRATERNIDADES LEIGAS DE SÃO DOMINGOS
TEXTOS E
DOCUMENTOS
REFERENTES AO
LAICADO DOMINICANO
(1982-2020)
1
Conteúdo
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 3
2. CONSTITUIÇÃO FUNDAMENTAL DOS LEIGOS DOMINICANOS – 1987 .......... 5
CONGREGAÇAO PARA OS RELIGIOSOS E INSTITUTOS SECULARES ............. 7
3. DECLARAÇÕES GERAIS DO MESTRE DA ORDEM ............................................ 17
FR. DAMIAN BYRNE – 1987 ............................................................................................ 17
4. DECLARAÇÕES GERAIS DO MESTRE DA ORDEM ............................................ 20
FR. CARLOS AZPIROZ - 2007 .......................................................................................... 20
1. DECLARAÇÕES GERAIS DO MESTRE DA ORDEM ............................................ 25
FR. BRUNO CADORÉ - 2019 ............................................................................................ 25
2. DIRECTÓRIO DAS FRATERNIDADES LEIGAS DE S. DOMINGOS DA
PROVÍNCIA DE PORTUGAL - 1990 ................................................................................ 32
3. DIRECTÓRIO DAS FRATERNIDADES LEIGAS DE S. DOMINGOS DA
PROVÍNCIA DE PORTUGAL- 2014 ............................................................................. 55
4. PROMULGAÇÃO DIRECTORIO- 2019 .................................................................... 83
5. DIRECTÓRIO DAS FRATERNIDADES LEIGAS DE S. DOMINGOS DA
PROVÍNCIA DE PORTUGAL – 2019 ................................................................................ 85
6. DOCUMENTO DE BOLONHA SOBRE A FAMÍLIA DOMINICANA – 1983 ...... 107
7. ACTAS DO II CONGRESSO INTERNACIONAL DAS FLSD – BUENOS
AIRES/2007 ....................................................................................................................... 111
RESOLUÇÕES DO III CONGRESSO INTERNACIONAL – FÁTIMA/2018 ............ 116
ESTATUTOS DO CONSELHO INTERNACIONAL .................................................. 139
DAS FRATERNIDADES LEIGAS DOMINICANAS (ICLDF) .................................. 139
9. ESTATUTO DO CONSELHO EUROPEU DAS FRATERNIDADES – ECLDF 152
10. ACTAS DE CAPITULOS GERAIS ....................................................................... 162
CAPÍTULO GERAL DE ÁVILA - 1986 ....................................................................... 162
CAPÍTULO GERAL DE OAKLAND - 1989 ................................................................ 169
CAPÍTULO GERAL DA CIDADE DO MEXICO - 1992 ........................................... 170
CAPÍTULO GERAL DE BOLONHA – 1998 ............................................................... 171
CAPÍTULO GERAL DE PROVIDENCE - 2001 .......................................................... 177
CAPÍTULO GERAL DE CRACÓVIA - 2004 .............................................................. 189
RELATÓRIO DO PROMOTOR GERAL DO LAICADO DOMINICANO - 2004 ..... 191
CAPÍTULO GERAL DE BOGOTÁ – 2007 .................................................................. 200
CAPÍTULO GERAL DE ROMA – 2010 ....................................................................... 201
CAPÍTULO GERAL DE TOGIR – 2013 ...................................................................... 203
CAPÍTULO GERAL DE BOLONHA – 2016 ............................................................... 204
CAPÍTULO GERAL DE BIEN HOA – 2019 ................................................................ 205
.11. CARTAS DOS MESTRES ..................................................................................... 206
OS LEIGOS E A MISSÃO DA ORDEM ...................................................................... 207
O LAICADO DOMINICANO E A PREGAÇÃO ......................................................... 213
2
1. INTRODUÇÃO
Já em outras Províncias, leigos dominicanos, frades, ou ambos em
colaboração, realizaram, mais ou menos recentemente, recolhas de textos
referentes às Fraternidades Leigas de São Domingos e ao Laicado Dominicano,
provenientes de fontes «oficiais»: Capítulos Gerais da Ordem, Declarações do
Mestre Geral, Assembleias internacionais de leigos ou da Família Dominicana.
Por fim, este trabalho terá também o objectivo de constituir uma colectânea
de documentação oficial e legislativa referente ao Laicado Dominicano.
Gabriel Silva
Porto, 2014.
(actualizado em Dezembro de 2020)
3
4
2. CONSTITUIÇÃO FUNDAMENTAL DOS LEIGOS
DOMINICANOS – 1987
Contexto:
Os actuais Leigos Dominicanos tem a sua origem com a promulgação da Primeira
Regra pelo Mestre Geral da Ordem dos Pregadores, o beato Fr. Múnio de Zamora
em 1285. A origem espiritual dos Leigos advinha dos movimentos de penitentes
que rodearam São Domingos, o qual juntou à sua volta grupos de Leigos para a
defesa espiritual e material da Igreja e para a missão apostólica. Os Leigos
existiram sob várias denominações desde a fundação da Ordem. A primeira Regra
foi promulgada por Múnio de Zamora em 1285 destinada aos «Irmãos e Irmãs da
Penitência de São Domingos». A regra de Múnio, bastante modificada, recebeu
aprovação papal em 1405. Esta Regra vigorou durante séculos, servindo os
Leigos e sendo adoptada por outros ramos da Família Dominicana.
Depois do Vaticano II, sentiu-se a necessidade de uma nova Regra; assim, uma
Terceira Regra foi aprovada em 1964.
5
Institutos seculares a 15 de Janeiro de 1987 e promulgada pelo Mestre Geral Fr.
Damian Byrne a 28 de Janeiro do mesmo ano.
Na sequência do III Congresso Internacional das Fraternidades Leigas, realizado
e, Fátima/2018, o Mestre da Ordem promulgou em 2019 uma nova versão da
Regra a qual incorpora duas pequenas alterações, relativamente à Regra de 1987.
6
CONGREGAÇAO PARA OS RELIGIOSOS E INSTITUTOS SECULARES
Prot. N D. 37-178
Prot. 50/86/97
DECRETO
Vicente Fagiolo
Arcebispo, Secretário
7
Nós,
Fr. Damião Byrne, OP
Professor de S. Teologia
E Humilde Mestre e Servo
De toda a Ordem dos Pregadores
Saudações no Senhor
Dado em Roma, no dia 28 de Janeiro de 1987.
Na festa de S. Tomás
Prot.50/96/87
Fr. J. Martín, OP
Secretário
8
NÓS
FR. BRUNO CADORÉ OP
Humilde Mestre e Servo da Ordem
Passaram mais de trinta anos desde a aprovação definitiva da nova Regra das
Fraternidades Leigas de São Domingos pela Sagrada Congregação para os
Institutos Religiosos e Seculares em 15 de Janeiro de 1987. (Prot. N. D.27-1.-87),
e a sua promulgação pelo Mestre da Ordem, fr. Damian BYRNE, a 28 de Janeiro
de 1987.
A Regra foi completada com uma série de Declarações Gerais promulgadas por fr.
Damian BYRNE a 16 de Fevereiro de 1987 e com várias intervenções de
Capítulos Gerais e Mestres nas décadas seguintes. As mais notáveis são
as Declarações Gerais promulgadas por fr. Carloz Afonso AZPIROZ COSTA, em
15 de Novembro de 2007, depois do Congresso Internacional das Fraternidades
de São Domingos realizado em Buenos Aires em Março daquele ano.
9
Fr. Bruno Cadoré OP
Magister Ordinis
10
I – CONSTITUIÇÃO FUNDAMENTAL DOS LEIGOS DOMINICANOS
Os leigos na Igreja
Os leigos dominicanos
2. Alguns dentre eles, movidos pelo Espírito Santo para viver segundo o
espírito ou o carisma de São Domingos, incorporam-se à Ordem graças a
um compromisso especial, segundo estatutos que lhe são próprios.
11
Vida das Fraternidades
12
a) de formação por etapas dos novos membros
13
17. Depois de um tempo de experiência, a ser determinado pelo
Directório, e depois do voto do Conselho da Fraternidade o(a)
Coordenador(a) receberá com o(a) Assistente religioso(a), o
compromisso temporário ou definitivo.
19.
No nível da Província1
20.
14
No nível da Fraternidade local
21.
2
Alterado em 2019. A versão anterior indicava:
a) A Fraternidade local é regida pelo seu Coordenador (a) com seu Conselho: eles são
plenamente responsáveis do governo e da administração da Fraternidade.
15
b) Também um Conselho internacional poderá ser instituído, se isso for
julgado útil, depois da consulta ao conjunto das Fraternidades.
c) os Directórios particulares.
16
3. DECLARAÇÕES GERAIS DO MESTRE DA ORDEM
FR. DAMIAN BYRNE – 19873
Aprovamos e promulgamos, com a autoridade que nos compete, as
seguintes DECLARAÇÕES GERAIS À REGRA DAS FRATERNIDADES
LEIGAS DE SÃO DOMINGOS, a fim de completar a tarefa legislativa das
mesmas Fraternidades Leigas de S. Domingos.
2. Para que as irmãs e irmãos leigos possam cumprir seus compromissos «não
como servos sob a lei, mas como filhos sobre a graça», declaramos que as
transgressões não constituem culpa moral.
3
Revogadas pelas Declarações Gerais de 2019 do Mestre geral Fr. Bruno Cadoré, op
17
a. As condições ou os requisitos para a admissão na Fraternidade
18
19
4. DECLARAÇÕES GERAIS DO MESTRE DA ORDEM
FR. CARLOS AZPIROZ - 20074
Para renovar a chama da tradição e a vocação do ramo laical da Ordem dos
Pregadores, foi convocado o Congresso Internacional das Fraternidades
Leigas de São Domingos, em Buenos Aires, em Março de 2007, pelo
Promotor Geral do Laicado.
Promulgamos
4
Revogadas pelas Declarações Gerais de 2019 do Mestre geral Fr. Bruno Cadoré, op
20
§ 1.. Os Leigos de São Domingos são aqueles fiéis que, baptizados na Igreja
Católica ou nela acolhidos, confirmados e em plena comunhão de fé,
sacramentos e governo eclesiástico, foram chamados por singular vocação a
buscar a perfeição cristã e animar as realidades temporais através do carisma
de São Domingos. Por forma a serem incorporados na Ordem dos Pregadores
de cuja missão apostólica participam plenamente, emitem uma promessa
segundo a fórmula prevista na Regra. Apenas com a promessa se concretiza
a entrada no ramo laical da Ordem, denominada Fraternidade Leiga de São
Domingos, sujeita á jurisdição do Mestre e à dos outros Superiores maiores
da Ordem. A promessa perpétua é precedida de pelo menos um ano de
recepção inicial e de três anos de promessas temporárias, e cujo registo se
deverá conservar depositado, seja na Fraternidade, seja no Arquivo da
Província.
21
Leigos com o acordo dos Conselhos provinciais relacionados, ratificados pelos
respectivos Priores Provinciais com o consentimento dos seus Conselhos, são
promulgados pelo Presidente em exercício do Comité Nacional de Priores
Provinciais.
§ 2. Da referida função não tome validamente posse aquele que não sendo
sujeito à autoridade do Mestre da Ordem, que depois da nomeação não
estabeleça um acordo escrito com o Prior e Promotor Provincial e não tenha
obtido permissão escrita do seu próprio e competente superior.
§ 3. O Promotor Provincial e/ou nacional não possui voz activa nem passiva
em nenhum órgão colegial das Fraternidades Leigas no qual participe.
22
Declaração V: Assistente religioso
§ 2. Quem tenha obtido o indulto definitivo, onde quer que peça para ser
reincorporado à Ordem, deverá ser novamente submetido ao tempo do
processo de formação básica. A sua promessa perpétua será recebida
somente sob a permissão do Prior Provincial com o consentimento do
Conselho da Fraternidade à qual será novamente inscrito. Não emite uma
promessa legítima e não é validamente inscrito aquele que pedindo a
admissão a uma Fraternidade, oculta um precedente indulto.
23
§ 3. Todos os decretos indicados estão sempre sujeitos a recurso hierárquico
para o Mestre da Ordem.
Secretário
Mestre da Ordem
24
1. DECLARAÇÕES GERAIS DO MESTRE DA ORDEM
FR. BRUNO CADORÉ - 2019
1.§ I - Os Leigos de São Domingos são aqueles fiéis que, baptizados na Igreja
Católica ou nela recebidos, confirmados e em plena comunhão de fé, sacramentos
e governo eclesiástico, são chamados por uma vocação especial a progredir no
caminho de uma vida cristã e a animar as realidades temporais através do carisma
de São Domingos.
25
ADMISSÃO ÀS FRATERNIDADES
9. - Para que os irmãos e irmãs das Fraternidades Leigas possam cumprir as suas
obrigações «não como escravos da lei, mas como pessoas livres sobre a graça»
(Santo Agostinho, Regra 8, cf. Romanos 6:14), declaramos que as transgressões
à Regra não constituem por si, faltas morais9.
26
11. - Salvo se estas disposições estiveram já incluídas no Directório Nacional, o
Directório Provincial deve detalhar:
§ II - Uma dispensa requer sempre uma causa justa e razoável (cf. Cân. 90 §
1). As normas que definem elementos essencialmente constitutivos de um
instituto ou acto não estão sujeitas a dispensa (Cf. Cân. 86).
27
§ III - Apenas o Mestre da Ordem pode dispensar todos os leigos dominicanos
de uma norma da Regra.
GOVERNO DA FRATERNIDADE
28
§ II - Aquele que não está sob a jurisdição do Prior Provincial não pode ser
nomeado válidamente Promotor Provincial sem o consentimento escrito do seu
superior maior e um acordo entre o Prior Provincial e o Promotor Provincial17.
ELEIÇÕES
29
1º violação grave da Regra ou do Directório;
§ II - Uma pessoa que tenha sido expulsa das Fraternidades Leigas, depois de
avaliação cuidadosa da sua condição de vida e com a certeza de emenda, pode
ser readmitida nas mesmas condições que em § I22.
30
6 Proposta do Congresso Internacional das Fraternidades Leigas de São
Domingos, Fátima, 2018
7 DG2007, I § 4.
8 DG1987, 1,
9 DG1987, 2.
10 DG1987, 1.; DG2007 II § 1.
11 DG1987, 6.
12 DG1987, 1; DG2007, II, § 1.
13 DG2007, III.
14 DG1987, 4.
15 DG2007, V.
16 ACG Trogir [2013), 187; Bologna [20I6),345
17 DG2007, IV, § 2.
18 DG2007, IV § 3
19 DG2007, VI, § 1.
20 DG2007, VII § 1 y 3; can.316 § 1
21 DG2007, VI § 2
22 DG2007, VII § 2
31
2. DIRECTÓRIO DAS FRATERNIDADES LEIGAS DE S.
DOMINGOS DA PROVÍNCIA DE PORTUGAL - 19906
PROT. 15/90/59
FD
Roma, 26.1.1990
6
Revogado pelo Directorio de 2014
32
DISPOSIÇÕES INICIAIS
FINALIDADE
VALOR JURÍDICO
OBRIGATORIEDADE
FLEXIBILIDADE
A – OS DOMINICANOS LEIGOS
DA ADMISSÃO NA FRATERNIDADE
33
5. Condições e disposições para a admissão na Fraternidade:
DA FORMAÇÃO INICIAL
Tempo de experiência e formação de base
34
c. O estudo e a consequente vivência experimental dos estatutos
próprios das Fraternidades Leigas (Regra nº24).
d. Iniciação à vida fraterna, sobretudo pela presença assídua e
participação nas reuniões de formação e reuniões gerais da
Fraternidade.
11. Este período durará o tempo necessário para que o candidato estude e
experimente, e assim possa discernir, em Fraternidade a sua vocação.
13. A profissão consiste numa promessa formal, mas sem voto, de procurar
viver segundo a Regra de Vida das Fraternidades. É emitida perante o
presidente da Fraternidade e o representante do Mestre da Ordem, e na
presença de outros irmãos.
35
Nesta etapa, o dominicano leigo aprofunda a sua vocação, nos seus
elementos essenciais e completa a sua formação inicial, segundo o Plano
Provincial de Formação, sob a orientação dos responsáveis pela formação.
26. Para alimentar a sua vida de união com Deus, seja fiel a um tempo de
meditação ou oração interior, por exemplo, na Eucaristia, ou numa das
Horas litúrgicas (Regra, nº10 d).
36
28. A exemplo dos nossos Santos, empenhe-se na prática da penitência
evangélica (cf. «Instrução Pastoral sobre a disciplina penitencial» da
Conferência Episcopal Portuguesa, 1982).
29. A leitura espiritual da Sagrada Escritura (em primeiro lugar das Leituras da
Eucaristia Dominical), é uma das fontes fundamentais de contemplação e
da vida apostólica do dominicano leigo (Regra, nº13 a).
30. Tendo presente que a índole «secular» lhe é própria, o dominicano leigo
empenhe-se em buscar o Reino de Deus e a contribuir do interior, à
maneira de fermento, para a santificação do mundo, no meio das
actividades e profissão, e da vida familiar, e social, as quais como que
tecem a sua existência (Conc. Vat. II, Constituição Dogmática sobre a
Igreja: «Lumen Gentium», nº31).
31. Cada dominicano leigo, quer a título pessoal, quer como enviado da
Fraternidade, ou em colaboração com ela, procure responder às exigências
da missão da Ordem, nos tempos e lugares que se encontra.
32. Atento aos «sinais dos tempos», procure as formas de apostolado que mais
contribuam para a evangelização e a resolução dos seus problemas à luz
da fé (Regra, nº5, nº10 f e nº13)
37
a. A sua admissão e as promessas que emitir perante o Promotor
Provincial e o Presidente Provincial (ou seu representante), devem
ser registadas num livro próprio que existirá no Conselho Provincial
Leigo.
36. Para poder ser integrado numa Fraternidade, o dominicano leigo isolado
necessita do consentimento do Promotor Provincial e do Conselho da
Fraternidade.
DAS INSÍGNIAS
DAS FRATERNIDADES
40. A convivência dos irmãos na Fraternidade deve ser vivificada pela caridade,
manifestada no acolhimento mútuo e no respeito pela identidade própria de
cada pessoa.
38
Tipo de Reuniões
44. As reuniões gerais devem ter sempre uma tríplice dimensão, própria do
carisma de S. Domingos: oração, estudo e partilha (de vida e de
informação).
45. Uma vez por ano, cada Fraternidade promova uma reunião de avaliação à
luz da fidelidade à Regra de Vida.
39
Programa de formação
Biblioteca
48. Recomenda-se que cada Fraternidade disponha de uma biblioteca
actualizada, para apoio de formação e do estudo.
49. As Fraternidades procurem ser fiéis, nos dias de hoje, ao modelo das
comunidades apostólicas, nas quais os primeiros cristão «se mostravam
assíduos ao ensinamento das Apóstolos, à comunhão fraterna, à fracção do
pão e às orações» (ActoS dos Apóstolos, 2, 42).
51. Os dominicanos leigos participem, pelo menos uma vez por ano, numa
reunião de carácter espiritual (retiro, encontro de fé e de oração, etc.), com
a duração mínima de dois dias (ou fim de semana).
40
8 de Novembro – aniversário dos irmãos e irmãs da Ordem.
55. O Presidente cuidará para que nas reuniões gerais se reze regularmente
pelos defuntos da Ordem, assim como pelos familiares e benfeitores.
56. A Ordem dos pregadores foi fundada por S. Domingos especialmente por
causa da pregação, sendo os seus membros consagrados à evangelização.
As Fraternidades devem por isso ser comunidades de pregação, segundo a
sua própria condição de leigos (Regra, nº4).
A- ORGANIZAÇÃO LOCAL
ORGÃOS
1. A Assembleia da Fraternidade
2. O Conselho
3. O Presidente
4. O Vice-Presidente
5. O Formador
41
6. O Secretário
7. O Tesoureiro
8. O Promotor local
DO MODO DE ELEGER
a. Para que a eleição seja válida, deve estar presente, pelo menos um
terço dos membros da Fraternidade com promessa emitida. Se não
houver o número necessário de participantes após a primeira
convocatória, far-se-á uma segunda, requerendo-se para a validade
da eleição apenas um quarto dos membros da Fraternidade
convocados.
60. Tem direito a voto todos os dominicanos leigos, desde que tenham já feito a
promessa temporária.
ASSEMBLEIA DA FRATERNIDADE
42
64. Compete à Assembleia:
O CONSELHO DA FRATERNIDADE
43
e. Propor à Fraternidade os contributos regulares da partilha económica
e do fundo de entre-ajuda fraterna.
f. Nomear, se necessário, colaboradores dos seus membros, entre os
elementos da Fraternidade, após a eleição do Conselho.
68. Para que as decisões do Conselho sejam válidas, têm de estar presentes,
pelo menos, três Conselheiros, incluindo o Presidente.
69. Se durante o triénio faltar algum Conselheiro, que seja eleito outro em
Assembleia da Fraternidade.
71. O Promotor local participa, por direito, nas reuniões do Conselho, mas sem
direito a voto.
PRESIDENTE DA FRATERNIDADE
74. O Presidente é eleito por três anos. Pode ser reeleito para um segundo
triénio. Só poderá assumir um terceiro mandato consecutivo se tiver dois
terços dos votos do Conselho e a aprovação do Presidente Provincial.
