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DE APRENDIZAGEM
1
Dissertação de Mestrado para obtenção do
Eduarda Coelho.
2
AGRADECIMENTOS
I
RESUMO
II
ABSTRACT
The results of this study demonstrate that for the total sample there is a
total of IQ of 87,36 and with a verbal IQ greater than accomplishment IQ (93,03
vs 86,86). For index factor, the verbal comprehension index is the highest and
processing speed which has a worse outcome. Only 10 children (14.5%) may
be included in the profile developed by Bannatyne.
III
ÍNDICE GERAL
AGRADECIMENTOS ............................................................................................. I
RESUMO ............................................................................................................ II
ABSTRACT ......................................................................................................... III
ÍNDICE GERAL .................................................................................................... IV
ÍNDICE DE QUADROS ........................................................................................... V
ÍNDICE DE ABREVIATURAS ................................................................................... VI
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICAÇÃO DO PROBLEMA ................................................... 2
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 6
2.1 - APRENDIZAGEM E COGNIÇÃO ............................................................................6
2.2 - DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ....................................................................8
2.3 - DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ESPECÍFICA ..................................................10
2.3.1 - DISLEXIA................................................................................................................... 11
2.3.2 - DISORTOGRAFIA........................................................................................................ 13
2.3.3 - DISGRAFIA ................................................................................................................ 14
2.3.4 - DISCALCULIA............................................................................................................. 14
2.4 - ETIOLOGIAS DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ESPECÍFICAS ......................15
2.5 - DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM GERAL .........................................................17
2.6 - FUNCIONAMENTO COGNITIVO DAS CRIANÇAS COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
...............................................................................................................................18
2.6.1 - CATEGORIAS DE BANNATYNE NAS CRIANÇAS COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM .. 23
2.7 - O GÉNERO E AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ...........................................24
2.8 - ÁREAS DE ACTIVAÇÃO CEREBRAL NAS CRIANÇAS COM DIFICULDADES DE
APRENDIZAGEM........................................................................................................25
3. METODOLOGIA ............................................................................................... 29
3.1 - AMOSTRA .........................................................................................................29
3.2 - VARIÁVEIS ........................................................................................................31
3.3 - INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO .........................................................................31
3.3.1 - ESCALA DE INTELIGÊNCIA DE W ECHLER PARA CRIANÇAS - 3ª EDIÇÃO .......................... 31
3.3.2 - QUESTIONÁRIO BIOGRÁFICO ...................................................................................... 33
3.4 - PROCEDIMENTOS ..............................................................................................33
3.5 - LIMITAÇÕES......................................................................................................34
3.6 - ANÁLISE ESTATÍSTICA.......................................................................................35
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................. 37
4.1 - ANÁLISE DESCRITIVA ........................................................................................37
4.1.1 - DESCRIÇÃO TOTAL DA AMOSTRA ............................................................................... 37
4.1.2 - DICOTOMIA Q.I VERBAL/Q.I DE REALIZAÇÃO .............................................................. 39
4.1.3 - DESCRIÇÃO DO PERFIL DAS CATEGORIAS DE BANNATYNE ........................................... 39
4.2 - ANÁLISE COMPARATIVA ....................................................................................40
4.2.1 - DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM EM FUNÇÃO DO GÉNERO ......................................... 40
4.2.2 - DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM EM FUNÇÃO DO NÍVEL SOCIOECONÓMICO................. 41
4.2.3 - PERFIL DA W ISC-III SEGUNDO O TIPO DE DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM .................. 41
5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................................................ 46
5.1 - AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E O GÉNERO ...........................................46
5.2 - AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E O NÍVEL SOCIOECONÓMICO ...................49
5.3 - AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E O PERFIL COGNITIVO ............................51
6. CONCLUSÃO ................................................................................................... 57
7. PROPOSTAS FUTURAS DE INVESTIGAÇÃO ......................................................... 60
8. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 62
9. ANEXOS ......................................................................................................... 75
IV
ÍNDICE DE QUADROS
V
ÍNDICE DE ABREVIATURAS
DA - DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
VI
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
1
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
2
tem dificultado o avanço da investigação na área das DA é a falta de acordo
entre os peritos no que diz respeito às características diferenciais e definição
das crianças com DA, sendo também, deste modo, um entrave à construção de
modelos de avaliação-prescrição-intervenção adequados a esta população
(Lopes, 2000).
3
colaboração do professor Mário Simões. De modo a recolher os dados
biográficos das crianças, elaboramos um questionário para ser respondido
pelos professores em colaboração com os pais.
