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UNIVERSIDADE FEEVALE

INSTITUTO DE CIÊNCIAS CRIATIVAS E TECNOLÓGICAS

URSA – Unidade de Reabilitação e


Saúde Animal

ANNY CRISTINE ARNOLD

Professores: Alexandra Staudt Follmann Baldauf e Carlos Henrique Goldman


Orientadora: Nilza Cristina Taborda de Jesus Colombo

Novo Hamburgo 1

2018
“A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus
animais são tratados”.
Mahatma Gandhi

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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................5 5.2.3 Legislação - Plano Diretor e Regime Urbanístico ......34
2. URSA - UNIDADE DE REABILITAÇÃO E SAÚDE ANIMAL ................. 8 6. PROJETO.........................................................................................37
2.1 SAÚDE ANIMAL............................................................................ 8 6.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES........................................................37
2.2 DEFINIÇÃO E ASPECTOS IMPORTANTES ...................................... 8 6.2 ORGANOGRAMA ..............................................................................39
2.3 JUSTIFICATIVA DO TEMA ............................................................. 9 6.3 CONCEITUAÇÃO ...............................................................................40
3. METODOLOGIA ............................................................................. 11 6.4 HIPÓTESES DE OCUPAÇÃO E VOLUMETRIA .....................................40
3.1. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ......................................................... 11 6.4.1 HIPÓTESE 01 ..............................................................................41
3.2. ESTUDO DE CASO ...................................................................... 11 6.4.2 HIPÓTESE 02 ..............................................................................42
4. REFERENCIAIS................................................................................ 14 6.4.3 HIPÓTESE 03 ..............................................................................43
4.1 Referencial Análogo – Hospital Veterinário Canis Mallorca ..... 14 6.5 MATERIAIS E TECNOLOGIAS .............................................................44
4.2 Referencial Análogo – Hospital Veterinário Constitución ......... 17 6.5.1 ESTRUTURA METÁLICA ..............................................................44
4.3 Referencial Análogo – Clínica Veterinária Masans .................... 20 6.5.2 PAREDES EM GESSO ACARTONADO – DRYWALL ......................45
4.4 Referencial Formal – Clínica Veterinária Alcabideche-Vet ........ 22 7. NORMAS ........................................................................................47
4.5 Referencial Formal – Museu de Arte Fengying ......................... 24 7.1 Referência técnica para funcionamento dos serviços veterinários .47
4.6 Referencial Formal – Centro de Visitantes do Parque do Rola 7.2 Resolução nº 1015/2012 .................................................................47
Moça... ................................................................................................... 26 7.3 ABNT NBR 9050 ...............................................................................48
5. ÁREA DE INTERVENÇÃO................................................................ 30 8. CONCLUSÃO ...........................................................................................52
5.1 NOVO HAMBURGO.................................................................... 30 9. REFERÊNCIAS .........................................................................................54
5.2 LOTE........................................................................................... 31
5.2.1 Justificativa ........................................................................ 32
5.2.2 Características - Lote e entorno ........................................ 32

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INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO ano, o país contava com 52 milhões de cães e 22 milhões de gatos
domiciliados. A estes números, acrescenta-se a parcela de 30 milhões
Esta Pesquisa de Trabalho Final de Graduação do Curso de
de animais em situação de abandono. Ainda segundo este estudo, no
Arquitetura e Urbanismo tem como proposta uma Unidade de
Brasil, os números da população animal superam a população infantil.
Reabilitação e Saúde Animal pública para a cidade de Novo
Hamburgo/RS. A proposta se trata de um Hospital Veterinário público, O crescente número de animais no país acarreta, também, no
com capacidade de atender em torno de 300 animais nos leitos de crescimento do número de animais que sofrem maus tratos e
internação, além de 20 consultórios com especialidades diversas. abandono. Assim sendo, a proliferação de doenças e reprodução
desenfreada acaba sendo potencializada. A relevância do tema se
Para melhor compreensão do tema abordado foram
apresenta tendo em vista o fato de que os pontos apresentados
realizadas pesquisas por meio de referências bibliográficas – livros,
caracterizam um problema de saúde pública.
monografias, artigos e levantamentos estatísticos científicos – e
análises de referenciais análogos e formais. Também foi realizado um São raros os equipamentos públicos destinados à saúde
estudo sobre as normas incidentes neste tipo de edificação e sobre a animal, por isso, a maior parte parcela da população de baixa renda
área de intervenção, a fim de encontrar um lote no Vale do Sinos que não consegue os recursos necessários para custear o tratamento de
fosse de fácil acesso para a população próxima, proporcionando o seus animais. Em casos de doenças ou acidentes, muitas vezes, estes
maior número de atendimentos possíveis. animais acabam não recebendo o atendimento necessário para o
reestabelecimento da sua saúde, o que pode acabar culminando na
Os animais são personagens muito presentes no dia a dia das
sua morte.
pessoas atualmente. Um estudo do IBGE (2013) apontou que, neste

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INTRODUÇÃO
Tendo em vista a fragilidade no atendimento prestado pelos
equipamentos públicos e a necessidade crescente da população,
foram criadas inúmeras organizações não governamentais (ONGs)
voluntárias, que realizam campanhas de vacinação, castração e de
adoção. Além disso, essas ONGs se responsabilizam pelo
recolhimento de animais abandonados e pelo atendimento médico
destes animais, caso necessário.

A proposta de projeto desta Pesquisa de Trabalho Final de


Graduação visa prestar a assistência necessária, tanto à população em
situação de vulnerabilidade social, quanto aos animais de rua.

Porém, no município, estes atendimentos médico-


veterinários são prestados exclusivamente por clínicas veterinárias
privadas, cujo custo é muito alto, inviabilizando o atendimento a um
número maior de animais por meio destas ONGs.

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URSA - Unidade de Saúde e
Reabilitação Animal
URSA
2. URSA - UNIDADE DE REABILITAÇÃO E SAÚDE ANIMAL apenas 250 animais (Figura 1), não sendo suficiente para atender a
2.1 SAÚDE ANIMAL população da cidade.

