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Relatório - Rompimento Celular
Relatório - Rompimento Celular
ROMPIMENTO CELULAR
ROMPIMENTO CELULAR
Alunos:
Cornelio Ribeiro Garcia - 2017002837
Fabíola de Oliveira Ribeiro - 2017002532
Mirraylow Pegorete - 2017004457
Talita Silva Belo - 28135
2. OBJETIVO
Este experimento teve como objetivo a avaliação e comparação dos protocolos para ruptura celular
por meio de choque osmótico e moinho de bolas da levedura Saccharomyces cerevisiae.
3. METODOLOGIA
Para esse experimento, pesou-se um grama de levedura Sacharomyces cerevisae que foram
distribuídos em quatro tubos tipo falcon de 15 ml, e nestes diluídos em 5 ml de uma solução de
bicarbonato de sódio a 0,15M em cada tubo. A seguir são encaminhados ao banho termostático à
37ºC, retirados um por vez nos tempos de 5, 10, 15 e 30 min e transferidos para um banho de gelo
por aproximadamente 5 min. Em seguida os tubos são encaminhados para centrífuga à 3000 rpm por
5 min e o sobrenadante é retirado cuidadosamente em tubos eppendorf para medir a atividade
enzimática.
O preparo desse experimento é bastante similar ao anterior, que após serem preparados os quatro
tubos tipo falcon com com 1 grama de levedura e 5 ml de da solução de bicarbonato de sódio,
também é adicionado 5 gramas de esferas de vidro para cada tubo. A seguir os tubos são agitados
mecanicamente com um vortex, retirados também em tempos diferentes de 3, 5, 7 e 10 min, depois
centrifugados a 3000 rpm por 5 minutos e do sobrenadante formado deve ser retirado 0,5 ml, que será
diluído com mais 0,5 ml de água destilada e armazenado em tubos eppendorf.
Para teste da efetividade dos métodos de rompimento celular aplicados, é feita uma análise de
atividade enzimática a partir da liberação da enzima invertase presente na levedura S. cerevisae
utilizada. Para isso é aplicado o método DNS.
Assim, em tubos com rosca, foram adicionados: 1 ml de solução tampão pH 4,5; 0,8 ml de água
destilada; 0,7 ml de solução de sacarose a 0,03M; e após agitados, foram adicionados 50 µL do
extrato enzimático contidos nos tubos de eppendorf obtidos nos procedimentos anteriores e deixados
para agir por aproximadamente 5 min. Em seguida foi adicionado 1 ml de solução de 3,5-DNS e os
tubos foram colocados em banho termostatizado à 100ºC durante 5 min. Para finalizar a reação, os
tubos foram transferidos para um banho de gelo, diluídos em 6,5 ml de água destilada e
encaminhados para leitura espectrofotométrica a 540 nm.
Desta forma será possível calcular a velocidade de formação de glicose e a atividade enzimática da
invertase, como parâmetros os dados da curva de calibração padrão da glicose disponível na Tabela 1
e os dados de absorbância obtidas. O resultado se dará em UI/ml, unidade de atividade da quantidade
da enzima em ml necessária para liberar 1 µmol de glicose por min.
Por meio da plotagem dos dados da curva padrão de glicose fornecidos no roteiro do experimento,
obteve-se o Gráfico 1, a seguir, que fornece a equação da curva padrão de glicose , pela qual é
possível determinar a concentração de açúcares redutores (ART) liberados pela ação da enzima
invertase.
Fonte:Autoral
Para isso, foi realizada a leitura da absorbância à 540 nm de cada uma das 4 amostras conforme a
Tabela 1.
Tabela 1 - Resultado do rompimento por choque osmótico
1 5 0,644
2 10 0,707
3 15 0,732
4 30 0,962
Fonte:Autoral
5 0,644 0,632
10 0,707 0,693
15 0,732 0,718
30 0,962 0,941
Fonte: Autoral
Fonte: Autoral
Como uma unidade de atividade enzimática (UI/mL) é definida como a quantidade de enzima
necessária para liberar 1 µmol de glicose por minuto por mL (µmol/min.mL), para defini-la primeiro
calculou-se a velocidade de formação de glicose (v) (Equação 2), que depende da concentração de
produto formado, nesse caso, a glicose, que é equivalente à concentração de açúcares redutores
liberados (ART).
Considerando o volume reacional total (VR) e o volume adicionado de enzimas (VE), obtém-se a
Equação 3, utilizada para calcular a atividade enzimática nos diferentes tempos de ruptura. Os
resultados foram explicitados na Tabela 3 e no Gráfico 2.
ART
v = Δt [g/L.min] (2)
VR
AT V = v × 1
M M GLICOSE × 10 3 × VE (3)
Onde a massa molecular (MM) de glicose é 180,16 g/mol, VR = 2,5 mL e VE = 50 µL.
Fonte:Autoral
A partir do perfil comportamental da atividade enzimática ao longo do tempo nota-se um padrão
crescente conforme o aumento no tempo de exposição ao choque osmótico. Isso ocorre devido ao
aumento em concentração da enzima invertase, que é liberada da célula pelo choque osmótico.
Mediante a análise dos resultados obtidos, dentre os tempos observados, o intervalo de 30 minutos
apresenta o resultado mais satisfatório, porém deveria-se observar até haver uma estabilização da
atividade pelo tempo para se afirmar o tempo real gasto para atingir-se eficiência máxima.
1 3 0,448
2 5 0,544
3 7 0,568
4 10 0,482
Fonte:Autoral
A partir dos dados da Tabela 4 e da Equação 1, foram obtidas as concentrações de açúcares redutores
(ART) liberados pela ação da invertase, conforme a Tabela 5 e Gráfico 3.
3 0,448 0,441
5 0,544 0,535
7 0,568 0,558
10 0,482 0,474
Fonte: Autoral
Gráfico 3 - Concentração de glicose pelo tempo de ruptura da amostra diluída.
Fonte: Autoral
A velocidade de reação (v) pode ser novamente calculada empregando-se a Equação 2 enquanto que
para a atividade enzimática deve-se ainda, multiplicar a Equação 3 pelo fator de diluição (2), como
mostrado abaixo:
VR
AT V = v × 1
M M GLICOSE × 10 3 × VE ×d (3’)
Com os valores da tabela 6, foi possível construir o seguinte gráfico de comportamento ao longo do
rompimento celular.
Gráfico 4 - Perfil de atividade enzimática ao longo do tempo de rompimento celular.
Fonte: Autoral
Igualmente como no caso anterior , é possível observar a partir dos gráficos, que os valores de
concentração de açúcares redutores e de atividade enzimática aumentam ao longo do tempo de
rompimento celular, com exceção do último ponto, que corresponde ao tempo de 10 minutos, no qual
esses valores caem bruscamente. Uma possível explicação para esse comportamento é o aumento da
temperatura observada no tubo de ensaio, devido à alta tensão de cisalhamento ocasionada pelo
movimento das esferas de vidro.
5. CONCLUSÃO
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