44
O VICE-PRESIDENTE DA FRATERNIDADE
O FORMADOR DA FRATERNIDADE
SECRETÁRIO DA FRATERNIDADE
78. Seja eleito de entre os membros do Conselho um secretário, por três anos.
45
c. Encarregar-se da correspondência oficial e do Arquivo de
Correspondência.
d. Registar as admissões e as promessas no Livro de Registo da
Fraternidade.
e. Redigir e enviar, a pedido do Presidente as convocatórias, com a
ordem de trabalhos, para as reuniões do Conselho e da assembleia
da Fraternidade.
f. Organizar a Biblioteca, de acordo com as determinações do
Conselho.
TESOUREIRO DA FRATERNIDADE
80. Seja eleito de entre os membros do Conselho um Tesoureiro, por três anos.
PROMOTOR DA FRATERNIDADE
84. O Promotor local é nomeado por três anos pelo Prior Provincial, ouvidos
primeiro o Promotor Provincial e o Conselho da Fraternidade (Regra, nº21
c).
46
a. Velar pela formação permanente, doutrinal e espiritual dos membros
da Fraternidade, bem como fomentar o seu amor à Ordem.
b. Colaborar empenhadamente com o formador da Fraternidade na
formação inicial (de base e complementar).
c. Orientar a oração comunitária, procurando, de forma pedagógica,
preparar os dominicanos leigos para a feitura, celebração e
presidência da Oração comunitária.
d. Como representante do Mestre da Ordem,
GRUPO DE SIMPATIZANTES
47
b. O Promotor Provincial, pessoalmente ou através de um delegado
seu, assegurará a orientação e formação dominicana desse grupo.
NÚCLO DE FRATERNIDADE
1. Coordenador
2. Secretário
3. Tesoureiro
4. Formador (só se houver algum dominicano leigo com
promessa definitiva)
48
93. Os elementos da Direcção têm as seguintes atribuições:
NOVAS FRATERNIDADES
96. Os requisitos para que uma Fraternidade seja reconhecida e possa ser
erecta canonicamente, são:
MUDANÇA DE FRATERNIDADES
Saída da Fraternidade
49
B - ORGANIZAÇÃO PROVINCIAL
A ASSEMBLEIA PROVINCIAL
50
c. O seu mandato é de três anos.
O PRESIDENTE PROVINCIAL
51
b. Promover a comunhão fraterna entre os membros das Fraternidades
da Província, por todos os meios, nomeadamente por visitas às
Fraternidades.
c. Convocar o Conselho Provincial e a Assembleia Provincial e presidir
às suas reuniões.
d. Velar pela observância da Regra, Declarações Gerais e Directório,
em diálogo com os presidentes e membros das Fraternidades.
e. Promover a execução das decisões do Conselho Provincial Leigo ou
do Promotor Provincial.
O VICE-PRESIDENTE PROVINCIAL
O SECRETÁRIO PROVINCIAL
O ADMINISTRADOR PROVINCIAL
52
c. Organizar a contabilidade do Conselho e coordená-la com a das
Fraternidades.
d. Velar para que as determinações da partilha económica do Conselho
Provincial Leigo sejam cumpridas.
e. Organizar as contas bancárias do Conselho.
O PROMOTOR PROVINCIAL
53
k. Dialogar e avaliar a vida das Fraternidades com o Presidente
Provincial.
54
3. DIRECTÓRIO DAS FRATERNIDADES LEIGAS DE S.
DOMINGOS DA PROVÍNCIA DE PORTUGAL- 20147
DISPOSIÇÕES INICIAIS
FINALIDADE
1. Este Directório, de acordo com o disposto na Regra das Fraternidades
Leigas de S. Domingos e nas Declarações dos Mestres da Ordem e dos
Capítulos Gerais, contém de forma concreta e pormenorizada as normas e
orientações que se aplicam às Fraternidades Leigas de S. Domingos da
Província de Portugal.
VALOR JURÍDICO
2. O presente Directório, é elaborado e aprovado pelo Conselho Provincial
Leigo.
a. O Prior Provincial com o seu Conselho procederá à sua ratificação e
promulgação.
b. O Mestre Geral, a todo o tempo, poderá ordenar a correcção de uma
qualquer norma já promulgada. (Declaração Geral II do M.O./2007)
OBRIGATORIEDADE
3. O Directório Provincial faz parte, juntamente com a Regra e as Declarações
Gerais, dos Estatutos próprios das Fraternidades Leigas de S. Domingos
7
Revogado pelo Directório de 2019
55
(Regra, nº24), que devem ser aceites como um todo normativo e vividos
desde o momento da admissão nas Fraternidades.
DISPENSA
4. O Prior Provincial pode dispensar das normas da Regra ou do Directório,
que não sejam de Direito divino nem de direito eclesiástico, com dispensa
particular para uma Fraternidade, com ou sem limite temporal.
5. O presidente da Fraternidade pode legitimamente dispensar das normas
não constitutivas e não de direito divino ou de direito eclesiástico, da
Regra ou do Directório, em casos particulares e por tempo determinado.
(Declaração do M.O. nº III/2007)
FLEXIBILIDADE
6. Este Directório permanece aberto à sua renovação, acolhendo as
modificações derivadas das normas da Igreja e da Ordem e da experiência
das Fraternidades.
A – OS DOMINICANOS LEIGOS
DA ADMISSÃO NA FRATERNIDADE
56
e) Consciência da própria vocação, como chamamento do Espírito
Santo, para viver como leigo a missão da Ordem, na Igreja, para o
mundo.
f) Disposição em se tornar apto a realizar uma vida «segundo o espírito
e carisma de S. Domingos» (Regra, nº2).
g) Não pertencer actualmente a nenhuma outra Ordem.
DA FORMAÇÃO INICIAL
Tempo de experiência e formação de base
11. Com o rito de admissão tem início o período de formação de base, com a
duração mínima de um ano, sob a orientação do Formador e do Promotor
local.
12. Durante este período, o candidato junto com os responsáveis pela formação
de base, devem seguir o Plano Provincial de Formação (Regra, nº11 a),
que deve incluir:
57
13. Este período durará o tempo necessário para que o candidato estude e
experimente, e assim possa discernir, em Fraternidade a sua vocação.
15. A profissão consiste numa promessa formal, mas sem voto, de procurar
viver segundo a Regra de Vida das Fraternidades. É emitida perante o
Presidente da Fraternidade e o representante do Mestre da Ordem, e na
presença de outros irmãos.
58
Nesta etapa, o dominicano leigo aprofunda a sua vocação, nos seus
elementos essenciais e completa a sua formação inicial, segundo o Plano
Provincial de Formação, sob a orientação dos responsáveis pela formação.
59
28. Para alimentar a sua vida de união com Deus, seja fiel a um tempo de
meditação ou oração interior, por exemplo, na Eucaristia, ou numa das
Horas litúrgicas (Regra, nº10 d).
31. A leitura espiritual da Sagrada Escritura (em primeiro lugar das Leituras da
Eucaristia Dominical), é uma das fontes fundamentais de contemplação e
da vida apostólica do dominicano leigo (Regra, nº13 a).
32. Tendo presente que a índole «secular» lhe é própria, o dominicano leigo
empenhe-se em buscar o Reino de Deus e a contribuir do interior, à
maneira de fermento, para a santificação do mundo, no meio das
actividades e profissão, e da vida familiar, e social, as quais como que
tecem a sua existência (Conc. Vat. II, Constituição Dogmática sobre a
Igreja: «LumenGentium», nº31).
33. Cada dominicano leigo, quer a título pessoal, quer como enviado da
Fraternidade, ou em colaboração com ela, procure responder às exigências
da missão da Ordem, nos tempos e lugares que se encontra.
34. Atento aos «sinais dos tempos», procure as formas de apostolado que mais
contribuam para a evangelização e a resolução dos seus problemas à luz
da fé (Regra, nº5, nº10 f e nº13)
60
c. Colabore no apostolado dominicano do Rosário (cf. Nº29 deste
Directório).
d. Preste ajuda às obras missionárias da Ordem (Regra, nº9).
e. Colabore nas iniciativas apostólicas paroquiais e diocesanas (Regra,
nº9).
38. Para poder ser integrado numa Fraternidade, o dominicano leigo isolado
necessita do consentimento do Promotor Provincial e do Conselho da
Fraternidade.
DAS INSÍGNIAS
DAS FRATERNIDADES
61
41. Os dominicanos leigos agrupam-se em comunidades cristãs chamadas
Fraternidades, nas quais, pela sua vivência fraterna, experimentam e são
sinal da comunhão eclesial.
42. A convivência dos irmãos na Fraternidade deve ser vivificada pela caridade,
manifestada no acolhimento mútuo e no respeito pela identidade própria de
cada pessoa.
Tipo de Reuniões
62
45. A orientação das reuniões gerais e do Conselho são da responsabilidade do
Presidente, segundo o modo que o Conselho considere mais adequado
para a Fraternidade. Esta orientação deve ser estabelecida em diálogo com
o Promotor local.
46. As reuniões gerais devem ter sempre uma tríplice dimensão, própria do
carisma de S. Domingos: oração, estudo e partilha (de vida e de
informação).
47. Uma vez por ano, cada Fraternidade promova uma reunião de avaliação à
luz da fidelidade à Regra de Vida.
Programa de formação
49. Cada Fraternidade, sob a orientação do presidente, em colaboração com o
formador e o promotor local, devem por em prática o Programa Anual de
Formação Permanente proposto pelo Conselho Provincial Leigo.
Biblioteca
50. Recomenda-se que cada Fraternidade disponha de uma biblioteca
actualizada, para apoio de formação e do estudo.
51. As Fraternidades procurem ser fiéis, nos dias de hoje, ao modelo das
comunidades apostólicas, nas quais os primeiros cristãos «se mostravam
assíduos ao ensinamento das Apóstolos, à comunhão fraterna, à fracção do
pão e às orações» (Actos dos Apóstolos, 2, 42).
63
§. Nas reuniões gerais recomenda-se a celebração da eucaristia ou de
uma das horas litúrgicas, ou a oração de uma parte do Rosário.
53. Os dominicanos leigos participem, pelo menos uma vez por ano, numa
reunião de carácter espiritual (retiro, encontro de fé e de oração, etc.), com
a duração mínima de dois dias (ou fim de semana).
57. O Presidente cuidará para que nas reuniões gerais se reze regularmente
pelos defuntos da Ordem, assim como pelos familiares e benfeitores.
64
DAS FRATERNIDADES COMO COMUNIDADES DE PREGAÇÃO
58. A Ordem dos Pregadores foi fundada por S. Domingos especialmente por
causa da pregação, sendo os seus membros consagrados à evangelização.
As Fraternidades devem por isso ser comunidades de pregação, segundo a
sua própria condição de leigos (Regra, nº4).
A- ORGANIZAÇÃO LOCAL
ORGÃOS
1. A Assembleia da Fraternidade
2. O Conselho
3. O Presidente
4. O Vice-Presidente
5. O Formador
65
6. O Secretário
7. O Tesoureiro
8. O Promotor local
DO MODO DE ELEGER
§. Para que a eleição seja válida, deve estar presente, pelo menos um
terço dos membros da Fraternidade com promessa emitida. Se não
houver o número necessário de participantes após a primeira
convocatória, far-se-á uma segunda, requerendo-se para a validade da
eleição apenas um quarto dos membros da Fraternidade convocados.
62. Tem direito a voto todos os dominicanos leigos, desde que tenham já feito a
promessa temporária.
ASSEMBLEIA DA FRATERNIDADE
66
Os candidatos em formação de base podem participar nas reuniões da
Assembleia, mas sem direito a voto.
O CONSELHO DA FRATERNIDADE
67
§2 – A eleição do Presidente do Conselho da Fraternidade terá de ser
confirmada pelo Presidente Provincial.
70. Para que as decisões do Conselho sejam válidas, têm de estar presentes,
pelo menos, três Conselheiros, incluindo o Presidenteou na sua ausência o
Vice-Presidente.
71. Se durante o triénio faltar algum Conselheiro, que seja eleito outro em
Assembleia da Fraternidade.
§ O seu mandato será pelo tempo que faltar até ao final do mandato
do Conselho.
68
73. O Promotor local participa, por direito, nas reuniões do Conselho, mas sem
direito a voto.
PRESIDENTE DA FRATERNIDADE
76. O Presidente é eleito por três anos. Pode ser reeleito para um segundo
triénio. Só poderá assumir um terceiro mandato consecutivo se tiver dois
terços dos votos do Conselho e a aprovação do Presidente Provincial.
O VICE-PRESIDENTE DA FRATERNIDADE
O FORMADOR DA FRATERNIDADE
69
Para orientar a formação inicial (de base e complementar), seja eleito pelo
Conselho da Fraternidade, por três anos, um encarregado pela
Fraternidade para formação, chamado Formador, de entre os seus
membros comprometidos com promessa definitiva.
SECRETÁRIO DA FRATERNIDADE
80. Seja eleito de entre os membros do Conselho um secretário, por três anos.
70
TESOUREIRO DA FRATERNIDADE
82. Seja eleito de entre os membros do Conselho um Tesoureiro, por três anos.
PROMOTOR DA FRATERNIDADE
86. Não poderá tomar posse o Promotor local que não esteja sujeito à
autoridade do Mestre da Ordem, que depois da nomeação não estabeleça
um acordo escrito com o Prior e Promotor Provincial e não tenha obtido
permissão escrita do seu próprio e competente superior.
87. O Promotor local é nomeado por três anos pelo Prior Provincial, ouvidos
primeiro o Promotor Provincial e o Conselho da Fraternidade (Regra, nº21
c).
71
a. Velar pela formação permanente, doutrinal e espiritual dos membros
da Fraternidade, bem como fomentar o seu amor à Ordem.
b. Colaborar empenhadamente com o formador da Fraternidade na
formação inicial (de base e complementar).
c. Orientar a oração comunitária, procurando, de forma pedagógica,
preparar os dominicanos leigos para a feitura, celebração e
presidência da Oração comunitária.
d. Como representante do Mestre da Ordem,
.presidir aos ritos de admissão e de promessa;
.receber, juntamente com o/a Presidente local, a promessa
temporária ou definitiva.
e. Participar de direito, mas sem voto, nas reuniões do Conselho e da
Assembleia da Fraternidade.
GRUPO DE SIMPATIZANTES
72
a. Durante este percurso, o Conselho Provincial Leigo, com o Promotor
Provincial, procurará a forma de apoiar este grupo através de
dominicanos leigos e de Fraternidades já formadas.
b. O Promotor Provincial, pessoalmente ou através de um delegado
seu, assegurará a orientação e formação dominicana desse grupo.
NÚCLEO DE FRATERNIDADE
1. Coordenador
2. Secretário
3. Tesoureiro
4. Formador (só se houver algum dominicano leigo com
promessa definitiva)
73
§1 – Cada elemento pode acumular mais do que um cargo,
quando tal for necessário para o bom dinamismo do Núcleo,
com excepção de Coordenador/Tesoureiro.
NOVAS FRATERNIDADES
99. Os requisitos para que uma Fraternidade seja reconhecida e possa ser
erecta canonicamente, são:
74
b. Poder eleger Conselho, segundo o prescrito nos nº67 e 68 deste
Directório.
MUDANÇA DE FRATERNIDADES
75
do Conselho da Fraternidade, pode ser expulso por decreto, redigido pelo
Prior Provincial.
a) O decreto de expulsão, uma vez legitimamente sancionado e
notificado por escrito ao interessado, implica a cessação dos direitos e
deveres derivados da promessa.
b) Tal decreto vale, sob pena de nulidade dos actos contrários, para
todas as Fraternidades Leigas dominicanas.
§1- A prévia e atenta evolução das condições de vida e tendo-se a
certeza da correcção, quem seja expulso poderá ser reincorporado na
Ordem nas mesmas condições para a validade da mesma, nos termos do
disposto no precedente nº98, b), 1 e 2.
§2 – Todas as decisões referidas nos números precedentes podem
ser sempre objecto de recurso hierárquico para o Mestre da Ordem.
(Declaração Geral VII do M.O. /2007)
B - ORGANIZAÇÃO PROVINCIAL
A ASSEMBLEIA PROVINCIAL
76
105. A Assembleia é convocada pelo Presidente Provincial, de acordo com o
Promotor Provincial.
77
Conselho, de entre os seus membros, proceder à eleição para o
respectivo cargo, sendo o respectivo mandato pelo tempo restante até
completar o mandato inicial.
O PRESIDENTE PROVINCIAL
78
§. O seu mandato é de três anos. Pode apenas ser reeleito para um
segundo mandato consecutivo.
O VICE-PRESIDENTE PROVINCIAL
O SECRETÁRIO PROVINCIAL
79
c. Redigir e enviar, a pedido do Presidente Provincial, as convocatórias,
com a ordem de trabalhos, para as reuniões do Conselho Provincial
e da Assembleia Provincial e demais circulares.
d. Encarregar-se da correspondência oficial.
O ADMINISTRADOR PROVINCIAL
O FORMADOR PROVINCIAL
80
a. Proceder á implementação do Plano Provincial de Formação
Permanente.
b. Elaborar guiões, textos e demais materiais de formação, bem como
organizar cursos e/ou encontros de formação a nível provincial ou
local.
c. Estabelecer contactos regulares com os Formadores locais, por
forma a articular a implementação do Programa Anual de Formação
Permanente.
d. Fomentar a valorização doutrinal, espiritual e apostólica dos leigos
dominicanos.
O PROMOTOR PROVINCIAL
81
b. Responder perante o Prior Provincial por tudo o que diz respeito à
vida das Fraternidades.
c. Elaborar e rever o Plano Provincial de Formação Inicial, em
colaboração com o Conselho Provincial Leigo.
d. Promover encontros de estudo e de espiritualidade, em colaboração
com o Conselho Provincial Leigo.
e. Visitar com a frequência possível as Fraternidades, promovendo
nelas o espírito dominicano.
f. Colaborar com o Conselho Provincial Leigo na elaboração do
Programa Anual de Formação Permanente para as Fraternidades.
g. Procurar promover o bem espiritual e o zelo apostólico dos
dominicanos leigos.
h. Acompanhar a formação dos Grupos de Simpatizantes e dos leigos
isolados.
i. Propor ao Prior Provincial o reconhecimento de Núcleos de
Fraternidades.
j. Encontrar-se regularmente com os Promotores locais.
k. Dialogar e avaliar a vida das Fraternidades com o Presidente
Provincial.
82
4. PROMULGAÇÃO DIRECTORIO- 2019
83
Carta de Promulgação
A Família Dominicana é composta por vários ramos, todos eles com longa
história e tradição: as monjas, os frades, as irmãs de vida activa e os leigos.
Dentre estes últimos, as Fraternidades Leigas ocupam um lugar privilegiado e, por
isso, é com muita alegria que se promulgam esta Regra e Directório das mesmas
Fraternidades, devidamente actualizados, revistos e aprovados pelo Mestre da
Ordem. Certamente que ajudarão e alimentarão todas as comunidades laicais na
sua vida e missão.
Lisboa, 24 de Junho de 2020
Fr.José Nunes,op – Prior Provincial
84
5. DIRECTÓRIO DAS FRATERNIDADES LEIGAS DE S.
DOMINGOS DA PROVÍNCIA DE PORTUGAL – 2019
DISPOSIÇÕES INICIAIS
FINALIDADE
1. Este Directório, de acordo com o disposto na Regra das Fraternidades
Leigas de S. Domingos e nas Declarações dos Mestres da Ordem e dos
Capítulos Gerais, contém de forma concreta e pormenorizada as normas e
orientações que se aplicam às Fraternidades Leigas de S. Domingos da
Província de Portugal.
OBRIGATORIEDADE
2. O Directório Provincial faz parte, juntamente com a Regra e as Declarações
Gerais, dos Estatutos próprios das Fraternidades Leigas de S. Domingos
(Regra nº24), que devem ser aceites como um todo normativo e vividos
desde o momento da admissão nas Fraternidades.
FLEXIBILIDADE
3. Este Directório permanece aberto à sua renovação, acolhendo as
modificações derivadas das normas da Igreja e da Ordem e da experiência
das Fraternidades, podendo o Conselho Provincial das Fraternidades
propor modificações, supressões e aditamentos às normas deste Directório
segundo o processo previsto nas Declarações Gerais/2019 nº10.
A – OS DOMINICANOS LEIGOS
DA ADMISSÃO NA FRATERNIDADE
85
c) Ter recebido o Sacramento do Crisma (ou Confirmação), ou estar-se
a preparar para o receber (Regra nº1)
d) Desejo de progredir na perfeição evangélica, segundo o seu próprio
estado.
e) Consciência da própria vocação, como chamamento do Espírito
Santo, para viver como leigo a missão da Ordem, na Igreja, para o
mundo.
f) Disposição em se tornar apto a realizar uma vida «segundo o espírito
e carisma de S. Domingos» (Regra nº2).
g) Não pertencer actualmente a nenhuma outra Ordem.
DA FORMAÇÃO INICIAL
Tempo de experiência e formação de base
86
d. Iniciação à vida fraterna, sobretudo pela presença assídua e
participação nas reuniões de formação e reuniões gerais da
Fraternidade.
10. Este período durará o tempo necessário para que o candidato estude e
experimente, e assim possa discernir, em Fraternidade a sua vocação.
12. A profissão consiste numa promessa formal, mas sem voto, de procurar
viver segundo a Regra de Vida das Fraternidades. É emitida perante o
Presidente da Fraternidade e o Assistente Religioso na presença de outros
irmãos.
87
19. Com a promessa temporária começa o segundo período da formação
inicial, com a duração mínima de três anos.
