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Sandra Mara Dobjenski

XXVIII EXAME DA OAB


DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
21. Uma das funções da cooperação jurídica internacional diz respeito à obtenção
de provas em outra jurisdição, nos termos das disposições dos tratados em vigor e
das normas processuais brasileiras.
Para instruir processo a ser iniciado ou já em curso, no Brasil ou no exterior, não é
admitida, no entanto, a solicitação de colheita de provas
A por carta rogatória ativa.
B por carta rogatória passiva.
C a representantes diplomáticos ou agentes consulares.
D pela via do auxílio direto.
FUNDAMENTAÇÃO: CPC
CAPÍTULO II
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
Seção I
Disposições Gerais
Art. 26. A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o
Brasil faz parte e observará ....
Seção II
Do Auxílio Direto
Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de
decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de
delibação no Brasil....
Seção III
Da Carta Rogatória
Art. 36. O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de
Justiça é de jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do
devido processo legal.....
Seção IV
Disposições Comuns às Seções Anteriores
Sandra Mara Dobjenski

Art. 37. O pedido de cooperação jurídica internacional oriundo de autoridade


brasileira competente será encaminhado à autoridade central para posterior
envio ao Estado requerido para lhe dar andamento.
Art. 38. O pedido de cooperação oriundo de autoridade brasileira competente
e os documentos anexos que o instruem serão encaminhados à autoridade
central, acompanhados de tradução para a língua oficial do Estado requerido.
Art. 39. O pedido passivo de cooperação jurídica internacional será recusado
se configurar manifesta ofensa à ordem pública.
Carta Rogatória = órgão jurisdicional de um Pais para órgão jurisdicional de
outro Pais - necessário passar por um Juízo de delibação - artigo 36 do CPC
Carta rogatória ativa = o Juízo do Brasil para o Juízo estrangeiro.
Carta rogatória passiva = Juízo estrangeiro para o Juízo do Brasil.
DIREITO TRIBUTÁRIO
22. O Distrito Federal instituiu, por lei distrital, a contribuição para o custeio do
serviço de iluminação pública. Um contribuinte insurgiu-se judicialmente contra tal
cobrança, alegando que a instituição pelo Distrito Federal seria inconstitucional.
Diante desse quadro, assinale a afirmativa correta.
A O contribuinte tem razão, uma vez que, em virtude das peculiaridades do Distrito
Federal, é a União o ente federado competente pela instituição da contribuição para
o custeio do serviço de iluminação pública na capital federal.
B O contribuinte tem razão, uma vez que, em virtude das peculiaridades do Distrito
Federal, é o Estado de Goiás o responsável pela instituição da contribuição para o
custeio do serviço de iluminação pública na capital federal.
C O contribuinte não tem razão, pois o Distrito Federal possui delegação de
capacidade tributária ativa feita pela União para a cobrança da contribuição para o
custeio do serviço de iluminação pública.
D O contribuinte não tem razão, pois o Distrito Federal pode instituir a
contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, assim como os
Municípios.
.FUNDAMENTAÇÃO: CF Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão
instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço
de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Sandra Mara Dobjenski

Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o


caput, na fatura de consumo de energia elétrica.
23. O médico João da Silva está há 4 (quatro) anos sem pagar a anuidade cobrada
pelo Conselho Regional de Medicina (CRM). Diante desse cenário, o CRM poderá
A inscrever o débito em dívida ativa de natureza tributária, depois promovendo
a competente ação de execução fiscal, regida pela Lei nº 6.830/80, para
cobrança.
B promover a competente ação de execução fiscal regida pela Lei nº 6.830/80, sem
necessidade de inscrição em dívida ativa, por serem as certidões de inadimplemento
de anuidades expedidas pelos conselhos profissionais dotadas de natureza de título
executivo extrajudicial.
C promover a competente ação de cobrança das anuidades, regida pelo Código de
Processo Civil, a partir da comprovação do não pagamento das anuidades em
atraso.
D promover a competente ação de execução das anuidades, regida pelo Código de
Processo Civil, por serem as certidões de inadimplemento de anuidades expedidas
pelos conselhos profissionais dotadas de natureza de título executivo extrajudicial.
.FUNDAMENTAÇÃO: Depois do LANÇAMENTO fica instituído o CRÉDITO
TRIBUTÁRIO, aqui acaba a cobrança pelas vias administrativas, se esta não for
paga, o sujeito ativo (ente federativo competente) inscreverá esse débito
em DÍVIDA ATIVA, inscrevendo-o no CADASTRO DE DÍVIDA ATIVA, que o
possibilitará de promover a EXECUÇÃO FISCAL.
Lei nº 6.830/80: art. 2º, § 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle
adm. da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e
certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito,
por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de
findo aquele prazo.
Lei nº 12.514/11: Art. 8º Os Conselhos não executarão judicialmente dívidas
referentes a anuidades inferiores a 4 vezes o valor cobrado anualmente da
pessoa física ou jurídica inadimplente. § único. O disposto no caput não
limitará a realização de medidas adm. de cobrança, a aplicação de sanções por
violação da ética ou a suspensão do exercício profissional.
Sandra Mara Dobjenski