4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
5
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
6
do processamento sequencial e simultâneo, da planificação, da resolução de
problemas e da expressão e comunicação da informação” (Fonseca, 2001).
7
esquerdo também se encontra envolvido em processos de análise espacial,
nomeadamente no reconhecimento de figuras familiares (Fonseca, 2001).
8
Aprendizagem (learning disabilities) numa comunicação apresentada na
“Conference on Exploration into Problems of the Perceptually Handicapped
Child” nos Estados Unidos. Este mesmo autor definiu as DA como “um atraso,
uma desordem ou uma imaturidade no desenvolvimento de um ou mais
processos da fala, da linguagem, da leitura, do soletrar, da escrita ou da
aritmética, resultantes de uma possível disfunção cerebral e/ou distúrbio
emocional ou comportamental, e não resultantes de deficiência mental, de
privação sensorial, ou de factores culturais ou pedagógicos” (Kirk, 1962, cit. por
Correia, 1991).
9
2.3 - DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ESPECÍFICA
10
aritmética e escrita é substancialmente inferior ao que era esperado para a sua
idade, nível de escolaridade ou para o seu nível intelectual. Estes problemas de
aprendizagem interferem significativamente com o rendimento escolar ou com
as actividades da vida diária que exigem aptidões de leitura, aritmética e
escrita.
2.3.1 - DISLEXIA
11
As dislexias classificadas de acordo com o momento em que surgiram,
podem ser: dislexias adquiridas e dislexias evolutivas ou de desenvolvimento
(Citoler, 1996).
12
Fonseca (2008) caracteriza as características comportamentais dos
indivíduos com dislexia auditiva do seguinte modo: problemas na captação e na
integração de sons; não associação de símbolos gráficos com as suas
componentes auditivas; não relacionar os fonemas com os monemas (partes e
todo da palavra); confusão de sílabas iniciais, intermédias ou finais; problemas
de percepção, de articulação, de memorização auditiva, de atenção e
dificuldades de comunicação verbal. A nível da dislexia visual demonstram
dificuldades na interpretação e na diferenciação de palavras; memorização de
palavras; confusão na configuração de palavras; frequentes inversões,
omissões e substituições, problemas de comunicação na grafomotricidade e na
visuomotricidade; na percepção social e em relacionar a linguagem falada com
a linguagem escrita.
2.3.2 - DISORTOGRAFIA
13
2.3.3 - DISGRAFIA
2.3.4 - DISCALCULIA
Casas (1988) diz que a discalculia pode ser definida como um transtorno
parcial da capacidade de manipular símbolos aritméticos e de fazer cálculos
matemáticos.
14
crianças e que se manifesta por dificuldades na realização do processamento
dos números, no cálculo aritmético e na resolução de problemas (Cruz, 2009).
15
estudos genéticos, particularmente ao nível do estudo da dislexia, verificaram
que existe uma componente hereditária. Shaywitz (2003) sugere que 23% a
65% das crianças que têm pais com dislexia, 40% dos irmãos de disléxicos e
27% a 49% dos parentes dos disléxicos, podem ter esta mesma desordem.
Existem também estudos genéticos que localizam a dislexia no cromossoma 6
e 15, e mais recentemente, no cromossoma 2 (Cruz, 2009).
16
Relativamente aos aspectos cognitivos, Fonseca (1999) refere que as
aprendizagens simbólicas como a leitura, a escrita e o cálculo, envolvem
processos cognitivos complexos.
17
as suas estruturas que, quando ausentes ou ineficientes, levam a um
desempenho inadequado em várias tarefas cognitivas.
18
Ryckman (1981) afirma que para se continuarem as pesquisas tem que
se fazer alterações na população com dificuldades de aprendizagem, pois
estas apresentam-se muito heterogenias. Assim será necessário caracterizar
sub-grupos homogéneos, pois, de outro modo, torna-se improvável encontrar
um perfil único, com características comuns.
19
Slate (1995) num estudo com três grupos de crianças, entre as quais
crianças com dificuldades de aprendizagem e deficiência mental verificou que
todos os grupos apresentavam um Q.I de realização superior ao Q.I verbal.
20
Após o recurso à dicotomia verbal-realização e aos perfis ACID e SCAD,
os estudos, envolvendo a compreensão das crianças com DA usando a Wisc,
começaram a dar mais ênfase à análise compreensiva dos subtestes e aos
índices factoriais: ICV (índice de compreensão verbal), IOP (índice de
organização perceptiva) e IVP (índice de velocidade de processamento).