88
25. Para alimentar a sua vida de união com Deus, seja fiel a um tempo de
meditação ou oração interior, por exemplo, na Eucaristia, ou numa das
Horas litúrgicas (Regra, nº10 d).
28. A leitura espiritual da Sagrada Escritura (em primeiro lugar das Leituras da
Eucaristia Dominical), é uma das fontes fundamentais de contemplação e
da vida apostólica do dominicano leigo (Regra, nº13 a).
29. Tendo presente que a índole «secular» lhe é própria, o dominicano leigo
empenhe-se em buscar o Reino de Deus e a contribuir do interior, à
maneira de fermento, para a santificação do mundo, no meio das
actividades e profissão, e da vida familiar, e social, as quais como que
tecem a sua existência (Conc. Vat. II, Constituição Dogmática sobre a
Igreja: «Lumen Gentium», nº31).
30. Cada dominicano leigo, quer a título pessoal, quer como enviado da
Fraternidade, ou em colaboração com ela, procure responder às exigências
da missão da Ordem, nos tempos e lugares em que se encontra.
31. Atento aos «sinais dos tempos», procure as formas de apostolado que mais
contribuam para a evangelização e a resolução dos seus problemas à luz
da fé (Regra, nº5, nº10 f e nº13)
89
b. Colabore com os outros ramos da Família Dominicana no apostolado
(Regra, nº2).
c. Colabore no apostolado dominicano do Rosário.
d. Preste ajuda às obras missionárias da Ordem (Regra, nº9).
e. Colabore nas iniciativas apostólicas paroquiais e diocesanas (Regra,
nº9).
DAS INSÍGNIAS
DAS FRATERNIDADES
36. A convivência dos irmãos na Fraternidade deve ser vivificada pela caridade,
manifestada no acolhimento mútuo e no respeito pela identidade própria de cada
pessoa.
Tipo de Reuniões
90
a. Reuniões gerais, segundo o ritmo, pelo menos, mensal.
b. Reunião de Conselho (ou direcção), regularmente, para preparar as
reuniões gerais e sempre que haja assuntos da vida interna e apostólica da
Fraternidade para tratar.
c. Reunião de formação (específicas) para os candidatos (em formação de
base), e os dominicanos leigos que tenham emitido a promessa temporária (e
formação complementar), com um ritmo, pelo menos, mensal.
d. Reunião de grupos, constituídos por vários elementos da Fraternidade
que se queiram reunir para a oração, estudo, a formação permanente, actividades
apostólicas ou convívio. Estas reuniões poderão contribuir para um
aprofundamento na vida evangélica.
40. As reuniões gerais devem ter sempre uma tríplice dimensão, própria do
carisma de S. Domingos: oração, estudo e partilha (de vida e de informação).
41. Uma vez por ano, cada Fraternidade promova uma reunião de avaliação à
luz da fidelidade à Regra de Vida.
42. A vida e o apostolado dos dominicanos leigos exigem uma formação sólida
e progressiva, a fim de se tornarem verdadeiramente adultos na fé, aptos a
receber, a celebrar e a proclamar a Palavra de Deus (Regra, nº11). O lugar
privilegiado para a formação doutrinal, espiritual e dominicana é a Fraternidade.
Entre os meios de formação, o estudo ocupa um lugar fundamental entre os
elementos que integram o carisma dominicano.
Programa de formação
43. Cada Fraternidade, sob a orientação do presidente, em colaboração com o
formador e o assistente religioso, devem pôr em prática o Programa Anual de
Formação Permanente proposto pelo Conselho Provincial Leigo.
Biblioteca
91
44. Recomenda-se que cada Fraternidade disponha de uma biblioteca
actualizada, para apoio de formação e do estudo.
45. As Fraternidades procurem ser fiéis, nos dias de hoje, ao modelo das
comunidades apostólicas, nas quais os primeiros cristãos «se mostravam
assíduos ao ensinamento das Apóstolos, à comunhão fraterna, à fracção do pão e
às orações» (Actos dos Apóstolos, 2, 42).
47. Os dominicanos leigos participem, pelo menos uma vez por ano, numa
reunião de carácter espiritual (retiro, encontro de fé e de oração, etc.), com a
duração mínima de dois dias (ou fim de semana).
92
c. Cada dominicano leigo ofereça pelo defunto os sufrágios que,
segundo a sua consciência, entender.
51. O Presidente cuidará para que nas reuniões gerais se reze regularmente
pelos defuntos da Ordem, assim como pelos familiares e benfeitores.
52. A Ordem dos Pregadores foi fundada por S. Domingos especialmente por
causa da pregação, sendo os seus membros consagrados à evangelização. As
Fraternidades devem por isso ser comunidades de pregação, segundo a sua
própria condição de leigos (Regra, nº4).
A- ORGANIZAÇÃO LOCAL
ORGÃOS
1. A Assembleia da Fraternidade
2. O Conselho
3. O Presidente
4. O Vice-Presidente
5. O Formador
93
6. O Secretário
7. O Tesoureiro
8. O Assistente Religioso
DO MODO DE ELEGER
56. Tem direito a voto todos os dominicanos leigos, desde que tenham já feito a
promessa temporária.
ASSEMBLEIA DA FRATERNIDADE
94
§. Deve ser convocada com a devida antecedência, indicando-se os
assuntos que irão ser abordados.
O CONSELHO DA FRATERNIDADE
8
. DG2019, nº17§I
95
a. Dar o seu parecer ao Promotor Provincial, antes da nomeação de um
assistente religioso para a Fraternidade, ou propor ao Promotor Provincial a
nomeação de um assistente religioso (Regra nº21 c)
b. Decidir, por voto secreto, da aceitação dos candidatos à admissão na
Fraternidade e dos dominicanos leigos que desejem emitir a promessa
temporária ou definitiva (Regra, nº16)
§ Para aceitação à promessa definitiva só podem votar os Conselheiros que já
a tenham emitido.
c. Enviar propostas ao Conselho Provincial (dos Frades) (Regra, nº23).
d. Fazer propostas ao Promotor Provincial, bem como ao Conselho Provincial
Leigo.
e. Propor à Fraternidade os contributos regulares da partilha económica e do
fundo de entre - ajuda fraterna.
f. Nomear, se necessário, colaboradores dos seus membros, entre os
elementos da Fraternidade, após a eleição do Conselho.
g. Pronunciar-se sobre a saída da Ordem dos membros com promessa
temporária que desejem sair antes do término dos 3 anos; ou sobre o pedido de
saída daqueles que já tenham emitido a promessa definitiva;
h. Pronunciar-se- nos casos de dispensa e expulsão nos termos previstos nos
números 20 a 22 das Declarações Gerais do Mestre da Ordem de 2019.
64. Para que as decisões do Conselho sejam válidas, têm de estar presentes,
pelo menos, três Conselheiros, incluindo o Presidente ou na sua ausência o Vice-
Presidente.
65. Se durante o triénio faltar algum Conselheiro, que seja eleito outro em
Assembleia da Fraternidade.
§ O seu mandato será pelo tempo que faltar até ao final do mandato
do Conselho.
67. O assistente religioso participa, por direito, nas reuniões do Conselho, mas
sem direito a voto.
PRESIDENTE DA FRATERNIDADE
96
e) Velar para que sejam cumpridas as determinações do Conselho Provincial
Leigo e do Promotor Provincial.
f) Receber juntamente com o assistente religioso a promessa temporária ou
definitiva.
g) Promover a comunhão de vida com as Fraternidades da região.
69. O Presidente é eleito por três anos. Pode ser reeleito para um segundo
triénio.
O VICE-PRESIDENTE DA FRATERNIDADE
O FORMADOR DA FRATERNIDADE
SECRETÁRIO DA FRATERNIDADE
73. Seja eleito de entre os membros do Conselho um secretário, por três anos.
97
74. Ao Secretário, compete:
TESOUREIRO DA FRATERNIDADE
75. Seja eleito de entre os membros do Conselho um Tesoureiro, por três anos.
ASSISTENTE RELIGIOSO
98
e. Participar de direito, mas sem voto, nas reuniões do Conselho e da
Assembleia da Fraternidade.
GRUPO DE SIMPATIZANTES
NÚCLEO DE FRATERNIDADE
99
b. De entre os seus elementos, houver, pelo menos, três dominicanos leigos
comprometidos com promessa temporária.
1.Coordenador
2. Secretário
3. Tesoureiro.
4. Formador (só se houver algum dominicano leigo com promessa definitiva)
§1 – Cada elemento pode acumular mais do que um cargo, quando tal for
necessário para o bom dinamismo do Núcleo, com excepção de
Coordenador/Tesoureiro.
100
NOVAS FRATERNIDADES
89. Os requisitos para que uma Fraternidade seja reconhecida e possa ser erecta
canonicamente, são:
a. De entre os seus membros, haver, pelo menos, oito comprometidos com
promessa (temporária ou definitiva).
b. Poder eleger Conselho, segundo o prescrito nos nº60 e 61 deste Directório.
MUDANÇA DE FRATERNIDADES
B - ORGANIZAÇÃO PROVINCIAL
A ASSEMBLEIA PROVINCIAL
101
a. Pelo menos 90 dias imediatamente anteriores ao fim do mandato do
Conselho Provincial, o Presidente Provincial convocará a Assembleia Provincial
electiva.
b. Poderá ser convocada uma Assembleia Provincial não electiva a meio do
triénio, com qualquer das competências indicadas no nº94, excepto as alíneas
a), b) e c).
§Competirá ao Conselho Provincial decidir sobre a necessidade da sua
convocação ou a mesma ser solicitada a pedido de, no mínimo, metade dos
Conselhos das Fraternidades.
c. Ouvido o Promotor Provincial e o Conselho Provincial Leigo, pode o
Presidente convocar uma Assembleia Extraordinária, com um mínimo de 30
dias de antecedência, em caso de fundamentada necessidade e urgência,
podendo ter as competências referidas no nº94.
102
e. Organizar cursos, encontro, reuniões espirituais, peregrinações a nível
provincial.
f. Decidir da presença de Promotores locais, de Assistentes do Promotor
Provincial ou de outros leigos das Fraternidades, em reuniões do Conselho ou
da Assembleia Provincial, sem direito a voto.
g. Nomear representantes das Fraternidades Leigas de S. Domingos nos
organismos da Família Dominicana e noutras estruturas nos âmbitos provincial
ou inter-provincial da Ordem, a nível diocesano, da Igreja em geral ou da
sociedade civil.
h. Apoiar, em colaboração com o Promotor Provincial, a caminhada de
informação e experiência do espírito e vivência do carisma laical dominicano,
expressa na Regra de Vida, de grupos de simpatizantes.
i. Enviar propostas ao Capítulo Geral da Ordem e também ao Capítulo
Provincial (dos frades).
j. Determinar as formas e os quantitativos dos contributos de partilha
económica a nível provincial.
l. Nomear um responsável para a Justiça e Paz e Cuidado da Criação, para
interacção entre os diferentes níveis das Fraternidades (provincial e
internacional) e com a Família Dominicana9.
O PRESIDENTE PROVINCIAL
98. O Presidente Provincial é eleito por voto secreto pela Assembleia Provincial
e o seu mandato é de três anos. Pode apenas ser reeleito para um segundo
mandato consecutivo.
O VICE-PRESIDENTE PROVINCIAL
9
. Resolução de Fátima 2018
103
§ É eleito por três anos pelo Conselho, de entre os seus membros incorporados
na Ordem com promessa definitiva.
O SECRETÁRIO PROVINCIAL
O ADMINISTRADOR PROVINCIAL
O FORMADOR PROVINCIAL
104
a. Proceder à implementação do Plano Provincial de Formação
Permanente.
b. Elaborar guiões, textos e demais materiais de formação, bem como
organizar cursos e/ou encontros de formação a nível provincial ou
local.
c. Estabelecer contactos regulares com os Formadores locais, por
forma a articular a implementação do Programa Anual de Formação
Permanente.
d. Fomentar a valorização doutrinal, espiritual e apostólica dos leigos
dominicanos.
O PROMOTOR PROVINCIAL
10
. Regra, 20 a)
11
. Regra, 20 b)
12
. DG2019 nº18, §II
13
. DG2019, 18, §IV
105
h. Acompanhar a formação dos Grupos de Simpatizantes e dos leigos
isolados.
I. Propor ao Prior Provincial o reconhecimento de Núcleos de Fraternidades.
j. Encontrar-se regularmente com os assistente religiosos.
l. Dialogar e avaliar a vida das Fraternidades com o Presidente Provincial.
109. O Promotor Provincial pode propor ao Prior Provincial com o seu Conselho a
nomeação de assistentes seus, nomeadamente para a Pregação e a Formação.
__________________________________________________________________
106
6. DOCUMENTO DE BOLONHA SOBRE A FAMÍLIA
DOMINICANA – 1983
1. PRÓLOGO
Deus chama continuamente os homens das trevas para a luz da Boa Nova
de Jesus Cristo. Sempre chamou homens e mulheres a adorá-lo e a
proclamar o seu nome. Domingos de Gusmão ouviu esse apelo no grito dos
homens e mulheres do seu tempo e levou-lhes uma mensagem de
esperança e libertação. Logo desde o início houve quem seguisse o
caminho de S. Domingos. Hoje, os Dominicanos e Dominicanas estão
atentos, como S. Domingos estava, às necessidades do nosso tempo. A
Igreja, Povo de Deus, está aberta aos valores evangélicos onde quer que
se possam encontrar e proclama esses valores até aos confins da terra. Os
seguidores de S. Domingos, em razão da sua diversidade, são um
microcosmos da Igreja, na comunidade local, como pelo mundo fora,
totalmente empenhados em difundir a Palavra de Deus. Fiéis ao exemplo
de Cristo e à visão de S. Domingos, estamos abertos ao Espírito que
constantemente chama a Igreja a tornar presente o Senhor ressuscitado em
todas as épocas e culturas.
2. CARISMA DE S. DOMINGOS
107
Igreja e na missão dela. Como seus herdeiros, temos a tarefa de manifestar
a igualdade e complementaridade ente homens e mulheres.
Estamos abertos ao mundo, celebrando a bondade da criação e somos
encorajados a usar a nossa liberdade e a desenvolver os dons que Deus
nos deu.
3. SEGUIDORES DE S. DOMINGOS
108
Um fenómeno do nosso tempo é o aparecimento de grupos com estruturas
mais flexíveis, que buscam inspiração em S. domingos e na sua Ordem.
Estes novos grupos, juntamente com os membros das associações ligadas
à ordem, assim como os familiares, amigos e colaboradores pertencem à
Família Dominicana, em sentido lato.
109
4.2 – O carisma dominicano da pregação é continuamente alimentado pela
Palavra, partilhada em comunidade. Assim, na proclamação da palavra de
Deus, a Família Dominicana exprime a sua unidade centrada nessa Palavra
e procura dar um testemunho comum da Boa Nova.
5. CONCLUSÃO
110
7. ACTAS DO II CONGRESSO INTERNACIONAL DAS FLSD –
BUENOS AIRES/2007
Que propomos?
Proposta:
Criar uma equipe que estude e ensine meditação e oração contemplativa segundo
a tradição dominicana. E igualmente, promover a oração comunitária para
fortalecer a nossa espiritualidade dominicana por meio da Liturgia das Horas, a
Reflexão da Palavra e a recitação da oração do Rosário.
111
pessoal através de diferentes técnicas ou métodos de meditação
que não com o Deus tal como é entendido pelos cristãos.
Precisamos de mostrar como a meditação é uma parte essencial da
nossa tradição cristã e dar a conhecer o propósito da oração.
Quando se implementaria?
Quando os Conselhos assim o decidam
PREGAÇÃO
2º Tópico: Como pregamos no nosso tempo às novas gerações?
O que propomos?
Proposta.
Fazer um processo sistemático de «escuta» aos grupos com os quais lidamos:
jovens, famílias, etc. para tomarmos consciência das suas necessidades. Depois,
fazer um plano operacionbal de pregação e pastoral.
Porque o propomos?
1. Os nossos metodos de pregação estão pouco adaptados aos nossos
tempos.
2. Necessitamos de comunicar com os jovens na sua própria linguagem para
entender como devemos pregar-lhes
3. Para entender o nosso tempo necessitamos ouvir as pessoas e ter em
conta as enormes diferenças de condições de vida.
Proposta
Viver o nosso carisma de pregadores criativamente. Para tal, é necessário
desenvolver e fortalecer a consciência e a confiança de que somos leigos
domincanos pregadores por meio da Palavra, da Caridade e do exemplo,
procurando uma melhor formação nas metodologias de pregação, fazendo uso da
novas tecnologias de informação e comunicação.
Porque o propomos?
1. A nossa identidade como Leigos Dominicanos pregadores não foi
reconhecida no passado devido a razões históricas e culturais.
112
2. A Ordem no tempo presente encara o Laicado Dominicano de nova forma,
como companheiros na pregação.
3. Temos muitas oportunidades, como leigos dominicanos, para chegar a
quem normalmente não vive na Igreja ou não crê em Deus.
Proposta:
Redigir um programa de formação para o laicado dominicano de acordo com a
Regra das Fraternidades Leigas de São Domingos (nº11)
Porque o propomos?
Tal programa providenciará material para o crescimento espiritual dos leigos
dominicanos, para melhor preparação da sua pregação.
O que propomos?
Proposta:
113
B – Para a formação contínua:
14. Fontes de formação dominicana (Sagrada Escrituras, reflexão teológica)
15. História e tradição da Ordem
16. Documentos da Igreja e da Ordem
17. Estudo dos sinais dos tempos, cultura actual;
18. Justiça e Paz e cuidado da Criação;
Porque o propomos?
1. Este programa seria um instrumento para a formação de formadores,
sendo também proveitoso para os formandos;
2. Fortaleceria a colaboração entre Fraternidades de diferentes países que
partilhem os mesmos fundamentos para o programa.
REGRA
1º Tópico: Identidade
A designação deverá ser: Fraternidade e/ou Capítulo Leigo Dominicano;
O leigo dominicano que tenha feito a sua promessa poderá usar livremente a sigla
O.P. depois do seu nome.
No entanto, usando-se tal sigla, deverá preceder o seu nome das siglas do seu
estado civil: Sr.; Srª.
114
3º Tópico: Presidente
«20. a) O Prior provincial preside às Fraternidades, dentro dos limites do seu
território e, com o consentimento do ordinário do lugar, erige novas
Fraternidades.»
Para interpretar este artigo, pede-se que as palavras entre parêntesis incluam
«leigo, frade, irmão, irmã, monja». Pede-se que seja indicado que não tem direito
a voto.
7º Tópico: Exclusão
O Prior Provincial, mediante solicitação da Fraternidade, tem autoridade para
excluir membros em caso de falta de comunhão com a Igreja ou escândalo
público, reconhecendo-se que esta pessoa tem direito a defender-se e de apelar
ao Mestre da Ordem.
115
RESOLUÇÕES DO III CONGRESSO INTERNACIONAL –
FÁTIMA/2018
COMISSÃO: REGRAS GOVERNO E DECLARAÇÕES GERAIS
Resolução 1
1. Que as Fraternidades estejam abertas ao acompanhamento dos divorciados e
aos que casaram de novo, que desejem uma plena comunhão com a Igreja. As
Fraternidades podem discernir a melhor forma de os orientar na sua caminhada
para «uma consciencialização de sua situação diante de Deus». (AL).
Resolução 2.
Segundo a tradição da Ordem e com o significado espiritual da palavra Profissão,
esta expressa melhor a natureza do vínculo dos leigos com a Ordem de São
Domingos, pelo que recomendamos que a Ordem use a palavra Profissão quando
relacionada às Fraternidades Leigas de São Domingos.
Resolução 3.
Respeitando a diferentes tradições, não devem no entanto os trajes usadas por
leigos dominicanos serem confundidos com um hábito religioso.
Resolução 4.
Recomendamos que as Regras 20c e 21b sejam alteradas para permitir que os
membros da Fraternidade e os delegados provinciais ou eleitores elegíveis
possam eleger diretamente os seus respectivos presidentes.
Proposta 5.
A fim de auxiliar o ICLDF a cumprir sua missão, recomendamos que cada
Conselho Provincial / Vicariato submeta anualmente, até 31 de Maio, ao ICLDF e
ao Conselho Regional um relatório contendo as seguintes informações: Nome e
localização das Fraternidades; número de membros e estado da sua profissão
dentro da Fraternidade, atividades para o ano em curso, pessoa de contcto com
endereço de e-mail e número de telefone.
Os dados estatísticos agregados desses relatórios serão publicados no website
das Fraternidades Leigas.
116
Resolução 6.
Que, para futuros Congressos, sejam fornecidas às comissões diretrizes mais
claras que as capacitarão a desenvolver propostas diretas e concisas.
Resolução 7.
Recomendamos que cada Conselho Provincial promova uma maior
consciencialização sobre a importância do trabalho realizado pelo ICLDF e pelos
Conselhos Regionais com o objetivo de melhorar a comunicação e o apoio a
esses Conselhos e, assim, ajudar todas as Fraternidades a trabalharem juntas
como um só corpo. O conhecimento dessas estruturas deve ser incluído como
parte da formação.
Resolução 8.
Recomendamos que seja da responsabilidade de cada Conselho Provincial ou do
Vicariato reportar ao Conselho Regional a pessoa de contacto.
Resolução 9.
Propomos que seja alterada a Seção I (B) (5) dos Estatutos do ICLDF como
segue:
Resolução 10.
