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ESCOLA ESTUDANTIL TIDE SETEÚBAL

Giovanna Lima Do Nascimento

MACHISMO PATRIARCAL NO BRASIL

São Paulo

2023
Giovanna Lima Do Nascimento

MACHISMO PATRIARCAL NO BRASIL

Trabalho de caracter avaliativo cujo objetivo é


abordar sobre a Ditadura Cívil No Brasil.

Terceiro Ano do Ensino Médio.

Orientadores(as):

Fabiana Elena Pereira

Andréa Estevão

Valeska Godoy Gomes Azevedo

São Paulo
2023
Conteúdo
Introdução....................................................................................................................................4
Contexto Histórico.......................................................................................................................5
 Décadas de 1930 e 1940:..............................................................................................5
 Década de 1950:...........................................................................................................5
 Guerra Fria e o Medo do Comunismo:.........................................................................5
 Crise Política e Econômica:..........................................................................................5
 A Crise de 1964:...........................................................................................................5
Instauração do Regime Militar.....................................................................................................6
 Cenário do Golpe:........................................................................................................6
 Ato Institucional nº 1 (AI-1):........................................................................................6
 Principais Atores do Golpe:..........................................................................................6
Instituições de Controle................................................................................................................7
Órgãos de Repressão:...............................................................................................................7
Censura à Imprensa:.................................................................................................................8
Impactos na Liberdade de Expressão:......................................................................................8
Violência e Repressão..................................................................................................................8
 Tortura:.........................................................................................................................8
Movimentos de Resistência........................................................................................................10
Legado da Resistência............................................................................................................11
Abertura Política, Consequências e Memória.............................................................................11
 Abertura Política:.......................................................................................................11
 Consequências a Longo Prazo:...................................................................................11
Reflexões sobre a Memória Histórica:...................................................................................12
Conclusão...................................................................................................................................13
Referências Bibliograficas.........................................................................................................14
Introdução

A ditadura civil no Brasil, instaurada em 1964 e perdurando até 1985, representa um


capítulo significativo e complexo da história do país. Este período é marcado por uma
série de eventos que moldaram profundamente a sociedade brasileira, deixando um
legado que ainda reverbera nos dias atuais. O golpe militar de 1964, inicialmente
justificado como uma resposta à ameaça comunista, resultou em anos de regime
autoritário, censura, perseguição política e violações dos direitos humanos.

A importância de compreender e analisar a ditadura civil no Brasil vai além do mero


exercício histórico; ela é fundamental para a compreensão da formação da identidade
nacional e do funcionamento das instituições democráticas. Os impactos desse período
ainda se refletem em questões sociais, políticas e culturais, destacando a necessidade de
investigar a fundo as raízes desse regime autoritário e suas implicações para a sociedade
contemporânea.

Este trabalho busca explorar de maneira abrangente os diversos aspectos da ditadura


civil no Brasil, desde o contexto histórico que propiciou sua instauração até as
consequências e reflexos que moldaram a transição para a democracia. Cada seção
abordará aspectos específicos, proporcionando uma visão abrangente e aprofundada
desse período turbulento.
A ditadura civil no brasil
Contexto Histórico
Para compreender o contexto político e social que culminou no golpe militar de 1964 no
Brasil, é essencial recuar no tempo e analisar as décadas que precederam esse evento.
Nas primeiras metades do século XX, o Brasil experimentou mudanças significativas
em sua estrutura política e social, refletindo a dinâmica global da época.

 Décadas de 1930 e 1940:


As décadas de 1930 e 1940 foram marcadas por transformações na política brasileira. O
país vivenciou a Era Vargas, liderada por Getúlio Vargas, que se estendeu de 1930 a
1945. Durante esse período, Vargas adotou medidas intervencionistas na economia,
consolidando um governo centralizado e autoritário. A industrialização ganhou impulso,
mas o país ainda mantinha uma estrutura socioeconômica profundamente desigual.

 Década de 1950:
O cenário político e social evoluiu na década de 1950 com o crescimento econômico e o
aumento da urbanização. A ascensão da classe média, combinada com a urbanização
acelerada, gerou demandas por maiores direitos sociais e políticos. No entanto, a
estrutura política permanecia oligárquica, com a alternância de poder entre as elites
políticas estaduais.

 Guerra Fria e o Medo do Comunismo:


A Guerra Fria, que dividiu o mundo em blocos liderados pelos Estados Unidos e pela
União Soviética, teve repercussões no Brasil. O anticomunismo fervoroso,
impulsionado pela ideologia da Guerra Fria, tornou-se um elemento crucial no cenário
político brasileiro. O medo de uma influência comunista na América Latina foi utilizado
como justificativa para a intervenção militar.

