Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Historia
Torturas
Estudante: Felipe Dabdoub Guevara
SALGUEIRO
2018
FELIPE DABDOUB GUEVARA
Torturas
SALGUEIRO
2018
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................04
2. OJETIVOS...............................................................................................................04
2.1 – Gerais.........................................................................................................04
2.2 – Específicos ................................................................................................04
3. JUSTIFICATIVA......................................................................................................04
4. DESENVOLVIMENTO....................................................................................05 e 06
4.1.principais métodos e instrumentos de torturas.....................................06 a 10
4.2. Os órgãos de repressão.............................................................10 e 11
4.3. Conseqüências dessas torturas..................................... 11 e 12
4.4. Os “Desaparecidos” durante a ditadura militar.............. 12 e 13
4.5. Dilma Rousseff na Ditadura Militar.............................13 e 14
4.6. Como eram feitas as prisões na ditadura militar.............14
5. Conclusão............................................................................................. 14 e 15
REFERÊNCIAS...........................................................................................................15
1-Introdução
Esse trabalho ira se tratar das torturas e de relados de sofrimentos que as
pessoas passaram durante a ditadura militar no Brasil, as conseqüências das
torturas no país e os órgãos de repressão. Onde foi uma época do nosso país
muito violenta, cruel e radical pra quem não obedeciam as leis desse tempo.
Irei mostrar os principais instrumentos de torturas usados pelos militares,
também contarei trechos de ex-politicos, ex-militares e pessoas comuns que
falaram como sofreram durante as torturas.
2-Objetivos
2.1-Gerais:
Esse trabalho tem como objetivo apresentar os principais instrumentos
de torturas na ditadura militar no Brasil e mostrar como as pessoas
conviviam nesse tempo com esses tipos de torturas.
2.2-Específicos:
Tipos de Instrumentos de torturas.
Conseqüência dessas torturas.
Os “Desaparecidos” na ditadura militar.
O principal órgão repressor.
Dilma na Ditadura Militar.
3-Justificativa
Eu escolhi torturas como meu tema para esse artigo cientifico, devido que foi
uma parte da historia da ditadura militar bem agressiva,violenta para quem não
obedecia as leis deles e por que eu quero contar nesse artigo como as pessoas
dessa época sofriam com as torturas dos militares.E contar também o que
levava aos militares praticarem essas atitudes dolorosas com o povo.
4-Desenvolvimento
"É como se eles corrompessem sua alma, destruindo o que você tem de bom
(...). Eles querem, através do massacre, da desumanidade, que você traia que
você rompa todos os vínculos que tem, como no caso que eu vi, de uma
menina que entregou o próprio pai”. O trecho acima faz parte de uma longa
entrevista concedida por Maria do Carmo Serra Azul à Adital. Cacau uma ex-
presa política (1972).
No Brasil do século XX, a tortura foi praxe nos dois maiores períodos ditatorial
que o país viveu, na época do Estado Novo (1937-1945) e do regime militar
(1964-1985), durante a ditadura militar que as maiores atrocidades foram
cometidas contra os que se opunham ao regime. Neste período os estudantes,
os intelectuais, os engajados políticos, foram às principais vítimas do sistema
que contestavam. Em plena Guerra Fria, a elite brasileira posicionou-se do lado
dos Estados Unidos e da direita ideológica, favorável à lógica do capitalismo.
Instaurar uma ditadura era a maneira de proteger o Brasil combatendo a
ideologia comunista e aqueles que a defendiam.
O Pau-de-arara
"Fui para o pau de arara várias vezes. De tanta pancada, uma vez meu corpo
ficou todo tremendo, eu estrebuchava no chão”. (Maria do Socorro Diógenes,
ex-militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR).Essa
tortura consiste numa barra de ferro que era atravessada entre os punhos
amarrados e a dobra do joelho, sendo o conjunto colocado entre duas mesas,
ficando o corpo do torturado pendurado a cerca de 20 ou 30 centímetros do
solo. Depois de pendurado o torturado sofria com choques elétricos, pancadas
e queimaduras com cigarros.