No caso de o mandato do Coordenador como representante regional expirar antes
do seu mandato como Coordenador do ICLDF, ele / ela continuará a actuar como
Coordenador do ICLDF pelo tempo restante do seu mandato. Ele deixará de
representar a sua região e o Representante Regional recém-nomeado
representará a Região em questão.
Resolução 11.
Recomendamos que os Diretórios Provinciais / Vicariais permitam que as
Fraternidades concedam dispensas parciais da formação inicial durante o período
que precede a profissão temporária, aos membros aspirantes vindos do
Movimento Internacional da Juventude Dominicana (IDYM) que possam
comprovar ter recebido equivalente formação dominicana.
117
COMISSÃO: PROGRAMA DE FORMAÇÃO GERAL PARA OS LEIGOS
DOMINICANOS
INTRODUÇÃO
PROPOSTA NO. 1:
O ICLDF deve publicar um programa de Estudo e Formação em 2019
considerando as resoluções do Congresso Internacional da Argentina realizado
em 2007 e do Congresso Internacional Fátima 2018.
Cada província, região ou país o adaptará às suas próprias realidades.
PROPOSTA NO. 2:
NÍVEIS DE FORMAÇÃO:
1. Admissão
2. profissão temporária
3. Profissão perpétua: com ela se realiza a incorporação definitiva no ramo secular
da Ordem.
Os diferentes Diretórios devem determinar, entre outras coisas:
a) Os requisitos para admissão à Fraternidade.
b) Os tempos de teste e profissão ou promessa
PROPOSTA Nº 3
:
DIMENSÕES DA FORMAÇÃO
A) FORMAÇÃO HUMANA
Cada Fraternidade é uma pequena comunidade de fé onde a formação humana
deve ter lugar, manifestada através de:
Crescimento do autoconhecimento, descoberta de talentos e limitações,
aprendizagem do diálogo, escutando e respondendo aos outros. Trabalho
conjunto respeitando a diversidade, exercício da compaixão evangélica e
experimentação e difusão da alegria cristã.
118
B) FORMAÇÃO ESPIRITUAL
Consiste em cuidar da oração pessoal e comunitária da Palavra de Deus que nos
interpela a estudá-lo, contemplá-lo e pregá-lo (Cf. Regra nº 10.)
C) FORMAÇÃO TEOLÓGICA
Para dar razão à sua esperança, os leigos dominicanos devem ter uma sólida
formação teológica, conhecimento das ciências humanas, documentos da Igreja
Católica, e da tradição dominicana.
D) FORMAÇÃO APOSTÓLICA
A pregação é exercida no encontro diário com a pessoa, dentro do Fraternidade e
nos campos da vida e da ação, ouvindo, partilhando e praticando a compaixão e a
misericórdia. Promovendo principalmente a Justiça e a Paz e cuidado da Criação
e «a unidade dos cristãos e o diálogo com os não-crentes». (Regra No. 12)
PROPOSTA Nº. 4:
PERFIL DO FORMADOR
1. Deve ser um irmão ou irmã leigo/a de profissão perpétua
2. Ser eleito pelo Conselho por 3 anos e poder ser reeleito
3. Possuir boa preparação doutrinária e conhecimento da Ordem
4. Demonstrar prudência nas relações humanas
5. Capacidade de valorizar a pessoa
6. Sensibilidade aos problemas do candidato
7. Humildade e capacidade de escuta e empatia
O responsável da formação da fraternidade local pode ser membro do conselho ou
não, sendo que neste último caso deve ser ouvido em relação à formação e à
admissão dos candidatos.
PROPOSTA N ° 5
COMUNICAÇÃO
Resolução 1
Recomendamos que todos os Conselhos Regionais e Provinciais indiquem
alguém responsável pela comunicação.
119
Resolução 2.
Propomos o correio eletrônico como a forma preferida de comunicação.
Plataformas digitais alternativas podem ser usadas para comunicar com os nossos
irmãos e irmãs e com a Cúria.
Resolução 3.
Recomendamos: que todos os membros do Conselho Provincial usem correio
eletrônico para comunicar com o representante regional no ICLDF e com o
Promotor Geral dos leigos.
Resolução 4.
Recomendamos que todas as mudanças de membros do Conselho Provincial
sejam prontamente comunicadas ao Conselho Regional, ao representante regional
no ICLDF e ao Promotor Geral dos leigos.
Resolução 5.
Encorajamos todas as Províncias a enviar informações, tais como a vida da
Fraternidade para webmaster@fraternitiesop.com e ao Promotor Geral de
comunicação para press@curia.op.org
Resolução 6.
Recomendamos que as principais atividades das Fraternidades sejam
comunicadas e revistas regionalmente e partilhadas internacionalmente.
Finanças
Resolução 2
O Tesoureiro da ICLDF produzirá um relatório anual de finanças sobre o ano
anterior até 15 de fevereiro do ano em curso. Este relatório será enviado pelo
webmaster do ICLDF para os presidentes e tesoureiros provinciais, cujos e-mails
devem ser fornecidos.
Resolução 3.
Dado que somos uma organização sem fins lucrativos, os fundos excedentes
podem ser utilizados para apoiar projetos da Família Dominicana que precisam de
fundos.
Resolução 4.
Recomendamos manter a contribuição anual para o ICLDF em 1,50 euros por
membro por ano, com prazo até 30 de junho.
120
MONJAS:
• Exortamos as Fraternidades a terem encontros freqüentes com os mosteiros;
• Organizarem atividades, compartilhar momentos de formação, estudo e oração.
• Pedir a sua intercessão por necessidades particulares da Ordem, país e / ou
mundo;
• Contribuir para as suas necessidades.
FRADES:
• Conversarem com frequência, comunicarem notícias, solicitar respeito pela
autonomia dos leigos.
• Requerer acompanhamento das Fraternidades e inclusão em programas de
pastoral e missionários.
RELIGIOSAS:
• Envolver-se em diálogo fraterno com as religiosas e outros leigos envolvidos no
seu trabalho apostólico.
• Abertura à participação mútua em espaços de formação, oração, comunidade e
missão.
LEIGOS.
• Respeitar as diferenças com instituições, movimentos e grupos; e promover
inclusão.
• Construir pontes para formar uma comunidade, para construir espaços de
missão comum.
• Incentivar os leigos a serem, como pede o Papa Francisco, a Igreja a sair,
levando-os a não se deixarem aninhar em casas conventuais e/ou sacristias.
JOVENS
. Reconhecer-lhes a sua identidade, características próprias, mas também
objectivos comuns.
. Intrega-los de pleno direito na Família Dominicana e na sua missão.
PROPOSTAS GERAIS
• Organizar redes vocacionais com a participação de todos os ramos.
• Propor missões comuns de pregação, onde a vida comunitária e a experiência
dos pilares da Ordem sejam experimentados..
• Participar em conselhos e/ou secretariados da Família Dominicana, propor a sua
criação onde eles não existem.
121
[Declaração] A pregação leiga visa dar a conhecer Jesus e partilhar o Evangelho
no nosso mundo, no contexto da família, amigos, vizinhos, pessoas do trabalho,
comunicação social e em todos os outros contextos.
Os pregadores leigos devem ser capazes de ouvir, de tentar entender e
verdadeiramente amar aqueles para quem pregam.
A pregação dos leigos não é apenas ensino, mas saber ouvir, aprender e estar
presente.
A pregação clerical e a pregação de leigos não se excluem mutuamente.
A pregação leiga pode assumir muitas formas, dependendo dos dons dados a nós
por Deus, por exemplo cantando e fazendo música e outras contribuições para
uma liturgia atraente, através da arte,escrevendo, publicando, fazendo cinema,
escutando e realizando orientação espiritual, trabalhando em obras e serviços de
caridade, advocacia para os mais marginalizados, capacidade de servir e muito
mais.
Devemos ser capazes de falar sobre o Evangelho, sobre a nossa fé pessoal e os
ensinamentos da Igreja.
A maneira como vivemos as nossas vidas é também uma maneira de pregar. O
modo como nós vivemos as nossas vidas deve levar as outras pessoas a terem
curiosidade sobre a nossa fé.
A pregação requer que aprendamos a ouvir, a entender os sinais dos nossos
tempos e a reagir a eles.
122
[Recomendação] Recomendamos que cada Fraternidade procure criar projetos
comuns de pregação. Fazendo uso dos carismas individuais dos seus membros,
tais projetos ajudam a Fraternidade no seu desenvolvimento como Fraternidade.
Projectos comunitários incentivam novas ideias,libertam energia, criam nova vida
e novos compromissos dentro da Fraternidade. (Ver Actas do Capítulo Geral de
Bolonha 2016, Nº 126)
Contexto:
Como os ensinamentos da Igreja e de todos os Capítulos Gerais da Ordem nos
últimos 50 anos afirmaram, o trabalho pela Justiça e pela Paz é uma dimensão
constitutiva da evangelização.
Resolução:
Que as Fraternidades leigas em todos os lugares reflitam sobre onde existam
injustiças presentes nas nossas relações pessoais e comunitárias e estruturais e
as abordem de modo a sermos uns pregadores credíveis de Justiça e de Paz.
Contexto:
123
Dado que a Justiça e a Paz são parte integrante da nossa vocação de
leigos dominicanos;
inspirados pelos dois testemunhos de leigos da Venezuela e dos Camarões
neste Congresso;
e dado que a Comissão Dominicana Internacional de Justiça e Paz integra
todos os 5 ramos da Família Dominicana,
nós propomos_
Resolução:
Que todos os diferentes níveis das estruturas dos leigos dominicanos, além da
Fraternidade local (por exemplo, provincial / nacional, regional, internacional)
incluam um responsável pela Justiça, Paz e cuidado da Criação, para interação
entre os diferentes níveis e com a Família Dominicana.
Resolução:
Que uma base de dados dos responsáveis para a Justiça e Paz nas
Fraternidades seja estabelecida e mantida pelo Conselho Provincial Leigo.
Resolução:
Que os leigos dominicanos na Comissão Internacional Dominicana de Justiça e
Paz (IDCJP) enviem informações e alertas através do Conselho Internacional de
Leigos Fraternidades Dominicanas (ICLDF) de modo a permitir que as
Fraternidades locais considerem formas de mostrar solidariedade com os
dominicanos em situações difíceis.
Resolução:
Que todas as Fraternidades leigas sejam informadas de que nossa Ordem tem
presença e participação activa nos delegações das Nações Unidas em Genebra,
Nova Iorque, Viena e Nairobi para facilitar a evangelização a nível global.
A nossa presença junto da delegações da ONU promove a acção junto dos
governos e apoia a actividade dos dominicanos em prol da justiça e direitos
humanos a nível local.
Resolução:
Que a formação leiga dominicana integre a Justiça, Paz e Cuidado da Criação
através da todos os aspectos da formação holística baseada no Evangelho
(Humana, Espiritual, Intelectual e Pastoral/Apostólica) e em todas as etapas de
formação, da inicial à permanente.
Resolução:
Que essa formação intelectual inclua a Doutrina Social da Igreja e os recursos
dominicanos relativos a Justiça e Paz.
Resolução:
Devem os leigos dominicanos ser dotados de capacidades para se envolverem na
resolução de conflitos, na construção da paz e combater as injustiças, acções a
124
serem desenvolvidas, sempre que possível com os coordenadores de Justiça e
Paz de outros ramos da Família Dominicana e outras organizações relevantes.
Contexto:
Em 2017, o Mestre da Ordem lançou a iniciativa de Um Mês Dominicano anual
pela paz desde o primeiro domingo do Advento até o Dia Mundial da Paz da Igreja
a 1 de janeiro. O foco de 2018 será na República Democrática do Congo.
Nós propomos
Resolução:
Que todos as Fraternidades leigas Dominicanas incluam atividades para o Mês da
Paz no seu programa anual.
A. Promotor Provincial
O Promotor Provincial é um frade dominicano sob plena jurisdição do seu prior
Provincial que serve de ligação entre os leigos dominicanos e o Prior Provincial.
Ele é nomeado para um mandato de quatro (4) anos pelo Prior. Ele é um membro
sem direito a voto no Conselho Provincial Leigo e em outros conselhos indicados
pelo Presidente Provincial Leigo.
O Promotor Provincial colabora com o Promotor Geral dos Leigos para apoiar o
missão e visão das Fraternidades Leigas Dominicanas especificamente nas áreas
de Justiça, Paz e cuidado da Criação.
B. Assistente Religioso
O Assistente Religioso pode ser um dos seguintes: um frade dominicano, uma
monja dominicana, um Irmão cooperador dominicano, um diácono dominicano,
um/a leigo/a dominicano com promessa perpétua, (homem ou mulher), uma irmã
religiosa da Família Dominicana, um sacerdote secular ou um religioso de outra
Ordem/Congregação, que ajuda uma Fraternidade individual na dimensão
espiritual e em questões teológicas.
Se um Assistente Religioso não é membro da Ordem dos Pregadores, ele / ela
deve obter autorização do seu superior e assegurar que ele/a esteja devidamente
preparado em história e espiritualidade dominicana. O Assistente Religioso é um
membro sem direito a voto na Fraternidade e é nomeado para um mandato de três
ou quatro anos pelo Prior Provincial.
C. Comum a ambos
O Promotor Provincial e o Assistente Religioso seguem o exemplo de 2 Coríntios
1:24: «Não que tenhamos domínio sobre a sua fé, mas cooperamos com vocês
para que tenham alegria, pois é pela fé que vocês permanecem firmes».
125
A. Promotor Provincial
1. O Promotor Provincial deve possuir uma afabilidade, um interesse e um
entusiasmo pelos leigos dominicanos e ser capaz de ouvir e interagir com os
membros do laicado em todos os níveis sociais e acadêmicos, promovendo a
participação dos membros leigos na obra de pregação da Igreja, assim como nos
ministérios da Província.
126
contribui mediante artigos escritos para o boletim informativo de uma Província
Leiga ou periódico provincial dominicano numa base regular.
B. Assistente Religioso
1. O Assistente Religioso participará nas reuniões de Fraternidade e seu Conselho
sempre que possível, incentivará e promoverá as obras evangélicas e apostólicas
dos membros e da Fraternidade.
__________________________________________________________________
____
Tradução a partir do livro: «Actas del Congresso - III Congresso internacional del
Laicado», ICLDF, 2018
127
fundação da Ordem, adiou-se a sua realização por um ano, vindo a ocorrer em
Fátima, Portugal, em Outubro de 2018.
Resolução 1
1. Que as Fraternidades estejam abertas ao acompanhamento dos divorciados e
aos que casaram de novo, que desejem uma plena comunhão com a Igreja. As
Fraternidades podem discernir a melhor forma de os orientar na sua caminhada
para «uma consciencialização de sua situação diante de Deus». (AL).
Resolução 2.
Segundo a tradição da Ordem e com o significado espiritual da palavra Profissão,
esta expressa melhor a natureza do vínculo dos leigos com a Ordem de São
Domingos, pelo que recomendamos que a Ordem use a palavra Profissão quando
relacionada às Fraternidades Leigas de São Domingos.
Resolução 3.
Respeitando a diferentes tradições, não devem no entanto os trajes usadas por
leigos dominicanos serem confundidos com um hábito religioso.
Resolução 4.
Recomendamos que as Regras 20c e 21b sejam alteradas para permitir que os
membros da Fraternidade e os delegados provinciais ou eleitores elegíveis
possam eleger diretamente os seus respectivos presidentes.
Proposta 5.
A fim de auxiliar o ICLDF a cumprir sua missão, recomendamos que cada
Conselho Provincial / Vicariato submeta anualmente, até 31 de Maio, ao ICLDF e
128
ao Conselho Regional um relatório contendo as seguintes informações: Nome e
localização das Fraternidades; número de membros e estado da sua profissão
dentro da Fraternidade, atividades para o ano em curso, pessoa de contcto com
endereço de e-mail e número de telefone.
Os dados estatísticos agregados desses relatórios serão publicados no website
das Fraternidades Leigas.
Resolução 6.
Que, para futuros Congressos, sejam fornecidas às comissões diretrizes mais
claras que as capacitarão a desenvolver propostas diretas e concisas.
Resolução 7.
Recomendamos que cada Conselho Provincial promova uma maior
consciencialização sobre a importância do trabalho realizado pelo ICLDF e pelos
Conselhos Regionais com o objetivo de melhorar a comunicação e o apoio a
esses Conselhos e, assim, ajudar todas as Fraternidades a trabalharem juntas
como um só corpo. O conhecimento dessas estruturas deve ser incluído como
parte da formação.
Resolução 8.
Recomendamos que seja da responsabilidade de cada Conselho Provincial ou do
Vicariato reportar ao Conselho Regional a pessoa de contacto.
Resolução 9.
Propomos que seja alterada a Seção I (B) (5) dos Estatutos do ICLDF como
segue:
Resolução 10.
No caso de o mandato do Coordenador como representante regional expirar antes
do seu mandato como Coordenador do ICLDF, ele / ela continuará a actuar como
Coordenador do ICLDF pelo tempo restante do seu mandato. Ele deixará de
representar a sua região e o Representante Regional recém-nomeado
representará a Região em questão.
Resolução 11.
Recomendamos que os Diretórios Provinciais / Vicariais permitam que as
Fraternidades concedam dispensas parciais da formação inicial durante o período
que precede a profissão temporária, aos membros aspirantes vindos do
129
Movimento Internacional da Juventude Dominicana (IDYM) que possam
comprovar ter recebido equivalente formação dominicana.
PROPOSTA NO. 1:
O ICLDF deve publicar um programa de Estudo e Formação em 2019
considerando as resoluções do Congresso Internacional da Argentina realizado
em 2007 e do Congresso Internacional Fátima 2018.
Cada província, região ou país o adaptará às suas próprias realidades.
PROPOSTA NO. 2:
NÍVEIS DE FORMAÇÃO:
1. Admissão
2. profissão temporária
3. Profissão perpétua: com ela se realiza a incorporação definitiva no ramo secular
da Ordem.
Os diferentes Diretórios devem determinar, entre outras coisas:
a) Os requisitos para admissão à Fraternidade.
b) Os tempos de teste e profissão ou promessa
PROPOSTA Nº 3
:
DIMENSÕES DA FORMAÇÃO
A) FORMAÇÃO HUMANA
Cada Fraternidade é uma pequena comunidade de fé onde a formação humana
deve ter lugar, manifestada através de:
130
Crescimento do autoconhecimento, descoberta de talentos e limitações,
aprendizagem do diálogo, escutando e respondendo aos outros. Trabalho
conjunto respeitando a diversidade, exercício da compaixão evangélica e
experimentação e difusão da alegria cristã.
B) FORMAÇÃO ESPIRITUAL
Consiste em cuidar da oração pessoal e comunitária da Palavra de Deus que nos
interpela a estudá-lo, contemplá-lo e pregá-lo (Cf. Regra nº 10.)
C) FORMAÇÃO TEOLÓGICA
Para dar razão à sua esperança, os leigos dominicanos devem ter uma sólida
formação teológica, conhecimento das ciências humanas, documentos da Igreja
Católica, e da tradição dominicana.
D) FORMAÇÃO APOSTÓLICA
A pregação é exercida no encontro diário com a pessoa, dentro do Fraternidade e
nos campos da vida e da ação, ouvindo, partilhando e praticando a compaixão e a
misericórdia. Promovendo principalmente a Justiça e a Paz e cuidado da Criação
e «a unidade dos cristãos e o diálogo com os não-crentes». (Regra No. 12)
PROPOSTA Nº. 4:
PERFIL DO FORMADOR
1. Deve ser um irmão ou irmã leigo/a de profissão perpétua
2. Ser eleito pelo Conselho por 3 anos e poder ser reeleito
3. Possuir boa preparação doutrinária e conhecimento da Ordem
4. Demonstrar prudência nas relações humanas
5. Capacidade de valorizar a pessoa
6. Sensibilidade aos problemas do candidato
7. Humildade e capacidade de escuta e empatia
O responsável da formação da fraternidade local pode ser membro do conselho ou
não, sendo que neste último caso deve ser ouvido em relação à formação e à
admissão dos candidatos.
PROPOSTA N ° 5
COMUNICAÇÃO
131
Resolução 1
Recomendamos que todos os Conselhos Regionais e Provinciais indiquem
alguém responsável pela comunicação.
Resolução 2.
Propomos o correio eletrônico como a forma preferida de comunicação.
Plataformas digitais alternativas podem ser usadas para comunicar com os nossos
irmãos e irmãs e com a Cúria.
Resolução 3.
Recomendamos: que todos os membros do Conselho Provincial usem correio
eletrônico para comunicar com o representante regional no ICLDF e com o
Promotor Geral dos leigos.
Resolução 4.
Recomendamos que todas as mudanças de membros do Conselho Provincial
sejam prontamente comunicadas ao Conselho Regional, ao representante regional
no ICLDF e ao Promotor Geral dos leigos.
Resolução 5.
Encorajamos todas as Províncias a enviar informações, tais como a vida da
Fraternidade para webmaster@fraternitiesop.com e ao Promotor Geral de
comunicação para press@curia.op.org
Resolução 6.
Recomendamos que as principais atividades das Fraternidades sejam
comunicadas e revistas regionalmente e partilhadas internacionalmente.
Finanças
Resolução 2
O Tesoureiro da ICLDF produzirá um relatório anual de finanças sobre o ano
anterior até 15 de fevereiro do ano em curso. Este relatório será enviado pelo
webmaster do ICLDF para os presidentes e tesoureiros provinciais, cujos e-mails
devem ser fornecidos.
