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FV091-2018
DADOS DA OBRA
• Língua Portuguesa
• Matemática
• Legislação I
• Atualidades
• Noções de Informática
• Atendimento (Focado em Vendas)
• Conhecimentos Específicos
Autora
Silvana Guimarães
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Produção Editoral
Suelen Domenica Pereira
Capa
Joel Ferreira dos Santos
APRESENTAÇÃO
CURSO ONLINE
PASSO 1
Acesse:
www.novaconcursos.com.br/passaporte
PASSO 2
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SUMÁRIO
Língua Portuguesa
Matemática
Legislação I
Atualidades
I: Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, economia, sociedade,
educação, saúde, arte e cultura, tecnologia, energia, conjuntura geopolítica, desenvolvimento sustentável e ecologia,
nos contextos nacional e internacional, suas inter-relações e suas vinculações históricas......................................................... 01
SUMÁRIO
Noções de Informática
Conhecimentos Específicos
9 - Técnicas de vendas:........................................................................................................................................................................................... 75
9.1 - Noções de administração de vendas: planejamento, estratégias, objetivos;.................................................................... 75
9.2 - análise do mercado, metas................................................................................................................................................................... 75
9.3 - Técnicas de vendas de Produtos e Serviços financeiros o setor bancário: planejamento, técnicas;........................ 75
9.4 - motivação para vendas;.......................................................................................................................................................................... 75
9.5 - Produto, Preço, Praça, Promoção;...................................................................................................................................................... 84
9.6 - Vantagem competitiva;........................................................................................................................................................................... 85
9.7 - Como lidar com a concorrência;......................................................................................................................................................... 86
9.8 - Noções de Imaterialidade ou intangibilidade, Inseparabilidade e Variabilidade dos produtos bancários........... 90
9.9 - Manejo de carteira de Pessoa Física e de Pessoa Jurídica........................................................................................................ 90
9.10 - Noções de Marketing de Relacionamento................................................................................................................................... 91
9.11 - Código de Proteção e Defesa do Consumidor: Lei nº 8.078/1990 (versão atualizada).............................................. 92
LÍNGUA PORTUGUESA
Letra e Fonema.......................................................................................................................................................................................................... 01
Estrutura das Palavras............................................................................................................................................................................................. 04
Classes de Palavras e suas Flexões..................................................................................................................................................................... 07
Ortografia.................................................................................................................................................................................................................... 44
Acentuação................................................................................................................................................................................................................. 47
Pontuação.................................................................................................................................................................................................................... 50
Concordância Verbal e Nominal......................................................................................................................................................................... 52
Regência Verbal e Nominal................................................................................................................................................................................... 58
Frase, oração e período.......................................................................................................................................................................................... 63
Sintaxe da Oração e do Período......................................................................................................................................................................... 63
Termos da Oração.................................................................................................................................................................................................... 63
Coordenação e Subordinação............................................................................................................................................................................. 63
Crase.............................................................................................................................................................................................................................. 71
Colocação Pronominal............................................................................................................................................................................................ 74
Significado das Palavras......................................................................................................................................................................................... 76
Interpretação Textual............................................................................................................................................................................................... 83
Tipologia Textual....................................................................................................................................................................................................... 85
Gêneros Textuais....................................................................................................................................................................................................... 86
Coesão e Coerência................................................................................................................................................................................................. 86
Reescrita de textos/Equivalência de Estruturas............................................................................................................................................. 88
Estrutura Textual........................................................................................................................................................................................................ 90
Redação Oficial.......................................................................................................................................................................................................... 91
Funções do “que” e do “se”................................................................................................................................................................................100
Variação Linguística...............................................................................................................................................................................................101
O processo de comunicação e as funções da linguagem......................................................................................................................103
LÍNGUA PORTUGUESA
Graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Adamantina. Especialista pela Universidade Estadual Paulista
– Unesp
LETRA E FONEMA
A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimento”). Significa
literalmente “estudo dos sons” ou “estudo dos sons da voz”. Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da lín-
gua quanto à sua função no sistema de comunicação linguística, quanto à sua organização e classificação. Cuida, também,
de aspectos relacionados à divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da forma correta de pronunciar certas
palavras. Lembrando que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar estes sons no ato da fala. Particularidades na
pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética.
Na língua falada, as palavras se constituem de fonemas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por meio de
símbolos gráficos, chamados de letras ou grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de esta-
belecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção
entre os pares de palavras:
amor – ator / morro – corro / vento - cento
Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que
você - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este forma
os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.
Fonema e Letra
- O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por
exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê).
- Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que
pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio.
- Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar:
- o fonema /sê/: texto
- o fonema /zê/: exibir
- o fonema /che/: enxame
- o grupo de sons /ks/: táxi
- As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta. Nestas
palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o
“n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.
1) Vogais
As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua,
desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma única vogal.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, É a sequência formada por uma semivogal, uma vo-
bola. gal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba.
Pode ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tri-
- Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, tongo nasal.
bola.
3) Hiato
Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
- Abertas: pé, lata, pó É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que
- Fechadas: mês, luta, amor pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais
- Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das pa- de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia
lavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“genti”). (po-e-si-a).
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vo-
Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma gal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal.
só emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas Existem basicamente dois tipos:
são chamados de semivogais. A diferença fundamental en- 1-) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r”
tre vogais e semivogais está no fato de que estas não de- e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no,
sempenham o papel de núcleo silábico. a-tle-ta, cri-se.
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: 2-) os que resultam do contato de duas consoantes
pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta.
é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão Há ainda grupos consonantais que surgem no início
forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo,
história, série. psi-có-lo-go.
3) Consoantes Dígrafos
Para a produção das consoantes, a corrente de ar expi- De maneira geral, cada fonema é representado, na es-
rada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela ca- crita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e
vidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verda- quatro letras.
deiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos.
Seu nome provém justamente desse fato, pois, em portu- Há, no entanto, fonemas que são representados, na es-
guês, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: crita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco
/b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. letras.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Dígrafos Consonantais
Dígrafos Vocálicos
* Observação: “gu” e “qu” são dígrafos somente quando seguidos de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/:
guitarra, aquilo. Nestes casos, a letra “u” não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” repre-
senta um fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, linguiça, aquífero...). Aqui, “gu” e “qu” não são dígrafos. Também não há
dígrafos quando são seguidos de “a” ou “o” (quase, averiguo) .
** Dica: Conseguimos ouvir o som da letra “u” também, por isso não há dígrafo! Veja outros exemplos: Água = /agua/ nós
pronunciamos a letra “u”, ou então teríamos /aga/. Temos, em “água”, 4 letras e 4 fonemas. Já em guitarra = /gitara/ - não
pronunciamos o “u”, então temos dígrafo [aliás, dois dígrafos: “gu” e “rr”]. Portanto: 8 letras e 6 fonemas).
Dífonos
Assim como existem duas letras que representam um só fonema (os dígrafos), existem letras que representam dois
fonemas. Sim! É o caso de “fixo”, por exemplo, em que o “x” representa o fonema /ks/; táxi e crucifixo também são exemplos
de dífonos. Quando uma letra representa dois fonemas temos um caso de dífono.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Questões
ESTRUTURA DAS PALAVRAS
1-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI-
BRAS – FAFIPA/2014) Em todas as palavras a seguir há um
dígrafo, EXCETO em
(A) prazo. As palavras podem ser analisadas sob o ponto de vista
(B) cantor. de sua estrutura significativa. Para isso, nós as dividimos
(C) trabalho. em seus menores elementos (partes) possuidores de sen-
(D) professor. tido. A palavra inexplicável, por exemplo, é constituída por
três elementos significativos:
1-)
(A) prazo – “pr” é encontro consonantal In = elemento indicador de negação
(B) cantor – “an” é dígrafo Explic – elemento que contém o significado básico da
(C) trabalho – “tr” encontro consonantal / “lh” é dígrafo palavra
(D) professor – “pr” encontro consonantal q “ss” é dí- Ável = elemento indicador de possibilidade
grafo
RESPOSTA: “A”. Estes elementos formadores da palavra recebem o
nome de morfemas. Através da união das informações
2-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI- contidas nos três morfemas de inexplicável, pode-se en-
BRAS – FAFIPA/2014) Assinale a alternativa em que os itens tender o significado pleno dessa palavra: “aquilo que não
destacados possuem o mesmo fonema consonantal em to- tem possibilidade de ser explicado, que não é possível tornar
das as palavras da sequência. claro”.
(A) Externo – precisa – som – usuário.
MORFEMAS = são as menores unidades significativas
(B) Gente – segurança – adjunto – Japão.
que, reunidas, formam as palavras, dando-lhes sentido.
(C) Chefe – caixas – deixo – exatamente.
(D) Cozinha – pesada – lesão – exemplo.
Classificação dos morfemas:
2-) Coloquei entre barras ( / / ) o fonema representado
Radical, lexema ou semantema – é o elemento por-
pela letra destacada:
tador de significado. É através do radical que podemos for-
(A) Externo /s/ – precisa /s/ – som /s/ – usuário /z/
mar outras palavras comuns a um grupo de palavras da
(B) Gente /j/ – segurança /g/ – adjunto /j/ – Japão /j/ mesma família. Exemplo: pequeno, pequenininho, pequenez.
(C) Chefe /x/ – caixas /x/ – deixo /x/ – exatamente O conjunto de palavras que se agrupam em torno de um
/z/ mesmo radical denomina-se família de palavras.
(D) cozinha /z/ – pesada /z/ – lesão /z/– exemplo /z/
RESPOSTA: “D”. Afixos – elementos que se juntam ao radical antes (os
prefixos) ou depois (sufixos) dele. Exemplo: beleza (sufi-
3-) (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/PI – CURSO DE xo), prever (prefixo), infiel.
FORMAÇÃO DE SOLDADOS – UESPI/2014) “Seja Sangue
Bom!” Na sílaba final da palavra “sangue”, encontramos Desinências - Quando se conjuga o verbo amar, ob-
duas letras representando um único fonema. Esse fenôme- têm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos,
no também está presente em: amáveis, amavam. Estas modificações ocorrem à medida
A) cartola. que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e
B) problema. plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também
C) guaraná. ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo
D) água. (amava, amara, amasse, por exemplo). Assim, podemos
E) nascimento. concluir que existem morfemas que indicam as flexões das
palavras. Estes morfemas sempre surgem no fim das pala-
3-) Duas letras representando um único fonema = dí- vras variáveis e recebem o nome de desinências. Há desi-
grafo nências nominais e desinências verbais.
A) cartola = não há dígrafo
B) problema = não há dígrafo • Desinências nominais: indicam o gênero e o número
C) guaraná = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) dos nomes. Para a indicação de gênero, o português cos-
D) água = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) tuma opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/
E) nascimento = dígrafo: sc menina. Para a indicação de número, costuma-se utilizar
RESPOSTA: “E”. o morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência
de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/
garotas; menino/meninos; menina/meninas. No caso dos
nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assu-
me a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.
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LÍNGUA PORTUGUESA
• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências Palavras primitivas: aquelas que, na língua portugue-
verbais pertencem a dois tipos distintos. Há desinências sa, não provêm de outra palavra: pedra, flor.
que indicam o modo e o tempo (desinências modo-tem-
porais) e outras que indicam o número e a pessoa dos ver- Palavras derivadas: aquelas que, na língua portugue-
bos (desinência número-pessoais): sa, provêm de outra palavra: pedreiro, floricultura.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Abreviação – é a redução de palavras até o limite per- 2-) en + triste + ido (com consoante de ligação “c”) =
mitido pela compreensão: moto (motocicleta), pneu (pneu- ao radical “triste” foram acrescidos o prefixo “en” e o sufixo
mático), metrô (metropolitano), foto (fotografia). “ido”, ou seja, “entristecido” é palavra derivada do processo
de formação de palavras chamado de: prefixação e sufixa-
* Observação: ção. Para o exercício, basta “derivada”!
- Abreviatura: é a redução na grafia de certas palavras,
limitando-as quase sempre à letra inicial ou às letras ini- RESPOSTA: “C”.
ciais: p. ou pág. (para página), sr. (para senhor).
- Sigla: é um caso especial de abreviatura, na qual se
reduzem locuções substantivas próprias às suas letras ini-
ciais (são as siglas puras) ou sílabas iniciais (siglas impuras),
que se grafam de duas formas: IBGE, MEC (siglas puras);
DETRAN ou Detran, PETROBRAS ou Petrobras (siglas impu-
ras).
- Hibridismo: é a palavra formada com elementos
oriundos de línguas diferentes.
automóvel (auto: grego; móvel: latim)
sociologia (socio: latim; logia: grego)
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)
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LÍNGUA PORTUGUESA
de lago lacustre
CLASSES DE PALAVRAS E SUAS FLEXÕES
de leão leonino
de lebre leporino
de lua lunar ou selênico
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e se relaciona com o substantivo, con- de madeira lígneo
cordando com este em gênero e número. de mestre magistral
de ouro áureo
As praias brasileiras estão poluídas.
de paixão passional
Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos de pâncreas pancreático
(plural e feminino, pois concordam com “praias”).
de porco suíno ou porcino
Locução adjetiva dos quadris ciático
de rio fluvial
Locução = reunião de palavras. Sempre que são ne-
cessárias duas ou mais palavras para falar sobre a mesma de sonho onírico
coisa, tem-se uma locução. Às vezes, uma preposição + de velho senil
substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locu- de vento eólico
ção Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Por
exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio de vidro vítreo ou hialino
(paixão desenfreada). de virilha inguinal
de visão óptico ou ótico
Observe outros exemplos:
* Observação: nem toda locução adjetiva possui um
de águia aquilino adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Por
de aluno discente exemplo: Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos caiu.
de anjo angelical Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):
de ano anual
de aranha aracnídeo O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função
dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando
de boi bovino como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito
de cabelo capilar ou do objeto).
de cabra caprino
Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
de campo campestre ou rural
de chuva pluvial Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
Observe alguns deles:
de criança pueril
de dedo digital Estados e cidades brasileiras:
de estômago estomacal ou gástrico
de falcão falconídeo Alagoas alagoano
de farinha farináceo Amapá amapaense
de fera ferino Aracaju aracajuano ou aracajuense
de ferro férreo Amazonas amazonense ou baré
de fogo ígneo Belo Horizonte belo-horizontino
de garganta gutural Brasília brasiliense
de gelo glacial Cabo Frio cabo-friense
de guerra bélico Campinas campineiro ou campinense
de homem viril ou humano
de ilha insular
de inverno hibernal ou invernal
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LÍNGUA PORTUGUESA
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos subs-
tantivos, classificam-se em:
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento: o moço norte-americano, a
moça norte-americana.
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino: conflito político-social e desavença político-social.
Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substan-
tivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas.
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que
estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra
cinza é, originalmente, um substantivo; porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, en-
tão, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob - de inferioridade: menos + advérbio + que (do que):
duas formas: uma erudita - de origem latina - outra po- Renato fala menos alto do que João.
pular - de origem vernácula. A forma erudita é constituída - de superioridade:
pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, 1-) Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato
-imo ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma fala mais alto do que João.
popular é constituída do radical do adjetivo português + o 2-) Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato fala
sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. melhor que João.
3-) Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo
com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os termi- Grau Superlativo
nados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, cheio
– cheíssimo. O superlativo pode ser analítico ou sintético:
- Analítico: acompanhado de outro advérbio: Renato
Fontes de pesquisa: fala muito alto.
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf32. muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio de
php modo
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: - Sintético: formado com sufixos: Renato fala altíssimo.
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- * Observação: as formas diminutivas (cedinho, perti-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. nho, etc.) são comuns na língua popular.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- Maria mora pertinho daqui. (muito perto)
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. A criança levantou cedinho. (muito cedo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Há palavras como muito, bastante, que podem apare- - Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais
cer como advérbio e como pronome indefinido. mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio:
Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro Essa matéria é mais bem interessante que aquela.
advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito. Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso!
Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e - O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é advér-
sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros. bio: Cheguei primeiro.
* Dica: Como saber se a palavra bastante é advérbio - Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução
(não varia, não se flexiona) ou pronome indefinido (varia, adverbial desempenham na oração a função de adjunto
sofre flexão)? Se der, na frase, para substituir o “bastante” adverbial, classificando-se de acordo com as circunstân-
por “muito”, estamos diante de um advérbio; se der para cias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advérbio.
substituir por “muitos” (ou muitas), é um pronome. Veja: Exemplo:
Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto ad-
1-) Estudei bastante para o concurso. (estudei muito, verbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”)
pois “muitos” não dá!). = advérbio Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensi-
dade e de tempo, respectivamente.
2-) Estudei bastantes capítulos para o concurso. (estudei
muitos capítulos) = pronome indefinido Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf75.
Advérbios Interrogativos php
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como? ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes Saraiva, 2010.
às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja: Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Interrogação Direta Interrogação Indireta SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.
Onde mora? Indaguei onde morava. Artigo
Por que choras? Não sei por que choras.
O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo-
Aonde vai? Perguntei aonde ia. se como o termo variável que serve para individualizar ou
Donde vens? Pergunto donde vens. generalizar o substantivo, indicando, também, o gênero
Quando voltas? Pergunto quando voltas. (masculino/feminino) e o número (singular/plural).
Os artigos se subdividem em definidos (“o” e as va-
riações “a”[as] e [os]) e indefinidos (“um” e as variações
“uma”[s] e “uns”).
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LÍNGUA PORTUGUESA
Artigos definidos – São aqueles usados para indicar Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a pre-
seres determinados, expressos de forma individual: sença do artigo será obrigatória: O professor visitará a bela
O concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam Roma.
muito.
- antes de pronomes de tratamento:
Artigos indefinidos – São aqueles usados para indicar Vossa Senhoria sairá agora?
seres de modo vago, impreciso: Exceção: O senhor vai à festa?
Uma candidata foi aprovada! Umas candidatas foram
aprovadas! - após o pronome relativo “cujo” e suas variações:
Esse é o concurso cujas provas foram anuladas?
Circunstâncias em que os artigos se manifestam: Este é o candidato cuja nota foi a mais alta.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
O preço fica mais caro à medida que os produtos escas- Fontes de pesquisa:
seiam. http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84.
php
* Observação: são incorretas as locuções proporcio- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
nais à medida em que, na medida que e na medida em que. coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração Saraiva, 2010.
principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
que, agora que, mal (= assim que), etc. Interjeição
A briga começou assim que saímos da festa.
Interjeição é a palavra invariável que exprime emo-
h) Comparativas: introduzem uma oração que expres- ções, sensações, estados de espírito. É um recurso da lin-
sa ideia de comparação com referência à oração principal. guagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de
São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim
a manifestação de um suspiro, um estado da alma decor-
tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual,
rente de uma situação particular, um momento ou um con-
que nem, que (combinado com menos ou mais), etc.
texto específico. Exemplos:
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
Ah, como eu queria voltar a ser criança!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo hum: expressão de um pensamento súbito = interjei-
que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que ção
(tendo como antecedente na oração principal uma palavra
como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. O significado das interjeições está vinculado à maneira
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do como elas são proferidas. O tom da fala é que dita o senti-
exame. do que a expressão vai adquirir em cada contexto em que
for utilizada. Exemplos:
Atenção: Muitas conjunções não têm classificação úni- Psiu!
ca, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acor- contexto: alguém pronunciando esta expressão na rua
do com o sentido que apresentam no contexto (grifo ; significado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando!
da Zê!). Ei, espere!”
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação - Para designar papas, reis, imperadores, séculos e par-
dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi au- tes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até
mentada: dobro, triplo, quíntuplo, etc. décimo e, a partir daí, os cardinais, desde que o numeral
venha depois do substantivo;
Flexão dos numerais
Ordinais Cardinais
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/
uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/du- João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
zentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatro- D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
centas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam
em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
são invariáveis. Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
- Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido
primeiro segundo milésimo como ordinal: XXX Feira do Bordado. (trigésima)
primeira segunda milésima
** Dica: Ordinal lembra ordem. Memorize assim, por
primeiros segundos milésimos associação. Ficará mais fácil!
primeiras segundas milésimas - Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o
ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
e conseguiram o triplo de produção. Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses tri- - Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se
plas do medicamento. refere a dois seres. Significam “um e outro”, “os dois” (ou
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e “uma e outra”, “as duas”) e são largamente empregados
número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/ para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
duas terças partes. Sua utilização exige a presença do artigo posposto: Ambos
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma os concursos realizarão suas provas no mesmo dia. O arti-
dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros. go só é dispensado caso haja um pronome demonstrativo:
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau Ambos esses ministros falarão à imprensa.
nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de
sentido. É o que ocorre em frases como: Função sintática do Numeral
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade! O numeral tem mais de uma função sintática:
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= - se na oração analisada seu papel é de adjetivo, o
segunda divisão de futebol) numeral assumirá a função de adjunto adnominal; se fizer
papel de substantivo, pode ter a função de sujeito, objeto
Emprego e Leitura dos Numerais direto ou indireto.
- Os numerais são escritos em conjunto de três alga- Visitamos cinco casas, mas só gostamos de duas.
rismos, contados da direita para a esquerda, em forma de Objeto direto = cinco casas
centenas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma Núcleo do objeto direto = casas
separação através de ponto ou espaço correspondente a Adjunto adnominal = cinco
um ponto: 8.234.456 ou 8 234 456. Objeto indireto = de duas
- Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar
Núcleo do objeto indireto = duas
exagero intencional, constituindo a figura de linguagem
conhecida como hipérbole: Já li esse texto mil vezes.
- No português contemporâneo, não se usa a conjun-
ção “e” após “mil”, seguido de centena:
Nasci em mil novecentos e noventa e dois.
Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.
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Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos- Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sen-
sa escola neste ano. tença, exerce a função de complemento verbal (objeto
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância direto ou indireto): Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
adequada]
[neste: pronome que determina “ano” = concordância * Observação: o pronome oblíquo é uma forma va-
adequada] riante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação in-
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor- dica a função diversa que eles desempenham na oração:
dância inadequada] pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo
marca o complemento da oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
tônicos.
Pronomes Pessoais Pronome Oblíquo Átono
São aqueles que substituem os substantivos, indicando São chamados átonos os pronomes oblíquos que não
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica
assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os pronomes fraca: Ele me deu um presente.
“tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se di- Tabela dos pronomes oblíquos átonos
rige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à - 1.ª pessoa do singular (eu): me
pessoa ou às pessoas de quem se fala. - 2.ª pessoa do singular (tu): te
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun- - 3.ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto - 1.ª pessoa do plural (nós): nos
ou do caso oblíquo. - 2.ª pessoa do plural (vós): vos
- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
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- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. - Os pronomes de tratamento representam uma for-
Eles se conheceram. ma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao
Elas deram a si um dia de folga. tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo,
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado
* O pronome é reflexivo quando se refere à mesma supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
pessoa do pronome subjetivo (sujeito): Eu me arrumei e saí.
** É pronome recíproco quando indica reciprocidade - 3.ª pessoa: embora os pronomes de tratamento diri-
de ação: jam-se à 2.ª pessoa, toda a concordância deve ser feita
Nós nos amamos. com a 3.ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessi-
Olhamo-nos calados. vos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles
devem ficar na 3.ª pessoa.
Pronomes de Tratamento Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas pro-
messas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
São pronomes utilizados no tratamento formal, ceri-
- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou
monioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (portan-
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo
to, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pes-
do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente.
soa. Alguns exemplos:
Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de
Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques
“você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto
Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais
exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e religio-
sos em geral
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente superior
teus cabelos. (errado)
à de coronel, senadores, deputados, embaixadores, profes-
sores de curso superior, ministros de Estado e de Tribunais, Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos
governadores, secretários de Estado, presidente da Repú- seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do singular
blica (sempre por extenso) ou
Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de universi-
dades Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular
Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, oficiais
até a patente de coronel, chefes de seção e funcionários de Pronomes Possessivos
igual categoria São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
Vossa Meritíssima (sempre por extenso) = para juízes (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo
de direito (coisa possuída).
Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do
cerimonioso singular)
Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus
NÚMERO PESSOA PRONOME
Também são pronomes de tratamento o senhor, a se-
nhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empre- singular primeira meu(s), minha(s)
gados no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tra- singular segunda teu(s), tua(s)
tamento familiar. Você e vocês são largamente empregados
singular terceira seu(s), sua(s)
no português do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é
de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma plural primeira nosso(s), nossa(s)
vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou plural segunda vosso(s), vossa(s)
literária.
plural terceira seu(s), sua(s)
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São utilizados para explicitar a posição de certa palavra - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ser invariáveis, observe:
de espaço, de tempo ou em relação ao discurso. Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
la(s).
*Em relação ao espaço: Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da
* Também aparecem como pronomes demonstrativos:
pessoa que fala:
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
Este material é meu.
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
- Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te
pessoa com quem se fala: indiquei.)
Esse material em sua carteira é seu?
- mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s): variam em
- Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está dis- gênero quando têm caráter reforçativo:
tante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
se fala: Eu mesma refiz os exercícios.
Aquele material não é nosso. Elas mesmas fizeram isso.
Vejam aquele prédio! Eles próprios cozinharam.
Os próprios alunos resolveram o problema.
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- semelhante(s): Não tenha semelhante atitude. Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va-
riáveis e invariáveis. Observe:
- tal, tais: Tal absurdo eu não comenteria.
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,
* Note que: tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca,
- Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer*, alguns, ne-
eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. (ou en- nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos,
tão: este solteiro, aquele casado) - este se refere à pessoa algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas,
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em outras, quantas.
primeiro lugar.
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação algo, cada.
irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
*
Qualquer é composto de qual + quer (do verbo que-
- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em rer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra cujo plu-
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, ral é feito em seu interior).
disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no
= naquilo) - Todo e toda no singular e junto de artigo significa
inteiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as:
Pronomes Indefinidos Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira)
Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades)
São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discurso, Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro)
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quan- Trabalho todo dia. (= todos os dias)
tidade indeterminada.
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém São locuções pronominais indefinidas: cada qual,
-plantadas. cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que),
seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (=
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa
certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
Cada um escolheu o vinho desejado.
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu-
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des-
Indefinidos Sistemáticos
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em:
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu-
percebemos que existem alguns grupos que criam oposi-
gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin- ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm
guém, outrem, quem, tudo. sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm
sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade
Algo o incomoda? afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade
Quem avisa amigo é. negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e
algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza,
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser e qualquer, que generaliza.
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade Essas oposições de sentido são muito importantes na
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
Cada povo tem seus costumes. tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
Certas pessoas exercem várias profissões. pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
de que fazem parte:
* Note que: Ora são pronomes indefinidos substanti- Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
vos, ora pronomes indefinidos adjetivos: prático.
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, pessoas quaisquer.
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), *Nenhum é contração de nem um, forma mais enfática,
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias. que se refere à unidade. Repare:
Nenhum candidato foi aprovado.
Menos palavras e mais ações. Nem um candidato foi aprovado. (um, nesse caso, é nu-
Alguns se contentam pouco. meral)
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Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, ou- júri jurados
tra abelha, mais outra abelha. legião soldados, anjos, demônios
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. leva presos, recrutas
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
malta malfeitores ou desordeiros
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne- manada búfalos, bois, elefantes,
cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, matilha cães de raça
mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duas
palavras no plural. No terceiro, empregou-se um substan- molho chaves, verduras
tivo no singular (enxame) para designar um conjunto de multidão pessoas em geral
seres da mesma espécie (abelhas).
insetos (gafanhotos,
nuvem
mosquitos, etc.)
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
penca bananas, chaves
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, pinacoteca pinturas, quadros
mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres
quadrilha ladrões, bandidos
da mesma espécie.
ramalhete flores
Substantivo coletivo Conjunto de: rebanho ovelhas
assembleia pessoas reunidas repertório peças teatrais, obras musicais
alcateia lobos réstia alhos ou cebolas
acervo livros romanceiro poesias narrativas
antologia trechos literários selecionados revoada pássaros
arquipélago ilhas sínodo párocos
banda músicos talha lenha
bando desordeiros ou malfeitores tropa muares, soldados
banca examinadores turma estudantes, trabalhadores
batalhão soldados vara porcos
cardume peixes
caravana viajantes peregrinos
cacho frutas
cancioneiro canções, poesias líricas
colmeia abelhas
concílio bispos
congresso parlamentares, cientistas
elenco atores de uma peça ou filme
esquadra navios de guerra
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Substantivos Biformes (= duas formas): apresentam - Substantivos que formam o feminino de maneira es-
uma forma para cada gênero: gato – gata, homem – mulher, pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
poeta – poetisa, prefeito - prefeita czar – czarina, réu - ré
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LÍNGUA PORTUGUESA
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a
cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido,
Epicenos: a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
- São geralmente masculinos os substantivos de ori-
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
para indicar o masculino e o feminino. telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma
eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-
para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha-
ma, o hematoma.
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver
a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras
macho e fêmea. * Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
A cobra macho picou o marinheiro.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. Gênero dos Nomes de Cidades: Com raras exceções,
nomes de cidades são femininos.
Sobrecomuns: A histórica Ouro Preto.
Entregue as crianças à natureza. A dinâmica São Paulo.
A acolhedora Porto Alegre.
A palavra crianças se refere tanto a seres do sexo mas- Uma Londres imensa e triste.
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: Gênero e Significação
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria. Muitos substantivos têm uma significação no masculi-
no e outra no feminino. Observe:
Outros substantivos sobrecomuns: o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à
criatura.
frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão), a
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
Marcela faleceu baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibi-
ção de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do cor-
Comuns de Dois Gêneros: po), o cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma (ato
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. de cismar, desconfiança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza
(resíduos de combustão), o capital (dinheiro), a capital (ci-
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? dade), o coma (perda dos sentidos), a coma (cabeleira), o
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), a coral (cobra
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na administração
A distinção de gênero pode ser feita através da análise da crisma e de outros sacramentos), a crisma (sacramento
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti- da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de curar), o
vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície de vege-
- uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran- tação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (documento,
cês - repórter francesa pena grande das asas das aves), o grama (unidade de peso),
a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa (re-
- A palavra personagem é usada indistintamente nos cipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
dois gêneros. (vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade,
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens
nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva
os personagens dos contos de carochinha.
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femini- a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala
no: O problema está nas mulheres de mais idade, que não (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa-
aceitam a personagem. ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (emissora), o voga
(remador), a voga (moda).
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
fotográfico Ana Belmonte. Flexão de Número do Substantivo
Observe o gênero dos substantivos seguintes: Em português, há dois números gramaticais: o singular,
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica
maracajá, o clã, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o do plural é o “s” final.
proclama, o pernoite, o púbis.
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- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de - Permanecem invariáveis, quando formados de:
duas maneiras: verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
1- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa-
acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses ca-rolhas
2- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva-
riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. * Casos Especiais
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* Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci cansado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figurado. Qual-
quer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal, ou seja, terá conjugação
completa.
Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
- os verbos estar e ficar em orações como “Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal”, sem referência a
sujeito expresso anteriormente (por exemplo: “ele está mal”). Podemos, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético,
tornando-se, tais verbos, pessoais.
- o verbo dar + para da língua popular, equivalente de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uma apostila?
- Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural. São
unipessoais os verbos constar, convir, ser (= preciso, necessário) e todos os que indicam vozes de animais (cacarejar, cricrilar,
miar, latir, piar).
* Observação: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
O que é que aquela garota está cacarejando?
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei à Europa)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a vejo. (Sujeito: que não a vejo)
- Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que, além
das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
O particípio regular (terminado em “–do”) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular é em-
pregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe:
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LÍNGUA PORTUGUESA
* Importante:
- estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/dito, escrever/
escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.
- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: ser (sou, sois, fui) e
ir (fui, ia, vades).
- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal
(aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das
formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
* Observação: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (pronominais essenciais). Veja:
1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já
está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mes-
ma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante
do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia refle-
xiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem
2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre-
sentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em
geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: A garota se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: A garota
penteou-me.
* Observações:
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.
- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente prono-
minais - são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do
sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo:
Eu me feri. = Eu (sujeito) – 1.ª pessoa do singular; me (objeto direto) – 1.ª pessoa do singular
Modos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadeiro. Existem
três modos:
Formas Nominais
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe:
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LÍNGUA PORTUGUESA
1-) Infinitivo
1.1-) Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substan-
tivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
É preciso ler este livro.
Era preciso ter lido este livro.
1.2-) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do singular, não
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
2.ª pessoa do singular: Radical + ES = teres (tu)
1.ª pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nós)
2.ª pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vós)
3.ª pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles)
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
2-) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo:
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)
Água fervendo, pele ardendo. (função de adjetivo)
Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:
Trabalhando (1), aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado (2), aprendeu o valor do dinheiro.
* Quando o gerúndio é vício de linguagem (gerundismo), ou seja, uso exagerado e inadequado do gerúndio:
1- Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando futebol.
2 – Sim, senhora! Vou estar verificando!
Em 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequada, pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no momento da
outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que a locução verbal “vou estar verificando” refere-se a um futuro em andamento,
exigindo, no caso, a construção “verificarei” ou “vou verificar”.
3-) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica, geralmente, o resul-
tado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames, os candidatos
saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de
adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida pela turma.
(Ziraldo)
Tempos Verbais
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Observação: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou de-
sejo. Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.
Observação: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se
ele vier à loja, levará as encomendas.
** Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.
descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu)
Modo Indicativo
Presente do Indicativo
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M
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LÍNGUA PORTUGUESA
Pretérito mais-que-perfeito
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1.ª/2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
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LÍNGUA PORTUGUESA
Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).
1.ª conjug. 2.ª conjug. 3.ª conju. Desinên. pessoal Des. temporal Des.temporal
1.ª conj. 2.ª/3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de nú-
mero e pessoa correspondente.
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M
Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM partiREM R EM
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Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:
Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.
Infinitivo Pessoal
* Observações:
- o verbo parecer admite duas construções:
Elas parecem gostar de você. (forma uma locução verbal)
Elas parece gostarem de você. (verbo com sujeito oracional, correspondendo à construção: parece gostarem de você).
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
* Observação: não confundir o emprego reflexivo do Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
verbo com a noção de reciprocidade: tancialmente o sentido da frase.
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Nós nos amamos. (um ama o outro) O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa objeto Direto
Formação da Voz Passiva
A apostila foi comprada pelo concurseiro.
A voz passiva pode ser formada por dois processos: (Voz Passiva)
analítico e sintético. Sujeito da Passiva Agente da Passi-
va
1- Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte ma-
neira: Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva; o
sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo ativo
Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo: assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos: os Observe:
alunos pintarão a escola) - Os mestres têm constantemente aconselhado os alu-
O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho) nos.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
* Observação: o agente da passiva geralmente é acom- mestres.
panhado da preposição por, mas pode ocorrer a constru-
ção com a preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada - Eu o acompanharei.
de soldados. Ele será acompanhado por mim.
- Pode acontecer de o agente da passiva não estar ex- * Observação: quando o sujeito da voz ativa for inde-
plícito na frase: A exposição será aberta amanhã. terminado, não haverá complemento agente na passiva.
Por exemplo: Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar
(SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma-
** Saiba que:
ção das frases seguintes:
- com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir,
acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, passiva ou reflexiva,
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo)
porque o sujeito não pode ser visto como agente, paciente
O trabalho foi feito por ele. (verbo ser no pretérito per-
ou agente-paciente.
feito do Indicativo, assim como o verbo principal da voz
ativa)
Fontes de pesquisa:
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.
O trabalho é feito por ele. (ser no presente do indica- php
tivo) SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) Questões
2- Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética - ou 1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁ-
pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª pessoa, segui- RIO – FGV/2014 - adaptada) A frase “que foi trazida pelo
do do pronome apassivador “se”. Por exemplo: instituto Endeavor” equivale, na voz ativa, a:
Abriram-se as inscrições para o concurso. (A) que o instituto Endeavor traz;
Destruiu-se o velho prédio da escola. (B) que o instituto Endeavor trouxe;
(C) trazida pelo instituto Endeavor;
* Observação: o agente não costuma vir expresso na (D) que é trazida pelo instituto Endeavor;
voz passiva sintética. (E) que traz o instituto Endeavor.
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LÍNGUA PORTUGUESA
1-) Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa tere- Regras ortográficas
mos um: “que o instituto Endeavor trouxe” (manter o tem-
po verbal no pretérito – assim como na passiva). O fonema s
RESPOSTA: “B”.
S e não C/Ç
2-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 - palavras substantivadas derivadas de verbos com radi-
adaptada) Ao passarmos a frase “...e É CONSIDERADO por cais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - pretensão /
muitos o maior maratonista de todos os tempos” para a expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inver-
voz ativa, encontramos a seguinte forma verbal: são / aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir
A) consideravam. - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório /
B) consideram. repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso /
C) considerem. sentir - sensível / consentir – consensual.
D) considerarão.
E) considerariam.
SS e não C e Ç
2-) É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista
nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem
de todos os tempos = dois verbos na voz passiva, então na
em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou
ativa teremos UM: muitos o consideram o maior marato-
nista de todos os tempos. -meter: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir
RESPOSTA: “B”. - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir -
percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / com-
prometer - compromisso / submeter – submissão.
3-) (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2014) *quando o prefixo termina com vogal que se junta com
Transpondo-se para a voz passiva a frase “vou glosar a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé-
uma observação de Machado de Assis”, a forma verbal re- trico / re + surgir – ressurgir.
sultante deverá ser *no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem-
(A) terei glosado plos: ficasse, falasse.
(B) seria glosada
(C) haverá de ser glosada C ou Ç e não S e SS
(D) será glosada
(E) terá sido glosada vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.
vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Ju-
3-) “vou glosar uma observação de Machado de Assis” çara, caçula, cachaça, cacique.
– “vou glosar” expressa “glosarei”, então teremos na pas- sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
siva: uma observação de Machado de Assis será glosada uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço,
por mim. esperança, carapuça, dentuço.
RESPOSTA: “D”. nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / de-
ter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.
após ditongos: foice, coice, traição.
palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r):
ORTOGRAFIA marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção.
O fonema z
A ortografia é a parte da Fonologia que trata da correta
S e não Z
grafia das palavras. É ela quem ordena qual som devem
ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua são
grafados segundo acordos ortográficos. sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês,
A maneira mais simples, prática e objetiva de apren- freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa.
der ortografia é realizar muitos exercícios, ver as palavras, sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamor-
familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras é fose.
necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções e, formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, qui-
em alguns casos, há necessidade de conhecimento de eti- seste.
mologia (origem da palavra). nomes derivados de verbos com radicais terminados
em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender -
empresa / difundir – difusão.
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LÍNGUA PORTUGUESA
G e não J * Dica:
- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à orto-
palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, ges- grafia de uma palavra, há a possibilidade de consultar o
so. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), ela-
estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim. borado pela Academia Brasileira de Letras. É uma obra de
terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com pou- referência até mesmo para a criação de dicionários, pois
cas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge. traz a grafia atualizada das palavras (sem o significado). Na
Internet, o endereço é www.academia.org.br.
Exceção: pajem.
Informações importantes
terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, - Formas variantes são formas duplas ou múltiplas,
litígio, relógio, refúgio. equivalentes: aluguel/aluguer, relampejar/relampear/re-
verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, lampar/relampadar.
mugir. - Os símbolos das unidades de medida são escritos
depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur- sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar plu-
gir. ral, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, 20km,
depois da letra “a”, desde que não seja radical termina- 120km/h.
do com j: ágil, agente. Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.
- Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve
J e não G haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h, 22h30min,
14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três minutos e trinta e
palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. quatro segundos).
palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia, - O símbolo do real antecede o número sem espaço:
manjerona. R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma barra
palavras terminadas com aje: ultraje. vertical ($).
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LÍNGUA PORTUGUESA
1. Em palavras compostas por justaposição que formam 1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo
uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou
para formarem um novo significado: tio-avô, porto-ale- “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antir-
grense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda- -fei- religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia,
ra, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro, microrradiografia, etc.
azul-escuro.
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre-
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com
zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora- vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoes-
-menina, erva-doce, feijão-verde. trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes-
cola, infraestrutura, etc.
3. Nos compostos com elementos além, aquém, re-
cém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém- 3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
-casado. “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” inicial: de-
sumano, inábil, desabilitar, etc.
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo 4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o
uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de- segundo elemento começar com “o”: cooperação, coobriga-
meia, água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará. ção, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc.
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio- 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção
Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis-
históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, ta, etc.
etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei-
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su- to, benquerer, benquerido, etc.
per- quando associados com outro termo que é iniciado
por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc. - Os prefixos pós, pré e pró, em suas formas corres-
pondentes átonas, aglutinam-se com o elemento seguinte,
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, não havendo hífen: pospor, predeterminar, predeterminado,
ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito. pressuposto, propor.
- Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccio-
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: so, auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre-
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc. -humano, super-realista, alto-mar.
- Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma,
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- antisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante,
ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus,
autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi.
10. Nas formações em que o prefixo tem como se-
gundo termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, Fontes de pesquisa:
geo--história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar, http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-
super-homem. tografia
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
termina com a mesma vogal do segundo elemento: micro
-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.
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Proparoxítonas - São aquelas cuja sílaba tônica está ** Alerta da Zê! Cuidado: Se os ditongos abertos esti-
na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tímpano verem em uma palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu)
– médico – ônibus ainda são acentuados: dói, escarcéu.
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2- Separa partes de frases que já estão separadas por 4- Indica que o sentido vai além do que foi dito: Deixa,
vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, mon- depois, o coração falar...
tanhas, frio e cobertor.
Vírgula (,)
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo-
tivos, decreto de lei, etc. Não se usa vírgula
Ir ao supermercado;
Pegar as crianças na escola; * separando termos que, do ponto de vista sintático,
Caminhada na praia; ligam-se diretamente entre si:
Reunião com amigos. - entre sujeito e predicado:
Todos os alunos da sala foram advertidos.
Sujeito predicado
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4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou *Quando “um dos que” vem entremeada de substanti-
indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, vo, o verbo pode:
quaisquer, vários) seguido por “de nós” ou “de vós”, o verbo a) ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atravessa
pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pes- o Estado de São Paulo. ( já que não há outro rio que faça o
soa do plural) ou com o pronome pessoal. mesmo).
Quais de nós são / somos capazes? b) ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? poluídos (noção de que existem outros rios na mesma con-
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões ino- dição).
vadoras.
8) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
Observação: veja que a opção por uma ou outra forma verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém Vossa Excelência está cansado?
diz ou escreve “Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fize- Vossas Excelências renunciarão?
mos”, ele está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não
ocorre ao dizer ou escrever “Alguns de nós sabiam de tudo e 9) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se de
nada fizeram”, frase que soa como uma denúncia. acordo com o numeral.
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver Deu uma hora no relógio da sala.
no singular, o verbo ficará no singular. Deram cinco horas no relógio da sala.
Qual de nós é capaz? Soam dezenove horas no relógio da praça.
Algum de vós fez isso. Baterão doze horas daqui a pouco.
5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que Observação: caso o sujeito da oração seja a palavra re-
indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve lógio, sino, torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito.
concordar com o substantivo. O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.
25% do orçamento do país será destinado à Educação. Soa quinze horas o relógio da matriz.
85% dos entrevistados não aprovam a administração do
prefeito. 10) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum
1% do eleitorado aceita a mudança. sujeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do singular. São
1% dos alunos faltaram à prova. verbos impessoais: Haver no sentido de existir; Fazer indi-
cando tempo; Aqueles que indicam fenômenos da nature-
Quando a expressão que indica porcentagem não é za. Exemplos:
seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o nú- Havia muitas garotas na festa.
mero. Faz dois meses que não vejo meu pai.
25% querem a mudança. Chovia ontem à tarde.
1% conhece o assunto.
b) Sujeito Composto
Se o número percentual estiver determinado por artigo
ou pronome adjetivo, a concordância far-se-á com eles: 1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo,
Os 30% da produção de soja serão exportados. a concordância se faz no plural:
Esses 2% da prova serão questionados. Pai e filho conversavam longamente.
Sujeito
6) O pronome “que” não interfere na concordância; já o
“quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa do singular. Pais e filhos devem conversar com frequência.
Fui eu que paguei a conta. Sujeito
Fomos nós que pintamos o muro.
És tu que me fazes ver o sentido da vida. 2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gra-
Sou eu quem faz a prova. maticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte ma-
Não serão eles quem será aprovado. neira: a primeira pessoa do plural (nós) prevalece sobre a
segunda pessoa (vós) que, por sua vez, prevalece sobre a
7) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve assu- terceira (eles). Veja:
mir a forma plural. Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encan- Primeira Pessoa do Plural (Nós)
taram os poetas.
Este candidato é um dos que mais estudaram! Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
Segunda Pessoa do Plural (Vós)
Se a expressão for de sentido contrário – nenhum dos
que, nem um dos que -, não aceita o verbo no singular: Pais e filhos precisam respeitar-se.
Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga. Terceira Pessoa do Plural (Eles)
Nem uma das que me escreveram mora aqui.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Observação: quando o sujeito é composto, formado 5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por “com”,
por um elemento da segunda pessoa (tu) e um da terceira o verbo fica no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um
(ele), é possível empregar o verbo na terceira pessoa do mesmo grau de importância e a palavra “com” tem sentido
plural (eles): “Tu e teus irmãos tomarão a decisão.” – no muito próximo ao de “e”.
lugar de “tomaríeis”. O pai com o filho montaram o brinquedo.
O governador com o secretariado traçaram os planos
3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, para o próximo semestre.
passa a existir uma nova possibilidade de concordância: em O professor com o aluno questionaram as regras.
vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o
verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do su- Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a
jeito mais próximo. ideia é enfatizar o primeiro elemento.
Faltaram coragem e competência. O pai com o filho montou o brinquedo.
Faltou coragem e competência. O governador com o secretariado traçou os planos para
o próximo semestre.
Compareceram todos os candidatos e o banca.
O professor com o aluno questionou as regras.
Compareceu o banca e todos os candidatos.
Observação: com o verbo no singular, não se pode
4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a concordân-
falar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez
cia é feita no plural. Observe: que as expressões “com o filho” e “com o secretariado” são
Abraçaram-se vencedor e vencido. adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como se
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. houvesse uma inversão da ordem. Veja:
“O pai montou o brinquedo com o filho.”
Casos Particulares “O governador traçou os planos para o próximo semes-
tre com o secretariado.”
1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos “O professor questionou as regras com o aluno.”
sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica no singular.
Descaso e desprezo marca seu comportamento. *Casos em que se usa o verbo no singular:
A coragem e o destemor fez dele um herói. Café com leite é uma delícia!
O frango com quiabo foi receita da vovó.
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos
dispostos em gradação, verbo no singular: 6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por ex-
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segun- pressões correlativas como: “não só...mas ainda”, “não so-
do me satisfaz. mente”..., “não apenas...mas também”, “tanto...quanto”, o
verbo ficará no plural.
3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o
por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no plural, de acor- Nordeste.
do com o valor semântico das conjunções: Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a no-
Drummond ou Bandeira representam a essência da poe- tícia.
sia brasileira.
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. 7) Quando os elementos de um sujeito composto são
resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de “adi- feita com esse termo resumidor.
Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia.
ção”. Já em:
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante
Juca ou Pedro será contratado.
na vida das pessoas.
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olim-
píada.
Outros Casos
* Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam no 1) O Verbo e a Palavra “SE”
singular. Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há duas
de particular interesse para a concordância verbal:
4) Com as expressões “um ou outro” e “nem um nem a) quando é índice de indeterminação do sujeito;
outro”, a concordância costuma ser feita no singular. b) quando é partícula apassivadora.
Um ou outro compareceu à festa. Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se”
Nem um nem outro saiu do colégio. acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e
de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na ter-
Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural ou no ceira pessoa do singular:
singular: Um e outro farão/fará a prova. Precisa-se de funcionários.
Confia-se em teses absurdas.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Quando pronome apassivador, o “se” acompanha ver- c) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e
bos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indiretos for seguido de palavras ou expressões como pouco, muito,
(VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o menos de, mais de, etc., o verbo SER fica no singular:
verbo deve concordar com o sujeito da oração. Exemplos: Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso.
Construiu-se um posto de saúde. Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido.
Construíram-se novos postos de saúde. Duas semanas de férias é muito para mim.
Aqui não se cometem equívocos
Alugam-se casas. d) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo)
for pronome pessoal do caso reto, com este concordará o
** Dica: Para saber se o “se” é partícula apassivadora verbo.
ou índice de indeterminação do sujeito, tente transformar No meu setor, eu sou a única mulher.
a frase para a voz passiva. Se a frase construída for “com- Aqui os adultos somos nós.
preensível”, estaremos diante de uma partícula apassivado-
ra; se não, o “se” será índice de indeterminação. Veja: Observação: sendo ambos os termos (sujeito e pre-
Precisa-se de funcionários qualificados. dicativo) representados por pronomes pessoais, o verbo
Tentemos a voz passiva: concorda com o pronome sujeito.
Funcionários qualificados são precisados (ou precisos)? Eu não sou ela.
Não há lógica. Portanto, o “se” destacado é índice de inde- Ela não é eu.
terminação do sujeito.
Agora: e) Quando o sujeito for uma expressão de sentido par-
Vendem-se casas. titivo ou coletivo e o predicativo estiver no plural, o verbo
Voz passiva: Casas são vendidas. Construção correta! SER concordará com o predicativo.
Então, aqui, o “se” é partícula apassivadora. (Dá para eu A grande maioria no protesto eram jovens.
passar para a voz passiva. Repare em meu destaque. Per- O resto foram atitudes imaturas.
cebeu semelhança? Agora é só memorizar!).
2) O Verbo “Ser” 3) O Verbo “Parecer”
O verbo parecer, quando é auxiliar em uma locução
A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo e o verbal (é seguido de infinitivo), admite duas concordâncias:
sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordân- a) Ocorre variação do verbo PARECER e não se flexiona
cia pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do o infinitivo: As crianças parecem gostar do desenho.
sujeito.
b) A variação do verbo parecer não ocorre e o infinitivo
Quando o sujeito ou o predicativo for: sofre flexão:
As crianças parece gostarem do desenho.
a)Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo SER (essa frase equivale a: Parece gostarem do desenho as
concorda com a pessoa gramatical: crianças)
Ele é forte, mas não é dois.
Fernando Pessoa era vários poetas. Atenção: Com orações desenvolvidas, o verbo PARE-
A esperança dos pais são eles, os filhos. CER fica no singular. Por Exemplo: As paredes parece que
têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos = oração
b)nome de coisa e um estiver no singular e o outro no subordinada substantiva subjetiva).
plural, o verbo SER concordará, preferencialmente, com o
que estiver no plural: Concordância Nominal
Os livros são minha paixão!
Minha paixão são os livros! A concordância nominal se baseia na relação entre
nomes (substantivo, pronome) e as palavras que a eles se
Quando o verbo SER indicar ligam para caracterizá-los (artigos, adjetivos, pronomes
adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Lembre-se:
a) horas e distâncias, concordará com a expressão normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um
numérica: termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal.
É uma hora. A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as
São quatro horas. seguintes regras gerais:
Daqui até a escola é um quilômetro / são dois quilôme- 1) O adjetivo concorda em gênero e número quando
tros. se refere a um único substantivo: As mãos trêmulas denun-
ciavam o que sentia.
b) datas, concordará com a palavra dia(s), que pode
estar expressa ou subentendida: 2) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos, a
Hoje é dia 26 de agosto. concordância pode variar. Podemos sistematizar essa fle-
Hoje são 26 de agosto. xão nos seguintes casos:
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LÍNGUA PORTUGUESA
a) Adjetivo anteposto aos substantivos: ** Dica: Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”. Se
- O adjetivo concorda em gênero e número com o a frase ficar coerente com o primeiro, trata-se de advérbio,
substantivo mais próximo. portanto, invariável; se houver coerência com o segundo,
Encontramos caídas as roupas e os prendedores. função de adjetivo, então varia:
Encontramos caída a roupa e os prendedores. Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo
Encontramos caído o prendedor e a roupa. Ele está só descansando. (apenas descansando) - ad-
vérbio
- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de pa-
rentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural. ** Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula depois de
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar. “só”, haverá, novamente, um adjetivo:
Encontrei os divertidos primos e primas na festa. Ele está só, descansando. (ele está sozinho e descansan-
do)
b) Adjetivo posposto aos substantivos: 7) Quando um único substantivo é modificado por dois
- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as cons-
ou com todos eles (assumindo a forma masculina plural se truções:
houver substantivo feminino e masculino). a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o
A indústria oferece localização e atendimento perfeito. artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura espanhola
A indústria oferece atendimento e localização perfeita. e a portuguesa.
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos. b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo
antes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e portu-
Observação: os dois últimos exemplos apresentam guesa.
maior clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente se
refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi Casos Particulares
flexionado no plural masculino, que é o gênero predomi-
nante quando há substantivos de gêneros diferentes. É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É per-
mitido
- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o ad-
jetivo fica no singular ou plural. a) Estas expressões, formadas por um verbo mais um
A beleza e a inteligência feminina(s). adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem
O carro e o iate novo(s). possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo).
É proibido entrada de crianças.
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: Em certos momentos, é necessário atenção.
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substan- No verão, melancia é bom.
tivo não for acompanhado de nenhum modificador: Água É preciso cidadania.
é bom para saúde. Não é permitido saída pelas portas laterais.
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for b) Quando o sujeito destas expressões estiver deter-
modificado por um artigo ou qualquer outro determinati- minado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo
vo: Esta água é boa para saúde. como o adjetivo concordam com ele.
É proibida a entrada de crianças.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os Esta salada é ótima.
pronomes pessoais a que se refere: Juliana encontrou-as A educação é necessária.
muito felizes. São precisas várias medidas na educação.
5) Nas expressões formadas por pronome indefinido Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Qui-
neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + te
adjetivo, este último geralmente é usado no masculino sin-
gular: Os jovens tinham algo de misterioso. Estas palavras adjetivas concordam em gênero e nú-
mero com o substantivo ou pronome a que se referem.
6) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem fun- Seguem anexas as documentações requeridas.
ção adjetiva e concorda normalmente com o nome a que A menina agradeceu: - Muito obrigada.
se refere: Muito obrigadas, disseram as senhoras.
Cristina saiu só. Seguem inclusos os papéis solicitados.
Cristina e Débora saíram sós. Estamos quites com nossos credores.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Estas palavras são invariáveis quando funcionam como 1-) (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA
advérbios. Concordam com o nome a que se referem quan- E COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO ADMINIS-
do funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou nu- TRATIVO – CESPE/2014) Em “Vossa Excelência deve estar
merais. satisfeita com os resultados das negociações”, o adjetivo
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio) estará corretamente empregado se dirigido a ministro de
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pro- Estado do sexo masculino, pois o termo “satisfeita” deve
nome adjetivo) concordar com a locução pronominal de tratamento “Vossa
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio) Excelência”.
As casas estão caras. (adjetivo) ( ) CERTO ( ) ERRADO
Achei barato este casaco. (advérbio)
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo) 1-) Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo femi-
nino (ministra), o adjetivo está correto; mas, se for do sexo
Meio - Meia masculino, o adjetivo sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O
pronome de tratamento é apenas a maneira de como tratar
a) A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo, a autoridade, não concordando com o gênero (o pronome
concorda normalmente com o nome a que se refere: Pedi de tratamento, apenas).
meia porção de polentas. RESPOSTA: “ERRADO”.
b) Quando empregada como advérbio permanece in- 2-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO
variável: A candidata está meio nervosa. RESERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IA-
DES/2014 - adaptada) Se, no lugar dos verbos destacados
** Dica! Dá para eu substituir por “um pouco”, assim no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”,
saberei que se trata de um advérbio, não de adjetivo: “A
fossem empregados, respectivamente, Esquecer e gostar, a
candidata está um pouco nervosa”.
nova redação, de acordo com as regras sobre regência ver-
bal e concordância nominal prescritas pela norma-padrão,
Alerta - Menos
deveria ser
(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem
(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
sempre invariáveis.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no eleva-
Os concurseiros estão sempre alerta.
dor.
Não queira menos matéria!
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no eleva-
* Tome nota! dor.
Não variam os substantivos que funcionam como ad- (E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.
jetivos:
Bomba – notícias bomba 2-) O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, in-
Chave – elementos chave direto (com preposição): Esqueço os filmes dos quais não
Monstro – construções monstro gosto.
Padrão – escola padrão RESPOSTA: “E”.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos Os verbos transitivos indiretos são complementados
de acordo com sua transitividade. Esta, porém, não é um por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi-
fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes gem uma preposição para o estabelecimento da relação de
formas em frases distintas. regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter-
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LÍNGUA PORTUGUESA
ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são Informar
o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re- Informe os novos preços aos clientes.
presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos preços)
lhe, lhes.
- Na utilização de pronomes como complementos, veja
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: as construções:
- Consistir - Tem complemento introduzido pela prepo- Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
sição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou so-
iguais para todos.
bre eles)
- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complemen-
Observação: a mesma regência do verbo informar é
tos introduzidos pela preposição “a”:
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. usada para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientifi-
Eles desobedeceram às leis do trânsito. car, prevenir.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter Custou-me (a mim) crer nisso.
como ambição: Aspirávamos a um emprego melhor. (Aspi- Objeto Indireto Oração Subordinada Subs-
rávamos a ele) tantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo
* Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pes- *A Gramática Normativa condena as construções que
soa, as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por
utilizadas, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”. pessoa: Custei para entender o problema. = Forma
Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= As- correta: Custou-me entender o problema.
piravam a ela)
IMPLICAR
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
ASSISTIR
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres-
implicavam um firme propósito.
tar assistência a, auxiliar.
b) ter como consequência, trazer como consequência,
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
acarretar, provocar: Uma ação implica reação.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
- Como transitivo direto e indireto, significa compro-
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen- meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
ciar, estar presente, caber, pertencer. econômicas.
Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões. * No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo
Essa lei assiste ao inquilino. indireto e rege com preposição “com”: Implicava com quem
não trabalhasse arduamente.
*No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é in-
transitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de NAMORAR
lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa - Sempre transitivo direto: Luísa namora Carlos há dois
conturbada cidade. anos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como Se uma oração completar o sentido de um nome, ou
objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”. seja, exercer a função de complemento nominal, ela será
O ensino deve sempre visar ao progresso social. completiva nominal (subordinada substantiva).
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar
público.
ESQUECER – LEMBRAR
- Lembrar algo – esquecer algo
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronomi-
nal)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de
Advérbios
Longe de Perto de
Observação: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: para-
lela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Questões
1-) (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Assinale a alternativa em que a frase segue a norma culta da
língua quanto à regência verbal.
A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir.
B) Eu esqueci do seu nome.
C) Você assistiu à cena toda?
D) Ele chegou na oficina pela manhã.
E) Sempre obedeço as leis de trânsito.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos: 1-) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que
o de determinação ou indeterminação e o de núcleo do o sujeito não tenha sido identificado anteriormente:
sujeito. Bateram à porta;
Um sujeito é determinado quando é facilmente iden- Andam espalhando boatos a respeito da queda do mi-
tificado pela concordância verbal. O sujeito determinado nistro.
pode ser simples ou composto.
A indeterminação do sujeito ocorre quando não é * Se o sujeito estiver identificado, poderá ser simples
possível identificar claramente a que se refere a concor- ou composto:
dância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não inte- Os meninos bateram à porta. (simples)
ressa indicar precisamente o sujeito de uma oração. Os meninos e as meninas bateram à porta. (composto)
Estão gritando seu nome lá fora.
Trabalha-se demais neste lugar. 2-) com o verbo na terceira pessoa do singular, acres-
cido do pronome “se”. Esta é uma construção típica dos
O sujeito simples é o sujeito determinado que apre- verbos que não apresentam complemento direto:
senta um único núcleo, que pode estar no singular ou no Precisa-se de mentes criativas.
plural; pode também ser um pronome indefinido. Abaixo, Vivia-se bem naqueles tempos.
sublinhei os núcleos dos sujeitos: Trata-se de casos delicados.
Nós estudaremos juntos. Sempre se está sujeito a erros.
A humanidade é frágil.
Ninguém se move. O pronome “se”, nestes casos, funciona como índice de
O amar faz bem. (“amar” é verbo, mas aqui houve uma indeterminação do sujeito.
derivação imprópria, transformando-o em substantivo)
As crianças precisam de alimentos saudáveis. As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predi-
cado, articulam-se a partir de um verbo impessoal. A men-
O sujeito composto é o sujeito determinado que apre- sagem está centrada no processo verbal. Os principais ca-
sos de orações sem sujeito com:
senta mais de um núcleo.
Alimentos e roupas custam caro.
1-) os verbos que indicam fenômenos da natureza:
Ela e eu sabemos o conteúdo.
Amanheceu.
O amar e o odiar são duas faces da mesma moeda.
Está trovejando.
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a
2-) os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam
referência ao sujeito implícito na desinência verbal (o
fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao tempo em
“antigo” sujeito oculto [ou elíptico]), isto é, ao núcleo do
geral:
sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido pela Está tarde.
desinência verbal ou pelo contexto. Já são dez horas.
Abolimos todas as regras. = (nós) Faz frio nesta época do ano.
Falaste o recado à sala? = (tu) Há muitos concursos com inscrições abertas.
* Os verbos deste tipo de sujeito estão sempre na pri- Predicado é o conjunto de enunciados que contém a
meira pessoa do singular (eu) ou plural (nós) ou na segun- informação sobre o sujeito – ou nova para o ouvinte. Nas
da do singular (tu) ou do plural (vós), desde que os prono- orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia
mes não estejam explícitos. um fato qualquer. Nas orações com sujeito, o predicado é
Iremos à feira juntos? (= nós iremos) – sujeito implícito aquilo que se declara a respeito deste sujeito. Com exceção
na desinência verbal “-mos” do vocativo - que é um termo à parte - tudo o que difere
Cantais bem! (= vós cantais) - sujeito implícito na desi- do sujeito numa oração é o seu predicado.
nência verbal “-ais” Chove muito nesta época do ano.
Houve problemas na reunião.
Mas:
Nós iremos à festa juntos? = sujeito simples: nós * Em ambas as orações não há sujeito, apenas predi-
Vós cantais bem! = sujeito simples: vós cado.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Para o estudo do predicado, é necessário verificar se No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta
seu núcleo é um nome (então teremos um predicado no- duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de liga-
minal) ou um verbo (predicado verbal). Deve-se considerar ção. Este predicado poderia ser desdobrado em dois: um
também se as palavras que formam o predicado referem- verbal e outro nominal.
se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração. O dia amanheceu. / O dia estava ensolarado.
Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona
de opinião. o complemento homens com o predicativo “inconstantes”.
Predicado
Termos integrantes da oração
O predicado acima apresenta apenas uma palavra que
se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras ligam-se Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o
direta ou indiretamente ao verbo. complemento nominal são chamados termos integrantes da
A cidade está deserta. oração.
Os complementos verbais integram o sentido dos ver-
O nome “deserta”, por intermédio do verbo, refere-se bos transitivos, com eles formando unidades significativas.
ao sujeito da oração (cidade). O verbo atua como elemento Estes verbos podem se relacionar com seus complementos
de ligação (por isso verbo de ligação) entre o sujeito e a diretamente, sem a presença de preposição, ou indireta-
palavra a ele relacionada (no caso: deserta = predicativo mente, por intermédio de preposição.
do sujeito).
O objeto direto é o complemento que se liga direta-
O predicado verbal é aquele que tem como núcleo mente ao verbo.
significativo um verbo: Houve muita confusão na partida final.
Chove muito nesta época do ano. Queremos sua ajuda.
Estudei muito hoje!
O objeto direto preposicionado ocorre principalmen-
Compraste a apostila?
te:
- com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns
Os verbos acima são significativos, isto é, não servem
referentes a pessoas:
apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam pro-
Amar a Deus; Adorar a Xangô; Estimar aos pais.
cessos.
(o objeto é direto, mas como há preposição, denomi-
na-se: objeto direto preposicionado)
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo
significativo um nome; este atribui uma qualidade ou esta- - com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes
do ao sujeito, por isso é chamado de predicativo do sujei- de tratamento: Não excluo a ninguém; Não quero cansar a
to. O predicativo é um nome que se liga a outro nome da Vossa Senhoria.
oração por meio de um verbo (o verbo de ligação).
Nos predicados nominais, o verbo não é significativo, - para evitar ambiguidade: Ao povo prejudica a crise.
isto é, não indica um processo, mas une o sujeito ao pre- (sem preposição, o sentido seria outro: O povo prejudica
dicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado do a crise)
sujeito: Os dados parecem corretos.
O verbo parecer poderia ser substituído por estar, an- O objeto indireto é o complemento que se liga indi-
dar, ficar, ser, permanecer ou continuar, atuando como ele- retamente ao verbo, ou seja, através de uma preposição.
mento de ligação entre o sujeito e as palavras a ele rela- Gosto de música popular brasileira.
cionadas. Necessito de ajuda.
* A função de predicativo é exercida, normalmente, por
um adjetivo ou substantivo. O termo que integra o sentido de um nome chama-se
complemento nominal, que se liga ao nome que comple-
O predicado verbo-nominal é aquele que apresen- ta por intermédio de preposição:
ta dois núcleos significativos: um verbo e um nome. No A arte é necessária à vida. = relaciona-se com a palavra
predicado verbo-nominal, o predicativo pode se referir ao “necessária”
sujeito ou ao complemento verbal (objeto). Temos medo de barata. = ligada à palavra “medo”
O verbo do predicado verbo-nominal é sempre sig-
nificativo, indicando processos. É também sempre por in- Termos acessórios da oração e vocativo
termédio do verbo que o predicativo se relaciona com o
termo a que se refere. Os termos acessórios recebem este nome por serem
1- O dia amanheceu ensolarado; explicativos, circunstanciais. São termos acessórios o ad-
2- As mulheres julgam os homens inconstantes. junto adverbial, o adjunto adnominal, o aposto e o vocativo
– este, sem relação sintática com outros temos da oração.
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LÍNGUA PORTUGUESA
O adjunto adverbial é o termo da oração que indi- O aposto pode ser classificado, de acordo com seu va-
ca uma circunstância do processo verbal ou intensifica o lor na oração, em:
sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função a) explicativo: A linguística, ciência das línguas huma-
adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais nas, permite-nos interpretar melhor nossa relação com o
exercerem o papel de adjunto adverbial: Amanhã voltarei a mundo.
pé àquela velha praça. b) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas
coisas: amor, arte, ação.
As circunstâncias comumente expressas pelo adjunto c) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho,
adverbial são: tudo forma o carnaval.
- assunto: Falavam sobre futebol. d) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixa-
- causa: As folhas caíram com o vento. ram-se por muito tempo na baía anoitecida.
- companhia: Ficarei com meus pais.
- concessão: Apesar de você, serei feliz. O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar
- conformidade: Fez tudo conforme o combinado. ou interpelar um ouvinte real ou hipotético, não mantendo
- dúvida: Talvez ainda chova. relação sintática com outro termo da oração. A função de
- fim: Estudou para o exame. vocativo é substantiva, cabendo a substantivos, pronomes
- instrumento: Fez o corte com a faca. substantivos, numerais e palavras substantivadas esse pa-
- intensidade: Falava bastante.
pel na linguagem.
- lugar: Vou à cidade.
João, venha comigo!
- matéria: Este prato é feito de porcelana.
Traga-me doces, minha menina!
- meio: Viajarei de trem.
- modo: Foram recrutados a dedo.
- negação: Não há ninguém que mereça.
- tempo: Ontem à tarde encontrou o velho amigo. Questões
O adjunto adnominal é o termo acessório que deter- 1-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/
mina, especifica ou explica um substantivo. É uma função UFAL/2014 - adaptada)
adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que
exercem o papel de adjunto adnominal na oração. Também
atuam como adjuntos adnominais os artigos, os numerais
e os pronomes adjetivos.
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu
amigo de infância.
O poeta português deixou uma obra inacabada. O cartaz acima divulga a peça de teatro “Quem tem
O poeta deixou-a inacabada. medo de Virginia Woolf?” escrita pelo norte-americano
(inacabada precisou ser repetida, então: predicativo do Edward Albee. O termo “de Virginia Woolf”, do título em
objeto)
português da peça, funciona como:
A) objeto indireto.
Enquanto o complemento nominal se relaciona a um
B) complemento nominal.
substantivo, adjetivo ou advérbio, o adjunto adnominal se
relaciona apenas ao substantivo. C) adjunto adnominal.
D) adjunto adverbial.
O aposto é um termo acessório que permite ampliar, E) agente da passiva.
explicar, desenvolver ou resumir a ideia contida em um ter-
mo que exerça qualquer função sintática: Ontem, segunda- 1-) O termo complementa a palavra “medo”, que é
feira, passei o dia mal-humorado. substantivo (nome – nominal). Portanto é um complemen-
to nominal. O verbo “ter” tem como complemento verbal
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo (objeto) a palavra “medo”, que exerce a função sintática de
“ontem”. O aposto é sintaticamente equivalente ao termo objeto direto.
que se relaciona porque poderia substituí-lo: Segunda-feira RESPOSTA: “B”.
passei o dia mal-humorado.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Podemos modificar o período acima. Veja: * Atenção: Observe que a oração subordinada subs-
tantiva pode ser substituída pelo pronome “isso”. Assim,
Quero ser aprovado. temos um período simples:
Oração Principal Oração Subordinada É fundamental isso ou Isso é fundamental.
