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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE ARTES E COMUNICAÇÃO SOCIAL

Fichamento: "A ditadura que mudou o Brasil” de Daniel Aarão


Reis, Marcelo Ridenti e Rodrigo Patto Sá Motta, capítulos 4 e 5.

Aluna: Alice Fontes de Souza


Professora: Mariana Rodrigues Tavares

Niterói/RJ
2023
A obra “A ditadura que mudou o Brasil” foi um livro lançado no aniversário de
50 anos do golpe que iniciou o processo da ditadura civil militar no país. Nele,
contém informações a respeito das oposições à ditadura, da modernização
autoritário-conservadora nas universidades e a influência da cultura política,
das mudanças sociais no período militar, das transformações econômicas no
período militar, entre outros assuntos. O objetivo do seu lançamento foi para
impedir o apagamento desse marco histórico, além de disseminar novas
abordagens para análise desse período para compreender a atualidade na
política brasileira.

Fichamento 1:
No capítulo 4, “Mudanças sociais no período militar (1964-1985)” é citado:
- Aumento da industrialização e intensa urbanização; (p. 59)
- Rápido povoamento das regiões metropolitanas, juntamente à incapacidade
de atender a demanda de habitação e saneamento; (p. 59)
- Investimento em educação primária e em escolas técnicas, ademais do
avanço das assistências sociais (p. 60)
- Mudanças na relação das mulheres com fertilidade e quantidade exacerbada
de filhos; (p. 60)
- Redução da população rural; (p. 61)
- Desigualdade social e racial em evidência:
“Enquanto em algumas regiões ocorriam avanços significativos nos níveis de
riqueza, saúde e educação, o mesmo não ocorria no Norte e no Nordeste, o
que ampliava as diferenças sociais e regionais já existentes.”; (p. 61)
- Ascenção social, pessoas entrando em cargos acima de seus pais; (p. 62)
“Em 1960, 73% das crianças de 5-9 anos de idade frequentavam a escola primária; em 1968
esse percentual havia aumentado para 89%. Embora números comparáveis não estejam
disponíveis para os anos seguintes, observa-se que em 1985 aproximadamente 79% das
crianças de 5-14 anos estavam matriculadas na escola primária. Ademais, no período de 1960-
1980, as matrículas do ensino secundário e universitário cresceram mais que a população.”

- Ampla reforma universitária, usando modelo norte-americano; (p. 65)


Ao longo do capitulo, os autores inserem gráficos para exemplificar os tópicos
citados acima, com assuntos como “Porcentagem dos analfabetos, por idade e
sexo (1970)”, “Tamanho da população rural e urbana no Brasil (1940-1980)”,
“Taxa de fertilidade total por região (1940-1980), “Taxa geométrica de
crescimento anual da população (1872-2010), etc.

Referência bibliográfica:
LUNA, V. Francisco, KLEIN S. Hebert. A ditadura que mudou o Brasil. Edição
digital. Rio de Janeiro: Zahar, dezembro de 2013. 59-85p.
Fichamento 2:
O capítulo 5, também escrito por Francisco Vidal Kuna e Hebert S. Klein, se
refere às transformações econômicas no período militar. O texto começa
explicando a situação política anterior, onde é abordado com destaque para os
governos de Jânio Quadros e João Goulart. Jânio Quadros, político populista,
foi eleito presidente em 1960, mas renunciou ao cargo após menos de seis
meses. João Goulart, seu vice-presidente, deveria ter assumido, mas os
militares se opuseram. Em vez disso, foi implantado um regime
parlamentarista. O país estava sensibilizado na área econômica, com inflação
de 80%.
Após o golpe militar, foi incorporado um programa de estabilização, criando
um novo sistema tributário e a instituição da correção monetária, reduzindo o
déficit público. Na área trabalhista ocorreu também o reajuste salarial. No
capítulo, há exemplificação dos fatos através de gráficos:
Gráfico 1(p. 88):
- O governo promoveu um amplo processo de correção de preços de bens e
serviços públicos, além de abolir o controle de preços dos aluguéis.
- As políticas de restrição ao crédito causaram queda na produção industrial em
1965, mas o Produto Nacional Bruto (PNB) cresceu devido ao desempenho da
agricultura.
- Foi substituído o sistema de indenização por demissão por meio do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
- Foram adotadas políticas expansionistas, subsídios e incentivos fiscais para
estimular o crescimento e direcionar investimentos.
- Houve um sofisticado esquema de crédito subsidiado para a agricultura e
estímulo às exportações.
- O crescimento econômico foi acompanhado por um processo de
concentração de renda, devido a políticas salariais restritivas e estruturas
distributivas desfavoráveis.
Gráfico 2 (p. 92):
- A nova modalidade de dívida baseava-se em financiamentos de bancos
privados internacionais, com juros flutuantes e elevados.
- O "milagre econômico" ocorreu durante uma fase reacionária do regime
militar, com autoritarismo e concentração de riqueza.
- O choque do petróleo em 1973 afetou o país, que dependia do petróleo e
tinha um déficit na balança comercial.
- O déficit em transações correntes atingia 6% do PIB, e a inflação anual
chegava a 30%, retomando sua trajetória ascendente.
Além disso, nessa parte do livro possui o gráfico 3 (Resultado da balança
comercial, 1964-1983), gráfico 4 (Endividamento externo do Brasil, 1964-1983),
gráfico 5 (Produção de grãos, 1961-1985) e gráfico 6 Variação anual do custo
de vida na cidade de São Paulo, 1960-1984)

Referência bibliográfica:
LUNA, V. Francisco, KLEIN S. Hebert. A ditadura que mudou o Brasil. Edição
digital. Rio de Janeiro: Zahar, dezembro de 2013. 86-104p.

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