Resolução 3.
Dado que somos uma organização sem fins lucrativos, os fundos excedentes
podem ser utilizados para apoiar projetos da Família Dominicana que precisam de
fundos.
Resolução 4.
132
Recomendamos manter a contribuição anual para o ICLDF em 1,50 euros por
membro por ano, com prazo até 30 de junho.
MONJAS:
• Exortamos as Fraternidades a terem encontros freqüentes com os mosteiros;
• Organizarem atividades, compartilhar momentos de formação, estudo e oração.
• Pedir a sua intercessão por necessidades particulares da Ordem, país e / ou
mundo;
• Contribuir para as suas necessidades.
FRADES:
• Conversarem com frequência, comunicarem notícias, solicitar respeito pela
autonomia dos leigos.
• Requerer acompanhamento das Fraternidades e inclusão em programas de
pastoral e missionários.
RELIGIOSAS:
• Envolver-se em diálogo fraterno com as religiosas e outros leigos envolvidos no
seu trabalho apostólico.
• Abertura à participação mútua em espaços de formação, oração, comunidade e
missão.
LEIGOS.
• Respeitar as diferenças com instituições, movimentos e grupos; e promover
inclusão.
• Construir pontes para formar uma comunidade, para construir espaços de
missão comum.
• Incentivar os leigos a serem, como pede o Papa Francisco, a Igreja a sair,
levando-os a não se deixarem aninhar em casas conventuais e/ou sacristias.
JOVENS
. Reconhecer-lhes a sua identidade, características próprias, mas também
objectivos comuns.
. Intrega-los de pleno direito na Família Dominicana e na sua missão.
PROPOSTAS GERAIS
• Organizar redes vocacionais com a participação de todos os ramos.
• Propor missões comuns de pregação, onde a vida comunitária e a experiência
dos pilares da Ordem sejam experimentados..
• Participar em conselhos e/ou secretariados da Família Dominicana, propor a sua
criação onde eles não existem.
133
• Juntarem-se ativamente às paróquias, organizações leigas e espaços da Igreja
local.
A pregação leiga pode assumir muitas formas, dependendo dos dons dados a nós
por Deus, por exemplo cantando e fazendo música e outras contribuições para
uma liturgia atraente, através da arte, escrevendo, publicando, fazendo cinema,
escutando e realizando orientação espiritual, trabalhando em obras e serviços de
caridade, advocacia para os mais marginalizados, capacidade de servir e muito
mais.
Devemos ser capazes de falar sobre o Evangelho, sobre a nossa fé pessoal e os
ensinamentos da Igreja.
A maneira como vivemos as nossas vidas é também uma maneira de pregar. O
modo como nós vivemos as nossas vidas deve levar as outras pessoas a terem
curiosidade sobre a nossa fé.
A pregação requer que aprendamos a ouvir, a entender os sinais dos nossos
tempos e a reagir a eles.
134
A vida nas nossas Fraternidades deve refletir as palavras de Jesus em João
17,11: “para que sejais um, assim como nós somos um”, levando desse modo a
que a Fraternidade por si mesma seja uma forma de pregação.
Contexto:
Como os ensinamentos da Igreja e de todos os Capítulos Gerais da Ordem nos
últimos 50 anos afirmaram, o trabalho pela Justiça e pela Paz é uma dimensão
constitutiva da evangelização.
Resolução:
135
Que as Fraternidades leigas em todos os lugares reflitam sobre onde existam
injustiças presentes nas nossas relações pessoais e comunitárias e estruturais e
as abordem de modo a sermos uns pregadores credíveis de Justiça e de Paz.
Contexto:
Dado que a Justiça e a Paz são parte integrante da nossa vocação de
leigos dominicanos;
inspirados pelos dois testemunhos de leigos da Venezuela e dos Camarões
neste Congresso;
e dado que a Comissão Dominicana Internacional de Justiça e Paz integra
todos os 5 ramos da Família Dominicana,
nós propomos:
Resolução:
Que todos os diferentes níveis das estruturas dos leigos dominicanos, além da
Fraternidade local (por exemplo, provincial / nacional, regional, internacional)
incluam um responsável pela Justiça, Paz e cuidado da Criação, para interação
entre os diferentes níveis e com a Família Dominicana.
Resolução:
Que uma base de dados dos responsáveis para a Justiça e Paz nas Fraternidades
seja estabelecida e mantida pelo Conselho Provincial Leigo.
Resolução:
Que os leigos dominicanos na Comissão Internacional Dominicana de Justiça e
Paz (IDCJP) enviem informações e alertas através do Conselho Internacional de
Leigos Fraternidades Dominicanas (ICLDF) de modo a permitir que as
Fraternidades locais considerem formas de mostrar solidariedade com os
dominicanos em situações difíceis.
Resolução:
Que todas as Fraternidades leigas sejam informadas de que nossa Ordem tem
presença e participação activa nas delegações das Nações Unidas em Genebra,
Nova Iorque, Viena e Nairobi para facilitar a evangelização a nível global.
A nossa presença junto das delegações da ONU promove a acção junto dos
governos e apoia a actividade dos dominicanos em prol da justiça e direitos
humanos a nível local.
Resolução:
Que a formação leiga dominicana integre a Justiça, Paz e Cuidado da Criação
através da todos os aspectos da formação holística baseada no Evangelho
(Humana, Espiritual, Intelectual e Pastoral/Apostólica) e em todas as etapas de
formação, da inicial à permanente.
Resolução:
136
Que essa formação intelectual inclua a Doutrina Social da Igreja e os recursos
dominicanos relativos a Justiça e Paz.
Resolução:
Devem os leigos dominicanos ser dotados de capacidades para se envolverem na
resolução de conflitos, na construção da paz e combater as injustiças, acções a
serem desenvolvidas, sempre que possível com os coordenadores de Justiça e
Paz de outros ramos da Família Dominicana e outras organizações relevantes.
Contexto:
Em 2017, o Mestre da Ordem lançou a iniciativa de Um Mês Dominicano anual
pela paz desde o primeiro domingo do Advento até o Dia Mundial da Paz da Igreja
a 1 de janeiro. O foco de 2018 será na República Democrática do Congo.
Nós propomos
Resolução:
Que todos as Fraternidades leigas Dominicanas incluam atividades para o Mês da
Paz no seu programa anual.
A. Promotor Provincial
O Promotor Provincial é um frade dominicano sob plena jurisdição do seu prior
Provincial que serve de ligação entre os leigos dominicanos e o Prior Provincial.
Ele é nomeado para um mandato de quatro (4) anos pelo Prior. Ele é um membro
sem direito a voto no Conselho Provincial Leigo e em outros conselhos indicados
pelo Presidente Provincial Leigo.
O Promotor Provincial colabora com o Promotor Geral dos Leigos para apoiar o
missão e visão das Fraternidades Leigas Dominicanas especificamente nas áreas
de Justiça, Paz e cuidado da Criação.
B. Assistente Religioso
O Assistente Religioso pode ser um dos seguintes: um frade dominicano, uma
monja dominicana, um Irmão cooperador dominicano, um diácono dominicano,
um/a leigo/a dominicano com promessa perpétua, (homem ou mulher), uma irmã
religiosa da Família Dominicana, um sacerdote secular ou um religioso de outra
Ordem/Congregação, que ajuda uma Fraternidade individual na dimensão
espiritual e em questões teológicas.
Se um Assistente Religioso não é membro da Ordem dos Pregadores, ele / ela
deve obter autorização do seu superior e assegurar que ele/a esteja devidamente
preparado em história e espiritualidade dominicana. O Assistente Religioso é um
membro sem direito a voto na Fraternidade e é nomeado para um mandato de três
ou quatro anos pelo Prior Provincial.
137
C. Comum a ambos
O Promotor Provincial e o Assistente Religioso seguem o exemplo de 2 Coríntios
1:24: «Não que tenhamos domínio sobre a sua fé, mas cooperamos com vocês
para que tenham alegria, pois é pela fé que vocês permanecem firmes».
A. Promotor Provincial
1. O Promotor Provincial deve possuir uma afabilidade, um interesse e um
entusiasmo pelos leigos dominicanos e ser capaz de ouvir e interagir com os
membros do laicado em todos os níveis sociais e acadêmicos, promovendo a
participação dos membros leigos na obra de pregação da Igreja, assim como nos
ministérios da Província.
138
6. O Promotor Provincial promove iniciativas de leigos dominicanos sobre Justiça,
Paz e cuidado com a Criação.
B. Assistente Religioso
1. O Assistente Religioso participará nas reuniões de Fraternidade e seu Conselho
sempre que possível, incentivará e promoverá as obras evangélicas e apostólicas
dos membros e da Fraternidade.
139
Reconhece-se que cada Provincia, Vice-Provincia e vicariato goza de autonomia
conforme os direitos e responsabildiades que se define na Regra, o Conselho
inspira-se e apoia-se no carisma que e consubstancial a todas elas.
Declaração de Missão:
ICLDF é uma estrtura internacional que busca promover uma maior comunicação
entre as Fratenridades Leigas Dominicanas com o fim de alcançar uma pregação
do Evangelho mais eficaz.
ESTATUTOS
1. O CONSELHO
A) Governo
1) O Conselho é regulado por:
a. O presente Estatuto;
b. As Regulações;
2) Os estatutos só podem ser modificados com uma maioria de dois terços
de todos os membros com direito a voto no Congresso Internacional. O
Conselho pode modificar as Regulações e recomendações.
3) O Conselho entende ser sua obrigação de defender os interesses das
Fraternidades Leigas Dominicanas e está debaixo da autoridade
canónica do Mestre da Ordem.
4) Tanto os estatutos como os Regulamentos estão sujeitos, e devem ser
obedientes e não contrários à Regra.
B) Membros
1) O Conselho é composto pelo Promotor Geral do Laicado
dominicano e cinco leigos dominicanos eleitos que tenham
realizado a promessa definitiva, um por cada Região.
2) As regiões são:
ÁFRICA – Conselho Africano das Fraternidades Leigas
Dominicanas (ACLDF)
ÁSIA/PACíFICO – Conselho Ásia/Pacífico de Leigos Dominicanos
(APLD)
EUROPA – Conselho Europeu das Fraternidades Leigas
Dominicanas (ECLDF)
AMÉRICA DO NORTE – Conselho Interpovincial do Laicado
Dominicano (DLIPC)
AMÉRICA LATINA – Conselho das Fraternidades Leigas
Dominicanas da América Latina e Caraíbas (COFALC)
140
Mestre da Ordem designará um representante de uma
determinada região até que se possa realizar a eleição ordinária.
C) Obrigações do Conselho
1)
a) Os membros do Conselho estabelecerão uma comunicação
contínua com os Leigos Dominicanos da respectiva Região;
b) O Conselho estabelecerá e manterá uma fluída relação com
os outros grupos da Família Dominicana;
c) O Conselho esforçar-se-á em colaborar com as actividades
internacionais da Família Dominicana.
141
7) O Conselho preparar-se-á e será o responsável pelo correcto desenrolar
dos Congressos Internacionais das Fraternidades Leigas Dominicanas a
cada dez anos e de realizar as seguintes actividades:
D) Finanças
1) Os irmãos e irmãs das Fraternidades/Capítulos Leigas Dominicanas de
todo o mundo, segundo o espírito de unidade no seio da Igreja do nosso
pai São Domingos, cooperam com uma quota anual que se aprovará no
Congresso internacional para suportar as despesas do Secretariado das
Fraternidades leigas Dominicanas estabelecido em Roma, e o
orçamento apresentado.
2) A quota anual será actualizada anualmente considerando a inflação em
Itália.
3) As Fraternidades/Capítulos enviarão as suas contribuições anuais ao
seu Conselho Provincial ou Nacional, a fim de serem remetidas à
Tesoureira internacional.
4) Cada ano, o Tesoureiro do Conselho Internacional enviará cópias da
situação financeira, auditado, a cada Conselho Provincial ou Nacional,
os quais deverão enviar a cada Fraternidade /Capítulo.
5) As funções dos distintos órgãos de governo das Fraternidades
/Capítulos dos Leigos Dominicanos relativos a finanças e economia
serão os seguintes:
Funções:
a) ICLDF
1) Aprovar o orçamento anual;
2) Aprovar os relatórios financeiros auditados e remetê-los aos
conselhos locais.
142
3) Propor à Assembleia Geral a contribuição anual.
4) Aprovar o orçamento para o Congresso e outros eventos.
b) Assembleia Geral:
Aprovar a Contribuição Anual sobre a base dos Relatórios
Financeiros auditados nos períodos anteriores.
c) Tesoureiro internacional:
a. Administrar os recursos financeiros necessários ao
funcionamento eficiente do ICLDF;
b. Estabelecer estratégias com o fim de obter recursos
financeiros;
c. Estabelecer o orçamento anual.
d. Preparar os orçamentos financeiros para o Congresso e outros
eventos.
II. O CONGRESSO
A) Composição do Congresso
1)
a) Cada Provincia, Vice-Provincia ou Vicariato enviará um
delegado ao Congresso.
Quando seja possível este delegado será o
Presidente.
b) Cada Provincia, vice-Provincia ou Vicariato elegerá um
delegado alternativo se o presidente não puder
participar.
c) Todos os delegados deverão ser Leigos dominicanos
com promessa definitiva.
d) Todos os membros do ICLDF poderão participar.
e) Os membros do Comité Executivo do Congresso
poderão participar.
f) Os presidentes regionais poderão participar.
2) O Promotor Geral do Laicado Dominicano também participará.
3) Cada Provincia (ver Preâmbulo) enviará um delegado. No entanto,
onde exista um provincia multinacional, as fraternidades enviarão um
delegado de cada país.
4) Os nomes dos delegados serão comunicados, pelo menos, seis
meses antes da realização do Congresso.
5) Todos os delegados deverão ter uma carta de autorização do seu
Conselho Provincial Leigo ou do Prior Provincial, atestando que
foram eleitos para representar a sua Provincia.
6) O Mestre da Ordem será convidado do Congresso.
7) Um jurista em direito canónico será convidado do Congresso.
B) Deveres e funções
143
1) Estudar e discutir as questões relacionadas com as Fraternidades
Leigas Dominicanas e fazer propostas ao ICLDF.
2) Debater, propor e votar sobre modificações à Regra.
3) Fazer petições ao Mestre da Ordem em assuntos relativos às
Fraternidades Leigas Dominicanas.
4) Propor e promover meios de financiamento do trabalho do ICLDF.
5) Votar sobre a aceitação de qualquer proposta de mudança dos
Estatutos do Conselho.
6) .
a) Debater sobre a forma e meios para auxiliar os
membros a satisfazer a sua missão de
pregação.
b) Debater sobre o modo de promover vocações
para todos os ramos da Ordem.
c) Debater sobre a maneira de ajudar as missões
onde exista carência de material para formação
e estudo.
d) Promover a colaboração com os membros da
Família Dominicana.
C) Corpo eleitoral
1) O corpo eleitoral será composto por:
a) Os delegados representantes das suas províncias, vice-
provincias e vicaritos ou países.
b) Os membros do conselho Internacional ou os seus
substitutos.
Se um membro do Conselho Internacional é também delegado da sua Provincia,
Vice-Provincia ou vicariato ou país, deverá emitir apenas um único voto.
REGULAMENTOS
1) Coordenador
Os deveres do Coordenador são:
- Assegurar que toda a correspondência relevante é distribuída a
todos os membros do Conselho.
- Assegurar que os documentos concernentes aos leigos
dominicanos de carácter internacional chegam ao conhecimento de
todos a que dizem respeito.
- Assegurar que as actas de cada encontro são elaboradas e
distribuidas entre os membros do Conselho.
144
- Actuar como elo de ligação entre os membros do Conselho quando
seja necessário.
- Manter o registo actualizado do termo dos mandatos de cada
membro do Conselho.
- Presidir ao Conselho.
2) O Tesoureiro
Os deveres do Tesoureiro são:
- Gerir os recursos financeiros para o Congresso.
- Criar estratégias para obter recursos.
- Estabelecer um orçamento para as despesas relativas ao
Concelho.
- Submeter anualmente as contas do Conselho a uma auditoria
independente.
- Estabelecer um orçamento para os Congresso do Laicado
Dominicano organizados pelo ICLDF.
- As responsabilidades contraídas pelo Conselho em nome do
Conselho serão igualmente partilhadas por todos e cada um dos
membros do Conselho.
- Se o Conselho for dissolvido, os fundos remanescentes, depois de
saldadas as despesas do Conselho, destinam-se a uma entidade
que seja determinada pela Assembleia Geral.
3) O Secretário
- Preparar as Actas das reuniões do Conselho e distribui-las entre os
membros do Conselho antes da reunião.
- Encarregar-se das tarefas correntes da secretaria.
- Entregar as actas aos novos membros do Conselho.
- Supevisionar o procedimento de votação.
- Recolher e actualizar os nomes e direcções dos contactos
relevantes, correio eletrónico e números de fax.
B) Regras e procedimentos
1) Financeiros
- Todo o dinheiro recebido será depositado numa conta em nome do
Conselho.
- Apenas os membros do Conselho estão autorizados a aceder á
cota para cobrir as despesas relativas às suas tarefas de
conselheiros.
- A aprovação das despesas incumbe ao Coordenador, ao
Tesoureiro e ao Promotor Geral do Laicado.
- As responsabilidades contraídas pelo Conselho em nome do
Conselho serão igualmente partilhadas por todos e cada um dos
membros do Conselho.
2) Administrativos
145
- O Conselho reunirá pelo menos uma vez por ano.
- O Conselho:
a) Informará todas as Províncias, Vicariatos sobre os assuntos
tratados no Congresso.
b) Preparará e distribuirá as Actas das reuniões;
c) Preparará e debaterá assuntos referentes ao Congresso
Internacional.
d) Arquivará documentos das reuniões e da correspondência e
salvaguardará os relatorios do Conselho anterior, testemunho da sua
história.
Recomendações
Proposta:
Que estabeleçamos um léxico comum que reflita o que somos, quais são os
nossos em diversos países e em consequência que terminologia é a norma de
uso, adaptada às diversas línguas do mundo. Recomendamos:
146
19. LEIGOS DOMINICANOS – como a designação de membros leigos da
Ordem; o substantivo Dominicanos invoca o que somos; Leigos descreve
que tipo de Dominicanos.
20. O.P. como a designação de todos os leigos Dominicanos com promessa.
21. FRATERNIDADE/CAPÍTULO – como o nome dos nossos grupos, que
expressa o modo de vida como irmãos e irmãs e reflecte um dos nossos
pilares.
22. GRUPO como a designação de um grupo cujo objectivo é formar uma
fraternidade/capítulo.
23. CONSELHOS como orgão de governo dos Leigos Dominicanos, pelo
menos, a nível de Fraternidade/Capítulo ou Província.
24. PROMOTOR PROVINCIAL é o frade, irmã ou leigo, que é a ligação entre
os Leigos Dominicanos e os outros ramos da Ordem.
25. ASSISTENTE RELIGIOSO é o frade, irmãos ou leigo dominicano, ou outra
pessoa aprovada pelo Prior Provincial, que assiste á Fraternidade/Capítulo
de Leigos Dominicanos.
26. PRESIDENTE é o líder eleito de uma fraternidade/capítulo, presidente é o
temro usado na versão latina da Regra e que melhor descreve a função.
Proposta:
Estar abertos às pessoas que queiram seguir a espiritualidade dominicana, mas
que por razões pessoais, não podem professar. Poderão participar no
capítulo/fraternidade de leigos dominicanos a nível local, com o consentimento dos
membros da fraternidade/capítulo.
Proposta:
Os capítulos/fraternidades de leigos dominicanos deverão reconhecer e acolher os
grupos de leigos dominicanos novos e os que já existem, com as suas próprias
estruturas, para partilhar juntos como irmãos e irmãs dominicanos e dar mais fruto
na nossa vocação de pregar aos demais.
4º Tópico: Internet
Proposta:
A utilização da internet é uma maravilhosa fonte de mútua informação e materiais
para cada ramo da Família Dominicana. É também um novo modo de pregação.
Por isso, é importante formar uma equipe internacional de internet para que se
elabore um inventário de todas as fontes dominicanas para as tornar conhecidas,
úteis e ligadas entre todos em Família Dominicana.
147
Introdução
A sensatez, humildade e a solidariedade manifestam as bem-aventuranças do
sermão da Montanha.
A Unanimidade identifica-nos como Dominicanos em todo o mundo, a Liberdade
nos dá a possibilidade de apresentar as nossas ideias sempre em busca do BEM
COMUM.
Tal é que nos preocupa quando falamos de economia e finanças.
Todoa a organização tem uma estrutura. Todas as estruturas tem um custo, no
entanto as estruturas são necessárias para o bom funcionamento das
organizações.
Por isso se queremos estar adequadamente organizados necessitamos de ter
uma estrutura sólida que nos permita ser eficientes no cumprimento da nossa
missão que é a pregação do Evangelho. Somos leigos que vivemos inseridos no
mundo e o nosso espaço de Pregação é esse mesmo mundo. Devemos então
utilizar as ferramentas que o mundo criou para que possamos falar a sua própria
linguagem e ser escutados.
Proposta:
Relativamente aos Estatutos do Conselho Internacional necessitamos de
estabelecer o seguinte:
148
2) Aprovar os realtorios financeiros auditados e remetê-los
aos conselhos locais.
3) Propor à Assembleia Geral a contribuição anual.
4) Aprovar o orçamento para o Congresso e outros
eventos.