Desta forma, a oração correspondente a “isso” exercerá
A análise das orações continua sendo a mesma: “Que- a função de sujeito.
ro” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração su- Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração
bordinada “ser aprovado”. Observe que a oração subordi- principal:
nada apresenta agora verbo no infinitivo (ser). Além disso,
a conjunção “que”, conectivo que unia as duas orações, - Verbos de ligação + predicativo, em construções do
desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É
numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particí- claro - Está evidente - Está comprovado
pio) chamamos orações reduzidas ou implícitas. É bom que você compareça à minha festa.
* Observação: as orações reduzidas não são introdu-
- Expressões na voz passiva, como: Sabe-se, Soube-se,
zidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem ser,
Conta-se, Diz-se, Comenta-se, É sabido, Foi anunciado, Ficou
eventualmente, introduzidas por preposição.
provado.
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
1-) Orações Subordinadas Substantivas
A oração subordinada substantiva tem valor de subs- - Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar -
tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção inte- importar - ocorrer - acontecer
grante (que, se). Convém que não se atrase na entrevista.
Não sabemos quando ele virá. As orações subordinadas substantivas objetivas diretas
Oração Subordinada Substan- (desenvolvidas) são iniciadas por:
tiva - Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e
“se”: A professora verificou se os alunos estavam presentes.
Classificação das Orações Subordinadas Substanti-
vas
- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às ve-
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: O
Conforme a função que exerce no período, a oração
pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
subordinada substantiva pode ser:
a) Subjetiva - exerce a função sintática de sujeito do
verbo da oração principal: - Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às ve-
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: Eu
É fundamental o seu comparecimento à reu- não sei por que ela fez isso.
nião.
Sujeito c) Objetiva Indireta = atua como objeto indireto do
verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
É fundamental que você compareça à
reunião. Meu pai insiste em meu estudo.
Oração Principal Oração Subordinada Substan- Objeto Indireto
tiva Subjetiva
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LÍNGUA PORTUGUESA
Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste 2-) Orações Subordinadas Adjetivas
nisso)
Oração Subordinada Substantiva Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui
Objetiva Indireta valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As
orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem
Observação: em alguns casos, a preposição pode estar a função de adjunto adnominal do antecedente.
elíptica na oração.
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. Esta foi uma redação bem-sucedida.
Oração Subordinada Substantiva Substantivo Adjetivo (Adjunto Adno-
Objetiva Indireta minal)
d) Completiva Nominal = completa um nome que O substantivo “redação” foi caracterizado pelo adjetivo
pertence à oração principal e também vem marcada por “bem-sucedida”. Neste caso, é possível formarmos outra
preposição. construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel:
Sentimos orgulho de seu comportamento. Esta foi uma redação que fez sucesso.
Complemento Nominal Oração Principal Oração Subordinada
Adjetiva
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sen-
timos orgulho disso.) Perceba que a conexão entre a oração subordinada
Oração Subordinada Substantiva adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é
Completiva Nominal feita pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou
relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha
Lembre-se: as orações subordinadas substantivas ob- uma função sintática na oração subordinada: ocupa o pa-
jetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto pel que seria exercido pelo termo que o antecede (no caso,
que orações subordinadas substantivas completivas nomi- “redação” é sujeito, então o “que” também funciona como
nais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma sujeito).
da outra, é necessário levar em conta o termo complemen-
tado. Esta é a diferença entre o objeto indireto e o com-
Observação: para que dois períodos se unam num
plemento nominal: o primeiro complementa um verbo; o
período composto, altera-se o modo verbal da segunda
segundo, um nome.
oração.
e) Predicativa = exerce papel de predicativo do sujei-
Atenção: Vale lembrar um recurso didático para re-
to do verbo da oração principal e vem sempre depois do
conhecer o pronome relativo “que”: ele sempre pode ser
verbo ser.
substituído por: o qual - a qual - os quais - as quais
Nosso desejo era sua desistência. Refiro-me ao aluno que é estudioso. = Esta oração é
Predicativo do Sujeito equivalente a: Refiro-me ao aluno o qual estuda.
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
era isso)
Oração Subordinada Substantiva Quando são introduzidas por um pronome relativo e
Predicativa apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as
orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvi-
Observação: em certos casos, usa-se a preposição ex- das. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas
pletiva “de” para realce. Veja o exemplo: A impressão é de reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo
que não fui bem na prova. (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou
f) Apositiva = exerce função de aposto de algum ter- particípio).
mo da oração principal.
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade! Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
Aposto
No primeiro período, há uma oração subordinada ad-
Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz! jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome re-
Oração subordinada lativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito per-
substantiva apositiva reduzida de infinitivo feito do indicativo. No segundo, há uma oração subordina-
(Fernanda tinha um grande sonho: isso) da adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo
e seu verbo está no infinitivo.
* Dica: geralmente há a presença dos dois pontos! (:)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas Naquele momento, senti uma das maiores emoções de
minha vida.
Na relação que estabelecem com o termo que caracteri- Quando vi o mar, senti uma das maiores emoções de
zam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas minha vida.
maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especifi-
cam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. No primeiro período, “naquele momento” é um adjun-
Nestas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas to adverbial de tempo, que modifica a forma verbal “sen-
subordinadas adjetivas restritivas. Existem também orações ti”. No segundo período, este papel é exercido pela oração
que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o ante-
“Quando vi o mar”, que é, portanto, uma oração subordi-
cedente, que já se encontra suficientemente definido. Estas
nada adverbial temporal. Esta oração é desenvolvida, pois
orações denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.
Exemplo 1: é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando)
Jamais teria chegado aqui, não fosse um homem que e apresenta uma forma verbal do modo indicativo (“vi”, do
passava naquele momento. pretérito perfeito do indicativo). Seria possível reduzi-la,
Oração obtendo-se:
Subordinada Adjetiva Restritiva Ao ver o mar, senti uma das maiores emoções de minha
vida.
No período acima, observe que a oração em destaque
restringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: tra- A oração em destaque é reduzida, apresentando uma
ta-se de um homem específico, único. A oração limita o uni- das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é
verso de homens, isto é, não se refere a todos os homens, introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma
mas sim àquele que estava passando naquele momento. preposição (“a”, combinada com o artigo “o”).
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LÍNGUA PORTUGUESA
Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou con- g) Final = indica a intenção, a finalidade daquilo que
cretizando-os. se declara na oração principal. Principal conjunção subordi-
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzi- nativa final: a fim de. Outras conjunções finais: que, porque
da de Infinitivo) (= para que) e a locução conjuntiva para que.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigas.
c) Condicional = Condição é aquilo que se impõe Estudarei muito para que eu me saia bem na prova.
como necessário para a realização ou não de um fato. As
orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o h) Proporcional = exprime ideia de proporção, ou
que deve ou não ocorrer para que se realize - ou deixe de seja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal.
se realizar - o fato expresso na oração principal. Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: à
Principal conjunção subordinativa condicional: se. Ou- proporção que. Outras locuções conjuntivas proporcio-
tras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde que, nais: à medida que, ao passo que. Há ainda as estruturas:
salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, quanto maior...(maior), quanto maior...(menor), quanto me-
uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo). nor...(maior), quanto menor...(menor), quanto mais...(mais),
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, quanto mais...(menos), quanto menos...(mais), quanto me-
certamente o melhor time será campeão. nos...(menos).
Caso você saia, convide-me. À proporção que estudávamos mais questões acertáva-
mos.
d) Concessiva = indica concessão às ações do verbo À medida que lia mais culto ficava.
da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou
um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente i) Temporal = acrescenta uma ideia de tempo ao fato
ligada ao contraste, à quebra de expectativa. Principal con- expresso na oração principal, podendo exprimir noções de
junção subordinativa concessiva: embora. Utiliza-se tam- simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Principal
bém a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda conjunção subordinativa temporal: quando. Outras con-
quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que. junções subordinativas temporais: enquanto, mal e locu-
Só irei se ele for. ções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que,
A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu”
antes que, depois que, sempre que, desde que, etc.
ir só se realizará caso essa condição seja satisfeita.
Assim que Paulo chegou, a reunião acabou.
Compare agora com:
Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando termi-
Irei mesmo que ele não vá.
nou a festa) (Oração Reduzida de Particípio)
A distinção fica nítida; temos agora uma concessão:
Fontes de pesquisa:
irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/fra-
oração destacada é, portanto, subordinada adverbial con-
se-periodo-e-oracao
cessiva.
Observe outros exemplos: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
Embora fizesse calor, levei agasalho. coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / em-
bora não estudasse). (reduzida de infinitivo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela con- * A letra “a” que acompanha locuções femininas (ad-
tratada recentemente. verbiais, prepositivas e conjuntivas) recebe o acento grave:
Após a junção da preposição com o artigo (destacados - locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às pres-
entre parênteses), temos: sas, à vontade...
Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contratada - locuções prepositivas: à frente, à espera de, à procura
recentemente. de...
- locuções conjuntivas: à proporção que, à medida que.
O verbo referir, de acordo com sua transitividade, clas-
sifica-se como transitivo indireto, pois sempre nos referi- * Cuidado: quando as expressões acima não exerce-
mos a alguém ou a algo. Houve a fusão da preposição a + o rem a função de locuções não ocorrerá crase. Repare:
artigo feminino (à) e com o artigo feminino a + o pronome Eu adoro a noite!
demonstrativo aquela (àquela). Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer
objeto direto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não
Observação importante: Alguns recursos servem de preposição.
ajuda para que possamos confirmar a ocorrência ou não da
crase. Eis alguns: Casos passíveis de nota:
a) Substitui-se a palavra feminina por uma masculina
equivalente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a crase *a crase é facultativa diante de nomes próprios femini-
está confirmada. nos: Entreguei o caderno a (à) Eliza.
Os dados foram solicitados à diretora.
Os dados foram solicitados ao diretor. *também é facultativa diante de pronomes possessivos
femininos: O diretor fez referência a (à) sua empresa.
b) No caso de nomes próprios geográficos, substitui-se
o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso resulte na expres- *facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja ficará
são “voltar da”, há a confirmação da crase. aberta até as (às) dezoito horas.
Faremos uma visita à Bahia.
Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada) * Constata-se o uso da crase se as locuções preposi-
tivas à moda de, à maneira de apresentarem-se implícitas,
Não me esqueço da viagem a Roma.
mesmo diante de nomes masculinos: Tenho compulsão por
Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos ja-
comprar sapatos à Luis XV. (à moda de Luís XV)
mais vividos.
* Não se efetiva o uso da crase diante da locução ad-
Atenção: Nas situações em que o nome geográfico se
verbial “a distância”: Na praia de Copacabana, observamos
apresentar modificado por um adjunto adnominal, a crase
a queima de fogos a distância.
está confirmada.
Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas
praias. Entretanto, se o termo vier determinado, teremos uma
locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O pedestre foi
** Dica: Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou arremessado à distância de cem metros.
A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo: Vou a Campinas. =
Volto de Campinas. (crase pra quê?) - De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade -,
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!) faz-se necessário o emprego da crase.
ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especifica- Ensino à distância.
do, ocorrerá crase. Veja: Ensino a distância.
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo
que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE” * Em locuções adverbiais formadas por palavras repeti-
Irei à Salvador de Jorge Amado. das, não há ocorrência da crase.
Ela ficou frente a frente com o agressor.
* A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s), Eu o seguirei passo a passo.
aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se o termo re-
gente exigir complemento regido da preposição “a”. Casos em que não se admite o emprego da crase:
Entregamos a encomenda àquela menina.
(preposição + pronome demonstrativo) * Antes de vocábulos masculinos.
As produções escritas a lápis não serão corrigidas.
Iremos àquela reunião. Esta caneta pertence a Pedro.
(preposição + pronome demonstrativo)
* Antes de verbos no infinitivo.
Sua história é semelhante às que eu ouvia quando crian- Ele estava a cantar.
ça. (àquelas que eu ouvia quando criança) Começou a chover.
(preposição + pronome demonstrativo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
3-) (SABESP/SP – ADVOGADO – FCC/2014) 2) Orações iniciadas por palavras interrogativas: Quem
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram lhe disse isso?
uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade
de Tikal, na Guatemala. 3) Orações iniciadas por palavras exclamativas: Quanto
O a empregado na frase acima, imediatamente depois se ofendem!
de chegar, deverá receber o sinal indicativo de crase caso o
segmento grifado seja substituído por: 4) Orações que exprimem desejo (orações optativas):
(A) Uma tal ilação. Que Deus o ajude.
(B) Afirmações como essa.
(C) Comprovação dessa assertiva. 5) A próclise é obrigatória quando se utiliza o pronome
(D) Emitir uma opinião desse tipo. reto ou sujeito expresso:
(E) Semelhante resultado. Eu lhe entregarei o material amanhã.
Tu sabes cantar?
3-)
(A) Uma tal ilação – chegar a uma (não há acento grave Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do
antes de artigo) verbo. A mesóclise é usada:
(B) Afirmações como essa – chegar a afirmações (antes
de palavra no plural e o “a” no singular) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou fu-
(C) Comprovação dessa assertiva – chegar à compro- turo do pretérito, contanto que esses verbos não estejam
vação precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos:
(D) Emitir uma opinião desse tipo – chegar a emitir Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento
(verbo no infinitivo) em prol da paz no mundo.
(E) Semelhante resultado – chegar a semelhante (pala- Repare que o pronome está “no meio” do verbo “rea-
vra masculina) lizará”:
RESPOSTA: “C”. realizar – SE – á. Se houvesse na oração alguma palavra
que justificasse o uso da próclise, esta prevaleceria. Veja:
Não se realizará...
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia
nessa viagem.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL (com presença de palavra que justifique o uso de pró-
clise: Não fossem os meus compromissos, EU te acompanha-
ria nessa viagem).
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos
Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo. A
pronomes oblíquos átonos na frase. ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem
possíveis:
* Dica: Pronome Oblíquo é aquele que exerce a função
de complemento verbal (objeto). Por isso, memorize: 1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
OBlíquo = OBjeto! Quando eu avisar, silenciem-se todos.
Embora na linguagem falada a colocação dos prono- 2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal: Não
mes não seja rigorosamente seguida, algumas normas de- era minha intenção machucá-la.
vem ser observadas na linguagem escrita.
3) Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não se
Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo. A inicia período com pronome oblíquo).
próclise é usada: Vou-me embora agora mesmo.
Levanto-me às 6h.
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que
atraem o pronome para antes do verbo. São elas: 4) Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, no concurso, mudo-me hoje mesmo!
jamais, etc.: Não se desespere!
b) Advérbios: Agora se negam a depor. 5-) Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a pro-
c) Conjunções subordinativas: Espero que me expliquem posta fazendo-se de desentendida.
tudo!
d) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se es- Colocação pronominal nas locuções verbais
forçou. - após verbo no particípio = pronome depois do verbo
e) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a oportuni- auxiliar (e não depois do particípio):
dade. Tenho me deliciado com a leitura!
Eu tenho me deliciado com a leitura!
f) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito. Eu me tenho deliciado com a leitura!
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LÍNGUA PORTUGUESA
- não convém usar hífen nos tempos compostos e nas 1-) Primeiramente identifiquemos se temos objeto di-
locuções verbais: reto ou indireto. Reconhece o quê? Resposta: a informali-
Vamos nos unir! dade. Pergunta e resposta sem preposição, então: objeto
Iremos nos manifestar. direto. Não utilizaremos “lhe” – que é para objeto indireto.
Como temos a presença do “que” – independente de sua
- quando há um fator para próclise nos tempos com- função no período (pronome relativo, no caso!) – a regra
postos ou locuções verbais: opção pelo uso do pronome pede próclise (pronome oblíquo antes do verbo): que a re-
oblíquo “solto” entre os verbos = Não vamos nos preocupar conhecem.
(e não: “não nos vamos preocupar”). RESPOSTA: “A”.
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LÍNGUA PORTUGUESA
b) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e di- Exemplos de variação no significado das palavras:
ferentes na escrita:
acender (atear) e ascender (subir); Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido li-
concertar (harmonizar) e consertar (reparar); teral)
cela (compartimento) e sela (arreio); Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido
censo (recenseamento) e senso ( juízo); figurado)
paço (palácio) e passo (andar). Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado)
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LÍNGUA PORTUGUESA
As pessoas têm alimentação equilibrada porque são feli- Observação: toda metáfora é uma espécie de compa-
zes ou são felizes porque têm uma alimentação equilibrada. ração implícita, em que o elemento comparativo não apa-
rece.
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela Seus olhos são como luzes brilhantes.
pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpre- O exemplo acima mostra uma comparação evidente,
tação. Para fazer a interpretação correta é muito importan- através do emprego da palavra como.
te saber qual o contexto em que a frase é proferida. Observe agora: Seus olhos são luzes brilhantes.
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção Neste exemplo não há mais uma comparação (note a
do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, co- ausência da partícula comparativa), e sim símile, ou seja,
micidade. Repare na figura abaixo: qualidade do que é semelhante.
Por fim, no exemplo: As luzes brilhantes olhavam-me.
Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Esta
é a verdadeira metáfora.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, Paradoxo ou oximoro
cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por
falta de um termo específico para designar um conceito, É a associação de ideias, além de contrastantes, contra-
toma-se outro “emprestado”. Assim, passamos a empregar ditórias. Seria a antítese ao extremo.
algumas palavras fora de seu sentido original. Exemplos: Era dor, sim, mas uma dor deliciosa.
“asa da xícara”, “batata da perna”, “maçã do rosto”, “pé da Ouvimos as vozes do silêncio.
mesa”, “braço da cadeira”, “coroa do abacaxi”.
Eufemismo
Perífrase ou Antonomásia
É o emprego de uma expressão mais suave, mais nobre
ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa áspera,
Trata-se de uma expressão que designa um ser através
desagradável ou chocante.
de alguma de suas características ou atributos, ou de um
Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor.
fato que o celebrizou. É a substituição de um nome por
(= morreu)
outro ou por uma expressão que facilmente o identifique: O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou)
A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)
atraindo visitantes do mundo todo. Faltar à verdade. (= mentir)
A Cidade-Luz (=Paris)
O rei das selvas (=o leão) Ironia
Observação: quando a perífrase indica uma pessoa, É sugerir, pela entoação e contexto, o contrário do que
recebe o nome de antonomásia. Exemplos: as palavras ou frases expressam, geralmente apresentando
O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida pratican- intenção sarcástica. A ironia deve ser muito bem construí-
do o bem. da para que cumpra a sua finalidade; mal construída, pode
O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito jo- passar uma ideia exatamente oposta à desejada pelo emis-
vem. sor.
O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções. Como você foi bem na prova! Não tirou nem a nota mí-
nima.
Sinestesia Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que
estão por perto.
Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sen- O governador foi sutil como um elefante.
sações percebidas por diferentes órgãos do sentido. É o
cruzamento de sensações distintas. Hipérbole
Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = au-
ditivo; áspero = tátil) É a expressão intencionalmente exagerada com o intui-
No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os aconte- to de realçar uma ideia.
cimentos. (silêncio = auditivo; escuro = visual) Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
Tosse gorda. (sensação auditiva X sensação tátil) “Rios te correrão dos olhos, se chorares.” (Olavo Bilac)
O concurseiro quase morre de tanto estudar!
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LÍNGUA PORTUGUESA
É a atribuição de ações ou qualidades de seres anima- Consiste na omissão de um ou mais termos numa ora-
dos a seres inanimados, ou características humanas a seres ção e que podem ser facilmente identificados, tanto por
não humanos. Observe os exemplos: elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto
As pedras andam vagarosamente. pelo contexto.
O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um A catedral da Sé. (a igreja catedral)
cego que guia. Domingo irei ao estádio. (no domingo eu irei ao está-
A floresta gesticulava nervosamente diante da serra. dio)
Chora, violão.
Zeugma
Apóstrofe
Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita
Consiste na “invocação” de alguém ou de alguma coisa a omissão de um termo já mencionado anteriormente.
personificada, de acordo com o objetivo do discurso, que Ele gosta de geografia; eu, de português. (eu gosto de
pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo português)
chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginá- Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só mo-
rio ou não. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de dernos. (só havia móveis)
pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade Ela gosta de natação; eu, de vôlei. (gosto de)
a que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidên-
cia com tal invocação. Realiza-se por meio do vocativo. Silepse
Exemplos:
Moça, que fazes aí parada? A silepse é a concordância que se faz com o termo que
“Pai Nosso, que estais no céu” não está expresso no texto, mas, sim, subentendido. É uma
Deus, ó Deus! Onde estás? concordância anormal, psicológica, porque se faz com um
termo oculto, facilmente identificado. Há três tipos de si-
Gradação lepse: de gênero, número e pessoa.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Silepse de Pessoa - Três são as pessoas gramaticais: Observação: o pleonasmo só tem razão de ser quan-
eu, tu e ele (as três pessoas do singular); nós, vós, eles (as do confere mais vigor à frase; caso contrário, torna-se um
três do plural). A silepse de pessoa ocorre quando há um pleonasmo vicioso:
desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não con- Vi aquela cena com meus próprios olhos.
corda com o sujeito da oração, mas sim com a pessoa que Vamos subir para cima.
está inscrita no sujeito. Exemplos: Ele desceu pra baixo.
O que não compreendo é como os brasileiros persista-
mos em aceitar essa situação. Anáfora
Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho.
“Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins É a repetição de uma ou mais palavras no início de vá-
públicos.” (Machado de Assis) rias frases, criando, assim, um efeito de reforço e de coe-
rência. Pela repetição, a palavra ou expressão em causa é
Observe que os verbos persistamos, temos e somos não posta em destaque, permitindo ao escritor valorizar de-
concordam gramaticalmente com os seus sujeitos (brasilei- terminado elemento textual. Os termos anafóricos podem
ros, agricultores e cariocas, que estão na terceira pessoa), muitas vezes ser substituídos por pronomes.
mas com a ideia que neles está contida (nós, os brasileiros, Encontrei um amigo ontem. Ele me disse que te conhe-
os agricultores e os cariocas). cia.
“Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo digere, tudo aca-
Polissíndeto / Assíndeto ba.” (Padre Vieira)
Para estudarmos as duas figuras de construção é ne- Anacoluto
cessário recordar um conceito estudado em sintaxe sobre
período composto. No período composto por coordena- Consiste na mudança da construção sintática no meio
ção, podemos ter orações sindéticas ou assindéticas. A da frase, ficando alguns termos desligados do resto do pe-
oração coordenada ligada por uma conjunção (conectivo)
ríodo. É a quebra da estrutura normal da frase para a intro-
é sindética; a oração que não apresenta conectivo é assin-
dução de uma palavra ou expressão sem nenhuma ligação
dética. Recordado esse conceito, podemos definir as duas
sintática com as demais.
figuras de construção:
Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.
Morrer, todo haveremos de morrer.
1) Polissíndeto - É uma figura caracterizada pela repe-
Aquele garoto, você não disse que ele chegaria logo?
tição enfática dos conectivos. Observe o exemplo: O meni-
no resmunga, e chora, e grita, e ninguém faz nada.
A expressão “esses alunos da escola”, por exemplo,
2) Assíndeto - É uma figura caracterizada pela ausên- deveria exercer a função de sujeito. No entanto, há uma
cia, pela omissão das conjunções coordenativas, resultando interrupção da frase e esta expressão fica à parte, não exer-
no uso de orações coordenadas assindéticas. Exemplos: cendo nenhuma função sintática. O anacoluto também é
Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família. chamado de “frase quebrada”, pois corresponde a uma in-
“Vim, vi, venci.” (Júlio César) terrupção na sequência lógica do pensamento.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Figuras de Som
Aliteração - Consiste na repetição de consoantes como recurso para intensificação do ritmo ou como efeito sonoro
significativo.
Três pratos de trigo para três tigres tristes.
Vozes veladas, veludosas vozes... (Cruz e Sousa)
Quem com ferro fere com ferro será ferido.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil8.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
Questões
1-) (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BIBLIOTECO-
NOMIA – FGV/2014 - adaptada) Ao dizer que os shoppings são “cidades”, o autor do texto faz uso de um tipo de linguagem
figurada denominada
(A) metonímia.
(B) eufemismo.
(C) hipérbole.
(D) metáfora.
(E) catacrese.
1-) A metáfora consiste em retirar uma palavra de seu contexto convencional (denotativo) e transportá-la para um novo
campo de significação (conotativa), por meio de uma comparação implícita, de uma similaridade existente entre as duas.
(Fonte:http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/metafora-figura-de-palavra-variacoes-e-exemplos.htm)
RESPOSTA: “D”.
A) metonímia
B) prosopopeia
C) hipérbole
D) eufemismo
E) onomatopeia
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LÍNGUA PORTUGUESA
2-) “Eufemismo = é o emprego de uma expressão mais Normalmente, numa prova, o candidato deve:
suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar al-
guma coisa áspera, desagradável ou chocante”. No caso da 1- Identificar os elementos fundamentais de uma ar-
tirinha, é utilizada a expressão “deram suas vidas por nós” gumentação, de um processo, de uma época (neste caso,
no lugar de “que morreram por nós”. procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o
RESPOSTA: “D”. tempo).
2- Comparar as relações de semelhança ou de diferen-
3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ ças entre as situações do texto.
UFAL/2014) 3- Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com
Está tão quente que dá para fritar um ovo no asfalto. uma realidade.
O dito popular é, na maioria das vezes, uma figura de 4- Resumir as ideias centrais e/ou secundárias.
linguagem. Entre as 14h30min e às 15h desta terça-feira, 5- Parafrasear = reescrever o texto com outras pala-
horário do dia em que o calor é mais intenso, a tempera- vras.
tura do asfalto, medida com um termômetro de contato,
chegou a 65ºC. Para fritar um ovo, seria preciso que o local Condições básicas para interpretar
alcançasse aproximadamente 90ºC.
Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br. Acesso Fazem-se necessários:
em: 22 jan. 2014. - Conhecimento histórico-literário (escolas e gêneros
literários, estrutura do texto), leitura e prática;
O texto cita que o dito popular “está tão quente que - Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do
dá para fritar um ovo no asfalto” expressa uma figura de texto) e semântico;
linguagem. O autor do texto refere-se a qual figura de lin-
guagem? Observação – na semântica (significado das palavras)
A) Eufemismo. incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conota-
B) Hipérbole. ção, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
C) Paradoxo. gem, entre outros.
D) Metonímia.
E) Hipérbato. - Capacidade de observação e de síntese;
- Capacidade de raciocínio.
3-) A expressão é um exagero! Ela serve apenas para
representar o calor excessivo que está fazendo. A figura
Interpretar / Compreender
que é utilizada “mil vezes” (!) para atingir tal objetivo é a
hipérbole.
Interpretar significa:
RESPOSTA: “B”.
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
- Através do texto, infere-se que...
- É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Compreender significa
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio- - entendimento, atenção ao que realmente está escrito.
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de - o texto diz que...
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar - é sugerido pelo autor que...
e decodificar). - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. ção...
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com - o narrador afirma...
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interli- Erros de interpretação
gação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre
as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu - Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do
contexto original e analisada separadamente, poderá ter contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
um significado diferente daquele inicial. quer por conhecimento prévio do tema quer pela imagi-
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe- nação.
rências diretas ou indiretas a outros autores através de cita- - Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se aten-
ções. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. ção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é um
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o en-
de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir tendimento do tema desenvolvido.
daí, localizam-se as ideias secundárias - ou fundamenta- - Contradição = às vezes o texto apresenta ideias con-
ções -, as argumentações - ou explicações -, que levam ao trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
esclarecimento das questões apresentadas na prova. cadas e, consequentemente, errar a questão.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Observação - Muitos pensam que existem a ótica do - Observe as relações interparágrafos. Um parágrafo
escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa geralmente mantém com outro uma relação de continua-
prova de concurso, o que deve ser levado em consideração ção, conclusão ou falsa oposição. Identifique muito bem
é o que o autor diz e nada mais. essas relações.
- Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja,
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que a ideia mais importante.
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. - Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou
Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora da
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono- resposta – o que vale não somente para Interpretação de
me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se Texto, mas para todas as demais questões!
vai dizer e o que já foi dito. - Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia princi-
pal, leia com atenção a introdução e/ou a conclusão.
Observação – São muitos os erros de coesão no dia - Olhe com especial atenção os pronomes relativos,
a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., cha-
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do mados vocábulos relatores, porque remetem a outros vo-
verbo; aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer cábulos do texto.
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante- Fontes de pesquisa:
cedente. http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu-
Os pronomes relativos são muito importantes na in- gues/como-interpretar-textos
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-me-
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que lhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-pa-
a saber: ra-voce-interpretar-melhor-um.html
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden- http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/ques-
te, mas depende das condições da frase. tao-117-portugues.htm
- qual (neutro) idem ao anterior.
- quem (pessoa) Questões
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
o objeto possuído. 1-) (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚ-
- como (modo) BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔ-
- onde (lugar) NICA – IADES/2014)
- quando (tempo)
- quanto (montante) Gratuidades
Exemplo: Crianças com até cinco anos de idade e adultos com
Falou tudo QUANTO queria (correto) mais de 65 anos de idade têm acesso livre ao Metrô-DF.
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria Para os menores, é exigida a certidão de nascimento e, para
aparecer o demonstrativo O). os idosos, a carteira de identidade. Basta apresentar um
documento de identificação aos funcionários posicionados
Dicas para melhorar a interpretação de textos no bloqueio de acesso.
Disponível em: <http://www.metro.df.gov.br/estacoes/
- Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do gratuidades.html> Acesso em: 3/3/2014, com adaptações.
assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos candidatos
na disputa, portanto, quanto mais informação você absorver Conforme a mensagem do primeiro período do texto,
com a leitura, mais chances terá de resolver as questões. assinale a alternativa correta.
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa (A) Apenas as crianças com até cinco anos de idade
a leitura. e os adultos com 65 anos em diante têm acesso livre ao
- Leia, leia bem, leia profundamente, ou seja, leia o tex- Metrô-DF.
to, pelo menos, duas vezes – ou quantas forem necessárias. (B) Apenas as crianças de cinco anos de idade e os
- Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma adultos com mais de 65 anos têm acesso livre ao Metrô-DF.
conclusão). (C) Somente crianças com, no máximo, cinco anos de
- Volte ao texto quantas vezes precisar. idade e adultos com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre
- Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as ao Metrô-DF.
do autor. (D) Somente crianças e adultos, respectivamente, com
- Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor cinco anos de idade e com 66 anos em diante, têm acesso
compreensão. livre ao Metrô-DF.
- Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de (E) Apenas crianças e adultos, respectivamente, com
cada questão. até cinco anos de idade e com 65 anos em diante, têm
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. acesso livre ao Metrô-DF.
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LÍNGUA PORTUGUESA
1-) Dentre as alternativas apresentadas, a única que 3-) Recorramos ao texto: “Localizada às margens do
condiz com as informações expostas no texto é “Somente Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao
crianças com, no máximo, cinco anos de idade e adultos lado do Museu de Arte de Brasília – MAB), está a Concha
com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre ao Metrô-DF”. Acústica do DF. Projetada por Oscar Niemeyer”. As infor-
RESPOSTA: “C”. mações contidas nas demais alternativas são incoerentes
com o texto.
2-) (SUSAM/AM – TÉCNICO (DIREITO) – FGV/2014 - RESPOSTA: “A”.
adaptada) “Se alguém que é gay procura Deus e tem boa
vontade, quem sou eu para julgá‐lo?” a declaração do
Papa Francisco, pronunciada durante uma entrevista à im-
prensa no final de sua visita ao Brasil, ecoou como um TIPOLOGIA TEXTUAL
trovão mundo afora. Nela existe mais forma que substância
– mas a forma conta”. (...)
(Axé Silva, O Mundo, setembro 2013)
A todo o momento nos deparamos com vários textos,
O texto nos diz que a declaração do Papa ecoou como sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença
um trovão mundo afora. Essa comparação traz em si mes- do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo
ma dois sentidos, que são que está sendo transmitido entre os interlocutores. Estes
(A) o barulho e a propagação. interlocutores são as peças principais em um diálogo ou
(B) a propagação e o perigo. em um texto escrito.
(C) o perigo e o poder. É de fundamental importância sabermos classificar os
(D) o poder e a energia. textos com os quais travamos convivência no nosso dia a
(E) a energia e o barulho. dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais
e gêneros textuais.
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um
2-) Ao comparar a declaração do Papa Francisco a um
fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opi-
trovão, provavelmente a intenção do autor foi a de mostrar
nião sobre determinado assunto, descrevemos algum lugar
o “barulho” que ela causou e sua propagação mundo afora.
que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre alguém
Você pode responder à questão por eliminação: a segun-
que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente nessas
da opção das alternativas relaciona-se a “mundo afora”, ou
situações corriqueiras que classificamos os nossos textos
seja, que se propaga, espalha. Assim, sobraria apenas a al- naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dis-
ternativa A! sertação.
RESPOSTA: “A”.
As tipologias textuais caracterizam-se pelos aspec-
3-) (SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚ- tos de ordem linguística
BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM CONTABI-
LIDADE – IADES/2014 - adaptada) Os tipos textuais designam uma sequência definida
Concha Acústica pela natureza linguística de sua composição. São observa-
Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de dos aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações
Clubes Esportivos Norte (ao lado do Museu de Arte de lógicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo, argu-
Brasília – MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada mentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo.
por Oscar Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969
e doada pela Terracap à Fundação Cultural de Brasília (hoje - Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação
Secretaria de Cultura), destinada a espetáculos ao ar livre. demarcados no tempo do universo narrado, como também
Foi o primeiro grande palco da cidade. de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois, entre
Disponível em: <http://www.cultura.df.gov.br/nossa- outros: Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. De-
cultura/concha- acustica.html>. Acesso em: 21/3/2014, pois de muita conversa, resolveram...
com adaptações.
- Textos descritivos – como o próprio nome indica,
Assinale a alternativa que apresenta uma mensagem descrevem características tanto físicas quanto psicológicas
compatível com o texto. acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos
(A) A Concha Acústica do DF, que foi projetada por Os- verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito
car Niemeyer, está localizada às margens do Lago Paranoá, imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como a asa da
no Setor de Clubes Esportivos Norte. graúna...”
(B) Oscar Niemeyer projetou a Concha Acústica do DF
em 1969. - Textos expositivos – Têm por finalidade explicar um
(C) Oscar Niemeyer doou a Concha Acústica ao que assunto ou uma determinada situação que se almeje de-
hoje é a Secretaria de Cultura do DF. senvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela aconte-
(D) A Terracap transformou-se na Secretaria de Cultura cer, como em: O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02
do DF. de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob pena
(E) A Concha Acústica foi o primeiro palco de Brasília. de perder o benefício.
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c) Outras frases são construídas com verbos intransiti- Neste caso, há uma oração adjetiva intercalada.
vos, que não têm complemento: As orações adjetivas explicativas desempenham fre-
O menino morreu na Alemanha. (sujeito + verbo + ad- quentemente um papel semelhante ao do aposto explicati-
junto adverbial) vo, por isto são também isoladas por vírgula.
A globalização nasceu no século XX. (idem)
d) Há ainda frases nominais que não possuem verbos: A globalização causa, caro leitor, desemprego no Brasil…
cada macaco no seu galho. Nestes tipos de frase, a ordem Neste outro caso, há um vocativo entre o verbo e o seu
direta faz-se naturalmente. Usam-se apenas os termos complemento.
existentes nelas.
A globalização causa desemprego, e isto é lamentável,
Levando em consideração a ordem direta, podemos no Brasil…
estabelecer três regras básicas para o uso da vírgula: Aqui, há uma oração intercalada (note que ela não per-
1)Se os termos estão colocados na ordem direta não tence ao assunto: globalização, da frase principal, tal ora-
haverá a necessidade de vírgulas. A frase (2) é um exemplo ção é apenas um comentário à parte entre o complemento
disto: verbal e os adjuntos).
A globalização está causando desemprego no Brasil e na
América Latina. Observação: a simples negação em uma frase não exi-
ge vírgula: A globalização não causou desemprego no Brasil
Todavia, ao repetir qualquer um dos termos da oração e na América Latina.
por três vezes ou mais, então é necessário usar a vírgula,
mesmo que estejamos usando a ordem direta. Esta é a re- 3)Quando “quebramos” a ordem direta, invertendo-a,
gra básica nº1 para a colocação da vírgula. Veja: tal quebra torna a vírgula necessária. Esta é a regra nº3 da
A globalização, a tecnologia e a “ciranda financeira” colocação da vírgula.
causam desemprego…
(três núcleos do sujeito) No Brasil e na América Latina, a globalização está cau-
sando desemprego…
A globalização causa desemprego no Brasil, na América No fim do século XX, a globalização causou desemprego
Latina e na África. no Brasil…
(três adjuntos adverbiais)
Nota-se que a quebra da ordem direta frequentemente
A globalização está causando desemprego, insatisfação se dá com a colocação das circunstâncias antes do sujeito.
e sucateamento industrial no Brasil e na América Latina. Trata-se da ordem inversa. Estas circunstâncias, em gramá-
(três complementos verbais) tica, são representadas pelos adjuntos adverbiais. Muitas
vezes, elas são colocadas em orações chamadas adverbiais
2)Em princípio, não devemos, na ordem direta, sepa- que têm uma função semelhante a dos adjuntos adverbiais,
rar com vírgula o sujeito e o verbo, nem o verbo e o seu isto é, denotam tempo, lugar, etc. Exemplos:
complemento, nem o complemento e as circunstâncias, ou
seja, não devemos separar com vírgula os termos da ora- Quando o século XX estava terminando, a globalização
ção. Veja exemplos de tal incorreção: começou a causar desemprego.
Enquanto os países portadores de alta tecnologia de-
O Brasil, será feliz. A globalização causa, o desemprego. senvolvem-se, a globalização causa desemprego nos países
pobres.
Ao intercalarmos alguma palavra ou expressão entre Durante o século XX, a Globalização causou desempre-
os termos da oração, cabe isolar tal termo entre vírgulas, go no Brasil.
assim o sentido da ideia principal não se perderá. Esta é
a regra básica nº 2 para a colocação da vírgula. Dito em Observação: quanto à equivalência e transformação de
outras palavras: quando intercalamos expressões e frases estruturas, um exemplo muito comum cobrado em provas
entre os termos da oração, devemos isolar os mesmos com é o enunciado trazer uma frase no singular e pedir a passa-
vírgulas. Vejamos: gem para o plural, mantendo o sentido. Outro exemplo é a
A globalização, fenômeno econômico deste fim de sécu- mudança de tempos verbais.
lo XX, causa desemprego no Brasil.
Fonte de pesquisa:
Aqui um aposto à globalização foi intercalado entre o http://ricardovigna.wordpress.com/2009/02/02/estu-
sujeito e o verbo. dos-de-linguagem-1-estrutura-frasal-e-pontuacao/
Outros exemplos:
A globalização, que é um fenômeno econômico e cultu-
ral, está causando desemprego no Brasil e na América Lati-
na.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Questões
ESTRUTURA TEXTUAL
1-) (TRF/3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014
- adaptada)
Reunir-se para ouvir alguém ler tornou-se uma prática
necessária e comum no mundo laico da Idade Média. Até Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a ca-
a invenção da imprensa, a alfabetização era rara e os livros, pacidade que temos de pensar. Por meio do pensamento,
propriedade dos ricos, privilégio de um pequeno punhado elaboramos todas as informações que recebemos e orien-
de leitores. tamos as ações que interferem na realidade e organização
Embora alguns desses senhores afortunados ocasional- de nossos escritos. O que lemos é produto de um pensa-
mente emprestassem seus livros, eles o faziam para um nú- mento transformado em texto.
mero limitado de pessoas da própria classe ou família. Logo, como cada um de nós tem seu modo de pen-
(Adaptado de: MANGUEL, Alberto, op.cit.) sar, quando escrevemos sempre procuramos uma maneira
organizada do leitor compreender as nossas ideias. A fina-
Mantêm-se a correção e as relações de sentido estabe- lidade da escrita é direcionar totalmente o que você quer
lecidas no texto, substituindo-se Embora (2.º parágrafo) por dizer, por meio da comunicação.
(A) Contudo. Para isso, os elementos que compõem o texto se sub-
(B) Desde que. dividem em: introdução, desenvolvimento e conclusão. To-
(C) Porquanto. dos eles devem ser organizados de maneira equilibrada.
(D) Uma vez que.
(E) Conquanto. Introdução
1-) “Embora” é uma conjunção concessiva (apresenta Caracterizada pela entrada no assunto e a argumenta-
uma exceção à regra). A outra conjunção concessiva é “con- ção inicial. A ideia central do texto é apresentada nessa eta-
quanto”. pa. Essa apresentação deve ser direta, sem rodeios. O seu
RESPOSTA: “E”. tamanho raramente excede a 1/5 de todo o texto. Porém,
em textos mais curtos, essa proporção não é equivalente.
2-) (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – Neles, a introdução pode ser o próprio título. Já nos textos
VUNESP/2014 - adaptada) Considere o trecho: “Se o senhor mais longos, em que o assunto é exposto em várias pági-
não se importa, vou levar minha sobrinha ao dentista, mas nas, ela pode ter o tamanho de um capítulo ou de uma par-
posso quebrar o galho e fazer sua corrida”. Esse trecho está te precedida por subtítulo. Nessa situação, pode ter vários
corretamente reescrito e mantém o sentido em: parágrafos. Em redações mais comuns, que em média têm
(A) Uma vez que o senhor não se importe, vou levar mi- de 25 a 80 linhas, a introdução será o primeiro parágrafo.
nha sobrinha ao dentista, assim que possa quebrar o galho
e fazer sua corrida. Desenvolvimento
(B) Já que o senhor não se importa, vou levar minha so-
brinha ao dentista, porque posso quebrar o galho e fazer A maior parte do texto está inserida no desenvol-
sua corrida. vimento, que é responsável por estabelecer uma ligação
(C) À medida que o senhor não se importe, vou levar entre a introdução e a conclusão. É nessa etapa que são
minha sobrinha ao dentista, logo que possa quebrar o galho elaboradas as ideias, os dados e os argumentos que sus-
e fazer sua corrida. tentam e dão base às explicações e posições do autor. É ca-
(D) Caso o senhor não se importe, vou levar minha so- racterizado por uma “ponte” formada pela organização das
brinha ao dentista, no entanto posso quebrar o galho e fazer ideias em uma sequência que permite formar uma relação
sua corrida. equilibrada entre os dois lados.
(E) Para que o senhor não se importe, vou levar minha O autor do texto revela sua capacidade de discutir um
sobrinha ao dentista, todavia posso quebrar o galho e fazer determinado tema no desenvolvimento, e é através desse
sua corrida. que o autor mostra sua capacidade de defender seus pon-
tos de vista, além de dirigir a atenção do leitor para a con-
2-) “Se o senhor não se importa, vou levar minha so- clusão. As conclusões são fundamentadas a partir daqui.
brinha ao dentista, mas posso quebrar o galho e fazer sua Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o es-
corrida” critor já deve ter uma ideia clara de como será a conclusão.
O primeiro período é introduzido por uma conjunção Daí a importância em planejar o texto.
condicional (“se”); o segundo, conjunção adversativa. As Em média, o desenvolvimento ocupa 3/5 do texto, no
conjunções apresentadas que têm a mesma classificação, mínimo. Já nos textos mais longos, pode estar inserido em
respectivamente, e que, por isso, poderiam substituir ade- capítulos ou trechos destacados por subtítulos. Apresentar-
quadamente as destacadas no enunciado são “caso” e “no se-á no formato de parágrafos medianos e curtos.
entanto”. Acredito que, mesmo que você não saiba a clas- Os principais erros cometidos no desenvolvimento são
sificação das conjunções, conseguiria responder à questão o desvio e a desconexão da argumentação. O primeiro está
apenas utilizando a coerência: as demais alternativas não relacionado ao autor tomar um argumento secundário que
a têm. se distancia da discussão inicial, ou quando se concentra
RESPOSTA: “D”. em apenas um aspecto do tema e esquece o seu todo. O
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Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa - deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de
Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satis- corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas
feito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa de rodapé;
Senhoria deve estar satisfeita”. - para símbolos não existentes na fonte Times New Ro-
No envelope, o endereçamento das comunicações diri- man poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
gidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a se- - é obrigatório constar a partir da segunda página o
guinte forma: número da página;
- os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser
A Sua Excelência o Senhor impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as mar-
Fulano de Tal gens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas
Ministro de Estado da Justiça páginas pares (“margem espelho”);
70.064-900 – Brasília. DF - o campo destinado à margem lateral esquerda terá,
no mínimo, 3,0 cm de largura;
A Sua Excelência o Senhor
- o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de
Senador Fulano de Tal
distância da margem esquerda;
Senado Federal
70.165-900 – Brasília. DF - o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5
cm;
Senhor Ministro, - deve ser utilizado espaçamento simples entre as li-
Submeto a Vossa Excelência projeto (...) nhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor
de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha
Fechos para Comunicações em branco;
O fecho das comunicações oficiais possui, além da fina- - não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sub-
lidade de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os linhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bor-
modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram re- das ou qualquer outra forma de formatação que afete a
gulados pela Portaria nº1 do Ministério da Justiça, de 1937, elegância e a sobriedade do documento;
que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los - a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em
e uniformiza-los, este Manual estabelece o emprego de so- papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas
mente dois fechos diferentes para todas as modalidades de para gráficos e ilustrações;
comunicação oficial: - todos os tipos de documentos do Padrão Ofício de-
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente vem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7
da República: Respeitosamente, x 21,0 cm;
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hie- - deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de
rarquia inferior: Atenciosamente, arquivo Rich Text nos documentos de texto;
- dentro do possível, todos os documentos elabora-
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas dos devem ter o arquivo de texto preservado para consulta
a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição pró- posterior ou aproveitamento de trechos para casos análo-
prios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do gos;
Ministério das Relações Exteriores. - para facilitar a localização, os nomes dos arquivos de-
vem ser formados da seguinte maneira:
Identificação do Signatário
tipo do documento + número do documento + pala-
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da
vras-chaves do conteúdo
República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer
o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”
de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:
Aviso e Ofício
(espaço para assinatura)
Nome Definição e Finalidade
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial
praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que
(espaço para assinatura) o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado,
Nome para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofí-
Ministro de Estado da Justiça cio é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos ór-
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assi- gãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício,
natura em página isolada do expediente. Transfira para essa também com particulares.
página ao menos a última frase anterior ao fecho.
Forma e Estrutura
Forma de diagramação Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o
seguinte forma de apresentação: destinatário, seguido de vírgula.
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A mensagem, como os demais atos assinados pelo Pre- Forma e Estrutura - Um dos atrativos de comunica-
sidente da República, não traz identificação de seu signa- ção por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não
tário. interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto,
deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma
Telegrama comunicação oficial.
O campo “assunto” do formulário de correio eletrôni-
Definição e Finalidade - Com o fito de uniformizar a co mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a
terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos, organização documental tanto do destinatário quanto do
passa a receber o título de telegrama toda comunicação remetente.
oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc. Para os arquivos anexados à mensagem, deve ser utili-
Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos zado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem
cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restringir- que encaminha algum arquivo deve trazer informações mí-
se o uso do telegrama apenas àquelas situações que não seja nimas sobre seu conteúdo.
possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de con-
justifique sua utilização. Em razão de seu custo elevado, esta firmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar
forma de comunicação deve pautar-se pela concisão. na mensagem o pedido de confirmação de recebimento.
Forma e Estrutura - Não há padrão rígido, devendo- Valor documental - Nos termos da legislação em vi-
se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis gor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor
nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet. documental, e para que possa ser aceito como documento
original, é necessário existir certificação digital que ateste
Fax a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.
Definição e Finalidade - O fax (forma abreviada já Elementos de Ortografia e Gramática
consagrada de fac-símile) é uma forma de comunicação
que está sendo menos usada devido ao desenvolvimento Problemas de Construção de Frases
da Internet. É utilizado para a transmissão de mensagens
urgentes e para o envio antecipado de documentos, de A clareza e a concisão na forma escrita são alcançadas,
cujo conhecimento há premência, quando não há condi- principalmente, pela construção adequada da frase, “a me-
ções de envio do documento por meio eletrônico. Quando nor unidade autônoma da comunicação”, na definição de
necessário o original, ele segue posteriormente pela via e Celso Pedro Luft.
na forma de praxe. A função essencial da frase é desempenhada pelo pre-
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com có-
dicado, que, para Adriano da Gama Kury, pode ser entendi-
pia do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos
do como “a enunciação pura de um fato qualquer”. Sempre
modelos, deteriora-se rapidamente.
que a frase possuir pelo menos um verbo, recebe o nome
de período, que terá tantas orações quantos forem os ver-
Forma e Estrutura - Os documentos enviados por fax
bos não auxiliares que o constituem.
mantêm a forma e a estrutura que lhes são inerentes.
Outra função relevante é a do sujeito – mas não indis-
É conveniente o envio, juntamente com o documento
principal, de folha de rosto e de pequeno formulário com pensável, pois há orações sem sujeito, ditas impessoais –,
os dados de identificação da mensagem a ser enviada, con- de quem se diz algo, cujo núcleo é sempre um substantivo.
forme exemplo a seguir: Sempre que o verbo o exigir, teremos nas orações substan-
tivos (nomes ou pronomes) que desempenham a função
[Órgão Expedidor] de complementos (objetos direto e indireto, predicativo e
[setor do órgão expedidor] complemento adverbial). Função acessória desempenham
[endereço do órgão expedidor] os adjuntos adverbiais, que vêm geralmente ao final da
Destinatário:____________________________________ oração, mas que podem ser ou intercalados aos elementos
No do fax de destino:_______________ Data:___/___/___ que desempenham as outras funções, ou deslocados para
Remetente: ____________________________________ o início da oração.
Tel. p/ contato:____________ Fax/correio eletrônico:____ Temos, assim, a seguinte ordem de colocação dos ele-
No de páginas: ________ No do documento:____________ mentos que compõem uma oração (Observação: os parên-
teses indicam os elementos que podem não ocorrer):
Observações:___________________________________
(sujeito) - verbo - (complementos) - (adjunto adverbial).
Correio Eletrônico
Podem ser identificados seis padrões básicos para as
Definição e finalidade - O correio eletrônico (“e-mail”), orações pessoais (isto é, com sujeito) na língua portuguesa
por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na princi- (a função que vem entre parênteses é facultativa e pode
pal forma de comunicação para transmissão de documen- ocorrer em ordem diversa):
tos.
1. Sujeito - verbo intransitivo - (Adjunto Adverbial)
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O Presidente - regressou - (ontem). Certo: Não vejo mal em o Governo proceder assim.
2. Sujeito - verbo transitivo direto - objeto direto - (ad- Errado: Antes destes requisitos serem cumpridos, (...).
junto adverbial) Certo: Antes de estes requisitos serem cumpridos, (...).
O Chefe da Divisão - assinou - o termo de posse - (na
manhã de terça-feira). Errado: Apesar da Assessoria ter informado em tempo, (...).
Certo: Apesar de a Assessoria ter informado em tempo, (...).
3. Sujeito - verbo transitivo indireto - objeto indireto -
(adjunto adverbial). Frases Fragmentadas
O Brasil - precisa - de gente honesta - (em todos os se- A fragmentação de frases “consiste em pontuar uma
tores). oração subordinada ou uma simples locução como se fosse
uma frase completa”. Decorre da pontuação errada de uma
frase simples. Embora seja usada como recurso estilístico na
4. Sujeito - verbo transitivo direto e indireto - obj. dire-
literatura, a fragmentação de frases deve ser evitada nos
to - obj. indireto - (adj. Adv.)
textos oficiais, pois muitas vezes dificulta a compreensão.
Os desempregados - entregaram - suas reivindicações -
Exemplo:
ao Deputado - (no Congresso). Errado: O programa recebeu a aprovação do Congresso
5. Sujeito - verbo transitivo indireto - complemento ad- Nacional. Depois de ser longamente debatido.
verbial - (adjunto adverbial) Certo: O programa recebeu a aprovação do Congresso
A reunião do Grupo de Trabalho - ocorrerá - em Buenos Nacional, depois de ser longamente debatido.
Aires - (na próxima semana). Certo: Depois de ser longamente debatido, o programa re-
O Presidente - voltou - da Europa - (na sexta-feira) cebeu a aprovação do Congresso Nacional.
6. Sujeito - verbo de ligação - predicativo - (adjunto ad- Errado: O projeto de Convenção foi oportunamente sub-
verbial) metido ao Presidente da República, que o aprovou. Consultadas
O problema - será - resolvido - prontamente. as áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
Certo: O projeto de Convenção foi oportunamente subme-
Estes seriam os padrões básicos para as orações, ou seja, tido ao Presidente da República, que o aprovou, consultadas as
as frases que possuem apenas um verbo conjugado. Na cons- áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
trução de períodos, as várias funções podem ocorrer em or-
dem inversa à mencionada, misturando-se e confundindo-se. Erros de Paralelismo
Não interessa aqui análise exaustiva de todos os padrões exis- Uma das convenções estabelecidas na linguagem escrita
tentes na língua portuguesa. O que importa é fixar a ordem “consiste em apresentar ideias similares numa forma gramati-
normal dos elementos nesses seis padrões básicos. Acrescen- cal idêntica”, o que se chama de paralelismo. Assim, incorre-se
te-se que períodos mais complexos, compostos por duas ou em erro ao conferir forma não paralela a elementos paralelos.
mais orações, em geral podem ser reduzidos aos padrões bá- Vejamos alguns exemplos:
sicos (de que derivam).
Os problemas mais frequentemente encontrados na Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos Ministérios eco-
construção de frases dizem respeito à má pontuação, à am- nomizar energia e que elaborassem planos de redução de despesas.
biguidade da ideia expressa, à elaboração de falsos paralelis-
Na frase temos, nas duas orações subordinadas que com-
mos, erros de comparação, etc. Decorrem, em geral, do des-
pletam o sentido da principal, duas estruturas diferentes para
conhecimento da ordem das palavras na frase. Indicam-se, a
ideias equivalentes: a primeira oração (economizar energia) é
seguir, alguns desses defeitos mais comuns e recorrentes na
reduzida de infinitivo, enquanto a segunda (que elaborassem
construção de frases, registrados em documentos oficiais. planos de redução de despesas) é uma oração desenvolvida
introduzida pela conjunção integrante que. Há mais de uma
Sujeito possibilidade de escrevê-la com clareza e correção; uma seria
Como dito, o sujeito é o ser de quem se fala ou que exe- a de apresentar as duas orações subordinadas como desen-
cuta a ação enunciada na oração. Ele pode ter complemen- volvidas, introduzidas pela conjunção integrante que:
to, mas não ser complemento. Devem ser evitadas, portanto,
construções como: Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios
que economizassem energia e (que) elaborassem planos para
Errado: É tempo do Congresso votar a emenda. redução de despesas.
Certo: É tempo de o Congresso votar a emenda.
Outra possibilidade: as duas orações são apresentadas
Errado: Apesar das relações entre os países estarem cor- como reduzidas de infinitivo:
tadas, (...). Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios
Certo: Apesar de as relações entre os países estarem cor- economizar energia e elaborar planos para redução de despesas.
tadas, (...).
Nas duas correções respeita-se a estrutura paralela na
Errado: Não vejo mal no Governo proceder assim. coordenação de orações subordinadas.
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Mais um exemplo de frase inaceitável na língua escrita culta: Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o de
Errado: No discurso de posse, mostrou determinação, não um médico.
ser inseguro, inteligência e ter ambição.
Errado: O alcance do Decreto é diferente da Portaria.
O problema aqui decorre de coordenar palavras (subs- Novamente, a não repetição dos termos comparados
tantivos) com orações (reduzidas de infinitivo). confunde. Alternativas para correção:
Para tornar a frase clara e correta, pode-se optar ou por Certo: O alcance do Decreto é diferente do alcance da Por-
transformá-la em frase simples, substituindo as orações redu- taria.
zidas por substantivos: Certo: O alcance do Decreto é diferente do da Portaria.
Certo: No discurso de posse, mostrou determinação, segu- Errado: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas
rança, inteligência e ambição. do que os Ministérios do Governo.
No exemplo acima, a omissão da palavra “outros” (ou
Atentemos, ainda, para o problema inverso, o falso pa- “demais”) acarretou imprecisão:
ralelismo, que ocorre ao se dar forma paralela (equivalente) Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do
a ideias de hierarquia diferente ou, ainda, ao se apresentar, que os outros Ministérios do Governo.
de forma paralela, estruturas sintáticas distintas: Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do
Errado: O Presidente visitou Paris, Bonn, Roma e o Papa. que os demais Ministérios do Governo.
Ambiguidade
Nesta frase, colocou-se em um mesmo nível cidades (Pa-
ris, Bonn, Roma) e uma pessoa (o Papa). Uma possibilidade Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em
de correção é transformá-la em duas frases simples, com o mais de um sentido. Como a clareza é requisito básico de
cuidado de não repetir o verbo da primeira (visitar): todo texto oficial, deve-se atentar para as construções que
Certo: O Presidente visitou Paris, Bonn e Roma. Nesta últi- possam gerar equívocos de compreensão.
ma capital, encontrou-se com o Papa. A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade de
identificar a qual palavra se refere um pronome que possui
Mencionemos, por fim, o falso paralelismo provocado mais de um antecedente na terceira pessoa. Pode ocorrer
pelo uso inadequado da expressão “e que” num período que com:
não contém nenhum “que” anterior.
Errado: O novo procurador é jurista renomado, e que tem - pronomes pessoais:
sólida formação acadêmica. Ambíguo: O Ministro comunicou a seu secretariado que
ele seria exonerado.
Para corrigir a frase, suprimimos o pronome relativo: Claro: O Ministro comunicou exoneração dele a seu se-
Certo: O novo procurador é jurista renomado e tem sólida cretariado.
formação acadêmica. Ou então, caso o entendimento seja outro:
Claro: O Ministro comunicou a seu secretariado a exo-
Outro exemplo de falso paralelismo com “e que”: neração deste.
Errado: Neste momento, não se devem adotar medidas
precipitadas, e que comprometam o andamento de todo o pro- - pronomes possessivos e pronomes oblíquos:
grama. Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da Repúbli-
Da mesma forma com que corrigimos o exemplo anterior, ca, em seu discurso, e solicitou sua intervenção no seu Esta-
aqui podemos suprimir a conjunção: do, mas isso não o surpreendeu.
Certo: Neste momento, não se devem adotar medidas pre- Observe a multiplicidade de ambiguidade no exemplo
cipitadas, que comprometam o andamento de todo o progra- acima, a qual torna incompreensível o sentido da frase.
ma. Claro: Em seu discurso o Deputado saudou o Presidente
da República. No pronunciamento, solicitou a intervenção
Erros de Comparação
federal em seu Estado, o que não surpreendeu o Presidente
da República.
A omissão de certos termos ao fazermos uma compara-
ção, omissão própria da língua falada, deve ser evitada na lín-
- pronome relativo:
gua escrita, pois compromete a clareza do texto: nem sempre
Ambíguo: Roubaram a mesa do gabinete em que eu
é possível identificar, pelo contexto, qual o termo omitido. A
costumava trabalhar.
ausência indevida de um termo pode impossibilitar o enten-
dimento do sentido que se quer dar a uma frase: Não fica claro se o pronome relativo da segunda ora-
ção faz referência “à mesa” ou “a gabinete”. Esta ambigui-
Errado: O salário de um professor é mais baixo do que um dade se deve ao pronome relativo “que”, sem marca de gê-
médico. nero. A solução é recorrer às formas o qual, a qual, os quais,
A omissão de termos provocou uma comparação indevi- as quais, que marcam gênero e número.
da: “o salário de um professor” com “um médico”. Claro: Roubaram a mesa do gabinete no qual eu costu-
Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o mava trabalhar.
salário de um médico. Se o entendimento é outro, então:
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Claro: Roubaram a mesa do gabinete na qual eu costu- dos pronomes de tratamento apresentados nas alternati-
mava trabalhar. vas, o pronome demonstrativo será “sua”. Descartamos, en-
tão, os itens A, C e E. Agora recorramos ao pronome ade-
Há, ainda, outro tipo de ambiguidade, que decorre da quado a ser utilizado para deputados. Segundo o Manual
dúvida sobre a que se refere a oração reduzida: de Redação Oficial, temos:
Ambíguo: Sendo indisciplinado, o Chefe admoestou o Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
funcionário. b) do Poder Legislativo: Presidente, Vice–Presidente e
Para evitar o tipo de ambiguidade do exemplo acima, Membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
deve-se deixar claro qual o sujeito da oração reduzida. (...).
Claro: O Chefe admoestou o funcionário por ser este RESPOSTA: “D”.
indisciplinado.
2-) (ANTAQ – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SER-
Ambíguo: Depois de examinar o paciente, uma senhora VIÇOS DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – CESPE/2014)
chamou o médico. Considerando aspectos estruturais e linguísticos das cor-
Claro: Depois que o médico examinou o paciente, foi respondências oficiais, julgue os itens que se seguem, de
chamado por uma senhora. acordo com o Manual de Redação da Presidência da Re-
pública.
O tratamento Digníssimo deve ser empregado para to-
Fontes de pesquisa:
das as autoridades do poder público, uma vez que a dig-
http://www.redacaooficial.com.br/redacao_oficial_pu-
nidade é tida como qualidade inerente aos ocupantes de
blicacoes_ver.php?id=2
cargos públicos.
http://portuguesxconcursos.blogspot.com.br/p/reda-
( ) CERTO ( ) ERRADO
cao-oficial-para-concursos.html
2-) Vamos ao Manual: O Manual ainda preceitua que a
Questões forma de tratamento “Digníssimo” fica abolida (...) afinal, a
dignidade é condição primordial para que tais cargos públi-
1-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) cos sejam ocupados.
Leia o seguinte fragmento de um ofício, citado do Manual Fonte: http://www.redacaooficial.com.br/redacao_ofi-
de Redação da Presidência da República, no qual expres- cial_publicacoes_ver.php?id=2
sões foram substituídas por lacunas. RESPOSTA: “ERRADO”.
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Partícula apassivadora: ligada a verbo que pede ob- Quanto ao nível informal, por sua vez, representa o es-
jeto direto, caracteriza as orações que estão na voz passi- tilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado
va sintética. É também chamada de pronome apassivador. controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que, para
Nesse caso, não exerce função sintática, seu papel é apenas a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira
apassivar o verbo. errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma
um estigma.
Vendem-se casas. Compondo o quadro do padrão informal da lingua-
Aluga-se carro. gem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais
Compram-se joias. representam as variações de acordo com as condições so-
Índice de indeterminação do sujeito: vem ligando a ciais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
um verbo que não é transitivo direto, tornando o sujeito Dentre elas destacam-se:
indeterminado. Não exerce propriamente uma função sin-
tática, seu papel é o de indeterminar o sujeito. Lembre-se Variações históricas: Dado o dinamismo que a lín-
de que, nesse caso, o verbo deverá estar na terceira pessoa gua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do
do singular. tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão
da ortografia, se levarmos em consideração a palavra far-
Trabalha-se de dia. mácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, con-
Precisa-se de vendedores. trapondo-se à linguagem dos internautas, a qual se fun-
damenta pela supressão do vocábulos. Analisemos, pois, o
Pronome reflexivo: quando a palavra se é pronome fragmento exposto:
pessoal, ela deverá estar sempre na mesma pessoa do su-
jeito da oração de que faz parte. Por isso o pronome oblí-
quo se sempre será reflexivo (equivalendo a a si mesmo), Antigamente
podendo assumir as seguintes funções sintáticas:
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e
eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos:
* objeto direto
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,
Ele cortou-se com o facão.
mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arras-
* objeto indireto
tando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.”
Ele se atribui muito valor.
Carlos Drummond de Andrade
* sujeito de um infinitivo
Comparando-o à modernidade, percebemos um voca-
“Sofia deixou-se estar à janela.”
bulário antiquado.
* Texto adaptado por Por Marina Cabral Variações regionais: São os chamados dialetos, que
são as marcas determinantes referentes a diferentes re-
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/classi- giões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que,
ficacao-das-palavras-que-e-se.htm em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como:
macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade es-
tão os sotaques, ligados às características orais da lingua-
gem.
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Para telha dizem teia Releva considerar, assim, o momento do discurso, que
Para telhado dizem teiado pode ser íntimo, neutro ou solene. O momento íntimo é o
E vão fazendo telhados. das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre ami-
Oswald de Andrade gos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas
perfeitamente normais construções do tipo:
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/varia- Eu não vi ela hoje.
coes-linguisticas.htm Ninguém deixou ele falar.
Deixe eu ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuse!
Níveis de linguagem Não assisti o filme nem vou assisti-lo.
Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo.
A língua é um código de que se serve o homem para
elaborar mensagens, para se comunicar. Existem basica- Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a
mente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas norma culta, deixando mais livres os interlocutores.
funcionais: O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que
1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se
ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou
por base a norma culta, forma linguística utilizada pelo seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se
segmento mais culto e influente de uma sociedade. Cons- alteram:
titui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comu- Eu não a vi hoje.
nicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, Ninguém o deixou falar.
revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem Deixe-me ver isso!
aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colabo- Eu te amo, sim, mas não abuses!
rando na educação; Não assisti ao filme nem vou assistir a ele.
2) a língua funcional de modalidade popular; língua po-
Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.
pular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais
diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.
Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos
Norma culta:
de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista,
etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgres-
A norma culta, forma linguística que todo povo civiliza-
sões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas,
do possui, é a que assegura a unidade da língua nacional.
quando no exercício do trabalho, que deve refletir serviço
E justamente em nome dessa unidade, tão importante do
à causa do ensino.
ponto de vista político--cultural, que é ensinada nas esco-
las e difundida nas gramáticas. Sendo mais espontânea e O momento solene, acessível a poucos, é o da arte
criativa, a língua popular afigura-se mais expressiva e dinâ- poética, caracterizado por construções de rara beleza.
mica. Temos, assim, à guisa de exemplificação: Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume.
Estou preocupado. (norma culta) Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa
Tô preocupado. (língua popular) de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o co-
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular) mete, passando, assim, a constituir fato linguístico registro
de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda
Não basta conhecer apenas uma modalidade de lín- que não tenha amparo gramatical. Exemplos:
gua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a es- Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!)
pontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.)
viver; urge conhecer a língua culta para conviver. Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos
Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das nor- dispersar e Não vamos dispersar-nos.)
mas da língua culta. Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de
sair daqui bem depressa.)
O conceito de erro em língua: O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no
seu posto.)
Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos
casos de ortografia. O que normalmente se comete são As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos im-
transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num pedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos
momento íntimo do discurso, diz: “Ninguém deixou ele fa- também de transgressões ou “erros” que se tornaram fatos
lar”, não comete propriamente erro; na verdade, transgride linguísticos, já que só correm hoje porque a maioria viu
a norma culta. tais verbos como derivados de pedir, que tem início, na sua
Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, conjugação, com peço. Tanto bastou para se arcaizarem as
transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um formas então legítimas impido, despido e desimpido, que
banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa hoje nenhuma pessoa bem-escolarizada tem coragem de
praia, vestido de fraque e cartola. usar.
102
LÍNGUA PORTUGUESA
103
LÍNGUA PORTUGUESA
- Canal de transmissão da mensagem: faz a ligação parte do emissor, nomeadamente com o fato de se tor-
entre o emissor e o receptor e representa o meio através narem impossíveis ou pelo menos difíceis as retificações e
do qual é transmitida a mensagem. Existe uma grande as novas explicações para melhor compreensão após a sua
variedade de canais de transmissão, cada um deles com transmissão. Assim, os principais cuidados a ter para que
vantagens e inconvenientes: destacam-se o ar (no caso do a mensagem seja perfeitamente recebida e compreendida
emissor e receptor estarem frente a frente), o telefone, os pelo(s) receptor(es) são o uso de caligrafia legível e unifor-
meios eletrônicos e informáticos, os memorandos, a rádio, me (se manuscrita), a apresentação cuidada, a pontuação
a televisão, entre outros. e ortografia corretas, a organização lógica das ideias, a ri-
queza vocabular e a correção frásica. O emissor deve ainda
- Receptor da mensagem: representa quem recebe e possuir um perfeito conhecimento dos temas e deve tentar
descodifica a mensagem. Aqui é necessário ter em atenção prever as reações/feedback à sua mensagem.
que a descodificação da mensagem resulta naquilo que Como principais vantagens da comunicação escrita,
efetivamente o emissor pretendia enviar (por exemplo, em podemos destacar o fato de ser duradoura e permitir um
diferentes culturas, um mesmo gesto pode ter significados registro e de permitir uma maior atenção à organização
diferentes). Podem existir apenas um ou numerosos recep- da mensagem sendo, por isso, adequada para a transmitir
tores para a mesma mensagem. políticas, procedimentos, normas e regras. Adequa-se tam-
bém a mensagens longas e que requeiram uma maior aten-
- Ruídos: representam obstruções mais ou menos in- ção e tempo por parte do receptor tais como relatórios e
tensas ao processo de comunicação e podem ocorrer em análises diversas. Como principais desvantagens destacam-
qualquer uma das suas fases. Denominam-se ruídos inter- se a já referida ausência do receptor o que impossibilita o
nos se ocorrem durante as fases de codificação ou desco- feedback imediato, não permite correções ou explicações
dificação e externos se ocorrerem no canal de transmissão. adicionais e obriga ao uso exclusivo da linguagem verbal.