Como citado anteriormente, o número de animais no país


gira em torno de 104,3 milhões – considerando os domiciliados e os
Figura 1: Quantidade de animais em Novo Hamburgo.
animais abandonados.
De acordo com dados do Conselho Federal de Medicina
Veterinária (CFMV) de 2016, existiam no país aproximadamente
12 mil 24 mil 250 - canil
18.900 equipamentos voltados à saúde animal, entre consultórios,
Fonte: Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo, 2018.
clínicas e hospitais. Apenas 15 destes eram públicos, atendendo a
população de baixa renda e animais abandonados gratuitamente.
Enquanto isso, de acordo com dados cedidos pela Prefeitura
2.2 DEFINIÇÃO E ASPECTOS IMPORTANTES
Municipal de Novo Hamburgo, provenientes de dados da OMS
Para que seja possível apresentar o tema do projeto de forma
(Organização Mundial de Saúde), em 2016 a cidade contava com, em
compreensível, se faz necessário realizar uma comparação, conforme
média, 24 mil cães e 12 mil gatos (Figura 1). Apesar deste alto
apresentado na Figura 2, entre as definições de consultório
número, o único equipamento público direcionado à assistência na
veterinário, clínica veterinária e hospital veterinário de acordo com a
saúde animal de que a cidade dispõe é o Centro Municipal de
Resolução nº 1015/2012, do Conselho Federal de Medicina
Proteção Animal (Compra), também conhecido como Canil Municipal,
Veterinária.
situado no bairro Lomba Grande, que tem capacidade de atender

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URSA
Figura 2: Tabela comparativa de equipamentos veterinários. 2.3 JUSTIFICATIVA DO TEMA
Tendo em vista a escassez de equipamentos públicos com a
finalidade de assistir animais em situação de vulnerabilidade, não
apenas na cidade de Novo Hamburgo e municípios vizinhos, mas no
país em geral, surge a proposta desta Pesquisa de Trabalho Final de
Graduação, que tem como objetivo atender animais de pequeno
porte, independentemente de serem animais de rua ou não.

O número crescente de animais abandonados, juntamente


com a falta de condições das populações de baixa renda em investir
na saúde de seus animais de estimação quando necessário, além da
Fonte: CFMV. Adaptado pela autora (2018).
simultânea falta de interesse público em investir em equipamentos
destinados a esse tema, justificam a necessidade de um maior
Após analisadas as diferenças e semelhanças estre estes investimento na área.
equipamentos médico-veterinários, percebe-se que o Hospital
abrange uma maior quantidade de áreas de assistência à saúde
animal. Portanto, partindo do objetivo de atender o maior número
possível de animais em situação de vulnerabilidade, a escolha deste
para o projeto em questão, seria a mais apropriada.

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METODOLOGIA
METODOLOGIA
Figura 3: Fachada Hospital Veterinário Pet Support.
3. METODOLOGIA
3.1. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Os materiais consultados e utilizados como fonte de coleta de
dados bibliográficos para este trabalho foram livros sobre arquitetura
e arquitetura de hospitais veterinários, dissertações e Pesquisas de
Trabalho Final de Graduação com temas relacionados à saúde animal,
teses, artigos e normas para a boa prática da Medicina Veterinária.
Além disso, foram consultados sites, entre eles o site da ANVISA, do
Conselho Federal de Medicina Veterinária e da Associação Brasileira
de Normas Técnicas.

Fonte: Autora, 2018.

3.2. ESTUDO DE CASO O Hospital presta diversos serviços, entre eles:


O estudo de caso foi realizado no Hospital Veterinário Pet consultas veterinárias, internações para tratamento intensivo
Support (Figura 3), localizado no município de Novo Hamburgo, no e semi-intensivo, diagnóstico por imagem, cirurgias, farmácia
bairro Vila Nova, próximo ao Campus II da Universidade Feevale. Pet e pet shop.
Support é uma rede de hospitais veterinários com quatro unidades:
duas em Porto Alegre, uma no Vale do Sinos e uma no litoral gaúcho.

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METODOLOGIA
Nesta visita, pode-se analisar um pouco dos fluxos de chegada As informações adquiridas por meio dessa visita
e encaminhamento de pacientes, além das dimensões e organização influenciaram na criação do organograma e do programa de
de alguns dos ambientes necessários a este tipo de edificação, como: necessidades do projeto tema desta pesquisa.
recepção, salas de espera (Figura 4) e consultórios – citados no item
6.1 desta pesquisa. Não foi possível acessar a área cirúrgica, nem o
laboratório de exames.

Figura 4: Sala de Espera.

Fonte: Hospital Veterinário Pet Support, 2017.

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REFERENCIAIS
REFERENCIAIS
4. REFERENCIAIS Estilo Internacional e a arquitetura das edificações rurais tradicionais
4.1 Referencial Análogo – Hospital Veterinário Canis de Mallorca.
Mallorca
A estrutura da edificação é mista de concreto armado e pilares
Segundo informações fornecidas ao site ArchDaily pelos
e chapas metálicos, o que possibilita uma planta livre internamente,
arquitetos responsáveis pelo projeto, o Hospital Veterinário Canis
com exceção do núcleo de circulação vertical.
Mallorca (Figura 5), foi construído em 2014 e está localizado na cidade
de Palma, nas Ilhas Baleares, na Espanha. O projeto, do Estudi E. Os arquitetos prezaram pela iluminação natural nas salas de
Torres Pujol, conta com uma área de 1.538m². A edificação localiza-se cirurgia, ambientes que normalmente são fechados e carecem desse
entre as zonas industrial e residencial, combinando a arquitetura do tipo de iluminação. Para isso, foram dispostas claraboias centrais

Figura 5: Fachada Hospital Veterinário Canis Mallorca. Figura 6: Corte Hospital Veterinário Canis Mallorca.

Fonte: ArchDaily, 2018. Fonte: ArchDaily, 2018.

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REFERENCIAIS
voltadas para norte nessas salas, o que permitiu a entrada de uma As instalações são aparentes e priorizam a eficiência
iluminação difusa (Figura 6). energética, facilitando os reparos e manutenção destas. Além disso,
quando necessário, a melhora ou ampliação das instalações
A cor predominante do projeto é branca, enfatizando as
existentes pode ser realizada mais facilmente.
características mediterrâneas da edificação, e também a limpeza e
assepsia, fator indispensável para este tipo de edifício (Figura 7). A proposta de projeto teve como princípio norteador a

Figura 7: Interior Hospital Veterinário Canis Mallorca. garantia de funcionalidade dos ambientes. Os projetistas prezaram
pela criação de ambientes modulares, com uma distribuição flexível.

Figura 8: Interior Hospital Veterinário Canis Mallorca.

Fonte: ArchDaily, 2018.

Fonte: ArchDaily, 2018.

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REFERENCIAIS
Foram criadas áreas livres e abertas, multifuncionais e conectadas
entre si (Figura 8).

A edificação possui três pavimentos, sendo o subsolo com


estacionamento e áreas técnicas e de apoio (Figura 9). Figura 10: Planta Baixa Hospital Veterinário Canis Mallorca.

Figura 9: Planta Baixa Hospital Veterinário Canis Mallorca.

Fonte: ArchDaily, 2018. Adaptado pela autora, 2018.

Fonte: ArchDaily, 2018. Adaptado pela autora, 2018.

No pavimento superior estão localizadas as salas de cirurgia,


No pavimento térreo se encontram a recepção e loja, além
observação, e de assepsia. Este pavimento também conta com
de consultórios, salas de exames e demais espaços de atendimento
alguns consultórios e espaços de apoio (Figura 11).
(Figura 10).

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REFERENCIAIS
Figura 11: Planta Baixa Hospital Veterinário Canis Mallorca. 4.2 Referencial Análogo – Hospital Veterinário Constitución
Localizado na cidade de Valência, na Espanha, o Hospital
Veterinário Constitución (Figura 12), projetado pelo escritório
Dobleese Space & Branding, é especializado em animais domésticos e
um centro referência de aprendizagem dos estudantes de medicina
veterinária.