No caso da OAB:
Exceção → OAB → serviço público independente, categoria ímpar no elenco
das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro.
(...) A OAB não é uma entidade da API [Administração Pública Indireta], tal
como as autarquias, porquanto não se sujeita a controle hierárquico ou
ministerial da AP, nem a qualquer das suas partes está vinculada. ADI 3.026,
de relatoria do Ministro Eros Grau, DJ 29.09.2006. (...) STF. Plenário. RE
405267, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 06/09/2018.
Inadimplemento → valor devido é cobrado pelo rito do CPC.
Lei nº 8.906/94: Art. 46. Compete à OAB fixar e cobrar, de seus inscritos,
contribuições, preços de serviços e multas. § único. Constitui título executivo
extrajudicial a certidão passada pela diretoria do Conselho competente,
relativa a crédito previsto neste artigo.
24. A União, por meio de lei ordinária, instituiu nova contribuição social (nova fonte
de custeio) para financiamento da seguridade social. Para tanto, adotou, além da
não cumulatividade, fato gerador e base de cálculo distintos dos discriminados na
Constituição da República.
A referida lei foi publicada em 1º de outubro de 2018, com entrada em vigor em 1º
de fevereiro de 2019, determinando, como data de vencimento da contribuição, o dia
1º de março de 2019.
A pessoa jurídica XYZ não realizou o pagamento, razão pela qual, em 10 de março
de 2019, foi aconselhada, por seu(sua) advogado(a), a propor uma ação
Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica, em face da União.
Assinale a opção que indica o fundamento que poderá ser alegado para contestar a
nova contribuição.
A Ela somente poderia ser instituída por meio de Lei Complementar.
B Ela violou o princípio da anterioridade anual.
C Ela violou o princípio da anterioridade nonagesimal.
D Ela somente poderia ser instituída por Emenda Constitucional.
FUNDAMENTAÇÃO: Trata-se da espécie de tributo Residual, prevista no artigo
154, I e 195, §4º da CF. A União pode instituir este tributo se observado três
importantíssimos requisitos, quais sejam os que encontram-se descriminados
Sandra Mara Dobjenski

no próprio artigo: Mediante LEI COMPLEMENTAR e desde que sejam nao


cumulativos e não tenham fato gerar ou base de cálculo próprios dos já
previstos na CF. O erro da questão está da criação do tributo por meio de uma
LEI ORDINÁRIA.
REGRA: LEI ORDINÁRIA - Criação e Majoração de tributo é de competência da
Lei Ordinária. A medida provisória pode cobrar tributo porque tem força de
lei, mas não cabe medida provisória para Lei Complementar.
EXCEÇÃO: LEI COMPLEMENTAR – não cabe medida provisória na lei
complementar.
Competência pela Lei Complementar
1. Contribuição Social residual
2. Empréstimo Compulsório
3. Imposto sobre grandes fortunas
4. Imposto residual
CF, art. 154. A União poderá instituir: I - mediante LC [lei complementar],
impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam (1) não-
cumulativos e (2) não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos
discriminados nesta Constituição;
Exceção ao Princípio da Legalidade mediante ato do Poder Executivo
Há quatro tributos que poderão ter alíquotas alteradas, majoradas ou
diminuídas pelo Poder Executivo mediante decreto ou portaria do ministro da
fazenda:
1. II – Imposto sobre Importação
2. IE – Imposto sobre Exportação
3. IOF – Imposto Operação Financeira
4. IPI – Imposto sobre Produto Industrializado
Há dois tributos que poderão ter alíquotas apenas para serem reduzidas ou
restabelecidas pelo Poder Executivo, mediante decreto ou convênio. Não cabe
para majoração
§ Decreto: CIDE Cide Combustível
§ Convênio: ICMS Combustível
Sandra Mara Dobjenski