Num estudo com crianças Mexicanas a viver nos EUA, que eram
bilingues e apresentavam diagnóstico de DA, foi-lhes aplicada a Wisc-R e
verificou-se que estas crianças apresentavam médias mais baixas ao nível dos
subtestes de memória de dígitos e informação e valores médios mais elevados
em complemento de gravuras (Mishra, 1984)
21
Filippatou e Livaniou (2005) verificaram que as crianças com PHDA, o
subteste com o resultado mais baixo na Wisc-III, era o de código e as crianças
com dificuldades de aprendizagem apresentavam um resultado mais baixo no
subteste de informação.
22
da memória de trabalho visuo-espacial (Kibby, Marks, Morgan & Long, 2004;
Pickering, 2006)
23
crianças com dificuldades de leitura e verificou um défice na categoria
Sequencial e pontuações mais elevadas na categorial Espacial.
24
Segundo Fonseca (1984) existem diversas explicações para o
predomínio das DAE no sexo masculino: Anatómica – proposta por Galaburda,
na década de 1960, que sugeriu a existência de menos microgiros no cérebro
de homens do que de mulheres observados em estudos post-mortem;
Genética – que defende a participação de determinados genes em distúrbios
específicos de aprendizagem; Especialização Hemisférica – em virtude de
uma maior habilidade demonstrada pelas meninas em provas
neuropsicológicas relacionadas com a coordenação motora fina e também em
provas de ordem verbal e características de aquisição da linguagem.
25
inconsistentemente, mostravam que crianças com alterações ao nível da
leitura, escrita e linguagem, apresentavam alterações nas áreas temporais
esquerdas. No entanto, foi possível verificar que o cérebro de pessoas com DA
apresenta, muitas vezes, uma evidente disfunção multifocal, englobando uma
variedade de áreas, nomeadamente, o hipocampo, a área occipital, temporal, o
frontal, o cerebelo e corpo caloso (Chase, Rosen & Sherman, 1996; Bigler,
Lajiness-O`Neill & Howes, 1998; Gilger & Kaplan, 2001; Pope & Whiteley,
2003).
26
Alguma evidência de natureza correlacional, não conclusiva, oferece
suporte para o Q.I verbal reflectir o funcionamento do hemisfério esquerdo e o
Q.I de realização traduzir a actividade do hemisfério direito, baseando-se na
hipótese da distinção entre as competências verbais e não-verbais (Simões,
2002).
27
3. METODOLOGIA
28
3. METODOLOGIA
3.1 - AMOSTRA
29
QUADRO 1 - Caracterização Geral da Amostra
30
3.2 - VARIÁVEIS
31
portuguesa da Wisc-III é resultado do trabalho da equipa de Investigação e
Publicações Psicológicas (CEGOC-TEA) com a colaboração do professor
Mário Simões, cujos trabalhos foram iniciados em 1999 e envolveram uma
amostra estratificada de 1354 sujeitos com idades compreendidas entre os 6 e
os 16 anos, representativa da população portuguesa nas variáveis: idade, sexo,
nível de escolaridade, meio de residência e localização geográfica.
Este teste apesar de ter sido criado com intuito de avaliar a inteligência,
tem uma aplicação mais vasta, sendo usado com frequência na psicologia
clínica e neuropsicologia como instrumento de avaliação neuropsicológica. Esta
escala permite-nos, assim, não só uma avaliação quantitativa das capacidades
dos indivíduos, mas também uma avaliação qualitativa do funcionamento
cognitivo.
32
Reynolds, 1983; Koppitz, 1976, Groth-Marnat, 1999, Wechsler, 2003). Assim,
no nosso estudo, utilizaremos uma diferença de 15 pontos entre os Q.Is.
3.4 - PROCEDIMENTOS
33
aplicar o teste. Após consentimento informado e assinada a autorização por
parte do encarregado de educação, foi aplicada individualmente a Wisc-III na
escola das crianças. Esta aplicação foi feita em salas de apoio facultadas pela
escola, onde apenas se encontrava a criança e a examinadora.