 Crise Política e Econômica:


Na segunda metade da década de 1950 e início dos anos 1960, o Brasil enfrentou uma
crise política e econômica. A inflação, a corrupção e a instabilidade política
contribuíram para um clima de insatisfação generalizada. Os setores conservadores,
temendo a ascensão de forças consideradas "subversivas", viram na intervenção militar
a solução para restaurar a ordem.

 A Crise de 1964:
A crise culminou no golpe militar de 31 de março de 1964, quando as Forças Armadas
depuseram o presidente João Goulart. A justificativa era a suposta ameaça comunista,
apesar da falta de evidências concretas. Esse golpe instaurou uma ditadura civil no
Brasil, marcada pela repressão política, censura e violações dos direitos humanos.

Este contexto histórico estabelece as bases para a compreensão das motivações por trás
do golpe militar e das transformações que moldariam os anos subsequentes sob a
ditadura civil no Brasil. A análise desses eventos é crucial para uma compreensão mais
profunda das dinâmicas políticas e sociais que caracterizaram esse período controverso
na história do país.

Instauração do Regime Militar


O golpe militar de 1964 foi um evento decisivo que alterou drasticamente o curso da
história brasileira, inaugurando um período de autoritarismo e repressão que perdurou
por duas décadas. A análise dos detalhes desse golpe permite compreender as
complexas dinâmicas políticas e os principais atores envolvidos nesse episódio
marcante.

 Cenário do Golpe:
O contexto imediato que precedeu o golpe foi marcado por intensas tensões políticas e
sociais. O presidente João Goulart, que assumiu o cargo após a renúncia de Jânio
Quadros em 1961, encontrou resistência de setores conservadores e militares. A
radicalização política, o temor do comunismo e as crises econômicas e sociais
contribuíram para a instabilidade do governo, criando um terreno propício para a
intervenção militar.

 Ato Institucional nº 1 (AI-1):


Em 9 de abril de 1964, poucos dias após o golpe, foi promulgado o Ato Institucional nº
1 (AI-1), que marcou o início do regime militar. Esse ato conferiu amplos poderes ao
presidente Castelo Branco, permitindo a intervenção nos estados e municípios, a
suspensão de direitos políticos e a demissão de funcionários públicos considerados
subversivos. Essa medida inaugurou uma série de atos institucionais que fortaleceram o
controle militar sobre o país.

 Principais Atores do Golpe:

Forças Armadas:

- As Forças Armadas, lideradas pelos generais Humberto Castelo Branco, Arthur da


Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici, desempenharam papel central no golpe. Sua
justificativa era a defesa da democracia contra a suposta ameaça comunista.

Setores Conservadores:

- Empresários, latifundiários e setores conservadores da sociedade civil apoiaram


ativamente o golpe. Temiam a radicalização política e viam na intervenção militar uma
forma de preservar seus interesses e conter movimentos sociais.

Estados Unidos:

- Os Estados Unidos, durante a Guerra Fria, tinham interesse em conter a influência


comunista na América Latina. O governo norte-americano, por meio da política de
segurança hemisférica, apoiou tacitamente o golpe, fornecendo apoio político e
econômico aos militares brasileiros.

 Golpe e Consolidação do Regime:

O golpe de 1964 resultou na instauração de um regime militar que, inicialmente, se


justificou como uma intervenção temporária para restabelecer a ordem. Contudo, ao
longo dos anos, o regime consolidou seu poder, instituindo medidas repressivas, censura
e a supressão de direitos políticos.

A análise desses eventos iniciais é fundamental para compreender não apenas o golpe
em si, mas também as motivações e estratégias que delinearam o longo período de
ditadura civil que se seguiu. O estudo dos principais atores envolvidos oferece insights
valiosos sobre as dinâmicas de poder e as relações políticas que moldaram essa fase da
história brasileira.

Instituições de Controle
A consolidação do regime militar no Brasil trouxe consigo uma intensificação do
controle estatal sobre a sociedade, caracterizada pela criação de órgãos de repressão e
pela implementação de políticas de censura à imprensa. Essas medidas visavam
silenciar a oposição e consolidar o poder das Forças Armadas, marcando um período de
restrição das liberdades civis e da liberdade de expressão.