Observações: Lembre-se, o que cabe lei ordinária pode ser instituída por lei
complementar, mas matéria reservada de LC não pode ser instituída por LO.
25. Pedro tem três anos de idade e é proprietário de um apartamento. Em janeiro
deste ano, o Fisco notificou Pedro para o pagamento do Imposto Predial e Territorial
Urbano (IPTU), por meio do envio do carnê de cobrança ao seu endereço. Os pais
de Pedro, recebendo a correspondência, decidiram não pagar o tributo, mesmo
possuindo recursos suficientes para tanto.
Diante da impossibilidade de cumprimento da obrigação por Pedro, assinale a
afirmativa correta.
A Os pais de Pedro devem pagar o tributo, na qualidade de substitutos tributários.
B O Fisco deverá aguardar Pedro completar 18 anos para iniciar o processo de
execução da dívida.
C Os pais de Pedro responderão pelo pagamento do tributo, uma vez que são
responsáveis tributários na condição de terceiros.
D O Fisco deve cobrar o tributo dos pais de Pedro, já que são contribuintes do IPTU.
FUNDAMENTAÇÃO: A capacidade tributária passiva independe da capacidade
civil (art. 128, CTN). Portanto, Pedro, apesar de ser civilmente incapaz, é
contribuinte do IPTU. Ocorre que, em virtude da impossibilidade de exigir o
tributo de um menor, por força no art. 134, inciso I, CTN, os pais serão
responsáveis NA QUALIDADE DE TERCEIROS.
ART. 134, I, CTN- Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento
da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este
nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
26. O Estado Y lavrou auto de infração em face da pessoa jurídica PJ para cobrança
de créditos de Impostos sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços
(ICMS), decorrentes da produção e venda de livros eletrônicos. Adicionalmente aos
créditos de ICMS, o Estado Y cobrou o pagamento de multa em decorrência do
descumprimento de obrigação acessória legalmente prevista.
Tendo isso em vista, assinale a afirmativa correta.
A Há imunidade tributária em relação aos livros eletrônicos; por outro lado, é
incorreta a cobrança da multa pelo descumprimento da obrigação acessória.
Sandra Mara Dobjenski

B Há imunidade tributária em relação aos livros eletrônicos; no entanto, tendo


em vista a previsão legal, é correta a cobrança de multa pelo descumprimento
da obrigação acessória.
C É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a imunidade tributária somente
abrange o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; da mesma
forma, é correta a cobrança de multa pelo descumprimento da obrigação acessória,
em vista da previsão legal.
D É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a imunidade tributária somente
abrange o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; no entanto, é
incorreta a cobrança da multa pelo descumprimento da obrigação acessória.
FUNDAMENTAÇÃO: De acordo com o art. 150, VI "d" da CF/88, sem prejuízo de
outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao DF e aos Municípios instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos e o
papel destinado a sua impressão. De acordo com entendimento do STF, a
imunidade da alínea d do inciso VI do art. 150 da CF/88, alcança componentes
dos livros eletrônicos, os suportes exclusivos para leitura e armazenamento,
além de componentes eletrônicos que acompanhem material didático. Quanto
as obrigações acessórias, determina o art. 113, § 2º e 3º do CTN, que devem
ser cumpridas, o simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação
principal relativamente à penalidade pecuniária.
O art. 150, VI, "d", da CF/88 prevê que os " LIVROS, JORNAIS E O PAPEL
DESTINADO A SUA IMPRESSÃO" gozam de imunidade tributaria quanto aos
imposto. chamada pela doutrina de imunidade tributaria " CULTURAL ou "de
IMPRENSA". O conceito de livro deve ser utilizado em sentido amplo. Assim,
incluem-se aqui os manuais técnicos e as apostilas ( STF RE 183.403/SP). Por
tanto a imunidade de que trata o Art. 150,VI, "d" da CF/88 alcança o livro digital
(e-book). STF. PLENÁRIO. RE 330817/RJ, REL. MIN. DIAS TOFFOLI, JULGADO
EM 08/03//2017
ART 113 § 3°" A obrigação acessória, pelo simples fato de sua inobservância,
converte-se em obrigação principal relativamente a penalidade pecuniária."
O DESCUMPRIMENTO DE UMA OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA FAZ NASCER UMA
OBRIGAÇÃO PRINCIPAL, COM RELAÇÃO A MULTA.
Sandra Mara Dobjenski