Figura 12: Fachada Hospital Veterinário Constitución.

Fonte: ArchDaily, 2018. Adaptado pela autora, 2018.

Os pontos principais desse projeto, que poderiam ser


utilizados no projeto objeto desta pesquisa, seriam a disposição da
planta feita de espaços modulares, flexíveis e funcionais. Além disso,
a forma com que as salas de cirurgia foram dispostas de modo que
obtivessem iluminação natural por meio de zenitais.

Fonte: ArchDaily, 2018.

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REFERENCIAIS
Segundo informações cedidas pelos arquitetos ao site composta de tiras metálicas com a utilização de cores, para favorecer
ArchDaily, o projeto, com área de 450m², prezou pela ordem, a sinalização (Figura 14).
harmonia, acolhimento, limpeza, funcionalidade e transparência. Ao
Figura 14: Detalhe de ripas na fachada.
desenvolver o projeto de forma livre e flexível, se originou, também,
uma nova identidade corporativa do Hospital.

Foram feitas aplicações de silhuetas dos animais em 2D e 3D


no interior da edificação (Figura 13), para referenciar os animais
domésticos, favorecendo a sensação de movimento nos ambientes, o
que facilita a interação entre donos e animais. Já a fachada, foi
Figura 13: Detalhe no mobiliário.

Fonte: ArchDaily, 2018.

A planta do projeto (Figura 15) – de apenas um pavimento –


surgiu a partir de um prisma central, onde está a recepção, os
banheiros e o pet shop. A circulação no perímetro deste prisma leva
às salas de espera, consultórios, sala de conferências e loja.

Fonte: ArchDaily, 2018.

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REFERENCIAIS
Figura 15: Planta Baixa Hospital Veterinário Constitución. desinfecção, além da internação. A posição da sala de cirurgias foi
pensada de modo a permitir a passagem de luminosidade através o
vidro opaco, implantando-a mais próxima da fachada.

A principal característica desse projeto, passível de aplicação


no projeto da URSA, é o fato de todo o programa ter sido
desenvolvido em apenas um pavimento, facilitando a locomoção e
acessibilidade dos pacientes e funcionários. As referências feitas aos
animais a serem atendidos, por meio de aplicações com o formato de
suas silhuetas, também são uma particularidade neste projeto que
poderia ser aplicado à URSA, visto que isso favorece a sensação de
acolhimento e pertencimento dos donos e dos animais. Além disso,
uma outra qualidade importante, seria o fato de os projetistas terem
Fonte: ArchDaily, 2018.
prezado pela iluminação e ventilação natural nas áreas de maior
permanência.
O projeto tinha o objetivo de fornecer luz natural a todos os
consultórios; foram planejadas aberturas de vidro na parte superior e
lateral de todos eles. O laboratório foi projetado com uma área
central equipada para pré e pós-operatório, de onde pode-se acessar
a sala de raio X, a sala de cirurgia, as salas de hospitalização,

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REFERENCIAIS
4.3 Referencial Análogo – Clínica Veterinária Masans Figura 17: Clínica Veterinária Masans.

Dos arquitetos de Domenig Architekten, a Clínica Veterinária


Masans, situada na cidade suíça de Chur, possui área de 1.145m² e
dispõe de alta tecnologia de medicina veterinária. O acesso à
edificação (Figura 16) se dá através de uma via que serve, também,
como acesso a um conjunto habitacional, construído no mesmo
terreno. Parte da edificação é subterrânea, sendo que sua cobertura
verde serve como um jardim/parque que atende ao conjunto
habitacional (Figura 17).
Figura 16: Acesso Clínica Veterinária Masans.

Fonte: ArchDaily, 2018.

Ao analisar a planta baixa (Figura 18), disponibilizada pelos


arquitetos responsáveis pelo projeto ao site ArchDaily, percebe-se
que os setores de serviços como depósito, laboratórios e salas de
cirurgia foram movidos para o núcleo da edificação, enquanto demais
ambientes que exigem luz e ventilação natural foram alocados no
perímetro da edificação.

Fonte: ArchDaily, 2018.

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REFERENCIAIS
Figura 18: Planta Baixa Clínica Veterinária Masans. Figura 19: Interior Clínica Veterinária Masans.

Fonte: ArchDaily, 2018. Adaptado pela autora, 2018.


Fonte: ArchDaily, 2018.

Sobre os revestimentos e móveis do interior da edificação: As instalações da edificação estão todas expostas ao longo da
quase a totalidade das paredes são de concreto aparente e pisos em circulação (Figura 20), para facilitar a manutenção e manter o caráter
linóleo cinza. Para que haja um certo contraste e iluminação nos técnico da instituição. As salas de exame, cirurgia, consultórios e
ambientes, foram trazidos elementos brancos, como portas, móveis convivência são cobertas por painéis de fibra de vidro, garantindo o
e superfícies de trabalho. Essa combinação de cores traz uma isolamento acústico.
atmosfera agradável e calma para funcionários e visitantes (Figura
19).

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REFERENCIAIS
Figura 20: Interior Clínica Veterinária Masans.
ao longo da circulação, o que facilita o serviço de manutenção, caso
necessário, e conservação.

4.4 Referencial Formal – Clínica Veterinária Alcabideche-Vet


O edifício da Clínica Veterinária Alcabideche-Vet, criado pelo
escritório João Tiago Aguiar Arquitectos, situado na cidade
portuguesa de mesmo nome, possui 300m³ e foi alocado em um
terreno com leve declive. A edificação foi toda construída em
concreto aparente e vidro opaco (Figura 21).
Figura 21: Clínica Veterinária Alcabideche-Vet.

Fonte: ArchDaily, 2018.

Uma característica deste projeto que seria interessante aplicar


no projeto desta Pesquisa seria um contraste de cores neutras nos
revestimentos com equipamentos, esquadrias e forros na cor branca,
de forma a refletir a iluminação natural e deixar os ambientes mais
claros e agradáveis. Outro ponto importante do projeto seria as
instalações dos projetos complementares terem sido feitas expostas

Fonte: ArchDaily, 2018.

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REFERENCIAIS
O projeto foi pensado tendo como ponto de partida o 23), de modo a criar vãos, favorecendo uma ideia de volumes ligados
esquema funcional exigido pelo cliente, dando origem a um corredor a um núcleo central.
central com salas de ambos os lados (Figura 22). Cada uma dessas Figura 23: Clínica Veterinária Alcabideche-Vet.

salas foi dimensionada especificamente para a atividade que abriga.

Figura 22: Planta Baixa Clínica Veterinária Alcabideche-Vet.

Fonte: ArchDaily, 2018. Adaptado pela autora.

Para deixar o corredor mais interessante, além de permitir a


entrada de luz natural, os volumes das salas foram deslocados (Figura

Fonte: ArchDaily, 2018.