Órgãos de Repressão:

 Departamento de Ordem Política e Social (DOPS):

- Criado em 1924, o DOPS ganhou maior destaque durante a ditadura militar. Era
responsável pela investigação e repressão a atividades consideradas subversivas. Sua
atuação resultou em prisões, torturas e perseguições políticas.

 Centro de Operações de Defesa Interna (CODI):

- Surgiu como uma extensão do DOPS, com o objetivo de coordenar ações repressivas
em nível nacional. Os centros CODI estavam vinculados aos Comandos Militares e
desempenharam papel crucial na repressão a movimentos de resistência.

 Serviço Nacional de Informações (SNI):

- Criado em 1964, o SNI era o principal órgão de inteligência do regime militar.


Atuava na coleta de informações, monitoramento de opositores e na identificação de
supostas ameaças à segurança nacional.
Censura à Imprensa:

 Lei de Imprensa (1967):

- A Lei de Imprensa foi promulgada em 1967, instituindo mecanismos de controle


sobre os meios de comunicação. Estabelecia punições para "notícias falsas" e concedia
ao governo o poder de censurar conteúdos considerados subversivos.

 Censura Prévia e Pósvia:

- A censura à imprensa ocorria tanto de maneira prévia, com a proibição de


publicações antes de sua veiculação, quanto de forma pósvia, com a punição de
jornalistas e veículos após a divulgação de conteúdos considerados contrários aos
interesses do regime.

 Ditadura e Autocensura:

- Além da censura oficial, muitos veículos de comunicação adotaram a autocensura


para evitar represálias. Jornalistas e editores se viam pressionados a adotar uma postura
alinhada com os interesses do regime, resultando na limitação da pluralidade de vozes
na imprensa.

Impactos na Liberdade de Expressão:


O controle exercido pelos órgãos de repressão e pela censura à imprensa teve profundos
impactos na liberdade de expressão no Brasil durante o período da ditadura civil. O
silenciamento de vozes críticas e a imposição de uma narrativa oficial contribuíram para
a manutenção do autoritarismo e para a criação de um ambiente de medo e autocensura.

A análise dessas instituições de controle revela não apenas a extensão da repressão


durante a ditadura, mas também a complexidade das estratégias empregadas para
consolidar o poder e suprimir qualquer forma de oposição. O estudo desses mecanismos
é crucial para entender as limitações impostas à sociedade brasileira durante esse
período conturbado.

Violência e Repressão
O regime militar no Brasil foi marcado por uma série de violações dos direitos
humanos, perpetradas por órgãos de repressão do Estado. Essas práticas incluíram
torturas, perseguições políticas e desaparecimentos forçados, deixando marcas
profundas na sociedade brasileira e resultando em cicatrizes que perduram até os dias
atuais.

 Tortura:
A prática de tortura foi sistematicamente utilizada como instrumento de repressão pelos
órgãos de segurança do Estado. Presos políticos eram submetidos a métodos cruéis e
degradantes, visando obter informações, silenciar oposicionistas e gerar um clima de
terror. Métodos como choques elétricos, afogamentos simulados, espancamentos e
outros tipos de violência física e psicológica eram comuns.

 Exemplo: Caso Vladimir Herzog (1975):

Um dos casos emblemáticos de tortura foi a morte do jornalista Vladimir Herzog nas
dependências do DOI-CODI em São Paulo. A versão oficial do regime alegou que
Herzog havia cometido suicídio, versão amplamente contestada. A verdade
posteriormente revelada indicou que ele foi torturado até a morte.

 Perseguição Política:

A perseguição política durante a ditadura civil estendeu-se a diversas esferas da


sociedade. Intelectuais, artistas, estudantes, sindicalistas e qualquer um considerado
suspeito de oposição ao regime eram alvos de vigilância e repressão. Houve a suspensão
de direitos políticos, demissões de cargos públicos e a proibição de atividades políticas
para muitos opositores.

 Exemplo: Ato Institucional nº 5 (AI-5):

O AI-5, decretado em 1968, foi um marco na intensificação da repressão. Ele conferiu


amplos poderes ao regime, suspendendo direitos civis, fechando o Congresso Nacional
e permitindo a prisão de qualquer pessoa considerada subversiva. Esse ato resultou em
uma escalada da violência e da perseguição política.

 Desaparecimentos Forçados:

Os desaparecimentos forçados foram uma prática sistemática adotada pelos órgãos de


segurança do Estado. Muitas vezes, as vítimas eram detidas e, posteriormente, seus
corpos não eram encontrados, deixando suas famílias sem informações sobre o destino
de seus entes queridos.