B) Assembleia Geral:
Aprovar a Contribuição Anual sobre a base dos Relatórios
Financeiros auditados nos períodos anteriores.
C) Tesoureiro internacional:
1) Administrar os recursos financeiros necessários ao
funcionamento eficiente do ICLDF;
2) Estabelecer estratégias com o fim de obter recursos
financeiros;
3) Estabelecer o orçamento anual.
4) Preparar Relatorios financeiros do Congresso e outros
eventos.
5) Preparar o Orçamento para o Congresso e outros
eventos;
REGIÃO CONTRIBUIÇÃO
AFRICA € 1.00
ASIA PACIFICO € 1.50
AMERICA LATINA E CARIBE € 1.50
EUROPA € 1.50
ESTADOS UNIDOS E CANADÁ € 1.50
Proposta:
149
Desenvolver um «sitio» web internacional paera as entidades leigas, que possa
servir de nó internacional de ligação internacional entre todas as entidades leigas.
Proposta:
Prestar atenção á tarefa de desenvolver em cada província um programa de
formação, adaptada às necessidades da gente jovem e daqueles que não tiveram
o benefício de uma formação inicial. Desta forma, será mais fácil acolher em
novas Fraternidades /Capítulos aqueles que quiserem ter um primeiro encontro.
150
151
9. ESTATUTO DO CONSELHO EUROPEU DAS
FRATERNIDADES – ECLDF
Preâmbulo
ESTATUTOS
I. O CONSELHO
2. Os Estatutos poderão ser modificados apenas pela Assembleia Geral com uma
maioria de dois terços. O Conselho pode alterar os Regulamentos.
Dos membros
152
3. Nenhum país poderá ter mais do que um membro eleito no
Conselho.
Ver Appendix 1 para a presente lista de países
B. Deveres do Conselho
153
Deverá:
a) Elaborar o programa da Assembleia
b) Estabelecer o Corpo Eleitoral da Assembleia - (ver D2:2)
c)
i) Apresentar um relatório financeiro auditado por uma entidade
independente
ii) Propor contribuições financeiras para o efectivo funcionamento do
Conselho.
iii) Preparar e publicar as Actas dessa Assembleia
II. A ASSEMBLEIA
A. Composição da Assembleia
1)
a) Cada Província e Vicariato enviará dois delegados leigos à Assembleia.
b) Províncias e Vicariatos com 500 ou mais Leigos Dominicanos ou 30 ou
mais Fraternidades, poderão enviar um delegado adicional.
4) Cada Província e Vicariato deverão enviar os nomes dos delegados pelo menos
três meses antes da Assembleia.
5)
a) Todos os delegados deverão ter uma carta de autorização passada pelo
Conselho Provincial Leigo que assegure que os mesmos foram escolhidos
para representar a sua Província, Vicariato ou país. (ver Regra 20c)
b) A Província ou Vicariato que não tenha Conselho Provincial poderá ser
convidada a enviar um representante á Assembleia. Este representante não
terá direito a voto.
B. Frequência
A Assembleia ocorrerá, normalmente, a cada quatro anos.
154
C. Funções
1. Estudar e discutir a situação dos Leigos Dominicanos na Europa e fazer
propostas ao seu Conselho.
2. Sugerir formas de auxiliar a missão dos Leigos Dominicanos na Europa.
3. Propor e promover meios financeiros para o funcionamento do Conselho.
4. Votar a aceitação de qualquer alteração nos Estatutos do seu Conselho.
D. Corpo eleitoral
1. O Conselho é eleito pelo Corpo eleitoral, o qual é estabelecido durante a
Assembleia, a cada quatro anos.
155
e) O Corpo eleitoral poderá votar em mais do que cinco nomeados. Cada
boletim de voto que tenha indicado algo mais do que o simples nome do
nomeado deverá ser declarado inválido.
f) Apenas membros da Assembleia poderão fazer nomeações.
g) Apenas pessoas devidamente autorizadas, por incapacidade de estarem
presentes na Assembleia em virtude de motivos excepcionais poderão
realizar nomeações ou votar à distância.
REGULAMENTOS
1. Presidente:
. Presidir às reuniões.
. Convocar o Conselho.
. Assegurar que a distribuição de tarefas entre os membros do Conselho seja
organizada da forma mais eficiente e que os objectivos sejam atingidos.
. Assegurar ligações e relações com o Promotor Geral dos Leigos e a Cúria e
comunicar os resultados ao conselho.
. Informar o Conselho da correspondência recebida relativamente á missão
do Conselho.
. Convocar a Assembleia eleitoral pelo menos seis meses antes da realização
da Assembleia.
. Coordenar a preparação das actas da Assembleia e apresentá-las aos
Conselhos Provinciais.
. Comunicar a proposta de agenda das reuniões aos membros do Conselho e
atender ás suas sugestões.
2. Secretário:
- Preparar as minutas das reuniões e distribuí-las pelos membros do
Conselho depois da reunião.
- Levar a cabo os deveres normais de secretariado.
- Produzir as minutas da eleição do novo Conselho.
- Providenciar a existência e distribuição de formulários de nomeação
- Assegurar a distribuição dos boletins de voto.
- Estabelecer, com a ajuda dos demais membros do Conselho uma base de
dados relativa aos Conselho Provinciais (ou nacionais) e Promotores
Provinciais (ou nacionais).
156
3. Responsável pela Formação:
- De acordo com a Regra nº11, a realização da formação permanente deverá
providenciar os meios e recursos necessários de formação e estudo.
- Por forma a auxiliar e partilhar por todas as fraternidade europeias.
- Leigos Dominicanos ou frades com especiais qualificações poderão ser co-
optados para colaborar com o Conselho por um determinado período. Não
terão direito a voto.
- Os membros do Conselho poderão ser enviados como delegados às
Provincias e Vicariatos para auxiliar e assistir os Leigos Dominicanos que
solicitem apoio e informação relativamente á sua vida dominicana e
actividades.
4. Tesoureiro:
- Gerir os recursos financeiros do Conselho.
- Definir estratégias para a obtenção de recursos.
- Elaborar o orçamento em euros de acordo com as regras financeiras fixadas
na Secção B e relativas às despesas do Conselho e da Assembleia Europeia
dos Leigos Dominicanos.
- Apresentar anualmente contas devidamente auditadas ao Conselho e á
Assembleia Europeia quando esta se realize.
B Regras e procedimentos
(i) Finanças
- Todas as verbas recebidas deverão ser depositadas numa conta bancária
em nome do Conselho.
- Apenas os membros do Conselho tem o direito de efectuar movimentos com
a conta bancária para reembolso de despesas realizadas com os seus
deveres de conselheiros.
- Apenas o tesoureiro e o presidente são autorizados a movimentar a conta e
assinar cheques.
- A aprovação de despesas é da responsabilidade do Presidente e do
Tesoureiro juntamente com outro membro do Conselho.
- A assumpção de encargos financeiros pelo e em nome do Conselho é
solidariamente responsável cada um dos membros do Conselho.
- Em caso de dissolução do Conselho, eventuais fundos remanescentes,
após o pagamento das despesas do Conselho, serão entregues á(s)
entidade(s) que a Assembleia decida.
ii) Administrativa
- O Conselho deverá reunir-se, pelo menos, duas vezes por ano.
- O Conselho deverá:
a) Informar todas as Províncias e Vicariatos dos assuntos relativos à
Assembleia
b) Realizar e distribuir as actas das reuniões.
c) Produzir e discutir assuntos relativos à Assembleia.
157
d) Manter registos de cada reunião, da correspondência enviada e
recebida, bem como de toda a documentação relativa a Conselhos
anteriores, de forma a preservar a sua história.
RECOMENDAÇÕES
11. Os membros do Conselho não podem ser reeleitos por mais do que dois
mandatos consecutivos.
158
12. Cada membro eleito do Conselho deverá ser um delegado responsável pela
difusão de informação e comunicação destinada a ser distribuída pelas
Fraternidades.
APÊNDICE
LISTA DE PAÍSES
Albânia
Alemanha
Andorra
Arménia
Áustria
Azerbeijão
Bélgica
Bielorussia
Bosnia e Herzegovina
Bulgaria
Chipre
Croácia
Dinamarca
Eslováquia
Eslovénia
Espanha
Estónia
Finlândia
França
Georgia
Grécia
Holanda
Hungria
Islândia
Irlanda
Itália
Letónia
Lituânia
Luxemburgo
Malta
Macedónia
Moldávia
Monaco
Montenegro
Noruega
Polónia
Portugal
Reino Unido
República Checa
159
Roménia
Rússia
São Marino
Sérvia
Suécia
Suiça
Turquia
Ucrânia
160
161
10. ACTAS DE CAPITULOS GERAIS
FAMÍLIA DOMINICANA
1. Que não se trata de «uma instituição, mas sim de um movimento, e como tal
movimento parte de uma base local e regional, o mesmo movimento é
concretizado em diferentes modos por força das diferentes circunstâncias
(Roma, 271) e
2. Cabe a cada grupo e entidade decidir «o que fazer», por exemplo, promover
cooperação entre si e no apostolado.
LAICADO
162
a) Prevê a adesão à Constituição Fundamental dosLeigos;
b) Programa de Formação em cada Província;
c) Adesão formal, e com duração pelo período de tempo do trabalho
apostólico específico sendo determinada ao nível provincial. A principal
dificuldade a resolver é a participação, ou não, destes grupos em
assembleias provinciais com os leigos.
(…)
CAPÍTULO VI
OS LEIGOS E A RESPONSABILIDADE DA ORDEM
O próximo Sínodo dos Bispos, o qual terá como tema central a vocação e a
missão dos leigos na Igreja e na sociedade, obriga a todos nós na Ordem a
estudar mais profundamente os ensinamentos do Concílio Vaticano II sobre o
assunto, assumi-lo no nosso coração, e aplicá-lo de uma forma mais zelosa no
nosso trabalho.
e) A menos que de facto nela tomem parte, as Igrejas locais não conseguem
lançar raízes nas diferentes populações do mundo ou proceder á
necessária inculturação do Evangelho;
163
f) Tal inculturação é necessária em ordem a que toda a Igreja, tanto como
comunhão, como instituição, possa ser um sinal e um sacramento de união
da Humanidade com Deus e com cada um.
II.
A)
164
desejando dar-lhes uma mais sólida e evangélica estrutura, propôs-lhes
uma regra destinada àqueles que eram mais associados com a Ordem.
Nem todos aceitaram esta oferta. Os que aceitaram descobriram que lhes
era aberta uma via para uma nova forma de, directa e activamente,
participarem no ministério apostólico da Ordem. Foi assim que a Ordem
Terceira nasceu.
165
desenvolvimento e pediu um estudo sobre estas novas formas de associação (Act.
Rom. 284 e 285). Pela sua própria existência e dinamismo, ilustram a vitalidade do
ideal de leigo dominicano, e dão testemunho da influência da Ordem.
(…)
Declaração
87. Declaramos que a Constituição Fundamental destes Estatutos (n.1-71), é o
fundamento sobre o qual podem surgir muitas e diversas formas de associações
segundo o espírito de são Domingos.
Exortação
88. Exortamos aos irmãos e sobretudo aos promotores das fraternidades leigas ou
promotores da Família Dominicana a aceitar benevolamente e animar estes
diversos modos de associações.
89. Ordenamos que compete aos Capítulos provinciais ou aos priores porvinciais
com o seu conselho decidir sobre tais assocaições e aprová-las se conformes com
a dita Constituição Fundamental.
166
91. Exortamos aos priores provinciais a que somente nomeiem promotores do
apostolado leigo da nossa Ordem a quem se entregue com ânimo a essa tarefa e
tenha as necessárias qualidades.
Recomendação
92. Recomendamos aos referidos promotores que peçam a necessária
colaboração às monjas, irmãs e leigos para desempenhar este apostolado como
promotores locais.
A formação dos apóstolos leigos, sejam leigos dominicanos ou outros, exige uma
formação humana integral e adequada às habilitações de cada um. Quanto maior
seja a participação dos leigos na vida e missão da Igreja no mundo, mais se sente
a necessidade de uma formação sólida, seja doutrinal, social e apostólica. É,
especialmente nestas áreas, que a vida e o trabalho dos irmãos pode servir de
catalizador e exemplo para os leigos.
167
Grupos de leigos dominicanos deveriam estar em comunicação com outras partes
da Família Dominicana, convidando-os a partilhar as suas intuições e dificuldades.
Deste modo consguem conhecer-se mutuamente e a estender laços comuns que
os faz unirem-se a comunidade da Igreja e da Ordem.
Declaração
94. Declaramos que nem os frades nem os leigos podem exercer a obra de
apostolado sem alguma informação ou instrução coveniente. Para eles é de
máxima importância que frades e leigos sejam formados na doutrina e espírito do
168
Concílio Vaticano II, sobretudo quando trata da doutrina da participação de todos
os fiéis na missão sacerdotal, profética e real de Cristo. É preciso além disso que
os frades sejam ajudados pelos leigos no cumprimento da sua missão própria,
inclusive que se comportem no que a eles diz respeito no espírito de Cristo que
disse: «O Filho do homem não veio para ser servido mas sim para servir»
(Mc. 10, 45).
Ordenação
96. Ordenamos que na sua formação de noviciado se instruam os frades sobre a
teologia do laicado cristão, sobre a história e valor apostólico dos leigos
dominicanos, para tenham no seu coração que estes são verdadeira e
integralmente parte da Ordem, elementos essenciais para cumprir a missão
apostólica da mesma Ordem.
28. Felicitamos as comunidades que abriram a sua prática litúrgica aos leigos
dominicanos e recomendamos a todas as demais que deêm mais possibilidades
aos leigos de aprticipar na Liturgia das Horas e na eucaristia.
47. O carisma da pregação para o bem da Igreja diz respeito a toda a Família
Dominicana. A colaboração, entre irmãos, irmãs e leigos deve ser sinal de
participação no mesmo carisma (Roma 66). Portanto, as nossas comunidades
ofereçam uma conveniente formação doutrinal e prática áqueles que colaboram
connosco na pregação da Palavra de Deus.
169
Exortações e Recomendações
48. Recomendamos às Províncias que designem um Promotor da pregação, o
qual terá como tarefa cooordenar o ministério da pregação, promover equipes de
pregação, trabalhando em união com os Responsáveis da Formação Institucional
e Permanente em vista a uma pregação verdadeiramente prática, estimular a
colaboração entre frades, irmãs e leigos dominicanos, assim como entre
Províncias de uma mesma região.
Exortações
128. Exortamos os nossos irmãos leigos:
a) a aprofundar a sua especificidade laical, e a sua dimensão de serem
tanto Igreja no mundo como presença do mundo na Igreja;
b) a tomar consciência da sua real pertença à Família Dominicana em
igualdade moral com os demais membros desta;
c) às Fraternidades leigas, que aceitem os novos grupos de laicado
dominicano surgidos no âmbito do capítulo Geral de Avila 89;
d) a impulsionar as novas formas de laicado dominicano;
e) a establecer canais de comunicação entre os diversos grupos de
laicado dominicano;
f) a comprometer-se na sua formação, conjuntamente com os demais
membros da Família Dominicana, como preparação para a sua missão
especifica dentro da Ordem, e
g) a integrar as equipas de missão da Ordem, comprometendo-se com
as prioridades e orientaçãoes dos últimos capítulos gerais,
especialmente na priomoção da Justiça e da Paz.
170
CAPÍTULO GERAL DE BOLONHA – 1998
PRÓLOGO
Se bem que o Mestre Geral tem a mesma função junto de todos os ramos ao
promover a fidelidade do espírito de São Domingos, há que ter em conta que
a sua relação com eles é de ordem e grau diferente.
Assim, goza de plena autoridade sobre os frades, seguindo as suas
Constituições; as monjas, que tem as suas próprias Constituições aprovadas
pela Santa Sé, professam-lhe obediência, uma vez que ele é o seu próprio e
imediato superior (cf. LCM 238); no que diz respeito às Fraternidades leigas
e sacerdotais tem uma relação particular, e as congregações de irmãs e os
institutos seculares são totalmente autónomos.
171
diferentes ramos para celebrar e reflectir juntos sobre a nossa vocação
dominicana e sobre a colaboração na nossa missão comum.
RECOMENDAÇÃO
172
COMISSÃO INTERNACIONAL DA FAMÍLIA DOMINICANA
RECOMENDAÇÃO
PETIÇÃO E FELICITAÇÃO
173
153. As comissões/conselhos/secretariados/assembleias províncias, regionais e
nacionais da Família Dominicana, e, onde nada tal exista, os Priores
Provinciais, Vigários Gerais, Regionais e Provinciais convoquem uma
reunião de representantes da Família Dominicana. Em tal reunião, discutas-
se e preparem-se sugestões para a Assembleia, as quais sejam enviadas ao
comité internacional convocado pelo Mestre.
DECLARACÇÕES E EXORTAÇÕES
161. Com vista aos seus compromissos para a missão comum da Ordem,
animamos os membros do MJDI a valorizar a formação como elemento
integral da sua vocação
.
174
MOVIMENTO INTERNACIONAL DE VOLUNTÁRIOS DOMINICANOS
DECLARAÇÃO E RECOMENDAÇÃO
165. Desejamos que este projecto seja uma experiência colaborativa da Família
Dominicana no que se refere a convocar, formar e enviar voluntários para os
programas missionários dominicanos nas várias partes do mundo.
PROMOTOR DO LAICADO
RECOMENDAÇÃO
175
MOVIMENTOS DE ASSOCIADOS ÀS CONGREGAÇÕES DE IRMÃS
FELICITAÇÃO E DECLARAÇÃO
168. Congratulamo-nos pela presença de Movimentos de Associados a
congregacções de Irmãs Dominicana. Este movimento é composto por
homens e mulheres leigos que estão comprometidos com a missão
dominicana, segundo a epxeriência das irmãs. Estes associados aceitam os
valores básicos dominicanos de oração, estudo, comunidade e ministério.
RECOMENDAÇÃO
171. Recomendamos aos Priores Provinciais e aos seus Conselhos utilizar as
posibilidades que ofereceu o Capítulo Geral de Ávila (nº. 85 B, 88, 89) para
conceder-lhes a admissão na Família Dominicana.
172. Recomendamos aos Priores Provinciais e aos seus Conselhos, bem como às
Prioresas Gerais que estabeleçam critérios básicos de admissão que
integrem os quatro pilares fundamentais da vida dominicana: oração, esutdo,
comunidade e ministério.
RECOMENDAÇÃO
176
4. Conhecimento e apropriação da história da Ordem, das suas origens e
espiritualidade.
5. Compromisso, pelo menos temporário, com a missão da ordem, expresso sob
a forma de profissão, promessa ou outras formas de compromisso formal.
6. Além de serem admitidos pelas Superioras Gerais, no caso dos movimentos
associados às Congregações das irmãs, e pelo Mestre Geral da Ordem, no
caso de grupos associados aos frades ou outros que desejem pertencer à
Ordem, sejam reconhecidos pela comissão/conselho/secretariado/assembleia
da Família Dominicana da área.
PRÓLOGO
VITALIDADE, PLURALIDADE E COMUNHÃO
(407) Nos nossos Capítulo Gerais reservamos sempre um tempo para dedicarmos
à Família Dominicana. Não pensamos nela friamente, como se nos fora estranha
ou se tratasse simplesmente de um tema conceptual a considerar. Para nós
significa muito mais do que isso: fazemos um discernimento comunitário da nossa
experiência de vida e missão, vividas fraternalmente com as monjas, os frades, as
irmãs e os leigos, mulheres e homens e também muitos jovens com quem
partilhamos o amor de Domingos e a forte atracção pelo ministério da pregação.
(408) Há alguns anos, no Capítulo do México [1992], fazendo memória do
passado, testemunhamos uma realidade que hoje se afirma e cresce com força
entre nós: «Desde há uns 30 anos que se constata a recuperação e o
desenvolvimento de uma antiga realidade: A Família Dominicana». (116). Durante
estes últimos anos, a nossa Família cresceu e engrandeceu-se. Diria o Mestre da
Ordem, fr. Buenaventura García de Paredes [1926], que «o sangue de São
Domingos flui nas veias dos seus filhos e filhas espirituais».
Hoje fluí com energia. O Simpósio Internacional da Família Dominicana em
Bolonha, Abril de 1983 e a grande e frutuosa Assembleia Geral da Família
Dominicana de Manila, em Outubro de 2000 atestam essa vitalidade.
(409) A Família Dominicana está em pleno crescimento. Seguindo a alegoria da
ágvores podemos dizer que os seus ramos são cada vez mais frondosos e
anunciam uma boa colheita. É certo que nem todos os seus ramos crescem ao
mesmo ritmo e pujança. Aparecem novos botões verdes que auguram frutos
novos; os velhos ramos mantem o seu vigor na espera confiada de maiores frutos.
As nossas raízes são verdadeiramente profundas e arreigadas á fecundidade do
carisma de Domingos. Damos graças a Deus por isso, e admiramos cada dia mais
a atracção que o antigo carisma de Domingos exerce nestes novos tempos de
incertezas e esperanças.
(410) Dentro da Família Dominicana, graças à sua fecundidade e amplitude de
acolhimento, há diversos modos de viver o carisma e a missão da pregação, que
177
se completam entre si e, consequentemente, acrescentam o vigor e riqueza da
missão comum. Esta diversidade de opções, nascidas em experiências profundas
do carisma dominicana, é a nsosa grande riqueza porque estas diferenças de
estilos de vida e de opção completam-nos mutuamente, enriquecem genrosa e
fraternalmente as nossas vidas e dão maior expressividade, energia e
credibilidade à nossa missão comum.