A Cadeira do Dragão
"Me amarraram na cadeira do dragão, nua, e me deram choque no ânus, na
vagina, no umbigo, no seio, na boca, no ouvido”. (Maria Amélia Teles, ex-
militante do Partido Comunista do Brasil) A cadeira do dragão era uma espécie
de cadeira elétrica, onde os presos sentavam pelados numa cadeira revestida
de zinco ligada a terminais elétricos. Quando o aparelho era ligado na
eletricidade, o zinco transmitia choques a todo o corpo. Muitas vezes, os
torturadores enfiavam na cabeça da vítima um balde de metal, onde também
eram aplicados choques.
A Pimentinha
Era uma máquina que era constituída de uma caixa de madeira que, no seu
interior, tinha um ímã permanente, no campo do qual girava um rotor
combinado, de cujos terminais uma escova recolhia corrente elétrica que era
conduzida através de fios. Essa máquina dava choques em torno de 100 volts.
Afogamentos
"Os caras me enfiavam de capuz num tanque de água suja, fedida, nojenta.
Quando retiravam a minha cabeça, eu não conseguia respirar, porque aquele
pano grudava no nariz.” (Maria do Socorro Diógenes, ex-militante PCBR) -
Nesse método, os torturadores tapavam as narinas do preso e colocavam uma
mangueira dentro da boca da vítima, obrigando-o a engolir água. Outro método
de afogamento era o de imergir a cabeça do torturado em um tanque de água,
forçando sua nuca para baixo até o limite do afogamento. Muitas vezes o preso
desmaiava o que não significava o fim da tortura
.
Geladeira
Na geladeira os presos ficavam pelados numa cela baixa e pequena, que os
impedia de ficar de pé. Depois, os torturadores alternavam um sistema de
refrigeração super frio e um sistema de aquecimento que produzia calor
insuportável, enquanto alto-falantes emitiam sons irritantes. Os presos ficavam
na "geladeira" por vários dias, sem água ou comida.
Produtos químicos
Havia vários produtos químicos que eram comprovadamente utilizados como
método de tortura. Para fazer o acusado confessar, era aplicado soro de penta
total, substância que fazia a pessoa falar, em estado de sonolência. Em alguns
casos, ácido era jogado no rosto da vítima, o que podia causar inchaço ou
mesmo deformação permanente.
O Choque Elétrico
Foi um dos métodos de tortura mais cruéis e largamente utilizados durante o
regime militar. Geralmente, o choque é dado através de um telefone de
campanha do exército que possuía dois fios longos que eram ligados ao corpo,
normalmente nas partes sexuais, além dos ouvidos, dentes, língua e dedos. O
acusado recebia descargas sucessivas, a ponto de cair no chão.
Espancamentos
"Eles giravam os presos dentro das celas e os jogavam contra a parede,
deixando marcas de sangue por todos os lados, meu marido tem uma cicatriz
na cabeça até hoje por conta disso” (Cacau) - Como o próprio nome já diz, era
literalmente um espancamento. O preso recebia agressões físicas de todas as
maneiras possíveis, entre as mais violentas estava o "telefone”, onde o
torturador batia com as duas mãos, em forma de concha, ao mesmo tempo nos
ouvidos do preso. Essa técnica deixava o torturado zonzo e podia até estourar
os tímpanos, causando surdez permanente.
Tortura psicológica
"Com certeza a pior tortura foi ver meus filhos entrando na sala quando eu
estava na cadeira do dragão. Eu estava nua, toda urinada por conta dos
choques. Quando me viu, a Janaína perguntou: ‘Mãe, por que você está azul e
o pai verde? ’. O Edson disse: ‘Ah, mãe, aqui a gente fica azul, né?’. Eles
também me diziam que iam matar as crianças. Chegaram a falar que a Janaína
já estava morta dentro de um caixão”. - Considerada por muitos como a forma
mais cruel de tortura. Iam desde a humilhação do preso até ameaças de
violência contra seus familiares. Mulheres grávidas ou que tinham filhos recém-
nascidos, muitas vezes ouviam dos torturadores que nunca mais os veriam. Há
também relatos de homens que eram obrigados a assistir a abusos sexuais
contra suas mulheres.