Obviamente estes ruídos variam consoante o tipo de canal
de transmissão utilizado e consoante as características do Comunicação Oral
emissor e do(s) receptor(es), sendo, por isso, um dos crité-
rios utilizados na escolha do canal de transmissão quer do No caso da comunicação oral, a sua principal caracte-
tipo de codificação. rística é a presença do receptor (exclui-se, obviamente, a
comunicação oral que utilize a televisão, a rádio, ou as gra-
- Retro-informação (feedback): representa a resposta vações). Esta característica explica diversas das suas prin-
do(s) receptor(es) ao emissor da mensagem e pode ser cipais vantagens, nomeadamente o fato de permitir o fee-
utilizada como uma medida do resultado da comunicação. dback imediato, permitir a passagem imediata do receptor
Pode ou não ser transmitida pelo mesmo canal de trans- a emissor e vice-versa, permitir a utilização de comunica-
missão. ção não verbal como os gestos a mímica e a entoação, por
exemplo, facilitar as retificações e explicações adicionais,
Embora os tipos de comunicação sejam inúmeros, po- permitir observar as reações do receptor, e ainda a grande
dem ser agrupados em comunicação verbal e comunica- rapidez de transmissão. Contudo, e para que estas vanta-
ção não verbal. Como comunicação não verbal podemos gens sejam aproveitadas é necessário o conhecimento dos
considerar os gestos, os sons, a mímica, a expressão facial, temas, a clareza, a presença e naturalidade, a voz agradável
as imagens, entre outros. É frequentemente utilizada em e a boa dicção, a linguagem adaptada, a segurança e auto-
locais onde o ruído ou a situação impede a comunicação domínio, e ainda a disponibilidade para ouvir.
oral ou escrita como por exemplo as comunicações entre Como principais desvantagens da comunicação oral
“dealers” nas bolsas de valores. É também muito utilizada destacam-se o fato de ser efêmera, não permitindo qual-
como suporte e apoio à comunicação oral. quer registro e, consequentemente, não se adequando a
Quanto à comunicação verbal, que inclui a comunica- mensagens longas e que exijam análise cuidada por parte
ção escrita e a comunicação oral, por ser a mais utilizada na do receptor.
sociedade em geral e nas organizações em particular, por
ser a única que permite a transmissão de ideias complexas Gêneros Escritos e Orais
e por ser um exclusivo da espécie humana, é aquela que
mais atenção tem merecido dos investigadores, caracteri- Gêneros textuais são tipos específicos de textos de
zando-a e estudando quando e como deve ser utilizada. qualquer natureza, literários ou não. Modalidades discur-
sivas constituem as estruturas e as funções sociais (narra-
Comunicação Escrita tivas, discursivas, argumentativas) utilizadas como formas
de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser consi-
A comunicação escrita teve o seu auge, e ainda hoje derados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites,
predomina, nas organizações burocráticas que seguem atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comé-
os princípios da Teoria da Burocracia enunciados por Max dias, contos de fadas, crônicas, editoriais, ensaios, entrevis-
Weber. A principal característica é o fato do receptor estar tas, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, ins-
ausente tornando-a, por isso, num monólogo permanente truções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias.
do emissor. Esta característica obriga a alguns cuidados por São textos que circulam no mundo, que têm uma função
104
LÍNGUA PORTUGUESA
específica, para um público específico e com características Exemplo de gêneros orais e escritos: Texto expositivo,
próprias. Aliás, essas características peculiares de um gêne- exposição oral, seminário, conferência, comunicação oral,
ro discursivo nos permitem abordar aspectos da textualida- palestra, entrevista de especialista, verbete, artigo enciclo-
de, tais como coerência e coesão textuais, impessoalidade, pédico, texto explicativo, tomada de notas, resumo de tex-
técnicas de argumentação e outros aspectos pertinentes tos expositivos e explicativos, resenha, relatório científico,
ao gênero em questão. relatório oral de experiência.
Gênero de texto então, refere-se às diferentes formas
de expressão textual. Nos estudos da Literatura, temos, por Domínios sociais de comunicação: Instruções e prescri-
exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, etc. ções.
Para a linguística, os gêneros textuais englobam estes Aspectos tipológicos: Descrever ações.
e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Capacidade de linguagem dominante: Regulação mú-
Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos também iden- tua de comportamentos.
tificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o email, e tan- Exemplo de gêneros orais e escritos: Instruções de mon-
tos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa tagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de
sociedade. uso, comandos diversos, textos prescritivos.
Quanto à forma ou estrutura das sequências linguís-
ticas encontradas em cada texto, podemos classificá-los
dentro dos tipos textuais a partir de suas estruturas e esti-
los composicionais. Funções da Linguagem
Domínios sociais de comunicação: Cultura Literária Fic-
cional. Quando se pergunta a alguém para que serve a lingua-
Aspectos tipológicos: Narrar. gem, a resposta mais comum é que ela serve para comuni-
Capacidade de linguagem dominante: Mimeses de ação car. Isso está correto. No entanto, comunicar não é apenas
através da criação da intriga no domínio do verossímil. transmitir informações. É também exprimir emoções, dar
Exemplo de gêneros orais e escritos: Conto de Fadas, fá- ordens, falar apenas para não haver silêncio. Para que serve
bula, lenda,narrativa de aventura, narrativa de ficção cien- a linguagem?
tífica, narrativa de enigma, narrativa mítica, sketch ou his- - A linguagem serve para informar: Função Referencial.
tória engraçada, biografia romanceada, romance, romance
histórico, novela fantástica, conto, crônica literária, adivi- “Estados Unidos invadem o Iraque”
nha, piada.
Domínios sociais de comunicação: Documentação e Essa frase, numa manchete de jornal, informa-nos so-
memorização das ações humana. bre um acontecimento do mundo.
Aspectos tipológicos: Relatar. Com a linguagem, armazenamos conhecimentos na
Capacidade de linguagem dominante: Representação memória, transmitimos esses conhecimentos a outras pes-
pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo. soas, ficamos sabendo de experiências bem-sucedidas, so-
Exemplo de gêneros orais e escritos: Relato de expe- mos prevenidos contra as tentativas mal sucedidas de fazer
riência vivida, relato de viagem, diário íntimo, testemunho, alguma coisa. Graças à linguagem, um ser humano recebe
anedota ou caso, autobiografia, curriculum vitae, notícia, de outro conhecimentos, aperfeiçoa-os e transmite-os.
reportagem, crônica social, crônica esportiva, histórico, re- Condillac, um pensador francês, diz: “Quereis aprender
lato histórico, ensaio ou perfil biográfico, biografia. ciências com facilidade? Começai a aprender vossa própria
língua!” Com efeito, a linguagem é a maneira como apren-
Domínios sociais de comunicação: Discussão de proble- demos desde as mais banais informações do dia a dia até
mas sociais controversos. as teorias científicas, as expressões artísticas e os sistemas
Aspectos tipológicos: Argumentar. filosóficos mais avançados.
Capacidade de linguagem dominante: Sustentação, re- A função informativa da linguagem tem importância
futação e negociação de tomadas de posição. central na vida das pessoas, consideradas individualmente
Exemplo de gêneros orais e escritos: Textos de opinião, ou como grupo social. Para cada indivíduo, ela permite co-
diálogo argumentativo, carta de leitor, carta de solicitação, nhecer o mundo; para o grupo social, possibilita o acúmulo
deliberação informal, debate regrado, assembleia, discurso de conhecimentos e a transferência de experiências. Por
de defesa (advocacia), discurso de acusação (advocacia), meio dessa função, a linguagem modela o intelecto.
resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial, É a função informativa que permite a realização do
ensaio. trabalho coletivo. Operar bem essa função da linguagem
possibilita que cada indivíduo continue sempre a aprender.
Domínios sociais de comunicação: Transmissão e cons- A função informativa costuma ser chamada também de
trução de saberes. função referencial, pois seu principal propósito é fazer com
Aspectos tipológicos: Expor. que as palavras revelem da maneira mais clara possível as
Capacidade de linguagem dominante: Apresentação coisas ou os eventos a que fazem referência.
textual de diferentes formas dos saberes.
105
LÍNGUA PORTUGUESA
- A linguagem serve para influenciar e ser influenciado: insinuarem intimidade com ele e, portanto, de exprimirem
Função Conativa. a importância que lhes seria atribuída pela proximidade
com o poder. Inúmeras vezes, contamos coisas que fizemos
“Vem pra Caixa você também.” para afirmarmo-nos perante o grupo, para mostrar nossa
valentia ou nossa erudição, nossa capacidade intelectual ou
Essa frase fazia parte de uma campanha destinada a nossa competência na conquista amorosa.
aumentar o número de correntistas da Caixa Econômica Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom
Federal. Para persuadir o público alvo da propaganda a de voz que empregamos, etc., transmitimos uma imagem
adotar esse comportamento, formulou-se um convite com nossa, não raro inconscientemente.
uma linguagem bastante coloquial, usando, por exemplo, a Emprega-se a expressão função emotiva para designar
forma vem, de segunda pessoa do imperativo, em lugar de a utilização da linguagem para a manifestação do enuncia-
venha, forma de terceira pessoa prescrita pela norma culta dor, isto é, daquele que fala.
quando se usa você.
Pela linguagem, as pessoas são induzidas a fazer de- - A linguagem serve para criar e manter laços sociais:
terminadas coisas, a crer em determinadas ideias, a sen- Função Fática.
tir determinadas emoções, a ter determinados estados de
alma (amor, desprezo, desdém, raiva, etc.). Por isso, pode- __Que calorão, hein?
se dizer que ela modela atitudes, convicções, sentimentos, __Também, tem chovido tão pouco.
emoções, paixões. Quem ouve desavisada e reiteradamente __Acho que este ano tem feito mais calor do que nos
a palavra negro pronunciada em tom desdenhoso aprende outros.
a ter sentimentos racistas; se a todo momento nos dizem, __Eu não me lembro de já ter sentido tanto calor.
num tom pejorativo, “Isso é coisa de mulher”, aprendemos
os preconceitos contra a mulher. Esse é um típico diálogo de pessoas que se encontram
Não se interfere no comportamento das pessoas ape- num elevador e devem manter uma conversa nos poucos
nas com a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos instantes em que estão juntas. Falam para nada dizer, ape-
influenciam de maneira bastante sutil, com tentações e nas porque o silêncio poderia ser constrangedor ou pare-
seduções, como os anúncios publicitários que nos dizem cer hostil.
como seremos bem sucedidos, atraentes e charmosos se Quando estamos num grupo, numa festa, não pode-
usarmos determinadas marcas, se consumirmos certos mos manter-nos em silêncio, olhando uns para os outros.
produtos. Por outro lado, a provocação e a ameaça expres- Nessas ocasiões, a conversação é obrigatória. Por isso,
sas pela linguagem também servem para fazer fazer. quando não se tem assunto, fala-se do tempo, repetem-se
Com essa função, a linguagem modela tanto bons ci- histórias que todos conhecem, contam-se anedotas velhas.
dadãos, que colocam o respeito ao outro acima de tudo, A linguagem, nesse caso, não tem nenhuma função que
quanto espertalhões, que só pensam em levar vantagem, não seja manter os laços sociais. Quando encontramos al-
e indivíduos atemorizados, que se deixam conduzir sem guém e lhe perguntamos “Tudo bem?”, em geral não que-
questionar. remos, de fato, saber se nosso interlocutor está bem, se
Emprega-se a expressão função conativa da linguagem está doente, se está com problemas.
quando esta é usada para interferir no comportamento A fórmula é uma maneira de estabelecer um vínculo
das pessoas por meio de uma ordem, um pedido ou uma social.
sugestão. A palavra conativo é proveniente de um verbo Também os hinos têm a função de criar vínculos, seja
latino (conari) que significa “esforçar-se” (para obter algo). entre alunos de uma escola, entre torcedores de um time
de futebol ou entre os habitantes de um país. Não importa
- A linguagem serve para expressar a subjetividade: que as pessoas não entendam bem o significado da letra
Função Emotiva. do Hino Nacional, pois ele não tem função informativa: o
importante é que, ao cantá-lo, sentimo-nos participantes
“Eu fico possesso com isso!” da comunidade de brasileiros.
Na nomenclatura da linguística, usa-se a expressão
Nessa frase, quem fala está exprimindo sua indignação função fática para indicar a utilização da linguagem para
com alguma coisa que aconteceu. Com palavras, objetiva- estabelecer ou manter aberta a comunicação entre um fa-
mos e expressamos nossos sentimentos e nossas emoções. lante e seu interlocutor.
Exprimimos a revolta e a alegria, sussurramos palavras de
amor e explodimos de raiva, manifestamos desespero, - A linguagem serve para falar sobre a própria lingua-
desdém, desprezo, admiração, dor, tristeza. Muitas ve- gem: Função Metalinguística.
zes, falamos para exprimir poder ou para afirmarmo-nos
socialmente. Durante o governo do presidente Fernando Quando dizemos frases como “A palavra ‘cão’ é um
Henrique Cardoso, ouvíamos certos políticos dizerem “A substantivo”; “É errado dizer ‘a gente viemos’”; “Estou usan-
intenção do Fernando é levar o país à prosperidade” ou “O do o termo ‘direção’ em dois sentidos”; “Não é muito elegan-
Fernando tem mudado o país”. Essa maneira informal de se te usar palavrões”, não estamos falando de acontecimen-
referirem ao presidente era, na verdade, uma maneira de tos do mundo, mas estamos tecendo comentários sobre a
106
LÍNGUA PORTUGUESA
própria linguagem. É o que chama função metalinguística. Verifica-se que a linguagem pode ser usada utilitaria-
A atividade metalinguística é inseparável da fala. Falamos mente ou esteticamente. No primeiro caso, ela é utilizada
sobre o mundo exterior e o mundo interior e ao mesmo para informar, para influenciar, para manter os laços sociais,
tempo, fazemos comentários sobre a nossa fala e a dos etc. No segundo, para produzir um efeito prazeroso de des-
outros. Quando afirmamos como diz o outro, estamos co- coberta de sentidos. Em função estética, o mais importante
mentando o que declaramos: é um modo de esclarecer que é como se diz, pois o sentido também é criado pelo ritmo,
não temos o hábito de dizer uma coisa tão trivial como a pelo arranjo dos sons, pela disposição das palavras, etc.
que estamos enunciando; inversamente, podemos usar a Na estrofe abaixo, retirada do poema “A Cavalgada”, de
metalinguagem como recurso para valorizar nosso modo Raimundo Correia, a sucessão dos sons oclusivos /p/, /t/,
de dizer. É o que se dá quando dizemos, por exemplo, Paro-
/k/, /b/, /d/, /g/ sugere o patear dos cavalos:
diando o padre Vieira ou Para usar uma expressão clássica,
vou dizer que “peixes se pescam, homens é que se não
E o bosque estala, move-se, estremece...
podem pescar”.
Da cavalgada o estrépito que aumenta
- A linguagem serve para criar outros universos. Perde-se após no centro da montanha...
A linguagem não fala apenas daquilo que existe, fala Apud: Lêdo Ivo. Raimundo Correia: Poesia. 4ª ed.
também do que nunca existiu. Com ela, imaginamos novos Rio de Janeiro, Agir, p. 29. Coleção Nossos Clássi-
mundos, outras realidades. Essa é a grande função da arte: cos.
mostrar que outros modos de ser são possíveis, que outros
universos podem existir. O filme de Woody Allen “A rosa Observe-se que a maior concentração de sons oclu-
púrpura do Cairo” (1985) mostra isso de maneira bem ex- sivos ocorre no segundo verso, quando se afirma que o
pressiva. Nele, conta-se a história de uma mulher que, para barulho dos cavalos aumenta.
consolar-se do cotidiano sofrido e dos maus-tratos infligi- Quando se usam recursos da própria língua para acres-
dos pelo marido, refugia-se no cinema, assistindo inúmeras centar sentidos ao conteúdo transmitido por ela, diz-se
vezes a um filme de amor em que a vida é glamorosa, e o que estamos usando a linguagem em sua função poética.
galã é carinhoso e romântico. Um dia, ele sai da tela e am-
bos vão viver juntos uma série de aventuras. Nessa outra Para melhor compreensão das funções de linguagem,
realidade, os homens são gentis, a vida não é monótona, o torna-se necessário o estudo dos elementos da comuni-
amor nunca diminui e assim por diante.
cação.
Antigamente, tinha-se a ideia que o diálogo era de-
- A linguagem serve como fonte de prazer: Função
Poética. senvolvido de maneira “sistematizada” (alguém pergunta
- alguém espera ouvir a pergunta, daí responde, enquanto
Brincamos com as palavras. Os jogos com o sentido outro escuta em silêncio, etc).
e os sons são formas de tornar a linguagem um lugar de Exemplo:
prazer. Divertimo-nos com eles. Manipulamos as palavras
para delas extrairmos satisfação. Elementos da comunicação
Oswald de Andrade, em seu “Manifesto antropófago”,
diz “Tupi or not tupi”; trata-se de um jogo com a frase sha- - Emissor - emite, codifica a mensagem;
kespeariana “To be or not to be”. Conta-se que o poeta Emí- - Receptor - recebe, decodifica a mensagem;
lio de Menezes, quando soube que uma mulher muito gor- - Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor;
da se sentara no banco de um ônibus e este quebrara, fez - Código - conjunto de signos usado na transmissão e
o seguinte trocadilho: “É a primeira vez que vejo um banco recepção da mensagem;
quebrar por excesso de fundos”. - Referente - contexto relacionado a emissor e recep-
A palavra banco está usada em dois sentidos: “móvel tor;
comprido para sentar-se” e “casa bancária”. Também está - Canal - meio pelo qual circula a mensagem.
empregado em dois sentidos o termo fundos: “nádegas” e Porém, com os estudos recentes dos linguistas, essa
“capital”, “dinheiro”.
teoria sofreu uma modificação, pois, chegou-se a conclu-
são que quando se trata da parole, entende-se que é um
Observe-se o uso do verbo bater, em expressões diver-
veículo democrático (observe a função fática), assim, admi-
sas, com significados diferentes, nesta frase do deputado
Virgílio Guimarães: te-se um novo formato de locução, ou, interlocução (diá-
logo interativo):
“ACM bate boca porque está acostumado a bater: bateu
continência para os militares, bateu palmas para o Collor e - locutor - quem fala (e responde);
quer bater chapa em 2002. Mas o que falta é que lhe bata - locutário - quem ouve e responde;
uma dor de consciência e bata em retirada.” - interlocução - diálogo
(Folha de S. Paulo)
107
LÍNGUA PORTUGUESA
108
LÍNGUA PORTUGUESA
4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) 6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)
Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a Segundo o Manual de Redação da Presidência da Repú-
mesma regra que distribuídos. blica, NÃO se deve usar Vossa Excelência para
(A) sócio (A) embaixadores.
(B) sofrê-lo (B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais.
(C) lúcidos (C) prefeitos municipais.
(D) constituí (D) presidentes das Câmaras de Vereadores.
(E) órfãos (E) vereadores.
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LÍNGUA PORTUGUESA
(...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
(abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa crático não pode (podem) estar subordinado (subordina-
Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o seu das) às ordens indiscriminadas de um único poder central.
presidente, de acordo com o Manual de Redação da Presi- (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol-
dência da República (1991). tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex-
(Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece- põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade.
-detail.php?id=393)
RESPOSTA: “A”.
RESPOSTA: “E”.
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010)
A frase que admite transposição para a voz passiva é:
7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sa-
... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
grado.
ciedade como tais. (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo grande diversidade de fenômenos.
passará a ser, corretamente, (C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da so-
(A) perceba. ciedade, a própria sociedade e seu instrumento de uni-
(B) foi percebido. ficação.
(C) tenham percebido. (D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto
(D) devam perceber. da vida (...).
(E) estava percebendo. (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar ilu-
dido e da falsa consciência.
... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te- (A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra-
remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e do.
princípios... (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
grande diversidade de fenômenos.
RESPOSTA: “A” - Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e
explicada pelo conceito...
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda-
8-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
concordância verbal e nominal está inteiramente corre-
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
ta na frase: vida (...).
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
valores que determinam as escolhas dos governantes, e da falsa consciência.
para conferir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes RESPOSTA: “B”.
devem ser embasados na percepção dos valores e prin-
cípios que regem a prática política. 10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRA-
(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verda- TIVO - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias,
deiro regime democrático, em que se respeita tanto as vê dezenas de caminhões parados”, revelou o analista
liberdades individuais quanto as coletivas. ambiental Geraldo Motta.
(D) As instituições fundamentais de um regime de- Substituindo-se Quando por Se, os verbos subli-
mocrático não pode estar subordinado às ordens indis- nhados devem sofrer as seguintes alterações:
criminadas de um único poder central. (A) entrar − vira
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados (B) entrava − tinha visto
para o momento eleitoral, que expõem as diferentes (C) entrasse − veria
opiniões existentes na sociedade. (D) entraria − veria
(E) entrava − teria visto
Fiz os acertos entre parênteses:
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores
Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve-
que determinam as escolhas dos governantes, para confe-
ria = entrasse / veria.
rir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de- RESPOSTA: “C”.
vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos
valores e princípios que regem a prática política.
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver-
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei-
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.
110
MATEMÁTICA
Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéricas;
Frações e operações com frações. .................................................................................................................................................................... 01
Números e grandezas proporcionais: razões e proporções; divisão em partes proporcionais ............................................. 11
Regra de três ............................................................................................................................................................................................................. 15
Sistema métrico decimal ...................................................................................................................................................................................... 19
Equações e inequações......................................................................................................................................................................................... 23
Funções ....................................................................................................................................................................................................................... 29
Gráficos e tabelas .................................................................................................................................................................................................... 37
Estatística Descritiva, Amostragem, Teste de Hipóteses e Análise de Regressão .......................................................................... 41
Geometria ................................................................................................................................................................................................................... 47
Matriz, determinantes e sistemas lineares .................................................................................................................................................... 62
Sequências, progressão aritmética e geométrica ....................................................................................................................................... 70
Porcentagem ............................................................................................................................................................................................................. 74
Juros simples e compostos .................................................................................................................................................................................. 77
Taxas de Juros, Desconto, Equivalência de Capitais, Anuidades e Sistemas de Amortização ................................................... 80
14 - Rendas uniformes e variáveis. ................................................................................................................................................................... 95
15 - Planos de amortização de empréstimos e financiamentos. .......................................................................................................... 95
16 - Cálculo financeiro: custo real efetivo de operações de financiamento, empréstimo e investimento. ......................... 93
17 - Avaliação de alternativas de investimento. ........................................................................................................................................105
MATEMÁTICA
Exemplo 2
NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS:
OPERAÇÕES (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, 40 – 9 x 4 + 23
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, 40 – 36 + 23
4 + 23
POTENCIAÇÃO); EXPRESSÕES
27
NUMÉRICAS; FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM
FRAÇÕES. Exemplo 3
25-(50-30)+4x5
25-20+20=25
Números Naturais
Números Inteiros
Os números naturais são o modelo mate-
Podemos dizer que este conjunto é composto pelos
mático necessário para efetuar uma contagem.
números naturais, o conjunto dos opostos dos números
Começando por zero e acrescentando sempre uma unida-
naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado por:
de, obtemos o conjunto infinito dos números naturais
Z={...-3, -2, -1, 0, 1, 2,...}
Subconjuntos do conjunto :
1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero
Z*={...-2, -1, 1, 2, ...}
- Todo número natural dado tem um sucessor
a) O sucessor de 0 é 1.
2) Conjuntos dos números inteiros não negativos
b) O sucessor de 1000 é 1001.
Z+={0, 1, 2, ...}
c) O sucessor de 19 é 20.
3) Conjunto dos números inteiros não positivos
Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero.
Z-={...-3, -2, -1}
Números Racionais
Chama-se de número racional a todo número que
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um
pode ser expresso na forma , onde a e b são inteiros
antecessor (número que vem antes do número dado).
quaisquer, com b≠0
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente
São exemplos de números racionais:
de zero.
-12/51
a) O antecessor do número m é m-1.
-3
b) O antecessor de 2 é 1.
-(-3)
c) O antecessor de 56 é 55.
-2,333...
d) O antecessor de 10 é 9.
As dízimas periódicas podem ser representadas por
Expressões Numéricas
fração, portanto são consideradas números racionais.
Como representar esses números?
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra-
Representação Decimal das Frações
ções, multiplicações e divisões. Todas as operações podem
acontecer em uma única expressão. Para resolver as ex-
Temos 2 possíveis casos para transformar frações em
pressões numéricas utilizamos alguns procedimentos:
decimais
Se em uma expressão numérica aparecer as quatro
1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o nú-
operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão
mero decimal terá um número finito de algarismos após a
primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e so-
vírgula.
mente depois a adição e a subtração, também na ordem
em que aparecerem e os parênteses são resolvidos primei-
ro.
Exemplo 1
10 + 12 – 6 + 7
22 – 6 + 7
16 + 7
23
1
MATEMÁTICA
Números Irracionais
Identificação de números irracionais
10x=3,333...
E então subtraímos:
10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
X=1/3
2
MATEMÁTICA
Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x≥a}
Intervalo:]a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x>a}
Intervalo:[a,b]
Conjunto: {x∈R|a≤x≤b} Potenciação
Multiplicação de fatores iguais
Intervalo aberto – números reais maiores que a e me-
nores que b. 2³=2.2.2=8
Casos
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
Intervalo:]a,b[
Conjunto:{x∈R|a<x<b}
INTERVALOS IIMITADOS
Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x∈R|x<b}
3
MATEMÁTICA
Técnica de Cálculo
6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o A determinação da raiz quadrada de um número tor-
valor do expoente, o resultado será igual a zero. na-se mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado
em números primos. Veja:
Propriedades
1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de
mesma base, repete-se a base e soma os expoentes.
Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27
64=2.2.2.2.2.2=26
2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mes- Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-
ma base. Conserva-se a base e subtraem os expoentes. -se” um e multiplica.
Exemplos:
96 : 92 = 96-2 = 94
1 1
3.5 = (3.5) 2 = 3 2 .5 2 = 3. 5
1
Observe:
a na
n =
b nb
4
MATEMÁTICA
Operações
Multiplicação
Divisão
Questões
Sabe-se que:
Adição e subtração
• dentre os candidatos, 82 são homens;
• o número de candidatos homens de nível superior é
igual ao de mulheres de nível médio;
• dentre os candidatos de nível superior, 31 são mu-
Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20. lheres.
5
MATEMÁTICA
6
MATEMÁTICA
01.Resposta: B.
150-82=68 mulheres
Como 31 mulheres são candidatas de nível superior, 37
são de nível médio.
Portanto, há 37 homens de nível superior. 09. Resposta: C.
82-37=45 homens de nível médio. 2-2(1-2N)=12
2-2+4N=12
02. Resposta: D. 4N=12
Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o N=3
vencedor.
10. Resposta: E.
03. Resposta: B. Como tem o mesmo número de homens e mulheres:
Primeiramente, vamos transformar a dízima em fração
X=0,4444....
10x=4,444... Dos homens que saíram:
9x=4
Saíram no total
04. Resposta: A.
Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número
11 que é igua o quociente.
11x11=121+10=131
Múltiplos
Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1- O conjunto de múltiplos de um número natural
1/13) não-nulo é infinito e podemos consegui-lo multiplican-
do-se o número dado por todos os números naturais.
M(3)={0,3,6,9,12,...}
Divisores
07.Resposta: C.
Os números 12 e 15 são múltiplos de 3, portanto 3 é
divisor de 12 e 15.
D(12)={1,2,3,4,6,12}
D(15)={1,3,5,15}
7
MATEMÁTICA
Exemplo:
Devemos achar o mdc para achar a maior medida pos-
sível
E são os fatores que temos iguais:25=32
Exemplo2
(MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016)
No aeroporto de uma pequena cidade chegam aviões de
três companhias aéreas. Os aviões da companhia A che-
gam a cada 20 minutos, da companhia B a cada 30 minutos
e da companhia C a cada 44 minutos. Em um domingo, às
O fator comum é o 3 e o 1 é o menor expoente. 7 horas, chegaram aviões das três companhias ao mesmo
tempo, situação que voltará a se repetir, nesse mesmo dia,
m.d.c às
(A) 16h 30min.
Mínimo Múltiplo Comum (B) 17h 30min.
O mínimo múltiplo comum (m.m.c) de dois ou mais nú- (C) 18h 30min.
meros é o menor número, diferente de zero. (D) 17 horas.
Para calcular devemos seguir as etapas: (E) 18 horas.
• Decompor os números em fatores primos
• Multiplicar os fatores entre si Resposta: E.
Exemplo:
1h---60minutos
Exemplo x-----660
x=660/60=11
O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16
m, será revestido com ladrilhos quadrados, de mesma di- Então será depois de 11horas que se encontrarão
mensão, inteiros, de forma que não fique espaço vazio 7+11=18h
entre ladrilhos vizinhos. Os ladrilhos serão escolhidos de
modo que tenham a maior dimensão possível.
8
MATEMÁTICA
Questões caixa acendia, o cliente que estava nela era premiado com
um desconto de 3% sobre o valor da compra e, quando
01. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- as 3 luzes acendiam, ao mesmo tempo, esse desconto era
NESP/2017) No depósito de uma loja de doces, há uma de 5%. Se, exatamente às 9 horas de um determinado dia,
caixa contendo n bombons. Para serem vendidos, devem as luzes das 3 caixas acenderam ao mesmo tempo, então
ser repartidos em pacotes iguais, todos com a mesma é verdade que o número máximo de premiações de 5%
quantidade de bombons. Com os bombons dessa caixa, de desconto que esse mercado poderia ter dado aos seus
podem ser feitos pacotes com 5, ou com 6, ou com 7 uni- clientes, das 9 horas às 21 horas e 30 minutos daquele dia,
dades cada um, e, nesses casos, não faltará nem sobrará seria igual a
nenhum bombom. Nessas condições, o menor valor que (A) 8.
pode ser atribuído a n é (B) 10.
(A) 280. (C) 21.
(B) 265. (D) 27.
(C) 245. (E) 33.
(D) 230.
(E) 210. 06. (PREF. DE PIRAÚBA/MG – Agente Administrati-
vo – MSCONCURSOS/2017) Sabendo que a sigla M.M.C.
02. (EMBASA – Agente Administrativo – IBFC/2017) na matemática significa Mínimo Múltiplo Comum e que
Considerando A o MDC (maior divisor comum) entre os nú- M.D.C. significa Máximo Divisor Comum, pergunta-se: qual
meros 24 e 60 e B o MMC (menor múltiplo comum) entre o valor do M.M.C. de 6 e 8 dividido pelo M.D.C. de 30, 36
os números 12 e 20, então o valor de 2A + 3B é igual a: e 72?
(A) 72 (A) 8
(B) 156 (B) 6
(C) 144 (C) 4
(D) 204 (D) 2
03. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO 07. (CELESC – Assistente Administrativo – FEPE-
/2017) Em um determinado zoológico, a girafa deve comer SE/2016) Em uma excursão participam 120 homens e 160
a cada 4 horas, o leão a cada 5 horas e o macaco a cada mulheres. Em determinado momento é preciso dividir os
3 horas. Considerando que todos foram alimentados às 8 participantes em grupos formados somente por homens
horas da manhã de domingo, é correto afirmar que o fun- ou somente por mulheres, de maneira que os grupos te-
cionário encarregado deverá servir a alimentação a todos nham o mesmo número de integrantes.
concomitantemente às:
(A) 8 horas de segunda-feira. Neste caso, o número máximo de integrantes em um
(B) 14 horas de segunda-feira. grupo é:
(C) 10 horas de terça-feira. (A) 10.
(D) 20 horas de terça-feira. (B) 15.
(E) 9 horas de quarta-feira. (C) 20.
(D) 30.
04. (EMBASA – Assistente de Laboratório – (E) 40.
IBFC/2017) Um marceneiro possui duas barras de ferro,
uma com 1,40 metros de comprimento e outra com 2,45 08. (PREF. DE GUARULHOS/SP – Assistente de Ges-
metros de comprimento. Ele pretende cortá-las em barras tão Escolar – VUNESP/2016) Para iniciar uma visita moni-
de tamanhos iguais, de modo que cada pedaço tenha a torada a um museu, 96 alunos do 8º ano e 84 alunos do 9º
maior medida possível. Nessas circunstâncias, o total de ano de certa escola foram divididos em grupos, todos com
pedaços que o marceneiro irá cortar, utilizando as duas de o mesmo número de alunos, sendo esse número o maior
ferro, é: possível, de modo que cada grupo tivesse somente alunos
(A) 9 de um único ano e que não restasse nenhum aluno fora
(B) 11 de um grupo. Nessas condições, é correto afirmar que o
(C) 12 número total de grupos formados foi
(D) 13 (A) 8.
(B) 12.
05. (TJM/SP - Escrevente Técnico Judiciário – VU- (C) 13.
NESP/2017) Em um pequeno mercado, o dono resolveu (D) 15.
fazer uma promoção. Para tanto, cada uma das 3 caixas (E) 18.
registradoras foi programada para acender uma luz, em
intervalos de tempo regulares: na caixa 1, a luz acendia a
cada 15 minutos; na caixa 2, a cada 30 minutos; e na caixa 3,
a luz acendia a cada 45 minutos. Toda vez que a luz de uma
9
MATEMÁTICA
06. Resposta: C.
Mmc(5,6,7)=2⋅3⋅5⋅7=210
02. Resposta: E.
Mmc(6,8)=24
Mmc(12,20)=2²⋅3⋅5=60
2A+3B=24+180=204
10
MATEMÁTICA
NÚMEROS E GRANDEZAS
MDC(120,160)=8x5=40 PROPORCIONAIS: RAZÕES E
PROPORÇÕES; DIVISÃO EM PARTES
08. Resposta:B. PROPORCIONAIS
Razão
09. Resposta: A.
Proporção
10. Resposta: B.
O cálculo utilizado aqui será o MDC (Máximo Divisor
Comum)
Os números A e D são denominados extremos enquan-
to os números B e C são os meios e vale a propriedade: o
produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é:
AxD=BxC
Então teremos
126/18 = 7 grupos de exatas Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3
90/18 = 5 grupos de humanas esteja em proporção com 4/6.
A diferença é de 7-5=2 Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte for-
ma:
11
MATEMÁTICA
ou
Ou
ou
ou
Ou
ou
Duas grandezas variáveis dependentes são diretamente proporcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza
é igual a razão entre os valores correspondentes da 2ª, ou de uma maneira mais informal, se eu pergunto:
Quanto mais.....mais....
Exemplo
Distância percorrida e combustível gasto
Distância(km) Combustível(litros)
13 1
26 2
39 3
52 4
Duas grandezas variáveis dependentes são inversamente proporcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza
é igual ao inverso da razão entre os valores correspondentes da 2ª.
Quanto mais....menos...
Exemplo
velocidadextempo a tabela abaixo:
Velocidade (m/s) Tempo (s)
5 200
8 125
10 100
16 62,5
20 50
12
MATEMÁTICA
13
MATEMÁTICA
14
MATEMÁTICA
06. Resposta: E.
Se, com 16 caixas K, fica cheio e já foram colocadas 4 REGRA DE TRÊS
caixa, faltam 12 caixas K, mas queremos colocar as caixas Q,
então vamos ver o equivalente de 12 caixas K
Velocidade----------tempo
X=1,20 400↓-----------------3↑
Ele cresceu: 1,20-1,05=0,15m=15cm 480↓---------------- x↑
15
MATEMÁTICA
(A) 375.
(B) 380.
(C) 420.
Logo, serão necessários 25 caminhões (D) 425.
(E) 450.
Questões
01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá- 05. . (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
rios- VUNESP/2017) Para imprimir 300 apostilas destina- NESP/2017 ) Um carregamento de areia foi totalmente
das a um curso, uma máquina de fotocópias precisa traba- embalado em 240 sacos, com 40 kg em cada saco. Se fos-
lhar 5 horas por dia durante 4 dias. Por motivos administra- sem colocados apenas 30 kg em cada saco, o número de
tivos, será necessário imprimir 360 apostilas em apenas 3 sacos necessários para embalar todo o carregamento seria
dias. O número de horas diárias que essa máquina terá que igual a
trabalhar para realizar a tarefa é (A) 420.
(A) 6. (B) 375.
(B) 7. (C) 370.
(C) 8. (D) 345.
(D) 9. (E) 320.
(E) 10.
16
MATEMÁTICA
05. Resposta: E.
10. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU- Sacos kg
NESP/2016) Para organizar as cadeiras em um auditório, 6 240----40
funcionários, todos com a mesma capacidade de produção, x----30
trabalharam por 3 horas. Para fazer o mesmo trabalho, 20 Quanto mais sacos, menos areia foi
funcionários, todos com o mesmo rendimento dos iniciais, colocada(inversamente)
deveriam trabalhar um total de tempo, em minutos, igual a
(A) 48.
(B) 50.
(C) 46.
(D) 54. 30x=9600
(E) 52. X=320
17
MATEMÁTICA
06. Resposta: A.
↓Funcionários ↑ horas bolsas↓
48------------------------12-----------480
x-----------------------------15----------1200
Quanto mais funcionários, menos horas precisam
Quanto mais funcionários, mais bolsas feitas
X=96 funcionários
Precisam de mais 48 funcionários
07. Resposta: B.
Operários dias
12-----------90
x--------------60
Quanto mais operários, menos dias (inversamente proporcional)
60x=1080
X=18
08. Resposta: B.
V=1,5⋅1,2⋅0,7=1,26m³=1260litros
50litros-----3 min
1260--------x
X=3780/50=75,6min
0,6min=36s
75min=60+15=1h15min
09. Resposta: A.
↑Dias ↑ operários peças↑
6-------------5---------------600
8--------------7---------------x
30x=33600
X=1120
10. Resposta: D.
3x60=180 minutos
↑Funcionários minutos↓
6------------180
20-------------x
18
MATEMÁTICA
As Grandezas são inversamente proporcionais, pois quanto mais funcionários, menos tempo será gasto.
Vamos inverter os minutos
↑Funcionários minutos↑
6------------x
20-------------180
20x=6.180
20x=1040
X=54 minutos
Unidades de Comprimento
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distân-
cias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:
Exemplos de Transformação
1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m
Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por
10.
Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).
Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a
unidade imediatamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada.
Unidades de Área
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2
Exemplos de Transformação
1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²
Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por
100.
19
MATEMÁTICA
Volume
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Po-
demos encontrar sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir
volume e capacidade.
Unidades de Volume
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3
Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos
e submúltiplos, unidade de medidas de produtos líquidos.
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³
1L=1dm³
Unidades de Capacidade
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l
Massa
Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg
Tempo
Transformação de unidades
Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos
1 minuto=60segundos
1hora=3600s
Adição de tempo
Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos. Demorou
30 minutos para chegar em casa. Que horas ela chegou?
20
MATEMÁTICA
Questões
21
MATEMÁTICA
22
MATEMÁTICA
05. Resposta: B.
5⋅45=225 minutos de aula EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES
225/60=3 horas 45 minutos nas aulas mais 15 minutos
de intervalo=4horas
18:40+4h=22h:40
Equação 1º grau
06. Resposta: D. Equação é toda sentença matemática aberta represen-
1h45min=60+45=105 minutos tada por uma igualdade, em que exista uma ou mais letras
que representam números desconhecidos.
15km-------105 Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação
1--------------x redutível à forma ax+b=0, em que a e b são números reais,
X=7 minutos chamados coeficientes, com a≠0.
Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor nu-
1h20min=60+20=80min mérico de x que, substituindo no 1º membro da equação,
torna-se igual ao 2º membro.
8km----80
1-------x Nada mais é que pensarmos em uma balança.
X=10minutos
A diferença é de 3 minutos
07. Resposta: B.
V------80min
V+20----48
Quanto maior a velocidade, menor o
tempo(inversamente)
23
MATEMÁTICA
Substituindo em Pe
Pe=2(Pa+3)+2Pa
Pe=2Pa+6+2Pa
Pe=4Pa+6
Pa+3+10=2Pa+3
Pa=10
Pi=Pa+3 3.
Pi=10+3=13
Pe=40+6=46
Soma das idades: 10+13+46=69
Resposta: B.
Equação 2º grau
Se não há solução, pois não existe raiz quadrada
A equação do segundo grau é representada pela fór- real de um número negativo.
mula geral:
Se , há duas soluções iguais:
1.
24
MATEMÁTICA
Inequação-Quociente
Na inequação-quociente, tem-se uma desigualdade
de funções fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual
uma está dividindo a outra. Diante disso, deveremos nos
atentar ao domínio da função que se encontra no denomi-
nador, pois não existe divisão por zero. Com isso, a função
que estiver no denominador da inequação deverá ser dife-
rente de zero.
25
MATEMÁTICA
x-2≠0 Portanto:
x≠2 S = { x R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1]
Inequação 2º grau
Chama-se inequação do 2º grau, toda inequação que
pode ser escrita numa das seguintes formas:
ax²+bx+c>0
ax²+bx+c≥0
ax²+bx+c<0
Sistema de Inequação do 1º Grau ax²+bx+c<0
Um sistema de inequação do 1º grau é formado por ax²+bx+c≤0
duas ou mais inequações, cada uma delas tem apenas uma ax²+bx+c≠0
variável sendo que essa deve ser a mesma em todas as
outras inequações envolvidas.
Exemplo
Veja alguns exemplos de sistema de inequação do 1º
grau: Vamos resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0.
Resolvendo Inequações
Resolver uma inequação significa determinar os valo-
res reais de x que satisfazem a inequação dada.
Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais de
x que tornem a expressão 3x² + 10x +7 negativa.
S1 = {x R | x ≤ - 1}
Fazendo o cálculo da segunda inequação temos:
x + 1 ≤ 0
x ≤ - 1
S2 = { x R | x ≤ - 1}
Calculando agora o CONJUTO SOLUÇÃO da inequação
temos: S = {x ∈ R / –7/3 < x < –1}
S = S1 ∩ S2
26
MATEMÁTICA
27
MATEMÁTICA
10x+6x+40500=25x
Como tem que ser natural, apenas o número 3 convém. 9x=40500
X=4500
02. Resposta: C.
Salario fração
y---------------1
4500---------4/5
Mmc(3,4)=12
4x+3x=336
7x=336
X=48 08. Resposta: D.
A distância entre A e B é 48km
Como já percorreu 28km Idade atual: x
48-28=20 km entre P e Q. X+24=3x
2x=24
03. Resposta:B. X=12
Sendo x o valor do material P Ele tem agora 12 anos, daqui a 5 anos: 17.
10x=7x+600
3x=600 09. Resposta: C.
X=200 ∆=(-28)²-4.8.12
∆=784-384
04. Resposta: E. ∆=400
2x²+12x+10=0
∆=12²-4⋅2⋅10
∆=144-80=64
05. Resposta:B.
Vamos fazer a conta de rodas:
Motos tem 2 rodas, triciclos 3 e carros 4
18⋅2+15⋅3+x⋅4=269
4x=269-36-45
4x=188
X=47 10. Resposta: C.
Atual:x
06. Resposta: B 5(x+8)-5(x-3)=x
∆=-(-6)²-4⋅(2m-1) ⋅3=0 5x+40-5x+15=x
36-24m+12=0 X=55
-24m=-48 Soma: 5+5=10
M=2
28
MATEMÁTICA
Exemplo
Com os conjuntos A={1, 4, 7} e B={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12}
criamos a função f: A→B.definida por f(x) = x + 5 que tam-
bém pode ser representada por y = x + 5. A representação,
utilizando conjuntos, desta função, é:
Gráfico Cartesiano
Definição: Sejam A e B dois conjuntos não vazios e f Sobrejetora: Quando todos os elementos do contra-
uma relação de A em B. domínio forem imagens de pelo menos um elemento do
Essa relação f é uma função de A em B quando a cada domínio.
elemento x do conjunto A está associado um e apenas um
elemento y do conjunto B.
Notação: f:A→B (lê-se função f de A em B)
29
MATEMÁTICA
Exemplo:
Dado que f(x)=ax+b e f(1)=3 e f(3)=5, ache a função.
F(1)=1a+b
3=a+b
F(3)=3a+b
5=3a+b
Isolando a em I
a=3-b
Substituindo em II
3(3-b)+b=5
9-3b+b=5
-2b=-4
30
MATEMÁTICA
b=2 Raízes
Portanto,
a=3-b
a=3-2=1
Assim, f(x)=x+2
Discriminante(∆)
∆=b²-4ac
∆>0
A parábola y=ax²+bx+c intercepta o eixo x em dois
pontos distintos, (x1,0) e (x2,0), onde x1 e x2 são raízes da
equação ax²+bx+c=0
∆=0
∆<0
31
MATEMÁTICA
Solução
A Constante de Euler
É definida por :
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo e em
função da definição da função exponencial, temos que:
Função exponencial Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao ma-
A expressão matemática que define a função exponen- temático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primei-
cial é uma potência. Nesta potência, a base é um número ros a estudar as propriedades desse número.
real positivo e diferente de 1 e o expoente é uma variável. O valor deste número expresso com 10 dígitos deci-
mais, é:
Função crescente e = 2,7182818284
Se x é um número real, a função exponencial exp(.)
Se temos uma função exponencial crescente, pode ser escrita como a potência de base e com expoente
qualquer que seja o valor real de x. x, isto é:
No gráfico da função ao lado podemos observar que à ex = exp(x)
medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y. Grafica-
mente vemos que a curva da função é crescente. Propriedades dos expoentes
Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um
número racional, então:
- ax ay= ax + y
- ax / ay= ax - y
- (ax) y= ax.y
- (a b)x = ax bx
- (a / b)x = ax / bx
- a-x = 1 / ax
Logaritmo
Considerando-se dois números N e a reais e positivos,
com a ≠1, existe um número c tal que:
32
MATEMÁTICA
Consequências da Definição
Questões
(A) 30.
Mudança de Base (B) 36.
(C) 48.
(D) 75.
(E) 84.
33
MATEMÁTICA
34
MATEMÁTICA
09. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) O gráfico 11. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técni-
que melhor representa a função y = 2x , para o domínio co I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Conside-
em R+ é: rando que log105 = 0,7, assinale a alternativa que apresenta
o valor de log5100.
(A) 0,35.
(B) 0,50.
(C) 2,85.
(D) 7,00.
(E) 70,00.
(A) Respostas
01. Resposta: D.
90+0,4x=120
0,4x=30
X=75km
6%=0,06
Como valor total é x, então 0,06x
E mais a parte fixa de 1300
0,06x+1300
03. Resposta: A.
(C)
2x=36
X=18
04.Resposta: B.
(D) F(x)=12+25x
X=hora de trabalho
168,25=12+25x
25x=156,25
X=6,25 horas
1hora---60 minutos
0,25-----x
X=15 minutos
05. Resposta: E.
10. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra- Como a função do segundo grau, tem raízes -2 e 2:
balho Júnior -CESGRANRIO/2017) Qual o maior valor de (x-2)(x+2)=x²-4
k na equação log(kx) = 2log(x+3) para que ela tenha exa-
tamente uma raiz? A função do primeiro grau, tem o ponto (0, -1) e (2,3)
(A) 0 Y=ax+b
(B) 3 -1=b
(C) 6 3=2a-1
(D) 9 2a=4
(E) 12 A=2
Y=2x-1
35
MATEMÁTICA
∆=25-24=1
06. Resposta:C.
09. Resposta: A.
Um gráfico de função exponencial não começa do
zero, é é uma curva.
10. Resposta: E.
-2x=-12 Kx=(x+3)²
X=6 Kx=x²+6x+9
X²+(6-k)x+9=0
Substituindo em g(x) Para ter uma raiz, ∆=0
G(6)=6²-4(6)+5=36-24+5=17 ∆=b²-4ac
, ∆=(6-k)²-36=0
08. Resposta: D. 36-12k+k²-36=0
Para assumir valor 1, o expoente deve ser igual a zero. k²-12k=0
X²+4x-60=0 k=0 ou k=12
∆=4²-4.1.(-60)
∆=16+240 11. Resposta:C.
∆=256
36
MATEMÁTICA
Histogramas
GRÁFICOS E TABELAS
São gráfico de barra que mostram a frequência de uma
variável específica e um detalhe importante que são faixas
de valores em x.
Os gráficos e tabelas apresentam o cruzamento entre
dois dados relacionados entre si.
A escolha do tipo e a forma de apresentação sempre
vão depender do contexto, mas de uma maneira geral um
bom gráfico deve: Setor ou pizza- Muito útil quando temos um total e
-Mostrar a informação de modo tão acurado quanto queremos demonstrar cada parte, separando cada pedaço
possível. como numa pizza.
-Utilizar títulos, rótulos, legendas, etc. para tornar claro
o contexto, o conteúdo e a mensagem.
-Complementar ou melhorar a visualização sobre aspec-
tos descritos ou mostrados numericamente através de tabelas.
-Utilizar escalas adequadas.
-Mostrar claramente as tendências existentes nos dados.
Tipos de gráficos
Barras- utilizam retângulos para mostrar a quantidade.
Barra vertical
Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br
37
MATEMÁTICA
Questões
Dentre as alternativas abaixo, assinale a que apresenta 04. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VU-
a melhor aproximação para o aumento percentual da taxa NESP/2017) Uma professora elaborou um gráfico de se-
de desocupação do primeiro trimestre de 2017 em relação tores para representar a distribuição, em porcentagem, dos
à taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2014. cinco conceitos nos quais foram agrupadas as notas obti-
das pelos alunos de uma determinada classe em uma prova
(A) 15%. de matemática. Observe que, nesse gráfico, as porcenta-
(B) 25%. gens referentes a cada conceito foram substituídas por x
(C) 50%. ou por múltiplos e submúltiplos de x.
(D) 75%.
(E) 90%.
38
MATEMÁTICA
Tendo como referência o gráfico precedente, que mos- Pode-se concluir que
tra os valores, em bilhões de reais, relativos à arrecadação (A) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.
de receitas e aos gastos com despesas do estado do Paraná (B) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3
nos doze meses do ano de 2015, assinale a opção correta. salários.
(A) No ano considerado, o segundo trimestre caracte- (C) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários.
rizou-se por uma queda contínua na arrecadação de recei- (D) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da ren-
tas, situação que se repetiu no trimestre seguinte. da total.
(B) No primeiro quadrimestre de 2015, houve um pe- (E) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da
ríodo de queda simultânea dos gastos com despesas e da renda total.
arrecadação de receitas e dois períodos de aumento simul-
tâneo de gastos e de arrecadação.
(C) No último bimestre do ano de 2015, foram regis- 08. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015)
trados tanto o maior gasto com despesas quanto a maior Considere a tabela de distribuição de frequência seguinte,
arrecadação de receitas. em que xi é a variável estudada e fi é a frequência absoluta
(D) No ano em questão, janeiro e dezembro foram os dos dados.
únicos meses em que a arrecadação de receitas foi ultra-
passada por gastos com despesas. xi fi
(E) A menor arrecadação mensal de receitas e o menor 30-35 4
gasto mensal com despesas foram verificados, respecti- 35-40 12
vamente, no primeiro e no segundo semestre do ano de 40-45 10
2015. 45-50 8
50-55 6
06. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA- TOTAL 40
TEC/2015) Assinale a alternativa que representa a nomen-
clatura dos três gráficos abaixo, respectivamente. Assinale a alternativa em que o histograma é o que
melhor representa a distribuição de frequência da tabela.
(A)
39
MATEMÁTICA
09. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CES- A partir das informações e do gráfico apresentados,
PE/2015) julgue o item que se segue.
Se os percentuais forem representados por barras ver-
ticais, conforme o gráfico a seguir, então o resultado será
denominado histograma.
( )certo ( ) errado
03. Resposta: C.
10. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CES-
PE/2015)
04. Resposta: A.
X+0,5x+4x+3x+1,5x=360
10x=360
X=36
Como o conceito bom corresponde a 4x: 4x36=144°
05. Resposta: B.
Analisando o primeiro quadrimestre, observamos que
os dois primeiros meses de receita diminuem e os dois me-
ses seguintes aumentam, o mesmo acontece com a des-
pesa.
40
MATEMÁTICA
Teste de Hipóteses
Definição: Processo que usa estatísticas amostrais
para testar a afirmação sobre o valor de um parâmetro
populacional.
Para testar um parâmetro populacional, você deve
afirmar cuidadosamente um par de hipóteses – uma que
represente a afirmação e outra, seu complemento. Quan-
06. Resposta: C. do uma é falsa, a outra é verdadeira.
Como foi visto na teoria, gráfico de barras, de setores Uma hipótese nula H0 é uma hipótese estatística que
ou pizza e de linha contém uma afirmação de igualdade, tal como ≤, =, ≥
A hipótese alternativa Ha é o complemento da hipó-
tese nula. Se H0 for falsa, Ha deve ser verdadeira, e contém
07. Resposta: D. afirmação de desigualdade, como <, ≠, >.
(A) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x2+15,0x1=104 sa-
lários Vamos ver como montar essas hipóteses
(B) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem Um caso bem simples.
ganha mais de 3 salários (5+4+2+1=12)
(C)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha
(D) 40% de 104=0,4x104= 41,6
20% de 30=0,2x30=6 Assim, fica fácil, se H0 for falsa, Ha é verdadeira
5x3+8x2+15x1=46, que já é maior.
(E) 60% de 30=0,6x30=18 Há uma regrinha para formular essas hipóteses
30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20 Formulação verbal Formulação
H0 Formulação verbal Ha
Matemática
08. Resposta: A. A média é A média é
Colocando em ordem crescente: 30-35, 50-55, 45-50, ...maior ou igual
40-45, 35-40, a k. ...menor que k
41
MATEMÁTICA
Classes Frequências
41 |------- 45 7
Referências 45 |------- 49 3
Larson, Ron. Estatística Aplicada. 4ed – São Paulo: Pe- 49 |------- 53 4
arson Prentice Hall, 2010. 53 |------- 57 1
57 |------- 61 5
Frequências
A primeira fase de um estudo estatístico consiste em Total 20
recolher, contar e classificar os dados pesquisados sobre
uma população estatística ou sobre uma amostra dessa Média aritmética
população. Média aritmética de um conjunto de números é o valor
que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo núme-
Frequência Absoluta ro de elementos do conjunto.
É o número de vezes que a variável estatística assume Representemos a média aritmética por .
um valor. A média pode ser calculada apenas se a variável envol-
vida na pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a
Frequência Relativa média aritmética para variáveis quantitativas.
É o quociente entre a frequência absoluta e o número Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre
de elementos da amostra. diferentes grupos, se for possível calcular a média, ficará
Na tabela a seguir, temos exemplo dos dois tipos: mais fácil estabelecer uma comparação entre esses grupos
e perceber tendências.
Considerando uma equipe de basquete, a soma das al-
turas dos jogadores é:
42
MATEMÁTICA
Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
Solução: Isto é:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse
rol. Logo: Md=12
Exemplo 2:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.
Exemplo 1:
Solução: Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresen-
Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem- tou o seguinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
-se: Jogo Número de pontos
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média arit- 1 22
mética entre os dois termos centrais do rol. 2 18
3 13
Logo: 4 24
5 26
Resposta: Md=15 6 20
7 19
Moda (Mo)
8 18
Num conjunto de números: , chama-se
moda aquele valor que ocorre com maior frequência. a) Qual a média de pontos por jogo?
b) Qual a variância do conjunto de pontos?
Observação: Solução:
A moda pode não existir e, se existir, pode não ser úni- a) A média de pontos por jogo é:
ca.
Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda
igual a 8, isto é, Mo=8.
Exemplo 2: b) A variância é:
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.
Medidas de dispersão
Duas distribuições de frequência com medidas de ten-
dência central semelhantes podem apresentar característi-
cas diversas. Necessita-se de outros índices numéricas que
informem sobre o grau de dispersão ou variação dos dados Desvio médio
em torno da média ou de qualquer outro valor de concen-
tração. Esses índices são chamados medidas de dispersão. Definição
Medida da dispersão dos dados em relação à média de
Variância uma sequência. Esta medida representa a média das dis-
tâncias entre cada elemento da amostra e seu valor médio.
Há um índice que mede a “dispersão” dos elementos
de um conjunto de números em relação à sua média arit-
mética, e que é chamado de variância. Esse índice é assim
definido:
43
MATEMÁTICA
Desvio padrão
Definição
Seja o conjunto de números , tal que é sua média aritmética. Chama-se desvio padrão desse conjunto,
e indica-se por , o número:
Isto é:
Exemplo:
As estaturas dos jogadores de uma equipe de basquetebol são: 2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m. Calcular:
a) A estatura média desses jogadores.
b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas.
Solução:
a) Sendo a estatura média, temos:
Questões
01. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2017) Uma empresa tem 120 funcionários no total: 70 possuem
curso superior e 50 não possuem curso superior. Sabe-se que a média salarial de toda a empresa é de R$ 5.000,00, e que a
média salarial somente dos funcionários que possuem curso superior é de R$ 6.000,00. Desse modo, é correto afirmar que
a média salarial dos funcionários dessa empresa que não possuem curso superior é de
(A) R$ 4.000,00.
(B) R$ 3.900,00.
(C) R$ 3.800,00.
(D) R$ 3.700,00.
(E) R$ 3.600,00.
02. (TJM/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP/2017) Leia o enunciado a seguir para responder a questão.
A tabela apresenta o número de acertos dos 600 candidatos que realizaram a prova da segunda fase de um concurso,
que continha 5 questões de múltipla escolha
Número de acertos Número de candidatos
5 204
4 132
3 96
2 78
1 66
0 24
44
MATEMÁTICA
03. (PREF. GUARULHOS/SP – Assistente de Gestão Escolar – VUNESP/2016) Certa escola tem 15 classes no período
matutino e 10 classes no período vespertino. O número médio de alunos por classe no período matutino é 20, e, no período
vespertino, é 25. Considerando os dois períodos citados, a média aritmética do número de alunos por classe é
(A) 24,5.
(B) 23.
(C) 22,5.
(D) 22.
(E) 21.
04. (SEGEP/MA – Técnico da Receita Estadual – FCC/2016) Para responder à questão, considere as informações
abaixo.
Três funcionários do Serviço de Atendimento ao Cliente de uma loja foram avaliados pelos clientes que atribuíram uma
nota (1; 2; 3; 4; 5) para o atendimento recebido. A tabela mostra as notas recebidas por esses funcionários em um deter-
minado dia.
Considerando a avaliação média individual de cada funcionário nesse dia, a diferença entre as médias mais próximas
é igual a
(A) 0,32.
(B) 0,21.
(C) 0,35.
(D) 0,18.
(E) 0,24.
05. (UFES – Assistente em Administração – UFES/2017) Considere n números x1, x2, … , xn, em que x1 ≤ x2 ≤ ⋯ ≤ xn
. A mediana desses números é igual a x(n + 1)/2, se n for ímpar, e é igual à média aritmética de xn ⁄ 2 e x(n + 2)/2, se n for
par. Uma prova composta por 5 questões foi aplicada a uma turma de 24 alunos. A tabela seguinte relaciona o número de
acertos obtidos na prova com o número de alunos que obtiveram esse número de acertos.
A penúltima linha da tabela acima, por exemplo, indica que 5 alunos tiveram, cada um, um total de 4 acertos na prova.
A mediana dos números de acertos é igual a
(A) 1,5
(B) 2
(C) 2,5
(D) 3
(E) 3,5
45
MATEMÁTICA
06. (UFAL – Auxiliar de Biblioteca – COPEVE/2016) 09. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU-
A tabela apresenta o número de empréstimos de livros de NESP/2016) A média de salários dos 13 funcionários de
uma biblioteca setorial de um Instituto Federal, no primeiro uma empresa é de R$ 1.998,00. Dois novos funcionários
semestre de 2016. foram contratados, um com o salário 10% maior que o do
outro, e a média salarial dos 15 funcionários passou a ser
Mës Empréstimos R$ 2.013,00. O menor salário, dentre esses dois novos fun-
cionários, é igual a
Janeiro 15 (A)) R$ 2.002,00.
Fevereiro 25 (B) R$ 2.006,00.
Março 22 (C) R$ 2.010,00.
(D) R$ 2.004,00.
(E) R$ 2.008,00.
Abril 30
Maio 28
Junho 15
10. (PREF. DE NITERÓI – Agente Fazendário –
Dadas as afirmativas, FGV/2015) Os 12 funcionários de uma repartição da pre-
I. A biblioteca emprestou, em média, 22,5 livros por feitura foram submetidos a um teste de avaliação de co-
mês. nhecimentos de computação e a pontuação deles, em uma
II. A mediana da série de valores é igual a 26. escala de 0 a 100, está no quadro abaixo.
III. A moda da série de valores é igual a 15.
50 55 55 55 55 60
verifica-se que está(ão) correta(s) 62 63 65 90 90 100
(A) II, apenas.
(B) III, apenas. O número de funcionários com pontuação acima da
(C) I e II, apenas. média é:
(D) I e III, apenas. (A) 3;
(E) I, II e III. (B) 4;
(C) 5;
07. (COSANPA - Químico – FADESP/2017) Algumas (D) 6;
Determinações do teor de sódio em água (em mg L-1) fo- (E) 7.
ram executadas (em triplicata) paralelamente por quatro
laboratórios e os resultados são mostrados na tabela abai-
xo.
Respostas
Replicatas Laboratório
1 2 3 4 01. Resposta: E.
1 30,3 30,9 30,3 30,5 S=cursam superior
2 30,4 30,8 30,7 30,4 M=não tem curso superior
3 30,0 30,6 30,4 30,7
Média 30,20 30,77 30,47 30,53
Desvio
0,20 0,15 0,21 0,15
Padrão
Utilize essa tabela para responder à questão. S+M=600000
O laboratório que apresenta o maior erro padrão é o
de número
(A) 1.
(B) 2. S=420000
(C) 3. M=600000-420000=180000
(D) 4.
46
MATEMÁTICA
M=300
V=250
09. Resposta: C.
Vamos chamar de x a soma dos salários dos 13 funcio-
nários
04. Resposta: B. x/13=1998
X=13.1998
X=25974
Vamos chamar de y o funcionário contratado com me-
nor valor e, portanto, 1,1y o com 10% de salário maior, pois
ele ganha y+10% de y
Y+0,1y=1,1y
(x+y+1,1y)/15=2013
25974+2,1y=15∙2013
2,1y=30195-25974
2,1y=4221
Y=2010
05.Resposta: B.
Como 24 é um número par, devemos fazer a segunda
regra: M=66,67
Apenas 3 funcionários estão acima da média.
GEOMETRIA
06. Resposta: D.
Ângulos
Denominamos ângulo a região do plano limitada por
duas semirretas de mesma origem. As semirretas recebem
Mediana o nome de lados do ângulo e a origem delas, de vértice do
Vamos colocar os números em ordem crescente ângulo.
15,15,22,25,28,30
07. Resposta: C.
Como o desvio padrão é maior no 3, o erro padrão é
proporcional, portanto também é maior em 3.
47
MATEMÁTICA
48
MATEMÁTICA
Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpen- Triângulo equilátero: três lados iguais.
dicular a esse segmento pelo seu ponto médio.
Na figura, a reta m é a mediatriz de .
QUADRILÁTEROS
49
MATEMÁTICA
Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos. Diagonal de um polígono é um segmento cujas extre-
midades são vértices não-consecutivos desse polígono.
- é paralelo a
Número de Diagonais
Áreas
Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais,
então a razão de dois segmentos quaisquer de uma trans-
versal é igual à razão dos segmentos correspondentes da
outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que
são válidas as seguintes proporções:
50
MATEMÁTICA
Exemplo
3º Caso: LLL(lado-lado-lado)
Se dois triângulos têm os três lado correspondentes
proporcionais, então esses dois triângulos são semelhan-
tes.
2
Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo
Casos de Semelhança
1º Caso:AA(ângulo-ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de
vértices correspondentes, então esses triângulos são con-
gruentes.
Temos:
2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes
proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles con-
gruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.
51
MATEMÁTICA
a: hipotenusa
b e c: catetos
h:altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipo-
tenusa
Fórmulas Trigonométricas
2. O produto dos catetos é igual ao produto da hi-
Relação Fundamental potenusa pela altura relativa à hipotenusa.
Existe uma outra importante relação entre seno e cos-
seno de um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.
Como
Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado 1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.
triangulo retângulo.
O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são:
52
MATEMÁTICA
2. Oblíquas:r e s não são perpendiculares. 02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Con-
sidere um triângulo retângulo de catetos medindo 3m e
5m. Um segundo triângulo retângulo, semelhante ao pri-
meiro, cuja área é o dobro da área do primeiro, terá como
medidas dos catetos, em metros:
(A) 3 e 10.
(B) 3√2 e 5√2 .
(C) 3√2 e 10√2 .
(D) 5 e 6.
(E) 6 e 10.
b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são
coincidentes. 03. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na
figura abaixo, encontra-se representada uma cinta esticada
passando em torno de três discos de mesmo diâmetro e
tangentes entre si.
53
MATEMÁTICA
54
MATEMÁTICA
(A) 54.
(B) 48.
(C) 36.
(D) 40.
(E) 42. 96h=1728
H=18
(A) 64,2 m
(B) 46,2 m
(C) 92,4 m
(D) 128,4 m Lado=3√2
Outro lado =5√2
Respostas
55
MATEMÁTICA
5x=400
X=80
08. Resposta: B.
108/4=27m²
6x=27
X=27/6
O perímetro seria
10. Resposta: B.
A sombreada=100-25π
05. Resposta: C.
CQ é hipotenusa do triângulo GQC.
01. CQ²=10²+5²
CQ²=100+25 9x=108
CQ²=125 X=12
CQ=5√5 Para encontrar o perímetro do triângulo R2:
A área do quadrilátero seria CQ⋅BC
A=5√5⋅10=50√5
06. Resposta: C
Para saber a área, primeiro precisamos descobrir o x.
17²=x²+8²
289=x²+64
X²=225
X=15
56
MATEMÁTICA
11. Resposta: C.
1-cos²x=sen²x
12. Resposta: D.
Área
Área da base: Sb=πr²
Volume
X=6
Cones
Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α,
um ponto V que não pertence ao plano.
A figura geométrica formada pela reunião de todos os
segmentos de reta que tem uma extremidade no ponto V
Y=10,2 e a outra num ponto do círculo denomina-se cone circular.
2 voltas=2(12+18+10,2+6+18)=128,4m
Cilindros
Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de
centro O contido num deles, e uma reta s concorrente com
os dois.
Chamamos cilindro o sólido determinado pela reunião
de todos os segmentos paralelos a s, com extremidades no
círculo e no outro plano.
Classificação
Classificação
Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando
as geratrizes são perpendiculares às bases.
Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro é
equilátero.
Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base.
57
MATEMÁTICA
Área
Área lateral:
Área da base:
Chamamos prisma o sólido determinado pela reunião
Área total: de todos os segmentos paralelos a r, com extremidades no
polígono R e no plano β.
Volume
Pirâmides
As pirâmides são também classificadas quanto ao nú-
mero de lados da base.
58
MATEMÁTICA
Área
Área cubo:
Área paralelepípedo:
A área de um prisma:
Onde: St=área total
Sb=área da base
Sl=área lateral, soma-se todas as áreas das faces late-
-Quadrangular rais.
Volume
Paralelepípedo:V=a.b.c
Cubo:V=a³
Demais:
59
MATEMÁTICA
Em uma revisão do projeto, foi necessário aumen- 06. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-
tar em 1 m a medida da largura, indicada por x na figura, NESP/2017) As figuras seguintes mostram os blocos de
mantendo-se inalteradas as demais medidas. Desse modo, madeira A, B e C, sendo A e B de formato cúbico e C com
o volume inicialmente previsto para esse reservatório foi formato de paralelepípedo reto retângulo, cujos respecti-
aumentado em vos volumes, em cm³, são representados por VA, VB e VC.
(A) 1 m³ .
(B) 3 m³ .
(C) 4 m³ .
(D) 5 m³ .
(E) 6 m³ .
60
MATEMÁTICA
05. Resposta: C.
V=20⋅15⋅20=6000cm³=6000ml==6 litros
06. Resposta:C.
VA=125cm³
VB=1000cm³
61
MATEMÁTICA
09. Resposta: E.
V=2,5⋅2⋅1=5m³
Como foi retirado 3m³
5+3=2,5⋅2⋅h
8=5h
H=1,6m
10. Resposta: D.
Cone
Portanto,
Tipos de Matriz
Cilindro Matriz linha
V=Ab.h
V=πr²h Chama-se matriz linha a toda matriz que possui uma
Como o volume do cone é 30% maior: única linha.
117πr²=1,3 πr²h Assim, [2 3 7] é uma matriz do tipo 1 x 3.
H=117/1,3=90
Matriz coluna
Matriz
Chama-se matriz do tipo m x n, m ∈N* e n∈N*, a toda Matriz quadrada
tabela de m.n elementos dispostos em m linhas e n colunas.
Indica-se a matriz por uma letra maiúscula e colocar seus Chama-se matriz quadrada a toda matriz que possui
elementos entre parênteses ou entre colchetes como, por número de linhas igual ao número de colunas. Uma matriz
exemplo, a matriz A de ordem 2x3. quadrada A do tipo n x n é dita matriz quadrada de ordem
n e indica-se por An. Exemplo:
Representação da matriz
Forma explicita (ou forma de tabela)
A matriz A é representada indicando-se cada um de Diagonais
seus elementos por uma letra minúscula acompanhada Diagonal principal é a sequência tais que i=j, ou seja,
de dois índices: o primeiro indica a linha a que pertence (a11, a22, a33,..)
o elemento: o segundo indica a coluna a que pertence o Diagonal secundária é a sequência dos elementos tais
elemento, isto é, o elemento da linha i e da coluna j é in- que i+j=n+1, ou seja, (a1n, a2 n-1,...)
dicado por ij.
Assim, a matriz A2 x 3 é representada por:
Forma abreviada
A matriz A é dada por (aij)m x n e por uma lei que fornece
aij em função de i e j.
A=(aij)2 x 2, onde aij=2i+j
62
MATEMÁTICA
Matriz diagonal
Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de matriz diagonal se, e somen-
te se, todos os elementos que não pertencem à diagonal principal são iguais a zero.