(411) Descobrimos que somos família por ocasião das nossas festas, na oração
comum, na reflexão partilhada e finalmente, quando saímos juntos em missão.
Comunhão e missão são o nexo vital que nos une. Monjas e frades, leigos e
irmãs, homens e mulheres, percorremos os mesmos caminhos proclamando a
mesma Palavra com vozes distintas. Cada um de nós vivem o nosso compromisso
para a missão de formas diversas, com votos, promessas ou sem eles; no
mosteiro, nos conventos, no seio familiar e nas diversas profissões do mundo. No
entanto, todos nos sentimos unidos fraternalmente na missão e unanimemente
reconhecemos «como sucessor de São Domingos ao Mestre da Ordem, que é o
princípio e sinal de unidade da Família Dominicana» (Bononiæ 146), e o «único
que, fora do Capítulo Geral, garante e promove a fidelidade ao espirito de São
Domingos» (Documento de Bolonha sobre a Família Dominicana, 3.2)
ALGUMAS DIFICULDADES
(412) Constatamos, não obstante, que no seio da Fmaília Dominciana suscitam-
se, em alguns lugares, ambiguidades e tensões que lesam a convivência e a
missão comum (Cf Relatório do Promotor Geral do Laicado Dominicano B.1).
Entre outros motivos, em causa uma certa resistência ante o novo que surge na
nossa Família, sem fazer dele um conveniente discernimento.
(413) Alguns membros da Família Dominicana estão preocupados pela
ambiguidade que, na sua opinião, existe entre a noção de «Ordem dos
Pregadores» e «Família Dominicana». Pedem por isso ao Capítulo Geral uma
maior clarificação que manifeste as suas diferenças mútuas e, além disso,
solicitam que digamos uma palavra acerca da relação há-de estabelecer-se entre
ambas. Outros manifestaram a preferência, não tanto pela análise dos seus
aspectos jurídicos, mas sim do modo de aprofundar a colaboração entre elas.
(414) Estas dificuldades apenas surgem quando nasce algo de novo, como
cremos que é o caso. O Espírito Santo suscita sem cessar na Igreja, de maneira
sempre nova e tantas vezes surpreendente, diferentes formas de vida evangélica.
Temos de as acolher gozosamente, depois de sobre elas fazer um claro
discernimento. Entre nós, o Mestre Geral e o Capítulo Geral são quem garantem a
autenticidade do novo, das novas fundações que desejam viver a riqueza do
carisma dominicano.
Por isso é importante que ninguém na Família Dominicana se veja tentando a falar
ou actuar de uma maneira que este carisma pareça confiscado em benefício de
alguns ou que não possa ser distribuído de maneira justa e apropriada.
178
tempo com nova e expressiva riqueza e, por sua vez, torna-se realidade histórica
concreta mediante formas e maneiras de estar diferentes de vida apostólica,
graças à sua grande capacidade de entusiasmar mulheres e homens, jovens e
adultos, crente em Jesus e testemunhas do Reino.
(416) O nome de “Ordem dos Pregadores” designa aqueles que chamados pelo
Espírito Santo, e cujo modo de vida, confirmado pela Igreja, deriva do carisma
particular dado a São Domingos. O nome “Família Dominicana” evoca a junção
mútua visando uma maior unidade de todos os chamados pelo mesmo Espírito a
participar de diferentes formas neste carisma. Em diferentes etapas históricas e
sucessivas, ambas constituem um processo homogéneo e sem quebras. Todos na
Família Dominicana nos sentimos unidos, irmanados, pela única missão de
pregação “da palavra de Deus, anunciada ao mundo em nome de Nosso Senhor
Jesus Cristo”, segundo o estilo de Domingos.
179
dos diferentes grupos do Movimento Juvenil Dominicano e muitas outras
pessoas que, sem nenhum tipo de compromisso formal, participam e
colaboram de diferentes formas com a missão da Ordem. A nossa Família
foi sempre uma casa aberta que acolhe sem cessar novos membros, por
isso o Capítulo de Bolonha afirmou que a Família Dominicana pode ser
considerada como um movimento aberto a novas formas de vida e missão.
(418) A «Ordem dos Pregadores» é composta por aqueles que mediante profissão
(para os que seguem os conselhos evangélicos, as monjas e os frades) ou
promessas (para os membros as Fraternidades Leigas e sacerdotes que se
comprometem a um modo de vida evangélico adaptados à sua condição) feitas ao
Mestre, integram-se na Ordem (Cf. CIC 303 e 614; LCO 142 e 149; LCM 1, *2;
RFLSD, 2). A sua incorporação na Ordem implica o compromisso permanente de
viver no estilo peculiar da sua vida dominicana, aprovado pela Igreja, que tem a
Domingos como modelo exemplar.
(421) O Mestre Geral, como sucessor de São Domingos à frente da Ordem, ocupa
um lugar fundamental dentro da Família Dominicana, como “princípio e sinal de
unidade”. Não obstante, «se bem que o Mestre Geral desempenha o mesmo papel
com todos os ramos ao promover a fidelidade ao espírito de São Domingos, há
que ter em conta que a sua relação com cada um eles é de ordem e grau
diferente». (Bolonha, 146).
180
Exortações
(422) Exortamos aos frades e convidamos a todosmos membros da Família
Dominicana à «mundança de mentalidade» a que nos convida o Capítulo Geral de
Bolonha [1998] (34,3) a fim de estreitar mais os nossos vínculos fraternos.
Exortamos ao frades também a acolher com hospitalidade generosa e atenta,
especialmente aos casais, às famílias e aos jovens para que tenham a
oportunidade de partilhar a liturigia, a oração e o estudo, e desse modo, conseguir
trabalharem juntos em missão, enriquecendo-nos uns aos outros em benefício do
serviço comum da pregação da Palavra de Deus.
181
Recomendação
(426) Renovamos a exortação do Capítulo do México (121), e sobre ela
recomendamos que seja constituído ao nível nacional/provincial:
1. Uma Conferência (Associação, Junta), integrada pelos superiores Maiores dos
religiosos/religiosoas dos /as Dominincanos/as, pelo Presidente Nacional ou
Provincial dos Leigos Dominicanos e pelos representantes de outros grupos de
Leigos devidamente reconhecidos, a fim de partilharem informações; projectos;
partilharem necessidades e recursos, e favorecer assim a colaboração e missão
comum entre todos os ramos da Família Dominicana. Esta Conferência
(Associação/Junta) não tem poder de jurisidição sobre as entidades que a
compoêm.
2. Um Secretariado da Família Dominicana, ao mesmo nível, cujas estruturas e
responsabilidades sejam definidas pela Conferência (Associação/Junta)
anteriormente referida.
FUNDAÇÕES E PROJECTOS
Exortação
(427) Uma vez que «a melhor forma de se manifestar a nossa identidade global é
através da nossa colaboração conjunta» (Bolonha 34.2), acreditamos que as
novas fundações e os novos projectos são lugares previligiados de colaboração.
Exortamos a que, na medida do possível, estes sejam concebidos, realizados e
evoluam em colaboração.
PARTILHAR CUSTOS
Recocomendação
(428) Recomendamos aos organismos de colaboração da Família Dominicana
que, ao projectar qualquer tipo de iniciativa, se tenham em conta as suas
implicações económicas e o modo de partilhar proporcionalmente os custos.
ASSEMBLEIAS DA FAMÍLIA
Recomendação
(430) Tendo em conta as propostas da Assembleia Internacional de Manila,
recomendamos ccontinuar com a organização de Assembleias a nível continental,
subcontinental, nacional ou regional, segundo o que considerem conveinete os
organismos respectivos de coordenação.
182
Recomendamos que a organização destas assembleias, tanto quanto aos seus
objectivos, como ao seu carácter celebrativos e à sua composição, se inspirem
nas experiências do Simpósio de Bolonha (1983) e de Manila (2000).
Estas Assembleias poderiam ser seguidas por uma eventual II Assembleia
Internacional.
Recomendação
(431) Justiça, paz, e integridade da criação: Atendendo aos tão frequentes
atentados contra a justiça, a paz, e a integridade da criação, recomendamos que
assumamos juntos os seguintes objectivos:
1. Partilhar informações, experiências, métodos de acção. Estudar e discernir
juntos, procurando que poderemos fazer em comum nestes temas, estimulados
pela exigência da nossa missão comum de paixão pela verdade e assumindo
juntos os seus compromissos.
2. Contar com a ajuda imprescindível dos Promotores de Justiça e Paz.
3. Ser conscientes das consequências que implica o nosso compromisso com a
verdade destas realidades, com referência ao sistemas económicos que causam o
consumismo ilimitado e danos na integridade da criação.
Exortação e Recomendações
(432) Formação:
1. Ehortamos os frades e convidamos os membros da Familçia Dominicana a
partilhar, em benefício da formação inicial e permanente, todos os recursos de que
cada um dispõe sobre o carisma comum da Ordem, da sua história, e também, do
carisma e história particulares dos ramos da Família Dominicana.
2. Sabemos que, em muitos lugares, existem documentos, programas de
formação, sítios de internet, e pessoas capacitadas para a formação da Família
Dominicana, no entanto muitas vezes são desconhecidos na sua região,
encomendamos ao Promotor da Família Dominicana que promova uma base de
dados de recursos formativos sobre a vida dominicana, a história da Ordem e do
seu carisma. Cremos que a internet pode ser um instrumento muito útil para este
183
serviço, tal como já se faz satisfatoriamente em algumas entidades da Família
Dominicana.
3. Reconhecemos gratamente a experiência de formação comum de formadores
que se tem levado a cabo na Ásia-Pacífico. Recomendamos que esta sirva de
exemplo para outras regiões, incluindo nestas experiências, quando seja oportuno,
a formadores do laicado dominicano.
4. Reconhecemos a riqueza das iniciativas formativas, levadas a cabo em
algumas regiões, que consistem em partilhar, irmãs e irmãos, juntos, espaços
comuns de formação inicial (Cf. Capítulo do México 11). Recomendamos que em
cada região se implementem, tanto quanto seja possível, estas experiências
durante o período de formação inicial.
5. Recomendamos que as diferentes entidades da Família Dominicana de cada
região que possuem Universidades, Faculdades, Institutos ou Colégios, ofereçam
aos membros da dita Família os meios convenientes para favorecer a sua
formação dominicana.
Recomendação
(433) Pastoral juvenil: Recomendamos aos frades e convidamos outros membros
da Família Dominicana que a pastoral juvenil seja uma opção prioritária da nossa
missão comum.
Exortação
(434) Comunicações: 1. Existem já muitas iniciativas para favorecer a
comunicação no interior da Familia Dominicana. Exortamos os seus responsáveis
a acrescentar e a melhorar na medida do possível tal serviço.
Encomenda e Recomendação
184
Geral, e esperamos que continue ampliando-o, e que o dê a conhecer dentro da
Família Dominicana.
O LAICADO DOMINICANO
(440) Alegramos-nos pela vitalidade crescente de tantas Fraternidades Leigas
Dominicanas e pelo surgimento de novos grupos de leigos dominicanos em tantas
e diversas partes do mundo. A sua presença é «uma fonte de nova vida para a
Ordem»” (Relatio Magistri, 6.5.2) e um enriquecimento para a sua missão. A lúcida
e mais comprometida tomada de consciência dos leigos da sua vocação e missão
laical na Igreja, e na Ordem e no mundo; a forte atracção do carisma dominicano;
a missão de pregar a Palavra de Deus neste mundo em mudança; e a vitalidade e
opções apostólicas da Família Dominicana são um estímulo e uma provocação
evangélica a encarnar, de maneiras diversas, a vida e missão dominicanas a partir
da peculiar condição laical eclesial.
(442) Para além das fraternidades Leigas Dominicanas, estão a surgir novos
grupos de laicado dominicano. «Por vezes, existe uma preocupação de que estes
novos grupos estejam a deixar à margem as fraternidades leigas […], no entanto
não pode haver qualquer rivalidade. As Fraternidades tem um papel insubstituível
na vida da Ordem» (Relatio Magistri, 6.5.2.), e cada um dos novos grupos
(Movimento Juvenil Dominicano, Voluntariado Dominicano Internacional,
Movimentos de Associados às Congregações de Irmãs, Leigos associados a
frades, etc.) vivem, à sua maneira, os valores dominicanos básicos de oração,
estudo, comunidade e pregação em diferentes âmbitos.
Recomendações e Declarações
185
1. Participar na missão dominicana de pregar e ensinar a Palavra de Deus.
2. Participar e colaborar activamente nas realizações concretas da missão local e
universal da Ordem.
2. Um governo que expresse a tradição democrática e comunitária da Ordem.
3. Comunidade de vida e oração, unidade na intercessão com toda a Ordem;
formação e estudo para o ministério da Salvação e das tarefas apostólicas a que
tenham sido chamados.
4. Conhecimento e apropriação da história da Ordem, das suas origens e
espiritualidade.
5. Adesão à missão da Ordem, ainda que sem qualquer compromisso formal, ou
fazendo-o de forma progressiva através de promessas ou outras formas de
compromisso temporário ou perpétuo.
DECLARAÇÃO
(446) Constatamos que não está previsto na «Regra das Fraternidades Leigas de
São Domingos» a possibilidade de dispensa ou demissão de membros das
fraternidades depois dos seus compromissos definitivos.
Até que o assunto seja integrado num edição revista da Regra, declaramos que os
Provinciais, a petição dos Conselhos locais das Fraternidades, tem autoridade
para dispensar ou demitir membros das Fraternidades depois dos seus
compromissos definitivos.
186
MOVIMENTO JUVENIL DOMINICANO
6.5.1. As Fraternidades
As Fraternidades Leigas Dominicanas tem vindo a renovar-se e a rejuvenescer em
muitos lugares, por exemplo nos EUA, Alemanha, Holanda, Uruguai, México,
Lituânia, Letónia e Vietname. Em alguns outros países, as Fraternidades
encontram dificuldades para atrairem membros mais novos. A vitalidade das
Fraternidades depende em larga medida de como as vejamos como nossas
activas colaboradoras na missão da Ordem, tendo uma contribuição que apenas
elas podem dar, atendendo à sua experiência como leigos e do seu próprio saber.
187
que conhecer a vida de São Domingos e de Santa Catarina. É uma iniciação à
nossa forma de fazer teologia, seja académica ou não.
Eu nomeei o Fr. Jerry Stookey OP como Promotor dos Leigos (B 171), cuja
principal missão tem sido a de desenvolver ligações entre os leigos. Já existe o
Conselho Europeu das Fraternidades Leigas Dominicanas, o Concelho Inter-
Provincial de Leigos Dominicanos da América do Norte, e o Concelho do Laicado
Dominicano da América Latina na América do sul. Espero que em breve,
estruturas regionais semelhantes se possam estabelecer na Ásia e em África, e,
eventualmente, um Conselho Internacional das Fraternidades Leigas
Dominicanas. Jerry está a desenvolver esforços no sentido de providenciar
traduções oficiais da Regra.
Desde que cheguei a Santa Sabina que sonhei com a criação de um movimento
de voluntariado na Ordem, de leigos, que assumissem um compromisso
temporário para partilharem a tempo inteiro a missão da Ordem. Eu não tinha
noção de quantas províncias e congregações tinham já tal tipo de programas.
Bolonha 168 recomendava a fundação dos Voluntários Dominicanos Internacional
(DVI) de forma a desenvolver este novo contributo para a missão da Ordem. Foi
dado o seu início na Assembleia Mundial de Manila da Família Dominicana. É
necessário continuar a reflectir sobre a sua organização. É preciso o envolvimento
a tempo inteiro de pelo menos uma pessoa, religiosa, frade ou leigo, um
188
orçamento e um escritório devidamente equipado de forma a poder estar em
contacto com todos os ramos da Ordem.
105. EXORTAÇÃO
Nós CONFIRMAMOS e APRECIAMOS o Movimento Juvenil Dominicano
Internacional (MJD) pela resposta generosa e energia colocado na resposta ao
desafio de serem pregadores no mundo, nos locais onde vivem, trabalham e
estudam, especialmente às jovens, mulheres e homens dos dias de hoje. Eles são
verdadeiramente companheiros na pregação, transportando a luz do Evangelho e
esperança da nossa missão. Nós ENCORAJAMOS os frades a colaborarem com
a Comissão Internacional do IDYM, bem como os promotores gerais para os
Leigos e para a Família Dominicana e o director dos Voluntários Dominicanos
Internacional (DVI), para continuarem a integrar esses grupos na missão da
pregação da Ordem (Providence 448, 449).
106. EXORTAÇÃO
De acordo com o estabelecido no nº430 de Providence e de forma a facilitar a
colaboração com todos os ramos da Família Dominicana, é fundamental a
existência de estruturas regionais ou continentais da Família Dominicana. Nós
EXORTAMOS o Promotor Geral da Família Dominicana de forma a assegurar o
estabelecimento dessas estruturas quando ainda não existam.
189
107. EXORTAÇÃO
Tendo em conta o facto de que a nossa pregação deve ser exercida – tanto
quanto possível – em família, nós EXORTAMOS que desde a formação inicial dos
nossos membros mais novos seja dada a oportunidade de participarem em
projectos de formação e apostolado com outros membros da Ordem, homens e
mulheres (cf. Bolonha 41).
(…)
Ordenações
286. Nós ordenamos que, no caso em que se pretenda nomear Promotor
Provincial do Laicado ou assistente de uma Fraternidade uma pessoa que
dependa de uma jurisdição diferente da dos Frades da Ordem, tal deva ser objecto
de um acordo prévio escrito com a autoridde competente.
Recomendações
287. Nós recomendamos que cada Província ou Vicariato determine nos seus
estatutos as formas e momentos de presença de representantes dos outros ramos
da Família Dominicana nos capítulos da Província ou do Vicariato.
Exortações
190
mas a colocá-los em contacto com a Fraternidade leiga dominicana mais
próxima ou com um membro do Conselho provincial ou vicarial do laicado.
1. Objectivos: O Capítulo Geral dos Frades em Bolonha, 1998, Actas No. 171,
recomendou a nomeação de um Promotor Geral dos Leigos Dominicanos para
desempenhar os seguintes objectivos:
Além disso, o Capítulo Geral dos Frades em Providence, 2001, recomendou que o
Promotor Geral deveria:
191
iv. Assegurar que os grupos de leigos Dominicanos…Sejas fiéis à sua
genuína tradição…e que eles sejam iluminados e estimulados pela
criatividade teologal Dominicana…(Actas No. 445.1);
192
suas próprias organizações regionais e continentais quando seja
possível, como a rede nacional das congregações dos Associados
Leigos das Irmãs Dominicanas nos Estados Unidos, o Dominican Lay
Scholars Community. Tem sido poucos os esforços para formar
organizações regionais e continentais que entrelacem todo o tipo de
leigos dominicanos. Em Lima, Perú, Agosto 2003, as Fraternidades
Leigas Dominicanas de América Latina converteram a sua organização
continental, LAIDALC (Laicado Dominicano de América Latina e do
Caribe), numa rede que procura incluir todos os tipos de grupos de
leigos dominicanos desse continente. Nessa altura, elegeram um dos
seus membros, Héctor Mandujano (México), para coordenar a fundação
do novo LAIDALC.
193
dominicanos da América Latina. Mas muito se conseguiu até agora,
e seguramente os delegados não foram ainda convocados para
nenhuma reunião internacional. Nenhum outro continente começou
um projecto semelhante de colaboração entre os diferentes grupos
de leigos dominicanos.
194
Família Dominicana com representantes de cada ramo da Família
incluindo os jovens dominicanos. Alguns consideram o MJD como a 5º
ramo da Família Dominicana!
Ao mesmo tempo, a relação entre os meus dois trabalhos a meio tempo implica
estar muito tempo seguido fora do secretariado do Laicado, e por largos períodos
de tempo. Um mês na rua como Promotor Geral do Laicado seguido
imediatamente por outro mês fora de Roma como Assistente do Mestre para os
Estados Unidos ou cumprindo tarefas para o Mestre como visitante canónico.
As sessões plenárias, com a duração de mês em Maio e Novembro, bem como as
reuniões semanais do Conselho Geral simplesmente não permitem um programa
de trabalho regular no secretariado do Laicado Dominicano.
195
angariadores de fundos, etc. para os vários secretariados, entre eles, os do
Laicado Dominicano.
B. LAICADO DOMINICANO:
196
Como deveriam relacionar-se uns com os outros como “ramo laical” da Família
Dominicana tal está ainda dependente, como já mencionei anteriormente.
Actualmente, posso apenas assistir ao grupo mais numeroso e histórico do
Laicado Dominicano, conhecido como Fraternidades Leigas Dominicanas (FLD),
ou antigamente a “Ordem Terceira Dominicana (Terceiros)”.
197
iv. AMERICA LATINA E CARAÍBAS: O Consejo de las Fraternidades
Laicales Dominicanas de América Latina y el Caribe (COFALC), que
inclui 3 zonas mais pequenas com coordenadores eleitos;
v. AMERICA DO NORTE: o Dominican Laity Inter-Provincial Council
(DLIPC) o qual organiza rotativamente a sua reunião bianual de
província em província.