Súmula 657, STF -A imunidade prevista no art. 150, VI, "d", da Constituição
Federal abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de
jornais e periódicos.
CTN - Art. 175. Excluem o crédito tributário:
I - a isenção;
II - a anistia.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento
das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito
seja excluído, ou dela conseqüente
DIREITO ADMINISTRATIVO
27. O Município Sigma pretende realizar obras de restauração em uma praça e
instalar brinquedos fixos de madeira para o lazer das crianças. A obra foi orçada em
R$ 100.000,00 (cem mil reais), razão pela qual o ente federativo optou pela
modalidade convite, remetendo o respectivo instrumento convocatório para três
sociedades cadastradas junto ao registro pertinente e, para uma quarta, não
cadastrada. Além disso, a carta-convite foi afixada em local apropriado para o
conhecimento dos demais interessados.
Na sessão de julgamento, compareceram apenas duas convidadas, certo que a
sociedade Alfa apresentou a melhor proposta e preencheu os requisitos para a
habilitação.
Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
A O Município Sigma não poderia ter se utilizado da modalidade convite para a
situação descrita.
B A licitação é inválida, pois o resumo do instrumento convocatório deveria ser
publicado em jornal de circulação no Município Sigma.
C Se o Município Sigma não justificar a presença de apenas duas licitantes,
diante da existência de limitações de mercado ou pelo desinteresse dos
convidados, deverá repetir o convite.
D Não é cabível realizar o convite de sociedades que não estejam cadastradas no
registro pertinente.
.FUNDAMENTAÇÃO: Lei n 8.666/93,
Sandra Mara Dobjenski

Art. 22. São modalidades de licitação:


I - concorrência;
II - tomada de preços;
III - convite;
IV - concurso;
V - leilão.
§ 3o Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo
pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em
número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local
apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais
cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse
com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das
propostas.
§ 6o Na hipótese do § 3o deste artigo, existindo na praça mais de 3
(três) possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto
idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um
interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas
licitações.
§ 7o Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos
convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes
exigidos no § 3o deste artigo, essas circunstâncias deverão ser devidamente
justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.
28. Sávio, servidor público federal, frustrado com a ineficiência da repartição em que
trabalha, passou a faltar ao serviço. A Administração Pública, após constatar que
Sávio acumulou sessenta dias de ausência nos últimos doze meses, instaurou
processo administrativo disciplinar para apurar a conduta do referido servidor.
Tendo como premissa esse caso concreto, assinale a afirmativa correta.a
A O processo administrativo disciplinar será submetido a um procedimento
sumário, mais simples e célere, composto pelas fases da instauração, da
instrução sumária - que compreende a indiciação, a defesa e o relatório - e do
julgamento.
Sandra Mara Dobjenski

B A inassiduidade habitual configura hipótese de demissão do serviço público,


ficando Sávio impedido de nova investidura em cargo público federal pelo prazo de
cinco anos, a contar do julgamento.
C Na hipótese de ser imputada a pena de demissão a Sávio, é lícito à Administração
Pública exigir depósito de dinheiro como requisito de admissibilidade do recurso
administrativo, até mesmo como forma de ressarcir os custos adicionais que o poder
público terá com o processamento do apelo.
D A falta de advogado constituído por Sávio no processo administrativo é causa de
nulidade, tendo em vista que a ausência de defesa técnica prejudica o exercício da
ampla defesa por parte do servidor arrolado.
FUNDAMENTAÇÃO: Lei 8.112

Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: (demissão só por
PAD, prescrição 5 anos)
III - inassiduidade habitual;
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa
justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze
meses.
Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos,
empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143
notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar
opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na
hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e
regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se
desenvolverá nas seguintes fases:(Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
I – instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser
composta por dois servidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a
materialidade da transgressão objeto da apuração; (Incluído pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97)
II – instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório; (Incluído
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Sandra Mara Dobjenski

III – julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)


Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual,
também será adotado o procedimento sumário a que se refere o art. 133,
observando-se especialmente que: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)I – a indicação da materialidade dar-se-á: (Incluído pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97)
29. O Governo do Estado Alfa, para impulsionar o potencial turístico de uma região
cercada de belíssimas cachoeiras, pretende asfaltar uma pequena estrada que liga a
cidade mais próxima ao local turístico. Com vistas à melhoria do serviço público e
sem dinheiro em caixa para arcar com as despesas, o Estado decide publicar edital
para a concessão da estrada, com fundamento na Lei nº 8.987/95, cabendo ao
futuro concessionário a execução das obras.
Com base na hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
A O edital poderá prever, em favor da concessionária, outras fontes de receita
além daquela oriunda do pedágio; a renda adicional deve favorecer a
modicidade tarifária, reduzindo a tarifa paga pelos usuários.
B Um grande investidor (pessoa física) pode ser contratado pelo poder concedente,
caso demonstre capacidade de realização das obras.
C A concessão pode ser feita mediante licitação na modalidade tomada de preços,
caso as obras necessárias estejam orçadas em até R$ 1.500.000,00 (um milhão e
quinhentos mil reais).
D O poder concedente não poderá exigir no edital garantias do concessionário de
que realizará as obras a contento, dado que a essência do contrato de concessão é
a delegação de serviço público.
FUNDAMENTAÇÃO: Lei nº 8.987/95: Art. 11. No atendimento às peculiaridades
de cada serviço público, poderá o poder concedente prever, em favor da
concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de outras fontes
provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de
projetos associados, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a
modicidade das tarifas, observado o disposto no art. 17 desta Lei.
Sandra Mara Dobjenski

Parágrafo único. As fontes de receita previstas neste artigo serão


obrigatoriamente consideradas para a aferição do inicial equilíbrio econômico-
financeiro do contrato.
Concessão de Serviço Público
Pessoa: Jurídica ou Consórcio;
Modalidade: Concorrente.
Permissão de Serviço Público
Pessoa: Física ou Jurídica
Modalidade: A título Precário (Pode revogar o contrato antes do prazo).
Lei nº 8.987/95:
Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de concessão as relativas:
[...]
V - aos direitos, garantias e obrigações do poder concedente e da
concessionária, inclusive os relacionados às previsíveis necessidades de
futura alteração e expansão do serviço e conseqüente modernização,
aperfeiçoamento e ampliação dos equipamentos e das instalações;
§ único. Os contratos relativos à concessão de serviço público precedido da
execução de obra pública deverão, adicionalmente: [...]
II - exigir garantia do fiel cumprimento, pela concessionária, das obrigações
relativas às obras vinculadas à concessão.
30. A União celebrou convênio com o Município Alfa para a implantação de um
sistema de esgotamento sanitário. O Governo Federal repassou recursos ao ente
local, ficando o município encarregado da licitação e da contratação da sociedade
empresária responsável pelas obras. Após um certame conturbado, cercado de
denúncias de favorecimento e conduzido sob a estreita supervisão do prefeito,
sagrou-se vencedora a sociedade empresária Vale Tudo Ltda. Em escutas
telefônicas, devidamente autorizadas pelo Poder Judiciário, comprovou-se o
direcionamento da licitação para favorecer a sociedade empresária Vale Tudo Ltda.,
que tem, como sócios, os filhos do prefeito do Município Alfa. Tendo sido feita
perícia no orçamento, identificou-se superfaturamento no preço contratado.
Com base na situação narrada, assinale a afirmativa correta.
Sandra Mara Dobjenski

A Não compete ao Tribunal de Contas da União fiscalizar o emprego dos recursos


em questão, pois, a partir do momento em que ocorre a transferência de titularidade
dos valores, encerra-se a jurisdição da Corte de Contas Federal.
B O direcionamento da licitação constitui hipótese de frustração da licitude do
certame, configurando ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da Administração Pública e, por isso, sujeita os agentes públicos somente
à perda da função pública e ao pagamento de multa civil.
C Apenas os agentes públicos estão sujeitos às ações de improbidade, de forma
que terceiros, como é o caso da sociedade empresária Vale Tudo Ltda., não podem
ser réus da ação judicial e, por consequência, imunes à eventual condenação ao
ressarcimento do erário causado pelo superfaturamento.
D Por se tratar de ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao erário,
os agentes públicos envolvidos e a sociedade empresária Vale Tudo Ltda. estão
sujeitos ao integral ressarcimento do dano, sem prejuízo de outras medidas, como a
proibição de contratar com o Poder Público ou receber incentivos fiscais por um
prazo determinado.
FUNDAMENTAÇÃO: Lei nº 8.429
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial,
desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das
entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para
celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los
indevidamente;
Lei 8.429/92
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que,
mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de
improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

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