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REFERENCIAIS
Uma solução de projeto interessante utilizada nesta obra, e 4.5 Referencial Formal – Museu de Arte Fengying
que poderia ser aplicada ao projeto da URSA, além da combinação O Museu (Figura 25), localizado em Chongwu, na China, é
dos materiais utilizados (Figura 24), seria o deslocamento dos resultado de uma reforma no antigo ateliê do escultor Wu Degiang. O
volumes das salas, de forma a criar alguns vãos que favoreçam a projeto é do escritório GOA, e conta com 353m².
iluminação natural, além da ventilação cruzada.
Figura 24: Clínica Veterinária Alcabideche-Vet. Figura 25: Fachada Museu de Arte Fengying.

Fonte: ArchDaily, 2018. Fonte: ArchDaily, 2018.

De acordo com informações do site ArchDaily, a estrutura


abrigava espaços para processamento das matérias primas das

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REFERENCIAIS
esculturas, um edifício de escritórios e outras três estruturas menores Após, o projeto focou na expansão da edificação ao sul do lote. Foi
independentes. Nestes pequenos edifícios, mantidos pelos criado um pátio principal conectando os elementos construídos,
arquitetos, estavam localizados os estúdios do escultor. unindo o passado e o futuro em um novo projeto.

Os arquitetos escolheram uma linha que valoriza a Os arquitetos priorizaram a iluminação natural proveniente
simplicidade e uma planta compacta (Figura 26), quadrada, simples. dos átrios (Figura 27) criados para a exposição das obras maiores. No
Três aberturas, como pátios internos, foram criadas nesta área para restante do museu, foi criado um projeto luminotécnico especifico
conectar o interior e o exterior. que valorizasse a exposição dos itens da coleção permanente do
museu.
Figura 26: Planta Baixa Museu de Arte Fengying.

Figura 27: Átrios do Museu de Arte Fengying.

Fonte: ArchDaily, 2018.

Fonte: ArchDaily, 2018. Adaptado pela autora.

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REFERENCIAIS
A fachada do edifício é feita de elementos verticais de pedra, Além disso, esses átrios trariam uma boa quantidade de iluminação
formando um gradiente de formas côncavas e convexas, dando a natural para o prédio da URSA, que, devido ao seu programa, seria
ilusão de uma superfície leve e fluída como um tecido. mais térreo e “maciço”.

O principal ponto observado neste projeto foi a criação de


pátios internos vegetados (Figura 28), responsáveis por garantir a
4.6 Referencial Formal – Centro de Visitantes do Parque do Rola
interação entre interno-externo, trazendo a natureza para dentro da
Moça
edificação.
Segundo informações coletadas no site Archdaily, cedidas
Figura 28: Átrios do Museu de Arte Fengying.
pelos arquitetos responsáveis pelo projeto, o Parque Estadual da
Serra do Rola Moça é uma das principais regiões de área verde de
Minas Gerais, situado na região metropolitana de Belo Horizonte. O
edifício, utilizado como Centro de Visitantes (Figura 29) do parque, foi
concebido de forma a preservar a vegetação do local e causar uma
interferência praticamente nula na topografia do lote.

O edifício serve de apoio ao público, contando com recepção,


sala de exposições, mini auditório, sanitários, lanchonete e um
cinema a céu aberto (Figura 30). Além disso, a lanchonete foi disposta

Fonte: ArchDaily, 2018.

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REFERENCIAIS
de tal forma que pode manter o atendimento aos visitantes mesmo Apesar de o projeto ter uma presença marcante, as técnicas
se o museu estiver fechado. construtivas (Figura 31) – estrutura metálica com vedações em vidro,
Figura 29: Centro de Visitantes do Parque do Rola Moça. gesso acartonado e alvenaria – foram adotadas e tratadas de forma
que referenciassem o solo do local em que o projeto está inserido,
não causando tanto impacto na paisagem.
Figura 31: Centro de Visitantes do Parque do Rola Moça.

Fonte: ArchDaily, 2018.

Figura 30: Planta Centro de Visitantes do Parque do Rola Moça.

Fonte: ArchDaily, 2018.

A principal característica do Centro de Visitantes a ser


observada como inspiração para o projeto desta Pesquisa, seria a

Fonte: ArchDaily, 2018. Adaptado pela autora.

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REFERENCIAIS
linearidade das linhas do projeto (Figura 32), além do fato de ser uma
edificação térrea. Estes dois fatores favorecem a disposição do
programa de necessidades e a funcionalidade do projeto.

Figura 32: Centro de Visitantes do Parque do Rola Moça.

Fonte: ArchDaily, 2018.

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ÁREA DE INTERVENÇÃO
ÁREA DE INTERVENÇÃO
5. ÁREA DE INTERVENÇÃO município - segunda maior cidade do Vale do Sinos em população,
5.1 NOVO HAMBURGO atrás apenas de Canoas - se consolidou como importante ponto de

Novo Hamburgo é um município do estado do Rio Grande do convergência para a população das cidades vizinhas do Vale do Sinos,
Sul, situado na região metropolitana de Porto Alegre (Figura 33). visto a grande variedade de serviços e atividades que se instalaram na
cidade ao longo dos anos.
Figura 33: Localização de Novo Hamburgo.
A escolha da cidade de Novo Hamburgo/RS como sede do
projeto em questão se deu tendo em vista alguns fatores, entre eles,
o fato de o Hospital Veterinário Público mais próximo da região do
Vale do Sinos estar situado na cidade de Canoas/RS, ao lado da capital
Porto Alegre. Quando o atendimento é necessário, a população da
maioria das cidades da região metropolitana converge para Canoas,
visto a proximidade entre estas cidades. Já a população do Vale do
Sinos, cidades menores e interioranas, conta apenas com clínicas
veterinárias privadas e possui a barreira da distância até Canoas, o

Fonte: Autora, 2018.


que praticamente os impossibilita de realizar atendimentos
veterinários via rede pública.

Segundo o Censo do IBGE de 2010, a cidade possui uma área No campo da saúde animal, a cidade possui dois Hospitais

de 217km² e população de aproximadamente 237 mil habitantes. O Veterinários privados com plantões de 24h, além de clínicas de menor

30
ÁREA DE INTERVENÇÃO
Figura 34: Localização do lote em Novo Hamburgo.

porte, altamente equipados, porém com custos altos para realização


de tratamentos e consultas, o que se torna um impeditivo para
grande parte da população na hora de buscar tratamento para seus
animais. A necessidade de um maior investimento na área se justifica
ao verificarmos que, segundo RODRIGUES (2017) e THEODORO
(2017), a parcela da população hamburguense que é considerada
como carente, de baixa renda, gira em torno de 28%, ou seja,
aproximadamente 48 mil pessoas. O número de animais em situação Fonte: Autora, 2018.

de rua era de aproximadamente 36 mil no início de 2018, segundo


Figura 35: O lote.
dados cedidos pela Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo,
configurando questão de saúde pública o atendimento destes animais
pela iniciativa pública.