3.5 - LIMITAÇÕES
34
3.6 - ANÁLISE ESTATÍSTICA
35
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
36
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
37
QUADRO 2 - Perfil Wisc-III para a amostra total
Desvio
Perfil Wisc-III N Média Mínimo Máximo Simetria Achatamento
Padrão
Q.I. Verbal 69 93,03 15,78 57,00 139,00 0,122 0,551
Q.I. de Realização 69 86,86 14,80 57,00 132,00 0,326 0,476
Q.I. Total 69 87,36 14,88 56,00 122,00 0,110 -0,266
Complemento de
69 8,06 3,10 1,00 15,00 -0,162 -0,429
Gravuras
Informação 69 8,00 2,86 1,00 16,00 -0,004 0,297
Código 69 8,77 2,90 2,00 19,00 0,156 1,576
Semelhanças 69 9,30 2,93 2,00 17,00 0,419 0,434
Disposição de
69 8,36 3,12 2,00 19,00 0,418 1,193
Gravuras
Aritmética 69 9,04 2,68 3,00 17,00 0,329 0,698
Cubos 69 8,07 2,63 2,00 14,00 -0,051 -0,210
Vocabulário 69 9,41 3,21 1,00 19,00 0,104 0,765
Composição de
69 8,04 2,86 2,00 14,00 -0,169 -0,304
Objectos
Compreensão 69 9,57 3,25 2,00 19,00 0,525 0,932
Pesquisa de
69 8,19 2,83 2,00 17,00 0,300 0,709
Símbolos
Memória de Dígitos 69 7,77 2,38 1,00 14,00 0,055 0,100
Labirintos 69 8,84 2,82 4,00 17,00 0,306 -0,022
Índice de
Compreensão 69 93,58 15,93 53,00 142,00 -0,005 0,987
Verbal
Índice de
Organização 69 87,39 15,32 60,00 136,00 0,349 0,667
Perceptiva
Índice de
Velocidade de 69 90,99 13,31 54,00 119,00 -0,437 0,030
Processamento
38
baixo foi a memória de dígitos (7,77±2,38), seguido pela informação
(8,00±2,86) e composição de objectos (8,04±2,86).
39
QUADRO 4 - PERFIL DAS Categorias de Bannatyne nas crianças com Dificuldades de
Aprendizagem
Categorias Bannatyne
Frequência Percentagem (%)
(E > C > S)
Presença 10 14,5
Ausência 59 85,5
40
Pela análise do quadro anterior, verifica-se que não existem diferenças
significativas no tipo de dificuldade de aprendizagem em função do género
(X2=4,480; p=0,106). No entanto, notámos que a DA mais predominante nas
raparigas é a Dislexia (52,6%), e nos rapazes é a Disortografia (47,6%).
Nível Socioeconómico
Baixo (n=23) Médio (n=28) Alto (n=6)
F P (%) F P (%) F P (%)
Dislexia 11 47,8 7 25,0 3 50,0
Disortografia 8 34,8 13 46,4 1 16,7
DAGeral 4 17,4 8 28,6 2 33,3
2
X = 4,233 F - Frequência; P - Percentagem
p = 0,375
APRENDIZAGEM
41
QUADRO 7 - Comparação do Perfil da Wisc-III em função do tipo de Dificuldade de
Aprendizagem.
42
Da análise do quadro anterior, podemos referir que existem diferenças
significativas entre todas as variáveis que compõem o perfil da Wisc-III,
excepto na memória de dígitos (p=0,053). Verifica-se que as crianças com
DAGeral apresentam valores inferiores em todas as variáveis
comparativamente às crianças com Dislexia e Disortografia.
ESTATUTO SÓCIO-ECONÓMICO
P
WISC-III Baixo Médio Alto F
(sig.)