Matriz identidade
Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de matriz identidade se, e somente se, os elementos da diagonal
principal são iguais a um e os demais são iguais a zero.
Matriz nula
É chamada matriz nula se, e somente se, todos os elementos são iguais a zero.
Matriz Transposta
Adição de Matrizes
Sejam A= (aij), B=(bij) e C=(cij) matrizes do mesmo tipo m x n. Diz-se que C é a soma de A com B, e indica-se por A+B.
Dada as matrizes:
, portanto
Propriedades da adição
Comutativa: A + B = B + A
Associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
Elemento neutro: A + O = O + A = A
Elemento Oposto: A + (-A) = (-A) + A = O
Transposta da soma: (A + B)t = At + Bt
Subtração de matrizes
Sejam A=(aij), B=(bij) e C=(cij), matrizes do mesmo tipo m x n. Diz-se que C é a diferença A-B, se, e somente se, C=A+(-
-B).
63
MATEMÁTICA
Multiplicação de um número por uma matriz Temos que x=3; y=2; z=1; t=1
Considere: Logo,
Determinante
Dada uma matriz quadrada, chama-se determinante o
número real a ela associado.
Cálculo do determinante
Determinante de ordem 1
Multiplicação de matrizes
Determinante de ordem 3
Regra 1:
Matriz Inversa
Regra 2
Exemplo:
Determine a matriz inversa de A.
Solução
detA= a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a32 a21 a13 - a31 a22 a13 -a12
Seja
a21 a33 - a32 a23 a11
64
MATEMÁTICA
Matriz incompleta
Em que: Classificação
65
MATEMÁTICA
x + 3 y = 5
Sistema 2x3 2 x + ay = 1
Resolução
1 3
Resolução de um Sistema Linear por Escalonamento
D= = a−6
Podemos transformar qualquer sistema linear em um 2 a
outro equivalente pelas seguintes transformações elemen-
tares, realizadas com suas equações: D = 0⇒ a−6 = 0⇒ a = 6
-trocas as posições de duas equações
-Multiplicar uma das equações por um número real di- Assim, para a ≠ 6, o sistema é possível e determinado.
ferente de 0. Para a ≠ 6, temos:
-Multiplicar uma equação por um número real e adi-
cionar o resultado a outra equação.
Exemplo x + 3 y = 5
x + 3 y = 5
2 x + 6 y = 1 ~
← −2 0 x + 0 y = −9
Regra de Cramer
Consideramos os sistema . Suponhamos
Depois eliminamos a incógnita x da segunda equação
que a ≠ 0. Observamos que a matriz incompleta desse sis-
Multiplicando a equação por -2:
tema é , cujo determinante é indicado por D =
ad – bc.
Assim, .
66
MATEMÁTICA
Questões
O valor de x²-2xy+y² é
igual a
(A) 8
(B) 6
(C) 4
(D) 2
(E) 0
é:
67
MATEMÁTICA
02. Resposta: E.
09. (MGS – Serviços Técnicos Contábeis – IBFC/2015)
Sejam as matrizes quadradas de e então o valor ordem
e , então o valor do determinante da ma-
triz C = A + B é igual a: 03. Resposta: E.
(A) -2
(B) 2
(C) 6
(D) -6
04. Resposta: A.
10. (PREF. DE SANTO ANDRÉ – Assistente Econômi-
co Financeiro – IBAM/2015) Considere as seguintes ma-
trizes:
05. Resposta:C.
detA=15+10+4x+6+2x-50=-19
Sendo “a” um número real, para que tenhamos A . B = 6x=0
C, o valor da variável “a” deverá ser: X=0
(A) um número inteiro, ímpar e primo.
(B) um número inteiro, par, maior que 1 e menor que 5 detB=0+40-y-0-12y+6=72
(C) um número racional, par, maior que 5 e menor que -13y=26
10. Y=-2
(D) um número natural, impar, maior que 1 e menor X²-2xy+y²=0²-0+4=4
que 5.
06. Resposta: A.
11. (BRDE – Analista de Sistemas – FUNDATE/2015) Observe a primeira coluna: foi multiplicado por 2.
A solução do seguinte sistema linear é: Observe a segunda coluna: foi multiplicada por -1
(A) S={(0,2,-5)} Portanto, fazemos as mesmas operações com o deter-
(B) S={(1,4,1)} minante: 10.2.-1=-20
68
MATEMÁTICA
(B) A-3B²=-51
24-3⋅(-5)²=-51 12. Resposta: A.
24-75=-51
-51=-51(V)
08. Resposta: A.
A12=0
A23=0
A33=7
A35=5
09. Resposta: D.
Somando as duas equações:
144y=36
-x+28y=3
-x+7=3
-x=3-7
10. Resposta: A. X=4
13. Resposta: D.
Para ser possível e indeterminado, D=Dx=Dy=Dz=0
D=(3m+4m+3)-(3m+6m+2)=0
7m+3-9m-2=0
-2m=-1
m=1/2
a+2=9
a=7
11. Resposta: D.
Da II equação tiramos:
X=5+z (n-4+9)-(-3+6+2n)=0
n+5-2n-3=0
Da III equação: -n=-2
Y=13+2z n=2
69
MATEMÁTICA
Termo Geral da PA
SEQUÊNCIAS, PROGRESSÃO Podemos escrever os elementos da PA(a1, a2, a3, ..., an,...)
ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA da seguinte forma:
Sequências
Sempre que estabelecemos uma ordem para os ele-
mentos de um conjunto, de tal forma que cada elemento
seja associado a uma posição, temos uma sequência.
O primeiro termo da sequência é indicado por a1,o se- Observe que cada termo é obtido adicionando-se ao
gundo por a2, e o n-ésimo por an. primeiro número de razões r igual à posição do termo me-
nos uma unidade.
Termo Geral de uma Sequência
Algumas sequências podem ser expressas mediante
uma lei de formação. Isso significa que podemos obter um
termo qualquer da sequência a partir de uma expressão,
que relaciona o valor do termo com sua posição. Soma dos Termos de uma Progressão Aritmética
Para a posição n(n∈N*), podemos escrever an=f(n) Considerando a PA finita (6,10, 14, 18, 22, 26, 30, 34).
6 e 34 são extremos, cuja soma é 40
Progressão Aritmética
Denomina-se progressão aritmética(PA) a sequência
em que cada termo, a partir do segundo, é obtido adicio-
nando-se uma constante r ao termo anterior. Essa constan-
te r chama-se razão da PA. Numa PA finita, a soma de dois termos equidistantes
dos extremos é igual à soma dos extremos.
Classificação
As progressões aritméticas podem ser classificadas de
acordo com o valor da razão r.
r<0, PA decrescente
r>0, PA crescente
r=0 PA constante
Exemplo
Uma progressão aritmética finita possui 39 termos. O
-A soma de dois termos equidistantes dos extremos é último é igual a 176 e o central e igual a 81. Qual é o pri-
igual à soma dos extremos. meiro termo?
Solução
Como esta sucessão possui 39 termos, sabemos que o
termo central é o a20, que possui 19 termos à sua esquerda
e mais 19 à sua direita. Então temos os seguintes dados
para solucionar a questão:
70
MATEMÁTICA
Termo Geral da PG
Pelo exemplo anterior, podemos perceber que cada
Sabemos também que a soma de dois termos equidis- termo é obtido multiplicando-se o primeiro por uma po-
tantes dos extremos de uma P.A. finita é igual à soma dos tência cuja base é a razão. Note que o expoente da razão é
seus extremos. Como esta P.A. tem um número ímpar de igual à posição do termo menos uma unidade.
termos, então o termo central tem exatamente o valor de
metade da soma dos extremos.
Em notação matemática temos:
2º Caso: q≠1
Assim sendo:
O primeiro termo desta sucessão é igual a -14.
Progressão Geométrica
Denomina-se progressão geométrica(PG) a sequência Exemplo
em que se obtém cada termo, a partir do segundo, multipli- Dada a progressão geométrica (1, 3, 9, 27,..) calcular:
cando o anterior por uma constante q, chamada razão da PG. a) A soma dos 6 primeiros termos
Exemplo b) O valor de n para que a soma dos n primeiros ter-
Dada a sequência: (4, 8, 16) mos seja 29524
Solução
a)
q=2
Classificação
As classificações geométricas são classificadas assim:
- Crescente: Quando cada termo é maior que o ante-
rior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0 e
0 < q < 1.
- Decrescente: Quando cada termo é menor que o an- b)
terior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando a1
< 0 e q > 1.
- Alternante: Quando cada termo apresenta sinal con-
trário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
- Constante: Quando todos os termos são iguais. Isto
ocorre quando q = 1. Uma PG constante é também uma PA
de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG
estacionaria.
71
MATEMÁTICA
Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica 04. (FCEP – Técnico Artístico – AMAUC/2017) Consi-
Infinita dere a equação do 1º grau: 2(x - 2) = 3(x/3 + 4) . A raiz da
1º Caso:-1<q<1 equação é o segundo termo de uma Progressão Aritmética
(P.A.). O primeiro termo da P.A. corresponde aos 3/4 da raiz
da equação. O valor do décimo termo da P.A. é:
(A) 48
(B) 36
Quando a PG infinita possui soma finita, dizemos que a (C) 32
série é convergente. (D) 28
(E) 24
2º Caso:
A PG infinita não possui soma finita, dizemos que a sé- 05. (ARTESP – Agente de Fiscalização à Regulação
rie é divergente de Transporte – FCC/2017) Em um experimento, uma
planta recebe a cada dia 5 gotas a mais de água do que
3º Caso: havia recebido no dia anterior. Se no 65° dia ela recebeu
Também não possui soma finita, portanto divergente 374 gotas de água, no 1° dia do experimento ela recebeu
(A) 64 gotas.
Produto dos termos de uma PG finita (B) 49 gotas.
(C) 59 gotas.
(D) 44 gotas.
(E) 54 gotas.
Questões
06. (ARTESP – Agente de Fiscalização à Regulação
01. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra- de Transporte – FCC/2017) Mantido o mesmo padrão na
balho Júnior -CESGRANRIO/2017) A soma dos n pri- sequência infinita 5, 6, 7, 8, 9, 7, 8, 9, 10, 11, 9, 10, 11, 12,
meiros termos de uma progressão geométrica é dada por 13, 11, 12, 13, 14, 15, . . . , a soma do 19° e do 31° termos
é igual a
(A) 42.
(B) 31.
Quanto vale o quarto termo dessa progressão geomé-
(C) 33.
trica?
(D) 39.
(E) 36.
(A) 1
(B) 3
07. (POLICIA CIENTIFICA/PR – Auxiliar de Necropsia
(C) 27
– IBFC/2017) Considere a seguinte progressão aritmética:
(D) 39
(23, 29, 35, 41, 47, 53, ...)
(E) 40
Desse modo, o 83.º termo dessa sequência é:
02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Para (A) 137
que a sequência (4x-1 , x² -1, x - 4) forme uma progressão (B) 455
aritmética, x pode assumir, dentre as possibilidades abaixo, (C) 500
o valor de (D) 515
(A) -0,5. (E) 680
(B) 1,5.
(C) 2. 08. (CEGAS – Assistente Técnico – IES/2017) Deter-
(D) 4. mine o valor do nono termo da seguinte progressão geo-
(E) 6. métrica (1, 2, 4, 8, ...):
(A) 438
03. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi- (B) 512
sor – FGV/2017) O valor da expressão (C) 256
(D) 128
2(1 - 2 + 3 - 4 + 5 - 6 + 7- ... + 2015 - 2016 + 2017) é:
09. (CRF/MT – Agente Administrativo – QUA-
(A)2014; DRIX/2017) Maria criou uma conta no Instagram. No
(B) 2016; mesmo dia, quatro pessoas começaram a segui-la. Após
(C) 2018; 1 dia, ela já tinha 21 seguidores e após 2 dias, já eram 38
(D) 2020; seguidores. Maria percebeu que, a cada dia, ela ganhava 17
(E) 2022. seguidores. Mantendo-se essa tendência, ela ultrapassará a
barreira de 1.000 seguidores após:
72
MATEMÁTICA
(A) 57 dias.
(B) 58 dias.
(C) 59 dias.
(D) 60 dias. Para a sequência par:
(E) 61 dias. -2016=-2+(n-1)⋅(-2)
-2016=-2-2n+2
10.. (PREF. DE CHOPINZINHO – Procurador Munici- 2n=2016
pal – FAU/2016) Com base na sequência numérica a seguir N=1008
determine o sexto termo da sequência:
196 ;169 ;144 ;121 ; ...
(A) 115.
(B) 100.
(C) 81.
(D) 69.
(E) 49. 1018081-1017072=1009
2⋅1009=2018
Respostas
04. Resposta: A.
01.Resposta: A. Raiz da equação:
2x-4=x+12
X=16 é 0 segundo termo da PA
Primeiro termo:
PA
Como S3 é a soma dos 3 primeiros e S4 é a soma dos 4 (12,16,...)
primeiros termos, se subtrairmos um do outro, obteremos R=16-12=4
o 4º termo.
02. Resposta: B.
Para ser uma PA: =48
X²-1-(4x-1)=x-4-(x²-1)
X²-1-4x+1=x-4-x²+1 05. Resposta: E.
X²+x²-4x-x-3=0
2x²-5x-3=0
∆=25-24=1
A1=374-320
A1=54
06. Resposta: B.
Observe os números em negrito:
9, 11, 13, 15,...
03. Resposta: C. São os números ímpares, a partir do 9 e a cada 5 nú-
Os termos ímpares formam uma PA de razão 2 e são os meros.
números ímpares. Ou seja, o 9 está na posição 5
Os termos pares formam uma PA de razão -2 O 11 está na posição 10 e assim por diante.
Vamos descobrir quantos termos há: O 19º termo, já temos na sequência que é o 14
Seguindo os termos:
2017=1+(n-1)⋅2 25º termo é o 17
2017=1+2n-2 30º termo é 19
2017=-1+2n Como o número seguinte a esses, abaixa duas unida-
2n=2018 des
n=1009 O 31º termo é o 17.
14+17=31
73
MATEMÁTICA
PORCENTAGEM
74
MATEMÁTICA
Questões
− A seguir, todos deveriam mostrar aos demais suas 07. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-
avaliações. NESP/2017) A empresa Alfa Sigma elaborou uma previsão
de receitas trimestrais para 2018. A receita prevista para o
− Uma partilha seria considerada boa se cada um deles primeiro trimestre é de 180 milhões de reais, valor que é
recebesse uma joia que avaliou como valendo 33,3% da 10% inferior ao da receita prevista para o trimestre seguin-
herança toda ou mais. te. A receita prevista para o primeiro semestre é 5% inferior
à prevista para o segundo semestre. Nessas condições, é
As avaliações de cada um dos irmãos a respeito das correto afirmar que a receita média trimestral prevista para
joias foi a seguinte: 2018 é, em milhões de reais, igual a
75
MATEMÁTICA
Respostas
Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de
01. Resposta:B. 30%.
Como teve um desconto de 40%, pagou 60% do pro-
duto. OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não
errar conforme a pergunta feita.
1600⋅0,6=960
Como vai pagar 10% a mais: 09. Resposta: B.
960⋅1,1=1056 8,6(1+x)=10,75
8,6+8,6x=10,75
02. Resposta: E. 8,6x=10,75-8,6
63/35=1,80 8,6x=2,15
Portanto teve um aumento de 80%. X=0,25=25%
76
MATEMÁTICA
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MATEMÁTICA
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MATEMÁTICA
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MATEMÁTICA
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MATEMÁTICA
Vamos tentar esclarecer esses conceitos, que na maio- NOTA: Para comprovar que a taxa de 0,948% a.m é
ria das vezes nos livros e apostilas disponíveis no mercado, equivalente a taxa de 12% a.a, basta calcular o montante
não são apresentados de uma maneira clara. utilizando a taxa anual, neste caso teremos que transfor-
Temos a chamada taxa de juros nominal, quando esta mar 18 (dezoito) meses em anos para fazer o cálculo, ou
não é realmente a taxa utilizada para o cálculo dos juros seja : 18: 12 = 1,5 ano. Assim:
(é uma taxa “sem efeito”). A capitalização (o prazo de for- M = c (1 + i)n
mação e incorporação de juros ao capital inicial) será dada M = 1000 (1 + 0,12) 1,5 = 1.000 x 1,185297
através de outra taxa, numa unidade de tempo diferente, M = 1.185,29
taxa efetiva.
Como calcular a taxa que realmente vai ser utilizada; Conclusões:
isto é, a taxa efetiva? - A taxa nominal é 12% a.a, pois não foi aplicada no
Vamos acompanhar através do exemplo cálculo do montante. Normalmente a taxa nominal vem
sempre ao ano!
Taxa Efetiva - A taxa efetiva mensal, como o próprio nome diz, é
Calcular o montante de um capital de R$ 1.000,00 (mil aquela que foi utilizado para cálculo do montante. Pode
reais), aplicados durante 18 (dezoito) meses, capitalizados ser uma taxa proporcional mensal (1 % a.m.) ou uma taxa
mensalmente, a uma taxa de 12% a.a. Explicando o que é equivalente mensal (0,949 % a.m.).
taxa Nominal, efetiva mensal e equivalente mensal: - Qual a taxa efetiva mensal que devemos utilizar? Em
Respostas e soluções: se tratando de concursos públicos, a grande maioria das
1) A taxa Nominal é 12% a.a; pois o capital não vai ser bancas examinadoras utilizam a convenção da taxa propor-
capitalizado com a taxa anual. cional. Em se tratando do mercado financeiro, utiliza-se a
2) A taxa efetiva mensal a ser utilizada depende de convenção de taxa equivalente.
duas convenções: taxa proporcional mensal ou taxa equi-
valente mensal. Taxa Equivalente
a) Taxa proporcional mensal (divide-se a taxa anual por Taxas Equivalentes são taxas que quando aplicadas ao
12): 12%/12 = 1% a.m. mesmo capital, num mesmo intervalo de tempo, produzem
b) Taxa equivalente mensal (é aquela que aplicado aos montantes iguais. Essas taxas devem ser observadas com
R$ 1.000,00, rende os mesmos juros que a taxa anual apli- muita atenção, em alguns financiamentos de longo prazo,
cada nesse mesmo capital). somos apenas informados da taxa mensal de juros e não
tomamos conhecimento da taxa anual ou dentro do pe-
Cálculo da taxa equivalente mensal: ríodo estabelecido, trimestre, semestre entre outros. Uma
expressão matemática básica e de fácil manuseio que nos
fornece a equivalência de duas taxas é:
1 + ia = (1 + ip)n, onde:
ia = taxa anual
onde: ip = taxa período
iq : taxa equivalente para o prazo que eu quero n: número de períodos
it : taxa para o prazo que eu tenho
q : prazo que eu quero Observe alguns cálculos:
t : prazo que eu tenho
Exemplo 1
Qual a taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês?
Temos que: 2% = 2/100 = 0,02
1 + ia = (1 + 0,02)12
1 + ia = 1,0212
iq = 0,009489 a.m ou iq = 0,949 % a.m. 1 + ia = 1,2682
3) Cálculo do montante pedido, utilizando a taxa efe- ia = 1,2682 – 1
tiva mensal ia = 0,2682
ia = 26,82%
a) pela convenção da taxa proporcional: A taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês é de
M = c (1 + i)n 26,82%.
M = 1000 (1 + 0,01) 18 = 1.000 x 1,196147
M = 1.196,15 As pessoas desatentas poderiam pensar que a taxa
anual nesse caso seria calculada da seguinte forma: 2% x
b) pela convenção da taxa equivalente: 12 = 24% ao ano. Como vimos, esse tipo de cálculo não
procede, pois a taxa anual foi calculada de forma correta e
M = c (1 + i)n corresponde a 26,82% ao ano, essa variação ocorre porque
M = 1000 (1 + 0,009489) 18 = 1.000 x 1,185296 temos que levar em conta o andamento dos juros compos-
M = 1.185,29 tos (juros sobre juros).
81
MATEMÁTICA
Taxa Real
A taxa real expurga o efeito da inflação. Um aspecto interessante sobre as taxas reais de juros, é que elas podem ser
inclusive, negativas.
Vamos encontrar uma relação entre as taxas de juros nominal e real. Para isto, vamos supor que um determinado capital
P é aplicado por um período de tempo unitário, a certa taxa nominal in
O montante S1 ao final do período será dado por S1 = P(1 + in).
Consideremos agora que durante o mesmo período, a taxa de inflação (desvalorização da moeda) foi igual a j. O capital
corrigido por esta taxa acarretaria um montante S2 = P (1 + j).
A taxa real de juros, indicada por r, será aquela aplicada ao montante S2, produzirá o montante S1. Poderemos então
escrever: S1 = S2 (1 + r)
Substituindo S1 e S2 , vem:
P(1 + in) = (1+r). P (1 + j)
Daí então, vem que:
(1 + in) = (1+r). (1 + j), onde:
in = taxa de juros nominal
j = taxa de inflação no período
r = taxa real de juros
Observe que se a taxa de inflação for nula no período, isto é, j = 0, teremos que as taxas nominal e real são coincidentes.
Exemplo
Numa operação financeira com taxas pré-fixadas, um banco empresta $120.000,00 para ser pago em um ano com
$150.000,00. Sendo a inflação durante o período do empréstimo igual a 10%, pede-se calcular as taxas nominal e real deste
empréstimo.
Teremos que a taxa nominal será igual a:
in = (150.000 – 120.000)/120.000 = 30.000/120.000 = 0,25 = 25%
Portanto in = 25%
Como a taxa de inflação no período é igual a j = 10% = 0,10, substituindo na fórmula anterior, vem:
(1 + in) = (1+r). (1 + j)
(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,10)
1,25 = (1 + r).1,10
1 + r = 1,25/1,10 = 1,1364
Portanto, r = 1,1364 – 1 = 0,1364 = 13,64%
Se a taxa de inflação no período fosse igual a 30%, teríamos para a taxa real de juros:
(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,30)
1,25 = (1 + r).1,30
1 + r = 1,25/1,30 = 0,9615
Portanto, r = 0,9615 – 1 = -,0385 = -3,85% e, portanto teríamos uma taxa real de juros negativa.
Exemplo
$100.000,00 foi emprestado para ser quitado por $150.000,00 ao final de um ano. Se a inflação no período foi de 20%,
qual a taxa real do empréstimo?
Resposta: 25%
Taxas Proporcionais
Para se compreender mais claramente o significado destas taxas deve-se reconhecer que toda operação envolve dois
prazos:
- o prazo a que se refere à taxa de juros; e
- o prazo de capitalização (ocorrência) dos juros. (ASSAF NETO, 2001).
Taxas Proporcionais: duas (ou mais) taxas de juro simples são ditas proporcionais quando seus valores e seus respecti-
vos períodos de tempo, reduzidos a uma mesma unidade, forem uma proporção. (PARENTE, 1996). Exemplos
Para os exemplos numéricos descritos nas tabelas, em todas as diferentes formas de amortização, utilizaremos o mes-
mo exercício: uma dívida de valor inicial de R$ 100 mil, prazo de três meses e juros de 3% ao mês.
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MATEMÁTICA
Pagamento único
É a quitação de toda a dívida (amortização + juros) em um único pagamento, ao final do período. Utilizamos a mesma
fórmula do montante:
M = C (1 + i×n)
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período
M = C (1+i)n
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período
0 - - -
100.000,00
1 - -
3.000,00 103.000,00
2 - -
3.000,00 106.000,00
3 109.000,00 -
3.000,00 100.000,00
Nos juros compostos:
1 - - 103.000,00
3.000,00
2 - - 106.090,00
3.090,00
3 -
3.182,70 100.000,00 109.272,70
Foi elaborado para apresentar pagamentos iguais ao longo do período do desembolso das prestações. A fórmula para
encontrarmos a prestação é dada a seguir:
PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1
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MATEMÁTICA
i = taxa de juros
n = período
A fórmula foi desenvolvida, considerando-se apenas a capitalização por juros compostos. O resultado é listado a seguir:
0 - -
- 100.000,00
1 32.353,04
3.000,00 35.353,04 67.646,96
2 33.323,63
2.029,41 35.353,04 34.323,33
3 34.323,33 -
1.029,71 35.353,04
Amortiza-
n Juros Prestação Saldo devedor
ção
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 67.156,81
32.843,19 35.843,19
2 2.014,70 33.828,32
33.328,49 35.343,19
3 1.014,87 -
33.828,32 34.843,19
Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:
PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período
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MATEMÁTICA
n = período
An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período
0 -
3.000,00 3.000,00 100.000,00
1
2.030,30 32.323,34 34.353,64 67.676,66
2
1.030,61 33.323,03 34.353,64 34.353,63
3 -
34.353,64 34.353,64 (0,01)
OBS: os resíduos em centavos, como saldo devedor final na tabela anterior, são resultados de arredondamento do
cálculo e serão desconsiderados.
Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:
85
MATEMÁTICA
Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.
Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.
N Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (3.000,00) (36.333,33) (35.353,04) (35.843,19) (34.353,64)
2 - (3.000,00) (35.333,33) (35.353,04) (35.343,19) (34.353,64)
3 (109.272,70) (103.000,00) (34.333,34) (35.353,04) (34.843,19) (34.353,64)
As várias formas de amortização utilizadas pelo mercado brasileiro, em sua maioria, consideram o regime de capitali-
zação por juros compostos. A comparação entre estas, por meio do VPL (vide item 6.2), demonstra que o custo entre elas
se equivale. Vejam: no nosso exemplo, todos, exceto no sistema alemão, os juros efetivos cobrados foram de 3% ao mês
(regime de juros compostos) ou 9,27% no acumulado dos três meses.
n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
86
MATEMÁTICA
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 3% ao mês.
Considerando o custo de oportunidade de 2% ao mês, isto é, abaixo do valor do empréstimo, teríamos a tabela abaixo.
Isso seria uma situação mais comum: juros do empréstimo mais caro que uma aplicação no mercado. Neste caso, quanto
menor (em módulo) o VPL, melhor para o tomador do empréstimo, ou seja, o sistema SAC seria o melhor sob o ponto de
vista financeiro.
n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.941,18) (35.620,91) (34.659,84) (35.140,38) (33.680,04)
2 - (2.883,51) (33.961,29) (33.980,24) (33.970,77) (33.019,64)
3 (102.970,11) (97.059,20) (32.353,07) (33.313,96) (32.833,52) (32.372,20)
VPL (2.970,11) (2.883,88) (1.935,28) (1.954,04) (1.944,67) (2.071,88)
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 2% ao mês.
Outra situação seria considerarmos um empréstimo com taxa de juros abaixo do mercado. Neste exemplo a seguir,
teremos como custo de oportunidade a taxa de 4% ao mês. Isso, na vida real, não será comum: juros do empréstimo mais
barato do que uma aplicação no mercado. Assim, como no exemplo anterior, quanto maior o VPL, melhor para o tomador
do empréstimo, ou seja, o sistema de pagamento único, sob o ponto de vista financeiro, é o melhor, como no caso abaixo.
n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.884,62) (34.935,89) (33.993,31) (34.464,61) (33.032,34)
2 - (2.773,67) (32.667,65) (32.685,87) (32.676,77) (31.761,87)
3 (97.143,03) (91.566,62) (30.522,21) (31.428,72) (30.975,47) (30.540,26)
VPL 2.856,97 2.775,09 1.874,24 1.892,10 1.883,16 1.665,53
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 4% ao mês.
Referências
M = C (1+i)n
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período
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MATEMÁTICA
PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1
Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:
PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período
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MATEMÁTICA
An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período
n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
1 2.030,30 32.323,34 34.353,64 67.676,66
2 1.030,61 33.323,03 34.353,64 34.353,63
3 - 34.353,64 34.353,64 (0,01)
OBS: os resíduos em centavos, como saldo devedor final na tabela anterior, são resultados de arredondamento do
cálculo e serão desconsiderados.
Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:
Saldo
Nº Prestação Prestação Juros Amortização
Devedor
0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000
89
MATEMÁTICA
Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.
Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.
Questões
01. (TRE/PR – Analista Judiciário – FCC/2017) Para comprar um automóvel, Pedro realizou uma pesquisa em 3 con-
cessionárias e obteve as seguintes propostas de financiamento:
02. (TST – Analista Judiciário – FCC/2017) Um empréstimo foi obtido para ser liquidado em 10 parcelas mensais de
R$ 2.000,00, vencendo-se a primeira parcela um mês após a data da obtenção. A taxa de juros negociada com a instituição
financeira foi 2% ao mês no regime de capitalização composta. Se, após o pagamento da oitava parcela, o devedor decidir
liquidar o saldo devedor do empréstimo nesta mesma data, o valor que deverá ser pago, desprezando-se os centavos, é,
em reais,
(A) 3.846,00.
(B) 3.883,00.
(C) 3.840,00.
(D) 3.880,00.
(E) 3.845,00.
03. (POLICIA CIENTIFICA/PR – Perito Criminal – IBFC/2017) Assinale a alternativa correta. Uma pessoa comprou
um vídeo game de última geração em uma loja, parcelando em 12 prestações mensais de 140,00 cada uma, sem entrada.
Sabendo-se que a taxa de juros compostos cobrada pela loja foi de 3% ao mês, sendo que os valores estão arredondados
e que: (1,03)12 = 1,4258
(1,03)12 x 0,03 = 0,0428
0,4258/0,0428 = 9,95
90
MATEMÁTICA
O valor do vídeo game era de: 07. (FUNAPE – Analista em Gestão Previdenciária –
(A) R$ 1.393 FCC/2017) Um empréstimo foi contratado com uma taxa
(B) R$ 1.820 nominal de juros de 6% ao trimestre e com capitalização
(C) R$ 1.680 mensal. A taxa efetiva desse empréstimo é igual a
(D) R$ 1.178 (A) 6,2302%.
(E) R$ 1.423 (B) 6,3014%.
(C) 6,1385%.
(D) 6,2463%.
04. (TST – Analista Judiciário – FCC/2017) Um in- (E) 6,1208%.
vestidor aplicou R$ 10.000,00 em títulos que remuneram à
taxa de juros compostos de 10% ao ano e o prazo para res-
gate da aplicação foi de 2 anos. Sabendo-se que a inflação 08. (TRE/BA – Técnico Judiciário – CESPE/2017) Um
no prazo total da aplicação foi 15%, a taxa real de remune- banco emprestou a uma empresa R$ 100.000, entregues no
ração obtida pelo investidor no prazo total da aplicação foi ato, sem prazo de carência, para serem pagos em quatro
(A) 5,00%. prestações anuais consecutivas pelo sistema de amortiza-
(B) 6,00%. ção constante (SAC). A taxa de juros compostos contratada
(C) 5,22%. para o empréstimo foi de 10% ao ano, e a primeira presta-
(D) 5,00% (negativo). ção será paga um ano após a tomada do empréstimo.
(E) 4,55%. Nessa situação, o valor da segunda prestação a ser
paga pela empresa será
(A) superior a R$ 33.000.
05. (TST - Analista Judiciário - FCC/2017) Uma em- (B) inferior a R$ 30.000.
presa obteve um empréstimo no valor de R$ 100.000,00 (C) superior a R$ 30.000 e inferior a R$ 31.000.
para ser liquidado em uma única parcela no final do prazo (D) superior a R$ 31.000 e inferior a R$ 32.000.
de 2 meses. A taxa de juros compostos negociada foi 3% ao (E) superior a R$ 32.000 e inferior a R$ 33.000.
mês e a empresa deve pagar, adicionalmente, na data da
obtenção do empréstimo, uma taxa de cadastro no valor
de R$ 1.000,00. Na data do vencimento do empréstimo a 09. (EMBASA – Contador – IBFC/2017) Um clien-
empresa deve pagar, junto com o valor que pagará à ins- te fez um empréstimo no valor de R$ 2.000,00 no Banco
tituição financeira, um imposto no valor de R$ 530,00. O ABC em 31/12/2013 para reaplicar em um investimento
custo efetivo total para a empresa no prazo do emprésti- em sua empresa. A taxa de juros cobrada pelo Banco era
mo, foi de 10% ao ano. Após um ano, em 31/12/2014, o fluxo de
(A) 7,70%. caixa da empresa foi de R$ 1.100,00. Após dois anos, em
(B) 6,09%. 31/12/2015, o fluxo de caixa da empresa foi de R$ 1.210,00
(C) 7,62%. e em 31/12/2016, após três anos, o fluxo de caixa da em-
(D) 6,00%. presa foi de R$ 1.331,00.
(E) 7,16%. O valor presente líquido dos valores do fluxo de caixa,
trazidos a valor presente em 31/12/2013, era de:
(A) R$ 1.100,00
06. (TRE/PR - Analista Judiciário - FCC/2017) A Cia. (B) R$ 1.000,00
Ted está avaliando a alternativa de compra de um novo (C) R$ 2.210,00
equipamento por R$ 480.000,00 à vista. Estima-se que a (D) R$ 2.331,00
vida útil do equipamento seja de 3 anos, que o valor residual
de revenda no final do terceiro ano seja R$ 70.000,00 e que
os fluxos líquidos de caixa gerados por este equipamento 10.(DPE/PR – Contador – INAZ DO PARÁ/2017) Um
ao final de cada ano sejam R$ 120.000,00, R$180.000,00 e comerciante recebeu, no meio do mês, uma excelente ofer-
R$ 200.000,00, respectivamente. Sabendo que a taxa míni- ta de compra de material para sua empresa no valor de
ma de atratividade é de 10% a.a., a alternativa R$8.000,00. No entanto, por estar desprovido de recursos,
(A) apresenta valor presente líquido positivo. precisou tomar um empréstimo junto ao seu banco, em
(B) apresenta valor presente líquido negativo. parcelas de 15 vezes a uma taxa de juros 2,5% a.m. Deter-
(C) apresenta taxa interna de retorno maior que 10% mine o valor da última prestação do empréstimo, lembran-
a.a. do que o Sistema de financiamento usado é o SAC.
(A) R$ 533,33
(D) é economicamente viável à taxa mínima de atrati-
(B) R$ 733,33
vidade de 10% a.a..
(C) R$ 653,33
(E) é economicamente viável à taxa mínima de atrativi-
(D) R$ 560,00
dade de 12% a.a..
(E) R$ 546,67
91
MATEMÁTICA
08. Resposta: E.
SD=100000
A=100000/4=25000
02. Resposta: B. J=(100000-25000)⋅0,1
J=7500
P=A+J
P=25000+7500=32500
03. Resposta: A.
Sendo PMT o valor da parcela e PV o valor presente, 09. Resposta: B.
usaremos o sistema de amortização PRICE, por ser parcelas
fixas:
10. Resposta: E.
8000/15 = 533,33
Portanto, a última parcela será de 533,33⋅1,025=546,66
04. Resposta: C.
Sendo i a taxa de juros nominal
R a taxa de juros real
J a taxa de juros de inflação
1+i=(1+r)(1+j)
(1+0,1)²=(1+r)⋅(1+0,15)
1,1²=(1+r) ⋅1,15
1,21=1,15+1,15r
0,06=1,15r
R=0,05217≅0,0522=5,22%
05. Resposta: A.
M=C(1+i)t
M=100000(1+0,03)²=106090
Como teve uma taxa de 1000, a empresa recebeu en-
tão 99000
A empresa teve eu pagar 106090+530=106620
106620=99000(1+i)
106620=99000+99000i
7620=99000i
I=0,0769=7,69%
92
MATEMÁTICA
ANOTAÇÕES
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93
MATEMÁTICA
ANOTAÇÕES
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94
MATEMÁTICA
M = P . s[n,i], onde:
M = valor do montante;
Rendas Uniformes
P = valor de cada pagamento da renda certa;
Matéria com o mesmo objetivo da Equivalência de Capi-
tais, mas com títulos apresentando os mesmos valores e com n = número de prestações;
vencimentos consecutivos - tornando assim sua solução mais i = taxa empregada.
rápida, através de um método alternativo.
Há dois casos: o cálculo do valor atual dos pagamentos O fator s[n,i] é normalmente dado nas provas.
iguais e sucessivos (que seria igual ao valor do financiamento b) Quando o montante é calculado em um momento que
obtido por uma empresa ou o valor do empréstimo contraí- não coincide com a data do último pagamento:
do); e o cálculo do montante, do valor que a empresa obterá
se aplicar os pagamentos dos clientes em uma data futura às Para calcular o valor do montante nesse caso, a fórmula é
datas dos pagamentos. a seguinte:
A = P .a[n-1,i] + P, onde:
A = valor atual da renda certa; 15 - PLANOS DE AMORTIZAÇÃO DE
P = valor de cada pagamento da renda certa;
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS.
n = número de prestações;
i = taxa empregada.
Frequentemente, nas operações de médio e longo pra-
c) Renda Certa Diferida: aquela onde o primeiro pagamen-
zo, por razões metodológicas ou contábeis, as operações
to acontecerá vários períodos após ser feito o empréstimo ou
de empréstimos são analisadas período por período, no
financiamento.
que diz respeito ao pagamento dos juros e à devolução
Para calcular o valor atual dessa renda certa, a fórmula é a
seguinte: propriamente dita do principal. (HAZZAN, 2007).
A = P .( a[n+x,i] - a[x,i] ), onde:
Sistema de Amortização Constante – SAC
A = valor atual da renda certa;
P = valor de cada pagamento da renda certa; Consiste em um sistema de amortização de uma dívi-
n = número de prestações; da em prestações periódicas, sucessivas e decrescentes em
x = número de prestações acrescentadas; progressão aritmética, em que o valor da prestação é com-
i = taxa empregada. posto por uma parcela de juros uniformemente decrescen-
te e outra de amortização que permanece constante.
2º Caso: Cálculo do Montante
Sistema de Amortização Constante (SAC) é uma forma
a) Quando o montante é calculado no momento da data de amortização de um empréstimo por prestações que in-
do último pagamento: cluem os juros, amortizando assim partes iguais do valor
total do empréstimo.
95
MATEMÁTICA
Neste sistema o saldo devedor é reembolsado em valores de amortização iguais. Desta forma, no sistema SAC o valor
das prestações é decrescente, já que os juros diminuem a cada prestação. O valor da amortização é calculada dividindo-se
o valor do principal pelo número de períodos de pagamento, ou seja, de parcelas.
O SAC é um dos tipos de sistema de amortização utilizados em financiamentos imobiliários. A principal característica
do SAC é que ele amortiza um percentual fixo do saldo devedor desde o início do financiamento. Esse percentual de amor-
tização é sempre o mesmo, o que faz com que a parcela de amortização da dívida seja maior no início do financiamento,
fazendo com que o saldo devedor caia mais rapidamente do que em outros mecanismos de amortização.
Exemplo: Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses a uma taxa de juros de
1% ao mês (em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização iremos obter uma valor igual
a R$ 10.000,00. Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:
Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior,a prestação é a soma da amortização e o juro. Sendo
assim,o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as presta-
ções. A soma das prestações é de R$ 127.800,00. Gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressao aritmética(PA) de r=100.
Entre as inúmeras maneiras que existem para se amortizar o principal, o sistema de amortização constante (SAC) é um
dos mais utilizados na prática. Tal sistema consiste em se fazer que todas as parcelas de AMORTIZAÇÃO sejam iguais. As-
sim, considerando um principal a ser amortizado em “n” parcelas, e supondo pagamento dos juros em todos os períodos.
(HAZZAN, 2007).
Fórmula
Exemplo
1) Uma empresa pede emprestado R$ 100.000,00 que o banco entrega no ato. Sabendo que o banco concedeu 3 anos
de carência, que os juros serão pagos anualmente, que a taxa de juros é de 10% ao ano e que o principal será amortizado
em 4 parcelas anuais, construir a planilha.
96
MATEMÁTICA
Solução:
Planilha de Financiamento
O sistema SACRE foi desenvolvido com o objetivo de permitir maior amortização do valor emprestado, reduzindo-se,
simultaneamente, a parcela de juros sobre o saldo devedor. Por isso, ele começa com prestações mensais mais altas, se
comparado à Tabela Price.
Pelo sistema SACRE, as prestações mensais mantêm-se próximas da estabilidade e no decorrer do financiamento, seus
valores tendem a decrescer. A prestação inicial pode comprometer até 30% da renda familiar e o prazo máximo de finan-
ciamento é de 25 anos.
Este sistema de amortização é utilizado SOMENTE pela Caixa Econômica Federal. A diferença básica entre este siste-
ma e os outros é o de apresentar o valor da parcela de amortização superior, proporcionando uma redução mais rápida
do saldo devedor. Também neste plano a prestação inicial pode comprometer até 30% da renda, enquanto nos outros o
comprometimento máximo é 25%.
O valor das prestações é decrescente.
Pela Tabela Price, o comprador começa a pagar seu imóvel com parcelas mensais mais baixas que às do Sacre. Ao longo
do contrato, no entanto, as parcelas sobem progressivamente, superando, e muito, às do Sacre.
Pelo sistema Price, as prestações e o saldo devedor são corrigidos mensalmente pela TR, pelos bancos privados e anual-
mente pela Caixa. A amortização inicial dos juros nesse sistema é menor, fazendo com que apenas a partir da metade do
número de anos estabelecido em contrato comece a ser reduzido o saldo devedor do comprador.
Apenas 25% da renda familiar pode ser comprometida com a aquisição do imóvel e o prazo máximo de financiamento
é de 20 anos.
Consiste em um plano de amortização em que as prestações são iguais. As amortizações crescem ao longo do período
da operação: como a prestação é igual, com a redução do saldo devedor o juro diminui e a parcela de amortização aumenta.
97
MATEMÁTICA
Neste sistema, as prestações são iguais e periódicas, a partir do instante em que começam a ser pagas. Assim, conside-
rando um principal a ser pago nos instantes 1,2,3,....,n, a uma taxa de juros (expressa na unidade de tempo da periodicidade
dos pagamentos), as prestações sendo constantes constituem uma sequência uniforme em que cada parcela é indicada
por R. (HAZZAN, 2007).
Fórmula
(1 + i)n ∙ 1
[
PMT = PV ∙ (1 + i)n - 1
[
Exemplo
1) Um empréstimo no valor de R$ 100.000,00 deve ser liquidado por meio do pagamento de cinco prestações iguais e
mensais, vencendo a primeira 30 dias após a data da contratação, por meio do sistema Francês de amortização.
Sabendo-se que a taxa de juros compostos cobrada foi de 10% ao mês, pede-se:
a) O valor das prestações a serem pagas;
b) Construir uma tabela demonstrando o estado da dívida e o valor dos encargos e principal amortizado após o paga-
mento de cada prestação.
Solução:
a)
PV = 100.00,00
i = 10% a.m. = 0.10 a.m
n=5
PMT = ?
PMT = PV ∙ ( 1 + i)n ∙ i
( 1+ i )n - 1
PMT = 0,161051
0,610510
98
MATEMÁTICA
b) Planilha de Financiamento
O sistema Alemão de amortização consiste na liquidação de uma dívida onde os juros são pagos antecipadamente com
prestações iguais, exceto a primeira que corresponde aos juros cobrados no momento da operação financeira. O capital
emprestado (ou financiado) será indicado com C, i será a taxa de juros ao período, n representará o número de períodos. As
amortizações e os pagamentos ao período serão indicados, respectivamente, pelas letras Ak e Pk, onde k=1,2,...,n. Em todas
as situações, o final de um período significará o início do período seguinte.
Consideremos a situação que uma pessoa contrai um empréstimo de valor C no instante k=0. A financeira cobra anteci-
padamente a taxa i sobre C, perfazendo um juro inicial de C i, de forma que o cliente recebe no primeiro momento, o valor
Co dado pela expressão: Co = C - C i = C (1-i), mas o cliente deverá pagar C no final do período.
No início do 2º período, o cliente está devendo C, mas amortizará parte do saldo devedor com um valor A1, assim ele
ficará devendo neste momento: C1 = C - A1
Como ocorre a amortização de parte da dívida, ele novamente pagará juros antecipados sobre a dívida neste momento,
correspondentes a i C1, logo o pagamento no início do 2º período deverá ser: P1 = A1 + i C1 = A1 + i (C - A1)
O cliente deverá pagar à financeira o valor C1 no final do período.
No início do 3º período, o cliente estará devendo C1 e deverá amortizar parte da dívida com um valor A2, assim ele ficará
devendo: C2 = C1 - A2
Como ocorreu a amortização de parte da dívida, ele novamente pagará juros antecipados sobre a dívida que no mo-
mento corresponde a i C2, logo o pagamento no início do 3o. período deverá ser: P2 = A2 + i C2 = A2 + i (C1-A2), ou seja P2
= A2 + i (C - A1 - A2)
O cliente deverá pagar à financeira o valor C2 no final do período.
No início do 4º período, o cliente estará devendo C2 e deverá amortizar parte da dívida com um valor A3, assim ele ficará
devedor neste momento de: C3 = C2 - A3
Como ocorreu a amortização de parte da dívida, ele deve novamente pagar juros antecipados sobre a dívida neste
momento, que corresponde a i C3, logo o pagamento no início do 3º período deverá ser: P3 = A3 + i C3 = A3 + i (C2 - A3) =
A3 + i (C1 - A2 - A3), ou seja P3 = A3 + i (C - A1 - A2 - A3)
O cliente deverá pagar à financeira o valor C3 no final do período.
Este processo continua até um certo mês com índice k e poderemos escrever: Ck = Ck-1 - Ak e Pk = Ak + i (C - A1 - A2 -
A3 - ... - Ak)
n Cn Pn
1 C1 = C - A1 P1 = A1 + i (C - A1)
2 C2 = C - A1 - A2 P2 = A2 + i (C - A1- A2)
3 C3 = C - A1 - A2 - A3 P3 = A3 + i (C - A1 - A2 - A3)
4 C4 = C - A1 - A2 - A3 - A4 P4 = A4 + i (C - A1 - A2 - A3 - A4)
... ... ...
Ck = C - A1 - A2 - A3 - ... - Pk = Ak + i (C - A1 - A2 - A3 - ... -
k
Ak Ak)
99
MATEMÁTICA
e substituindo o valor de A1 pela expressão obtida Tem como desvantagem que o pagamento de juros
acima, teremos: pode, em tese, ser perpétuo mesmo quando já se pagou o
equivalente a dívida em si. Para isso,basta que o número de
prestações exceda 100% quando soma em juros simples.
Vamos a um exemplo.
Vamos supor que se foi contraído uma dívida no valor
de R$13.000,00 que será paga em 1 ano com juros de 9%
Esta é a fórmula para o cálculo da prestação no sistema a.m. através do Sistema de Amortização Americano.Tería-
Alemão, em função do capital financiado C, da taxa i e do mos algo como:
período n.
Juros
Para obter os cálculos com as fórmulas básicas Nº
Amortização (9% de Dívida
Prestação
13.000,00)
0 0 0 13000
1 0 1170 13000
2 0 1170 13000
3 0 1170 13000
100
MATEMÁTICA
4 0 1170 13000
5 0 1170 13000
6 0 1170 13000
7 0 1170 13000
8 0 1170 13000
9 0 1170 13000
10 0 1170 13000
11 0 1170 13000
12 13000 1170 0
O total pago em juros foi R$ 14.040,00 e ainda sim a dívida só foi quitada quando se pagou os R$ 13.000,00, dando
um total de R$27.040,00. No entanto, esse sistema de amortização tolera o pagamento parcial da dívida, o que reduziria
proporcionalmente o valor dos juros.
O devedor paga o Principal em um único pagamento no final e no final de cada período, realiza o pagamento dos juros
do Saldo devedor do período. No final dos 5 períodos, o devedor paga também os juros do 5º período.
Sistema Americano
Amortiza-
ção do Saldo
n Juros Pagamento
Saldo deve- devedor
dor
0 0 0 0 300.000,00
1 12.000,00 12.000,00 300.000,00
2 12.000,00 12.000,00 300.000,00
3 12.000,00 12.000,00 300.000,00
4 12.000,00 12.000,00 300.000,00
5 12.000,00 300.000,00 312.000,00 0
Totais 60.000,00 300.000,00 360.000,00
O sistema de amortização americano consiste na devolução do principal numa única parcela no final do prazo de ca-
rência estipulado. Os juros podem ser pagos durante a carência ou capitalizados e devolvidos juntamente com o principal.
(KUHNEN, 2001).
Exemplo
1) Um banco empresta a importância de R$ 10.000,00, com a taxa de 10% ao mês, para ser paga em uma única parcela,
porém, devendo os juros compensatórios serem pagos mensalmente durante o prazo da carência, calculados pelo sistema
de amortização americano (SAA). Pede-se: elaborar a planilha de financiamento.
Solução:
101
MATEMÁTICA
102
MATEMÁTICA
O rendimento dos agentes econômicos pode ser aplicado de duas formas diferentes: em consumo ou em poupança.
As chamadas “operações financeiras” estão intimamente ligadas à aplicação do rendimento em poupança, sendo a base do
chamado “investimento financeiro” da poupança. A gênese do investimento financeiro reside no valor temporal do dinheiro
– o juro. Assim para analisar um investimento financeiro (quer seja na perspectiva de cedência de moeda ou na óptica de
financiamento) é necessário compreender a ligação que existe entre capital, tempo e juro.
Estando o tempo presente em qualquer operação financeira e, variando valor de um capital com este fator, existe a ne-
cessidade de efetuar a equivalência entre capitais reportados a instantes de tempo diferentes. A equivalência entre capitais
pode ser efetuada recorrendo a uma equação matemática, denominada equação de equivalência (ou de valor), que pode
ser escrita através do conhecimento de dois processos (inversos um do outro): o processo de capitalização e de atualização.
103
MATEMÁTICA
104
MATEMÁTICA
Exercícios Complementares
17 - AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS DE
INVESTIMENTO. 1. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁ-
RIA DE CLASSE I – VUNESP/2013) Em uma seção de uma
empresa com 20 funcionários, a distribuição dos salários
mensais, segundo os cargos que ocupam, é a seguinte:
1.1. Introdução
Num ambiente inflacionário após escolhido o método
precisamos verificar se será usada a taxa aparente ou a taxa
real de juros. Vamos analisar para os métodos do valor pre-
sente líquido e para a taxa interna de retorno, considerando
que inflação afeta por igual todas as variáveis.
1.2 Tipos de Fluxo de Caixa Sabendo-se que o salário médio desses funcionários é
A avaliação de alternativas de investimento em econo- de R$ 1.490,00, pode-se concluir que o salário de cada um
mia estável, são feitas usando os chamados Fluxos de Caixa dos dois gerentes é de
Nominais os quais encontram-se expressos em valores cor- A) R$ 2.900,00.
rentes da época de sua ocorrência. B) R$ 4.200,00.
Já nos Fluxos de Caixa Descontados os valores encon- C) R$ 2.100,00.
tram-se todos atualizados para a data presente através de D) R$ 1.900,00.
uma taxa de desconto definida para o investimento. E) R$ 3.400,00.
Num ambiente inflacionário vamos considerar dois mo-
delos de Fluxos Descontados: em Valores Constantes e em
2! + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200
!é!"# =
Valores Correntes 20
Nos Fluxos de Caixa Descontados em Valores Constan-
tes os valores presentes são descontados pela taxa real de 2! + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200
1490 =
juros (custo real do capital). 20
Já nos Fluxos de Caixa Descontados em Valores Corren-
tes os valores Nominais primeiro serão atualizados pela taxa 2! + 13600 + 12000 = 29800
de inflação do período e depois serão descontados para a 2! = 4200
data presente através de uma taxa de desconto aparente ! = 2100
(custo aparente do capital), ou seja, considerada a inflação !
do período.
1.3 Método do valor presente líquido (VPL) Cada um dos gerentes recebem R$ 2100,00
O valor presente líquido de cada fluxo a ser analisado
será descontado considerando se o fluxo está em valores RESPOSTA: “C”.
Constantes ou em Valores Correntes
A decisão será favorável ao fluxo que apresentar o 2. (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) Em
maior valor presente líquido época de Natal, uma pesquisadora colheu dados de opi-
nião dos clientes sobre shopping centers, seguindo os cri-
térios da tabela seguinte:
1.4 Método da Taxa Interna de Retorno (TIR)
Quando o fluxo de caixa está em valores constantes e
usamos a TIR como critério para tomada de decisão, então
a comparação deve ser feita com a taxa real de juros (o
custo real do capital).
Se a TIR for maior que o custo real do capital então
aceita-se a alternativa de investimento.
Quando o fluxo de caixa está em valores correntes e
usamos a TIR como critério para tomada de decisão, então
a comparação deve ser feita com a taxa aparente de juros
(o custo aparente do capital). Um shopping recebeu nota 8 para “estacionamento” e
Se a TIR for maior que o custo aparente do capital en- “preços” e nota 7 para os demais critérios. Logo, a média
tão aceita-se a alternativa de investimento. final atingida por esse shopping foi
A) 7,5.
B) 7,6.
C) 7,7.
D) 7,8.
E) 7,9.
105
MATEMÁTICA
A) ½
8∙3+8∙2+7∙3+7∙2 B) 2/9
= 7,5 C) 8/9
10
!
RESPOSTA: “A”. D) ! !
!
!
3. (SEED/SP – ANALISTA ADMINISTRATIVO – VU-
NESP/2013) Em certo departamento, trabalham homens e E) !
( )²!
mulheres, sendo que nesse grupo há 10 homens a mais !
que o número de mulheres. A média salarial desse depar-
tamento é de R$ 3.800,00. Entretanto, calculando separa- Pela definição:
damente, verifica-se que a média salarial dos homens é de
R$ 4.000,00, enquanto a média salarial das mulheres é de 1 5 3+5 8
R$ 3.500,00. O número de homens que trabalham nesse +
3 9 = 9 = 9 = 8 = 4 = (2)²
departamento é igual a
2 2 2 18 9 3
A) 20. !
B) 40.
C) 30. RESPOSTA: “D”.
D) 25.
E) 15. 5. (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU-
NESP/2014) Em uma empresa com 5 funcionários, a soma
Salário homens: SH dos dois menores salários é R$4.000,00, e a soma dos três
Salário mulher:SM maiores salários é R$12.000,00. Excluindo-se o menor e
Homens: x+10 o maior desses cinco salários, a média dos 3 restantes é
Mulheres: x R$3.000,00, podendo-se concluir que a média aritmética
entre o menor e o maior desses salários é igual a
A) R$3.500,00.
!" B) R$3.400,00.
= 4000!!!!" = 4000! + 40000 C) R$3.050,00.
!!!"
D) R$2.800,00.
!" E) R$2.500,00.
! ! = 3500!!!!!" = 3500!
X1+x2+x3+x4+x5
!"!!" X1+x2=4000
= 3800 X3+x4+x5=12000
!!!!!"
x2+x3+x4=9000
!"!!"
= 3800 !!!!!! + !! + !! + !! + !! = 4000 + 12000 = 16000!
!!!!"
Sendo x1 e x5 o menor e o maior salário respectiva-
7600! + 38000 = !" + !" mente:
! !! + 9000 + !! = 16000
Substituindo SH e SM: !!! + !! = 16000 − 9000 = 7000
7600x+38000=4000x+40000+3500x !
100x=2000 Então, a média aritmética:
X=20
Homens:x+10=20+10=30 ! ! !! ! !"""
= = 3500
! !
!
RESPOSTA: “C”.
RESPOSTA: “A”.
4. (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/PB – ASSESSOR TÉC-
6. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Em um
NICO LEGISLATIVO – FCC/2013) A média aritmética sim-
grupo de pessoas, há 5 pessoas com 1,80m de altura, 6
ples entre dois números é igual à metade da soma desses
com 1,70m e 4 com 1,90m. Logo, é correto afirmar que a
números. Utilizando essa definição, a média aritmética
média aritmética das alturas desse grupo é, aproximada-
simples entre é igual a
mente, de
106
MATEMÁTICA
107
MATEMÁTICA
!
= 10,5
240
! = 2520!!"
2520-560=1960kg
108
MATEMÁTICA
(SEFAZ/RJ – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO – CE- 17. (SEED/SP – AGENTE DE ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
PERJ/2013) Observe os números relacionados a seguir, e – VUNESP/2012) A média aritmética entre três números
responda às questões de números 58 e 59. inteiros positivos é igual a , e a média aritmética entre o
maior e o menor desses números é igual a . Sendo assim, o
número intermediário entre os três números mencionados
é, necessariamente, igual a
A) !"!
14. A mediana desses valores vale:
A) 6 B) ! + !"!
B) 6,5
C) 7 C) !!
D) 7,5
E) 8 D) !" − !"!
Colocando em ordem crescente: E)!+!
3; 4; 6; 7; 7; 8; 8; 8; 9 !
!! +!!! + !!
São 9 elementos, então a mediana é o quinto elemen-
=!
3
to(9+1/2) !! + !!
Mediana 7 =!
2
RESPOSTA: “C”. !! + !! = 2!
Moda é o elemento que aparece com mais frequência: 18. (UNESP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – VU-
8 NESP/2012) Em uma instituição, a nota final de cada dis-
ciplina é composta pela média aritmética ponderada de 3
RESPOSTA: “A”. avaliações: A1, A2 e A3.
16. (UEM/PR – AGENTE UNIVERSITÁRIO – MOTORISTA A avaliação A1 tem peso um e as demais avaliações
– UEM/2013) A média aritmética simples de três números têm peso dois, cada uma delas. Um aluno que tirou, em
é 10 e a média aritmética simples de dois desses números determinada disciplina, notas 3, 7 e 5 na A1, A2 e A3, res-
é 5. pectivamente, teve, como nota final, nessa disciplina,
A) 5.
Nessas condições, o terceiro número é igual a B) 5,4.
A) 10. C) 5,5.
B) 14. D) 6.
C) 15. E) 6,4.
D) 18.
E) 20.
3 + 7 ∙ 2 + 5 ∙ 2 27
Números: x, y e z != = = 5,4
(x+y+z)/3 =10 5 5
!
!!!
=5
!
RESPOSTA: “B”.
! X+y=10
!"!!
= 10
!
! Z=30-10=20
RESPOSTA: “E”.
109
MATEMÁTICA
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
Com base nas informações da tabela, é possível afir-
mar que o número médio de atendimentos diário, daque- ___________________________________________________
les dias, foi
A) 120 ___________________________________________________
B) 117,5. ___________________________________________________
C) 110.
D) 54,5. ___________________________________________________
E) 47.
___________________________________________________
52 + 47 + 38 + 45 + 53
= 47 ___________________________________________________
5
! ___________________________________________________
RESPOSTA: “E”. ___________________________________________________
___________________________________________________
!! . !! ;!!! !! ;!!! !! ;!… ;!!! !! !
!=
!! + ! !! + ! !! + ! … + ! !! ___________________________________________________
7 + 2 ∙ 8,5 + 3 ∙ !! ___________________________________________________
=8
6
! ___________________________________________________
3F3=48-24
F3=8 ___________________________________________________
110
LEGISLAÇÃO I
1
LEGISLAÇÃO I
V. permuta de ações de sua emissão e outros valores §1º. A formação acadêmica deverá contemplar
mobiliários; curso de graduação ou pós-graduação reconhecido
VI. promoção de práticas diferenciadas de governança ou credenciado pelo Ministério da Educação.
corporativa e celebração de contrato para essa finalidade §2º. As experiências mencionadas em alíneas distintas
com a B3 S.A – Brasil Bolsa Balcão; do inciso IV do caput não poderão ser somadas para a apu-
VII. alteração do estatuto social ração do tempo requerido.
VIII. eleição e destituição, a qualquer tempo, dos §3º. As experiências mencionadas em uma mesma alí-
membros do Conselho de Administração; nea do inciso IV do caput poderão ser somadas para a apu-
IX. eleição e destituição, a qualquer tempo, dos ração do tempo requerido, desde que relativas a períodos
membros do Conselho Fiscal e respectivos suplentes; distintos.
X. fixação da remuneração dos administradores, do §4º. Somente pessoas naturais poderão ser eleitas para
Conselho Fiscal, do Comitê de Auditoria e dos demais Co- o cargo de administrador do Banco;
mitês remunerados; §5º. Os Diretores deverão residir no País
XI. aprovação das demonstrações financeiras, da §6º. Aplica-se o disposto neste artigo aos administra-
destinação do resultado do exercício e da distribuição
dores do Banco, inclusive aos representantes dos emprega-
de dividendos;
dos e dos acionistas minoritários, e também às indicações
XII. autorização para o Banco da Amazônia mover
da União ou das empresas estatais para o cargo de admi-
ação de responsabilidade civil contra os administradores
pelos prejuízos causados ao seu patrimônio; nistrador em suas participações minoritárias em empresas
XIII. alienação de bens imóveis diretamente vinculados estatais de outros entes federativos.
à prestação de serviços e à constituição de ônus reais sobre §7º. Os requisitos previstos nas alíneas “a”, “b”, “c”, “d”
eles; e “e” do inciso IV do caput poderão ser dispensados no
XIV. eleição e destituição, a qualquer tempo, de liqui- caso de indicação de empregado da empresa para cargo
dantes, julgando-lhes as contas. de administrador ou como membro de comitê, desde que
atendidos os seguintes quesitos mínimos:
CAPÍTULO V a) o empregado tenha ingressado na empresa por
Da Administração meio de concurso público de provas ou de provas e títulos;
b) o empregado tenha mais de 10 (dez) anos de traba-
Seção I lho efetivo na empresa;
Das normas comuns aos órgãos de administração c) o empregado tenha ocupado cargo na gestão supe-
rior da empresa, comprovando sua capacidade para assu-
Subseção I mir as responsabilidades dos cargos de que trata o caput.
Dos requisitos §8º. Os administradores eleitos, inclusive o represen-
tante dos empregados e minoritários, devem participar, na
Art. 7º. A Administração do Banco da Amazônia é posse e anualmente, de treinamentos específicos sobre le-
exercida por um Conselho de Administração e por uma gislação societária e de mercado de capitais, divulgação de
Diretoria Executiva, cujos integrantes deverão atender os informações, controle interno, código de conduta, a Lei nº
seguintes requisitos obrigatórios: 12.846/2013 (Lei Anticorrupção), e demais temas rela-
I. ser cidadão de reputação ilibada; cionados às atividades do Banco.
II. ter notório conhecimento compatível com o cargo §9º. Os requisitos e as vedações exigíveis para os ad-
para o qual foi indicado; III. ter formação acadêmica com- ministradores deverão ser respeitados por todas as nomea-
patível com o cargo para o qual foi indicado; e IV. ter, no ções e eleições realizadas, inclusive em caso de recondu-
mínimo, uma das experiências profissionais abaixo:
ção.
a) dez anos, no setor público ou privado, na área de
atuação do Banco ou em área conexa àquela para a qual
Art. 8º. Além dos princípios constitucionais de legali-
forem indicados em função de direção superior;
dade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência,
b) quatro anos em cargo de Diretor, de Conselheiro
de Administração, de membro de comitê de auditoria ou a administração do Banco da Amazônia obedecerá, ainda,
de chefia superior em empresa de porte ou objeto social aos princípios de boa governança corporativa e de gestão
semelhante ao do Banco, entendendo-se como cargo de de negócios direcionada pelo controle dos riscos.
chefia superior aquele situado nos dois níveis hierárquicos
não estatutários mais altos da empresa; Subseção II
c) quatro anos em cargo em comissão ou função de Da investidura
confiança equivalente a nível 4, ou superior, do Grupo-Di-
reção e Assessoramento Superiores - DAS, em pessoa jurí- Art. 9º. Os eleitos para o Conselho de Administração
dica de direito público interno; e Diretoria Executiva serão investidos nos seus cargos no
d) quatro anos em cargo de docente ou de pesquisa- prazo de até 30 (trinta) dias seguintes à eleição, mediante
dor, de nível superior na área de atuação do Banco; ou assinatura de termo de posse no livro de atas do Conse-
e) quatro anos como profissional liberal em atividade lho de Administração ou da Diretoria Executiva, conforme
vinculada à área de atuação do Banco. o caso.
2
LEGISLAÇÃO I
§1º O voto da União na Assembleia Geral ou manifes- V. os que detiverem controle ou parcela substancial
tação do Conselho de Administração em sua reunião que do capital social de pessoa jurídica em mora com o Banco
eleger membro estatutário deverá conter a qualificação, o da Amazônia ou que lhe tenham causado prejuízo ainda
prazo de gestão de cada um dos eleitos e a comprovação não ressarcido, estendendo-se esse impedimento aos que
do cumprimento dos requisitos e impedimentos para in- tenham ocupado cargo de administração em pessoa jurídi-
vestidura no cargo. ca nessa situação, no exercício social imediatamente ante-
§2º. Descumprido o prazo, a eleição tornar-se-á sem rior à data da eleição ou nomeação;
efeito, salvo justificativa aceita pelo órgão da administração VI. os que estiverem respondendo pessoalmente, ou
para o qual tiver sido eleito. como controlador ou como administrador de pessoa jurídi-
§3º. O termo de posse de que trata o “caput” deverá ca, por pendências relativas a protestos de títulos, cobran-
conter a indicação de pelo menos um domicílio no qual ças judiciais, emissão de cheques sem fundos, inadimple-
o membro do Conselho de Administração ou da Diretoria mento de obrigações e outras ocorrências ou circunstân-
Executiva receberá as citações e intimações em processos cias análogas;
administrativos e judiciais, relativos a atos de sua gestão; VII. os declarados falidos ou insolventes enquanto per-
esse domicílio somente poderá ser alterado mediante co- durar essa situação;
municação por escrito ao Banco. VIII. os que detiverem o controle ou participaram de
§4º. A investidura em cargo estatutário observará os
pessoa jurídica concordatária, em recuperação judicial, fa-
requisitos e as vedações vigentes na data da posse ou da
lida ou insolvente, no período de cinco anos anteriores à
eleição, no caso de Conselheiro Fiscal.
data da eleição ou nomeação, salvo na condição de síndi-
§5º. A recondução ou a troca de Diretoria enseja novo
ato de posse ou nova eleição, devendo ser considerados co, comissário ou administrador judicial;
os requisitos vigentes no momento da nova posse ou da IX. os que exercem cargos de administração, di-
nova eleição. reção, fiscalização ou gerência, ou detenham controle
§6º. As indicações de administradores e de Conselhei- ou parcela superior a dez por cento do capital social de
ros fiscais considerarão: I. compatível formação acadêmica instituição, financeira ou não, cujos interesses sejam confli-
preferencialmente em: tantes com os do Banco da Amazônia;
a) Administração ou Administração Pública; X. os que tenham causado dano ainda não
b) Ciências Atuariais; reparado a entidade da administração pública, em decor-
c) Ciências Econômicas; rência da prática de ato ilícito;
d) Comércio Internacional; XI. os que estejam em litígio judicial não trabalhis-
e) Contabilidade ou Auditoria; ta com a estatal, inclusive em ações coletivas, ressalvados
f) Direito; os casos em que figurar como substituído processual e os
g) Engenharia; h) Estatística; i) Finanças; caso de dispensa justificada e aprovada em assembleia ge-
j) Matemática; e ral;
k) curso aderente à área de atuação da empresa. XII. Os que tiverem interesse conflitante com o Banco
da Amazônia, inclusive aqueles que ocuparem cargos, em
Subseção III especial, em Conselhos Consultivos, de Administração, ou
Dos impedimentos e das vedações Fiscal, em empresas que sejam fornecedoras ou clientes ou
que possam ser consideradas concorrentes no mercado,
Art. 10. É vedada a indicação para o Conselho de Ad- salvo nesse último caso por dispensa da assembleia geral;
ministração e para a Diretoria Executiva: XIII. representantes do órgão regulador a qual o Banco
I. os condenados, por decisão transitada em julgado, da Amazônia esteja sujeito; XIV. de Ministro de Estado, de
por crime falimentar, de sonegação fiscal, de prevaricação, Secretário Estadual e de Secretário Municipal;
de corrupção ativa ou passiva, de concussão, de peculato, XV. de titular de cargo em comissão na administração
contra a economia popular, contra a fé pública, contra a
pública federal, direta ou indireta, sem vínculo permanente
propriedade, ou contra o Sistema Financeiro Nacional, ou
com o serviço público;
os condenados a pena criminal que vede, ainda que tem-
XVI. de dirigente estatutário de partido político e de
porariamente, o acesso a cargos públicos;
II. os declarados inabilitados para cargos de ad- titular de mandato no Poder Legislativo de qualquer ente
ministração em instituições autorizadas a funcionar pelo federativo, ainda que licenciado;
Banco Central do Brasil, ou em outras instituições sujeitas à XVII. de parentes consanguíneos ou afins até o terceiro
autorização, controle e fiscalização de órgãos e entidades grau das pessoas mencionadas nos incisos
da administração pública direta e indireta, incluídas as en- XIII a XVI;
tidades de previdência privada, as sociedades seguradoras, XVIII. de pessoa que atuou, nos últimos trinta e
as sociedades de capitalização e as companhias abertas; seis meses, como participante de estrutura decisória de
III. sócio, ascendente, descendente ou parente cola- partido político;
teral ou afim, até o terceiro grau, de membros do Conselho XIX. de pessoa que atuou, nos últimos trinta e seis me-
de Administração e da Diretoria Executiva; ses, em trabalho vinculado a organização, estruturação e
IV. os que estiverem em mora com o Banco da Ama- realização de campanha eleitoral;
zônia ou que lhe tenham causado prejuízo ainda não res- XX. de pessoa que exerça cargo em organização sin-
sarcido; dical;
3
LEGISLAÇÃO I
4
LEGISLAÇÃO I
I. três indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda; Art. 16. A composição do Conselho de Administração
II. um indicado pelo Ministro de Estado do Planeja- deve ter, no mínimo, vinte e cinco por cento de membros
mento, Desenvolvimento e Gestão; III. um represen- independentes.
tante dos empregados, nos moldes da Lei nº 12.353/2010; §1º. O Conselheiro de Administração independente ca-
e racteriza-se por:
IV. um representante dos acionistas minoritários, elei- I. não ter vínculo com o Banco da Amazônia, exceto
to nos termos da Lei nº 6.404/1976. quanto à participação em Conselho de
§1°. A Presidência do Colegiado caberá a um dos Administração da empresa controladora ou à partici-
membros indicados pelo Ministro de Estado da pação em seu capital social;
Fazenda; II. não ser cônjuge ou parente consanguíneo ou afim
§2°. O Presidente do Banco integrará, também, o Con- ou por adoção, até o terceiro grau, de chefe do Poder Exe-
selho de Administração e não poderá exercer, mesmo que cutivo, de Ministro de Estado, de Secretário de Estado, do
interinamente, a Presidência do Colegiado; Distrito Federal ou de Município ou de administrador do
§3°. O Presidente do Conselho de Administração do Banco da Amazônia;
Banco, em seus impedimentos eventuais ou falta tempo- III. não ter mantido, nos últimos três anos, vínculo de
rária, será substituído pelo outro conselheiro indicado pelo qualquer natureza com o Banco da
Ministro de Estado da Fazenda; Amazônia ou com a União, que possa vir a comprome-
§4º. Os membros do Conselho de Administração cum- ter a sua independência;
prem prazo de gestão coincidente de dois anos, sendo per- IV. não ser ou não ter sido, nos últimos três anos, em-
mitidas, no máximo, três reconduções consecutivas, que se pregado ou Diretor do Banco da
estenderá até a investidura de novos membros; Amazônia;
§5º. No prazo do parágrafo anterior serão consi- V. não ser fornecedor ou comprador, direto ou indireto,
derados os períodos anteriores de gestão ocorridos há de serviços ou produtos do Banco da
menos de dois anos; Amazônia;
§6º. Atingido o limite a que se referem os parágrafos VI. não ser empregado ou administrador de empresa
anteriores, o retorno de membros do Conselho de Admi- ou entidade que ofereça ou demande serviços ou produtos
nistração só poderá ser efetuado após decorrido período
ao Banco da Amazônia; e
equivalente a um prazo de gestão;
VII. não receber outra remuneração do Banco da Ama-
§7º. O representante dos empregados no Conselho de
zônia além daquela relativa ao cargo de
Administração será escolhido dentre os empregados ati-
Conselheiro, exceto a remuneração decorrente de par-
vos, pelo voto direto de seus pares, em eleição organi-
ticipação no capital do Banco.
zada pelo Banco em conjunto com as entidades sindicais
§2º. Na hipótese de o cálculo do número de Conse-
que os representem;
lheiros independentes não resultar em número inteiro, será
§8º. O Conselheiro representante dos empregados es-
feito o arredondamento:
tará sujeito a todos os critérios e exigências para o cargo
de conselheiro de administração, previstos em lei e no Es- I. para mais, quando a fração for igual ou superior a
tatuto Social do Banco; cinco décimos; e
§9º. O empregado designado como representante dos II. para menos, quando a fração for inferior a cinco dé-
empregados no Conselho de Administração não poderá cimos.
ser dispensado sem justa causa, desde o registro de sua §3º. Para os fins deste artigo, serão considerados inde-
candidatura até um ano após o fim de sua gestão; pendentes os Conselheiros eleitos por acionistas minoritá-
§10. O conselheiro de administração representante rios, mas não aqueles eleitos pelos empregados.
dos empregados, cujo contrato de trabalho seja rescindi- §4º. O Ministério da Fazenda deverá indicar os
do durante o prazo de gestão, será destituído pela Assem- membros independentes do Conselho de
bleia geral de acionistas, na forma do art. 140 da Lei nº Administração de que trata o caput, caso os demais
6.404/1976; acionistas não o façam.