5.2 LOTE
O lote escolhido para a locação do projeto está situado na Rua
Santa Tereza, s/n, Bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo, esquina
com Rua Sorocaba (Figuras 34 e 35).

Fonte: Autora, 2018.


31
ÁREA DE INTERVENÇÃO
Figura 36: Vias no entorno do lote.

5.2.1 Justificativa
A escolha do lote se deu a partir da análise de dois fatores
principais: as áreas com maior densidade de pessoas de baixa renda,
que teriam dificuldades de arcar com os custos de tratamentos em
clínicas veterinárias privadas, e as áreas com maiores vazios urbanos.
Este último fator foi de suma importância para que o impacto na
vizinhança de uma edificação pública que funciona em tempo integral
seja o menor possível.

Segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e


Habitação (2010), da Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo, a Fonte: Autora, 2018.

maior parte da população do bairro Santo Afonso é de baixa renda, BR-116 Lote
com renda mensal de até 3 salários mínimos, favorecendo a escolha RS-240 Estação Santo Afonso do
Av. 1º de Março Trensurb
de um lote próximo à região.
Av. Pedro Adams Filho
Outro fator que foi levado em consideração na seleção do lote
foi a facilidade de acesso. O lote está a 600m da BR-116, a 150m da 5.2.2 Características - Lote e entorno
Avenida 1º de Março e a 800m da estação Santo Afonso do Trensurb O lote escolhido para o projeto conta com uma área
(Figura 36). Estas vias são responsáveis por garantir o acesso de todo aproximada de 70.163,50m², com um declive máximo de 12m
o Vale do Sinos ao lote. (Figuras 37 e 38). Fica em uma área de vazio urbano, numa região

32
ÁREA DE INTERVENÇÃO
mista de usos: indústrias, residências e serviços. No lote vizinho está A temperatura anual da região varia entre 9°C e 32°C, em média
o Estádio do Vale, campo do Esporte Clube Novo Hamburgo. A (PROJETEEE, 2018). Os ventos predominantes na cidade são
vegetação predominante do lote é constituída por gramíneas, além provenientes do Sudeste (Figura 39 e 40).
de algumas espécies arbustivas e árvores não identificadas, Figura 39: Ventos e incidência solar.

localizadas nas testadas.

Figura 37: Imagem do lote – Rua Santa Tereza.

Fonte: Autora, 2018.


Fonte: Autora, 2018.

Figura 38: Imagem do lote – Rua Sorocaba.


Figura 40: Carta Solar de NH com as testadas do lote

Fonte: Autora, 2018. Fonte: Autora, 2018.

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ÁREA DE INTERVENÇÃO
O entorno do lote, já consolidado, possui pontos fortes. No 5.2.3 Legislação - Plano Diretor e Regime Urbanístico
seu entorno direto, residências unifamiliares são predominantes De acordo com a setorização determinada pela Plano Diretor
(Figura 41), porém existe um bloco de edifícios multifamiliares. As Urbanístico Ambiental (PDUA), do Município de Novo Hamburgo, o
residências unifamiliares não passam de dois pavimentos, enquanto lote está situado em duas macrozonas (Figura 42), são elas: Setor
os edifícios possuem aproximadamente cinco pavimentos. Além do Miscigenado 4 (SM4) e Corredor de Tráfego e Transporte (CTT).
Estádio do Vale, já citado, o bairro também conta com uma Unidade
Básica de Saúde (UBS), além de hipermercados, pequenos
comércios e bancos.
Figura 42: Regime Urbanístico do lote.

Figura 41: Imagem do entorno do lote – Rua Sorocaba.

Fonte: Autora, 2018.

Fonte: PDUA. Adaptado pela autora, 2018.

34
ÁREA DE INTERVENÇÃO
Na Figura 43, verifica-se uma tabela síntese dos índices do
regime urbanístico que coincidem no lote. A partir dos índices
apresentados pelo PDUA, foram calculados os valores relacionados ao
lote em questão.

Figura 43: Tabela de informações do regime urbanístico.

Corredor de
Setor Lote Tráfego e Lote
Miscigenado 4 Transporte
(SM4) (CTT)
Taxa de 75% 52.622,63m² 75% 52.622,63m²
ocupação (TO)
Índice de
Aproveitamen-to 2 140.327,00m² 2,4 168.392,40m²
(IA)
Altura - - - -
Recuo de 0 0 0 0
ajardinamento
Afastamento H/6 H/6 H/6 H/6

Fonte: PDUA. Adaptado pela autora, 2018.

35
PROJETO
PROJETO
6. PROJETO Ambos foram baseados no estudo de caso realizado e nas
O Hospital Veterinário Público proposto nesta pesquisa, recomendações bibliográficas pesquisadas.
deverá apresentar estrutura completa para o atendimento de animais
Para que a URSA consiga atender o maior número possível de
de pequeno porte, tanto em âmbito cirúrgico/ambulatorial, quanto
pacientes necessitados, foi estabelecida a presença de profissionais
no âmbito de recuperação e reabilitação. Os animais a serem
com as seguintes especialidades: oncologia, neurologia, cardiologia,
atendidos inicialmente são: cães, gatos, pássaros, coelhos, tartarugas
anestesiologia, cirurgia geral e especializada, dermatologia,
e pequenos roedores. Posteriormente o atendimento pode ser
radiologia, endocrinologia, nefrologia, odontologia, oftalmologia,
estendido a animais de maior porte, como cavalos.
ortopedia e fisioterapia.
6.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES A área total necessária para atender ao programa de
O programa de necessidades do projeto foi dividido em duas necessidades é de 1.260,00m².
planilhas: Programa de necessidades da Reabilitação (Figura 44) e
Programa de necessidades do Hospital (Figura 45).

Figura 44: Planilha de áreas da Reabilitação Animal.


AMBIENTE DESCRIÇÃO QTD ÁREA UNIT. ÁREA TOTAL FONTE
Recepção Recepção e preenchimento do cadastro do animal 1 15m² 15m² Estudo de Caso
Consultório e Atendimento Avaliação e atendimento ao animal 3 15m² 45m² Estudo de Caso
Gatil comunitário Local para abrigo de animais 1 60m² 60m² GÓES (2010)
Canil individual Local para abrigo de animais 1 60m² 60m² GÓES (2010)
Canil comunitário Local para abrigo de animais 1 60m² 60m² GÓES (2010)
Estar funcionários Estar e convivência dos funcionários 1 36m² 36m² LITTLEFIELD (2011)
Depósito Local para armazenamento de materiais e equipamentos 1 3m² 3m² GÓES (2010)
Nutrição animal Local para armazenamento e preparação de alimentos para os animais 1 7m² 7m² LITTLEFIELD (2011)
Lazer animais Local para lazer e reabilitação dos animais 1 LIVRE LIVRE Estudo 37
de Caso

Fonte: Autora, 2018.