 Exemplo: Caso da Guerrilha do Araguaia:

Durante a Guerrilha do Araguaia, movimento de resistência armada contra a ditadura,


ocorreram diversos desaparecimentos forçados. Muitos guerrilheiros foram capturados,
torturados e sumariamente executados, com seus corpos ocultados.

Esses exemplos ilustram a brutalidade do aparato repressivo do Estado durante a


ditadura civil no Brasil. As violações dos direitos humanos não foram eventos isolados,
mas sim parte de uma política sistemática que buscava eliminar qualquer forma de
oposição. A memória desses acontecimentos é fundamental para a compreensão do
impacto duradouro desse período na sociedade brasileira.
Movimentos de Resistência
A ditadura civil no Brasil não foi marcada apenas pela repressão, mas também por atos
corajosos de resistência por parte de grupos e indivíduos que se opuseram ao regime
autoritário. Esses movimentos de resistência assumiram diversas formas, desde a
atuação política e intelectual até a luta armada, refletindo a diversidade de estratégias
adotadas pelos opositores do regime.

 Movimento Estudantil:

- O movimento estudantil desempenhou um papel fundamental na resistência à


ditadura. Lideranças estudantis, como Vladimir Palmeira e José Dirceu, organizaram
manifestações, ocupações de universidades e protestos contra as medidas autoritárias do
regime.

 Guerrilha do Araguaia:

- A Guerrilha do Araguaia foi um dos principais movimentos armados contra a


ditadura. Iniciada na década de 1970, a guerrilha foi protagonizada por membros do
Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e visava a resistência armada contra a repressão.
Embora tenha sido duramente reprimida, a Guerrilha do Araguaia simboliza a coragem
de enfrentar o regime militar.

 Ação Libertadora Nacional (ALN):

- A ALN foi uma organização guerrilheira que atuou durante os anos de chumbo.
Liderada por Carlos Marighella, a ALN realizou ações armadas, sequestros e atentados
contra símbolos do regime. Marighella, autor do "Manual do Guerrilheiro Urbano",
tornou-se uma figura icônica na resistência.

 Teatro de Resistência:

- Artistas e intelectuais também desempenharam um papel significativo na resistência.


O Teatro de Arena, por exemplo, utilizou suas peças para abordar temas políticos e
sociais, desafiando a censura e promovendo a conscientização.

 Comissão de Justiça e Paz:

- A Comissão de Justiça e Paz, vinculada à Igreja Católica, teve uma atuação


destacada na denúncia das violações dos direitos humanos. Por meio de relatórios e
manifestações, essa comissão contribuiu para expor as atrocidades cometidas pelo
regime.
Legado da Resistência

Apesar das dificuldades e da repressão, os movimentos de resistência contribuíram para


a criação de um ambiente propício à abertura política. A pressão social, aliada a fatores
econômicos e internacionais, levou ao enfraquecimento do regime militar e à transição
para a democracia.

Os protagonistas desses movimentos de resistência são lembrados como heróis que,


mesmo diante das adversidades, lutaram pela liberdade e pelos direitos fundamentais. A
análise de suas estratégias e legado é essencial para compreender a complexidade e a
riqueza da resistência à ditadura civil no Brasil.

Abertura Política, Consequências e Memória


Após mais de duas décadas de regime militar, o Brasil iniciou um processo de abertura
política na segunda metade da década de 1970, culminando na redemocratização do
país. Esse período de transição teve profundas consequências a longo prazo, deixando
marcas na sociedade brasileira e gerando reflexões sobre a memória histórica do país.

 Abertura Política:
A abertura política no Brasil teve início com a promulgação da Lei da Anistia em 1979,
que permitiu o retorno de exilados políticos e a libertação de presos políticos. O
processo ganhou força com a eleição indireta de Tancredo Neves em 1985, marcando o
fim do governo militar. No entanto, a morte de Tancredo antes de sua posse levou à
ascensão de José Sarney, inaugurando o período de transição para a democracia.

O governo de Sarney foi marcado por pressões populares, manifestações e demandas


por eleições diretas. A aprovação da Emenda Constitucional Dante de Oliveira em 1984,
conhecida como "Diretas Já", simbolizou o desejo da população por um processo
democrático participativo.

 Consequências a Longo Prazo:

Consolidação Democrática:

- O período pós-abertura política testemunhou a consolidação do sistema democrático


no Brasil, com a promulgação da Constituição de 1988. A nova Constituição
estabeleceu princípios fundamentais, direitos e garantias individuais, além de instituir o
sufrágio direto para presidentes.