§11. Sem prejuízo da vedação aos administradores de
intervirem em qualquer operação social em que tenha in- Subseção II
teresse conflitante com o do Banco, o conselheiro de ad- Do funcionamento
ministração representante dos empregados não participará
das discussões e deliberações sobre assuntos que envol- Art. 17. O Conselho de Administração reunir-se-á,
vam relações sindicais, remuneração, benefícios e vanta- ordinariamente, uma vez por mês e, extraordinariamente,
gens, inclusive matérias de previdência complementar e sempre que convocado pelo seu Presidente ou pela maio-
assistenciais, hipóteses em que fica configurado o conflito ria dos seus membros.
de interesses; §1º. O Conselho somente deliberará com a presença
§12. É vedada a existência de membro suplente do de, no mínimo, quatro de seus membros.
Conselho de Administração, inclusive para representante §2º. As deliberações do Conselho serão tomadas por
dos empregados. maioria de votos e registradas em ata, cabendo ao Presi-
dente, além do voto ordinário, o voto de qualidade;
5
LEGISLAÇÃO I
§3°. Para aprovação do Plano Anual de Atividades de I. aprovar as políticas, as estratégias corporativas,
Auditoria Interna (PAINT) e do Relatório Anual das Ativida- o plano geral de negócios, o plano de expansão de
des de Auditoria Interna (RAINT), o Conselho de Adminis- agências, o plano diretor e o orçamento global do Banco da
tração reunir-se-á ao menos uma vez no ano, sem a pre- Amazônia, em harmonia com a política econômico-finan-
sença do Presidente do Banco; ceira do Governo Federal;
§4°. Nas matérias em que fique configurado conflito de II. discutir, aprovar e monitorar decisões envolvendo
interesses do conselheiro de administração representante práticas de governança corporativa, relacionamento com
dos empregados, nos termos do disposto no §11 do art. 15, partes interessadas e código de conduta dos agentes;
a deliberação ocorrerá em reunião especial exclusivamente III. implementar e supervisionar os sistemas de
convocada para essa finalidade, da qual não participará o gestão de riscos e de controle interno estabelecidos para
referido conselheiro; a prevenção e mitigação dos principais riscos a que está e
posta o Banco inclusive os riscos relacionados inte ridade
§5°. Será assegurado ao representante dos emprega-
das in ormaç es contá eis e inanceiras e os relacionados
dos no conselho de administração, no prazo de até trinta
ocorr ncia de corrupção e raude;
dias, o acesso à ata de reunião e aos documentos anexos IV. estabelecer política de divulgação de informações
referentes às deliberações tomadas na reunião especial de para mitigar risco de contradição entre as diversas áreas e
que trata o § 4º deste artigo; os executivos do Banco da Amazônia;
§6º. Fica facultada, mediante justificativa, eventual V. avaliar formalmente, com periodicidade anual, o
participação dos conselheiros na reunião, por telefone, vi- desempenho da Diretoria Executiva, do
deoconferência, ou outro meio de comunicação que possa Presidente e dos Diretores do Banco da Amazônia, po-
assegurar a participação efetiva e a autenticidade do seu dendo contar com apoio metodológico e procedimental do
voto, que será considerado válido para todos os efeitos le- comitê de elegibilidade;
gais e incorporado à ata da referida reunião. VI. deliberar, por proposta da Diretoria Executiva, so-
bre:
Subseção III a) a distribuição de dividendos intermediários, inclusive
Da vacância e das substituições à conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros exis-
tentes no último balanço anual ou semestral; e
Art. 18. Em caso de vacância de algum Conselheiro, b) pagamento de juros sobre o capital próprio;
à exceção da vaga ocupada pelo Presidente do Banco, os VII. eleger e destituir os Diretores e fixar-lhes as atri-
Conselheiros remanescentes nomearão um membro para buições mediante proposta do Presidente do Banco da
Amazônia, sendo que um deles responderá pela função de
substituí-lo e completar o seu prazo de gestão, que será
controle, observado sempre o princípio de segregação de
eleito na primeira Assembleia Geral subsequente, deven-
funções e evitada qualquer possibilidade de conflito de in-
do-se observar, quanto à competência para indicação do teresses;
respectivo nome a ser nomeado pelo Colegiado, o disposto VIII. fiscalizar a execução da política geral dos negócios
no art. 15 deste Estatuto. e serviços do Banco da Amazônia, acompanhar e fiscalizar a
gestão dos membros da Diretoria Executiva;
Art. 19. Se ocorrer vacância da maioria dos cargos, IX. convocar, nos casos previstos em lei e neste Estatu-
competirá ao Presidente do Conselho convocar a Assem- to, a Assembleia Geral de acionistas, apresentando propos-
bleia Geral de acionistas, no prazo de trinta dias, para a tas para sua deliberação;
eleição de novos membros. X. manifestar-se sobre o relatório da administração e
as contas da Diretoria Executiva;
Art. 20. Se a vacância abranger todos os cargos, com- XI. autorizar a contratação de auditores independen-
petirá à Diretoria Executiva convocar a tes e a rescisão destes contratos;
Assembleia Geral de acionistas, no prazo de trinta dias, XII. autorizar a constituição de ônus reais e a alienação
para a eleição de novos membros. de bens, ressalvado o disposto no inciso I do art. 6° e inciso
VIII do art. 35 deste Estatuto;
Subseção IV XIII. conceder licença aos membros do Conselho de Ad-
Das atribuições e das competências ministração e da Diretoria Executiva, exclusive aos Presiden-
tes do Conselho de Administração e do Banco da Amazônia;
XIV. autorizar a Diretoria Executiva a fazer doações, na
Art. 21. O Conselho de Administração tem, na forma
hipótese prevista no inciso XIII do art. 35 deste Estatuto;
prevista em lei e neste Estatuto, atribuições estratégicas, XV. autorizar o desempenho de atividades estranhas ao
orientadoras, eletivas e fiscalizadoras, não abrangendo cargo, mas de interesse do Banco da Amazônia, por mem-
funções operacionais ou executivas. bros da Diretoria Executiva do Banco da Amazônia, salvo
quando decorrentes de designação do Presidente da Re-
Art. 22. Sem prejuízo das competências previstas no pública;
art. 142 da Lei nº 6.404/1976, e das demais atribuições XVI. deliberar sobre a designação e dispensa do
previstas na Lei nº 13.303/2016, compete ao Conselho de titular da Unidade de Auditoria Interna por proposta da
Administração: Diretoria Executiva;
6
LEGISLAÇÃO I
XVII.aprovar as alterações das normas e regulamentos §3º. A fiscalização de que trata o inciso VIII deste artigo
de pessoal; poderá ser exercida isoladamente por qualquer conselhei-
XVIII. disciplinar a concessão de férias aos membros ro, o qual terá acesso aos livros e papéis do Banco da Ama-
da Diretoria Executiva, observada a legislação vigente; zônia e às informações sobre os contratos celebrados ou
XIX. aprovar o seu regimento interno; em via de celebração e quaisquer outros atos que conside-
XX. avaliar os relatórios do Sistema de Controles Inter- re necessários ao desempenho de suas funções, podendo
nos e da Ouvidoria do Banco da Amazônia; XXI. nomear e requisitá-los, diretamente, a qualquer membro da Diretoria
destituir os membros do Comitê de Auditoria, bem como Executiva. As providências daí decorrentes, inclusive pro-
aprovar o respectivo Regimento Interno. postas para contratação de profissionais externos, serão
XXII.aprovar a estrutura de gerenciamento de Risco submetidas à deliberação do Conselho de Administração.
Operacional, as políticas sobre Prevenção à
Lavagem de Dinheiro e suas alterações; Subseção V
XXIII. apreciar e manifestar-se sobre os Relatórios de Da avaliação.
Risco Operacional do Banco da Amazônia; XXIV. nomear
e destituir os membros do Comitê de Remuneração, que Art. 23. O Conselho de Administração realizará
não serão remunerados, bem como aprovar o respectivo anualmente uma avaliação formal do seu desempenho.
regimento interno; §1º. O processo de avaliação citado no caput será
XXV. designar o ocupante de cada Diretoria, alteran- realizado conforme procedimentos previamente definidos
do as designações quando julgar conveniente; pelo próprio Conselho de Administração;
§2º. Caberá ao Presidente do Conselho conduzir o pro-
XXVI. subscrever carta anual com explicitação dos cesso de avaliação.
compromissos de consecução de objetivos de políticas pú-
blicas pela Instituição, em atendimento ao interesse cole- Seção III
tivo ou ao imperativo de segurança nacional que justificou Da Diretoria Executiva
a autorização de sua criação, com a definição clara dos re-
cursos a serem empregados para esse fim e dos impactos
Subseção I
econômicos-financeiros da consecução desses objetivos,
Da composição e do prazo de gestão
mensuráveis por meio de indicadores objetivos;
XXVII. aprovar e fiscalizar o compromisso assumido
Art. 24. A Diretoria Executiva é o órgão da administra-
pelos membros da Diretoria Executiva por ocasião da sua
ção integrado pelo Presidente e cinco
investidura no cargo, com metas e resultados específicos a
serem alcançados; Diretores, dos quais, pelo menos dois, profissionais da
XXVIII. promover anualmente análise quanto ao atividade bancária.
atendimento das metas e dos resultados na execução Parágrafo único. A Diretoria Executiva é o órgão exe-
do plano de negócios e da estratégia de longo prazo, de- cutivo de administração e representação, cabendo-lhe
vendo publicar suas conclusões e informá-las ao Congres- assegurar o funcionamento regular do Banco, em confor-
so Nacional e ao Tribunal de Contas da União, sob pena de midade com a orientação geral traçada pelo Conselho de
seus integrantes responderem por omissão; Administração.
XXIX. cumprir e fazer cumprir as normas emanadas
dos órgãos reguladores; Art. 25. O Presidente do Banco da Amazônia é nomea-
XXX. aprovar a prática de atos que importem em re- do pelo Presidente da República e por ele demissível “ad
núncia, transação ou compromisso arbitral; XXXI. deliberar nutum”. Ocorrendo su stituição de initiva poderá o novo
sobre os casos omissos do estatuto social, em conformida- titular até sessenta dias após assumir as funções, solicitar
de com o disposto na Lei nº 6.404/1976; a convocação do Conselho de Administração para decidir
XXXII. definir as estratégias e políticas de controle, bem sobre o mandato dos Diretores em exercício.
como o nível de exposição a riscos, do Banco da Amazônia; §1º. Além dos requisitos previstos no art. 7º deste Esta-
e tuto, devem ser observadas, cumulativamente, as seguintes
XXXIII. definir o regime de alçadas operacionais e ad- condições para o exercício de cargos na Diretoria Executiva
ministrativas. do Banco da Amazônia:
I. ter graduação em curso superior; e
§1º. Excluem-se da obrigação de publicação a que se II. ter exercido, nos últimos cinco anos, por pelo menos
refere o inciso XXVIII as informações de natureza estratégi- três anos, uma das seguintes funções:
ca cuja divulgação possa ser comprovadamente prejudicial a) cargos gerenciais em instituições integrantes do Sis-
ao interesse do Banco da Amazônia. tema Financeiro Nacional de 1º ou 2º nível do Plano de
§2º. O atendimento das metas e dos resultados na Cargos e Salários do nível gerencial da Instituição de ori-
execução do plano de negócios e da estratégia de longo gem; ou
prazo deverá gerar reflexo financeiro para os Diretores do b) cargos gerenciais na área financeira de outras enti-
Banco da Amazônia, sob a forma de remuneração variável, dades detentoras de patrimônio líquido não inferior a um
nos termos estabelecidos pela Secretaria de Coordenação quarto dos limites mínimos de capital realizado e patrimô-
e Governança das Empresas Estatais do Ministério do Pla- nio líquido exigidos pela regulamentação para o Banco da
nejamento, Desenvolvimento e Gestão. Amazônia; ou
7
LEGISLAÇÃO I
Art. 29. É condição para a investidura em cargo de Di- Art. 34. A representação extrajudicial e a constituição
retoria do Banco da Amazônia a assunção de compromisso de mandatários do Banco da Amazônia competem ao Pre-
com metas e resultados específicos a serem alcançados, sidente ou a qualquer dos demais membros da Diretoria
que deverá ser aprovado pelo Conselho de Administração, Executiva, estes nos limites de suas atribuições e pode-
ao qual incumbe fiscalizar o seu cumprimento. res. A representação judicial compete ao Presidente e
aos Diretores.
8
LEGISLAÇÃO I
§1º. Os instrumentos de mandato devem especificar os XII. propor o regime de alçadas operacionais e admi-
atos ou as operações que poderão ser praticados e a dura- nistrativas;
ção do mandato, podendo ser outorgados, isoladamente, XIII. fazer doações de bens patrimoniais, mediante au-
por qualquer membro da Diretoria Executiva, observada a torização do Conselho de Administração, observadas as
hipótese do §1º do art. 35 deste Estatuto. O mandato judi- disposições legais pertinentes;
cial poderá ser por prazo indeterminado. XIV. distribuir e aplicar os lucros apurados, na
§2º. Os instrumentos de mandato serão válidos ainda forma da deliberação do Conselho de
que o seu signatário deixe de integrar a Administração, observada a legislação vigente;
Diretoria Executiva do Banco da Amazônia, salvo se o XV. propor, anualmente, ao Conselho de Administra-
mandato for expressamente revogado. ção as políticas, as estratégias corporativas, o plano geral
de negócios, o plano diretor e o orçamento global do Ban-
Subseção V
Das atribuições e competências da Diretoria Execu- co da Amazônia, cuidando da respectiva execução;
tiva XVI. submeter ao Conselho de Administração proposta
de designação ou dispensa do titular da
Art. 35. Compete à Diretoria Executiva: Unidade de Auditoria Interna;
I. cumprir e fazer cumprir as normas regulamen- XVII.decidir sobre os planos de cargos, salários, van-
tares e as legais aplicáveis ao Banco da Amazônia, bem tagens e benefícios, e aprovar o Regulamento de Pessoal
como as deliberações da Assembleia Geral de acionistas e do Banco da Amazônia, para submissão ao Conselho de
do Conselho de Administração, nos limites da competência Administração, observada a legislação vigente;
de cada um; XVIII. propor ao Conselho de Administração o Plano
II. decidir sobre a organização interna do Banco da de Expansão de Agências para cada exercício;
Amazônia, a estrutura administrativa das diretorias e a XIX. autorizar a instalação e a extinção de agências,
criação, extinção e o funcionamento de comitês no âm- postos de atendimento bancário, postos avançados de
bito da Diretoria Executiva e de unidades administrativas,
atendimento e eletrônico e escritórios de representação, de
observada a legislação vigente;
acordo com o plano de expansão aprovado pelo Conselho
III. estruturar os serviços internos e baixar os respecti-
vos regulamentos, observadas as normas fixadas pelo Con- de Administração;
selho de Administração; XX. promover, junto às principais instituições do setor
IV. deliberar sobre a concessão de fiança, aval ou qual- econômico e social, a divulgação dos objetivos, programas
quer forma de garantia a ser prestada pelo e resultados da atuação do Banco da Amazônia;
Banco da Amazônia; XXI. aprovar a designação dos titulares e interinos
V. propor as estratégias e políticas de controle, bem dos cargos de Secretários Executivos, Superintenden-
como o nível de exposição a riscos, do tes Regionais, Gerentes Executivos, Gerentes de Agências
Banco da Amazônia; e demais cargos gerenciais em comissão, diretamente su-
VI. aprovar o Sistema de Controles Internos e suas re- bordinados aos membros da Diretoria Executiva, mediante
visões periódicas, devendo apresentar relatórios semestrais proposta do Diretor a que estiver subordinado diretamente
ao Comitê de Auditoria e submetê-lo a aprovação do Con- o indicado, ressalvado o disposto no §3º do art. 41 deste
selho de Administração;
Estatuto;
VII. definir valores, princípios e padrões éticos que nor-
XXII.aprovar, em harmonia com a política econômico-
tearão o relacionamento do Banco da
Amazônia com seu público interno e externo; financeira do Governo Federal e com as diretrizes do Con-
VIII. negociar bens e direitos adquiridos pelo Banco selho de Administração:
da Amazônia em liquidação de empréstimos de difícil ou a) as normas disciplinadoras do planejamento, or-
duvidosa solução e vender bens móveis dispensáveis aos ganização e controle dos serviços e operações e sua
serviços do Banco em razão de obsoletismo ou processo de sistematização;
deterioração; b) os programas de aplicação e captação de recursos
IX. promover o depósito das participações acionárias e das demais modalidades operacionais; XXIII. aprovar a
recebidas em operações de renegociação de créditos, tais requisição de pessoal e a cessão de empregados
como dação em pagamento, arrematação ou adjudicação na forma da legislação
judicial e conversão de debêntures em ações, na forma es- pertinente;
tabelecida pelo Decreto nº 1.068, de 1994;
X. aprovar os Regimentos Internos dos Comitês do XXIV. resolver os casos omissos e as questões suscita-
Banco da Amazônia e suas alterações, exceto o do Comitê
das com terceiros “ad re erendum”do Conselho de Admi-
de Auditoria;
XI. elaborar e submeter aos Conselhos de Administra- nistração
ção e Fiscal o relatório anual de suas atividades, o balanço XXV. admitir, demitir, premiar, promover e pu-
geral e as demonstrações financeiras trimestrais do Banco nir empregados, observadas as disposições legais perti-
da Amazônia e as demonstrações financeiras anuais dos nentes;
Fundos e programas por ele operados ou administrados, XXVI. transferir empregados entre Unidades, podendo
inclusive os balancetes mensais; essa competência ser delegada;
9
LEGISLAÇÃO I
XXVII. apresentar, até a última reunião do Conselho de II. o quadro de pessoal, com a indicação, em três
Administração do ano anterior, a quem compete sua apro- colunas, do total de empregos e os números de empregos
vação o plano de negócios para o exercício anual seguinte providos e vagas, discriminados por carreira ou categoria,
e a estratégia de longo prazo atualizada com análise de em 30 de junho e 31 de dezembro de cada ano; e
riscos e oportunidades para, no mínimo, os próximos 5 III. o plano de salário, benefícios, vantagens e
(cinco) anos; quaisquer outras parcelas que componham retribuição
XXVIII. Autorizar previamente os atos e contratos rela- dos empregados do Banco da Amazônia.
tivos à sua alçada decisória.
§1º. As outorgas de poderes para prática dos atos pre- Art. 37. O Regulamento de Licitações será publicado
vistos nos incisos VIII e XIII deste artigo, quando destinadas no Diário Oficial da União.
a produzir efeitos perante terceiros, serão formalizadas por
meio de instrumento de mandato assinado pelo Presidente Subseção VI
e um Diretor ou por dois Diretores. Das atribuições e das competências individuais dos
§2º. Nos assuntos afetos a governança, riscos e con- membros da Diretoria Executiva
troles, a Diretoria Executiva atuará como Comitê de Gover-
nança, Riscos e Controles, com assessoramento do titular Art. 38. Compete especificamente ao Presidente do
da Gerência de Controles Internos, tendo por atribuição: Banco da Amazônia:
I . promover práticas e princípios de conduta e padrões I. encaminhar aos Conselhos de Administração e Fis-
de comportamentos; cal e ao Comitê de Auditoria as matérias sobre as quais
II. institucionalizar estruturas adequadas de governan- devam pronunciar-se;
ça, gestão de riscos e controles internos; III. promover o II. coordenar os negócios e as operações do Banco
desenvolvimento contínuo e incentivar a adoção de da Amazônia, de acordo com as diretrizes emanadas do
boas práticas de governança, de gestão de riscos e de Conselho de Administração;
controles internos; III. convocar e presidir as reuniões da Diretoria Execu-
tiva e prover o cumprimento de suas deliberações e as do
IV. garantir a aderência às regulamentações, leis, códi-
Conselho de Administração;
gos, normas e padrões, com vistas à condução das políticas
IV. indicar ao Conselho de Administração, para elei-
e à prestação de serviços de interesse público;
ção, os nomes dos Diretores;
V. promover a integração dos agentes responsáveis
V. submeter à Assembleia Geral Ordinária de acionis-
pela governança, pela gestão de riscos e pelos controles
tas relatório sobre as atividades do Banco da Amazônia e a
internos;
gestão da Diretoria Executiva, acompanhado de pareceres
VI. promover a adoção de práticas que institu-
do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e dos
cionalizem a responsabilidade dos agentes públicos na auditores independentes;
prestação de contas, na transparência e na efetividade das VI. designar representantes do Banco da Amazônia
informações; para reuniões, comissões ou grupos; VII. designar um dos
VII. aprovar política, diretrizes, metodologias e meca- Diretores para seu substituto eventual;
nismos para comunicação e institucionalização da gestão VIII. supervisionar e coordenar a atuação dos membros
de riscos e dos controles internos; da Diretoria Executiva e dos responsáveis pelas unidades
VIII. supervisionar o mapeamento e avaliação dos ris- que estiverem sob sua supervisão direta;
cos-chave que podem comprometer a prestação dos ser- IX. nomear e dispensar o titular da unidade de audi-
viços; toria interna, após aprovação do Conselho de
IX. liderar e supervisionar a institucionalização da ges- Administração e do Ministério da Transparência e da
tão de riscos e dos controles internos, oferecendo suporte Controladoria-Geral da União; e
necessário para sua efetiva implementação; X. praticar os demais atos que, por lei ou regulamen-
X. estabelecer limites de exposição a riscos globais, to, lhe sejam atribuídos.
bem como os limites de alçada ao nível de unidade;
XI. aprovar e supervisionar método de priorização Art. 39. Compete a cada Diretor, na forma das atribui-
de temas e macroprocessos para gerenciamento de ris- ções e alçadas fixadas pelo Conselho de Administração e
cos e implementação dos controles internos da gestão; pela Diretoria Executiva, conduzir os negócios de sua área,
XII. emitir recomendação para o aprimoramento da go- coordenando, dirigindo e participando da execução das
vernança, da gestão de riscos e dos controles internos; e políticas desenvolvidas pelo Banco, em cada campo espe-
XIII. monitorar as recomendações e orientações delibe- cífico.
radas pelo Comitê.
Subseção VII
Art. 36. A Diretoria Executiva fará publicar, no Diário Da segregação de funções
Oficial da União, depois de aprovado pelo
Conselho de Administração: Art. 40. O Banco da Amazônia observará o princípio
I. o Regulamento de Pessoal, com os direitos e de- de segregação de funções dentre os órgãos de administra-
veres dos empregados, o regime disciplinar e as normas ção e nas unidades administrativas, devendo observar as
sobre apuração de responsabilidade; seguintes regras:
10
LEGISLAÇÃO I
I. as unidades responsáveis por funções de con- a) Diretor, empregado ou membro do Conselho Fiscal
trole (Contadoria, Controladoria, Controles Internos) e do Banco; e
Gestão de Risco não podem ficar sob supervisão direta de b) responsável técnico, Diretor, gerente, supervisor
Diretor responsável por qualquer outra atividade adminis- ou qualquer outro integrante com função de gerência de
trativa; equipe envolvida nos trabalhos de auditoria do Banco;
II. a unidade responsável pela proposição de dire- II. não ser cônjuge ou parente consanguíneo ou afim
trizes para a análise de risco de crédito não pode ficar sob ou por adoção, até o segundo grau, das pessoas referidas
supervisão direta de Diretor responsável pelas atividades no inciso I;
de concessão de crédito ou de garantias; e III. não receber qualquer outro tipo de remuneração
III. Diretor responsável pela administração de recur- da Instituição que não seja aquela relativa à função de
sos próprios do Banco não pode administrar recursos de membro do Comitê de Auditoria;
terceiros. IV. não ser ou ter sido ocupante de cargo público efe-
tivo, ainda que licenciado, ou de cargo em comissão na
Subseção VIII administração pública federal direta, nos doze meses ante-
Do funcionamento riores à nomeação para o Comitê de Auditoria; e
V. não se enquadrar nas vedações de que tratam os
Art. 41. A Diretoria Executiva reunir-se-á ordinaria- incisos XIII, XVI, XXI, XXII e XXIII do caput do art. 10.
mente uma vez por semana e, extraordinariamente, sem- VI. atender aos demais requisitos estabelecidos na le-
pre que convocada pelo Presidente do Banco, tomadas as gislação, regulamentação e no Regimento
deliberações por maioria de votos, cabendo ao Presidente Interno do Comitê de Auditoria aprovado pelo Conse-
do Banco da Amazônia, além do voto pessoal, o voto de lho de Administração.
qualidade. §6º. Os membros do Conselho de Administração po-
§1º. O quorum mínimo de deliberação é formado pela derão ocupar cargo no Comitê de Auditoria, desde que
maioria absoluta dos membros, incluído o Presidente. optem pela remuneração de membro do referido Comitê;
§2º. Uma vez tomada a decisão, cabe aos mem- §7º. O Comitê de Auditoria terá autonomia operacio-
bros da Diretoria Executiva a adoção das providências nal e dotação orçamentária, anual ou por projeto, dentro
para sua implementação. de limites aprovados pelo Conselho de Administração, para
§3º. A Diretoria Executiva será assessorada por uma conduzir ou determinar a realização de consultas, avalia-
Secretaria Executiva, cabendo ao Presidente do Banco da ções e investigações dentro do escopo de suas atividades,
Amazônia indicar o seu titular. inclusive com a contratação e utilização de especialistas
independentes;
CAPÍTULO VI §8º. No caso de vacância de membro do Comitê de
Do Comitê de Auditoria Auditoria, o Conselho de Administração elegerá o substitu-
to para completar o mandato do membro anterior.
Art. 42. O Comitê de Auditoria, subordinado ao Con-
selho de Administração, com as atribuições e encargos pre- Art. 43. Competirá ao Comitê de Auditoria, sem prejuí-
vistos na legislação, será formado por três membros, em zo de outras competências previstas em lei:
sua maioria independentes, os quais terão mandato de três I. assessorar o Conselho de Administração no que
anos, não coincidente para cada membro, permitida uma concerne ao exercício de suas funções, conforme defini-
reeleição. das no respectivo Regimento Interno;
§1º. O Comitê de Auditoria é o órgão de suporte ao II. estabelecer as regras operacionais para seu
Conselho de Administração no que se refere ao exercí- próprio funcionamento, as quais devem ser aprovadas
cio de suas funções de auditoria e de fiscalização sobre a pelo Conselho de Administração formalizadas por escrito e
qualidade das demonstrações contábeis e efetividade dos colocadas à disposição dos acionistas;
sistemas de controle interno e de auditorias interna e in- III. opinar sobre a contratação e a destituição de au-
dependente; ditor independente;
§2º. A remuneração dos membros do Comitê de Audi- IV. supervisionar as atividades dos auditores inde-
toria será fixada pela assembleia geral, em montante não pendentes e avaliar a sua independência, a qualidade dos
inferior à remuneração dos Conselheiros Fiscais; serviços prestados e a adequação de tais serviços às neces-
§3º Além dos impedimentos previstos no art. 10 deste sidades da Instituição;
Estatuto, o exercício do cargo no Comitê de Auditoria de- V. supervisionar as atividades desenvolvidas nas
penderá da observância das condições básicas e demais áreas de controle interno, de auditoria interna e de elabo-
requisitos previstos na regulamentação em vigor; ração das demonstrações financeiras da Instituição;
§4º. Os membros do Comitê de Auditoria serão no- VI. revisar, previamente à publicação, as demonstra-
meados e destituídos pelo Conselho de Administração; ções contábeis trimestrais, inclusive notas explicativas, rela-
§5º. São condições mínimas para integrar o Comitê de tórios da administração e parecer do auditor independente;
Auditoria: VII. monitorar a qualidade e a integridade dos meca-
I. não ser ou ter sido, nos doze meses anteriores à nismos de controle interno, das demonstrações financeiras
nomeação para o Comitê: e das informações e medições divulgadas pela Instituição;
11
LEGISLAÇÃO I
12
LEGISLAÇÃO I
Parágrafo Único. A área de integridade e gestão de I. expiração do prazo de mandato, sem que tenha
riscos poderá se reportar diretamente ao Conselho de Ad- havido renovação; II. renúncia espontânea;
ministração, nas situações em que houver suspeita do III. ser condenado por crime, com decisão transitado
envolvimento do Presidente do Banco em irregularidades em julgado;
ou quando este deixar de adotar as medidas necessárias IV. exercício de atividade ou função que configure con-
em relação a situação a ele relatada. flito de interesse com as atividades de
Ouvidor;
CAPÍTULO VIII V. comprovada negligência no cumprimento de suas
Da Auditoria Interna obrigações.
Art. 46. O Banco disporá de uma Auditoria Interna, di- Art. 49. São atribuições da Ouvidoria:
retamente subordinada ao Conselho de I. prestar atendimento de última instância às deman-
Administração. das dos clientes e usuários de produtos e serviços que não
tiverem sido solucionadas nos canais de atendimento pri-
CAPÍTULO IX mário do Banco;
Da ouvidoria II. atuar como canal de comunicação entre o Banco
da Amazônia e os clientes e usuários de produtos e servi-
Art. 47. O Banco disporá em sua Estrutura Organiza- ços, inclusive na mediação de conflitos;
cional de uma Ouvidoria, com a atribuição de assegurar III. atender, registrar, instruir, analisar e dar tratamento
a estrita observância das normas legais e regulamentares formal e adequado às demandas dos clientes e usuários
relativas aos direitos do consumidor, e de atuar como canal de produtos e serviços, considerando-se primário o aten-
de comunicação entre o Banco e os clientes e usuários de dimento habitual realizado em quaisquer pontos ou canais
seus produtos e serviços, inclusive na mediação de confli- de atendimento, incluídos os correspondentes no País e o
tos. Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC);
§1º. A atuação da Ouvidoria será pautada pela trans- IV. prestar esclarecimentos aos demandantes acerca
parência, independência, imparcialidade e isenção, sendo do andamento das demandas, informando o prazo previsto
dotada de condições adequadas para o seu efetivo funcio- para resposta;
namento. V. informar aos demandantes o prazo previsto para a
§2º. A Ouvidoria terá assegurado o acesso às informa- resposta final, conforme resolução vigente; VI. enca-
ções necessárias para a sua atuação, podendo, para tanto, minhar resposta conclusiva para a demanda no prazo pre-
requisitar informações e documentos para o exercício de visto;
suas atividades, no cumprimento de suas atribuições. VII. informar ao Conselho de Administração a respeito
§3º. O serviço prestado pela Ouvidoria aos clientes e das atividades de Ouvidoria e mantê-lo informado sobre os
usuários dos produtos e serviços do Banco será gratuito e problemas e deficiências detectados no cumprimento de
identificado por meio de número de protocolo de atendi- suas atribuições e sobre o resultado das medidas adotadas
mento. pelos administradores da instituição para solucioná- los;
VIII. elaborar e encaminhar à Auditoria Interna, ao Co-
Art. 48. A função de Ouvidor será desempenhada por mitê de Auditoria e ao Conselho de Administração ao final
empregado que compõe o quadro de pessoal próprio do de cada semestre, relatório quantitativo e qualitativo acer-
Banco, mediante comissão compatível com as atribuições ca das atividades desenvolvidas pela Ouvidoria no cumpri-
da Ouvidoria, que exercerá mandato pelo prazo de um ano, mento de suas atribuições;
renovável por iguais períodos, sendo designado e desti- IX. receber e examinar denúncias internas e externas,
tuído, a qualquer tempo, pelo Conselho de Administração, inclusive sigilosas, relativas às atividades do Banco.
por proposta da Diretoria Executiva. Parágrafo único. O Banco divulgará semestralmente,
§1º. A função de Ouvidor deverá ser de tempo integral em seu sítio eletrônico na internet, as informações relativas
e dedicação exclusiva, não podendo o empregado desem- às atividades desenvolvidas pela Ouvidoria.
penhar outra atividade na Instituição.
§2º. Devem ser observadas, cumulativamente, as se- Subseção I
guintes condições para a designação do Ouvidor: I. ser do Da vacância, das substituições e das férias
Quadro Técnico Científico ou Técnico Bancário;
Art. 50. As substituições eventuais do Ouvidor não po-
II. não ter penalidades administrativas de natureza derão exceder o prazo de quarenta dias, sem aprovação do
grave a partir de censura, nos últimos cinco anos; Conselho de Administração.
III. possuir certificação em Ouvidoria reconhecida pelo Parágrafo único. Nos seus impedimentos, ausências
Banco Central do Brasil; IV. possuir escolaridade de nível ocasionais e vacância, o Ouvidor será substituído por outro
superior completo em qualquer graduação; e empregado indicado pela Diretoria Executiva e aprovado
V. outras condições previstas em legislação aplicável e pelo Conselho de Administração, para completar o manda-
Regulamento Interno. to interrompido, no caso de vacância.
§3º. São critérios para destituição do Ouvidor:
13
LEGISLAÇÃO I
14
LEGISLAÇÃO I
II. verificar a conformidade do processo de avaliação §5º. A ausência eventual de membro efetivo será supri-
dos administradores e dos Conselheiros Fiscais. da, sempre que possível, pelo respectivo suplente, median-
§1º. O comitê de elegibilidade deliberará por maioria te convocação pelo Presidente.
de votos, com registro em ata, que deverá ser lavrada na §6º. O Conselho Fiscal solicitará ao Banco da Amazô-
forma de sumário dos fatos ocorridos, inclusive das dissi- nia, sempre que necessário, a designação de pessoal quali-
dências e dos protestos, e conter a transcrição apenas das ficado para secretariá-lo e prestar-lhe apoio técnico.
deliberações tomadas. §7º. Além dos casos de morte, renúncia, destituição e
§2º. O comitê de elegibilidade poderá ser constituído outros previstos em lei, dar-se-á a vacância do cargo quan-
por membros de outros comitês, preferencialmente o de do o membro do Conselho deixar de comparecer, sem jus-
auditoria, por empregados ou Conselheiros de Adminis- tificativa por escrito, a três reuniões ordinárias consecutivas
tração dos indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda ou a quatro reuniões ordinárias alternadas.
ou pelo Ministro de Estado do Planejamento, Desenvolvi- §8º. A remuneração dos conselheiros fiscais será fixada
mento e Gestão, observado o disposto nos arts. 156 e 165 pela assembleia que os eleger.
da Lei no 6.404/1976, sem remuneração adicional. §9º. Além das pessoas a que se refere o art. 10 des-
§3º. O comitê de elegibilidade deverá opinar, no pra- te Estatuto, não podem ser eleitos para o Conselho Fiscal
membros dos órgãos de administração e empregados do
zo de oito dias úteis, contado da data de recebimento do
Banco da Amazônia e o cônjuge ou parente até terceiro
formulário padronizado, sob pena de aprovação tácita e
grau de administrador do Banco;
responsabilização dos seus membros caso se comprove o
§10º. É vedado o pagamento de participação no lu-
descumprimento de algum requisito.
cro do Banco da Amazônia para os membros do Conselho
§4º. Após a manifestação do comitê de elegibilidade, o Fiscal e o pagamento de remuneração a esses membros
órgão ou a entidade da administração pública responsável em montante superior ao pago para os Conselheiros de
pela indicação do Conselheiro deverá encaminhar sua de- Administração;
cisão final de compatibilidade para a Procuradoria-Geral da §11. O Conselho Fiscal é órgão permanente de fiscali-
Fazenda Nacional, no caso de indicação da União. zação, de atuação colegiada e individual. Além das normas
§5º. As indicações dos acionistas minoritários e dos previstas na Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016 e sua
empregados também deverão ser feitas por meio do for- regulamentação, aplicam-se aos membros do Conselho
mulário padronizado disponibilizado pelo Ministério do Fiscal do Banco da Amazônia as disposições para esse co-
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e, caso não se- legiado previstas na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de
jam submetidas previamente à comissão de elegibilidade, 1976, inclusive aquelas relativas a seus poderes, deveres e
serão verificadas pela secretaria da assembleia ou pelo responsabilidades, a requisitos e impedimentos para inves-
Conselho de Administração no momento da eleição. tidura e a remuneração.
15
LEGISLAÇÃO I
§4º. O disposto no inciso VI do caput não se aplica aos XII. examinar o Relatório Anual de Atividades de Au-
empregados do Banco da Amazônia, ainda que sejam inte- ditoria Interna - RAINT e o Plano Anual de Atividades de
grantes de seus órgãos de administração, quando inexistir Auditoria Interna – PAINT;
grupo de sociedades formalmente constituído. XIII. realizar a autoavaliação anual de seu desempenho;
§5º. Aplica-se o disposto neste artigo aos Conselheiros XIV. fiscalizar o cumprimento do limite de participação
Fiscais do Banco da Amazônia, inclusive ao representante do Banco no custeio dos benefícios de assistência à saúde
dos minoritários, e às indicações da União. e de previdência complementar; e
§6º. Os Conselheiros Fiscais eleitos, inclusive o re- XV. exercer as demais atribuições atinentes ao seu po-
presentante dos minoritários, devem participar, na posse der de fiscalização, consoante a legislação vigente.
e anualmente, de treinamentos específicos sobre legisla-
ção societária e de mercado de capitais, divulgação de in- Art. 58. Observadas as disposições deste Estatuto, o
formações, controle interno, código de conduta, a Lei nº Conselho Fiscal, por voto favorável de, no mínimo, três de
12.846/2013 (Lei Anticorrupção), e demais temas relacio- seus membros, elegerá o seu Presidente e aprovará o seu
nados às atividades do Banco. regimento interno.
§7º. É vedada a recondução do Conselheiro Fiscal que
não participar de nenhum treinamento anual disponibiliza- Art. 59. O Conselho Fiscal reunir-se-á, ordinariamen-
do pela Instituição nos últimos dois anos. te, uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que
convocado pelo seu Presidente e deliberará por maioria
absoluta de votos.
Art. 57. Ao Conselho Fiscal, sem exclusão de outros
casos previstos em lei, compete:
Art. 60. O Conselho Fiscal far-se-á representar, por
I. fiscalizar os atos dos administradores e verificar o
intermédio de pelo menos um de seus membros, às re-
cumprimento dos seus deveres legais e estatutários; uniões da Assembleia Geral de acionistas e responderá aos
II. opinar sobre o relatório anual da administração, pedidos de informação formulados pelos acionistas.
fazendo constar do seu parecer as informações comple-
mentares que julgar necessárias ou úteis à deliberação da Art. 61. Os membros do Conselho Fiscal acionistas do
Assembleia geral de acionistas; Banco da Amazônia devem observar, também, os deveres
III. opinar sobre propostas dos órgãos de adminis- previstos no art. 14 deste Estatuto.
tração, a serem submetidas à Assembleia geral de acionis-
tas, relativas à modificação do capital social, aos planos de CAPÍTULO XIII
investimentos ou orçamentos de capital e distribuição de Das operações de crédito
dividendos;
IV. denunciar aos órgãos de administração e, se estes Art. 62. O deferimento de operações pelo Banco da
não tomarem as providências necessárias para a proteção Amazônia é subordinado às normas específicas aprovadas
dos interesses do Banco da Amazônia, à Assembleia Geral pela Diretoria Executiva.
de acionistas, os erros, fraudes ou crimes que descobrirem,
e sugerir providências úteis ao Banco da Amazônia; Art. 63. O Banco da Amazônia poderá colaborar com
V. convocar Assembleia Geral Ordinária de acionistas, outras instituições congêneres na execução de programas
se os órgãos da administração retardarem mais de um mês de assistência financeira por meio da concessão de crédi-
essa convocação, e Extraordinária, sempre que ocorrerem tos a mutuários selecionados ou de contratos de repasse a
motivos graves ou urgentes, incluindo na agenda das As- instituições financeiras públicas e privadas, inclusive coo-
sembleias as matérias que considerarem necessárias; perativas e outras associações de produtores.
VI. analisar, mensalmente, por ocasião das re-
uniões ordinárias, o balancete e demais demonstra- Art. 64. As decisões relativas às operações de crédito
ções financeiras elaboradas periodicamente pelo Banco da serão sempre tomadas em regime de decisão colegiada,
Amazônia; conforme estabelecido no Regime de Alçadas.
VII. examinar as demonstrações financeiras do exercí-
Art. 65. Aos membros dos Conselhos de Administra-
cio social e sobre elas opinar;
ção e Fiscal, da Diretoria Executiva e do Comitê de Audi-
VIII. assistir às reuniões do Conselho de Administração
toria é vedado intervir no estudo, deferimento, controle
ou da Diretoria Executiva em que se deliberar sobre assun-
ou liquidação de qualquer operação em que, direta ou
tos em que deva opinar; indiretamente, sejam interessadas sociedades da qual
IX. fornecer ao acionista, ou grupo de acionistas que detenham o controle ou parcela superior a dez por cento
representem, no mínimo, cinco por cento do capital social, do capital social.
sempre que solicitadas, informações sobre matérias de sua Parágrafo Único. A vedação deste artigo subsiste em
competência; se tratando de sociedade na qual tenham ocupado cargo
X. apreciar os relatórios semestrais do Sistema de de gestão em período imediatamente anterior à investidu-
Controles Internos; XI. elaborar e aprovar o seu regi- ra no Banco.
mento interno;
16
LEGISLAÇÃO I
Art. 66. O Banco da Amazônia contratará, a cada dois I. cinco por cento para a constituição da Reserva
anos, empresa de auditoria, para avaliar o processo de ges- Legal, até que alcance vinte por cento do Capital Social;
tão de crédito e de análise de mercado e o processo de II. vinte e cinco por cento, no mínimo, do lucro líqui-
deferimento de operações do Banco, submetendo os resul- do ajustado, apurado em cada exercício social, para paga-
tados do trabalho à apreciação da Diretoria Executiva e dos mento de remuneração aos acionistas; e
Conselhos de Administração e Fiscal. III. oitenta por cento, no mínimo, do saldo que re-
manescer, para a constituição da Reserva Estatutária, até
CAPÍTULO XIV que alcance dez por cento do total de recursos aplicados
Do regime de pessoal do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte-FNO,
limitado ao que determina o art. 199 da Lei nº 6.404/1976.
Art. 67. Os empregados do Banco da Amazônia são A reserva destinar-se-á a reforço patrimonial para gerir re-
admitidos, obrigatoriamente, mediante aprovação em con- ferido Fundo.
curso público, de provas ou de provas e títulos, sob o regi- §1º. Do lucro apurado no primeiro semestre de cada
me jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho e legisla- exercício, o Banco da Amazônia poderá, mediante delibe-
ção complementar.
ração do Conselho de Administração, antecipar valores a
Parágrafo Único. Em casos de caracterizada necessi-
seus acionistas, a título de dividendos ou juros sobre o ca-
dade de serviço, é permitida, por prazo determinado, a so-
pital próprio, sobre os quais incidirão encargos financeiros
licitação de cessão de servidores públicos federais ativos e
de empregados públicos, ou a contratação de servidores nos termos da legislação vigente, desde a data do efetivo
públicos federais e de empregados públicos, aposen- pagamento até o encerramento do respectivo exercício so-
tados, de órgãos ou entidades públicas, da administração cial.
federal direta ou indireta, que tenham nível superior e de- §2º. A remuneração aos acionistas, composta de divi-
sempenhem ou tenham desempenhado função ou cargo dendos e/ou juros sobre o capital próprio, será paga, salvo
de gestão, para o exercício de funções comissionadas exe- deliberação em contrário da Assembleia Geral de acionis-
cutivas ou gerenciais de primeiro nível do Banco da Ama- tas, no prazo de sessenta dias da data em que for declarada
zônia, constantes do Plano de Cargos e Salários, limitadas e, em qualquer caso, dentro do exercício social.
as cessões e contratações a vinte por cento do total das §3º. Os valores dos dividendos e dos juros, a título de
referidas funções, observando-se a legislação em vigor e o remuneração sobre o capital próprio, devidos ao Tesouro
que dispuser a respeito o Manual de Normas–Pessoal (MN Nacional e aos demais acionistas, sofrerão incidência de
-PESSOAL). encargos financeiros, nos termos da legislação vigente, a
partir do encerramento do exercício social até a data do
Art. 68. O Banco da Amazônia prestará assistência aos efetivo recolhimento ou pagamento, sem prejuízo da inci-
seus empregados, na forma em que for determinada pela dência de juros moratórios quando esse recolhimento não
Diretoria Executiva, observada a legislação específica em se verificar na data fixada em lei ou Assembleia de acio-
vigor. nistas.
§4º. O prejuízo do exercício eventualmente apurado
CAPÍTULO XV será absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de
Do exercício social, das demonstrações financeiras, lucros e pela reserva legal, em observância ao art. 189 da
dos lucros e das reservas Lei nº 6.404/1976.
Art. 69. O exercício social do Banco da Amazônia cor- Art. 72. Do resultado poderá ser deduzida a partici-
responde ao ano civil. pação dos empregados e dirigentes mediante proposição
Parágrafo Único. Nos dias 30 de junho e 31 de de-
do Conselho de Administração à Assembleia Geral de acio-
zembro de cada ano serão levantados os balanços gerais,
nistas nas bases e condições autorizadas pela legislação
com parecer de auditores independentes, e observadas as
vigente.
prescrições legais e contábeis, regulamentadas pelo Banco
Central do Brasil. §1º. A participação dos empregados obedecerá às
bases e condições autorizadas pelo Ministério do Planeja-
Art. 70. Observada a legislação vigente e de acor- mento, Orçamento e Gestão.
do com deliberação do Conselho de Administração, a §2º. A participação total dos dirigentes não poderá ul-
Diretoria Executiva poderá autorizar o pagamento ou cré- trapassar a remuneração anual dos administradores nem
dito aos acionistas de juros, a título de remuneração do um décimo dos lucros, prevalecendo o limite que for me-
capital próprio, bem como a imputação do seu valor nor, obedecidas as orientações do Ministério da Fazenda.
à remuneração de que trata o inciso II do art. 71 deste Es- §3º. O saldo remanescente será colocado à disposição
tatuto. da Assembleia Geral de acionistas, acompanhado de pla-
no de aplicação elaborado pela Diretoria Executiva e
Art. 71. Do resultado apurado no exercício, após a aprovado pelo Conselho de Administração.
absorção de eventuais prejuízos acumulados e deduzida a
provisão para imposto de renda, o Conselho de Adminis- Art. 73. Os dividendos não reclamados durante três
tração proporá à Assembleia Geral de acionistas a seguinte anos são considerados prescritos em benefício do Banco
destinação: da Amazônia.
17
LEGISLAÇÃO I
Art. 74. O Banco da Amazônia poderá destinar recur- de direito indisponível da União, relacionada ou oriunda,
sos para a constituição de fundos específicos, observados em especial, da aplicação, validade, eficácia, interpretação,
os limites de verbas fixados pela Assembleia Geral de acio- violação e seus efeitos, das disposições contidas na Lei de
nistas e a regulamentação aprovada pela Diretoria Executi- Sociedades Anônimas, no Estatuto Social, pela Comissão
va, tendo em vista apoiar o desenvolvimento das iniciativas de Valores Mobiliários, bem como nas demais normas apli-
a seguir indicadas, mantidas pelo Banco da Amazônia ou cáveis ao funcionamento do mercado de capitais em geral,
por outras instituições legalmente constituídas, desde que além daquelas constantes do Regulamento de Listagem do
apresentem relevância para o desenvolvimento sócio-eco- Novo Mercado da BM&FBOVESPA (ou outra denominação
nômico da Região Amazônica: social que lhe vier a ser atribuída), do Regulamento de Ar-
I. promoção de pesquisa de natureza científica, bitragem, do Contrato de Participação e do Regulamento
tecnológica, econômica ou social; de Sanções do Novo Mercado.
II. assistência técnica e gerencial aos produtores ru-
rais, à pequena e média empresa industrial e artesanal e às CAPÍTULO XVIII
cooperativas de produtores; Das disposições especiais
III. promoção de exportações e investimentos; IV.
promoção de estudos e projetos; e Art. 77. O Banco da Amazônia assegurará aos integran-
V. atividades de capacitação de pessoal, nos cam- tes e ex-integrantes da Diretoria Executiva e dos Conselhos
pos do desenvolvimento econômico e da formação ge- de Administração e Fiscal, a defesa em processos judiciais
rencial. e administrativos contra eles instaurados pela prática de
atos no exercício de cargo ou função, desde que não haja
CAPÍTULO XVI incompatibilidade com os interesses do Banco.
Das relações com o mercado §1º. O benefício previsto no caput deste artigo, aplica-
se, no que couber, e a critério do Conselho de Adminis-
Art. 75. O Banco da Amazônia: tração, aos ocupantes e ex-ocupantes dos demais órgãos
I. realizará, pelo menos uma vez por ano, reunião de chefia, assessoramento, controle e fiscalização previstos
pública com analistas de mercado, investidores e outros neste Estatuto, regularmente investidos de competência
interessados, para divulgar informações quanto à sua res-
por delegação dos administradores.
pectiva situação econômico-financeira, projetos e perspec-
§2º. A forma do benefício mencionado no caput será
tivas;
definida pelo Conselho de Administração, ouvida a área ju-
II. enviará à bolsa de valores, além de outros docu-
rídica do Banco.
mentos a que esteja obrigado por força de lei:
§3º. O Banco da Amazônia poderá manter, na forma
a) calendário anual de eventos corporativos; e
e extensão definida pelo Conselho de Administração, ob-
b) programas de opções de aquisição de ações ou de
outros títulos de emissão do Banco da servado, no que couber, o disposto no caput deste arti-
Amazônia, destinados aos seus funcionários e adminis- go, contrato de seguro permanente em favor das pessoas
tradores, se houver; III. disponibilizará, em sua página na mencionadas no caput e no §1º, para resguardá-las da res-
Internet, além de outras, as informações: ponsabilidade por atos ou fatos pelos quais eventualmente
a) sobre demonstrações financeiras trimestrais, semes- possam vir a ser demandados judicial ou administrativa-
trais e anuais e, facultativamente, balanços intermediários mente.
em qualquer data, inclusive para pagamento de dividen- §4º. Se alguma das pessoas mencionados no caput e
dos, observadas as prescrições legais; no §1º, for condenada, com decisão judicial transitada em
b) divulgadas na reunião pública referida no inciso I julgado, com fundamento em violação da lei ou do estatu-
deste artigo; e c) prestadas à bolsa de valores na forma do to ou decorrente de ato doloso, esta deverá ressarcir o Ban-
inciso II deste artigo; co de todos os custos e despesas decorrentes da defesa,
IV. adotará medidas com vistas à dispersão acionária não obstante o dever o Banco buscar em juízo as parcelas
na distribuição de novas ações, tais como: que lhe forem de direito.
a) garantia de acesso a todos os investidores interes-
sados; ou CAPÍTULO XIX
b) distribuição, a pessoas físicas ou investidores não Das disposições gerais
institucionais, de no mínimo dez por cento das ações emi-
tidas. Art. 78. A partir da investidura no cargo respectivo, os
membros da Diretoria Executiva residirão, obrigatoriamen-
CAPÍTULO XVII te, na cidade onde o Banco da Amazônia tiver sua sede, sob
Arbitragem pena de perda da gestão.
Art. 76. O Banco da Amazônia, seus acionistas, admi- Art. 79. A Região Amazônica mencionada neste
nistradores e membros do Conselho Fiscal obrigam-se a Estatuto é a área ecológica definida no art. 2° da Lei n°
resolver, por meio de arbitragem, perante a Câmara de Ar- 5.173/1966, e art. 45 da Lei complementar n° 31/1977, com
bitragem do Mercado, toda e qualquer disputa ou contro- as modificações resultantes dos art. 13 e 14 das Disposi-
vérsia que possa surgir entre eles, exceto quando se tratar ções Constitucionais Transitórias, de 5 de outubro de 1988.
18
LEGISLAÇÃO I
19
LEGISLAÇÃO I
II – Acreditar que os resultados positivos e o êxito de- IV – GOVERNO: atuar com responsabilidade e serieda-
correm da participação conjunta de todos os componentes de na viabilização das políticas, programas e projetos go-
da Instituição, superando as dificuldades pela confiança, vernamentais de desenvolvimento voltados para a Amazô-
senso criativo e qualidade das ações; nia, para que o Banco da Amazônia possa cumprir seu pa-
III – Apoiar a liberdade de associação e o reconheci- pel como agente financeiro do Governo Federal na Região.
mento efetivo do direito à negociação coletiva; V – CLIENTES: oferecer tratamento cortês, igualitário,
IV – Assumir a responsabilidade de zelar pelos valores e digno, com clareza e tempestividade nas informações, res-
pela imagem da Instituição, mantendo postura que expres- peito aos direitos do consumidor e empenho na satisfação
se o compromisso com a defesa dos interesses da Região, das necessidades, reconhecendo os clientes como células
dos clientes e da Empresa; vitais para o fortalecimento da Instituição, atuando com in-
V – Valorizar e respeitar o ser humano em sua indivi- tegridade, confiabilidade, segurança e sigilo nas transações
dualidade e privacidade, não tratando com indiferença, não realizadas, a fim de assegurar a legitimidade dos serviços
adotando práticas que, explícita ou implicitamente, ense- prestados.
jem qualquer forma de discriminação em razão da origem, VI – INVESTIDORES: adotar relacionamento fundamen-
cultura, etnia, gênero, idade, religião, convicção filosófica tado na transparência da prestação de contas mediante a
divulgação de informações fidedignas e tempestivas para
ou política, orientação sexual, estado civil, condição fami-
melhor acompanhamento do desempenho da Instituição.
liar, física ou psíquica ou grau de escolaridade, repudiando
Gerenciar os negócios com base nas boas práticas de go-
toda forma discriminatória;
vernança corporativa, na busca da continuidade da em-
VI – Conjugar esforços para que as ações institucio- presa e no alcance de resultados econômico-financeiros
nais busquem o contínuo atendimento das necessidades sustentáveis para atender às expectativas de retorno de
econômicas da Região Amazônica, mediante o crédito, investimentos.
concorrendo para a melhoria da qualidade de vida, com- VII – FORNECEDORES: contratar fornecedores por meio
prometendo-se com a preservação dos valores culturais e de critérios técnicos, em estrita observância às normas le-
políticas regionais de desenvolvimento sustentável; gais, adquirindo produtos e serviços de fornecedores idô-
VII – Incorporar, por meio das ações institucionais, de neos cujas práticas respeitem os princípios da sustentabi-
forma harmônica, os três principais pilares do desenvolvi- lidade e cumpram a legislação trabalhista, previdenciária e
mento sustentável: o social, o econômico, e o ambiental; fiscal.
VIII – Promover a cooperação, o respeito mútuo, a cor- VIII – CONCORRENTES: manter civilidade no rela ciona
dialidade, o profissionalismo, o autodesenvolvimento, o es- mento com a concorrência, fazendo prevalecer os valores
pírito de equipe, a meritocracia e o compromisso de éticos que expressem respeito à imagem da Instituição,
bem servir, como valores essenciais para a convivência à reserva de informações e à concorrência leal.
harmônica entre empregados, empresa e a comunidade IX – MÍDIA: manter atitude independente e respeitosa
em que atua, exercendo suas atividades profissionais com no relacionamento com a mídia e, por meio de seus repre-
competência e diligência; sentantes legais, prestar informações claras, tempestivas,
IX – Combater a corrupção em todas as suas formas; de caráter institucional dos fatos relevantes aos clientes,
X – Usar os recursos naturais de forma racional e cons- investidores, imprensa e ao público em geral.
ciente, evitando qualquer tipo de desperdício; X – AMBIENTE INTERNO: valorizar a convivência inter-
XI – Cumprir a legislação, políticas e normas de pre- na e os profissionais que exercem suas atividades no Banco
venção a fraudes e lavagem de dinheiro, em especial as da Amazônia, garantindo o exercício da liberdade de ex-
que regulam o relacionamento da Instituição com o Setor pressão com responsabilidade e o mérito como principal
Público. parâmetro para o acesso a cargos de confiança; manter
abertos canais de comunicação que favoreçam o diálogo
e ações para a melhoria da qualidade do ambiente interno.
CAPÍTULO III –
XI – ÓRGÃOS REGULADORES E FISCALIZADORES: pri-
DAS RELAÇÕES
mar pelo relacionamento com os representantes dos ór-
gãos fiscalizadores, reguladores e auditorias externa e in-
Art. 5º. Nas interações com os públicos de relaciona- terna de forma transparente e respeitosa, observando os
mento deve-se adotar a seguinte linha de atuação: princípios éticos estabelecidos neste Código.
I – SOCIEDADE: respeitar a cidadania, os direitos huma-
nos, os interesses comuns, o acesso à informação, o meio CAPÍTULO IV –
ambiente e os valores culturais. DA CONDUTA PROFISSIONAL E PESSOAL
II – PARCEIROS: proporcionar aos parceiros comerciais
e clientes do Banco da Amazônia um relacionamento de Art. 6º. Pautados pelos valores e princípios constan-
responsabilidade e de defesa de interesses comuns. tes deste Código de Conduta Ética, é dever de todos a ele
III – ASSOCIAÇÕES E ENTIDADES: reconhecer a legitimi- sujeitos:
dade das entidades sindicais, das associações, e, ao mesmo I – Manter o sigilo das informações classificadas como
tempo, considerá-las como parte integrante e necessária estratégicas, que, dada a sua natureza, a veiculação externa
ao desenvolvimento social, nas relações de trabalho, priori- poderá colocar em risco o conceito do Banco, preservando
zando a via negocial na resolução de conflitos e interesses. a imagem da Instituição perante a comunida de;
20
LEGISLAÇÃO I
II – Conscientizar-se de que seu trabalho é regido por III – Usar informações privilegiadas, obtidas no âmbito
princípios éticos, que se materializam na adequada presta- interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes,
ção de serviços à clientela e à comunidade e que deve ser de amigos ou de terceiros;
conduzido com a devida responsabilidade socioa mbiental; IV – Repassar a terceiros tecnologias de propriedade
III – Atuar com imparcialidade e profissionalismo no do Banco ou por ele desenvolvidas, assim como a utiliza-
exercício de suas funções, evitando condutas que afetem a ção para fins particulares;
credibilidade de seus atos; V – Desenvolver negócios particulares ou acumular
IV – Respeitar a hierarquia, porém sem nenhum temor atividades conflitantes, que concorram ou interfiram no
de representar contra qualquer comprometimento indevi- tempo de trabalho dedicado ao Banco da Amazônia,
do da estrutura em que se fundamenta o poder institucio- incluindo, mas não se limitando a prestação de serviços,
nal; assessorias ou negócios com clientes, fornecedores de pro-
V – Interagir com os colegas de trabalho de forma po- dutos e prestadores de serviço;
sitiva e prestar infor mações técnicas de que necessitem VI – Exercer atividades paralelas, com ou sem contrato
para o bom desempenho de suas atribuições, de modo a de trabalho, que gerem descrédito à atuação do
desenvolver o espírito de equipe e de colaboração; Banco da Amazônia;
VI – Divulgar e informar a existência deste Código de VII – Utilizar o patrimônio e instalações do Banco da
Conduta Ética, estimulando o seu integral cumprimento; Amazônia ou de seus recursos humanos para fins particu-
VII – Estar atento às situações relacionadas à prevenção lares e/ou escusos;
e combate à lavagem de dinheiro, aplicando os controles VIII – Adotar procedimentos que possam configurar ou
presentes nas normas internas e em cumprimento à legis- facilitar a prática de lavagem de dinheiro;
lação e regulamentação vigente. IX – Praticar atos de retaliação, vingança ou persegui-
VIII – Adotar ações que constituam modelo de condu- ção contra aquele que, de boa fé, manifestar queixa, de-
ta para sua equipe, considerando o importante papel de núncia, suspeita, dúvida ou preocupação relativa a desvios
exemplo para os seus pares e subordina dos; éticos ou de comportamento e/ou fornecer informações
IX – Compartilhar os conhecimentos técnico-profissio- ou assistência nas apurações de desvios;
nais adquiridos no exercício de suas atribuições na X – Praticar fraudes em licitações e contratos, seja
Instituição, visando a continuidade das atividades e como contratante ou contratado, aceitar documentos fal-
elevação dos padrões de conhecimento dos demais; sos, avaliações de bens superestimadas, alterar ou deturpar
X – Cumprir a missão institucional e desempenhar suas o teor de documentos;
atividades de modo a contribuir para o alcance da visão XI – Adotar postura que coloque em risco a integridade
estabelecida, engajando-se para o atendimento dos objeti- dos empregados ou de terceiros ou que causem danos à
vos do Planejamento Estratégico e contribuindo ativamen- Instituição, à sua imagem, ao seu patrimônio ou ao meio
te para a construção dos resultados da Instituição; ambiente;
XI – Agir com franqueza nas situações em que há diver- XII – Praticar atos de nepotismo.
gência de opiniões, sendo sincero e transparente, expondo
seu posicionamento com clareza e coerência, ainda que tal CAPÍTULO VI –
posicionamento possa ser contestado, sem, contudo, des- DOS CONFLITOS DE INTERESSE
respeitar seus pares ou superiores hierárquicos;
XI – Atuar com discrição, não se expondo em ambien- Art. 8º. No exercício das funções todos os abrangidos
tes públicos, inclusive em mídias e redes sociais, abstendo- por este Código devem agir de modo a prevenir ou im-
se de realizar comentários negativos contra uma pessoa, pedir situações que possam configurar conflito de
grupo de pessoas ou empresas. interesses e a resguardar as informações privilegiadas.
Parágrafo primeiro: Considera-se conflito de inte-
CAPÍTULO V – resses a evidência de situação gerada pelo confronto entre
DAS CONDUTAS INACEITÁVEIS interesses do Banco da Amazônia e os interesses privados
ou de outras instituições públicas que possam comprome-
Art. 7º. Segundo princípios e valores éticos que regem ter o interesse coletivo ou influenciar, de maneira impró-
a atuação profissional e pessoal constantes deste Código pria, o desempenho da função pública da Instituição. O
de Conduta Ética as seguintes condutas são inaceitáveis, conflito de interesses é real quando a situação gera-
sendo objeto de investigação por parte da Comissão de dora de conflito já se consumou ou potencial quando a
Ética: pessoa tem interesses particulares que podem gerar confli-
I – Usar o posto ocupado como instrumento para to de interesses em situação futura.
coagir, constranger, depreciar ou submeter outro em- Parágrafo segundo: É configurada informação privi-
pregado a qualquer tipo de situação capaz de ferir a legiada a que diz respeito a assuntos sigilosos ou rele-
dignidade pessoal e profissional ou para obter proveito em vantes para o processo de decisão no Banco da Amazônia,
benefício próprio ou de terceiros; que tenha repercussão econômica e que não seja de amplo
II – Permitir que perseguições, simpatias, antipatias, ca- conhecimento público.
prichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram Parágrafo terceiro: A ocorrência de conflito de
no trato com o público ou com colegas hierarquicamente interesses independe de recebimento de ganho ou
superiores ou inferiores; retribuição.
21
LEGISLAÇÃO I
Art. 9º. São situações que suscitam conflito de inte- Parágrafo primeiro: É vedado prometer, oferecer ou
resses: dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente
I – Divulgar ou fazer uso de informação privilegiada, em público ou privado, nacional ou estrangeiro ou a pessoa a
proveito próprio ou de terceiro, obtida em razão das ativida- ele relacionada.
des exercidas; Parágrafo segundo: Os presentes que, por qualquer
II – Exercer atividade que implique a prestação de servi- razão, não possam ser recusados, devem ser doados a enti-
ços ou a manutenção de relação de negócio com pessoa físi- dades carentes cadastradas no Banco de dados ou incorpo-
ca ou jurídica que tenha interesse em decisão do membro rados ao patrimônio da Instituição.
estatutário ou empregado ou de colegiado do qual este Parágrafo terceiro: Não se consideram presentes os
participe; brindes que por sua natureza sejam desprovidos de valor
III – Exercer, direta ou indiretamente, atividade que em comercial ou que sejam distribuídos a título de cortesia, pro-
razão da sua natureza seja incompatível com as atribuições paganda ou divulgação habitual por ocasião de eventos es-
do cargo ou função, considerando-se como tal, inclusive, a peciais ou datas comemorativas, desde que não ultrapas-
atividade desenvolvida em áreas ou matérias correlatas; sem o valor unitário fixado pela Comissão de Ética Pública
IV – Atuar, ainda que informalmente, como procurador, da Presidência da República.
consultor, assessor ou intermediário de interesses privados
nos órgãos ou entidades da administração pública direta ou CAPÍTULO VIII –
indireta de qualquer dos p oderes da União, dos estados, do DAS SANÇÕES E DEMAIS MEDIDAS PARA EVITAR
Distrito Federal e dos municípios; OU SANAR DESVIOS ÉTICOS
V – Praticar ato em benefício de interesse de pessoa ju-
rídica de que participe o membro estatutário ou empregado, Art. 14 A pena aplicável aos membros estatutários,
seu cônjuge, companheiro ou parentes, consanguíneos ou empregados e colaboradores pelo descumprimento dos
afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, e que preceitos deste Código de Conduta Ética é a de censura éti-
possa ser por ele beneficiada ou influir em seus atos de ges- ca.
tão; Parágrafo único: A Comissão de Ética fará constar a
VI – Receber presente de quem tenha interesse em deci- fundamentação da penalidade no respectivo Relatório de
são do membro estatutário ou empregado ou de colegiado Apuração.
do qual este participe fora dos limites e condições estabele-
cidos em regulamento específico; e Art. 15 A Comissão de Ética poderá, cumulativamente,
VII – Prestar serviços, ainda que eventuais, a empresa fazer recomendações, bem como adotar medidas para evitar
cuja atividade seja vinculada ao Banco da ou sanar desvios éticos, sem prejuízo de outras providências
Amazônia. ao seu cargo:
I – Sugerir à Diretoria Executiva a exoneração de ocu-
Art. 10 As situações que configuram conflito de inte- pante de cargo ou função de confiança;
resse ou uso indevido de informação privilegiada se aplicam II – Sugerir à Diretoria Executiva o retorno do emprega-
ainda que a pessoa se encontre em gozo de licença ou em do ao órgão ou entidade de origem;
período de afastamento regulamentar de suas funções no III – Sugerir à Diretoria Executiva a remessa de ex-
Banco da Amazônia. pediente ao setor competente para exame de eventuais
transgressões de naturezas diversas;
Art. 11 Os membros estatutários e empregados devem IV – Propor conciliação, se for o caso;
declarar-se impedidos de tomar decisão ou participar de ati- V – Sugerir ao empregado acompanhamento psicosso-
vidade quando perceberem a existência de conflito de inte- cial;
resses real ou potencial, devendo afastar-se, inclusive fisica- VI – Sugerir à Gerência de Gestão de Pessoas que realize
mente, das discussões e deliberações sobre o tema. acompanhamento de clima organizacional na
Unidade que ocorreu os desvios éticos.
