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23/03/2022

Anemia
Infecciosa
Equina

Definição
 A Anemia infecciosa equina é causada por um lentivírus que afeta
exclusivamente equinos, caracterizada pela infecção persistente,
trombocitopenia e sinais clínicos de febre (associadas à viremia),
anemia, edema e debilidade geral.

 Sinonímia: AIE, febre dos pântanos, febre petequial dos cavalos,


febre das montanhas, mal das cadeiras, AIDS equina (erroneamente)

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Etiologia
- Presença de fita dupla de RNA não complementares

- Mais recentemente passou a ser classificado com da família Orthoretrovirinae,


mas continuou no gênero Lentivirus

- Partícula viral pleomórfica, com forma esférica a ovalada

- Presença de três proteínas de membrana (p26, gp45 e gp90)

- O VAIE possui três enzimas principais ( transcriptase reversa, integrase e


protease) necessárias para a replicação viral

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Etiologia

Etiologia

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Distribuição mundial

Afeta apenas os equídeos


(Equinos, asininos e muares)

Epidemiologia 1ª ocorrência 1843 na França

1ª ocorrência no Brasil em
1952
1ª ocorrência no Brasil
confirmada por testes em 1967

Epidemiologia
Morbidade e mortalidade variável

Fatores que influenciam a doença são:

• Fatores ecológicos – população de insetos


hematófagos (Stomoxys calcitrans e os
gênerosTabanus, Chrysops e Hybromitra)
• Densidade demográfica de equídeos
• O compartilhamento de equipamentos e de
utensílios (freios, pinças de casco, agulhas, arreios,...)

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Epidemiologia

Vírus inativado com


TERMORRESISTENTE
éter e com
(Fervura por 15’
desinfetantes
min.)
comuns

Epidemiologia

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Epidemiologia

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Epidemiologia
 Principais prejuízos:
Diminuição da capacidade de trabalhos dos animais

Proibição da participação em eventos

Embargo na importação e exportação de animais doentes

Eutanásia ou morte dos equídeos acometidos.

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Patogenia
Ingresso do VAIE

Interação com receptores celulares de


superfície da célula alvo presentes no Fígado Hepatoesplenomegalia

Introdução na célula alvo de RNA


viral e de três enzimas
Mobilização
de plaquetas
Início da produção de para Sítio
DNA (replicação viral) inflamatório

Lise de eritrócitos (fração Inibição da


Latência 3 complemento) eritopoiese

Anemia Trobocitopenia

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Sinais Clínicos

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Diagnóstico
Achados clínicos epidemiológicos
Exames hematológicos
• Anemia
• Leucopenia (período agudo)
• Trombocitopenia
• Hiperglobulinemia

Sorodiagnóstico
IDGA – Imunodifusão em gel de ágar – recomendado pela OIE
• Teste oficial – IN 45 do MAPA
Elisa indireto, Imunoblot, PCR e polarização fluorescente

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Diagnóstico - Resenha

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Diagnóstico - IDGA

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Diagnóstico – Elisa Indireto

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Diagnóstico – Elisa Indireto

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Diagnóstico
Lesões anatomopatológicas
• Linfadenopatias e hepatoesplenomegalia

• Infiltrados de linfócitos e macrófagos na região periportal e nos lóbulos


hepáticos
• Hemorragias em órgãos alvos de replicação viral

• Presença de líquido serosanguinolento em cavidades

• Edema e icterícia de tecido subcutâneo


• Hiperplasia da medula óssea

• Espessamento dos vasos glomerulares renais

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Diagnóstico
Lesões anatomopatológicas
• Hiperplasia de medula óssea

• Meningite e encefalomielites

• Presença de células inflamatórias em regiões do sistema nervoso central


e medula espinhal

• Infiltrados de células linfoides em quase todos os tecidos, principalmente


fígado e baço

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Tratamento
Não existe tratamento que consiga eliminar o vírus ou mesmo prevenir
a infecção

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Controle e profilaxia
Desinfecção de fômites ou utensílios de uso comum

Utilização de agulhas descartáveis

Esterilização de material cirúrgico

Controle de tabanídeos (difícil execução) – telar portas e janelas de baias

Evitar acúmulo de material fecal

Drenar regiões alagadiças

Isolar animais suspeitos até o diagnóstico

Quarentena de animais recém introduzidos até a realização de dois exames negativos


consecutivos – 30 e 60 dias (artigo 1º, item XV da IN45)

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Controle e profilaxia
Notificação dos animais positivos ao serviço de defesa animal
(regional, estadual e federal)
Interdição do trânsito de equídeos da propriedade (lavrado termo
oficial) realizada pelo serviço oficial
Animais + => ABATE SANITÁRIO SUPERVISIONADO , na propriedade, em
até 30 dias, ou em abatedouro com SIF.
Transporte em caminhão lacrado
NÃO CABE INDENIZAÇÃO
Se houver vários animais positivos => DESTRUIÇÃO SANITÁRIA
EUTANÁSIA E ALOCAÇÃO EM VALA PROFUNDA NA PROPRIEDADE

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Controle e profilaxia

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Controle e profilaxia
O proprietário pode requerer contraprova em até 8 dias, no mesmo
laboratório.
Havendo discordância, RETESTE laboratório do DAS
Marcação dos animais confirmados com um “A” na paleta, do lado
esquerdo.
Sorologia do efetivo restante. Se houver outros positivos, repete-se o
procedimento.
Estabelecimento de zona perifocal em propriedades circunvizinhas
Isolamento dos suspeitos (≥ 200 m)

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Controle e
profilaxia

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Controle e profilaxia
Rastreamento do transito nos últimos 60 dias
Potros, filhos de éguas positivas, podem ser isolados por 60 dias
negativos com 30 e 60 dias
 Só há a desinterdição com TODOS negativos com exames 30d e 60 d.

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Legislação AIE
Instrução normativa n.45 de 15 de junho de 2004 – normatiza a AIE no Brasil

Portaria n. 378 de dezembro de 2014 – Regulamenta a utilização do teste de


ELISA indireto

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