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Olá amigos da rede Cifra Club (citando o Galvão Bueno), estamos mais uma vez aqui e
agora (citando o extinto programa da TVS) depois de um longo e tenebroso verão
(citando alguém que eu não sei).
Muitos foram os pedidos neste intervalo de aula: alguns pediram que eu exterminasse os
trocadilhos (32% pediam fervorosamente que eu não os fizesse mais, outros 12%
entraram com processo na justiça e os outros 56% ou me enviaram caixas de CDs de
pagode em represália – tive medo). Ligavam para a minha casa de manhã e colocavam
“Festa no apê do Latino” para tocar, ameaçando assim a minha saúde física e mental.
Outros foram mais radicais, me enviaram fotos do Antônio Carlos Magalhães, Severino
Cavalcanti e até mesmo do ex-presidente Fernando Collor de Melo. Depois de tantas
ameaças, decidi que o melhor foi “trocar os trocadilhos” (opa, escapou) por algum
hábito mais saudável.
ENFATISMO PRECEPTORAL:
Os itens acima descritos são obrigatórios numa partitura. Eles dão todas as coordenadas
de execução de uma peça musical. Vamos então entender estas funções:
CLAVE: Como disse uma aluna minha, “aquele S bonito” é chamado de CLAVE DE
SOL. Temos outros tipos de claves também, como Fá (também usada para
teclado/piano) e clave de Dó. Quando usamos o sistema híbrido de cifras/partituras,
geralmente as notas da mão esquerda (que no piano são escritas em clave de Fá) são
substituídas por cifras, enquanto a mão direita (melodia) você tem a clave de sol. Mais a
frente vamos ver como a clave funciona na hora de ler a partitura.
FÓRMULA: Esta “fração” que é colocada logo após a clave nos serve para indicar o
tempo da música. Não o tempo em BPM (batidas por minuto) e sim a fórmula do
compasso.
A fórmula do compasso é o tão conhecido QUATRO POR QUATRO que 80% das
músicas são elaboradas. Consiste em 4 tempos por compasso.
Se a fórmula fosse um 3 por 4, então teríamos três tempos no compasso, e por aí vai.
Claro, isso de uma forma muuuuuuuuuuuuuuuito simplificada.
NOTA MENTAL DO LEITOR: “E as bolinha??Pra que serve as bolinha com pau?”..
Calma......as figuras nas linhas e nos espaços são as notas, literalmente. É através da
posição destas figuras que sabemos qual é a nota e qual a duração dela.
ENCONTROS MARCANTES
Agora vem a parte boa da coisa: associar as notas da partitura com o seu teclado. Lá vai
uma tabelinha:
Veja como é simples: a primeira figura (na linha inferior) é o DO central do teclado
(geralmente é o DO da TERCEIRA OITAVA – levando em consideração que você
tenha um teclado de 5 oitavas).
FIGURAS POSITIVAS
São os valores que equivalem a “uma nota tocada”. Como também podemos inserir
dentro de um compasso valores negativos (pausas) é importante associar nomes aos bois
(ou aos valores positivos, tanto faz):
Quando aprendemos seus nomes e associamos seus valores, fica mais fácil entender que
se pode ler uma música escrita há séculos (no caso dos compositores eruditos, musica
folclórica).
Criei um arquivo para ENCORE para vocês experimentarem nas suas casas e
observarem. Para aqueles que não possuem o ENCORE, o link para download de uma
versão demo está aqui:
http://www.gvox.com/fr_body_downloadsForm.php?requested=e455w_demo.exe
Bem, o assunto é muito extenso, complicado, e extremamente chato para quem está
começando, mas acho que é uma boa para todos aqueles que pretendem e gostam de ler
partituras e tocar suas músicas. Eu não quis (e nem conseguiria) ensinar tudo nesta aula
porque ler partitura não é fácil. Na verdade, também não é difícil, mas assim como
quando começamos a ler e a escrever, requer paciência e estudo.
Pela demora na aula, até que esta foi bem complicadinha :).
A todos um grande abraço, não deu pra colocar receita agora (recebi algumas dicas e
receitas por e-mail, mas continuo em dieta). Estarei de volta mais breve possível.