Art. 12 Os membros estatutários e empregados devem VII - lavrar Acordo de Conduta Pessoal e Profissional
comunicar à Comissão de Ética do Banco para análise e even- (ACPP): acordo que gerará acompanhamento pela
tual manifestação a existência de conflito de interesses po- Comissão de Ética e sobrestará o Procedimento Preli-
tencial ou real sobre atividades externas que realizem. minar.
VIII – Solicitar à área de gestão de pessoas que orien-
CAPÍTULO VII – te o empregado para participação em cursos ou atividades
DO OFERECIMENTO E RECEBIMENTO DE PRESENTES formativas, de acordo com a natureza do problema identi-
ficado.
Art. 13 Não é permitido receber descontos ou abati-
mentos em bens ou serviços, prometer, oferecer ou receber CAPÍTULO IX –
favores, contribuição financeira de terceiros para realização GESTÃO DO CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA
de eventos, presentes ou vantagens de qualquer natureza,
em caráter pessoal ou para outrem, em razão do cargo ou Art. 16 A Comissão de Ética do Banco da Amazônia será
função exercido e que possam configurar relacionamento composta por três membros e seus suplentes, sendo dois
impróprio ou prejuízo financeiro ou de imagem para a Ins- representantes do Banco e um representante eleito pelos
tituição. empregados, com mandatos três anos não coincidentes.
22
LEGISLAÇÃO I
Art.17. A gestão deste Código caberá a Comissão declaro: a) ter recebido, neste ato, cópia
de Ética do Banco da Amazônia, a qual compete divul- do Código de Ética
gá-lo e atualizá-lo.
do Banco da Amazônia; b) que tomei conhe-
Art. 18. O disciplinamento da Comissão de Ética do cimento do inteiro teor do Código e comprometo-me
Banco da Amazônia será fundamentado em regimento in- a cumprir fielmente suas normas, durante todo o meu
terno específico gerenciado pela própria Comissão e apro- mandato estatutário e/ou vigência de meu contrato
vado pela Diretoria do Ba nco. de trabalho e/ou de prestação de serviço; c) ter conheci-
mento de que a Comissão de Ética do Banco da Amazônia
Art. 1 9 . Cabe à Comissão de Ética orientar e dirimir analisará o descumprimento do Código ou de outras
dúvidas e controvérsias sobre a interpretação deste Código normas por ele abrangidas e dará encaminhamento às
de Conduta Ética. As consultas dirigidas à Comissão de instâncias competentes.
Ética por meio dos canais formais disponíveis devem estar
,
acompanhadas de elementos que caracterizem a situação
de de 201
exposta.
Assinatura ______________________________________________
CAPÍTULO X – _________________
DISPOSIÇÕES FINAIS
Declaramos que o presente é cópia fiel do Código de
Art. 20. O Banco da Amazônia, seus membros es- Conduta Ética do Banco da Amazônia, aprovado pela Dire-
tatutários, empregados e colaboradores reconhecem e toria Executiva em xx/xx/201x e pelo Conselho de Adminis-
aceitam os preceitos deste Código de Conduta Ética e tração em xx/xx/201x.
outras normas por ele abrangidas, mediante a assinatura
do Termo de Adesão.
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LEGISLAÇÃO I
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LEGISLAÇÃO I
I - 3% (três por cento) do produto da arrecadação do Art. 9º-A. Os recursos dos Fundos Constitucionais po-
imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza derão ser repassados aos próprios bancos administradores,
e do imposto sobre produtos industrializados, entregues para que estes, em nome próprio e com seu risco exclusivo,
pela União, na forma do art. 159, inciso I, alínea c da Cons- realizem as operações de crédito autorizadas por esta Lei
tituição Federal; e pela Lei nº 10.177, de 12 de janeiro de 2001. (Incluído
II - os retornos e resultados de suas aplicações; pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
III - o resultado da remuneração dos recursos momen- § 1º O montante dos repasses a que se referem o
taneamente não aplicados, calculado com base em inde- caput estará limitado a proporção do patrimônio líquido
xador oficial; da instituição financeira, fixada pelo Conselho Monetário
IV - contribuições, doações, financiamentos e recursos Nacional. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de
de outras origens, concedidos por entidades de direito pú- 24.8.2001)
blico ou privado, nacionais ou estrangeiras; § 2º O retorno dos recursos aos Fundos Constitucio-
V - dotações orçamentárias ou outros recursos previs- nais se subordina à manutenção da proporção a que se re-
tos em lei. fere o § 3º e independe do adimplemento, pelos mutuários,
Parágrafo único. Nos casos dos recursos previstos no das obrigações contratadas pelas instituições financeiras
inciso I deste artigo, será observada a seguinte distribuição: com tais recursos. (Incluído pela Medida Provisória nº
I - 0,6% (seis décimos por cento) para o Fundo Consti- 2.196-3, de 24.8.2001)
tucional de Financiamento do Norte; § 3º O retorno dos recursos aos Fundos Constitucio-
II - 1,8% (um inteiro e oito décimos por cento) para o nais, em decorrência de redução do patrimônio líquido das
Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste; e instituições financeiras, será regulamentado pelo Conselho
III - 0,6% (seis décimos por cento) para o Fundo Cons- Monetário Nacional. (Incluído pela Medida Provisória nº
titucional de Financiamento do Centro-Oeste. 2.196-3, de 24.8.2001)
Art. 7º A Secretaria do Tesouro Nacional liberará ao § 4º Nas operações realizadas nos termos deste ar-
Ministério da Integração Nacional, nas mesmas datas e, tigo: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de
no que couber, segundo a mesma sistemática adotada na 24.8.2001)
transferência dos recursos dos Fundos de Participação dos I - serão observados os encargos estabelecidos na Lei
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, os valores nº 10.177, de 2001; e (Redação dada pela Medida Provi-
destinados aos Fundos Constitucionais de Financiamento sória nº 812, de 2017)
do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste, cabendo ao II - o del credere das instituições financeiras: (Incluído
Ministério da Integração Nacional, observada essa mesma pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
sistemática, repassar os recursos diretamente em favor das a) fica limitado a seis por cento ao ano; (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
instituições federais de caráter regional e do Banco do Bra-
b) está contido nos encargos a que se refere o inci-
sil S.A. (Redação dada pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001)
so I; e (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de
Parágrafo único. O Ministério da Fazenda informará,
24.8.2001)
mensalmente, ao Ministério da Integração Nacional, às res-
c) será reduzido em percentual idêntico ao percentual
pectivas superintendências regionais de desenvolvimento e
garantido por fundos de aval. (Incluído pela Medida Pro-
aos bancos administradores dos Fundos Constitucionais de
visória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
Financiamento a soma da arrecadação do imposto sobre § 5º Os saldos diários das disponibilidades relativas
a renda e proventos de qualquer natureza e do imposto aos recursos transferidos nos termos do caput serão re-
sobre produtos industrializados, o valor das liberações efe- munerados pelas instituições financeiras com base na taxa
tuadas para cada Fundo, bem como a previsão de datas e extra-mercado divulgada pelo Banco Central do Brasil. (In-
valores das 3 (três) liberações imediatamente subseqüen- cluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
tes. (Redação dada pela Lei Complementar nº 125, de § 6º Os recursos transferidos e utilizados em opera-
2007) ções de crédito serão remunerados pelos encargos pactua-
Art. 8° Os Fundos gozarão de isenção tributária, estan- dos com os mutuários, deduzido o del credere a que se
do os seus resultados, rendimentos e operações de finan- refere o § 4º, inciso II; (Incluído pela Medida Provisória nº
ciamento livres de qualquer tributo ou contribuição, inclu- 2.196-3, de 24.8.2001)
sive o imposto sobre operações de crédito, imposto sobre § 7º Os bancos administradores deverão manter siste-
renda e proventos de qualquer natureza e as contribuições ma que permita consolidar as disponibilidades e aplicações
do PIS, Pasep e Finsocial. dos recursos, independentemente de estarem em nome do
Art. 9º Observadas as diretrizes estabelecidas pelo Mi- Fundo Constitucional ou da instituição financeira. (Incluído
nistério da Integração Nacional, os bancos administradores pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
poderão repassar recursos dos Fundos Constitucionais a § 8º As instituições financeiras, nas operações de fi-
outras instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Cen- nanciamento realizadas nos termos deste artigo, gozam da
tral do Brasil, com capacidade técnica comprovada e com isenção tributária a que se refere o art. 8º desta Lei. (In-
estrutura operacional e administrativa aptas a realizar, em cluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
segurança e no estrito cumprimento das diretrizes e nor- § 9º Poderão ser considerados, para os efeitos deste
mas estabelecidas, programas de crédito especificamente artigo, os valores que já tenham sido repassados às insti-
criados com essa finalidade. (Redação dada pela Lei nº tuições financeiras e as operações de crédito respectivas.
10.177, de 12.1.2001) (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
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LEGISLAÇÃO I
§ 10. Na hipótese do § 9º: (Incluído pela Medida III - avaliar os resultados obtidos e determinar as me-
Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001) didas de ajustes necessárias ao cumprimento das diretrizes
I - não haverá risco de crédito para as instituições fi- estabelecidas e à adequação das atividades de financia-
nanceiras nas operações contratadas até 30 de novembro mento às prioridades regionais; (Redação dada pela Lei
de 1998; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de Complementar nº 125, de 2007)
24.8.2001) IV - encaminhar o programa de financiamento para
II - nas operações contratadas de 1º de dezembro de o exercício seguinte, a que se refere o inciso II do caput
1998 a 30 de junho de 2001, o risco de crédito das institui- deste artigo, juntamente com o resultado da apreciação
ções financeiras fica limitado a cinqüenta por cento; e (In- e o parecer aprovado pelo Colegiado, à Comissão Mista
cluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001) permanente de que trata o § 1º do art. 166 da Constitui-
III - o del credere das instituições financeiras, man- ção Federal, para conhecimento e acompanhamento pelo
tendo-se inalterados os encargos pactuados com os mu- Congresso Nacional. (Incluído pela Lei Complementar
tuários: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de nº 125, de 2007)
24.8.2001) Parágrafo único. Até o dia 30 de outubro de cada ano,
a) fica reduzido a zero para as operações a que se refe- as instituições financeiras federais de caráter regional en-
re o inciso I; e (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, caminharão, à apreciação do Conselho Deliberativo da res-
de 24.8.2001) pectiva superintendência de desenvolvimento regional, a
b) fica limitado a três por cento para as operações a proposta de aplicação dos recursos relativa aos programas
que se refere o inciso II. (Incluído pela Medida Provisória de financiamento para o exercício seguinte, a qual será
nº 2.196-3, de 24.8.2001) aprovada até 15 de dezembro.
§ 11. Para efeito do cálculo da taxa de administração Art. 14-A. Cabe ao Ministério da Integração Nacio-
a que fazem jus os bancos administradores, serão deduzi- nal estabelecer as diretrizes e orientações gerais para as
dos do patrimônio líquido dos Fundos Constitucionais os aplicações dos recursos dos Fundos Constitucionais de Fi-
valores repassados às instituições financeiras, nos termos nanciamento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, de for-
deste artigo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, ma a compatibilizar os programas de financiamento com
de 24.8.2001) as orientações da política macroeconômica, das políticas
IV - Dos Encargos Financeiros setoriais e da Política Nacional de Desenvolvimento Regio-
Art. 10. (Revogado pela Lei 9.126, de 10.11.1995) nal. (Incluído pela Lei Complementar nº 125, de 2007)
Art. 11. (Revogado pela Lei nº 10.177, de 18.1.2001) Parágrafo único. O Ministério da Integração Nacional
Art. 12. (Revogado pela Lei 9.126, de 10.11.1995) exercerá as competências relativas aos Conselhos Delibera-
V - Da Administração tivos das Superintendências de Desenvolvimento das Re-
Art. 13. A administração dos Fundos Constitucionais giões Norte e Nordeste, de que trata o art. 14 desta Lei, até
de Financiamento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste será que sejam instalados os mencionados Conselhos. (In-
distinta e autônoma e, observadas as atribuições previstas cluído pela Lei nº 11.524, de 2007)
em lei, exercida pelos seguintes órgãos: (Redação dada Art. 15. São atribuições de cada uma das instituições
pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001) financeiras federais de caráter regional e do Banco do Brasil
I - Conselho Deliberativo das Superintendências de S.A., nos termos da lei: (Redação dada pela Lei nº 10.177,
Desenvolvimento da Amazônia, do Nordeste e do Centro de 12.1.2001)
-Oeste; (Redação dada pela Lei Complementar nº 129, de I - aplicar os recursos e implementar a política de con-
2009). cessão de crédito de acordo com os programas aprovados
II - Ministério da Integração Nacional; e (Redação dada pelos respectivos Conselhos Deliberativos;(Redação dada
pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001) pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001)
III - instituição financeira de caráter regional e Banco II - definir normas, procedimentos e condições opera-
do Brasil S.A. (Incluído pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001) cionais próprias da atividade bancária, respeitadas, dentre
Art. 14. Cabe ao Conselho Deliberativo da respectiva outras, as diretrizes constantes dos programas de financia-
superintendência de desenvolvimento das regiões Norte, mento aprovados pelos Conselhos Deliberativos de cada
Nordeste e Centro-Oeste: (Redação dada pela Lei Comple- Fundo; (Redação dada pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001)
mentar nº 125, de 2007) III - analisar as propostas em seus múltiplos aspectos,
I - estabelecer, anualmente, as diretrizes, prioridades e inclusive quanto à viabilidade econômica e financeira do
programas de financiamento dos Fundos Constitucionais empreendimento, mediante exame da correlação custo/
de Financiamento, em consonância com o respectivo plano benefício, e quanto à capacidade futura de reembolso do
regional de desenvolvimento; (Redação dada pela Lei financiamento almejado, para, com base no resultado des-
Complementar nº 125, de 2007) sa análise, enquadrar as propostas nas faixas de encargos
II - aprovar, anualmente, até o dia 15 de dezembro, os e deferir créditos; (Redação dada pela Lei Complementar
programas de financiamento de cada Fundo para o exer- nº 125, de 2007)
cício seguinte, estabelecendo, entre outros parâmetros, os IV - formalizar contratos de repasses de recursos
tetos de financiamento por mutuário; (Redação dada na forma prevista no art. 9º; (Redação dada pela Lei nº
pela Lei Complementar nº 125, de 2007) 10.177, de 12.1.2001)
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LEGISLAÇÃO I
V - prestar contas sobre os resultados alcançados, de- § 4º O disposto neste artigo somente se aplica aos
sempenho e estado dos recursos e aplicações ao Ministério devedores que tenham investido corretamente os valores
da Integração Nacional e aos respectivos conselhos deli- financiados, conforme previsto nos respectivos instrumen-
berativos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 125, tos de crédito. (Incluído pela Lei nº 11.945, de 2009).
de 2007) Art. 15-C. As instituições financeiras federais poderão,
VI - exercer outras atividades inerentes à aplicação dos nos termos do art. 15-B e parágrafos, proceder à liquida-
recursos, à recuperação dos créditos, inclusive nos termos ção de dívidas em relação às propostas cujas tramitações
definidos nos arts. 15-B, 15-C e 15-D, e à renegociação de tenham sido iniciadas em conformidade com as práticas e
dívidas, de acordo com as condições estabelecidas pelo regulamentações bancárias de cada instituição financeira
Conselho Monetário Nacional. (Redação dada pela Lei federal. (Incluído pela Lei nº 11.945, de 2009).
nº 12.793, de 2013) Art. 15-D. Os administradores dos Fundos Constitucio-
§ 1º O Conselho Monetário Nacional, por meio de nais ficam autorizados a liquidar dívidas pelo equivalente
proposta do Ministério da Integração Nacional, definirá as financeiro do valor atual dos bens passíveis de penhora,
condições em que os bancos administradores poderão re- observando regulamentação específica dos respectivos
negociar dívidas, limitando os encargos financeiros de re- Conselhos Deliberativos, a qual deverá respeitar, no que
negociação aos estabelecidos no contrato de origem da couber, os critérios estabelecidos no art. 15-B. (Incluído
operação inadimplida. (Incluído pela Lei nº 12.793, de pela Lei nº 11.945, de 2009).
2013) Art. 16. O Banco da Amazônia S.A. - Basa, o Banco do
§ 2º Até o dia 30 de setembro de cada ano, as insti- Nordeste do Brasil S.A. - BNB e o Banco do Brasil S.A. - BB
tuições financeiras de que trata o caput encaminharão ao são os administradores do Fundo Constitucional de Finan-
Ministério da Integração Nacional e às respectivas superin- ciamento do Norte - FNO, do Fundo Constitucional de Fi-
tendências regionais de desenvolvimento, para análise, a nanciamento do Nordeste - FNE e do Fundo Constitucional
proposta dos programas de financiamento para o exercício de Financiamento do Centro-Oeste - FCO, respectivamente.
seguinte. (Incluído pela Lei nº 12.793, de 2013) § 1° O Banco do Brasil S.A. transferirá a administração,
Art. 15-A. (Revogado pela Lei Complementar nº patrimônio, operações e recursos do Fundo Constitucional
125, de 2007) de Financiamento do Centro-Oeste - FCO para o Banco de
Art. 15-B. Ficam convalidadas as liquidações de dívi-
Desenvolvimento do Centro-Oeste, após sua instalação e
da efetuadas pelas instituições financeiras federais admi-
entrada em funcionamento, conforme estabelece o art. 34,
nistradoras dos Fundos Constitucionais, que tenham sido
§ 11, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
realizadas em conformidade com as práticas e regulamen-
§ 2° (Parágrafo revogado pela Lei nº 10.177, de
tações bancárias das respectivas instituições e que tenham
18.1.2001)
sido objeto de demanda judicial, recebidas pelo equivalen-
Art. 17. (Revogado implicitamente pela Lei 10.177, de
te financeiro do valor dos bens passíveis de penhora dos
12.1.200 que revogou o art. 13 da Lei 9.126/1995)
devedores diretos e respectivos garantes, relativamente a
operações concedidas com recursos dos Fundos Constitu- Art. 17-A. Os bancos administradores do FNO, do FNE
cionais de Financiamento, de que trata esta Lei. (Incluído e do FCO farão jus a taxa de administração sobre o patri-
pela Lei nº 11.945, de 2009). mônio líquido dos respectivos fundos, apropriada mensal-
§ 1º Para os efeitos desta Lei, considera-se liquidada a mente, nos seguintes percentuais: (Incluído pela Medida
dívida pelo equivalente financeiro do valor dos bens pas- Provisória nº 812, de 2017)
síveis de penhora quando obtida mediante o desconto a I - três inteiros por cento ao ano, no exercício de
uma taxa real que corresponda ao custo de oportunidade 2018; (Incluído pela Medida Provisória nº 812, de 2017)
do Fundo que tenha provido os recursos financiadores da II - dois inteiros e sete décimos por cento ao ano, no
dívida liquidada, pelo tempo estimado para o desfecho da exercício de 2019; (Incluído pela Medida Provisória nº
ação judicial, aplicada sobre o valor de avaliação dos referi- 812, de 2017)
dos bens. (Incluído pela Lei nº 11.945, de 2009). III - dois inteiros e quatro décimos por cento ao ano,
§ 2º A convalidação referida no caput deste dispositi- no exercício de 2020; (Incluído pela Medida Provisória nº
vo resultará na anotação de restrição que impossibilitará a 812, de 2017)
contratação de novas operações nas instituições financei- IV - dois inteiros e um décimo por cento ao ano, no
ras federais, ressalvada a hipótese de o devedor inadim- exercício de 2021; (Incluído pela Medida Provisória nº
plente recolher ao respectivo Fundo financiador da opera- 812, de 2017)
ção o valor atualizado equivalente à diferença havida entre V - um inteiro e oito décimos por cento ao ano, no
o que pagou na renegociação e o que deveria ter sido pago exercício de 2022; (Incluído pela Medida Provisória nº 812,
caso incidissem no cálculo os encargos de normalidade em de 2017)
sua totalidade, quando então poderá ser baixada a aludida VI - um inteiro e cinco décimos por cento ao ano, a
anotação. (Incluído pela Lei nº 11.945, de 2009). partir de 1º de janeiro de 2023. (Incluído pela Medida
§ 3º As instituições financeiras federais administrado- Provisória nº 812, de 2017)
ras dos Fundos Constitucionais deverão apresentar relató- § 1º Para efeitos do cálculo da taxa de administração
rio ao Ministério da Integração Nacional, com a indicação a que se refere o caput, serão deduzidos do patrimônio
dos quantitativos renegociados sob a metodologia referida líquido, apurado para o mês de referência: (Incluído pela
no caput. (Incluído pela Lei nº 11.945, de 2009). Medida Provisória nº 812, de 2017)
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LEGISLAÇÃO I
I - os saldos dos recursos do FNO, do FNE e do FCO de ouvidorias para atender às sugestões e reclamações dos
de que trata o art. 4º da Lei nº 9.126, de 10 de novembro agentes econômicos e de suas entidades representativas
de 1995; (Incluído pela Medida Provisória nº 812, de 2017) quanto às rotinas e aos procedimentos empregados na
II - os valores repassados ao banco administrador nos aplicação dos recursos do respectivo Fundo Constitucional
termos do § 11 do art. 9º-A; (Incluído pela Medida Provi- de Financiamento. (Redação dada pela Lei nº 12.716, de
sória nº 812, de 2017) 2012)
III - os saldos das operações contratadas na forma § 1º As ouvidorias a que se refere o caput deste artigo
do art. 6º-A da Lei nº 10.177, de 2001, conforme regula- terão seu funcionamento guiado por regulamento próprio,
mentado pelo Conselho Monetário Nacional; (Incluído que estabelecerá as responsabilidades e as possibilidades
pela Medida Provisória nº 812, de 2017) das partes envolvidas, reservando-se às instituições finan-
IV - os saldos das operações contratadas na forma ceiras a obrigação de fornecimento das informações e
do art. 15-D da Lei nº 10.260, de 2001, com recursos do justificações necessárias à completa elucidação dos fatos
FNO, do FNE ou do FCO. (Incluído pela Medida Provisória ocorridos e à superação dos problemas detectados e pen-
nº 812, de 2017) dências existentes. (Incluído pela Lei nº 12.716, de 2012)
§ 2º Os bancos administradores farão jus ao percentual § 2º Cabe ao Conselho Deliberativo das Superinten-
de trinta e cinco centésimos por cento ao ano sobre os dências de Desenvolvimento da Amazônia, do Nordeste
saldos dos recursos do FNO, do FNE e do FCO de que trata e do Centro-Oeste estabelecer o regulamento para o fun-
o art. 4º da Lei nº 9.126, de 1995. (Incluído pela Medida cionamento da ouvidoria do respectivo Fundo. (Incluído
Provisória nº 812, de 2017) pela Lei nº 12.716, de 2012)
§ 3º O montante a ser recebido pelos bancos adminis- § 3º O ouvidor de cada Fundo será nomeado, por pro-
tradores em razão da taxa de administração de que trata posta da Superintendência Regional de Desenvolvimento,
este artigo, deduzidos os valores referentes ao § 2º, poderá pelo respectivo Conselho Deliberativo, do qual participará
ser acrescido em até vinte por cento, com base no fator de com direito à voz. (Incluído pela Lei nº 12.716, de 2012)
adimplência referente aos empréstimos com risco opera- § 4º No prazo de até 30 (trinta) dias de sua solicitação,
o tomador de financiamento tem o direito de receber do
cional assumido integralmente pelo fundo ou compartilha-
banco administrador uma ficha completa de cada uma de
do entre os bancos administradores e o fundo, calculado
suas operações de crédito, com a discriminação de todos
de acordo com a metodologia de apuração do provisio-
os lançamentos desde sua contratação. (Incluído pela Lei
namento para risco de crédito aplicável ao crédito bancá-
nº 12.716, de 2012)
rio. (Incluído pela Medida Provisória nº 812, de 2017)
§ 5º As entidades representativas dos produtores ru-
§ 4º A taxa de administração de que trata o caput e
rais poderão, nos termos do regulamento previsto no § 1o,
o percentual de que trata o § 2º ficam limitados, em cada
assistir aos tomadores na obtenção de informações sobre
exercício, a vinte por cento do valor das transferências de
as pendências em suas operações de crédito e promover
que trata a alínea “c” do inciso I do caput do art. 159 da
reuniões de conciliação entre os agentes econômicos e os
Constituição, realizadas pela União a cada um dos bancos bancos administradores. (Incluído pela Lei nº 12.716, de
administradores. (Incluído pela Medida Provisória nº 812, 2012)
de 2017) § 6º A participação das entidades representativas dos
§ 5º Ato conjunto dos Ministros de Estado da Fazenda produtores rurais, nos termos do § 5º, não exclui nem miti-
e da Integração Nacional regulamentará o fator de adim- ga a responsabilidade primária dos bancos administradores
plência de que trata o § 3º, que será divulgado pelo Minis- em divulgar e disseminar as informações acerca das ope-
tério da Fazenda. (Incluído pela Medida Provisória nº 812, rações de crédito. (Incluído pela Lei nº 12.716, de 2012)
de 2017) § 7º Caso o banco administrador não atenda à soli-
§ 6º Ato do Presidente da República regulamentará a citação prevista no § 4º, a respectiva ouvidoria assumirá a
sistemática do cálculo e da apropriação da taxa de admi- responsabilidade pela solicitação e informará ao Conselho
nistração a que fazem jus os bancos administradores do Deliberativo em sua primeira reunião após esse fato, ca-
FNO, do FNE e do FCO. (Incluído pela Medida Provisória bendo ao Presidente do Banco Administrador justificar o
nº 812, de 2017) não atendimento ou a demora em fazê-lo. (Incluído pela
VI - Do Controle e Prestação de Contas Lei nº 12.716, de 2012)
Art. 18. Cada Fundo terá contabilidade própria, regis- Art. 19. As instituições financeiras federais de caráter
trando todos os atos e fatos a ele referentes, valendo-se, regional farão publicar semestralmente os balanços dos
para tal, do sistema contábil da respectiva instituição finan- respectivos Fundos, devidamente auditados.
ceira federal de caráter regional, no qual deverão ser cria- Art. 20. Os bancos administradores dos Fundos Cons-
dos e mantidos subtítulos específicos para esta finalidade, titucionais de Financiamento apresentarão, semestralmen-
com apuração de resultados à parte. te, ao Ministério da Integração Nacional e às respectivas
Art. 18-A. Observadas as orientações gerais estabele- superintendências regionais de desenvolvimento relatório
cidas pelo Ministério da Integração Nacional, as Superin- circunstanciado sobre as atividades desenvolvidas e os re-
tendências de Desenvolvimento da Amazônia, do Nordeste sultados obtidos. (Redação dada pela Lei Complementar
e do Centro-Oeste são responsáveis pelo funcionamento nº 125, de 2007)
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LEGISLAÇÃO I
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LEGISLAÇÃO I
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LEGISLAÇÃO I
A mesma relação entre o verbo grifado e o comple- (A) Os manifestantes de todas as idades desfilaram
mento se reproduz em: pelas ruas da cidade.
(A) ... a Idade da Pedra não acabou por falta de pe- (B) Não junte este líquido verde com aquele abra-
dras... sivo.
(B) ... o estilo de vida e o modo da produção (...) são (C) A casa pertence aos Nemer desde 1982.
os principais responsáveis... (D) Patrocinou o evento do último sábado.
(C) ... que ameaçam a nossa própria existência. (E) Encontraram com um comerciante essas anota-
(D) ... e a da China triplicou. ções.
(E) Mas o homem moderno estaria preparado...
Regência do verbo “gostar”: transitivo indireto.
O verbo grifado é transitivo direto (pressiona quem? A – desfilaram – intransitivo
o quê?): B – junte – transitivo direto
A – acabou – intransitivo C – pertence – transitivo indireto
B – são – verbo de ligação
D – patrocinou – transitivo direto
C – ameaçam quem? – transitivo direto
E – transitivo direto preposicionado
D – triplicou = no contexto: intransitivo
E – estaria – verbo de ligação
RESPOSTA: “C”.
RESPOSTA: “C”.
06-) (TRF/1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO -
04-) (TRF/2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2011) As palavras estão corretamente grafadas na
FCC/2012) O verbo que, dadas as alterações entre pa- seguinte frase:
rênteses propostas para o segmento grifado, deverá ser (A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é
colocado no plural, está em: boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de pas-
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvi- sageiros nos aeroportos.
das) (B) Comete muitos deslises, talvez por sua esponta-
(B) O que não se sabe... (ninguém nas regiões do neidade, mas nada que ponha em cheque sua reputa-
planeta) ção de pessoa cortês.
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua... (O (C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do
consumo mundial de barris de petróleo) sócio de descançar após o almoço sob a frondoza ár-
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete- vore do pátio.
-se no custo da matéria-prima... (Constantes aumentos) (D) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os mágoa pode estar sendo o grande impecilho na supe-
esforços mundiais... (a preocupação em torno das mu- ração dessa sua crise.
danças climáticas) (E) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta
quantia, mas não quiz ser taxado de conivente na con-
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) = cessão de privilégios ilegítimos.
“há” permaneceria no singular
(B) O que não se sabe ... (ninguém nas regiões do pla- Fiz a correção entre parênteses:
neta) = “sabe” permaneceria no singular (A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passa-
... (O consumo mundial de barris de petróleo) = “dá” geiros nos aeroportos.
permaneceria no singular
(B) Comete muitos deslises (deslizes), talvez por sua
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se
espontaneidade, mas nada que ponha em cheque (xeque)
no custo da matéria-prima... Constantes aumentos) = “re-
sua reputação de pessoa cortês.
flete” passaria para “refletem-se”
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os es-
forços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças de descançar (descansar) após o almoço sob a frondoza
climáticas) = “pressiona” permaneceria no singular (frondosa) árvore do pátio.
(D) Não sei se isso influe (influi), mas a persistência
RESPOSTA: “D”. dessa mágoa pode estar sendo o grande impecilho (empe-
cilho) na superação dessa sua crise.
05-) (TRF/1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - (E) O diretor exitou (hesitou) ao aprovar a retenção
FCC/2011) “Gosto de Ouro Preto”, explicou Elizabeth dessa alta quantia, mas não quiz (quis) ser taxado de coni-
ao poeta Robert Lowell... vente na concessão de privilégios ilegítimos.
No segmento acima, o verbo “gostar” está empre-
gado exatamente com a mesma regência com que está RESPOSTA: “A”.
empregado o verbo da seguinte frase:
31
LEGISLAÇÃO I
07-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – C) É necessário segurança para se viver bem.
FCC/2010) A substituição do elemento grifado pelo D) Esses cidadãos estão quite com suas obrigações.
pronome correspondente, com os necessários ajustes E) Os soldados permaneceram alertas durante a
no segmento, está INCORRETA em: manifestação.
a) continua a provocar irritação = continua a pro-
vocá-la. Fiz as correções:
b) a constituir um deslocamento = a lhe constituir. A) O Brasil apresenta bastante = bastantes.
c) batalhar [...] contra a leucemia = batalhar contra B) A situação ficou meia = meio
ela. C) É necessário segurança para se viver bem.
d) que treinavam a elite = que a treinavam. D) Esses cidadãos estão quite = quites
e) gerou uma subdisciplina acadêmica = gerou-a. E) Os soldados permaneceram alertas = alerta
32
LEGISLAÇÃO I
12-) (BANCO DO BRASIL – MÉDICO DO TRABALHO (A) para algum chavão apoiá-lo.
– FCC/2012) Atente para as seguintes frases: (B) que algum chavão o apoiasse.
I. Quem nos ensina a olhar são os pintores e fotó- (C) apoiá-lo em algum chavão.
grafos, que andam em volta dos objetos à procura de (D) algum chavão vir a apoiá-lo.
novos ângulos. (E) o apoio em algum chavão.
II. Felizes as pessoas que, todos os dias, sabem en-
contrar companhia em tudo o que as cerca. Para que tenhamos um período simples é necessária a
III. Em silêncio, nos oferecerão sua muda compa- presença de um único verbo. Fazendo a alteração e man-
nhia. tendo o sentido da frase inicial, a alternativa “o apoio em
A supressão da(s) vírgula(s) acarretará mudança de algum chavão” é a que está escrita de maneira correta.
sentido para o que está APENAS em
(A) I. RESPOSTA: “E”.
(B) II.
15-) (SEE/SP – PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA II
(C) II e III.
E PROFESSOR II – LÍNGUA PORTUGUESA - FCC/2011)
(D) I e II.
...permite que os criadores tomem atitudes quando a
(E) III. proliferação de algas tóxicas ameaça os peixes.
A transposição para a voz passiva da oração grifada
I. Quem nos ensina a olhar são os pintores e fotógra- acima teria, de acordo com a norma culta, como forma
fos que andam em volta dos objetos à procura de novos verbal resultante:
ângulos. = agora teremos uma restrição (adjetiva restritiva) (A) ameaçavam.
II. Felizes as pessoas que todos os dias sabem encon- (B) foram ameaçadas.
trar companhia em tudo o que as cerca. = facultativo o uso (C) ameaçarem.
da vírgula (advérbio) (D) estiver sendo ameaçada.
III. Em silêncio, nos oferecerão sua muda companhia. = (E) forem ameaçados.
facultativo o uso da vírgula (advérbio)
Quando a proliferação ameaça os peixes = voz ativa
RESPOSTA: “A”. Quando os peixes forem ameaçados pela proliferação...
= voz passiva
13-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALU-
NO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) Apenas RESPOSTA: “E”.
uma das frases abaixo foge à norma culta no que se
16-) (COPERGÁS - TÉCNICO OPERACIONAL MECÂ-
refere à colocação pronominal. Aponte-a.
NICO - FCC/2011 - ADAPTADA)
A) Enviar-lhe-ei por Sedex os documentos solicita-
... para desovar e criar seus filhotes até que sejam
dos. capazes de seguir para o oceano.
B) Quem se candidataria à prefeito nesse momen- O verbo que se encontra conjugado nos mesmos
to? tempo e modo que o grifado na frase acima está em:
C) O jogo que realiza-se hoje contará com a presen- (A) ... espaços que misturam água do mar e de rios
ça de políticos eminentes. em meio a árvores de raízes expostas.
D) Viu-se obrigado a tomar uma atitude que não (B) ... que ela prejudique ainda mais a vida dos pei-
desejava. xes e das pessoas.
E) Realizar-se-á uma nova eleição. (C) ... Mario Barletta, que, com seu grupo, percorre
os estuários da América do Sul.
A) Enviar-lhe-ei por Sedex os documentos solicitados. (D) ... que várias espécies de peixes precisam de re-
= correta dutos distintos no mangue ...
B) Quem se candidataria à prefeito nesse momento? (E) ... uma equipe da Universidade Federal de Per-
= correta nambuco verificou que várias espécies de peixes ...
C) O jogo que realiza-se = o jogo que se realiza
D) Viu-se obrigado a tomar uma atitude que não de- “Sejam” está no presente do Subjuntivo.
sejava. = correta (A) ... espaços que misturam = presente do Indicativo
(B) ... que ela prejudique = presente do Subjuntivo
E) Realizar-se-á uma nova eleição. = correta
(C) ... Mario Barletta, que, com seu grupo, percorre =
presente do Indicativo
RESPOSTA: “C”. (D) ... que várias espécies de peixes precisam = presen-
te do Indicativo
14-) (BANCO DO BRASIL – MÉDICO DO TRABALHO (E) ... uma equipe da Universidade Federal de Pernam-
– FCC/2012) Ficava difícil se apoiar em algum chavão. buco verificou = pretérito perfeito do Indicativo
O período acima passa de composto a simples caso
se substitua o elemento sublinhado por RESPOSTA: “B”.
33
LEGISLAÇÃO I
17-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) A substi- (C) ... também se associa o Desenvolvimento Sus-
tuição do elemento grifado pelo pronome correspon- tentável...
dente foi realizada de modo INCORRETO em: (D) ... e incorporou [...] também aspectos de desen-
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu volvimento humano.
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os (E)... e reforce a identidade das comunidades.
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la
(D) que desviava a água = que lhe desviava O verbo “esteja” está no presente do Subjuntivo.
(E) supriam a necessidade = supriam-na (A) ... a Empresa desenvolve = presente do Indicativo
(B) ... as definições de Educação Ambiental são = pre-
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu = cor- sente do Indicativo
reta (C) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentá-
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = correta vel... = presente do Indicativo
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta (D) ... e incorporou [...] = pretérito perfeito do Indicativo
(D) que desviava a água = que lhe desviava = que a (E)... e reforce a identidade das comunidades. = pre-
desviava sente do Subjuntivo.
(E) supriam a necessidade = supriam-na = correta
RESPOSTA: “E”.
RESPOSTA: “D”.
20-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
18-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) Conside- FCC/2010) Se a tendência se mantiver, teremos cada vez
rada a substituição do segmento grifado pelo que está mais...
entre parênteses ao final da transcrição, o verbo que Ao substituir o segmento grifado acima por “Caso
deverá permanecer no singular está em: a tendência”, a continuação que mantém a correção e o
(A) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os sentido da frase original é:
pesquisadores) a) se mantenha, teremos cada vez mais...
(B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu b) fosse mantida, teríamos cada vez mais...
para a ruína dessa sociedade... (as mudanças do clima) c) se manter, teremos cada vez mais...
(C) No sistema havia também uma estação... (várias d) for mantida, teremos cada vez mais...
estações) e) seja mantida, teríamos cada vez mais...
(D) ... a civilização maia da América Central tinha
um método sustentável de gerenciamento da água. (os Ao empregarmos o termo “caso a”, conjugaremos o
povos que habitavam a América Central) verbo utilizando o modo hipotético (Subjuntivo). A trans-
(E) Um estudo publicado recentemente mostra que formação será: Caso a tendência se mantenha, teremos
a civilização maia... (Estudos como o que acabou de ser cada vez mais...
publicado).
RESPOSTA: “A”.
(A) ... disse (disseram) (os pesquisadores)
(B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu (con- 21-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
tribuíram) (as mudanças do clima) FCC/2010) Não se trata de negar ...... crianças o aces-
(C) No sistema havia (várias estações) = permanecerá so aos meios eletrônicos, tarefa indesejável e mesmo
no singular impossível de ser realizada, mas de impor limites ......
(D) ... a civilização maia da América Central tinha (ti- utilização desses equipamentos tão sedutores, para que
nham) (os povos que habitavam a América Central) elas também possam se dedicar ...... outras atividades
(E) Um estudo publicado recentemente mostra (mos- fundamentais para o seu desenvolvimento.
tram) (Estudos como o que acabou de ser publicado). Preenchem corretamente as lacunas da frase acima,
na ordem dada:
RESPOSTA: “C”. a) às - a - à
b) as - a - à
19-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) É importante c) às - à - a
que a inserção da perspectiva da sustentabilidade na cultu- d) as - à - a
ra empresarial, por meio das ações e projetos de Educa- e) às - à – à
ção Ambiental, esteja alinhada a esses conceitos.
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo Não se trata de negar às (regência verbal de “negar”
que o verbo grifado na frase acima está em: pede objeto direto – o acesso – e indireto – às crianças)
(A) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, crianças o acesso aos meios eletrônicos, tarefa indesejável
políticas... e mesmo impossível de ser realizada, mas de impor limites
(B) ... as definições de Educação Ambiental são à (regência verbal de “impor” pede objeto direto – limites
abrangentes... – e indireto – à utilização) utilização desses equipamentos
34
LEGISLAÇÃO I
tão sedutores, para que elas também possam se dedicar O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em
a (regência verbal de “dedicar” pede preposição, mas há que se encontra o grifado acima está na frase:
presença de pronome indefinido) outras atividades funda- a) Mas raramente há referência ao analfabetismo
mentais para o seu desenvolvimento. funcional daquela larga parcela da população...
b) ...porque está aquém do manejo minimamente
RESPOSTA: “C”. competente da informação cultural ...
c) ...ainda que saiba ler e escrever ...
22-) (SABESP – TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRA- d) ... que se esmeram em falar o “computacionês”
BALHO - FCC/2014) Reconstroem o pátio da escola - incompreensível.
entender essa estranha melancolia - restabelecer o elo e) ... e permitem a qualquer semialfabetizado ...
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos
grifados acima foram corretamente substituídos por Esteja = presente do Subjuntivo
um pronome, na ordem dada, em: a) Mas raramente há = presente do Indicativo
(A) Reconstroem-no - entendê-la - restabelecê-lo b) ... porque está = presente do Indicativo
(B) Reconstroem-lhe - a entender - restabelecer-lhe c) ... ainda que saiba = presente do Subjuntivo
(C) O reconstroem - entender-lhe - restabelecê-lo d) ... que se esmeram = presente do Indicativo
(D) Reconstroem-no - lhe entender - restabelecer- e) ... e permitem = presente do Indicativo
-no
(E) O reconstroem - entendê-la - restabelecer-lhe RESPOSTA: “C”.
O verbo “reconstruir” é transitivo direto. O objeto dire- 25-) (POLÍCIA CIVIL/SP – PERITO CRIMINAL – VU-
to será “no”, sobrando-nos as alternativas A e D. “ E n - NESP/2013) Assinale a alternativa correta quanto à
tender” também requer objeto direto (em D, o “lhe” exer- concordância verbal e à colocação pronominal, de acor-
ce a função de indireto). Então, temos: reconstroem-no / do com a norma-padrão.
entendê-la / restabelecê-lo. (A) Em sua dissertação, Jason Lindo e Charles Stoe-
cker expõem que se manifestam até hoje, na vida civil
RESPOSTA: “A”. dos soldados dos EUA, a violência vivida e praticada
por estes no Vietnã.
23-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – (B) Se manifesta até hoje, na vida civil dos soldados
FCC/2010) ... o aparelho de tevê era um móvel exclusivo dos EUA, a violência vivida e praticada por eles no Viet-
da sala de estar ...
nã, segundo expõem Jason Lindo e Charles Stoecker em
A frase cujo verbo está flexionado nos mesmos
sua dissertação.
tempo e modo que o grifado na frase acima é:
(C) Em sua dissertação, Jason Lindo e Charles Stoe-
a) ... adultos que passaram a maior parte de sua in-
cker expõe que manifesta-se até hoje, na vida civil dos
fância e adolescência ...
soldados dos EUA, a violência vivida e praticada por es-
b) ... com que aumentasse a exposição aos meios
tes no Vietnã.
eletrônicos.
(D) Se manifestam até hoje, na vida civil dos solda-
c) ... que não roubavam muito tempo dos estudos e
dos dos EUA, a violência vivida e praticada por eles no
das brincadeiras com amigos.
Vietnã, segundo expõe Jason Lindo e Charles Stoecker
d) ... a tevê ganhou tempo de programação, varie-
dade de canais e cores... em sua dissertação.
e) O leitor com 50 anos talvez resgate na memória (E) Manifesta-se até hoje, na vida civil dos soldados
uma época... dos EUA, a violência vivida e praticada por eles no Viet-
Era = pretérito imperfeito do Indicativo nã, segundo Jason Lindo e Charles Stoecker expõem em
a) ... adultos que passaram = pretérito imperfeito (e sua dissertação.
mais-que-perfeito) do Indicativo
b) ... com que aumentasse = pretérito do Subjuntivo (A) Em sua dissertação, Jason Lindo e Charles Stoecker
c) ... que não roubavam pretérito imperfeito do Indi- expõem que se manifestam (manifesta) até hoje, na vida
cativo civil dos soldados dos EUA, a violência vivida e praticada
d) ... a tevê ganhou = pretérito perfeito do Indicativo por estes no Vietnã.
e) O leitor com 50 anos talvez resgate = presente do (B) Se manifesta (manifesta-se) até hoje, na vida civil
Subjuntivo dos soldados dos EUA, a violência vivida e praticada por
eles no Vietnã, segundo expõem Jason Lindo e Charles
RESPOSTA: “C”. Stoecker em sua dissertação.
(C) Em sua dissertação, Jason Lindo e Charles Stoecker
24-) (TRF/4ª REGIÃO – ENFERMAGEM – FCC/2010) expõe (expõem) que (se) manifesta-se (X) até hoje, na vida
Não é raro que a escola esteja completamente desvincu- civil dos soldados dos EUA, a violência vivida e praticada
lada das atividades culturais .... por estes no Vietnã.
35
LEGISLAÇÃO I
(D) Se manifestam (manifesta-se) até hoje, na vida civil (B) Quando o bebedor tem consciência de que precisa
dos soldados dos EUA, a violência vivida e praticada por de ajuda, não se opõe de (a) interromper e controlar o
eles no Vietnã, segundo expõe Jason Lindo e Charles Stoe- processo destrutivo, o que o (lhe) permitirá retomar o ritmo
cker em sua dissertação. de uma vida saudável.
(E) Manifesta-se até hoje, na vida civil dos soldados (C) Quando o bebedor tem consciência (de) que preci-
dos EUA, a violência vivida e praticada por eles no Vietnã, sa de ajuda, não se opõe em (a) interromper e controlar o
segundo Jason Lindo e Charles Stoecker expõem em sua processo destrutivo, o que lhe permitirá retomar o ritmo de
dissertação. uma vida saudável.
(D) Quando o bebedor tem consciência de que precisa
RESPOSTA: “E”. de ajuda, não se opõe a interromper e controlar o processo
destrutivo, o que lhe permitirá retomar o ritmo de uma vida
26-) (POLÍCIA CIVIL/SP – PERITO CRIMINAL – VU- saudável.
NESP/2013) Observe os enunciados: (E) Quando o bebedor tem consciência de que precisa
• A Guerra do Vietnã se faz presente até hoje. de ajuda, não se opõe (a) contra interromper e controlar o
• A probabilidade de um veterano branco ser preso processo destrutivo, o que o (lhe) permitirá retomar o ritmo
por um crime violento é significativamente mais alta de uma vida saudável.
do que...
Os advérbios em destaque expressam, respectiva- RESPOSTA: “D”.
mente, circunstâncias de
(A) lugar e modo. 28-) (TRF/4ª REGIÃO – ENFERMAGEM – FCC/2010)
(B) tempo e intensidade. A concordância verbal e nominal está inteiramente cor-
(C) modo e intensidade. reta na frase:
(D) tempo e causa. a) Os dados obtidos nas pesquisas levam os espe-
(E) tempo e modo. cialistas à conclusão de que um pequeno grupo de uma
das tribos africanas teria saído em busca de melhores
“Hoje” = tempo; geralmente os advérbios terminados condições de vida em lugares mais distantes.
em “-mente” são de modo (= com significância). b) Pesquisas genéticas abre caminho para a desco-
berta do tratamento de certas doenças, pois sabem-se
RESPOSTA: “E”. que pessoas de grupos diferentes reagem de forma di-
ferenciada aos medicamentos.
27-) (POLÍCIA CIVIL/SP – PERITO CRIMINAL – VU- c) O mapeamento genético de povos africanos têm
NESP/2013) Assinale a alternativa correta quanto à re- sido negligenciados porque, segundo pesquisadores, o
gência nominal e verbal. acesso aos locais onde vivem é difícil e ocorre limita-
(A) Quando o bebedor tem consciência que precisa ções em razão de hábitos e de crenças.
de ajuda, não se opõe interromper e controlar o pro- d) Será importante para o tratamento de doenças
cesso destrutivo, o que lhe permitirá retomar o ritmo genéticas de populações, até mesmo as que se localiza
de uma vida saudável. em regiões distantes e de difícil acesso, os resultados
(B) Quando o bebedor tem consciência de que pre- obtidos nas mais recentes pesquisas.
cisa de ajuda, não se opõe de interromper e controlar o e) A reconstituição feita a partir de fósseis faciais
processo destrutivo, o que o permitirá retomar o ritmo mostram como deveria ser o rosto dos homens primiti-
de uma vida saudável. vos, ou seja, daqueles que teria dado origem às atuais
(C) Quando o bebedor tem consciência que preci- populações dos países europeus.
sa de ajuda, não se opõe em interromper e controlar
o processo destrutivo, o que lhe permitirá retomar o Fiz as correções entre parênteses e sublinhei os termos
ritmo de uma vida saudável. que se relacionam:
(D) Quando o bebedor tem consciência de que pre- a) Os dados obtidos nas pesquisas levam os especialis-
cisa de ajuda, não se opõe a interromper e controlar tas à conclusão de que um pequeno grupo de uma das tri-
o processo destrutivo, o que lhe permitirá retomar o bos africanas teria saído em busca de melhores condições
ritmo de uma vida saudável. de vida em lugares mais distantes.
(E) Quando o bebedor tem consciência de que pre- b) Pesquisas genéticas abre (abrem) caminho para
cisa de ajuda, não se opõe contra interromper e contro- a descoberta do tratamento de certas doenças, pois (se)
lar o processo destrutivo, o que o permitirá retomar o sabem-se (sabe) que pessoas de grupos diferentes reagem
ritmo de uma vida saudável. de forma diferenciada aos medicamentos.
c) O mapeamento genético de povos africanos têm
(A) Quando o bebedor tem consciência (de) que pre- (tem) sido negligenciados (negligenciado) porque, segun-
cisa de ajuda, não se opõe (a) interromper e controlar o do pesquisadores, o acesso aos locais onde vivem é difícil
processo destrutivo, o que lhe permitirá retomar o ritmo e ocorre (ocorrem) limitações em razão de hábitos e de
de uma vida saudável. crenças.
36
LEGISLAÇÃO I
d) Será (SERÃO) importante (IMPORTANTES) para o (D) Por isso, caíram em desuso.
tratamento de doenças genéticas de populações, até mes- (E) ... que um idioma mais forte (...) sufoque um
mo as que se localiza (localizam) em regiões distantes e de mais fraco.
difícil acesso, OS RESULTADOS obtidos nas mais recentes
pesquisas. “Sejam” – presente do Subjuntivo.
e) A reconstituição feita a partir de fósseis faciais mos- (A) ... cada um dos homens começou = pretérito per-
tram (mostra) como deveria ser o rosto dos homens primi- feito do Indicativo
tivos, ou seja, daqueles que teria (teriam) dado origem às (B) Se na Bíblia a pluralidade linguística era = pretérito
atuais populações dos países europeus. imperfeito do Indicativo
(C) ... guardam a alma = presente do Indicativo
RESPOSTA: “A”. (D) Por isso, caíram em desuso. = pretérito mais-que-
-perfeito do Indicativo
29-) (TRF/4ª REGIÃO – ODONTOLOGIA – FCC/2010) (E) ... que um idioma mais forte (...) sufoque um mais
Ao se reconstruir uma frase do texto, houve deslize fraco. = presente do Subjuntivo
quanto à concordância verbal em:
a) Deveram-se às manobras de desconversas, na de- RESPOSTA: “E”.
finição das tarefas dos países, o impasse final das nego-
ciações entabuladas em Copenhague. 31-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALU-
b) Sequer foi possível, na COP-15, estabelecer um NO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) Em qual
financiamento para os países pobres a quem coubesse das opções abaixo o acento indicativo de crase foi cor-
adotar políticas de mitigação das emissões. retamente indicado?
c) Se todos esperávamos um bom acordo na COP- A) O dia fora quente, mas à noite estava fria e es-
15, frustrou-nos o que dela acabou resultando. cura.
d) Acabou culminando num final dramático, naque- B) Ninguém se referira à essa ideia antes.
le 18 de dezembro de 2009, o período de duas semanas C) Esta era à medida certa do quarto.
de acaloradas discussões. D) Ela fechou a porta e saiu às pressas.
e) Às nações pobres propôs-se uma ajuda de US$ 30 E) Os rapazes sempre gostaram de andar à cavalo.
bilhões, medida a que não deu aval nenhum dos países
insatisfeitos com as conversas finais. A) O dia fora quente, mas à noite = mas a noite (artigo
e substantivo. Diferente de: Estudo à noite = período do
Fiz as correções entre parênteses e sublinhei os termos dia)
que se relacionam: B) Ninguém se referira à essa ideia antes.= a essa (an-
a) Deveram-se (deveu-se) às manobras de desconversas, tes de pronome demonstrativo)
na definição das tarefas dos países, o impasse final das ne- C) Esta era à medida certa do quarto. = a medida (arti-
gociações entabuladas em Copenhague. go e substantivo, no caso. Diferente da conjunção propor-
b) Sequer foi possível, na COP-15, estabelecer um fi- cional: À medida que lia, mais aprendia)
nanciamento para os países pobres a quem coubesse ado- D) Ela fechou a porta e saiu às pressas. = correta (ad-
tar políticas de mitigação das emissões. vérbio de modo = apressadamente)
c) Se todos esperávamos um bom acordo na COP-15, E) Os rapazes sempre gostaram de andar à cavalo. =
frustrou-nos o que dela acabou resultando. palavra masculina
d) Acabou culminando num final dramático, naquele
18 de dezembro de 2009, o período de duas semanas de RESPOSTA: “D”.
acaloradas discussões.
e) Às nações pobres propôs-se uma ajuda de US$ 30 32-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE
bilhões, medida a que não deu aval nenhum dos países COMUNITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) Quanto ao
insatisfeitos com as conversas finais. emprego da(s) vírgula(s), assinale a alternativa em que
a frase está escrita corretamente, de acordo com a nor-
RESPOSTA: “A”. ma-padrão da língua portuguesa.
(A) Câmeras e fotocopiadoras quando utilizadas,
30-) (METRÔ/SP – AGENTE DE ESTAÇÃO – FCC/2010 produzem radiação ultravioleta para gerar luz.
- ADAPTADA) ... estima-se que sejam 20 línguas. (B) Câmeras e fotocopiadoras, quando utilizadas,
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que produzem radiação ultravioleta para gerar luz.
o grifado acima está na frase: (C) Câmeras e fotocopiadoras, quando utilizadas
(A) ... cada um dos homens começou a falar uma produzem radiação ultravioleta para gerar, luz.
língua diferente... (D) Câmeras e fotocopiadoras quando utilizadas,
(B) Se na Bíblia a pluralidade linguística era uma produzem radiação ultravioleta para gerar, luz.
condenação... (E) Câmeras e fotocopiadoras, quando utilizadas,
(C) ... guardam a alma de um povo, sua história, produzem, radiação ultravioleta para gerar luz.
seus costumes e conhecimentos...
37
LEGISLAÇÃO I
Como os itens possuem o mesmo texto, não identifi- 35-) (TRF/4ª REGIÃO – ODONTOLOGIA – FCC/2010)
quei as incorreções nos demais, já que a alternativa correta O verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma
indica quais são as pontuações inadequadas. forma do plural para preencher de modo correto a la-
cuna da frase:
RESPOSTA: “B”. a) Orson Welles talvez não imaginasse o risco da
tragédia que ...... (poder) provocar as dramatizações de
(PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMU- sua transmissão radiofônica.
NITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) Leia o poema para b) Quaisquer que sejam as técnicas, não lhes ......
responder às questões de números 33 e 34. (caber) determinar por si mesmas o sentido que ganha-
rá sua aplicação.
DA DISCRIÇÃO c) Muito do que se ...... (prever) nos usos de uma
Mário Quintana nova técnica depende, para realizar-se, do que se cha-
Não te abras com teu amigo ma “vontade política”.
Que ele um outro amigo tem. d) Nenhuma das vantagens que ...... (oferecer) a
E o amigo do teu amigo tecnologia mais ousada é capaz de satisfazer as aspira-
Possui amigos também... ções humanas.
(http://pensador.uol.com.br/poemas_de_amizade) e) Quando não se ...... (reconhecer) nas ciências
o bem que elas nos trazem, as saídas místicas surgem
33-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE como solução.
COMUNITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) De acordo
com o poema, é correto afirmar que a) Orson Welles talvez não imaginasse o risco da tragé-
(A) não se deve ter amigos, pois criar laços de ami- dia que ... (poder) provocar as dramatizações = poderiam
zade é algo ruim. b) Quaisquer que sejam as técnicas, não lhes ... (caber)
(B) amigo que não guarda segredos não merece = cabe (não cabe a elas...)
c) Muito do que se ...... (prever) nos usos = prevê
respeito.
d) Nenhuma das vantagens que ...... (oferecer) a tecno-
(C) o melhor amigo é aquele que não possui outros
logia = oferece
amigos.
e) Quando não se ...... (reconhecer) = reconhece
(D) revelar segredos para o amigo pode ser arris-
cado.
RESPOSTA: “A”.
(E) entre amigos, não devem existir segredos.
36-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALU-
Pela leitura do poema identifica-se, apenas, a informa-
NO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012 - ADAP-
ção contida na alternativa: revelar segredos para o amigo TADA) “É justo RECONHECER que medidas vêm sendo
pode ser arriscado. tomadas no sentido de reverter o quadro atual.”
A oração destacada exerce, em relação à primeira,
RESPOSTA: “D”. a função de:
A) sujeito.
34-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE B) objeto direto.
COMUNITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) No verso – C) objeto indireto.
Não te abras com teu amigo – o verbo em destaque foi D) aposto.
empregado em sentido figurado. E) predicativo.
Assinale a alternativa em que esse mesmo verbo
“abrir” continua sendo empregado em sentido figura- Se substituirmos a oração “reconhecer” pelo prono-
do. me “isso” teremos: É justo isso, ou, ISSO é justo. Temos um
(A) Ao abrir a porta, não havia ninguém. exemplo de oração subordinada substantiva subjetiva - re-
(B) Ele não pôde abrir a lata porque não tinha um duzida de infinitivo (função de sujeito da oração principal).
abridor.
(C) Para aprender, é preciso abrir a mente. RESPOSTA: “A”.
(D) Pela manhã, quando abri os olhos, já estava em
casa.
(E) Os ladrões abriram o cofre com um maçarico.
RESPOSTA: “C”.
38
ATUALIDADES
I: Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, economia, sociedade, edu-
cação, saúde, arte e cultura, tecnologia, energia, conjuntura geopolítica, desenvolvimento sustentável e ecologia, nos
contextos nacional e internacional, suas inter-relações e suas vinculações históricas................................................................. 01
ATUALIDADES
1
ATUALIDADES
Migliaccio: O senhor Aldemir Bendine eu não conheço “Trata-se de um sistema [o atual] voltado para o en-
e o senhor André, eu não sei se é esse o nome, mas eu carceramento e para a contenção antecipada de pessoas,
imagino que sim sem julgamento definitivo. Como resultado, cria-se um am-
Moro: O senhor pode esclarecer? biente propício para as revoltas e as rebeliões”, justificou
Migliaccio: Ele foi à minha sala algumas vezes no escri- Anastasia.
tório pra saber dos pagamentos Mudanças
Moro: Desses pagamentos? Entre outros pontos, a proposta prevê que:
Migliaccio: É. O trabalho do condenado passa a ser visto como parte
Moro: O senhor mencionou que esse setor foi desman- integrante do programa de recuperação do preso, e não
telado, mas esses pagamentos que foram lhe mostrados como benesse, e passa a ser remunerado com base no sa-
[pagamentos ao codinome Cobra] pelo Ministério Público, lário mínimo cheio, não mais com base em 75% do salário
pela procuradora, esse pagamentos foram feitos pelo setor mínimo;
de operações estruturadas? estabelecimentos penais serão compostos de espaços
Migliaccio: Sim. Quer fizer, eu não tenho certeza se to- reservados para atividades laborais;
dos eles, mas se está no sistema, que eu não tenho mais gestores prisionais deverão implementar programas de
domínio, nunca mais vi, se está lá é porque foi feito. incentivo ao trabalho do preso, procurando parcerias junto
Outro lado às empresas e à Administração Pública
Em nota, a defesa de Aldemir Bendine afirmou que ele deverão ser ampliadas as possibilidades de conversão
não recebeu qualquer valor. Os advogados de André Gus-
da prisão em pena alternativa;
tavo Vieira não foram encontrados para comentar o teor
entre as formas de trabalho para presos, a preferência
do depoimento.
para o trabalho de produção de alimentos dentro do presí-
Fonte: G1.com/ Acessado em 10/2017
dio, como forma de melhorar a comida;
SENADO APROVA REFORMA DA LEI DE EXECUÇÃO deverão ser incluídos produtos de higiene entre os
PENAL; PROJETO VAI À CÂMARA itens de assistência material ao preso;
PROPOSTA FOI ELABORADA POR COMISSÃO DE deverá ser informatizado o acompanhamento da exe-
JURISTAS CRIADA PARA DEBATER O TEMA. ENTRE AS cução penal.
MUDANÇAS, ESTÁ O ESTABELECIMENTO DE LIMITE
MÁXIMO DE OITO PRESOS POR CELA. O texto também promove alterações na lei que institui
o sistema nacional de políticas públicas sobre drogas.
Senado aprovou nesta quarta-feira (4) um projeto que No ponto sobre consumo pessoal, a proposta estabe-
promove uma reforma da Lei de Execução Penal. lece que compete ao Conselho Nacional de Política sobre
Entre as mudanças previstas na proposta, está a defi- Drogas, em conjunto com o Conselho Nacional de Política
nição de limite máximo de oito presos por cela. A redação Criminal e Penitenciária, estabelecer os indicadores refe-
em vigor da lei, que é de 1984, prevê que o condenado renciais de natureza e quantidade da substância apreendi-
“será alojado em cela individual”, situação rara nos presí- da, compatíveis com o consumo pessoal.
dios brasileiros. Cumprimento de pena
Pela proposta, “em casos excepcionais”, serão admiti- A proposta também prevê a possibilidade do cumpri-
das celas individuais. mento de pena privativa de liberdade em estabelecimento
A medida também possibilita, como direito do preso, a administrado por organização da sociedade civil, observa-
progressão antecipada de regime no caso de presídio su- das as vedações estabelecidas na legislação, e cumpridos
perlotado (veja mais detalhes da proposta abaixo). os seguintes requisitos:
O projeto é derivado de uma comissão de juristas cria- Aprovar projeto de execução penal junto ao Tribunal
da pelo Senado para debater o tema. A proposta segue de Justiça da Unidade da Federação em que exercerá suas
agora para análise da Câmara dos Deputados. atividades;
A comissão trabalhou pautada em seis eixos: cadastrar-se junto ao Departamento Penitenciário Na-
Humanização da sanção penal; cional (Depen);
efetividade do cumprimento da sanção penal;
habilitar-se junto ao órgão do Poder Executivo com-
ressocialização do sentenciado;
petente da Unidade da Federação em que exercerá suas
desburocratização de procedimentos;
atividades;
informatização;
encaminhar, anualmente, ao Depen, relatório de reinci-
previsibilidade da execução penal.
Entre os objetivos do projeto, está a tentativa de de- dência e demais informações solicitadas;
sinchar o sistema penitenciário no país. Para o relator da submeter-se à prestação de contas junto ao Tribunal de
proposta, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG),o atual Contas da Unidade da Federação em que desenvolva suas
sistema carcerário não está “estruturado para cumprir a sua atividades.
missão legal: ressocializar”. Fonte: G1.com/ Acessado em 10/2017
2
ATUALIDADES
CONGRESSO PROMULGA EMENDA QUE EXTINGUE Eleições de 2030 - Os partidos terão de obter, nas elei-
COLIGAÇÕES EM 2020 E CRIA CLÁUSULA DE BARREIRA ções para a Câmara, pelo menos 3% dos votos válidos, dis-
COM A PROMULGAÇÃO, CLÁUSULA DE DESEMPE- tribuídos em, no mínimo, um terço das unidades da fede-
NHO ELEITORAL PARA ACESSO DE PARTIDOS A RECUR- ração, com ao menos 2% dos votos válidos em cada uma
SOS DO FUNDO PARTIDÁRIO E AO TEMPO GRATUITO delas; ou ter eleito pelo menos 15 deputados, distribuídos
DE RÁDIO E TV VALERÁ A PARTIR DAS ELEIÇÕES DE em pelo menos um terço das unidades da federação.
2018. Levantamento feito pelo G1 mostrou que, se as regras
previstas para 2018 estivessem em vigor nas eleições de
O Congresso Nacional promulgou, em sessão solene 2014, 14 partidos que hoje possuem acesso ao Fundo Par-
nesta quarta-feira (4), a Emenda Constitucional que cria tidário e ao tempo gratuito de rádio e TV perderiam esses
uma cláusula de desempenho, a partir de 2018, para as le- direitos.
gendas terem acesso ao Fundo Partidário e ao tempo gra- Entre os partidos que teriam sido afetados caso a regra
tuito de rádio e TV. estivesse valendo na eleição de 2014, seis têm atualmente
O texto também prevê o fim das coligações proporcio- representantes na Câmara: PEN, PHS, PRP, PSL, PT do B e
nais, a partir das eleições de 2020. Podemos (antigo PTN).
A alteração à Constituição foi aprovada nesta terça-fei- Outros oito, que não elegeram deputados em 2014,
ra (3) pelo Senado. As votações dos dois turnos da pro- também seriam atingidos: PCB, PCO, PMN, PPL, PRTB,
posta na Casa aconteceram em menos de 30 minutos. Na PSDC, PSTU e PTC.
semana passada, o texto havia sido aprovado pela Câmara. O levantamento não levou em consideração as legen-
A classe política tem pressa na aprovação de novas re- das criadas após 2014 e que têm bancadas na Câmara:
gras eleitorais. Isso porque, para valerem em 2018, as mo- Rede e PMB.
dificações precisam passar pelo Congresso até a próxima A proposta atual foi flexibilizada com relação à que foi
sexta-feira (6), um ano antes das próximas eleições. aprovada pelo Senado em 2016. Se prevalecesse a versão
Com a promulgação, a cláusula de desempenho eleito- original do texto, 19 partidos seriam barrados. Siglas tradi-
ral para acesso de partidos a recursos do Fundo Partidário cionais, como o PPS e o PC do B, seriam afetadas. Outras,
e ao tempo gratuito de rádio e TV valerá a partir das elei- de criação mais recente, também seriam prejudicadas. É o
ções de 2018. caso de PSOL, PROS e PV.
A emenda tem origem no Senado, onde foi aprovada A flexibilização da cláusula de barreira foi necessária
em 2016. No entanto, durante análise na Câmara, os de-
para que a proposta pudesse ser aprovada na Câmara.
putados promoveram mudanças e flexibilizaram o texto, o
Diante do prazo exíguo, os senadores aceitaram o texto
que levou o projeto para uma nova análise dos senadores.
modificado pelos deputados para garantir que a cláusula
Cláusula de desempenho
valha em 2018.
O texto estabelece a chamada cláusula de desempe-
Fim das coligações
nho nas urnas para a legenda ter acesso ao Fundo Partidá-
A emenda acaba com as coligações partidárias a partir
rio e ao tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV.
de 2020. Para 2018, continuam valendo as regras atuais, em
Como transição, até 2030, a cláusula de barreira crescerá
que os partidos podem se juntar em alianças para disputar
gradualmente. Nas eleições posteriores a 2030, o desem-
a eleição e somar os tempos de rádio e televisão e podem
penho mínimo exigido seria o mesmo do pleito de 2030.
Saiba abaixo os critérios: ser desfeitas passado o pleito. As coligações também são
Eleições de 2018 - Os partidos terão de obter, nas elei- levadas em conta na hora da divisão das cadeiras. Hoje,
ções para deputado federal, pelo menos 1,5% dos votos deputados federais e estaduais e vereadores são eleitos no
válidos, distribuídos em, no mínimo, um terço das unidades modelo proporcional com lista aberta.
da federação, com ao menos 1% dos votos válidos em cada É feito um cálculo para a distribuição das vagas com
uma delas; ou ter eleito pelo menos 9 deputados, distribuí- base nos votos no candidato e no partido ou coligação. São
dos em, no mínimo, um terço das unidades da federação. eleitos os mais votados nas legendas ou nas coligações.
Eleições de 2022 - Os partidos terão de obter, nas elei- Federações partidárias
ções para a Câmara, pelo menos 2% dos votos válidos, dis- Além de abrandar a cláusula de barreira, os deputados
tribuídos em, no mínimo, um terço das unidades da fede- excluíram do projeto a possibilidade de partidos com afi-
ração, com ao menos 1% dos votos válidos em cada uma nidade ideológica se unirem em federações. A medida era
delas; ou ter eleito pelo menos 11 deputados, distribuídos uma saída para substituir, em parte, as coligações.
em, no mínimo, um terço das unidades da federação. Na prática, o fim das federações deverá prejudicar par-
Eleições de 2026 - Os partidos terão de obter, nas tidos pequenos que contam com as alianças com outras
eleições para a Câmara, pelo menos 2,5% dos votos váli- legendas para somar o tempo de rádio e TV e para garantir
dos, distribuídos em, no mínimo, um terço das unidades cadeiras na Câmara e nas Assembleias.
da federação, com ao menos 1,5% dos votos válidos em A proposta era que os partidos com programas afins
cada uma delas; ou ter eleito pelo menos 13 deputados, pudessem se juntar em federações. As legendas teriam de
distribuídos em, no mínimo, um terço das unidades da fe- atuar juntas não apenas durante as eleições, mas como um
deração. bloco parlamentar durante toda a legislatura.