PROJETO
Figura 45: Planilha de áreas do Hospital Veterinário.
AMBIENTE DESCRIÇÃO QTD ÁREA UNIT. ÁREA TOTAL FONTE
Recepção Recepção e preenchimento do cadastro do animal 1 15m² 15m² Estudo de caso
Sala de espera Cães Espera até o atendimento 1 20m² 20m² Estudo de caso
Sala de espera - Demais animais Espera até o atendimento 1 20m² 20m² Estudo de caso
Sanitários público Espaço de sanitários destinado ao público 2 15m² 30m² Estudo de caso
Consultório Avaliação e atendimento ao animal 10 15m² 150m² Estudo de caso
Ambulatório/Emergência Realização de procedimentos necessários e imediatos 1 45m² 45m² Estudo de caso
Sala de esterilização Sala de esterilização pré procedimentos cirúrgicos 1 4m² 4m² GÓES (2010)
Sala de preparo cirúrgico Sala destinada ao preparo dos pacientes para procedimento cirúrgico 2 4m² 8m² GÓES (2010)
Sala de pós – operatório Sala de recuperação e observação do paciente 2 16,8m² 33,6m² LITTLEFIELD (2011)
Sala de cirurgia Realização de procedimentos cirúrgicos 3 25m² 75m² GÓES (2010)
Internação Área destinada aos animais que demandam acompanhamento constante 2 60m² 120m² GÓES (2010)
Isolamento Área destinada aos animais que demandam acompanhamento constante, com doenças contagiosas 2 30m² 60m² GÓES (2010)
UTI Unidade de Tratamento Intensivo 2 60m² 120m² GÓES (2010)
UTI isolamento Unidade de Tratamento Intensivo 2 30m² 60m² GÓES (2010)
Laboratório Análise de exames laboratoriais 1 27,50m² 27,50m² GÓES (2010)
Exames Salas para realização de exames de imagem 1 25m² 25m² GÓES (2010)
Lavanderia Local para limpeza 1 4m² 4m² GÓES (2010)
Depósito Local para armazenamento de material hospitalar 1 15m² 15m² Estudo de caso
Almoxarifado Local para armazenamento de material administrativo 1 3m² 3m² GÓES (2010)
Estocagem de medicamentos Local para armazenamento de medicamentos 1 17,5m² 17,5m² GÓES (2010)
Nutrição Animal Local para armazenamento e preparação de alimentos para os animais 1 7m² 7m² LITTLEFIELD (2011)
Área de convivência funcionários Estar e convivência dos funcionários 1 36m² 36m² LITTLEFIELD (2011)
Sanitários/Vestiários Espaço com sanitários e vestiários para funcionários 4 6m² 24m² GÓES (2010)
Instalações de descanso Instalações para descanso dos funcionários em plantão 1 36m² 36m² LITTLEFIELD (2011)
Cozinha Local para o preparo de alimentos 1 7m² 7m² LITTLEFIELD (2011)
Despensa Local para o armazenamento dos alimentos 1 3m² 3m² GÓES (2010)
Administração Sala para a equipe administrativa 1 23,5m² 23,5m² GÓES (2010)
Arquivos Local para armazenamento de documentos importantes 1 3m² 3m² GÓES (2010)
38
Descarte de resíduos Área para descarte e destinação de resíduos hospitalares 1 12,2m² 12,2m² LITTLEFIELD (2011)
Lavanderia Área parra limpeza de materiais utilizados com os animais 1 20m² 20m² Estudo de Caso

Fonte: Autora, 2018.


PROJETO
6.2 ORGANOGRAMA Figura 47: Organograma proposto.

Após criadas as planilhas do programa de necessidades e com


base em um organograma das funções de clínicas veterinárias (Figura
46) apresentado por Góes (2006), foi elaborado um organograma
geral para o projeto da URSA (Figura 47).

Figura 46: Organograma.

Fonte: Autora, 2018.

Ao acessar a edificação, existirão duas recepções e duas salas


de espera distintas, uma para os proprietários de cães e outra para os
demais animais domésticos, e a área de emergências. Será feita tal
divisão devido ao fato dos cães ficarem mais agitados com a presença
Fonte: GÓES, 2006.

39
PROJETO
de animais de diferentes espécies, portanto, para evitar atritos, é um lote com uma grande área, o que propicia a sensação de liberdade
comum que sejam mantidos atendimentos separados. A partir daí, e de bem-estar.
serão direcionados às salas de espera, para posteriormente serem
6.4 HIPÓTESES DE OCUPAÇÃO E VOLUMETRIA
atendidos nos consultórios. Em seguida, caso necessário, os pacientes
Segundo Solis e Fuão (2014), as formas do acolhimento se
podem ser direcionados ao centro cirúrgico, aos laboratórios, às salas
traduzem em termos de abertura/fechamento, separação/união,
de exames ou internações.
recortar/colar, público/privado, familiaridade/não familiaridade.
Da área dos consultórios também pode-se acessar as áreas de Hospitais, em geral, são percebidos como locais inóspitos e
apoio e áreas destinadas a convivência e descanso dos funcionários. totalmente opostos ao conceito deste projeto: acolhimento.
Portanto, o objetivo é transformar este local em um ambiente
6.3 CONCEITUAÇÃO
acolhedor, abrindo o espaço e dando passagem e acesso ao público,
O conceito do projeto é Acolhimento. Este pode ser
convidando-os a se apropriarem deste. Além disso, é importante que
entendido, também, por: atenção, adoção e respeito.
as pessoas e os animais se sintam confortáveis e acolhidos, e não que
O projeto da Unidade de Reabilitação e Saúde Animal se
fiquem receosos por estarem em uma edificação de caráter
desenvolve a partir do objetivo de criar ambientes acolhedores, que hospitalar.
promovam a melhoria na qualidade de vida da população animal da
A partir da composição de materiais e volumes/vazios, além
região. Para garantir o reestabelecimento da saúde física e emocional
do tratamento paisagístico, o projeto visa combinar a edificação com
destes animais, os ambientes serão integrados com a natureza, em
uma experiência ao ar livre. Através do uso da estratégia de átrios, a
natureza presente no entorno imediato da edificação – que conta

40
PROJETO
com um lote de aproximadamente 60 mil m² – é trazida para o seu A Sul deste eixo ficou localizada a área destinada a reabilitação
interior, de forma a implicar uma característica de familiaridade e animal, com uma grande área verde privativa destinada apenas a
acolhimento aos pacientes. A edificação abraça estes jardins internos, recuperação dos animais ali internados. A norte, foi localizada a
que podem servir como área de convívio e espera dos animais e seus edificação principal da URSA, térrea e com formato retangular, o que
donos. Além disso, os átrios são responsáveis por uma boa iluminação favorece a disposição do programa hospitalar. Nesta barra retangular
e ventilação natural. seria feito um rasgo, gerando um largo que favoreceria a
permeabilidade dos usuários do hospital e da praça no entorno deste.
Por estar situado em uma zona majoritariamente residencial,
com a inexistência de praças no entorno, a proposta conta com uma Figura 48: Hipótese de ocupação 01.

grande área de praça pública – como todos os equipamentos do


projeto - ao redor do hospital veterinário, a fim de proporcionar maior
qualidade de vida ao moradores e animais da região. O projeto
paisagístico da praça seria realizado de forma convidativa e
acolhedora, para que a população usufrua realmente deste espaço.