D. DESAFIOS:
Parece-me que há uma grande necessidade por parte dos frades e do Laicado
Dominicano de encontrar os melhores Promotores Provinciais, Assistentes
Religiosos [Promotores locais] e Promotores Gerais – visando ir um pouco para
além dos frades para chegar a incluir as irmãs e os leigos, e assim nomear quem
for mais adequado. Por outro lado, tais nomeações devem realizar-se através de
um consulta ao Laicado Dominicano a respeito dos candidatos propostos para
estes cargos, como requer a Regra das FLD(Nº. 20.b e 21.c). No momento de
nomear o Assistente Religioso [Promotor Local] para uma Fraternidade, o
Promotor Provincial deve ser consultado (Nº. 21.c). Muitas destas regras das FLD
deveriam também ser regras dos próprios frades.
198
promotores provinciais e internacionais do Laicado Dominicano, e que as
fraternidades locais proponham um grupo com um frade, uma irmã, e um leigo
para servir como Assistentes Religiosos de cada grupo. Tal poderia ser uma
grande colaboração da Família Dominicana e um movimento eficaz para
estabelecer uma rede de grupos laicais dominicanos. Além disso, muitos dos
novos grupos laicais dominicanos, como os Associados, não prevêem ter um frade
como promotor, já que tais grupos estão geralmente afiliados a um outro ramo da
Família, ou são essencialmente autónomos. Portanto, a união dos promotores seja
por parte dos frades seja da parte das irmãs, seria a melhor forma de servir todo o
Laicado.
2. Liderança Laical: Seja o Promotor Geral um frade ou uma irmã ou 25% de cada
um, o Capítulo Geral de Bolonha recomenda que seja um leigo (Actas No. 171).
Creio que tal foi mais uma tentativa para incentivar um laicado dominicano
autónomo e auto-governado, com uma pessoa leiga servindo talvez como
Secretário-Geral ou algo equivalente, mais do que um Promotor Geral. Todos nós
deveriamos ser promotores do laicado, e creio que deveremos continuar a ter o
papel de Promotores!. No entanto o laicado dominicano precisa também ele da
sua própria liderança, organização, participantes e escritorios a nível local e
internacional. O laicado necessita de se fazer representar na organização da
Família, mais do que ter frades ou irmãs promotores para desempenhar esse
papel. O laicado, que não vive em comunidade como os outros ramos da Família
tema ainda mais necessidade de ter uma sede, um telefone, o básico para se
organizar, em cada provincia. Senão, é muito difícil crer que realmente exista
como organização eclesiástica e não apenas como movimento informal.O meu
desafio está portanto primordialmente dirigido aos Promotores Provinciais e
Assistentes Religiosos para ajudar o laicado a organizar-se e «levar a cabo o seu
próprio trabalho» com líderes qualificados. Não é função dos frades ou das irmãs
controlar o laicado ou fazer o trabalho por eles. Mas também não os devemos
abandonar ou negar-lhes ajuda.
199
diferença entre Promotores da Familia Dominicana e Promotores do Laicado
Dominicano. Não são a mesma função! Algumas provincias, permitem-se nomear
apenas um frade para ambas as funções, mas lamentavelemente tal termina em
descuido do laicado dominicano em particular. Tal pode estar a ocorrer porque o
numero do laicado dominicano é menor, ou porque há poucos frades disponíveis
para demasiadas tarefas. No entanto, repito, nomear uma irmã, ou um grupo de
frades, irmãs e leigos para promover o laicado dominicano, seria muito mais útil do
que nomear apenas um promotor da Família Dominicana, sem tambem nomear
um promotor do laicado dominicano.
E. CONCLUSÃO:
56. [Petitio] Pedimos a cada Província e Vicariato que promovam a vocação dos
leigos dominicanos no seio da Família Dominicana da sua região, que reflictam
com eles sobre o seu papel de pregadores e que com eles colaborem num
pregação mais eficaz do Evangelho. Nesta perspectiva, pedimos aos frades que
se ponham ao corrente das conclusões do recente Conselho Internacional das
Fraternidades Leigas de São Domingos (Buenos Aires, Março de 2007).
200
CAPÍTULO GERAL DE ROMA – 2010
Colaboração com a Família Dominicana
(148) Os leigos Dominicanos, como membros da Ordem Dominicana formam uma
família juntamente com as monjas, os frades e as irmãs, e partilham a missão
apostólica da Ordem e da Igreja. Enquanto frades o nosso desafio é o de aceitar e
coordenar a nossa missão de pregação entre os membros da Ordem.
(…)
(…)
201
compromisso perante o Mestre da Ordem (pelos membros das fraternidades
leigas e sacerdotais que se comprometem a um modo de vida evangélica
adaptada à sua condição) são integrados na Ordem» (ACG 2001 Providence,
418). Para desfazer certas ambiguidades, lembramos que a noção de vida
religiosa designa a vida consagrada dos membros de um instituto religioso com a
profissão pública dos votos para observar os conselhos evangélicos e a vida
fraterna em comum. Neste sentido, a noção de vida religiosa não é aplicável aos
leigos chamados a viver a sua participação no tria munera Christi no meio das
realidades temporais. É por isso que se torna necessário promover e acompanhar
a formação dos leigos dominicanos na base de uma sólida eclesiologia e da
teologia do laicado.
202
CAPÍTULO GERAL DE TOGIR – 2013
Fraternidades leigas
187. [Ordinatio] Ordenamos que quando um Prior Provincal pretenda nomear
como Promotor Provincial para as Fraternidades Leigas a alguém que está sujeito
jurisdição diferente da dos frades, realize a nomeação com o acordo prévio da
autoridade competente. Pedimos também ao Mestre da Ordem que inclua este
requisito nas normas das Fraternidades Leigas.
203
CAPÍTULO GERAL DE BOLONHA – 2016
135. Recomendamos que os responsáveis pelos leigos dominicanos ajudem na
sua formação quando solicitados.
137. Dado o Decreto sobre os Leigos do Concílio Vaticano II, exortamos os leigos
dominicanos, IDYM e DVI a criarem oportunidades de diálogo honesto com
aqueles que não são dominicanos, indiferentes ou alienados da Igreja.
345. Ordenamos que, quando um Prior Provincial desejar nomear como Promotor
Provincial para as Fraternidades Leigas ou como Assistente Religioso para uma
ou mais Fraternidades alguém que esteja sob uma jurisdição que não a dos
irmãos da Ordem, tal só terá lugar com o prévio acordo escrito da autoridade
competente. Pedimos também ao Mestre da Ordem que insira esta condição nas
normas das Fraternidades Leigas (T 187).
204
CAPÍTULO GERAL DE BIEN HOA – 2019
205
266. [COMMENDATIO] Recomendamos que seja acrescentado como uma das
funções do Assistente Religioso o manter contactos com outros ramos da Família
Dominicana.
206
11. CARTAS DOS MESTRES
O Capítulo Geral de Ávila criou uma Comissão especial para a estudo do papel
dos leigos no nosso apostolado. Assim, o Capítulo fazia eco da crescente
importância que o laicado vem adquirindo na Igreja, particularmente a partir do
Concilio Vaticano II. Essa Comissão encomendou ao Mestre da Ordem
de "escrever aos Frades e a toda a Família Dominicana sobre os leigos no nosso
apostolado e sobre o Laicado dominicano no mundo de hoje"(n. 95).
Vamos rever juntos alguns factos que estão presentes no actual momento da vida
da Igreja:
207
As Igrejas locais, muitas delas jovens Igrejas, estão adquirindo uma
vitalidade especial graças em grande parte à activa
corresponsabilidade do laicado, homens e mulheres, conscientes de
sua missão cristã e da sua responsabilidade apostólica. Os esforços
de revitalização, reorganização, inculturação, renovação missionária...
são freqüentemente impulsionados e postos em prática pelo laicado
em diálogo e colaboração com os seus pastores.
Este facto de uma progressiva diversificação dos ministérios
assumidos pelos leigos nas suas comunidades cristãs é de singular
importância. O número de leigos que descobrem e assumem
ministérios específicos (institucionais e não institucionais) é maior a
cada dia. Em muitos casos os seus ministérios são reconhecidos e
aprovados por seus pastores. O número de leigos dedicados à
catequese e à evangelização, à reflexão teológica e ao ensino, à
presidência e animação da comunidade, à administração e ao serviço
social, ao compromisso nas lutas pela justiça e paz no mundo, etc.
vem crescendo. Estes ministérios são desempenhados não apenas
com boa vontade; mas os que o fazem, assumem também a
responsabilidade pela sua própria formação, preparação e treinamento
adequado.
Numa perspectiva teológica, eclesial e pastoral, o facto de que uma
liderança crescente seja assumida pelo laicado é extremamente
significativo. Não se trata de uma liderança destinada simplesmente a
substituir o padre na sua ausência ou a coloca-lo de lado; antes, pelo
contrário, é uma liderança dos leigos que, por um carisma e uma
graça especiais, sentem-se chamados a tornarem-se os animadores
das suas comunidades cristãs na oração, na partilha da Palavra, e nos
compromissos sociais e políticos. Estes líderes leigos apontam e
antecipam uma nova era, tanto na concepção, quanto na função da
autoridade na comunidade cristã.
No despertar do laicado a presença de mulheres, depois de séculos
de silêncio e marginalização, adquire uma singular importância e exige
que a ela estejamos atentos. Os talentos naturais e o carisma especial
das mulheres infunde uma nova vitalidade na comunidade cristã e
revela uma nova face de experiência cristã. O seu sentido do
208
concreto, a sua sensibilidade feminina, a sua maternidade, a sua
persistência para enfrentar as dificuldades... revelam aspectos
escondidos da Palavra de Deus, da comunhão cristã, da experiência
do Reino de Deus. Estas características presentes na Igreja hoje
produziram uma crescente colaboração entre leigos, religiosos e
sacerdotes em diferentes campos da vida eclesial. Cada vez mais os
frades e as irmãs partilham os seus projetos de vida e de apostolado
com outros religiosos e com leigos, homens e mulheres, casados e
solteiros. Os leigos não são apenas objecto da nossa missão! Eles
partilham conosco - e nós com eles, - esta autêntica responsabilidade
na comunidade cristã.
Face a esta realidade eclesial nós, Dominicanos, devemos nos perguntar: como
nos sentimos e como reagimos com relação a este despertar do laicado?
Assumimos alegremente este facto? Ou, com a nossa auto-suficiência, o
ignoramos? Ou o rejeitamos por causa de falsos medos? Quais as nossas atitudes
e o nosso relacionamento para com os leigos? Que lugar ocupam os leigos no
nosso ministério apostólico, na elaboração e realização de nossos projetos
apostólicos?
Sentir com a Igreja hoje significa, entre outras coisas, colocar estas perguntas e
responder e elas com sinceridade.
A reflexão teológica voltou-se para os sinais dos tempos a fim de ler, interpretar e
discernir os apelos da Palavra de Deus em contacto com as situações históricas
do povo. A fidelidade à nossa rica tradição teológica exige de nós escutar
atentamente e discernir este novo sinal eclesial dos tempos. Não podemos
esquecer que foram os nossos próprios irmãos Congar e Chenu, como teólogos
no Vaticano II, que desenvolveram uma nova teologia do laicado e do ministério
na comunidade cristã.
A primeira chave para refletir sobre o laicado e sua missão na Igreja é-nos dada
pela eclesiologia do Vaticano II. Ela passou da ênfase numa definição legal-
institucional da Igreja para uma concepção e definição teológicas. A categoria
crítica desta nova definição é "o Povo de Deus": a Igreja é o novo Povo de Deus
chamado pela fé no Senhor Ressuscitado e selado pelo baptismo em Jesus
Cristo. Neste momento, há uma certa insistência de que a 'comunhão' e não o
'Povo de Deus' exprime melhor a natureza da Igreja.
209
vocação e missão. Todos são Povo de Deus, membros activos e responsáveis da
Igreja para sua missão.
"A Igreja não é construída meramente por actos dos ministérios oficiais do
presbitério mas (também) por numerosos tipos de serviços, mais ou menos
estáveis ou ocasionais, mais ou menos espontâneos ou reconhecidos
(oficialmente), alguns consagrados pela ordenação sacramental . Estes serviços
existem como ministérios, mesmo que não sejam chamados pelo seu verdadeiro
nome; mesmo que eles ainda não encontrem seu verdadeiro lugar e status na
eclesiologia. Eventualmente percebemos que o binômio decisivo não é 'sacerdócio
- laicado'... mas, muito mais, ministérios (ou serviços) e comunidade." (Ministères
et comunion ecclesiale, Paris 1971, p. 09, 17, 19)
210
à nossa tradição. Mas a nossa reflexão teológica não será fecunda se estiver
dissociada de nossa ação cristã, eclesial e apostólica.
Ainda que algumas vezes seja difícil, aqui se encontram algumas possibilidades
que podemos adaptar. Hoje, acredito que as nossas comunidades são chamadas
a inaugurar e reforçar novas práticas eclesiais que levam os leigos a uma
colaboração no ministério da Igreja. A prática de partilhar a oração com os leigos
oferece-lhes a riqueza de uma oração que tem a força de séculos, ao mesmo
tempo que deles recebe a novidade de novas experiências cristãs. Algumas das
nossas comunidades poderiam ser revitalizadas pela partilha da responsabilidade
pela nossa oração com o laicado. Na verdade, já conhecemos belos exemplos
deste tipo de renovação da Ordem.
O nosso trabalho apostólico deve ser revisto e re-direcionado à luz destas novas
perspectivas de ministério, a fim de poder responder de maneira adequada ao
novo relacionamento eclesial com o laicado. Estes trabalhos devem animar novas
211
maneiras de exercer a autoridade e a liderança. Precisamos encontrar novos
caminhos de partilhar o planeamento de projetos apostólicos. Novos caminhos
para actualizá-los na linha da corresponsabilidade, para diversificar as funções e
os ministérios no nosso trabalho apostólico... A causa do Evangelho precisa ter
prioridade sobre as nossas rotinas, os nossos confortos e os nossos medos. Uma
comunidade dominicana em situação de missão e de itinerância é uma
comunidade aberta ao presente e ao futuro da Igreja na sociedade.
212
O LAICADO DOMINICANO E A PREGAÇÃO
Fr. Bruno Cadoré 2013
213
coisas evoluíram desde os tempos do começo da Ordem. A Igreja, por exemplo,
continuou reflectindo sobre a pregação. Também continuou reflectindo sobre os
leigos e o seu papel essencial no testemunho e no anúncio do Evangelho. O
Concílio Vaticano II foi um momento especialmente importante para isso.
Igualmente, continua a reflexão, baseada em experiências concretas, sobre o
modo no qual os leigos podem ser parte integrante das ordens e congregações,
de novas comunidades e tradições da vida espiritual. O ponto comum de tudo isto
reside numa forte convicção que Paulo VI enfatizou durante o Concílio: a Igreja
converte-se no que ela mesma é, na medida em que se faz, no mundo,
verdadeiramente conversação, isto é, na medida em que, anunciando o Evangelho
no mundo, ela deseja ser testemunha de que o Deus da revelação bíblica vem, em
Jesus, ao encontro da humanidade para conversar com ela.
Nesta efervescência de uma Igreja que busca encontrar de novo o vigor de sua
autenticidade, nasceu a “Santa Pregação de Prouilhe”, quando alguns leigos se
uniram à aventura incipiente de Domingos. Ao reler estes tempos dos começos,
não posso deixar de pensar que, quando Domingos recebeu as primeiras irmãs
convertidas, que vieram a se colocar sob a sua protecção e em seguida a
214
Ermengarda Godoline e seu esposo Sancho Gasc (8 de Agosto de 1207),
começou a sonhar com esta aventura, a imagem do grupo, do qual fala São Lucas
no seu Evangelho e que acompanhava Jesus enquanto “passava pelas cidades e
povoações proclamando o Reino de Deus” (Lc 8, 1-3). Esta breve passagem do
Evangelho segundo São Lucas, que descreve Jesus pregador está no coração
dos capítulos 7 ao 10. À luz destes textos, nós também podemos alegrar-nos de
sermos «enviados a pregar o Evangelho» segundo o modo da fraternidade.
Seguindo os passos da «Santa Pregação», envia-nos como uma família a pregar
o Evangelho. Por isso, a noção de «Família Dominicana» não é apenas uma
maneira de expressar as convergências entre os vários grupos que têm um
mesmo propósito. Ela expressa um modo de evangelização e, neste sentido, os
leigos dominicanos recordam-nos esta exigência baseada no Evangelho.
Conversação e comunhão
215
Quero propor que recebamos o tema deste ano: « O laicado dominicano e a
pregação » à luz destas três evocações (da Igreja fraternidade, dos inícios da
Santa Pregação da Ordem e da unidade da família dominicana) e que façamos
deste tema a inspiração de nossa reflexão. A reflexão anterior nos terá feito
perceber que, a formulação deste tema abre horizontes muito amplos para
compreender melhor como o compromisso dos leigos na família dominicana é
determinante para a missão de pregação da Ordem.
216
busca da comunhão e da unidade. Sabemos que na actualidade é necessário
reflectir sobre a diversidade existente no interior destas fraternidades para
buscarmos juntos o modo de aceitar, promover e conjugar cada vez mais tal
diversidade, buscando reuni-la no testemunho concreto de uma vida leiga que
deseja ser pregação.
E, como em todas as famílias, também estão os amigos que, sem ter feito a opção
explícita de uma pertença, partilham a missão, por meio de uma colaboração
profissional que quer se arraigar no espírito de São Domingos (por exemplo os
profissionais do ensino, da edição, da comunicação), ou por meio de opções de
evangelização (como é o caso, por exemplo, de numerosos leigos comprometidos
na missão de pregar o Rosário na tradição dominicana). A noção de Família
Dominicana, de comunhão dominicana, permite reunir todas estas dimensões,
com as monjas, os frades, as irmãs de vida apostólica, os membros dos institutos
seculares e das fraternidades sacerdotais, em nome da evangelização, missão
comum pelo Reino, no respeito e na autonomia da vocação própria de cada um.
(cf. Documento da Bolonha).
217
de como o testemunho da radicalidade era portador de um testemunho
evangélico.
218
A partir destas observações, podemos dizer que os leigos dominicanos
enriquecem dia após dia a maneira com que a Ordem deve aprender a “amar o
mundo”, ao qual é enviada a pregar, não apenas contando com ajudas e
pertinentes análises do mundo, mas fazendo-se vulnerável às distintas
experiências do mundo que têm os membros da Família Dominicana. Fazendo
isto, quanto ao demais, a Ordem na sua diversidade aprenderá também a deixar-
se marcar pelas diferentes interpretações da Palavra que nascem do coração
destas experiências. Com a Bíblia numa mão e o jornal na outra, como gostava de
dizer a alguns dos nossos mais idosos. A experiência compartilhada enriquece
mais ainda esta atitude. A partir desta tomada de consciência, toda a Ordem
poderá reforçar cada vez mais a sua convicção de que um dos primeiros deveres
do anúncio do Evangelho, é permitir a cada um dos seus interlocutores, perceber
o seu próprio lugar neste Reino anunciado, descobrir a própria responsabilidade
que pode assumir ao aceitar, por sua vez, ser enviado. No seio da Ordem, os
leigos dominicanos têm a tarefa de recordar aos outros membros, esta primeira
evidência: os leigos na Igreja, antes de tudo, não são destinatários da pregação,
da evangelização e da pastoral, mas que são pessoas chamadas a serem os
actores das mesmas.
219
reduzida à sua tradução na vida consagrada. Existe sempre um risco numa família
espiritual, de deixar que se estabeleçam distinções, das quais implicitamente,
poder-se-iam deduzir falsas hierarquias: consagrados ou não consagrados;
sacerdotes ou não; homens ou mulheres; jovens ou velhos. Entre nós, devemos
ter a simplicidade, e sem dúvida, o valor, de fazer frente a esta tentação e
remediá-la. Este é o preço para poder por, do melhor modo possível, o carisma da
pregação a serviço de uma Igreja fraternidade. É também, escutando os leigos
dominicanos falarem dos prazeres, mas também das dificuldades que eles vivem
nos seus compromissos eclesiais, descobrindo bastante, muitas vezes que se o
apoio dos leigos é, em geral, vivamente desejado, as suas iniciativas, a sua
formação teológica, os seus saberes teóricos e práticos, a sua experiência
humana não recebe sempre o aclhimento que seria desejável. Como se houvesse
dois pesos e duas medidas no espaço dado à palavra de cada um na conversação
eclesial.
220
pena que sentem de ver a sua família se afastar numa certa indiferença da fé, da
solidão que sentem quando lhes parece quase impossível expressar publicamente
a sua fé nos ambientes em que vivem ou trabalham, a incompreensão à qual se
vêem confrontados quando tratam de manifestar que não há necessariamente
contradição entre a razão moderna, predominantemente científica e técnica, e as
convicções de fé e de valores! Quantas vezes eles expressam em contextos
culturais muito diversos, a dificuldade de encontrar a atitude justa no contexto
actual de pluralismo religioso! Aqui os leigos dominicanos podem ajudar o
conjunto da Família Dominicana a realizar de maneira criativa uma pregação que
mantenha juntos o testemunho compreensível e a palavra explícita.
221
mas como grupos que se constituem e se formam para serem grupos de jovens
missionários para os jovens (tendo uma atenção especial para os jovens que não
receberam a fé, e para aqueles que vivem muito distantes dos mundos onde se
conservam em geral as tradições espirituais). Durante este ano, parece-me
importante que os outros membros da família dominicana dediquem tempo para
escutar, conhecer e compreender melhor a vocação leiga no conjunto da missão
da Ordem, e possam assim, participar mais na promoção desta vocação.
222