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GAS

DE REDAÇÃO
EM JORNALLISMO
103
s ó Cm relação
não ; aos meios
se
mantém,
(diferenças redacionais entre o
a C O texto em
tCxto
jornal), mas também nas diferentes edito-
lnolítica, economia, cultura etc.),
rias

ORJETIVIDADE SUBJETIVIDADE NO TEXTO JORNALÍSTICO


3 . 4 0BJETIVID

A objetividade, apontac como uma das


principais virtudes do jor-
alismo, iá há muito vem sendo questionada por aqueles que produ-
zem e analis o discurso midiático.
objetivo e subjJetivo, teriamos uma espécie de "filtro" entre
Fntre
ahictos da realidade (objetivo relativo a objeto) e o
sujeito que
reende esses objetos (subjetivo > relativo a sujeito). No jornalismo,
a diferença estaria, por um lado, em priorizar a informação (os "aconte-

cimentos do mundo ),e, por outro, marcar a postura do jornalista, ou


da empresa jornalística, diante da informação. No entanto, tal distinção
não pode ser pensada em termos absolutos, dada a sua imposibilidade:

claro está que não é o fato ('como ele e') que transborda das páginas
de jornais e revistas; é a um relato do fato que o leitor tem acesso (uma
representaçáo, portanto). Esse relato, contudo, não é "qualquer relato";
para ser jornalístico, deve portar um valor de verdade que o sustente,

que o torne verossimil; daí advém sua credibilidade.


Desse modo, o discurso jornalístico cerca-se de estratégias que lhe
garantem credibilidade e que devem ser observadas desde a produção
de determinada matéria: planejamento, pesquisa, busca por diferen-
tes pontos de vista a respeito do acontecimento, clareza textual. Esses

procedimentos, ainda que vinculados à ideia de objetividade, não "apa-


gam, porém, as marcas de subjetividade de um texto (e nem poderiam
Iaze-lo basta lembrar que aquele que escreve" e "o mundo sobre o

qual escreve" são entidades indissociáveis, uma vez que participam de

um mesmo
todo de significação, a linguagem).
discursivo é
jornalista "fala" a partir de determinado lugar e

Csse Escrever em terceira pes-


lugar que todo o relato se organiza
S0a O faz com que o "eu" desapareça do texto, pois as marcas de

ubjetividade podem ser identificadas em outras formas linguisticas,


104 DISCURSO JORNAL
NSTICO
como na escolha dos verbos declaratórios utilizados Dara u

dar a
algum entrevistado: vo
Para tentar retomar o controle dos presidios, o
pesado. "Agoraserá como em taraquara: os presos terie
governo resolveeu jogar
ão de fic.
unidades destruidas enquanto durarern as reformas"s, avisao secr
nas
rio da Administração Penitenciária, Antonio Ferreira D:.. retá
nados como animais, "Veja , 12 de julho de 20061 Pinto. onf
Nesse caso, o verbo em destaque pode ser tomado com
como um indício
da postura da revista, que, de certa forma,
Interpreta a fala d.
do entre-
vistado, uma vez que "avisar, nesse caso, pode ser lido
lo no
no campo
"ameaça', considerado o trecho nterior "resolveu da
pesado", deci
deci.
jogar
sãoatribuída ao governo, de quem o entrevistado é
porta-vo .
Assim, subjetividade e objetividade nao devem ser
conceitos excludentes; antes, devem ser percebidos come
como
pensados como as duas facer
informação. E certo que iluminar uma ou outra dessas s da

de sentido diferenciados,
faces trará c..
tos
mas tanto em uma ei-
em outra (e ambas têm espaços confhguração quanto
garantidos no jornalismo) importam
princípios éticos guiar essas produções.
a os
oe

3.5 ESTILOE RECURSOS DE LINGUAGEM


Quando pensamos "estilo de texto, pensamos também
em

subjetividade, na marca queo sujeito em

dizer". A área imprime à sua escrita, ao seu


que estuda os recursos de
estilo recebe o nome de
linguagem que promovem o
Estilistica.
No discurso
jornalístico, os
recursos estilísticos (ou figuras de
gem), são mais comuns
nos textos lingua
níida definição publicados em revistas e naqueles com
subjetiva, como
artigos, crônicas e críticas
mas
podem também ser observados (veja Seção 3.,
em
em
geral. Além de trazer mais reportagens e textos noticios
ticos conterem à
"pessoalidade" ao texto, os recursos cst is-
redação maior
informativa, uma vez que são expressividade e, não raro, maior ca ga
e
propiciar maior envolvimentocapazes de dotar a escrita de singularida
por parte do leitor.

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