4.2-Os órgãos de repressão
"Você, agora, vai conhecer a sucursal do inferno”. (Palavras proferidas por um
oficial do exército a Frei Tito, quando este era levado para o interrogatório e,
conseqüentemente, para as torturas)
O DOI-CODI, que era chefiado pelo, então, Capitão Carlos Alberto Brilhante
Ustra, era formado por dois órgãos distintos, o Destacamento de Operações e
de Informações (DOI), responsável pelas ações práticas de busca, apreensão e
interrogatório de suspeitos, e o Centro de Operações de Defesa Interna
(CODI), cujas funções abrangiam a análise de informações, a coordenação dos
diversos órgãos militares e o planejamento estratégico do combate aos grupos
de esquerda. Embora fossem dois órgãos distintos, era freqüentemente
associado na sigla DOI-CODI, o que refletia o caráter complementar dos dois
órgãos.
Outro braço importante da repressão e que causava calafrios nos presos era o
Esquadrão da Morte, liderado pelo delegado Sérgio Fleury. O Esquadrão, que
surgiu na década de 1960 em São Paulo, era um grupo paramilitar cujo objetivo
era perseguir e matar supostos criminosos tidos como perigosos para a
sociedade.
Maria do Carmo foi uma das pessoas que enfrentou o interrogatório de Fleury e
sobreviveu. Ela conta que todos os interrogatórios feitos por ele eram
alternados entre torturas e conversas. "Ele me perguntava: você está
gostando? Você quer que eu repita? Aí eu dizia: não. E ele retrucava, pois
então fale. E eu respondia: mas eu não sei”.
Além dos mortos e desaparecidos (também mortos, mas jamais tendo sido
encontrados os seus corpos), a tortura deixou danos indeléveis aos que
sobreviveram a ela, levando alguns ao suicídio, como aconteceu ao
dominicano Frei Tito de Alencar Lima. Os que sobreviviam à tortura, eram
permanentemente ameaçadas e vigiadas pelo regime opressivo. Até hoje, os
torturados têm dificuldade na sua maioria, em falar dos horrores que sofreram
nos porões da ditadura.
Na história do Brasil, a única coisa pior que a Ditadura Militar foi a Escravidão
(africana e indígena).
- Eduardo Leite.
5.conclusão
Através desse artigo cientifico, percebemos que a ditadura foi um dos piores
golpes que já aconteceram no Brasil. Muitas pessoas foram torturadas,
morreram muitas se exilaram no exterior, e foi um período que marcou para
sempre quem viveu na época. A ditadura era violenta com qualquer pessoa
que se manifestasse contra o sistema, realizando prisões, torturando e até
matando seus opositores.
A tortura foi empregada para neutralizar os opositores e foi à feição mais
desumana da repressão contra a população. Aperfeiçoaram-se através de
aulas teóricas e práticas e utilizava-se de vários instrumentos para reprimir e
desmobilizar quem fosse contra o sistema.
6. Referencias bibliográficas
-http://terracota-ju.blogspot.com/2012/09/a-tortura-na-ditadura-
militar_274.html acesso em 27 de 08 de 2018
-https://www.esquerda.net/dossier/repress%C3%A3o-e-tortura-na-
ditadura-militar/31936 acesso em 04 de 09 de 2018
- http://www.revistamissoes.org.br/2010/04/tortura-no-regime-militar/
acesso em 05 de 09 de 2018
- http://www.politize.com.br/tortura-no-brasil/ acesso em 05 de 09 de
2018
-http://memoriasdaditadura.org.br/biografias-da-resistencia/dilma-
rousseff/index.html acesso em 05 de 09 de 2018
- https://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/12/1560259-relatorio-da-
comissao-da-verdade-detalha-prisoes-tortura-e-mortes.shtml
acesso em 05 de 09 de 2018