Comissões de Verdade:

- As décadas seguintes à redemocratização foram marcadas por esforços para


esclarecer violações dos direitos humanos durante a ditadura. A criação de Comissões
de Verdade, como a Comissão Nacional da Verdade (CNV), buscou investigar e
documentar as atrocidades cometidas, promovendo a justiça e a memória.

Reparação e Justiça:

- A redemocratização também trouxe debates sobre reparação e justiça para as vítimas


da ditadura. Programas de indenização foram implementados, buscando compensar
aqueles que sofreram perseguições, torturas e violações de direitos humanos.

Reflexões sobre a Memória Histórica:

O processo de abertura política e as consequências a longo prazo geraram reflexões


profundas sobre a memória histórica do Brasil. A revisitação do período da ditadura, por
meio das Comissões de Verdade e da produção cultural, estimulou uma reavaliação
crítica dos eventos passados.

Preservação da Memória:

- A preservação da memória histórica tornou-se um elemento crucial para evitar a


repetição de injustiças do passado. Museus, centros de documentação e iniciativas
educacionais contribuem para manter viva a memória da ditadura e suas consequências.

Desafios Atuais:

- As discussões sobre a memória histórica não se limitam ao passado, mas também se


estendem aos desafios atuais, como a defesa dos direitos democráticos, o combate à
censura e a promoção da justiça social.

A abertura política no Brasil não apenas marcou o retorno à democracia, mas também
desencadeou processos de reflexão e busca por justiça e verdade. A memória histórica,
construída por meio de diálogo aberto e reconhecimento das diversas perspectivas,
desempenha um papel essencial na construção de uma sociedade mais justa e
democrática.
Conclusão

Ao longo deste trabalho, exploramos os principais aspectos da ditadura civil no Brasil,


desde o contexto histórico que propiciou o golpe militar de 1964 até as consequências a
longo prazo e as reflexões sobre a memória histórica. Vamos recapitular os principais
pontos e concluir com reflexões finais sobre o legado desse período sombrio na história
do Brasil.

O legado da ditadura civil no Brasil é complexo e multifacetado. Por um lado, o período


deixou cicatrizes profundas na sociedade, com violações dos direitos humanos que
ainda reverberam nas vidas daqueles que foram afetados. Por outro lado, a resistência
corajosa e a busca pela verdade contribuíram para a construção de uma democracia mais
sólida.

O processo de redemocratização e a consolidação dos direitos democráticos representam


avanços significativos. No entanto, a sociedade brasileira continua a enfrentar desafios
relacionados à justiça social, à desigualdade e à preservação da memória histórica.

Ao refletirmos sobre o legado da ditadura, é crucial reconhecer que a construção de uma


sociedade mais justa e democrática requer constante vigilância, diálogo aberto e
compromisso com os princípios fundamentais dos direitos humanos. A preservação da
memória histórica não é apenas um ato de recordação, mas também uma ferramenta
poderosa para orientar as escolhas do presente e construir um futuro mais inclusivo e
equitativo.

Que o estudo da ditadura civil no Brasil sirva como um lembrete perene da importância
da defesa da democracia, dos direitos humanos e da justiça social, reafirmando o
compromisso com os valores que fortalecem uma sociedade verdadeiramente
democrática.
Referências Bibliograficas

Ao elaborar o trabalho sobre a ditadura civil no Brasil, utilizei uma variedade de fontes
para garantir a precisão e abrangência do conteúdo. Aqui está uma lista de referências
que podem ser citadas:

1. Abreu, A. M. (2000). A Ordem do Progresso: Cem anos de política republicana


no Brasil. Editora Campus.

2. Carvalho, J. M. (2014). Ditadura Militar no Brasil: 1964-1985. Ateliê Editorial.

3. Fausto, B. (2008). História do Brasil. Editora da USP.

4. Gaspari, E. (2002). A Ditadura Envergonhada. Companhia das Letras.

5. Martins Filho, J. (2012). A Justiça de Transição no Brasil: um balanço crítico.


Editora Saraiva.

6. Skidmore, T. E. (1988). Brasil: de Getúlio a Castelo. Paz e Terra.

7. Skidmore, T. E. (2007). Brasil: de Castelo a Tancredo. Paz e Terra.

8. Teles, J. (1987). Tortura nos Porões da Ditadura. Global Editora.

9. Viana, F. (2018). Ditadura e Democracia no Brasil. Zahar.

10. Viotti da Costa, E. (2018). O Brasil no Contexto: 1987-2017. Editora Unesp.

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