6.4.1 HIPÓTESE 01
Esta primeira hipótese, assim como as seguintes, nasceu a
partir da diretriz de favorecer o fluxo da população por dentro do lote.
Para tanto, foi criado um eixo que cortou o lote quase ao meio,
destinado a circulação de veículos e pedestres (Figuras 48 e 49). Fonte: Autora, 2018.

41
PROJETO
Figura 49: Hipótese de ocupação 01.
grande praça seca no térreo, por onde se dá o acesso principal ao
edifício do Hospital Veterinário (Figura 51).
Figura 50: Hipótese de ocupação 02.

Fonte: Autora, 2018.

6.4.2 HIPÓTESE 02
A segunda hipótese seguiu o princípio dos eixos de circulação
e permeabilidade de fluxos do lote, visando a maior apropriação da
área pela população do entorno. Além disso, foi mantida a edificação
destinada à reabilitação dos animais acolhidos pela URSA na porção
Fonte: Autora, 2018.
Sul do terreno (Figura 50).
Figura 51: Hipótese de ocupação 02.

Nesta proposta a edificação principal assume o formato de um


prisma quadrado de dois pavimentos, com um grande átrio central
vegetado que é abraçado pela edificação. Parte do segundo
pavimento da edificação está elevada sobre pilotis, criando uma

Fonte: Autora, 2018.

42
PROJETO
6.4.3 HIPÓTESE 03 Por ter sido alocada em uma área com desnível, a edificação
A terceira hipótese de ocupação, assim como as anteriores, conta com um pavimento subsolo que abriga o estacionamento
partiu dos eixos criados no lote para favorecer o fluxo de pedestres e coberto.
Figura 52: Hipótese de ocupação 03.
veículos e manteve a edificação destinada a Reabilitação Animal na
porção Sul do terreno.

Nesta proposta, a edificação principal foi alocada na parte


mais central do terreno, o que favorece o acesso a ela por todos os
lados. Esta estratégia de posicionamento da edificação se deu de
forma tal que ela não dá as costas ao entorno, e sim convida os
usuários da área verde do lote a entrarem na edificação (Figura 52 e
53), que acaba tendo duas fachadas principais – Norte e Sul.

O prédio – retangular e de dois pavimentos – conta com átrios Fonte: Autora, 2018.
vegetados a fim de trazer a natureza presente no entorno para seu Figura 53: Hipótese de ocupação 03.

interior, além de iluminação e ventilação natural. O acesso à


edificação se dá por uma grande esplanada com pilotis que sustentam
parte do pavimento superior.

Fonte: Autora, 2018.

43
PROJETO
6.5 MATERIAIS E TECNOLOGIAS modernização e adaptação fruto do desenvolvimento dinâmico
da instituição hospitalar. (WEIDLE, 1995, p. 24)

À medida que a medicina avança e a complexidade


do edifício hospitalar se amplia, mais funções são O autor ainda discorre acerca dos princípios de racionalidade,
realizadas, requerendo mais espaço, mais recursos
declarando que:
humanos e materiais. Consequentemente o número de
equipamentos sofisticados (informatizados em grande A racionalidade é a capacidade do sistema construtivo de
parte) crescem, e mais instalações são necessárias. Por tudo proporcionar a máxima eficiência espacial e construtiva. É
isto estabelecimentos de saúde são onerosos para alcançar o melhor desempenho do edifício com o menor volume
construir, operar e manter. de recursos e menor dispêndio de tempo. (WEIDLE, 1995, p. 26)

Tais características condicionam a busca de


soluções para sistemas construtivos que permitam que o
edifício hospitalar: se adapte e cresça de acordo com o Levando em consideração as afirmações feitas por Weidle
desenvolvimento de suas necessidades; seja racional, com
relação à sua construção, organização, física e manutenção. (1995), prezando pelo melhor desempenho e funcionalidade da
(WEIDLE, 1995, p. 08) edificação da Unidade de Reabilitação e Saúde Animal, os sistemas
Segundo Weidle (1995), alguns aspectos principais construtivos selecionados para a construção deste, foram: estrutura
fundamentam a escolha dos materiais e sistemas construtivos das metálica com laje steel deck e paredes em gesso acartonado (Dry
edificações de saúde, entre eles: flexibilidade, racionalidade e Wall).
construtibilidade.
6.5.1 ESTRUTURA METÁLICA
A respeito de flexibilidade, o autor cita: Segundo Liubartas et al (2015), pelo fato de a estrutura

(...) destacam-se, por um lado, a própria expansão da construção, metálica ser pré-fabricada, ela é de construção mais eficiente e
fruto do crescimento ou complexidade das atividades e aumento
da capacidade instalada, por outro lado, das demandas de rápida.

44
PROJETO
O Conselho Brasileiro de Construção em Aço (CBCA) cita, convencional. O sistema é constituído por montantes metálicos e
ainda, mais algumas vantagens deste sistema: maior liberdade no placas de gesso para vedação, que podem ser reciclados, o que os
projeto de arquitetura; maior área útil; compatibilidade com outros torna sustentáveis (COSTA, 2014).
materiais; menor prazo de execução; racionalização de materiais e
Ainda segundo Costa (2014), esta tecnologia de fechamento
mão-de-obra; alívio de carga nas fundações; precisão construtiva e
pode ser realizada utilizando três tipos diferentes de placas de gesso:
reciclabilidade e sustentabilidade.
placas comuns (brancas), placas resistentes à umidade (verdes) e
Este princípio de reciclabilidade e sustentabilidade é citado placas resistentes ao fogo (vermelhas).
também por Liubartas et al (2015), visto que o aço pode ser reciclado
diversas vezes sem perder suas propriedades, diminuindo assim o uso
de recursos naturais e reutilizando-os para criação de novas peças.

6.5.2 PAREDES EM GESSO ACARTONADO – DRYWALL


Mantendo os princípios de funcionalidade, flexibilidade e
racionalidade, o sistema escolhido para realizar o fechamento e
divisórias internas da edificação foi o DryWall.