3
ATUALIDADES
A ideia era garantir maior coesão entre os partidos, já O fundo público para abastecer as campanhas é uma
que atualmente siglas com pouca afinidade formam coli- medida alternativa ao financiamento empresarial de cam-
gações e as desfazem após as eleições. Desse modo, se panha, proibido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em
juntos atingissem as exigências da cláusula de desempe- 2015.
nho, não perderiam o acesso ao Fundo Partidário e ao tem- No começo da discussão, o Congresso chegou a cogi-
po de rádio e TV. tar um fundo que chegaria a R$ 3,6 bilhões. A articulação
Janela partidária foi encabeçada pelo líder do governo no Senador, Romero
Durante análise na Câmara, os deputados também re- Jucá (PMDB-RR), com apoio de partidos da oposição, como
tiraram do texto um trecho que acabava com a janela parti- o PT, PDT e PCdoB.
dária seis meses antes da eleição. Com isso, ficam mantidas . A sessão que aprovou a proposta foi tumultuada. O
as regras atuais em que os detentores de mandato eletivo principal protesto dos deputados foi pelo fato de a votação
podem mudar de partido no mês de março do ano eleitoral do texto-base do projeto ter sido simbólica. Um dos que
sem serem punidos com perda do mandato. protagonizaram a confusão foi o deputado Júlio Delgado
Fonte: G1.com/ Acessado em 10/2017 (PSB-MG). Ele foi à tribuna e classificou como “vergonha”
a votação ter sido nominal. Para ele, os deputados que
GEDDEL, SAUD E FUNARO PROMOVEM BARRACO apoiam o fundo não quiseram deixar a “digital” na aprova-
COM AMEAÇAS DE MORTE NA PAPUDA ção da medida.
A prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, do opera- Fonte: O estadão. Acessado em 10/2017
dor Lúcio Funaro e de Ricardo Saud, executivo da JBS, tem
provocado uma sessão de gritaria no presídio da Papuda, PF AUTUA BATTISTI EM FLAGRANTE POR EVASÃO
em Brasília, onde estão recolhidos. Segundo relatos, Funaro DE DIVISAS E LAVAGEM DE DINHEIRO
aguarda o fim do banho de sol e antes de voltar para a cela A Polícia Federal indiciou o ativista italiano Cesare Bat-
manda aos gritos recado para Saud, preso do outro lado: tisti por evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Battisti
“Saud, vou te matar”, aterroriza o delator que o entregou. foi preso em flagrante nesta quarta-feira, 4, quando estava
tentando atravessar a fronteira para a Bolívia com US$ 6
Do seu lado “do muro”, Geddel faz coro: “Saud, também
mil – quantia superior a R$ 10 mil em dinheiro.
vou te matar”. Saud devolve as provocações, mas só para
Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália sob
Geddel. “Cala boca, seu gordo!”
acusação de quatro assassinatos. No último dia de seu se-
No seu quadrado. Os três estão separados e não se en-
gundo mandato, em 2012, o então presidente Lula assinou
contram no banho de sol, justamente para evitar que cum-
decreto no qual negou ao governo italiano o pedido de
pram a promessa. Há, inclusive, revezamento entre os ad-
extradição do ativista.
vogados para que eles não se esbarrem nem no parlatório.
O italiano não teria declarado o dinheiro. Os federais
Fonte: O estadão. Acessado em 10/2017
querem saber o que o ativista pretendia fazer com a quan-
tia no país vizinho.
CÂMARA GARANTE FUNDO BILIONÁRIO PARA Após ser detido, segundo a PF, ‘agentes da Delegacia
ABASTECER CAMPANHAS EM 2018 de Corumbá averiguaram a situação em que Battisti se en-
Em uma sessão tumultuada, a Câmara aprovou na noi- contrava na região de fronteira’.
te desta quarta-feira, 4, o projeto que cria um fundo pú- Em 27 de setembro, os advogados de Battisti entraram
blico bilionário para financiar as campanhas do ano que com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF)
vem. Assim que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia para barrar a possibilidade de extradição, deportação ou
(DEM-RJ), proclamou o resultado, deputados protestaram expulsão pelo presidente da República. O relator é o minis-
contra a votação e quase partiram para a agressão física. tro Luiz Fux. Battisti teve sua extradição pedida pela Itália.
O texto segue agora para a sanção presidencial. Para Em 2011, o Supremo arquivou uma Reclamação ajuiza-
que os partidos possam ter acesso ao dinheiro para realizar da pelo governo da Itália contra o ato de Lula, e determi-
o processo eleitoral em 2018, as novas regras têm de ser nou a soltura do italiano.
sancionadas pelo presidente Michel Temer até 7 de outu- A defesa de Battisti sustenta que, desde então, têm ha-
bro. vido ‘várias tentativas ilegais’ de remetê-lo para o exterior
Apesar de os parlamentares afirmarem que o fundo por meio de outros mecanismos, como a expulsão e a de-
será de R$ 1,7 bilhão, o texto não estabelece um teto para portação.
o valor, e sim um piso, ao dizer que o fundo será “ao menos Desde 2016, com as mudanças ocorridas no Poder Exe-
equivalente” às duas fontes estabelecidas pelo projeto. cutivo, os advogados afirmam que há notícias de que o
A proposta estabelece que pelo menos 30% do va- governo italiano pretende intensificar as pressões sobre o
lor das emendas de bancadas sejam direcionadas para as governo brasileiro para obter a extradição.
campanhas eleitorais. A segunda fonte de recursos virá da O alegado risco levou à impetração do HC 136898,
transferência dos valores de compensação fiscal cedidos às que teve seguimento negado. Naquele habeas corpus, o
emissoras de rádio e televisão que transmitem propagan- ministro Luiz Fux entendeu que não havia ato concreto de
das eleitorais, que serão extintas. O horário eleitoral duran- ameaça ou restrição ilegal do direito de locomoção que
te o período de campanha, no entanto, foi mantido. justificasse a concessão da ordem.
4
ATUALIDADES
No novo HC, a defesa argumenta que, segundo notí- diplomados, bem como para as que se realizarem nos oito
cias veiculadas recentemente, há um procedimento sigiloso anos seguintes. A legislação anterior previa um prazo de
em curso visando à revisão do ato presidencial que negou apenas três anos. Em 2011, o STF decidiu que a Lei da Ficha
a extradição em 2010. Limpa valeria apenas a partir das eleições de 2012.
Os advogados também informam que Battisti tem soli- “Jamais vi uma situação idêntica em que se coloca em
citado certidões e informações ao Ministério Público Fede- segundo plano, de forma clara, ostensiva, a segurança ju-
ral, Ministério da Justiça, Ministério das Relações Exteriores rídica. A sociedade não pode viver em sobressaltos, muito
e Casa Civil a fim de obter cópias de procedimentos sobre menos sobressaltos provocados pelo Supremo. Retroação
ele, mas até o momento nenhuma informação foi prestada. da lei, pra mim, é o fim em termos de Estado Democrático
Outro argumento é a existência de ação civil pública pela de Direito”, disse o ministro Marco Aurélio Mello, que votou
qual o Ministério Público pretende a declaração da nulida- nesta quarta-feira contra a retroatividade da lei.
de do ato que concedeu visto de permanência a Battisti, e, “A questão é muito séria, porque inaugura mediante
consequentemente, sua deportação. a voz do Supremo o vale tudo, que não se coaduna com
O juízo da 20ª Vara Federal do Distrito Federal julgou o Estado Democrático de Direito”, concluiu Marco Aurélio.
A aplicação do prazo de oito anos de inelegibilida-
procedente a ação e determinou a imediata prisão admi-
de para políticos condenados antes da publicação da Lei
nistrativa do italiano, mas a ordem foi suspensa liminar-
da Ficha Limpa também foi criticada pelo ministro Gilmar
mente pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Mendes.
Finalmente, alegam que Battisti casou-se com uma brasilei-
“Quando o legislador concebe mudanças – e são ne-
ra e tem um filho que depende econômica e afetivamente cessárias mudanças – é óbvio que faz pra frente. ‘Ah, mas
dele, o que impede a sua expulsão. nós queremos atingir fatos passados’. Então rasgue a Cons-
Apontando risco iminente e irreversível, a defesa pede tituição, porque isso não passa no teste inclusive do ato
a concessão de liminar para obstar eventual extradição, de- jurídico perfeito, da coisa julgada. ‘Ah, mas queremos apli-
portação ou expulsão a ser levada a efeito pelo presidente car o princípio da moralidade’. Isso é direito nazifascista,
da República. No mérito, pede-se a confirmação da liminar não tem nada a ver conosco, com o nosso sistema”, disse
ou a conversão do HC em reclamação a fim de preservar a Gilmar.
autoridade de decisão do STF que reconheceu que a nega- O plenário do STF se dividiu na questão. Além de Cár-
tiva de extradição é insindicável pelo Poder Judiciário (RCL men, votaram pela retroatividade do prazo de inelegibili-
11423), determinando-se assim o trancamento da ação civil dade os ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Edson Fachin, Dias
pública. Toffoli e Luís Roberto Barroso. Em sentido contrário se po-
Fonte: O estadão. Acessado em 10/2017 sicionaram Gilmar, Marco Aurélio, Lewandowski, Alexandre
de Moraes e o decano da Corte, Celso de Mello.
FICHA LIMPA ATINGE CONDENADOS ANTES DE A discussão girou em torno do caso do ex-vereador
2010, DECIDE STF Dilermando Fereira Soares contra decisão do Tribunal Su-
POR 6 A 5, MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FE- perior Eleitoral (TSE) que rejeitou o registro de sua candi-
DERAL NEGARAM RECURSO DO VEREADOR DE NOVA datura à reeleição no município de Nova Soure, na Bahia,
SOURE, NA BAHIA, QUE FOI BARRADO DAS ELEIÇÕES nas eleições de 2012. Como o caso tem repercussão geral,
DE 2012 POR UMA CONDENAÇÃO EM 2004, ANTES DA a tese a ser firmada nesta quinta-feira valerá para diversas
APROVAÇÃO DA LEI instâncias em todo o País.
Por 6 a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu Dilermando foi alvo de condenação judicial que tran-
nesta quarta-feira (4) que o prazo de oito anos de inelegi- sitou em julgado em 2004. Depois de cumprir o prazo de
bilidade fixado pela Lei da Ficha Limpa pode ser aplicado três anos de inelegibilidade baseado na legislação anterior,
inclusive para candidatos que tenham sido condenados conseguiu se eleger vereador em 2008. Em 2012, tentou a
reeleição, mas teve o registro de candidatura impugnado
antes da publicação da lei, em 2010. Com o plenário divi-
com base no novo prazo de oito anos de impedimento fi-
dido, coube à presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia,
xado pela Lei da Ficha Limpa, que já estava em vigor.
desempatar o placar e definir o resultado.
Fonte: O estadão. Acessado em 10/2017
Os ministros ainda definirão nesta quinta-feira (5) se
vão modular a decisão da Corte, o que poderia limitar o FUX NEGA LIMINAR E MANTÉM PROCESSO CON-
alcance do entendimento firmado no julgamento. O relator TRA SIMÃO JATENE POR CORRUPÇÃO
do caso, ministro Ricardo Lewandowski, alertou ao final da GOVERNADOR DO PARÁ, DENUNCIADO PELO MI-
sessão para o risco de prefeitos, vereadores e deputados NISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, TENTAVA POR MEIO DE
atualmente no exercício do mandato serem cassados. HABEAS CORPUS SUSPENDER AÇÃO EM QUE É ACUSA-
“Essa matéria foi exaustivamente analisada pelo Tribu- DO DE RECEBIMENTO DE ‘VANTAGENS INDEVIDAS’ DA
nal Superior Eleitoral, prevalecendo esse entendimento (de CERVEJARIA CERPA SOB ALEGAÇÃO DE PRESCRIÇÃO
retroatividade) de maneira correta”, disse Cármen Lúcia. O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, ne-
A Lei da Ficha Limpa prevê que são inelegíveis os can- gou liminar no Habeas Corpus (HC) 148138 por meio da
didatos condenados por abuso de poder econômico ou qual a defesa do governador do Pará, Simão Jatene (PSDB),
político para a eleição na qual concorrem ou tenham sido pedia para suspender processo no Superior Tribunal de
5
ATUALIDADES
Justiça (STJ) em que foi denunciado pela suposta prática de ALTA NAS VENDAS DE CARROS NOVOS NÃO IMPE-
corrupção passiva, pelo suposto recebimento de vantagens DE AUMENTO DE NEGOCIAÇÃO DE USADOS
indevidas da cervejaria Cerpa. PUXADAS PELOS SEMINOVOS, VENDAS DE VEÍ-
O relator não verificou um dos requisitos para a con- CULOS DE ‘SEGUNDA MÃO’ SOBEM 8,4% DE JANEIRO
cessão da medida cautelar – a plausibilidade jurídico do A SETEMBRO, NA COMPARAÇÃO COM 2016. AS DOS
pedido (fumus boni iuris). ZERO QUILÔMETRO ACUMULAM AUMENTO DE 8%.
As informações foram divulgadas no site do Supremo. O reaquecimento das vendas de carros zero no Brasil
Para a defesa de Jatene, o suposto crime apontado não impede que a procura pelos usados continue aumen-
pelo Ministério Público Federal ocorreu em setembro de tando.
2002, portanto, aplicando o prazo prescricional do artigo As negociações desses veículos cresceram 4,7% em se-
109, inciso III, do Código Penal (CP), a extinção da punibili- tembro, na comparação com 1 ano atrás, de acordo com
dade teria ocorrido em setembro de 2014. dados da federação dos distribuidores, a Fenabrave.
O relator do caso no STJ reconheceu monocraticamen- A entidade considera os registros de transferência de
te a prescrição da pretensão punitiva. documentos do Departamento Nacional de Trânsito (De-
Em exame de agravo regimental, no entanto, a Corte natran).
entendeu que o suposto crime teve continuação em 2003, De janeiro a setembro, foram negociados 7,9 milhões
quando Jatene, ao assumir o governo, teria repactuado a de automóveis e comerciais leves (picapes e furgões) usa-
proposta original para que o pagamento das vantagens in- dos, um volume 8,5% mais alto que o registrado no mesmo
devidas fosse feito em parcelas. período do ano passado.
Com isso, o STJ, levando em conta outros aspectos para Já as vendas de carros novos cresceram 7,9% sobre os
a definição da prescrição – como a incidência de causa de 9 primeiros meses de 2016, com 1,5 milhão de unidades.
aumento da pena referente a ocupação de função pública Base fraca
-, afastou a prescrição e manteve a tramitação do processo O aumento na venda dos zero quilômetro, no entan-
para posterior análise do recebimento da denúncia. to, é em relação a uma base mais fraca que a dos carros
O ministro Luiz Fux apontou que ‘a matéria de fundo usados, que, no ano passado, terminaram com estabilidade
do habeas exige uma análise mais detida, pois a pretensão sobre 2015, enquanto as vendas de carros novos caíram
da defesa impõe a avaliação aprofundada entre os fatos ainda mais.
citados na denúncia e o que foi decidido pelo STJ’. Segundo a Fenabrave, a cada 4 automóveis zero qui-
O ministro lembrou ainda que ‘a concessão de medida lômetro emplacados em setembro último, 6 usados foram
cautelar pressupõe o atendimento concomitante dos re- negociados. A entidade diz que uma média normal é de 1
quisitos do fumus boni iuris e do perigo da demora, não para 3.
tendo sido demostrado, de plano, o preenchimento do pri- Seminovos lideram
meiro requisito’. Quando analisada a venda por “idade” dos veículos
Fonte: O estadão. Acessado em 10/2017 usados, os seminovos, como são chamados os que têm até
3 anos rodados, foram os únicos a registrar alta no mês
ECONOMIA passado, segundo a Fenauto, federação que também con-
LATAM VENDE SUBSIDIÁRIA DE SERVIÇOS NO CHI- tabiliza dados do segmento.
LE POR US$ 38,4 MILHÕES Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
OPERAÇÃO VAI RENDER À EMPRESA UM LUCRO DE
US$ 20 MILHÕES NO BALANÇO DO QUARTO TRIMES- GOVERNO DIZ QUE ABASTECIMENTO DE ELETRICI-
TRE DESTE ANO, INFORMOU A COMPANHIA. DADE ESTÁ ASSEGURADO APESAR DE SECA
O grupo aéreo Latam anunciou nesta quinta-feira (5) NO FIM DO PERÍODO SECO, HIDRELÉTRICA DE SO-
que assinou acordo de venda de 100% do capital da em- BRADINHO, NO RIO SÃO FRANCISCO, TERÁ ARMAZE-
presa de serviços aeroportuários Andes Aiport Services SA, NAMENTO ZERO, APONTAM ESTIMATIVAS DO COMITÊ
que era controlado pela holding, para a Acciona Airport DE MONITORAMENTO DO SETOR ELÉTRICO (CMSE)
Services SA por 24,3 bilhões de pesos chilenos (US$ 38,4 Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE)
milhões). afirmou nesta quarta-feira (4) que as condições de abas-
A operação vai render à Latam um lucro de US$ 20 mi- tecimento de energia elétrica no país estão asseguradas,
lhões no balanço do quarto trimestre deste ano, informou apesar das previsões de chuvas abaixo da média em gran-
a companhia em comunicado. de parte das regiões de hidrelétricas do Brasil e dos níveis
De acordo com o texto, a Andes Aiport Services SA rea- críticos dos reservatórios do Nordeste.
liza serviços aeroportuários, como manuseio de bagagens, Segundo nota do órgão formado por autoridades
abastecimento de combustível, limpeza e suprimento de da área de energia do governo após reunião nesta quar-
alimentos e bebidas nas aeronaves. ta-feira, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)
Juntamente com a venda, foi assinado acordo por meio apresentou simulações atualizadas de expectativa de ar-
do qual a Andes Aiport Services vai continuar atendendo a mazenamento nas hidrelétricas Três Marias e Sobradinho
Latam em Santiago por pelo menos cinco anos. ao longo do período seco, utilizando os piores cenários de
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 afluências verificados no histórico, “que têm se aproximado
da realidade vivenciada atualmente”.
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ATUALIDADES
E os resultados apontam para o atingimento dos níveis O superintendente da área financeira do BNDES, Selmo
de armazenamento, ao final do período seco, em novem- Aronovich, afirmou que espera que no último trimestre de
bro de 2017, de 4,2% na hidrelétrica de Três Marias e de 2017 os desembolsos operem em no mínimo R$ 10 bilhões
zero para Sobradinho, no rio São Francisco. ao mês. “A média do último trimestre será de pelo menos
Ainda assim, com a região Nordeste sendo suprida por 10 bilhões de reais...Concessões, retomada da economia e
outras fontes de energia, como eólica e térmica, o CMSE juros baixos justificam esse otimismo”, disse o superinten-
avalia que é zero o risco de qualquer déficit de energia em dente à Reuters.
2017 para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordes- Segundo Freitas, as consultas de interessados em em-
te. préstimos do BNDES “estão melhorando razoavelmente
Com base nos resultados apresentados pelo ONS para bem, por isso a expectativa de desembolso para o ano que
diferentes cenários de período úmido, o CMSE reiterou a vem é de entre 110 bilhões e 120 bilhões de reais”, afirmou
importância de que sejam adotadas medidas necessárias ele citando as Finame e para capital de giro. A expectativa
para preservação dos estoques dos reservatórios das usi- é baseada em um crescimento do PIB de 3% a 4% em 2018.
nas hidrelétricas do Rio São Francisco, a fim de proporcio- O diretor da área financeira comentou que o ban-
nar segurança hídrica para a bacia no próximo ano. co deve captar entre 2 bilhões e 3 bilhões de dólares nos
Para o final de novembro de 2017, quando tipicamen- mercados externos em 2018, como forma de fazer frente a
obrigações de desembolsos e atender em parte à chamada
te se inicia o replecionamento dos reservatórios devido ao
do governo federal para devolver recursos ao Tesouro.
aumento das afluências, a expectativa é que os armazena-
“Hoje é possível captar 2 bilhões a 3 bilhões (de dóla-
mentos equivalentes dos subsistemas Sul, Nordeste e Nor-
res) no exterior...Obviamente, o banco vai se voltar a cap-
te atinjam valores inferiores aos verificados em 2014, ano
tações externas, que é mais barato, porém não tão barato
mais crítico do histórico recente. quando o dinheiro que veio do Tesouro Nacional”, disse
O subsistema Sudeste/Centro-Oeste deve alcançar ar- Freitas.
mazenamento próximo ao verificado em 2014, segundo o Ele estimou que em nome da prudência bancária o BN-
CMSE. DES precisa ter em caixa, livre e disponível em 2018, 8 por
Dessa forma, “o CMSE reiterou a importância de viabi- cento do total das operações ativas, o equivalente a um
lização de recursos adicionais de usinas termelétricas que “caixa prudencial entre 60 e 70 bilhões” de reais. O banco
se encontram no momento operacionalmente disponíveis, tinha em caixa até final de agosto cerca de R$ 170 bilhões,
porém sem combustível”. sendo que boa parte dos recursos já estava comprometida
“Assim, o Comitê encaminhará correspondência à Pe- em financiamentos.
trobras solicitando gestão da empresa no sentido de viabi- Mais cedo, o presidente do BNDES, Paulo Rabello de
lizar o fornecimento de combustível a essas usinas”, disse Castro, afirmou durante evento em São Paulo que a devo-
a nota, sem identificar motivos para a falta de combustível. lução em 2018 de 130 bilhões de reais cobrada do banco
No caso de uma operação térmica da Eletrobras no pelo governo “é materialmente improvável”.
Norte do país, a Petrobras tem sido forçada por decisão Questionado a respeito das demandas do governo,
judicial a fornecer o combustível, uma vez que a estatal do Freitas lembrou que como o Brasil mergulhou em crise em
setor elétrico tem uma dívida bilionária com a petroleira, 2015 e 2016, a demanda por recursos do banco foi fraca e
que tem se negado a vender o produto. por isso os valores que o BNDES tem a receber nos próxi-
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 mos meses também será fraca. “Vai haver uma defasagem
de uma volta fraca e demanda forte. Temos que atentar a
BNDES ESPERA DESEMBOLSOS DE R$ 110 BILHÕES isso e o banco tem que ter caixa mínimo”, disse o diretor.
A R$ 120 BILHÕES EM 2018 Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
VALOR REPRESENTA UM CRESCIMENTO DE ATÉ
50% EM RELAÇÃO AOS R$ 80 BILHÕES PREVISTOS FUNDO DE PENSÃO DA CAIXA DECIDE VENDER FA-
PARA ESTE ANO. TIA NA ELDORADO
J&F FECHOU EM SETEMBRO ACORDO DE VENDA
Os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvi-
DO CONTROLE DA ELDORADO PARA O GRUPO HOLAN-
mento Econômico e Social (BNDES) devem oscilar entre R$
DÊS PAPER EXCELLENCE POR CERCA DE R$ 15 BILHÕES.
110 bilhões e R$ 120 bilhões em 2018, um crescimento de
A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Cai-
até 50% em relação aos R$ 80 bilhões previstos para este
xa Econômica Federal, anunciou nesta quarta-feira (4) que
ano, disse nesta quarta-feira (4) o diretor da área financeira decidiu exercer o direito de vender a participação de 8,53%
da instituição, Carlos Thadeu de Freitas. na Eldorado Brasil Celulose. Segundo a agência Reuters, o
“Hoje, o que puxa a economia ainda é o consumo, ape- valor da operação é avaliado em cerca de R$ 650 milhões.
sar de restrições, mas no ano que vem será o investimento O fundo de pensão innveste na Eldorado por meio de
que está num patamar pífio”, disse Freitas em entrevista à cotas do fundo de investimento FIP Florestal.
Reuters. “A Fundação agora iniciará as negociações do contrato
Neste ano até agosto, os desembolsos do BNDES so- de compra e venda de cotas com a Paper Excellence, em-
mam cerca de R$ 45 bilhões, com isso, a expectativa do presa com sede na Holanda que fez uma oferta para adqui-
banco é de uma aceleração nos últimos meses do ano. rir a fabricante de celulose”, informou a Funcef.
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ATUALIDADES
No dia 2 de setembro, o grupo J&F, holding que con- O acordo prevê que a Petrobras deverá gastar R$ 12,8
trola a JBS, anunciou que fechou acordo de venda do con- bilhões ao longo de 18 anos para equacionar o déficit do
trole da Eldorado para o grupo holandês Paper Excellence Petros. Apenas no primeiro ano, o desembolso previsto
por cerca de R$ 15 bilhões. para a empresa será de R$ 1,4 bilhão. Já a BR Distribuidora
A Funcef, assim como a Petros, fundo de pensão dos entrará com R$ 900 milhões.
empregados da Petrobras, tinham o direito de exercer sua Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
opção de venda na companhia em até 30 dias.
Atualmente, a J&F detém 80,98% do capital da Eldo- UBER LIMITA PODER DO EX-PRESIDENTE E ABRE
rado. A fatia restante pertence a Petros (8,53%), Funcef ESPAÇO PARA INVESTIMENTO DE GRUPO JAPONÊS
(8,53%) e FIP Olimpia (1,96%). AS ALTERAÇÕES NA POLÍTICA DE GESTÃO APRO-
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 VADAS PELA DIRETORIA, QUE DEPENDEM DO INVES-
TIMENTO DO SOFTBANK, INCLUEM A ELIMINAÇÃO DO
DÉFICIT ACUMULADO DE FUNDOS DE PREVI- ‘SUPER-VOTO’ DE ALGUMAS AÇÕES, COMO AS CON-
DÊNCIA COMPLEMENTAR SOBE PARA R$ 77,6 BI, DIZ TROLADAS POR KALANICK.
ABRAPP O conselho de administração do Uber aprovou em re-
PARA O PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA união nesta terça-feira (3) um plano que reduz a influência
DAS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COM- do ex-presidente executivo da empresa Travis Kalanick e
PLEMENTAR, SITUAÇÃO DO POSTALIS É EXCEÇÃO E abre a porta para um investimento colossal do grupo de
SISTEMA ESTÁ BEM CAPITALIZADO. telecomunicações japonês SoftBank.
O déficit acumulado dos fundos fechados de previdên- A proposta adotada pela diretoria do Uber também
cia complementar subiu para R$ 77,6 bilhões em junho, promete acabar com os confrontos entre partidários de
ante R$ 71,7 bilhões no fim de 2016, informou nesta quar- Kalanick e investidores que suspeitam que o fundador da
ta-feira (4) a Associação Brasileira das Entidades Fechadas empresa pretende voltar à direção.
de Previdência Complementar (Abrapp). “Hoje, após dar as boas-vindas aos novos diretores Ur-
O déficit é a diferença entre o patrimônio de um pla- sula Burns e John Thain, a diretoria aprovou, por unanimi-
no e seus compromissos com pagamentos atuais e futuros. dade, avançar com o investimento do SoftBank e modificar
a política de administração empresarial para fortalecer sua
Segundo o balanço da Abrapp, dos 681 fundos de pensão
independência e garantir a igualdade entre todos os acio-
no país, 220 apresentam déficit, ao passo que 461 regis-
nistas”, informou o Uber em e-mail.
tram superávit.
“O interesse do SoftBank é um incrível voto de confian-
O rombo cresce há 7 anos e atinge, sobretudo, fundos
ça no negócio do Uber e em seu potencial a longo prazo,
de pensão de estatais. Do déficit total, 88% do valor está
e esperamos concluir este investimento nas próximas se-
concentrado em apenas 10 planos, segundo a associação.
manas”.
O total de participantes ativos nos fundos supera 2,5 A previsão é de que o Softbank injete entre US$ 1 bi-
milhões e os assistidos chegam a mais de 735 mil, segundo lhão e US$ 1,25 bilhão na empresa com sede em San Fran-
a associação. cisco, cujo valor atual é de US$ 69 bilhões, segundo uma
A Abrapp informou também que os ativos totais do fonte ligada ao assunto.
sistema somavam R$ 808 bilhões em junho. A rentabilidade Como medida de investimento secundário, o grupo ja-
média do setor no primeiro semestre foi de 4,24%, pouco ponês lançaria uma oferta pública para comprar entre 14%
abaixo da meta atuarial de 4,44%. e 17% das ações em circulação de grandes investidores,
A Superintendência Nacional de Previdência Comple- segundo a fonte.
mentar (Previc), vinculada ao Ministério da Fazenda, decre- As alterações na política de gestão aprovadas pela
tou nesta quarta-feira intervenção no fundo de pensão dos diretoria, que dependem do investimento do SoftBank,
funcionários dos Correios, o Postalis, por um prazo de 180 incluem a eliminação do “super-voto” de algumas ações,
dias. como as controladas por Kalanick, visando limitar a in-
A Abrapp considera que a intervenção no Postalis é fluência dos fundadores do Uber.
uma exceção dentro do sistema. Também há a exigência de mais de dois terços dos vo-
“O sistema está conseguindo pagar seus benefícios tos da diretoria para a aprovação de um novo diretor-exe-
normalmente”, disse o presidente da Abrapp, Luis Ricardo cutivo.
Martins, a jornalistas na abertura do congresso anual da Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
Abrapp. “Temos um sistema sólido, que paga sem atrasos
os direitos dos participantes”. LUCRO DA MONSANTO CRESCE 70% NO ANO FIS-
Para o presidente da Abrapp, o mais importante nesse CAL DE 2017, PARA US$ 2,26 BILHÕES
momento é garantir aos participantes do Postalis todos os COMPANHIA ATRIBUIU MAIORES VENDAS A À
benefícios a que eles têm direito. ADOÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS PARA A SOJA NA
Outro fundo de pensão com alto déficit é o dos funcio- AMÉRICA E AOS PREÇOS GLOBAIS DO MILHO.
nários da Petrobras, o Petros. Em setembro, foi anunciado A norte-americana Monsanto reportou lucro líquido de
que os funcionários da Petrobras terão de pagar parcelas US$ 2,26 bilhões no ano fiscal de 2017, encerrado em 31 de
extras de R$ 236 a R$ 3,6 mil mensais como parte do plano agosto, resultado cerca de 70% maior em comparação com
para equacionar um rombo de mais de R$ 27 bilhões. US$ 1,33 bilhão registrados em 2016.
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ATUALIDADES
No resultado trimestral, a companhia reverteu o pre- Em setembro de 2017, houve predominância de queda
juízo líquido de US$ 191 milhões do quarto trimestre fiscal nos preços do açúcar, da farinha, óleo de soja e tomate.
do ano passado, em lucro de US$ 20 milhões no mesmo Por outro lado, houve aumento da banana, pão e mantei-
período de 2017. Os dados foram divulgados na manhã ga o que influenciou na diminuição do custo da Cesta em
desta quarta-feira (4) em balanço financeiro da empresa. Manaus.
O lucro por ação ficou em US$ 5,09 no ano fiscal de O açúcar (-9,60%) foi o produto que apresentou maior
2017, superior aos US$ 2,99 obtidos um ano antes. queda no mês seguido da farinha (-6,74%), do óleo de soja
De acordo com a Monsanto, este desempenho “deverá (-5,28%), do tomate (-4,00%), do feijão (-3,84%), do leite
crescer no primeiro trimestre do ano fiscal de 2018”. Para (-2,33%) e do arroz (-0,61%). A banana (3,40%) foi o pro-
o quarto trimestre, a empresa registrou lucro por ação de duto que apresentou maior alta no mês seguido do pão
(1,67%), da manteiga (1,09%), da carne (1,08%) e do café
US$ 0,05, em comparação com uma perda por ação de US$
(0,48%).
0,44 em 2016.
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
A receita do quarto trimestre subiu 4,8%, para US$ 2,69
bilhões, ante US$ 2,56 bilhões em igual intervalo de um QUANTIDADE DE PEDIDOS DE RECUPERAÇÃO JU-
antes, enquanto o consenso dos analistas consultados pela DICIAL CAI 58,6% EM SETEMBRO, DIZ SERASA.
FactSet apontava para uma queda a US$ 2,50 bilhões. COMPARAÇÃO É COM O MESMO MÊS DE 2016; NÚ-
A companhia atribuiu os resultados de vendas à ado- MERO DE FALÊNCIAS TAMBÉM CAIU.
ção de novas tecnologias para a soja na América e os pre- O número de empresas que pediram recuperação ju-
ços globais do milho. dicial caiu 58,6% em setembro ante o mesmo mês do ano
O Ebit (lucro antes de juros e impostos) ficou em US$ passado. Foram 101 requerimentos. Na comparação com
3,26 bilhões no acumulado de 2017, em comparação com agosto, a queda foi de 41,3%.
US$ 2,41 bilhões registrados no ano fiscal anterior. Na aná- Os dados são da Serasa Experian e foram divulgados
lise trimestral, houve retração de US$ 62 milhões, porém, nesta quarta-feira (4).
inferior à redução de US$ 103 milhões do quarto trimestre De acordo com os economistas da instituição, a reto-
de 2016. mada do crescimento econômico e a redução da taxa de
Considerando a pendente fusão com a Bayer, que de- juros estão contribuindo para a diminuição dos pedidos de
verá ser concluída apenas no início de 2018, a Monsanto recuperação judicial em 2017, após os níveis recordes atin-
disse que não forneceria guidance para 2018. No entanto, gidos no ano passado.
um dos segmentos que continuará sendo chave é a tec- As micro e pequenas empresas foram as que mais
precisaram de intervenção da Justiça nos negócios, com
nologia Intacta RR2 PROTM para a soja da América do Sul.
59 pedidos em setembro. As médias vieram na sequência,
O acordo com a Bayer envolve o volume financeiro de
com 26. As grandes companhias fizeram 16 pedidos.
US$ 57 bilhões e deverá criar o maior fornecedor mundial No acumulado de janeiro a setembro, foram 1.087
de agrotóxicos e sementes geneticamente modificadas. solicitações de recuperação judicial, 26,5% menos que no
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 mesmo período de 2016, quando haviam sido registradas
PREÇO DA CESTA BÁSICA DE MANAUS REDUZ 1.479 ocorrências.
0,70% E FICA EM R$ 355,47 EM SETEMBRO Nos primeiros nove meses do ano, as micro e peque-
COM QUEDA DO VALOR DA CESTA, MANAUS PAS- nas empresas fizeram 632 pedidos, enquanto as médias
SOU A OCUPAR A 14° COLOCAÇÃO NO RANKING DAS requisitaram 292 e as grandes, 163.
CESTAS BÁSICAS MAIS CARAS DO PAÍS. Falências
O custo da cesta básica de Manaus diminuiu em re- Ainda de acordo com o levantamento da Serasa, os pe-
lação ao mês anterior ficando em R$ 355,47, de acordo didos de falência caíram 4,3% em setembro na comparação
com pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical anual (178 ante 186). Frente a agosto deste ano, porém, foi
de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com a registrado aumento de 7,9%.
queda do valor da cesta, Manaus passou a ocupar a 14° Novamente as micro e pequenas empresas lideraram
colocação no ranking das cestas básicas, dentre as 21 ca- a lista, com 99 requerimentos de falência, seguidas pelas
pitais onde, atualmente é realizada. Açúcar (-9,60%) foi o grandes empresas, com 40, e pelas médias, com 39.
produto que apresentou maior queda no mês seguido da No acumulado do ano até setembro foram contabi-
lizados 1.329 pedidos de falência, queda de 5,4% ante o
farinha (-6,74%).
mesmo período de 2016, quando foram registrados 1.405.
O preço da cesta básica de Manaus, composta por 12
Nos primeiros nove meses deste ano, as micro e pe-
produtos, teve variação de -0,70% em relação ao mês de
quenas empresas fizeram 705 pedidos, enquanto as gran-
agosto. No mês anterior o conjunto de itens alimentícios des solicitaram 337 e as médias, 287.
essenciais custava R$ 357,97. Em setembro de 2016 a cesta Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
básica custou R$ 401,44 e a variação acumulada nos últi-
mos doze meses ficou em -11,45%.
Na capital amazonense, sete produtos apresentaram
queda e cinco tiveram alta no mês analisado.
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ATUALIDADES
Na segunda-feira, a secretária de imprensa da Casa Deu ordem para que informassem a todos que apenas
Branca, Sarah Huckabee Sanders, disse a jornalistas que “há ele, o presidente da New Frontier Armory, seria a fonte para
tempo e lugar para um debate político, mas agora é hora perguntas sobre o ocorrido.
de se unir como país”. A reportagem esperou duas horas até que um alerta
Trump, em comentários ao sair da Casa Branca para no celular mostrasse uma resposta em formato de nota ofi-
viagem a Porto Rico, disse que “falaremos sobre leis de ar- cial, na qual Famiglietti confirmava que o atirador Stephen
mas com o passar do tempo”. Paddock, que se suicidou quando a polícia estava prestes
Será que isso pode mudar? a arrombar seu quarto, havia comprado “várias armas de
De acordo com uma pesquisa realizada durante a cam- fogo” ali no início do ano.
panha presidencial de 2016, armas foram uma questão im- Ele fez apenas uma visita à New Frontier Armory.
portante tanto para democratas quanto para republicanos. O texto também ressaltava que todos os requisitos
Isso pode ter sido um reflexo do tiroteio em massa recorde locais, estaduais e federais haviam sido preenchidos pelo
daquele ano em uma discoteca de Orlando - mas também atirador, e apontava que, desde o evento, a loja vinha co-
uma primeira indicação de uma nova tendência. laborando “de todas as maneiras possíveis” com as inves-
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 tigações do FBI.
As respostas técnicas satisfizeram boa parte da im-
HOMEM QUE VENDEU ARMAS PARA ATIRADOR prensa americana, que vem repetindo as aspas de Fami-
DOS EUA SOFRE AMEAÇAS E DIZ QUE NÃO QUERIA glietti à exaustão.
‘MACHUCAR NINGUÉM’ Mas os jornais acabaram deixando de lado trechos
STEPHEN PADDOCK, AUTOR DO MAIOR MASSA- mais pessoais do texto.
CRE DA HISTÓRIA AMERICANA, FEZ APENAS UMA VI- “Não vendemos estas armas com a intenção de que
SITA À LOJA NO INÍCIO DO ANO E COMPROU ‘VÁRIAS ele pudesse machucar alguém de qualquer maneira, caso
ARMAS’; PROPRIETÁRIO REITERA QUE TODAS AS VEN- se prove que ele usou essas armas específicas neste crime
DAS FORAM LEGAIS. terrível”, diz o proprietário.
A loja de armas dirigida por David Famiglietti, que tem Ele prossegue: “Seria como se culpassem o hotel Man-
30 e poucos anos e gosta de caçar animais de grande por- dalay Bay por alugar um quarto (para ele), ou as autorida-
te, fica em uma pequena ilha comercial entre as montanhas des por nos darem permissão para fornecer a arma - isso
e a areia cinzenta do deserto de Nevada, a meia hora de obviamente não foi feito com intenções maldosas.”
carro do centro de Las Vegas. Famiglietti também diz, na nota enviada à reportagem,
Desde o último domingo, quando um de seus clientes que ele e seus funcionários vêm sendo alvos de ameaças e
abriu fogo contra uma multidão de 20 mil pessoas e deixou difamação desde o massacre.
59 mortos e mais de 500 feridos, o movimento da loja, até “Desde que saiu a notícia de que nós somos uma das
então formado por donos de pequenos sítios, militares da várias lojas onde Paddock comprou armas de fogo nesta
reserva e famílias inteiras de entusiastas de armas pesadas, área, eu e meus empregados estamos recebendo mensa-
ganhou companhia indigesta: jornalistas, fotógrafos e cine- gens de ódio com ameaças, telefonemas e SMSs ameaça-
grafistas de todo o mundo em busca de informações. dores”, diz.
Na última terça-feira, a BBC Brasil estava entre os novos “Mesmo sabendo que isso não é o importante neste
visitantes da New Frontier Armory. momento, pedimos que as pessoas deixem sua raiva onde
Quando a reportagem se aproximou do balcão, um ela está em vez de ameaçar e machucar outras pessoas.”
jovem atendente de barba interrompeu uma explicação A loja vem recebendo ataques em comentários e ava-
sobre as pistolas da vitrine e se adiantou, apontando para liações no Google e em portais especializados. “Ótimo lu-
uma equipe de chineses que carregavam câmaras com len- gar para se abastecer para um assassinato em massa”, diz
tes enormes. “Você é um deles?” um recente.
Antes da resposta, o homem estendeu um papel gas- Por dentro da loja
to com o email de Famiglietti, também vice-presidente da A tensão, entretanto, não parece ter abatido as ven-
Coalizão de Armas de Fogo de Nevada, ligada a Associação das. Nas duas horas em que a reportagem esteve presente,
Nacional do Rifle - principal grupo lobista pró-armamento duas pistolas foram vendidas, além de vários acessórios e
dos Estados Unidos e doador de US$ 30 milhões para a materiais de proteção.
campanha de Donald Trump à Presidência. Atrás do balcão, pai e filho perguntavam sobre um fuzil
Do lado de fora, um homem magro na casa dos 60 belga, vendido por US$ 2.549 (R$ 7,9 mil).
anos, notando a frustração deste repórter, pede um isquei- “Que caro, pai!”, disse o menino. Ambos se interessa-
ro e diz que “o dono (da loja) está aí, sim, vem todos os ram mais por uma Colt semiautomática (US$ 1059, equiva-
dias. Mas não quer falar pessoalmente com jornalistas”. lente a R$ 3,3 mil).
‘Não era a intenção’ Pelo menos 200 armas ficam em exposição no estabe-
Famiglietti proibiu pessoalmente todos os funcionários lecimento, que abre de domingo a domingo.
e funcionárias de responder a qualquer pergunta da im- As prateleiras não têm só armas, silenciadores e mu-
prensa. nição.
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ATUALIDADES
Também são vendidas camisetas como a que diz “Apo- Os dispositivos foram encontrados no quarto de Pad-
calipse Zumbi - ajudando os vivos a continuarem vivos e os dock no hotel Mandalay Bay - junto a um total de 23 armas
mortos a continuarem mortos”. de fogo.
Uma série de DVDs da marca “Táticas Vikings, feita de Os “bump-stocks”, ou adaptadores deslizantes de
guerreiros para guerreiros” ocupa uma prateleira inteira e fogo”, permitem que os rifles semiautomáticos disparem
ensina desde fundamentos básicos para tiros de carabina a uma velocidade semelhante à de uma metralhadora - e
e rifle, até dicas para acompanhar animais de caça sem ser podem ser comprados sem as checagens exigidas para a
percebido. compra de armas automáticas.
No caixa, um recipiente plástico com uma espécie de De acordo com o site de vendas online da loja, o pro-
crânio guardava chocolates. A reportagem quis provar um duto não é comercializado pela New Frontier Armory.
e não conteve o susto ao tirar o bombom: “Bang! Você está Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
morto”, “disse” a caveira.
Nas paredes, alvos de tiro em formato humano se en- TRUMP VISITA SOBREVIVENTES DE MASSACRE DE
fileiram por 99 centavos de dólar. Um deles, chamado “ho- LAS VEGAS
mem mau”, retrata um homem com cara de poucos amigos ATIRADOR MATOU 58 PESSOAS E DEIXOU MAIS DE
apontando uma pistola. 500 FERIDAS DURANTE FESTIVAL DE MÚSICA COUN-
‘Armas alteradas’ TRY NO DOMINGO (2).’EUA SÃO VERDADEIRAMENTE
Após receber a nota oficial, a reportagem retornou o UM PAÍS EM LUTO’, DISSE PRESIDENTE, QUE ELOGIOU
email de Famiglietti de dentro da loja, perguntando se po- MÉDICOS E POLICIAIS E TEVE ENCONTRO PRIVADO DE
deria tirar mais algumas dúvidas. 90 MINUTOS COM VÍTIMAS.
“Responderei com prazer”, respondeu o proprietário
em poucos minutos. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, es-
As novas perguntas se referiam a um eventual “estig- teve nesta quarta-feira (4) em Las Vegas para se encontrar
ma”, destacado por veículos de imprensa americanos, que com sobreviventes do maior ataque a tiros da história dos
defensores do armamento estariam enfrentando após o Estados Unidos. Um atirador matou 58 pessoas e deixou
maior assassinato em massa da história do país. mais de 500 feridas durante um festival de música country
Após o episódio, políticos do partido Democrata vêm no domingo (2).
pressionando o governo por leis federais mais exigentes Acompanhado da primeira-dama, Melania, o presiden-
no controle de vendas de armas e acessórios - algo que o te visitou um hospital para conversar com vítimas e médi-
presidente Trump voltou a se recusar a comentar em visita cos que trabalharam no atendimento às vítimas. O casal
rápida a Las Vegas na terça-feira. passou 90 minutos em um encontro privado com as vítimas
A BBC Brasil também perguntou qual era o perfil dos e suas famílias, sem cobertura da imprensa.
clientes da loja e se há planos de mudanças ou reforços Ainda no hospital presidente cumprimentou médicos e
nas verificações feitas sobre quem pretende comprar ar- responsáveis pelo primeiro atendimento no dia do ataque
mamento. e agradeceu ao trabalho deles. Trump disse que conheceu
As respostas, até a publicação desta reportagem, não “algumas das pessoas mais incríveis” e convidou alguns
haviam chegado. dos profissionais a visitá-lo em Washington. “É de deixar
Na única nota enviada, o dono da loja também afirmou qualquer um muito orgulhoso por ser americano quando
que as armas vendidas ao atirador “não saíram do estabe- vemos o trabalho que eles fizeram”, comentou.
lecimento com a capacidade de fazer o que vimos e ouvi- Trump se reuniu ainda com policiais, membros de equi-
mos, sem modificações”. pes de emergência e cidadãos civis que ajudaram a socor-
“Não eram armas completamente automáticas e não rer vítimas no domingo, a quem também elogiou. “Vocês
haviam (sido) modificadas de nenhuma forma (legal ou ile- mostraram ao mundo e o mundo está assistindo, e vocês
gal) quando compradas de nós.” mostraram o que é profissionalismo”.
Desde que o Congresso americano aprovou a Lei de Na sede da Polícia Metropolitana de Las Vegas, ele fez
Proteção dos Proprietários de Armas de Fogo, em 1986, o uma declaração à imprensa, na qual disse que “os EUA são
acesso de civis a armas novas e totalmente automáticas se verdadeiramente um país em luto”.
tornou extremamente restrito. “Não podemos ser definidor pelo mal que nos ameaça
Milhares de armas consideradas “de direito adquirido” ou pela violência que incita esse terror. Somos definidos
- fabricadas e registradas antes de 1986 - ainda podem ser por nosso amor, nosso cuidado e nossa coragem”, afirmou.
compradas, mas por preços bastante altos e com necessi- O chefe de Estado americano classificou o massacre
dade de aprovação pelo Escritório de Álcool, Tabaco, Armas como “ato de pura maldade” no primeiro pronunciamento
de Fogo e Explosivos do governo americano, em Washin- que fez após um atirador atingir a multidão. Nesse primeiro
gton. discurso, Trump não fez nenhuma referência a um aumento
A polícia americana diz que o atirador usou um aces- no controle na venda de armas. Desde a campanha eleito-
sório legal em 12 de seus rifles semiautomáticos para que ral de 2016, ele está alinhado com a postura da Associação
eles pudessem disparar centenas de rodadas por minuto. Nacional de Rifles (NRA).
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ATUALIDADES
Nesta quarta, questionado por jornalistas, Trump vol- Battisti foi preso nesta quarta em Corumbá, cidade
tou a evitar a discussão sobre controle de armas e disse fronteiriça com a Bolívia, levando mais de R$ 10 mil em
mais uma vez que este não é o momento apropriado para dinheiro sem declarar à Polícia Federal. É suspeito de co-
discutir a questão. meter crime de evasão de divisas.
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 “Hoje trabalhamos com o embaixador (italiano no Bra-
sil, Antonio) Bernardini para trazer Battisti para a Itália e en-
GÁS SARIN É ENCONTRADO NAS ROUPAS DAS tregá-lo à Justiça. Continuamos trabalhando com as autori-
ACUSADAS PELA MORTE DO IRMÃO DE KIM JONG-UN
dades brasileiras”, declarou o ministro italiano das Relações
KIM JONG-NAM MORREU 20 MINUTOS DEPOIS DE
SER ATINGIDO NO ROSTO PELO AGENTE NEUROTÓXI- Exteriores, Angelino Alfano.
CO VX, UM TIPO ALTAMENTE LETAL DO GÁS SARIN. Ex-integrante do grupo Proletários Armados pelo Co-
munismo, Battisti, hoje com 62 anos, foi condenado à pri-
Vestígios de um tipo altamente letal do gás sarin, o são perpétua na Itália por quatro homicídios ocorridos na
agente neurotóxico VX, foram encontrados nas roupas das década de 1970 e fugiu para o Brasil em 2004, onde viveu
duas acusadas pelo assassinato na Malásia do meio-irmão na clandestinidade. Foi detido no Rio de Janeiro em 2007.
do líder norte-coreano, afirmou um químico durante o jul- Dois anos depois, a pedido do país europeu, o Supre-
gamento. ma Tribunal Federal autorizou sua extradição, que foi nega-
Esta é a 1ª prova que vincula diretamente as duas mu- da em 2010 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
lheres ao agente neurotóxico VX, considerado uma arma
Desde 2007, Battisti ficou detido por quatro anos antes
de destruição em massa.
No dia 13 de fevereiro, Kim Jong-Nam, meio-irmão de ser posto em liberdade em junho de 2011.
do líder norte-coreano Kim Jong-Un, morreu 20 minutos O último pedido de extradição por parte da Itália foi
depois de ser atingido no rosto por este produto quando em 25 de setembro e, segundo a imprensa italiana, o pre-
estava no aeroporto internacional de Kuala Lumpur. sidente Michel Temer teria-se mostrado favorável, o que
A indonésia Siti Aisyah e a vietnamita Thi Huong, acu- pode ter motivado a “tentativa de fuga” de Battisti para a
sadas pelo crime, estão sendo julgadas desde segunda-fei- Bolívia.
ra na Alta Corte de Shah Alam, subúrbio de Kuala Lumpur, Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
onde fica o aeroporto.
“Encontramos VX na camisa sem mangas de Siti Ais- PRESIDENTE DA CATALUNHA PEDE MEDIAÇÃO
yah”, declarou o químico Raja Subramaniam durante seu PARA RESOLVER CRISE COM GOVERNO ESPANHOL
depoimento nesta quinta-feira como testemunha.
CARLES PUIGDEMONT CONTINUA DEFENDENDO
A camisa usada por Huong tinha VX em estado puro e
uma substância usada para fabricar veneno. Também havia APLICAÇÃO DE REFERENDO INDEPENDENTISTA. GO-
vestígios de veneno em suas unhas, completou. VERNO CATALÃO DEVE DECLARAR INDEPENDÊNCIA
As imagens das câmeras de segurança do aeroporto NA PRÓXIMA SEGUNDA, DIZ FONTE.
mostram o momento em que as duas mulheres se aproxi-
maram de Kim antes de jogar o líquido em seu rosto. O presidente do governo da Catalunha, Carles Puigde-
As duas foram detidas pouco depois do assassinato e mont, afirmou nesta quarta-feira (4) que a crise envolven-
podem ser condenadas à pena de morte. do esta região autônoma e o governo espanhol precisa de
Na abertura do julgamento, na segunda-feira, as duas uma mediação, sem voltar atrás na sua defesa pela aplica-
se declararam inocentes. Ao longo da investigação, elas ne- ção do resultado do referendo independentista do último
garam que desejavam cometer um assassinato e afirmaram domingo.
que foram enganadas, que acreditavam estar participando
“Este momento precisa de mediação. Recebemos inú-
de um programa de televisão do tipo “pegadinha”.
Os advogados de defesa afirmam que os culpados são meras propostas nas últimas horas e vamos receber mais.
norte-coreanos que fugiram da Malásia. Todas elas sabem que estou pronto para iniciar um proces-
A Coreia do Sul acusa o Norte de ter organizado o as- so de mediação”, afirmou. “Vou repetir quantas vezes for
sassinato, o que Pyongyang nega. Kim Jong-Nam criticava necessário: diálogo e acordo são parte da cultura política
o regime norte-coreano e vivia no exílio. do nosso povo. No entanto, o Estado não deu nenhuma
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 resposta positiva a essas ofertas”, acrescentou.
Os dirigentes catalães garantem que venceram o refe-
APÓS PRISÃO NO BRASIL, ITÁLIA NEGOCIA EXTRA- rendo com 90% dos votos – 2,02 milhões de apoios sobre
DIÇÃO DE BATTISTI um censo de 5,3 milhões de eleitores – e agora querem
CESARE BATTISTI FOI PRESO NESTA QUARTA EM
declarar a independência de maneira unilateral. O governo
CORUMBÁ. ELE FOI CONDENADO À PRISÃO PERPÉTUA
NA ITÁLIA. catalão liderado por Carles Puigdemont parece disposto a
declarar unilateralmente a independência, o que poderia
O governo italiano confirmou, sua vontade de obter acontecer já na próxima segunda-feira (9), durante uma
do Brasil a extradição do ex-militante de extrema-esquerda sessão do Parlamento regional, de acordo com uma fonte
Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália e de- do governo.
tido ontem na fronteira brasileira com a Bolívia.
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ATUALIDADES
“No último domingo conseguimos fazer um referendo são seu vice-presidente, Frans Timmermans, durante um
diante de um oceano de dificuldades e de uma repressão debate convocado pela Eurocâmara sobre a situação na
sem precedentes. Ontem demos um exemplo no respeito Catalunha, após a resposta policial de Madri para impedir a
à greve-geral. E nos próximos dias voltaremos a mostrar a celebração do referendo do último domingo (1º).
melhor cara do nosso país quando as instituições da Cata- As imagens da atuação policial no domingo na Catalu-
lunha terão que aplicar o resultado do referendo”, disse o nha, com apreensão de urnas e agressões contra pessoas
presidente catalão. que desejavam votar no referendo de independência con-
Centenas de policiais intervieram em centros de vo- siderado ilegal, obrigaram a UE a fazer um pronunciamento
tação, utilizando cassetetes para dispersar os militantes além de sua habitual resposta de considerar a situação um
“assunto interno” da Espanha.
concentrados na frente desses espaços para protegê-los e
Timmermans, autoridade europeia sobre o Estado de
conseguir realizar a votação. Mais de 800 pessoas ficaram
Direito e a Carta de Direitos Fundamentais, afirmou que “a
feridas. O governo espanhol considera o referendo ilegal,
violência não resolve nada na política”, mas destacou que
alegando que a Constituição declara que o país é indivisí- “todos os governos têm que respeitar a supremacia do Di-
vel. reito e isto exige, às vezes, um uso proporcional da força”.
Durante seu pronunciamento, Puigdemont criticou o ‘Consenso’
rei Filipe VI, que em seu discuso “ignorou as pessoas que “Há um consenso geral de que o governo regional da
foram vítimas de violência policial”. Catalunha optou por ignorar a lei ao organizar o referendo
“O rei faz dele o discurso e as políticas do governo de celebrado no domingo passado”, o qual havia sido proibido
Mariano Rajoy, que têm sido catastróficos em relação à Ca- pela Justiça espanhola, completou o vice-presidente da Co-
talunha, e ignora deliberadamente a milhões de catalães missão, para quem a União Europeia é uma “comunidade
que não pensamos como eles”, afirmou o presidente cata- baseada no Direito”.
lão, dizendo que “não podemos compartilhar nem aceitar” Timmermans evitou responder, durante o discurso, os
a mensagem do rei. pedidos das autoridades catalãs por uma “mediação inter-
Nesta terça, o rei criticou a conduta dos líderes cata- nacional”, reiterando a demanda da UE “a todos os atores
lães, dizendo que eles violaram as leis do Estado espanhol pertinentes a avançar para passar do confronto ao diálogo”.
e demonstraram uma “deslealdade inadmissível”. “Isto é um assunto interno da Espanha, que deve ser re-
A Espanha vive uma de suas piores crises políticas dos solvido com base no âmbito constitucional espanhol”, rei-
últimos 40 anos, desde que o executivo separatista cata- terou o vice-presidente da Comissão, que reproduz, assim,
lão decidiu organizar este referendo de autodeterminação os principais argumentos do governo espanhol do primei-
apesar de sua proibição. ro-ministro conservador Mariano Rajoy.
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
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ATUALIDADES
O G1 não conseguiu localizar o advogado Eduardo Sia- SUSPEITO DE ABUSAR SEXUALMENTE DE ENTEADA
no, que defende Talita, para comentar a decisão liminar do É PRESO EM ITUIUTABA
desembargador Newton Neves, da 16ª Câmara de Direito SEGUNDO A POLÍCIA CIVIL, INVESTIGAÇÕES APU-
Criminal do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, que na RAM SE ATOS DE VIOLÊNCIA SERIAM COMETIDOS
última terça-feira (3) negou o habeas corpus em caráter CONTRA MENINA DESDE QUE ELA TINHA 6 ANOS DE
liminar feito pela defesa da motorista. IDADE.
Siano havia pedido para o TJ reverter a tipificação cri-
minal de homicídio doloso para homicídio culposo, no Um homem de 44 anos foi preso nesta quarta-feira (4)
qual não há intenção de matar, e, desse modo, soltasse sua sob suspeita de abusar sexualmente da enteada de 11 anos
cliente para que ela respondesse ao processo em liberdade. em Ituiutaba. De acordo com a Polícia Civil, um inquérito
Assumiu risco sobre o caso foi aberto no dia 29 de setembro, depois que
O desembargador não atendeu à solicitação da defesa, a criança relatou para um funcionário da escola onde es-
lembrando que, segundo a polícia, Talita “após ter ingerido tuda que sofria violência sexual desde os 6 anos de idade.
bebida alcoólica e mesmo assim ter dirigido veículo auto- Ainda segundo a polícia, o relato da criança foi passa-
motor por uma via tão perigosa, ter assumido o risco de do para o Conselho Tutelar, que encaminhou a denúncia
causar um acidente com vítima fatal”. O mérito do pedido para a Delegacia de Atendimento à Mulher, à Criança e ao
ainda será julgado futuramente por outros desembargado- Idoso. No Posto Médico Legal, o exame de corpo de delito
res do TJ. confirmou que a menina teve relações sexuais.
Foi a terceira derrota da defesa de Talita na Justiça. A A delegada Daniela Diniz Medeiros, que está à frente
primeira havia sido na audiência de custódia do último do- do caso, disse que testemunhas já começaram a ser ouvi-
mingo (1º), quando a juíza Carolina Nabarro Munhoz Rossi, das e as investigações apontam que a criança era abusa-
da pelo padrasto há cerca de cinco anos. Conforme relato
do Fórum da Barra Funda, Zona Oeste, converteu a prisão
da enteada, o homem aproveitava os momentos em que a
em flagrante da motorista em prisão preventiva para que
mãe da criança saía para trabalhar para cometer o abuso.
ela fique detida até seu eventual julgamento.
O suspeito do crime foi encaminhado para o presídio.
Dias depois disso, o juiz Luis Gustavo Esteves Ferreira,
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
da 5ª Vara do Júri, também no Fórum da Barra Funda, ne-
gou o pedido do advogado de Talita para anular a prisão JUSTIÇA DECRETA PRISÃO DE PROFESSOR SUSPEI-
preventiva determinada pela juíza da audiência de custó- TO DE ABUSAR DE ALUNAS NO MARANHÃO
dia. O PROFESSOR COSTUMAVA ACARICIAR AS ALU-
“Os delitos, em tese, imputados à indiciada, além de NAS, ALÉM DE PEDIR QUE ELAS LHE FIZESSEM MASSA-
ostentarem gravidade acentuada, geram inequívoca in- GENS, SOB PENA DE SEREM SUSPENSAS DA SALA DE
tranquilidade social, já que, a despeito das inúmeras cam- AULA CASO RECUSASSEM.
panhas públicas educativas, infelizmente, tem-se tornado
fato corriqueiro mortes no trânsito por conta da nefasta Justiça decretou, na última segunda-feira (2), a prisão
combinação entre álcool, condução de veículo automotor, temporária de um professor de Bom Jardim (MA) após de-
excesso de velocidade e impunidade, motivos que, por si núncias de que ele estaria abusando sexualmente de alu-
sós, já reclamam diferenciado rigor na imposição das me- nas de uma escola municipal.
didas cautelares, de modo a assegurar o primado da lei e a A Denúncia, assinada pelo promotor de justiça Fábio
garantia da ordem pública”, havia escrito. Santos de Oliveira, enquadra as condutas praticadas por
O teste de bafômetro feito logo depois do acidente Jânio de Abreu como estupro de vulnerável, assédio sexual,
apontou que a motorista tinha 0,48 miligrama de álcool ato obsceno. Além disso, o professor transmitiu vídeos e
por litro de ar em seu organismo. Segundo o artigo 306 fotos contendo cenas de sexo com crianças e adolescentes,
do Código Brasileiro de Trânsito, dirigir sob influência de e armazenou em seu celular pornografia envolvendo crian-
álcool acima de 0,34 miligrama dá de seis meses a 3 anos ça ou adolescente.
de prisão, além da suspensão da habilitação. No pedido de prisão preventiva, o promotor afirma que
Talita já estava com a carteira suspensa desde junho o denunciado representa perigo para a sociedade, poden-
deste ano por ter atingido 36 pontos (o limite é 20). Ela está do continuar com as práticas. “Trata-se verdadeiramente
presa atualmente na Penitenciária Feminina de Tremembé, de um pedófilo, que certamente continuará a estuprar, pra-
interior do estado. ticar ato libidinoso, assediar, constranger outras crianças e
adolescentes, ainda que não sejam elas suas alunas em sala
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
de aula”, ressalta.
O professor costumava acariciar as alunas, além de pe-
dir que elas lhe fizessem massagens, sob pena de serem
suspensas da sala de aula caso recusassem. Além disso, ele
fazia gestos obscenos e mostrava vídeos pornográficos aos
alunos no espaço de aprendizagem.
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ATUALIDADES
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ATUALIDADES
COMO ANIMAIS DA COSTA DO JAPÃO FORAM PA- O elemento chave que tornou isso possível, de acordo
RAR NOS EUA - GRAÇAS A UM TSUNAMI com os pesquisadores, é a presença na água de plástico,
ONDAS GIGANTES ARRASTARAM CENTENAS DE fibra de vidro e outros produtos que não se decompõem.
OBJETOS PARA O MAR -- DE PEQUENOS PEDAÇOS DE “A madeira levada pelo tsunami durou pouco tempo
PLÁSTICO A BARCOS DE PESCA --, QUE SERVIRAM DE em comparação com a natureza duradoura do plástico”,
TRANSPORTE PARA CENTENAS DE ESPÉCIES DE CRIA- disse Carlton.
TURAS MARINHAS. “Por muito tempo, se uma planta ou um animal fosse
transportado por uma jangada pelos oceanos, seu barco
Cientistas identificaram centenas de espécies marinhas literalmente se dissolveria por baixo deles. O que fizemos
japonesas na costa dos Estados Unidos. Elas cruzaram o agora é fornecer a essas espécies jangadas bastante dura-
Oceano Pacífico após o tsunami causado pelo terremoto douras, mudamos a natureza de seus barcos”.
de 2011. Movendo-se muito mais devagar do que as embar-
Mexilhões, estrelas do mar e centenas de outras famí- cações, as balsas de plástico ou de fibra de vidro deram
lias de criaturas marinhas foram transportadas pelas águas, tempo às espécies para se adaptar gradualmente ao seu
muitas vezes pegando carona em resíduos plásticos. novo ambiente, tornando mais fácil a reprodução e para
Os pesquisadores ficaram surpresos com o fato de que suas larvas se prenderem aos detritos.
muitos sobreviveram à longa jornada, com novas espécies Os pesquisadores estão preocupados com o fato de
desembocando nas praias ainda em 2017. que, com tanto plástico nos oceanos, e com a mudança
Em março de 2011, um forte terremoto abalou o nor- climática tornando os ciclones e as tempestades mais in-
deste do Japão, desencadeando um enorme tsunami que tensas, a ameaça de invasão de espécies marinhas nunca
atingiu quase 39 metros de altura, varrendo a costa do país. foi tão grande. A pesquisa sobre o tsunami apenas mostra
Mais de 15 mil pessoas morreram. o impacto que esse transporte pode ter.
As ondas gigantes arrastaram centenas de objetos para “Não há nada comparável em escala do que já vimos
o mar - de pequenos pedaços de plástico a barcos de pes- antes na história da ciência do mar”, afirmou Carlton.
ca. Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
Um ano depois, os cientistas começaram a encontrar
destroços do tsunami, com criaturas vivas agarradas a eles, NOVA ESPÉCIE DE RATAZANA GIGANTE É DESCO-
desembocando no Havaí e na costa oeste dos EUA, do BERTA POR CIENTISTA AUSTRALIANO
Alasca à Califórnia. QUATRO VEZES MAIOR QUE ROEDORES COMUNS,
“Centenas de milhares de criaturas foram transporta- A RATAZANA SOBE EM ÁRVORES E CHEGA A MEIO ME-
das e chegaram à América do Norte e às ilhas do Havaí - a TRO DE COMPRIMENTO.
maioria dessas espécies nunca esteve no nosso radar como Uma nova espécie da roedor, quatro vezes maior que o
seres transportados pelo oceano em detritos marinhos”, comum, foi descoberta nas Ilhas Salomão, no Oceano Pa-
afirmou à BBC James Carlton, do Williams College e Mystic cífico.
Seaport, principal autor do estudo. O animal, que chega a atingir quase meio metro de
“Muitos dos destroços ainda estão por aí e pode ser comprimento, vive entre as árvores e se alimenta de casta-
que algumas dessas espécies japonesas ainda cheguem. nhas que abre com seus dentes.
Não ficaria surpreso se um pequeno barco de pesca japo- As Ilhas Salomão, a 1.800 km da Austrália, já têm ou-
nês perdido em 2011 aparecesse 10 anos após o evento”. tras oito espécies de ratazanas, mas essa é a primeira nova
A pesquisa, publicada na revista Science, descobriu 289 descoberta em 80 anos.
espécies diferentes até o momento. Os mexilhões são os Da mesma família de ratos e camundongos (Muridae),
mais comuns, mas há também caranguejos, mariscos, anê- a nova espécie, chamada Uromys vika, já fazia parte do fol-
monas e estrelas do mar. clore da ilha.
Os cientistas ainda estavam identificando novas espé- Escondidos nas árvores
cies quando o estudo chegou ao fim, em 2017, seis anos A cadeia de ilhas onde a nova espécie se encontra é
após o tsunami. biologicamente isolada.
De acordo com os pesquisadores, muitas outras es- A maioria dos mamíferos que vivem lá não é encontra-
pécies provavelmente fizeram a jornada e até agora não da em nenhum outro lugar do planeta.
foram descobertas. Atualmente, nenhuma colônia de inva- “Quando conheci o povo da ilha Vangunu, eles me
sores foi estabelecida, mas a equipe acredita que isso pode contaram sobre uma ratazana nativa que eles chamavam
acontecer. de vika, que vivia nas árvores”, diz Tyrone Lavery, biólogo
“Quando vimos espécies do Japão chegarem ao Ore- australiano que fez a descoberta.
gon, ficamos chocados. Nunca pensamos que pudessem Pesquisador do Field Museum, em Chicago, e pesqui-
viver tanto tempo, em condições tão difíceis”, disse John sador associado da Universidade de Queensland, na Aus-
Chapman, da Universidade de Oregon, coautor do estudo. trália, ele procurava pelo bicho desde 2010. Mas nunca ha-
“Não me surpreenderia se houvesse espécies do Japão via conseguido encontrá-lo.
que estão por aí vivendo ao longo da costa do Oregon. Na “Comecei a me questionar se era realmente uma es-
verdade, me surpreenderia se não houvesse”. peécie diferente, ou se as pessoas estavam apenas cha-
mando os ratos normais de ‘vika’”, conta ele.
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ATUALIDADES
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ATUALIDADES
viáveis e outros desaparecerão completamente. Na minha JAPÃO MATA 177 BALEIAS NA COSTA DO PACÍFICO
região, três de nossos vizinhos estão em risco, e é por isso PARA ‘FINS CIENTÍFICOS’
que Fiji ofereceu refúgio às pessoas de Kiribati e Tuvalu se ORGANIZAÇÕES DE DEFESA DOS ANIMAIS DE-
suas casas vierem a se afundar por completo”, disse ele. NUNCIAM A ALEGAÇÃO JAPONESA.
Fiji já perdeu parte de sua terra agricultável por causa
da salinidade excessiva trazida pelo mar. Bainimarama disse Os japoneses mataram 177 baleias na costa nordes-
que escolheu ser presidente da COP para poder levar adiante te do arquipélago no Pacífico, em uma missão que teria
esse recado. Pelas regras das Conferências, já que ele é o pre-
“fins científicos”, segundo anunciou nesta terça-feira (26) a
sidente, a reunião deveria acontecer em Fiji, mas o país não
tem condições para sediar um encontro tão grande, não ofe- agência de pesca japonesa.
receria segurança aos líderes. Foi feito, então, um acordo com Três navios especializados em caça às baleias iniciaram
a Alemanha, que aceitou receber os conferencistas em Bonn. a missão em junho e capturaram 43 baleias Minke e 143
“Esse é um exemplo para o mundo de como países em baleias-sei, de acordo com a agência. Segundo os japo-
extremos opostos da Terra e de meios e tamanho muito di- neses, a caça às baleias seria “necessária” para calcular a
ferentes podem trabalhar efetivamente em direção a um ob- quantidade de potenciais capturas a longo prazo, justificou
jetivo comum. Fiji está profundamente consciente de que os a agência, que tem como objetivo “retomar algum dia a
governos sozinhos não podem enfrentar esse desafio. É por pesca comercial”, segundo explicou o funcionário da agên-
isso que estamos colocando essa ênfase na noção de uma cia Kohei Ito.