(n=23) (n=28) (n=6)
Q.I. Verbal 88,04 ± 14,17 95,07 ± 16,42 89,00 ± 9,63 1,485 0,236
Q.I. de Realização 87,87 ± 12,41 87,75 ± 17,36 87,67 ± 16,79 0,001 0,999
Q.I. Total 85,30 ± 12,25 89,14 ± 17,77 85,00 ± 13,02 0,463 0,632
Complemento de
8,48 ± 2,94 8,57 ± 3,26 8,00 ± 2,37 0,086 0,917
Gravuras
Informação 7,39 ± 2,86 8,39 ± 3,22 8,00 ± 1,26 0,732 0,486
Código 9,26 ± 3,85 8,54 ± 2,28 7,83 ± 2,79 0,658 0,522
Semelhanças 8,52 ± 3,01 9,68 ± 2,87 8,00 ± 1,41 1,506 0,231
Disposição de
8,17 ± 2,85 8,14 ± 3,74 10,00 ± 3,41 0,802 0,454
Gravuras
Aritmética 8,57 ± 2,37 9,50 ± 3,21 8,67 ± 2,25 0,754 0,476
Cubos 8,39 ± 2,41 8,11 ± 2,97 8,50 ± 2,26 0,096 0,908
Vocabulário 8,09 ± 2,94 9,82 ± 3,10 8,50 ± 1,76 2,294 0,111
Complemento de
8,26 ± 2,36 8,11 ± 3,01 7,67 ± 3,93 0,103 0,902
Objectos
Compreensão 8,91 ± 3,22 9,54 ± 3,05 9,33 ± 3,33 0,249 0,780
Pesquisa de
7,35 ± 2,60 8,61 ± 3,10 9,00 ± 3,16 1,473 0,238
Símbolos
Memória de Dígitos 7,09 ± 2,19 8,04 ± 2,60 7,67 ± 1,86 1,004 0,373
Labirintos 8,48 ± 2,54 9,25 ± 3,24 9,00 ± 1,55 0,468 0,629
Índice de
88,17 ± 14,69 95,43 ± 16,21 90,00 ± 8,81 1,523 0,227
Compreensão Verbal
Índice de
Organização 88,70 ± 12,41 88,25 ± 18,07 89,17 ± 16,70 0,010 0,990
Perceptiva
Índice de Velocidade
89,04 ± 14,84 91,93 ± 13,65 91,33 ± 15,34 0,263 0,770
de Processamento
*P ≤ 0,05
43
Da análise do quadro anterior, verificámos que não existem diferenças
crianças.
44
5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
45
5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
46
Outros estudos realizados aludem a proporcionalidades superiores. Os
estudos de Ryckman (1981) e Rotsika et al. (2009) com 3:1, e o de Figueiredo
et al. (2007) com 2,2:1.
47
Uma conclusão congruente com a nossa, verificou-se no estudo de
Liederman et al. (2005), em que após serem eliminados os artefactos externos
que conduziam a uma maior preponderância de rapazes com dificuldades de
leitura, estes continuavam a ser em maior número, concluindo-se, deste modo,
que o maior predomínio do género masculino nas dificuldades de leitura não
era um mito, mas um fenómeno real.
48
Walz, 2009). Assim, o estrogénio melhora, quer a capacidade de
aprendizagem, quer a memória (MacLennan et al., 2006).
49
em escolas públicas da cidade e não estarem representadas na amostra os
colégios privados, que são em, grande parte, frequentados por indivíduos das
classes de NSE superior. Para além disso, os nossos dados não corroboram a
relação estabelecida entre o NSE e as habilidades/capacidades cognitivas
avaliadas pela Wisc-III, não sendo encontrada nenhuma diferença significativa
quando comparado com os subtestes, o Q.I verbal, o Q.I de realização e o Q.I
total.
50
5.3 – AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E O PERFIL COGNITIVO
51
Assim, com as devidas precauções, podemos colocar a hipótese que as
crianças com dificuldades de aprendizagem podem apresentar algumas
limitações ao nível das capacidades visuo-espaciais e visuo-perceptivas, indo
de encontro ao que afirma Fonseca (2008) sobre as limitações ao nível da
figura-fundo, completamento visual, constância da forma, posição no espaço,
relações no espaço e coordenação óculo-manual.
52
grupos de crianças com dificuldades de aprendizagem (um grupo com um Q.I
normal e outro com Q.I baixo).
53
Torgesen, Kistner e Morgan (1987) depois de reverem estudos sobre a
memória activa concluíram que as crianças com DAGeral exploram a
informação presente nesta memória mais lentamente do que as outras
crianças.
54
ocorrem depois de lesões no hemisfério direito, pois a compreensão de
histórias e confabulação são tarefas cognitivas complexas dependentes do
hemisfério direito (Johansson, 2006).
Cohen et al. (2004) afirmam que nas crianças com lesões cerebrais
precoces, o hemisfério intacto pode assumir as funções que normalmente são
desempenhadas pelo hemisfério lesionado. Assim, parece ser complicado falar
em funcionamento hemisférico, sendo mais prudente aludir a funções
cognitivas que se encontram em défice e que interferem na capacidade destas
crianças aprenderem a ler, escrever e calcular.
55
6. CONCLUSÃO
56
6. CONCLUSÃO
57
continuam a não ter planos educativos e adaptações curriculares adequadas às
suas capacidades e limitações.
58
7. PROPOSTAS FUTURAS DE INVESTIGAÇÃO
59
7. PROPOSTAS FUTURAS DE INVESTIGAÇÃO
60
8. BIBLIOGRAFIA
61
8. BIBLIOGRAFIA
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