Devido ao fato de possuir modulação específica, este tipo de


sistema, assim como a estrutura metálica, apresenta um nível de
resíduos muito menor no canteiro de obras – em relação à alvenaria

45
NORMAS
NORMAS
7. NORMAS e em bom estado de higiene e conservação (sem resíduos, sujeira e
As normas que coincidem diretamente na elaboração deste íntegros);
projeto são a Referência técnica para funcionamento dos serviços
- O mobiliário deve ser de material impermeável, resistente à
veterinários (2010) e a Resolução nº 1015/2012 - já citada
desinfecção e estar em bom estado de higiene e conservação (sem
anteriormente. Além da ABNT NBR 9050.
resíduos, sujeira e íntegros);

- Um ambiente técnico não deve servir de corredor para


7.1 Referência técnica para funcionamento dos serviços veterinários
acesso a outro;
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) foi
responsável pela elaboração da Referência técnica para 7.2 Resolução nº 1015/2012
funcionamento dos serviços veterinários. Apesar de não apresentar As instalações e equipamentos necessários para o
validade legal, esta auxilia na elaboração de leis de controle e atendimento de animais e funcionamento de estabelecimentos
supervisão das práticas veterinárias, além de discorrer sobre os médicos-veterinários ficam subordinados às condições e
estabelecimentos veterinários e seus serviços. especificações desta resolução, que foram atribuídas pelo Conselho
Federal de Medicina Veterinária - CFMV.
A referência técnica cita, entre outras questões, as condições
sanitárias mínimas de cada ambiente, revestimentos, equipamentos Dentre as condições citadas na resolução, destacam-se as
e móveis. Destas condições, salienta-se as seguintes disposições: seguintes proposições de ambientes necessários para o
funcionamento adequado de todos os setores dos Hospitais
- Todas as áreas devem possuir teto, piso e paredes revestidas
Veterinários:
de material liso, impermeável, resistente à desinfecção, de cor clara

47
NORMAS
- Setor de atendimento: sala de recepção, consultório, espaço medicamentos e fármacos, unidade de conservação de animais
para manutenção exclusiva de vacinas e fármacos e sala de arquivo mortos e restos de tecidos.
médico.

- Setor de diagnóstico contendo, no mínimo: Laboratório de 7.3 ABNT NBR 9050


análises clínicas, radiologia e ultrassonografia. A NBR-9050 estabelece critérios e parâmetros técnicos que
devem ser aplicados em situações de projeto, construção, instalação
- Setor cirúrgico: Sala de preparo de pacientes, sala de
e adaptação de espaços e equipamentos, tanto urbanos como rurais,
antissepsia e paramentação, sala de lavagem, secagem e esterilização
de materiais, unidade de recuperação anestésica, sala cirúrgica. prevendo condições de acessibilidade às edificações. A norma trata
de diversos aspectos da arquitetura relacionados aos padrões
- Setor de internação: Mesa e pia de higienização, baias ou
antropométricos já estabelecidos: acessos e circulações, sanitários,
boxes de isolamento de fácil higienização, local de isolamento para
banheiros e vestiários, mobiliário, entre outros.
doenças contagiosas, armário para guarda de medicamentos e
Destas proposições, destacam-se:
materiais descartáveis.

• Acessos e circulações:
- Setor de sustentação: Lavanderia, local para preparo de
alimentos para animais, depósito/almoxarifado, instalações para a) Todas as entradas, bem como as rotas de interligação às
descanso, preparo de alimentos e alimentação do médico veterinário funções do edifício, devem ser acessíveis. Os acessos devem ser
e funcionários, sanitários/vestiários, setor de estocagem de vinculados através de rota acessível à circulação principal e às
circulações de emergência.

48
NORMAS
b) Estacionamento: devem ser reservadas vagas para pessoas - 1,20 m para corredores de uso comum com extensão até
idosas e com deficiência, definidos em legislação específica. A rota 10,00 m; e 1,50 m para corredores com extensão superior a
entre o estacionamento de veículos e os acessos deve ser acessível. 10,00 m;

c) A circulação pode ser horizontal e vertical. A circulação - 1,50 m para corredores de uso público;
vertical pode ser realizada por escadas, rampas ou equipamentos
- Maior que 1,50 m para grandes fluxos de pessoas.
eletromecânicos e é considerada acessível quando atender no
mínimo a duas formas de deslocamento vertical. As rampas devem e) Portas: devem ter um vão livre, de no mínimo 0,80 m de
largura. As portas do tipo vaivém devem ter visor.
ter inclinação de acordo com limites estabelecidos, de 5,00 a 8,33%.
A largura mínima para escadas em rotas acessíveis é de 1,20 m, e • Sanitários, Banheiros e vestiários:
devem ter no mínimo um patamar a cada 3,20 m de desnível e sempre
a) Devem localizar-se em rotas acessíveis, próximas à
que houver mudança de direção.
circulação principal, próximas ou integradas às demais instalações
d) As larguras mínimas para corredores em edificações e sanitárias, e com entrada independente. Recomenda-se que a
equipamentos urbanos são: distância máxima a ser percorrida de qualquer ponto da edificação
até o sanitário ou banheiro acessível seja de até 50 m.
- 0,90 m para corredores de uso comum com extensão até
4,00 m; b) O número mínimo de sanitários acessíveis para o uso
pretendido é de 5% do total de peças sanitárias, com no mínimo um,
para cada sexo em cada pavimento, onde houver sanitários.

49
NORMAS
c) As dimensões do sanitário acessível e do boxe devem sob o tampo de no mínimo 0,73 m e profundidade livre mínima de
garantir circulação com o giro de 360; área necessária para garantir a 0,30 m.
transferência lateral, perpendicular e diagonal para a bacia sanitária;
alcance manual para acionamento da válvula sanitária, da torneira,
das barras, puxadores, trincos e manuseio de acessórios, além do
alcance visual do espelho.

d) Os lavatórios devem ser suspensos, garantindo altura


frontal livre na superfície inferior, e altura da borda superior até o piso
acabado de 0,78 a 0,80 m do piso acabado.

• Mobiliário:

a) Balcões de atendimento acessíveis devem ser facilmente


identificados e localizados em rotas acessíveis. Devem garantir
aproximação frontal e circulação adjacente que permita giro de 180°.
Devem possuir superfície com largura mínima de 0,90 m e altura
entre 0,75 m a 0,85 m do piso acabado, assegurando-se largura livre
mínima sob a superfície de 0,80 m. Devem ser asseguradas altura livre

50
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
8. CONCLUSÃO O desenvolvimento deste trabalho garantiu uma base de
dados extensa para a posterior elaboração do projeto do Trabalho
A proposta desta pesquisa partiu da premissa de realizar
Final de Graduação.
algumas análises acerca de como a saúde animal é abordada
atualmente.

Após serem feitas pesquisas e estudos relacionados ao tema,


pôde-se perceber que os animais são personagens muito presentes
na vida das pessoas e na rotina das cidades. No entanto, são poucos
os estabelecimentos públicos destinados a prestar assistência
veterinária.

Grande parte da população não consegue ter acesso a clínicas


privadas, devido ao alto custo dos tratamentos veterinários, o que
potencializa o descontrole na natalidade, proliferação de doenças e,
algumas vezes, a morte desses animais. Evitar essas situações trata-
se de uma questão de saúde pública. Portanto, se faz necessário o
investimento em equipamentos que garantam sua saúde e bem-estar
animal.

52
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
9. REFERÊNCIAS CENTRO DE VISITANTES DO PARQUE DO ROLA MOÇA. Disponível em:
<https://www.archdaily.com.br/br/894221/centro-de-visitantes-do-
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54
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55
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