Grande Coalizão de governos em todos os níveis, a socieda- O Japão é signatário da moratória da caça às baleias
de civil, o setor privado e os cidadãos comuns movendo esta da Comissão Baleeira Internacional (CBI), mas afirma que
agenda para a frente. Estou dialogando com governadores, recorre à medida com fins de pesquisa, no Pacífico e na
prefeitos, líderes de todos os tipos em nossas sociedades.
Antártica. As organizações de defesa das baleias denun-
Pessoas de fé. Pessoas na linha de frente da luta climática.
ciam a alegação japonesa, assim como vários países, que
Mulheres. E os jovens, que representam o nosso futuro”, con-
tinuou o premiê. consideram que Tóquio utiliza de maneira desonesta uma
Todo o discurso de Frank Bainimarama é um forte apelo exceção da proibição da caça aos cetáceos, de 1986. Em
porque ele tem certeza de que é preciso aumentar a resi- 2014, o Tribunal Internacional de Justiça exigiu de Tóquio o
liência de seu país contra as tormentas que virão pela frente, fim da caça às baleias no Atlântico, por considerar que os
cada vez mais fortes. Para isso, quer juntar sociedade civil, japoneses não cumpriam os critérios científicos exigidos. O
empresários e governos. Para isso, conta também com a per- Japão cancelou a temporada de caça de inverno de 2014-
formance dos jovens que estão navegando no Peace Boat. 2015, mas retomou a pesca no ano seguinte.
De fato, não há como ficar imune a depoimentos como o de Confrontos entre baleeiros japoneses e defensores dos
Selina Leem, que na COP-21, em Paris, foi a mais jovem dele- animais
gada. No encerramento do encontro, ela emocionou a todos O Oceano Antártico já foi cenário de confrontos en-
com suas palavras: tre baleeiros japoneses e defensores dos cetáceos. No mês
“Tenho 18 anos e desde que nasci fico muito nervosa passado, a organização ecologista Sea Shepherd anunciou
quanto à minha casa. Hoje estou ainda mais. O meu país é
a desistência de tentar impedir a ação dos baleeiros japo-
muito afetado pela subida do nível das águas. Quando a água
sobe, arrasta-se por todo o lado. Toda a ilha é inundada.” neses no Sul, reconhecendo seus próprios limites ante a
Hoje com a equipe do Peace Boat, a jovem deu entrevista potência marítima nipônica.
à reportagem do jornal “O Público” e listou o que, para ela, A Noruega, que se opôs à moratória de 1986 e consi-
pode ser feito para acabar com seu problema: dera que esta não a afeta, e a Islândia, são os únicos dois
“Educar as pessoas. Falar com os líderes políticos. Tirar países no mundo que praticam abertamente a caça comer-
fotografias. Fazer discursos públicos. Há muitas pequenas cial. O Japão tenta provar que a população de cetáceos é
coisas que todos podemos fazer”, disse ela. suficientemente grande para suportar a retomada da caça
Selina vai precisar mesmo desse discurso quando o navio comercial.
Peace Boat chegar a Nova York, o que está previsto para o O consumo da baleia tem uma longa tradição no Ja-
mês que vem. Lá ela vai se encontrar com representantes das pão, onde a caça é praticada há muitos séculos. A indústria
Nações Unidas, e o pedido não é qualquer coisa: os países-i- baleeira teve seu auge depois da Segunda Guerra Mundial.
lha querem uma mudança radical no consumo de combustí- Mas a demanda dos consumidores japoneses caiu conside-
veis fósseis do mundo todo para que o aquecimento se man-
ravelmente nos últimos anos, o que provoca muitos ques-
tenha a 1.5 grau acima do que era na Revolução Industrial. É
tionamentos sobre o sentido das missões científicas.
este o único jeito, afirmam os cientistas, de os impactos não
aumentarem de intensidade.
Além disso, querem também um financiamento. Vão Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
precisar de dinheiro para enfrentar os problemas causados
por furacões, como o Irma, que recentemente atingiu parte
da costa dos Estados Unidos, México e ilhas do Caribe. Não
vai ser fácil convencer.
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
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ATUALIDADES
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ATUALIDADES
INJEÇÃO DE ANTICORPOS É PROPOSTA DE TRATA- “Para as pessoas em geral, a infecção pelo vírus da zika
MENTO PREVENTIVO CONTRA ZIKA EM GESTANTES não causa grandes problemas. Uma vacina resolve. Agora,
CIENTISTAS TESTARAM ANTICORPOS SELECIONA- durante a gravidez que ocorre o problema é maior. Não
DOS EM LABORATÓRIO EM PRIMATAS COM PROTEÇÃO podemos correr o risco de tentar prevenir a mãe e atingir
DE 100%. o bebê», disse.
O próximo passo será a administração do coquetel em
Um grupo de pesquisadores da Universidade de Miami, primatas gestantes e, na fase seguinte, em seres humanos.
do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e da Universidade Já prevendo uma possível ocorrência de reação adver-
de São Paulo (USP) obteve respostas positivas em maca- sa do sistema imunológico em caso de infecção por den-
cos rhesus para um futuro tratamento preventivo contra gue, que é da família dos flavivírus, assim como o zika, os
zika em gestantes. Os resultados foram publicados nesta especialistas realizaram pequenas modificações na estru-
quarta-feira (4), na revista científica “Science Translational tura genética dos anticorpos monoclonais para tornar sua
Medicine”.
administração ainda mais segura. Desta forma, o coquetel
O macaco rhesus tem reação parecida ao ser humano
também poderia ser utilizado por pessoas com histórico de
ao entrar em contato com o zika: o vírus consegue infectar,
infecção por dengue, incluindo gestantes.
se replicar e causar danos aos fetos. Por isso, os cientistas
A descoberta também contou com a colaboração de
escolheram a espécie para os testes em animais.
Antes de chegar à fase com os primatas, os cientistas especialistas do Instituto de Pesquisa Scripps, da Univer-
passaram por algumas etapas. Anticorpos são moléculas sidade de Emory, dos Institutos Nacionais de Saúde dos
liberadas pelas células para “proteger” o corpo. As primei- Estados Unidos e do Instituto Ragon.
ras referências à existência deles na ciência são datadas do Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
final do século XIX.
Se eles são conhecidos há tanto tempo, por que só DE TESTE DE DNA CASEIRO A ORGANISMOS GE-
agora resolveram usá-los em um tratamento contra o zika? NETICAMENTE MODIFICADOS: OS PROJETOS DOS
O trabalho dos cientistas foi identificar quais são as cé- BIOHACKERS BRASILEIROS
lulas de imunização mais eficientes contra o zika, trabalho ENTUSIASTAS DA BIOLOGIA “FAÇA VOCÊ MESMO”
de engenharia genética eficiente, mas recente e não popu- CRIAM SEUS PRÓPRIOS EQUIPAMENTOS, FAZEM EX-
larizado. Primeiro, eles extraíram, isolaram e purificaram 91 PERIMENTOS FORA DA UNIVERSIDADE E PROCURAM
anticorpos monoclonais do sangue humano, a partir de um SOLUÇÕES PARA PROBLEMAS DO COTIDIANO.
paciente que estava infectado pelo vírus -- ou seja: nesta Parece um papo comum: um grupo de jovens que ain-
época, a pessoa estava produzindo uma grande quantida- da não se formou na faculdade se reúne ao redor de um
de para combater a doença. porção de esfirras baratas e discute se aquela carne tem
Depois, os cientistas precisaram identificar entre esse origem duvidosa.
vasto número de moléculas produzidas pelo paciente quais A paranoia sobre a origem da proteína animal é fre-
eram os mais eficientes contra o zika. Foram feitos testes quente, mas, nessa turma, a conversa não fica só na teoria
em laboratório para ver as opções que melhor neutraliza- conspiratória: reunidas em um laboratório de garagem, as
vam o vírus. Os anticorpos monoclonais chamados SM- amigas estão testando protocolos para fazer um teste de
ZAb1, SMZAb2 e SMZAb5 foram os mais eficazes. Chegou- procedência da carne. Isso mesmo: checar se o DNA da-
se a um coquetel com esse trio. quela amostra é realmente bovino.
Testes em macacos Bem-vindo ao mundo do biohacking: um universo
Nos Estados Unidos, um grupo de oito macacos rhe- onde entusiastas fazem uso da biologia de maneira ama-
sus passou por testes para verificar a eficiência de proteção
dora em resposta a uma curiosidade científica, uma dúvida
com esse coquetel. Quatro receberam o trio de anticorpos
pessoal ou um problema coletivo.
e os outros quatro receberam um placebo. Um dia depois,
Faça você mesmo
foram infectados pelo vírus da zika isolado pela equipe do
A palavra hacking não é novidade. No Brasil, costuma
IOC/Fiocruz em 2016, extraído de um paciente do Rio de
Janeiro. ser associada à ideia de hackers que invadem computado-
De acordo com o artigo publicado nesta quarta, a taxa res e roubam dados, os «piratas de computadores».
de proteção nos animais chegou a 100%. Testes adicionais Mas o conceito de hacking na verdade é muito mais
demonstraram que os anticorpos continuaram ativos e em amplo – e não está necessariamente ligado à ações mali-
altas quantidades seis meses após a injeção. ciosas. Em seu sentido original, significa fazer modificações
Uma dose desta junção de anticorpos pode ser uma em sistemas ou programas para obter um recurso que an-
saída mais segura para gestantes durante a gestação. De tes não estava disponível, encontrar uma melhoria ou cor-
acordo com a pesquisadora e uma das autoras do artigo, rigir um problema.
Myrna Bonaldo, do IOC/Fiocruz, as vacinas são boas so- Existe inclusive a chamada “cultura hacker”, uma ideo-
luções, mas podem apresentar ainda algum risco para as logia que prega amplo acesso à tecnologia, livre circulação
grávidas porque são feitas com o vírus atenuado (“enfra- de informação, descentralização de conhecimento e ino-
quecido”). vação.
22
ATUALIDADES
O hacking também não precisa estar restrito ao mundo como distração e acabou criando uma pequena empresa
da informática: o biohacking une o universo da biologia para criar um novo defensivo agrícola através do desliga-
com a cultura hacker, formando a Biologia DIY, que quer mento de um gene de pragas.
dizer “do it yourself”, ou “faça você mesmo”. Um de seus sócios, Erico Perrella, implantou um chip
“A ideia é democratizar a tecnologia, mostrar que a RFID na mão em 2014 - sua intenção era usar o mecanismo
ciência não precisa se restringir à área da universidade. É para dar partida em sua kombi, mas o carro acabou vendi-
ampliar o número de experiências possíveis com menos re- do, e o chip, que ainda está em sua mão, hoje não tem mais
cursos”, diz o colombiano Andres Ochoa, consultor de tec- utilidade para ele.
nologia e criador da rede SynTechBio, que reúne biohackers Já dentro do campo das experimentações, as possibi-
da América Latina. A rede tem como membros pelo menos lidades trazidas pela Biologia DIY são inúmeras. A ideia de
14 grupos espalhados pelo continente, três deles no Brasil. analisar a origem de alimentos, por exemplo, se baseia em
O biohacking é essencialmente interdisciplinar, ou seja, uma técnica chamada DNA Barcoding (Codigo de Barras de
atrai pessoas de áreas como Física, Design, Artes, Compu- DNA, em tradução livre).
tação e Matemática. “Elas juntam seus conhecimentos à Todo segundo sábado do mês o centro Genspace, em
Biologia para desenvolver projetos”, diz Ochoa. Nova York, abre seu laboratório para que as pessoas levem
Claro que, assim como hackers de computadores, os suas próprias amostras de alimentos e façam testes do tipo.
interessados precisam ter um bom conhecimento no as- Há quem invista na divulgação científica e nas possibilida-
sunto para poder se aventurar em ações mais inovadoras. des educacionais da Biologia DIY.
Mas isso não significa ter doutorado em Biotecnologia, diz É o caso do carioca Filipe Oliviera, um dos criadores
a professora Liza Felicori, da Universidade Federal de Minas do Conector Ciência, iniciativa que visa colocar em conta-
Gerais (UFMG). to escolas com métodos de ensino de baixo custo e fazer
“A Biologia é bastante acessível, é possível fazer o co- os próprios alunos construírem os equipamentos. Dá para
nhecimento se popularizar. Tanto que às vezes a gente faz descobrir a biodiversidade com um microscópio de papel,
experimentos com alunos de ensino médio e eles enten- fazer a automação de luzes com sensores de luminosidade,
dem, fazem bem. Conseguem tranquilamente extrair o entre outros usos.
DNA de um morango, por exemplo”, afirma ela, que está Outro caminho comum é o desenvolvimento de novos
montando um laboratório aberto para pessoas de fora da materiais, como fez o estudante de Biotecnologia baiano
universidade. Geisel Alves, que ajudou uma ONG a criar um mecanismo
“Muitas vezes, a universidade fica fechada demais em que converte fibra do coco verde em papel reciclável usan-
si mesma. Os jovens não têm os bloqueios de quem lida do métodos caseiros e materiais acessíveis.
com as dificuldades da ciência há anos e acabam trazendo “É um material fibroso genérico que você mistura com
novas soluções.” outros materiais para fazer várias coisas. Além do papel, dá
Chips e DNA
pra fazer telha, piso, tijolo”, explica Alves. “Aqui, o alto con-
Há três principais subdivisões na Biologia DIY. Grupos
sumo de coco é um problema grande, porque eles acabam
focados em fazer experimentos para encontrar soluções;
empilhados nas praias. Atrai ratos, mosquito da dengue.”
pessoas interessadas em desenvolver e baratear equipa-
“Novos materiais são um nicho”, diz Andres Ochoa. “No
mentos e em montar laboratórios coletivos que possibili-
Brasil já se trabalha com produção de um tecido ecológico
tem esses experimentos; e uma terceira vertente, interessa-
que parece com couro a partir dos micro-oganismos que
da em modificações corporais tecnológicas.
fazem kombucha (uma bebida fermentada).”
Nessa última área estão, por exemplo, pessoas que in-
Manipular micro-organismos também é muito útil para
jetam chips e ímãs sob a pele e fazem experimentações co-
tornar alguns tipos de fármacos mais acessíveis. Andrés
locando substâncias e até mesmo circuitos eletrônicos no
próprio corpo. Essa é a vertente do biohacking que acaba Ochoa participou da fase inicial do projeto Open Insulin,
chamando mais atenção, mas também atrai críticas dentro em que um grupo de 16 biohackers se uniu para criar um
do movimento. protocolo open source (aberto) de insulina - espécie de
“É um grupo muito pequeno que faz isso. Chamam instrução que serve de base para a produção da substância,
atenção, mas são minoria. Estamos falando de tecnologias usada no tratamento de diabetes, de maneira mais barata
que estão evoluindo cada vez mais rápido. Não faz senti- e acessível. O projeto conseguiu arrecadar U$ 16 mil ( R$
do você colocar em seu corpo um negócio que em pouco 50 mil) no Experiment, uma plataforma de financiamento
tempo vai ficar obsoleto”, diz Andres Ochoa. coletivo para pesquisas científicas.
Ele argumenta que a grande tendência são as tecno- No Brasil, não há legislação específica para “laborató-
logias “usáveis”, como relógios inteligentes e circuitos que rios de garagem”, no entanto, tudo o que é produzido fica
podem ser colados sobre a pele e removidos com facilida- sujeitos à legislação específica para aquele produto. Remé-
de. dios, por exemplo, terão de passar por aprovação da Anvisa
“Em geral, quem faz isso na verdade está fazendo uma antes de serem distribuídos.
declaração, é mais um ato simbólico do que uma coisa que Por isso, os biohackers acabam criando empresas e
tenha uma grande função prática”, diz o biohacker Otto muitas vezes profissionalizando o que era um hobby. A en-
Heringer, de São Paulo, que começou a fazer experimentos genheira química Clarissa Lopes, o estudante de Engenha-
23
ATUALIDADES
ria Aeroespacial Lucas Milagres e o estudante de Bioinfor- “Nos Estados Unidos, o acesso é tão fácil, tudo é tão
mática Carlos Gonçalves criaram uma empresa para tocar barato que a galera consegue montar laboratórios na pró-
seu projeto de usar bactérias na produção de calcitriol, um pria garagem. Aqui em São Paulo, não tem como fazer isso.
medicamento usado no tratamento de insuficiência crônica Para começar, a gente nem tem garagem”, diz Otto Herin-
renal. ger, que faz especialização na Universidade de São Paulo
“A indústria farmacêutica usa hoje outro processo, de (USP).
bem mais difícil acesso. Não há nenhum produtor local”, Há mais de 80 espaços de Biologia DIY pelo mundo,
afirma Gonçalves, que evita divulgar mais detalhes do pro- de acordo com o site DIYBio. A maioria é em cidades do
jeto por ainda não ter registrado uma patente. Sua expec- hemisfério norte como Amsterdã (Holanda), Berlim (Ale-
tativa é chegar a um forma de produção mais barata do manha), Paris (França), Nova York e São Francisco (Estados
remédio. Unidos).
Laboratórios “Não posso reclamar da USP, mas muitas universidades
federais não têm os laboratórios que os caras na Europa
O Brasil já tem diversos laboratórios “de garagem”
têm em casa”, afirma o Heringer. Nos Estados Unidos, por
abertos, com impressoras 3D e outros materiais para quem
exemplo, é possível comprar kits prontos de engenharia
é adepto do faça-você-mesmo — como o Olabi, no Rio de genética pela internet.
Janeiro, e o Garoa Hackerspace e os FabLabs da Prefeitura No Brasil, por conta dos preços e das dificuldades, a
de São Paulo. maioria dos laboratórios abertos na área de biologia ainda
Para trabalhar com “Biologia de Garagem”, no entanto, são, de algum modo, ligados às universidades - ocupando
é preciso um pouco mais: áreas separadas, estéreis, com espaços ou reaproveitando equipamentos.
equipamentos específicos e protocolos de biossegurança. “Mesmo a ciência ‘oficial’ que fazemos muitas vezes é
São os chamados wetlabs, laboratórios “molhados”, porque em uma salinha minúscula, com material improvisado, com
lidam com componentes vivos. muita dificuldade. A gente está acostumado com a gam-
O espaço aberto pela professora Liza Felicori, da Uni- biarra. Sair dos muros da universidade ou dos laboratórios
versidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é um deles. Ele das grandes indústrias é quase uma questão de sobrevi-
já recebeu os equipamentos e deve abrir até o fim do ano. vência pra gente. O biohacking faz muito mais sentido para
Há microscópios, estufa, pipetas, uma centrífuga (para se- nós do que para eles”, afirma.
parar componentes de soluções), uma impressora 3D, uma Ele também aponta a diferença nos tipos de iniciativas:
máquina de PCR (para reproduzir DNA em grandes quanti- enquanto no Brasil os projetos tendem a ser voltados para
dades) e um nanodrop (que mede a concentração de mo- resolver problemas reais, nos Estados Unidos e na Europa,
léculas). muitos deles são mais recreativos ou tem um quê de hobby
excêntrico.
A estudante Carol Gonzaga também montou um des-
Nos locais onde o movimento é mais desenvolvido, já
ses espaços, o Hub, com outros cinco biohackers no Rio de
começaram as surgir as preocupações com possíveis ris-
Janeiro. O laboratório fica atualmente em um local improvi-
cos – laboratórios amadores não poderiam criar organis-
sado, mas será levado para um galpão de 320 m². mos nocivos? O FBI, a polícia federal americana, monitora o
“Terá um espaço de fabricação digital, uma cozinha ex- movimento, mas não há regulamentação específica.
perimental, laboratório de biohacking e um laboratório de Os entusiastas dizem que todos os locais seguem pro-
mídia para lidar com eletrônica e comunicação”, explica ela, tocolos de biossegurança e cartilhas de bom funcionamen-
que conseguiu apoio do parque tecnológico da Universida- to. O cientista francês Thomas Landrain, que estuda o mo-
de Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). vimento, diz em sua pesquisa que os espaços ainda não
Interessado em baratear equipamentos para esses la- têm sofisticação suficiente para gerar problemas.
boratórios, o brasileiro André Maia Chagas desenvolveu Mas, apesar da relativa limitação técnica, os biohackers
projetos nesse sentido e acabou lançando a start-up [em- seguem entusiasmados. “Tornar a ciência mais acessível
presa iniciante de tecnologia] Prometheus Science, na Ale- tem um enorme potencial transformador”, diz André Maia
manha. Chagas, do Prometheus Science.
Sua empresa é parte da enorme comunidade criando
equipamentos baratos e mais acessíveis. “Possibilitando Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
que um experimento que custa 100 euros possa ser feito
por 3, você quebra um das principais barreiras da ciência,
que é a dificuldade de acesso por causa de dinheiro”, diz
ele.
Nós e eles
Nos Estados Unidos e na Europa, o movimento Biologia
DIY foi surgindo conforme tecnologias biológicas, como
sequenciamento de DNA, foram ficando mais acessíveis. Já
no Brasil e em países como Índia e África do Sul, contam os
biohackers, o movimento surgiu da necessidade.
24
ATUALIDADES
QUESTÃO
ANOTAÇÕES
01) “‘Monopólio’ brasileiro do nióbio gera cobiça mun-
dial, controvérsia e mitos. Com 98% das reservas, Brasil não
tem política específica para o mineral. Exportações cres- __________________________________________________
ceram 110% em 10 anos e somaram US$ 1,8 bi em 2012.”
Em relação ao nióbio brasileiro, assinale a alternativa ___________________________________________________
correta.
A O depósito localizado no carbonatito do barreiro em
___________________________________________________
Araxá (MG) é responsável pela maior produção brasileira. O ___________________________________________________
nióbio é considerado fundamental para a indústria de alta
tecnologia, como os tomógrafos de ressonância magnéti- ___________________________________________________
ca, para a indústria aeroespacial, entre outras.
B As maiores reservas de nióbio estão localizadas na ___________________________________________________
Amazônia (75%), onde a empresa Vale detém o monopólio ___________________________________________________
de exploração e comercialização.
C O nióbio é um mineral nobre e raro encontrado em ___________________________________________________
poucos países e seu preço está muito próximo do valor do
ouro, o que levou Walter Moreira Salles, banqueiro brasilei- ___________________________________________________
ro, a investir na extração desse minério.
D O fato de o Brasil possuir cerca de 98% das reser- ___________________________________________________
vas conhecidas garante ao país muitos anos de monopólio ___________________________________________________
da oferta. Devido ao crescimento da intensidade de uso e
das inúmeras possibilidades de aplicações, a relevância e ___________________________________________________
a valorização desse mineral são comparadas ao ouro e ao
petróleo. ___________________________________________________
E A oferta de nióbio está praticamente toda nas mãos
das duas gigantes mineradoras que operam no país, a es-
___________________________________________________
tatal Companhia Siderúrgica Nacional e a Anglo American. ___________________________________________________
Resposta: A ___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
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ATUALIDADES
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ATUALIDADES
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ATUALIDADES
Fiz os acertos entre parênteses: Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve-
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores ria = entrasse / veria.
que determinam as escolhas dos governantes, para confe-
rir legitimidade a suas decisões. RESPOSTA: “C”.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de-
vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos 11-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010)
valores e princípios que regem a prática política. A pontuação está inteiramente adequada na frase:
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver- a) Será preciso, talvez, redefinir a infância já que as
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei- crianças de hoje, ao que tudo indica nada mais têm a
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas. ver com as de ontem.
(D) As instituições fundamentais de um regime demo- b) Será preciso, talvez redefinir a infância: já que
crático não pode (podem) estar subordinado (subordina- as crianças, de hoje, ao que tudo indica nada têm a ver,
das) às ordens indiscriminadas de um único poder central. com as de ontem.
(E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol- c) Será preciso, talvez: redefinir a infância, já que
tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex- as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver
põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade. com as de ontem.
d) Será preciso, talvez redefinir a infância? - já que
RESPOSTA: “A”.
as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver
com as de ontem.
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010)
e) Será preciso, talvez, redefinir a infância, já que
A frase que admite transposição para a voz passiva é:
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sa- as crianças de hoje, ao que tudo indica, nada têm a ver
grado. com as de ontem.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
grande diversidade de fenômenos. Devido à igualdade textual entre os itens, a apresenta-
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da so- ção da alternativa correta indica quais são as inadequações
ciedade, a própria sociedade e seu instrumento de uni- nas demais.
ficação.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto RESPOSTA: “E”.
da vida (...).
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar ilu- 12-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE –
dido e da falsa consciência. ALUNO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012)
No trecho: “O crescimento econômico, se associado à
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra- ampliação do emprego, PODE melhorar o quadro aqui
do. sumariamente descrito.”, se passarmos o verbo desta-
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma cado para o futuro do pretérito do indicativo, teremos
grande diversidade de fenômenos. a forma:
- Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e A) puder.
explicada pelo conceito... B) poderia.
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda- C) pôde.
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. D) poderá.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da E) pudesse.
vida (...).
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do
e da falsa consciência.
Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós pode-
ríamos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração é
RESPOSTA: “B”.
crescimento econômico (singular), portanto, terceira pes-
soa do singular (ele) = poderia.
10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRA-
TIVO - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias,
vê dezenas de caminhões parados”, revelou o analista RESPOSTA: “B”.
ambiental Geraldo Motta.
Substituindo-se Quando por Se, os verbos subli- 13-) (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011)
nhados devem sofrer as seguintes alterações: Entre as frases que seguem, a única correta é:
(A) entrar − vira a) Ele se esqueceu de que?
(B) entrava − tinha visto b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para dis-
(C) entrasse − veria tribui-lo entre os presentes.
(D) entraria − veria c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas
(E) entrava − teria visto críticas.
28
ATUALIDADES
d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindica- Alterando apenas o tempo dos verbos destacados
ções dos funcionários. para o tempo presente, sem qualquer outro ajuste,
e) Não sei por que ele mereceria minha conside- tem-se, de acordo com a norma-padrão da língua por-
ração. tuguesa:
(A) … soubemos respeitar os mais velhos! / E quan-
(A) Ele se esqueceu de que? = quê? do eles falaram nós calamos a boca!
(B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para (B) … saberíamos respeitar os mais velhos! / E quan-
distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes. do eles falassem nós calaríamos a boca!
(C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos ex- (C) … soubéssemos respeitar os mais velhos! / E
cessivos nas críticas. quando eles falassem nós calaríamos a boca!
(D) O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às reivindi- (D) … saberemos respeitar os mais velhos! / E quan-
cações dos funcionários. do eles falarem nós calaremos a boca!
(E) Não sei por que ele mereceria minha consideração. (E) … sabemos respeitar os mais velhos! / E quando
eles falam nós calamos a boca!
RESPOSTA: “E”.
No presente: nós sabemos / eles falam.
14-) (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINIS-
RESPOSTA: “E”.
TRATIVO - VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as fra-
ses do texto: 16-) (UNESP/SP - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINIS-
I, Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota ne- TRATIVO - VUNESP/2012) A correlação entre as formas
gativa... verbais está correta em:
II,... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior clas- (A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o
sificação do continente americano (2,0)... planeta não resistiu.
Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases (B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto
I e II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem poder de consumo, o planeta em breve sofrerá um co-
dos exemplos, em: lapso.
(A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o (C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebi-
próximo ano. Será que alguém tem opinião diferente da, o do jogo, o do sexo e o do consumo não conheces-
da maioria? se distorções patológicas, não haverá vícios.
(B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas ju- (D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tor-
ninas. Vêm pessoas de muito longe para brincar de qua- nado tão eficientes, talvez as coisas não ficaram tão
drilha. baratas.
(C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. (E) Se as pessoas não se propuserem a consumir
Quase todos quiseram ficar até o nascer do sol na praia. conscientemente, a oferta de produtos supérfluos cres-
(D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, cia.
mas também existem umas que não merecem nossa
atenção. Fiz as correções necessárias:
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam. (A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o plane-
ta não resistiu = resistirá
Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos (B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto
aos itens: poder de consumo, o planeta em breve sofrerá um colapso.
(C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebida,
(A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém
o do jogo, o do sexo e o do consumo não conhecesse dis-
tem (singular)
torções patológicas, não haverá = haveria
(B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural)
(D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tornado
(C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quise-
tão eficientes, talvez as coisas não ficaram = ficariam (ou
ram (plural) teriam ficado)
(D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem (E) Se as pessoas não se propuserem a consumir cons-
umas (plural) cientemente, a oferta de produtos supérfluos crescia =
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas crescerá
as formas estão no plural)
RESPOSTA: “B”.
RESPOSTA: “A”.
17-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁ-
15-) (CETESB/SP - ANALISTA ADMINISTRATIVO - RIA – VUNESP/2010) Assinale a alternativa que preen-
RECURSOS HUMANOS - VUNESP/2013 - ADAPTADA) che adequadamente e de acordo com a norma culta a
Considere as orações: … sabíamos respeitar os mais lacuna da frase: Quando um candidato trêmulo ______ eu
velhos! / E quando eles falavam nós calávamos a boca! lhe faria a pergunta mais deliciosa de todas.
29
ATUALIDADES
RESPOSTA: “A”.
30
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
1
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Sobre o YaST:
A HISTÓRIA DO GNU/LINUX YaST talvez seja a mais poderosa ferramenta de gestão
O sistema Linux tem sua origem no Unix, um sistema do ambiente Linux. É um projeto open source patrocinado
operacional multitarefa e multiusuário que tem a vantagem pela Novell e ativamente em desenvolvimento.
de rodar em uma grande variedade de computadores. O desenvolvimento do YaST começou em janeiro de
1995. Ele foi escrito em C++ com um ncurses GUI por
O Linux surgiu de forma muito interessante. Tudo co-
Thoamas Fehr (um dos fundadores SuSE) e Michael Andres.
meçou em 1991, quando um programador finlandês de
YaST é a ferramenta de instalação e configuração para
21 anos, Linus Benedict Torvalds, enviou a seguinte men-
openSUSE, SUSE Linux Enterprise e o antigo SuSE Linux.
sagem para uma lista de discussão na Internet: “Olá para
Possui uma atraente interface gráfica capaz de personali-
todos que estão usando Minix. Estou fazendo um sistema zar o seu sistema rapidamente durante e após a instalação,
operacional free (como passatempo) para 386, 486, AT e podendo também ser utilizada em modo texto.
clones”. Minix era um limitado sistema operacional basea- YaST pode ser usado para configurar o sistema inteiro,
do em Unix que rodava em microcomputadores maquiavé- como por exemplo configurar periféricos como: placa de
licos como o AT. Linus pretendia desenvolver uma versão vídeo, placas de som, rede, configurar serviços do sistema,
melhorada do Minix e mal sabia que seu suposto “passa- firewall, usuários, boot, repositórios, idiomas, instalar e re-
tempo” acabaria num sistema engenhosamente magnífico. mover softwares etc.
Muitos acadêmicos conceituados ficaram interessados na
idéia do Linus e, a partir daí, programadores das mais varia- DEBIAN
das partes do mundo passaram a trabalhar em prol desse Debian é uma das distribuições mais antigas e popula-
projeto. Cada melhoria desenvolvida por um programador res. Ela serviu de base para a criação de diversas outras dis-
era distribuída pela Internet e, imediatamente, integrada ao tribuições populares, tais como Ubuntu e Kurumin. Como
núcleo do Linux. suas características de maior destaque podemos citar:
No decorrer dos anos, este trabalho árduo e voluntário • Sistema de empacotamento .deb;
de centenas de sonhadores tornou-se num sistema ope- • Apt-get, que é um sistema de gerenciamento de
racional bem amadurecido e que hoje está explodindo no pacotes instalados mais práticos dentre os existentes (se
mercado de servidores corporativos e PCs. Linus, que hoje não o mais!);
coordena uma equipe de desenvolvedores do núcleo de • Sua versão estável é exaustivamente testada, o
seu sistema, foi eleito em pesquisa pública a personalidade que o torna ideal para servidor (segurança e estabilidade);
do ano de 1998 do mundo da informática. • Possui um dos maiores repositórios de pacotes
dentre as distros (programas pré-compilados disponíveis
COMO OBTER O GNU/LINUX para se instalar).
Uma vez escolhida a distribuição que você utilizará, o
próximo passo é fazer o download de uma imagem ISO SLACKWARE
Slackware, ao lado de Debian e Red Hat, é uma das
para gravação e instalação em seu computador. É extre-
distribuições “pai” de todas as outras. Idealizada por Patrick
mamente recomendável optar por uma distribuição popu-
Volkerding, Slack - apelido adotado por sua comunidade
lar, bem testada e na qual você encontrará documentação
de usuários - tem como características principais leveza,
abundante na internet caso precise de ajuda.
simplicidade, estabilidade e segurança.
Embora seja considerada por muitos uma distribuição
UBUNTU difícil de se usar, voltada para usuário expert ou hacker,
Ubuntu é uma das distribuições Linux mais populares possui um sistema de gerenciamento de pacotes simples,
da atualidade e isso se deve ao fato dela se preocupar mui- assim como sua interface de instalação, que é uma das
to com o usuário final (desktop). Originalmente baseada poucas que continua em modo-texto, mas nem por isso se
no Debian, diferencia-se além do foco no desktop, em sua faz complicada.
forma de publicação de novas versões, que são lançadas Se você procura por uma distribuição voltada para ser-
semestralmente. vidor, deseja aprofundar seus conhecimentos no Linux ou
procura um desktop sem frescuras, Slack é pra você!
2
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
3
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
A distribuição foi lançada inicialmente como uma va- A identificação do usuário é feita por um “número de
riante do Ubuntu que contava com os codecs de mídia já identificação” ou id, que é atribuído ao usuário durante a
na instalação. A evolução foi rápida e hoje é uma distribui- criação de sua conta no sistema.
ção completa e bem resolvida, com ferramentas próprias Com a finalidade de garantir a integridade do trabalho
de configuração, aplicativo de instalação de pacotes basea- de cada usuário, impedindo que um usuário altere o tra-
do na web, menus personalizados, entre outras caracterís- balho de outro, no momento de entrada no sistema, você
ticas únicas e sempre com um visual bem clean e elegante. deve informar a senha do seu usuário. O nome de usuário
O fundador, líder e principal desenvolvedor da distri- associado à senha é a sua “chave de entrada” no sistema,
buição se chama Clement Lefebvre, ele iniciou usando Li- portanto deve ser guardada com cuidado.
nux em 1996 (Slackware) e vive na Irlanda.
Algumas razões do sucesso do Linux Mint listados na Grupos
página do projeto são: O Linux também possui o conceito de “grupo”. Um
A velocidade com que a comunidade responde às de- grupo é, como o próprio nome diz, um agrupamento de
mandas, uma solicitação postada no fórum do site pode vários usuários que devem compartilhar algumas carac-
estar já implementada no current em menos de uma se- terísticas em comum como, por exemplo, permissões de
mana; acessos a arquivos e dispositivos.
Por ser derivada do Debian conta com toda a base só-
lida de pacotes e do gerenciador de pacotes do Debian; Superusuário
É compatível com os repositórios do Ubuntu; O superusuário é aquele que tem plenos poderes
Tem um desktop preparado para o usuário comum dentro do Linux. É o superusuário quem pode criar novos
sentir-se confortável; usuários, alterar direitos, configurar e fazer a atualização
Se esforça para que os recursos, tais como suporte do sistema. Somente ele tem direito de executar essas ati-
multimídia, resolução de vídeo, placas e cartões Wifi e ou- vidades.
tros, funcionem bem. É recomendado utilizar a conta de superusuário so-
À exceção do Mandrake, e depois do Kurumin, esta foi mente quando for necessário configurar algo no sistema.
a primeira distro a fazer sucesso com os usuários pelos se- Ainda assim é recomendado utilizá-la o mínimo possível
guintes motivos: facilidade em instalar programas, instala- para evitar que algum erro danifique o sistema.
ção e configuração automática de dispositivos e afins.
O Mint agregou essas facilidades e incorporou outras,
Entrando e Saindo do Sistema
sendo considerado um Ubuntu mais polido, com excelente
Ao iniciar o Linux, um prompt semelhante ao ilustrado
seleção de softwares, belo desempenho e design.
a seguir será mostrado:
Mandrake Linux (tty1) ldalcero login:
APLICATIVOS PARA GNU/LINUX
Informe o seu login/nome de usuário. A seguir será so-
O GNU/Linux possui uma riqueza incomparável de
aplicativos, oferecendo mais de uma solução à certas ne- licitada a senha (Password) do usuário. Digite a senha do
cessidades. A maior dificuldade está em encontrar um apli- seu usuário.
cativo que sirva às suas necessidades. Como há inúmeros Após informar o nome de usuário e a senha correta-
aplicativos para as mesmas funções, eles apresentam certas mente, você será levado ao prompt do sistema:
características, estas que se adaptam ou não ao gosto do [aluno@ldalcero aluno] $
usuário, por isto temos tanta variedade de aplicativos dis- OBS.: O linux tem terminais virtuais. Você pode alterar
poníveis hoje em dia. entre eles utilizando as teclas Alt-Fn, onde n pode variar de
O fato de quase 100% dos aplicativos serem Open- 1 até 6 na configuração padrão.
Source ajuda para que esta lista cada vez mais venha cres- Pode-se utilizar o comando logout na linha de coman-
cer. Dentre outras coisas, os aplicativos permitem ser alte- do para se desconectar do sistema:
rados conforme as necessidades dos usuários, por termos [aluno@ldalcero aluno]$ logout
acesso liberado ao código-fonte deles. Desligando o Sistema
A fim de evitar danos ao sistema de arquivos, é neces-
COMANDOS DO TERMINAL sário que o superusuário pare o sistema antes de desligar o
A linha de comando é o método mais usado por admi- computador. Um dos comandos que podem ser utilizados
nistradores de sistemas Linux, pois é o que oferece o maior é o comando shutdown. Este comando permite tanto des-
número de possibilidades, além de ser o método mais rápi- ligar quanto reiniciar o computador.
do de fazer as coisas. [aluno@ldalcero aluno]$ shutdown -h now
O comando acima permite desligar o computador ime-
Usuário diatamente, enviando uma mensagem a todos os usuários
Como o Linux foi concebido para que várias pessoas que estão utilizando o sistema.
pudessem utilizar os mesmos recursos presentes em uma [aluno@ldalcero aluno]$ shutdown -h -t 30 “Atenção:
única máquina, surgiu o conceito de usuário para diferen- O sistema será desligado dentro de 30 segundos”
ciar o que cada pessoa estivesse fazendo e quais recursos O comando acima finaliza todos os processos e desliga
ela estivesse ocupando. O usuário é a identificação da pes- o computador dentro de 30 segundos, enviando a mensa-
soa que irá utilizar o sistema. gem de aviso a todos os usuários logados no sistema.
4
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
[aluno@ldalcero X11] $
No exemplo acima, como são nomes de diretórios; o parâmetro [-F] adiciona uma barra indicando nome de diretório.
O parâmetro [-l] coloca várias informações sobre o arquivo (permissões, links, dono, grupo, tamanho, data, hora, nome do
arquivo).
Metacaracteres
Existem sinais, chamados metacaracteres, usados para facilitar a utilização de comandos no Linux.
Quando se trabalha com os comandos de manipulação de arquivos, frequentemente é útil empregarmos metacaracte-
res. Estes símbolos – como *, ?, [], {} - são úteis para se referenciar arquivos que possuam características em comum.
Para os exemplos dados nesta seção, será usada a seguinte lista de arquivos:
[aluno@ldalcero aluno]$ ls
12arquivo 1arquivo 2arquivo arquivo arquivo3 arquivo34 arquivo5arquivo
• O asterisco “*”:
O asterisco é usado para representar “qualquer quantidade de qualquer caractere”. Por exemplo, arquivo* retornaria
todos os arquivos em que o nome iniciasse com “arquivo”. Veja o efeito da utilização prática deste metacaractere.
[aluno@ldalcero aluno]$ ls arquivo* arquivo arquivo3 arquivo34 arquivo5arquivo
• O Ponto de Interrogação “?”:
5
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
6
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
7
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Hard Links
Ocupam apenas um inode na área de inodes. E são usados quando estas referências estiverem no mesmo sistema de
arquivos.
A quantidade de links fazendo referência ao mesmo arquivo pode ser vista usando o comando ls -l. O valor que aparece
após as permissões é o número de conexões lógicas.
Exemplo:
[aluno@ldalcero aluno]$ ls – l doc*
-rwxr-xr-x 4 aluno grupo01 36720 Jun 2 14:25 documento.txt
Nesse caso, o arquivo documento.txt possui 4 links associados a ele. Quando qualquer um dos links é alterado, o ori-
ginal também é modificado; visto que são o mesmo arquivo, apenas com nomes diferentes. O original só será eliminado
quando todos os seus links também forem. O formato do comando para criar um hard link é mostrado a seguir:
ln arquivo link
OBS.: Não é possível criar hard links para diretórios, e também é impossível criar links diretos entre sistemas de arquivos.
Links Simbólicos
O link simbólico é como um “atalho” para um arquivo. O ato de se apagar um link simbólico não faz com que o arquivo
original desapareça do sistema, somente o vínculo será apagado.
Existem vários motivos para se criar um link simbólico, dentre eles pode-se destacar:
Quando se deseja criar nomes mais significativos para chamadas a comandos. Existe um exemplo prático na chamada
dos shells tais como csh e sh, que na realidade são links simbólicos para os shells tsch, bash.
Um outro exemplo bastante significativo é com relação aos comandos mtools, tais como o mformat e vários outros, que
nada mais são do que links simbólicos para o comando mtools.
Um outro uso para o comando é como atalho para diretórios com nomes complicados; o que não pode ser feito com
hard links.
O formato do comando para criação de links simbólicos é:
ln -s arquivo link
Observe o exemplo a seguir:
[aluno@ldalcero aluno]$ ln -s /usr/X11R6/ /usr/X11
O comando anterior cria um link /usr/X11 que aponta para o diretório real /usr/X11R6. Desta forma, é possível acessar
este diretório por qualquer caminho.
Como se pode observar, a única diferença nos comandos entre a ligação simbólica e a ligação direta é o parâmetro -s.
Permissões de Arquivos
Este tópico trata do sistema de direitos de acesso a arquivos do Linux, incluindo também informações de como alterar
estes direitos.
Conceitos
O sistema de arquivos do Linux possibilita que sejam atribuídos direitos de acesso diferenciados para os usuários do
sistema. A cada arquivo ou diretório do sistema é associado um proprietário, um grupo e seus respectivos direitos de aces-
so, ou permissões. O método mais simples e comum de verificar estes atributos de um arquivo é através do comando ls,
como exemplificado a seguir:
[aluno@ldalcero aluno]$ ls -l documento.txt
-rw-r--r-- 4 aluno grupo01 36720 Jun 2 14:25 documento.txt
O dono do arquivo no exemplo citado é o usuário aluno, e o grupo a que está relacionado o arquivo é o grupo01. A pri-
meira informação retornada por esta listagem é um conjunto de caracteres, o qual indica o tipo do arquivo e as permissões
de acesso ao mesmo. O caractere inicial indica o tipo de arquivo, e a tabela abaixo mostra os tipos de arquivos existentes:
8
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Os demais nove caracteres, divididos em três grupos de três caracteres cada, definem as permissões do dono do ar-
quivo, dos membros do grupo a que está relacionado o arquivo e de outros usuários, respectivamente. As permissões de
acesso aos arquivos são representadas pela letras r, w e x, conforme detalhado na tabela abaixo:
Utilizando o chmod
O comando chmod permite que se altere as permissões de um ou mais arquivos. Existem duas notações para se aplicar
o comando: o modo simbólico e o octal. Somente o superusuário ou o dono do arquivo podem executar esta operação.
Veja a sintaxe do comando abaixo:
chmod [opções] arquivos
Uma das opções mais usadas no chmod é a opção -R que permite que se altere recursivamente as permissões de ar-
quivos e diretórios.
No modo simbólico, deve ser indicado quem será afetado (u, g, o, a) e qual, ou quais, permissões serão concedidas ou
suprimidas conforme tabelas abaixo.
Notação simbólica do chmod
Símbolo Descrição
g Grupo do arquivo
Outros usuários que não são os
o donos, nem estão cadastrados no
grupo especificado
a Afeta todos os anteriores (u, g, o)
Operadores
Operador Descrição
- Remove permissão(ões)
A segunda forma de alterar permissões consiste em definir uma seqüência de três algarismos octais. Ela é mais utilizada
quando se deseja alterar permissões. Cada algarismo se refere a um grupo de permissões (u, g, o).
Para facilitar o seu entendimento, associamos um valor decimal com cada permissão, conforme tabela abaixo: Permis-
sões octais
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Contas de Usuário
Decimal Associado Permissão
O Linux é um sistema operacional multiusuário, por-
4 Leitura (read) tanto é necessário que todos os usuários sejam cadas-
trados e tenham permissões de acesso diferenciados, É
2 Escrita (write) possível também cadastrá-los em grupos para facilitar o
gerenciamento. Neste tópico serão abordados justamente
1 Execução (execute) estes aspectos do Linux e os comandos necessários para a
administração do sistema.
Para se obter o octal referente às permissões selecio- Primeiramente será visto como é possível criar os usuá-
nadas, se deve executar uma operação de soma entre elas. rios.
Veja abaixo um exemplo de definição simbólica de permis-
sões: O comando useradd ou adduser
[aluno@ldalcero aluno]$ chmod u+rw, g+x documen- O comando useradd ou adduser permite que se crie
to.txt usuários especificados em opções. Somente o superusuá-
Neste caso, são concedidas permissões de leitura e rio poderá utilizar este comando. Veja abaixo a sua sintaxe:
gravação ao dono, e execução ao grupo para o arquivo useradd [opções] [usuário]
documento.txt. Exemplo de definição octal de permissões: Este comando altera os seguintes arquivos:
[aluno@ldalcero aluno]$ chmod 651 documento.txt /etc/passwd – informações de contas de usuários
Neste exemplo, será concedida permissão de leitura e /etc/shadow – informações de contas de usuários e se-
gravação ao dono (rw- =4+2 conforme tabela de octais), nhas criptografadas
leitura e execução para o grupo (r-x = 4+1), e execução /etc/group – informações de grupos
para qualquer outro (--x = 1). O comando useradd
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
O superusuário irá alterar a senha do usuário aluno1. Utilizado sem nenhuma opção o comando id retorna
[aluno@ldalcero aluno]$ passwd os dados do usuário corrente.
O usuário aluno1 irá alterar a sua senha. [aluno@ldalcero aluno]$ id uid = 790(aluno) gid =
790(aluno) grupos = 790(aluno)
O comando userdel Quando informamos o nome de um usuário como op-
O comando userdel permite que se elimine usuários ção, ele nos retorna as informações do usuário indicado.
do sistema. Somente o superusuário poderá utilizar este [aluno@ldalcero aluno]$ id root
comando. Veja abaixo sua sintaxe: uid = 0(root) gid = 0(root) grupos = 0(root), 1(bin),
userdel [opções] [usuário] 2(daemon), 3(sys), 4 (adm), 6(disk), 10(wheel)
Exemplo:
[aluno@ldalcero aluno]$ userdel aluno1 Gerenciamento de Processos
Elimina a conta do usuário aluno1. O Linux, por ser um sistema operacional multitarefa,
executa diversos processos simultaneamente. De um modo
O comando groupadd ou addgroup geral, um processo é um programa em execução, embora
Para facilitar a administração do sistema, pode-se usar possa se apenas parte de um programa mais complexo.
o conceito de grupos de usuários com perfis semelhantes.
Por exemplo, definir grupos conforme os departamentos Criar, Monitorar e Eliminar Processos
de uma empresa. Para isto, precisa-se criar estes grupos Para cada processo, o sistema fornece um código (PID)
através do comando groupadd ou addgroup. que o identificará. Há também uma hierarquia de proces-
Sintaxe: sos, ou seja, um processo pode chamar outro, que por sua
groupadd [opções] grupo vez chama um terceiro, e assim por diante.
Exemplos: O processo que executa um segundo processo, é cha-
[root@ldalcero root]$ groupadd alunos mado de processo “pai”, e o novo processo, chamado de
Cria o grupo alunos. “filho”.
Como já foi dito, o Linux é um sistema multitarefa, o
que lhe permite executar mais de um processo ou sistema.
O comando gpasswd
Portanto, é possível ter processos em primeiro plano (fore-
O gpasswd é utilizado para administrar o arquivo /etc/
ground), bem como em segundo plano (background).
group (e o arquivo /etc/gshadow, caso seja compilado com
Os comandos para se trabalhar com processos serão
SHADOWGRP). Todos os grupos podem ter administrado-
vistos a seguir.
res, membros e uma senha. O administrador do sistema
pode usar a opção -A para definir o administrador do gru-
O comando ps
po e -M para definir os membros e todos os seus direitos,
O comando ps mostra os processos ativos no sistema.
assim como os do administrador. Veja a sintaxe abaixo:
Veja abaixo a sintaxe do comando:
gpasswd grupo gpasswd -a usuário grupo gpasswd -d ps [opções]
usuário grupo gpasswd -R grupo gpasswd -r grupo gpass-
wd [-A usuário,...] [-M usuário,...] grupo
Administradores de grupos podem adicionar e excluir Opção Descrição
usuários utilizando as opções -a e -d respectivamente. Ad-
ministradores podem usar a opção -r para remover a senha -a Mostra todos os processos.
de um grupo. Quando não há senhas definidas para um
Mostra os processos em formato de “árvore”, ou
grupo, somente os membros do grupo podem usar o co- -f
seja, com seus caminhos completos.
mando newgrp para adicionar novos usuários ao grupo. A
opção -R desabilita o acesso ao grupo através do comando Inclui na lista os usuários e hora do ínicio do
-u
newgrp. processo.
O gpasswd executado pelo administrador do grupo,
-x Inclui processos não associados a um terminal.
seguido pelo nome, solicitará a senha do grupo. Caso o
comando newgrp esteja habilitado pera outros usuários do
grupo sem o uso de senha, não-membros do grupo podem Exemplos:
também executar o comando, informando, entretanto, a [aluno@ldalcero aluno]$ ps
senha do grupo. Exibe os processos ativos daquele usuário.
[aluno@ldalcero aluno]$ ps -xf
Mostra todos os processos do usuário, incluindo pro-
Verificando informações do usuário
cessos sem controle do terminal, no formato “árvore”.
Uma vez criados os usuários e grupos no sistema uti-
lizamos o comando id para verificar informações sobre os
O comando kill
usuários do sistema. Ele nos fornece dados como a identifi-
O comando kill permite que o superusuário ou os do-
cação do usuário no sistema (UID) e os grupos aos quais o
nos dos processos possam eliminar processos ativos. A sin-
usuário está associado (GID). Veja a sintaxe abaixo:
taxe desse comando é apresentada a seguir:
id [opções] [nome]
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Código fonte
O RPM possibilita a distribuição dos arquivos fonte, i Apresenta as informações do pacote.
idênticos aos distribuídos pelos autores dos programas e l Apresenta a lista de arquivos pertencentes ao pacote.
as alterações separadamente.
s Apresenta o status dos arquivos do pacote.
Instalando / Atualizando
Os pacotes RPM têm nomes de arquivos com o seguin- d Apresenta um lista dos arquivos de documentação.
te formato:
foo-1.0-1.i386.rpm c Apresenta uma lista dos arquivos de configuração.
Onde:
foo : nome do arquivo A opção de verificação pode ser útil caso haja alguma
1.0 : versão 1 : Release i386 : plataforma suspeita de que a base de dados RPM esteja corrompida.
A instalação é feita através de uma única linha de co-
mando, como por exemplo: Instalação de Aplicativos em código binário
[root@ldalcero root]$ rpm -ivh foo-1.0-1.i386.rpm Na maioria das vezes os aplicativos em código binário
Preparing... ############################### são empacotados pelo comando tar e dentro dele é ne-
############## [100%] cessário fazer três tipos de comando, para que o aplicativo
1: foo ############################## seja instalado no sistema, a seguir vamos ver detalhada-
############### [100%] mente esses comandos.
Como se pode observar, o RPM apresenta o nome do
pacote (o qual não tem necessariamente o mesmo nome O comando configure
Esse comando é utilizado para que seja feita uma veri-
do programa) e apresenta uma sucessão de caracteres #
ficação no sistema e nas dependências dos pacotes neces-
atuando como uma barra de status no processo de insta-
sários para o aplicativo ser instalado, se o comando obtiver
lação.
algum erro de checagem do sistema ele retorna uma men-
Para atualizar um pacote utilize o comando: sagem de erro e para a verificação. Exemplo:
[root@ldalcero root]$ rpm -Uvh foo-1.0-1.i386.rpm [root@ldalcero foo]$ ./configure
Preparing... ###############################
############## [100%] O comando make e make install
1: foo ############################## Esses dois comandos são responsáveis pela criação das con-
############### [100%] figurações necessárias ao aplicativo no sistema, bem como sua
Qualquer versão anterior do pacote será desinstalada instalação, eles só podem ser utilizados sem problemas, caso o co-
e será feita uma nova instalação guardando as configura- mando configure tenha sido executado com sucesso. Exemplos:
ções anteriores do programa para um possível uso caso [root@ldalcero foo]$ make
o formato dos arquivos de configuração não tenha sido [root@ldalcero foo]$ make install
alterado.
Uso e Configuração do Ambiente Gráfico
Desinstalando Neste tópico será mostrado como você interagir com
Para desinstalar um pacote utilize o comando: o ambiente gráfico do Linux e também como fazer a sua
[root@ldalcero root]$ rpm -e foo configuração de acordo com sua necessidade e facilidade.
Onde foo é o nome do pacote e não do arquivo utili- Como padrão vamos utilizar o ambiente gráfico GNOME.
zado na instalação.
Gerenciadores de Janelas
Consultando / Verificando A principal função de um gerenciador de janelas é,
Para consultar a base de dados de pacotes instalados como o próprio nome diz, gerenciar a apresentação das
utilize o comando: janelas e fornecer métodos para controlar aplicações, criar
[root@ldalcero root]$ rpm -q nome_do_pacote e acessar menus. Além de fornecer meios para que o usuá-
Com a sua utilização são apresentados o nome do pa- rio possa personalizar o seu ambiente. Mas, como é feito o
cote, versão e release. relacionamento com o sistema?
No Linux, este relacionamento é feito pelo Servidor de
Em vez de especificar o nome do pacote, pode-se uti-
Janelas X. Seu objetivo é fornecer acesso aos dispositivos
lizar as seguintes opções após o parâmetro q, mostrados
existentes em seu computador (mouse, teclado) e fornecer
na tabela abaixo:
um ambiente agradável para a manipulação de aplicações,
através de componentes chamados Janelas.
Opção Descrição Mas, não confunda estes dois conceitos: o servidor de
janelas possui recursos para implementar as aplicações em
a Consulta todos os pacotes instalados. forma de janelas e formar um ambiente agradável para o
usuário; já o gerenciador de janelas vai fornecer métodos
f Consulta o pacote do qual o arquivo faz parte para que o usuário possa modificar o tamanho das janelas,
o papel de parede, enfim, o layout da interface gráfica.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Windows 10 Education:
Construído sobre o Windows 10 Enterprise, a versão Edu-
cation é destinada a atender as necessidades do meio educa-
cional. Os funcionários, administradores, professores e estu-
dantes poderão aproveitar os recursos desse sistema opera-
cional que terá seu método de distribuição baseado através
da versão acadêmica de licenciamento de volume.
Windows 10 Mobile
O Windows 10 Mobile é voltado para os dispositivos
de tela pequena cujo uso é centrado no touchscreen, como
smartphones e tablets. Essa edição vai contar com os mes-
mos apps incluídos na versão Home, além de uma versão
do Office otimizada para o toque. O Continuum também Cortana
vai marcar presença nos dispositivos que forem compatíveis A assistente pessoal Cortana foi introduzida pela Mi-
com a funcionalidade. crosoft no Windows Phone 8.1. Com o Windows 10, ela
também estará presente nos PCs.
Windows 10 Mobile Enterprise: A Cortana permitirá que os usuários façam chamadas
Projetado para smartphones e tablets do setor corpo- no Skype, verifiquem o calendário, agendem e verifiquem
rativo. Essa edição também estará disponível através do compromissos agendados, definam lembretes, configurem
Licenciamento por Volume, oferecendo as mesmas vanta- o alarme, tomem notas e muito mais.
gens do Windows 10 Mobile com funcionalidades direcio- Infelizmente, sua disponibilidade no lançamento do
nadas para o mercado corporativo. Windows 10 em 29 de julho de 2015 deve variar depen-
Windows 10 IoT Core dendo da região.
Além dos “sabores” já mencionados, a Microsoft pro-
mete que haverá edições para dispositivos como caixas
eletrônicos, terminais de autoatendimento, máquinas de
atendimento para o varejo e robôs industriais – todas ba-
seadas no Windows 10 Enterprise e Windows 10 Mobile
Enterprise. O Windows 10 IoT Core – que contém em seu
nome a sigla em inglês para Internet das Coisas – vai ser
destinado para dispositivos pequenos e de baixo custo.
Windows 10
Windows 10 é a mais recente versão do sistema ope-
racional da Microsoft. Multiplataforma, o download do
software pode ser instalado em PCs (via ISO ou Windows
Update) e dispositivos móveis (Windows 10 mobile) como
smartphones e tablets. A versão liberada para computado-
res (Windows 10 e Windows 10 Pro) une a interface clássica
do Windows 7 com o design renovado do Windows 8 e 8.1,
criando um ambiente versátil capaz de se adaptar a telas Microsoft Edge
de todos os tamanhos e perfeito para uso com teclado e A terceira das 10 novidades no Windows 10 listadas
mouse, como o tradicional desktop. neste artigo é o navegador Microsoft Edge. O navegador
substituirá o Internet Explorer como o navegador padrão
Podemos citar, dentre outras, as seguintes novidades: do Windows.
O novo navegador foi desenvolvido como um app Uni-
Menu Iniciar versal e receberá novas atualizações através da Windows
O Windows 8 introduziu uma tela inicial que ocupava Store. Ele utiliza um novo mecanismo de renderização de
toda a área do monitor. Muitos usuários não conseguiram páginas conhecido também pelo nome Edge, inclui supor-
se adaptar muito bem e isto fez com que a Microsoft trou- te para HTML5, Dolby Audio e sua interface se ajusta me-
xesse o menu Iniciar de volta no Windows 10. lhor a diferentes tamanhos de tela.
Nesta nova versão do menu Iniciar, os usuários podem Com ele os usuários também poderão fazer anotações
fixar tanto os aplicativos tradicionais como os aplicativos em sites da Web (imagem abaixo) e até mesmo usar a Cor-
disponibilizados através da Windows Store. tana. Basicamente a ideia é permitir que a Cortana navegue
O menu também pode ser expandido automaticamen- na Web com você e assim encontre informações úteis que
te no modo Tablet para se comportar como a tela inicial do podem te ajudar.
Windows 8 e 8.1.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Continuum
O modo Continuum foi criado para uso em aparelhos
híbridos que combinam tablet e notebook. Com este modo
o usuário pode alternar facilmente entre o uso do híbrido
como tablet e como notebook, basicamente combinando a
simplicidade do tablet com a experiência de uso tradicional.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
O Bloco de Notas é um editor de textos simples, sem Com a Ferramenta de Captura você copia e salva
formatação (significa que você não poderá sublinhar, inse- qualquer parte da sua tela, transformando num arqui-
rir imagens e outros recursos). vo png ou jpg, por exemplo.
Pela simplicidade, é rápido para carregar e usar, tor-
nando-se ideal para tomar notas ou salvar conversas em Área de transferência
chats, usando Ctrl+C e Ctrl+V (a maioria dos chats não dis- Área de transferência (conhecida popularmente como co-
ponibiliza um recurso para salvar). piar e colar) é um recurso utilizado por um sistema operacional
Também funciona para editar programas de computa- para o armazenamento de pequenas quantidades de dados para
dor, como códigos emHTML, ASP, PHP, etc. transferência entre documentos ou aplicativos, através das opera-
ções de cortar, copiar e colar bastando apenas clicar com o botão
WordPad direito do mouse e selecionar uma das opções. O uso mais co-
mum é como parte de uma interface gráfica, e geralmente é im-
plementado como blocos temporários de memória que podem
ser acessados pela maioria ou todos os programas do ambiente.
Implementações antigas armazenavam dados como texto plano,
sem meta informações como tipo de fonte, estilo ou cor. As mais
recentes implementações suportam múltiplos formatos de dados,
que variam entre RTF e HTML, passando por uma variedade de
formatos de imagens como bitmap e vetor até chegar a tipos mais
complexos como planilhas e registros de banco de dados.
Ctrl+C para copiar informação para a Área de Transferência
Ctrl+X para cortar informação para a Área de Transferência
Ctrl+V para colar informação da Área de Transferência
Ferramenta de Captura
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Comentário: Quando desejamos excluir permanente- Sobre o que é Documento, encontramos na literatura di-
mente um arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes versos entendimentos. Primeiramente temos Houaiss, Villar e
para a lixeira, basta pressionarmos a tecla Shift em conjunto Franco (2001) que, em seu Dicionário, definem o verbete
com a tecla Delete. O Windows exibirá uma mensagem do “documento” como “qualquer escrito usado para esclarecer
tipo “Você tem certeza que deseja excluir permanentemente determinada coisa [...] qualquer objeto de valor documen-
este arquivo?” ao invés de “Você tem certeza que deseja en- tal (fotografia, peças, papéis, filmes, construções, etc.) que
viar este arquivo para a lixeira?”. elucide, instrua, prove ou comprove cientificamente algum
Resposta: C fato, acontecimento, dito etc.”
23
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
No campo da Arquivologia, temos Schellenberg (2004, Para o Arquivo Nacional, em sua obra Subsídios para
p. 41) que define “documento (records)” da seguinte forma: um Dicionário Brasileiro de Termos Arquivísticos, Arquivo Di-
Todos os livros, papéis, mapas, fotografias ou outras es- gital é um conjunto de Bits que formam uma unidade lógi-
pécies documentárias, independentemente de sua apresenta- ca interpretável por computador e armazenada em suporte
ção física ou características, expedidos ou recebidos por qual- apropriado.
quer entidade pública ou privada no exercício de seus encar- A Wikipédia trata o termo Arquivo Digital como Arquivo
gos legais ou em funções das suas atividades e preservados de Computador e o traduz da seguinte forma:
ou depositados para preservação por aquela entidade ou por No disco rígido de um computador, os dados são guarda-
seus legítimos sucessores como prova de suas funções, sua dos na forma de arquivos (ou ficheiros, em Portugal). O arquivo é
política, decisões, métodos, operações ou outras atividades, um agrupamento de registros que seguem uma regra estrutural,
ou em virtude do valor informativo dos dados neles contidos. e que contém informações (dados) sobre uma área específica.
Já Rondinelli (2004) cita a definição do Comitê de Docu- Estes arquivos podem conter informações de qualquer tipo
mentos Eletrônicos do Conselho Internacional de Arquivos de dados que se possa encontrar em um computador: textos,
(CIA) onde a “informação registrada, independente da forma imagens, vídeos, programas, etc. Geralmente o tipo de infor-
ou do suporte, produzida ou recebida no decorrer da atividade mação encontrada dentro de um arquivo pode ser previsto ob-
de uma instituição ou pessoa e que possui conteúdo, contexto servando-se os últimos caracteres do seu nome, após o último
e estrutura suficientes para servir de evidência dessa atividade”. ponto (por exemplo, txt para arquivos de texto sem formatação).
Por meio destas definições podemos observar uma una- Esse conjunto de caracteres é chamado de extensão do arquivo.
nimidade no que diz respeito à importância da informação Como os arquivos em um computador são muitos (só
contida no documento, independente do seu suporte, para as o sistema operacional costuma ter milhares deles), esses ar-
atividades humanas; isso devido à sua natureza comprobató- quivos são armazenados em diretórios (também conhecidos
ria de fatos ocorridos ao longo de uma atividade. como pastas).
No tocante ao termo Arquivo, Schellenberg (2004, p. 41) No Brasil, o responsável pela regulamentação e práticas
define-o como “Os documentos de qualquer instituição pú- de gestão arquivística no âmbito do poder público é o Conse-
blica ou privada que hajam sido considerados de valor, mere- lho Nacional de Arquivos – CONARQ. Sua atribuição é definir
cendo preservação permanente para fins de referência e de a política nacional de arquivos públicos e privados, como ór-
pesquisa e que hajam sido depositados ou selecionados para gão central de um Sistema Nacional de Arquivos, bem como
depósito, num arquivo de custódia permanente”. exercer orientação normativa visando a gestão documental e
Quando falamos de arquivos, devemos ter em mente que a proteção especial aos documentos de arquivo.
existem dois tipos: o de caráter privado e o público. Para o CONARQ, o termo Documento Digital é o mesmo
Ao se tratar de Arquivos Públicos, podemos encontrar sua que Documento em Meio Eletrônico, ou seja, aquele que só é
definição no artigo 7º da Lei nº 8159 de 1991, que dispõe que legível por computador.
“Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos pro- O parágrafo 2º, do artigo 1º, da Resolução do CONARQ
duzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por ór- nº 20, de 16 de julho de 2004, define Documento Arquivístico
gãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal Digital como: o documento arquivístico codificado em dígi-
e municipal, em decorrência de suas funções administrativas, tos binários, produzido, tramitado e armazenado por sistema
legislativas e judiciárias”. computacional. São exemplos de documentos arquivísticos
Ao analisarmos o verdadeiro objeto de um arquivo con- digitais: planilhas eletrônicas, mensagens de correio eletrôni-
cluímos que é o conteúdo dos seus documentos ou o próprio co, sítios na internet, bases de dados e também textos, ima-
documento, e sua importância está na forma com que foi em- gens fixas, imagens em movimento e gravações sonoras, den-
pregado dentro de um processo de tomada de decisão. tre outras possibilidades, em formato digital.
A organização e gestão de acervos arquivísticos tornou- Atualmente existe uma variedade muito grande de do-
se bastante problemática para as instituições nas últimas três cumentos digitais e os tipos mais comuns que podemos en-
décadas, devido à rápida e ininterrupta evolução tecnológica contrar são:
que a humanidade sofreu. Evolução essa que afetou todos os 1) Textos: arquivos com a extensão “.txt”, “.doc”, “.pdf” etc.;
meios de produção existentes. 2) Vídeos: arquivos com a extensão “.avi”, “.mov”, “.wmv” etc.;
Segundo SANTOS (2002), as tecnologias desenvolvidas 3) Áudio: arquivos com a extensão “.wma”, “.mp3”, “.midi” etc.;
para permitir essa evolução também afetaram diretamente a 4) Fotografia: arquivos com a extensão “.jpg”, “.bmp”,
produção informacional e documental. “.tiff”, “.gif” etc.;
Para se ter uma ideia do volume de informação disponível 5) Arquivos de planilhas: arquivos com a extensão “.pps” etc.;
nos dias de hoje, ao fazer uma pesquisa sobre um assunto 6) Arquivos da Internet: arquivos com a extensão “.htm”,
de seu interesse na Internet, o pesquisador irá encontrar tan- “.html” etc.
ta informação que será praticamente impossível ler todos os Porém, ao mesmo tempo em que este tipo de tecnolo-
documentos encontrados sobre o assunto. Também iremos gia vem nos ajudar a executar nossas tarefas diárias, a sua
encontrar documentos que, apesar de terem sido indexados veloz e constante evolução também está nos criando um
para um determinado assunto, ele não contém nada sobre o problema muito sério no tocante à sua preservação.
termo indexado. À medida que a tecnologia avança, seus meios (hard-
Uma das tecnologias que mais se destacaram nesse ware e software) sofrem mutações consideráveis em suas
desenvolvimento, foi a da área da informática essa tecnolo- estruturas a ponto de criarem sérios problemas de preser-
gia, onde acabou criando uma nova forma de documento: vação, principalmente quando se pretende abrir arquivos
o Arquivo Digital. de programas mais antigos ou de versões ultrapassadas.
24
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
No tocante à preservação de acervos digitais, podemos de procedimentos e operações técnicas à sua produção, tra-
contar atualmente com a existência de uma vasta e rica litera- mitação, uso, avaliação e arquivamento em fases corrente e
tura sobre o assunto. intermediária, visando à sua eliminação ou recolhimento para
Não podemos nos bastar somente na forma de manter guarda permanente., e o seu artigo 17, do Capítulo IV, afirma
o documento digital através da sua preservação, também te- que a administração da documentação pública ou de caráter
mos que organizá-lo para ter acesso às informações que ele público compete às instituições arquivísticas federais, esta-
contém. duais do Distrito Federal e municipais.
Schellenberg (2004, p. 68) dá uma ideia do que vem a Tal dispositivo torna claro a importância e a responsabili-
ser um modo de gestão de documentos quando nos diz que dade que devemos ter com o trato da documentação pública.
documentos são eficientemente administrados quando, uma Dentre estas responsabilidades, a mais discutida pelos
vez necessários, podem ser localizados com rapidez e sem autores de hoje é a da preservação dos documentos.
transtorno ou confusão Hoje, encontramos uma vasta bibliografia que trata es-
Segundo o autor, a maneira com que os documentos pecificamente sobre o tema da preservação de documentos,
são mantidos para uso corrente determina a exatidão com tanto em suporte de papel quanto em meios eletrônicos.
que podem ser fixados os valores da documentação recolhi- A guarda e a conservação dos documentos, visando à sua
da. Também nos diz que o uso dos documentos para fins de utilização, são as funções básicas de um arquivo (PAES, 1991,
pesquisa depende, igualmente, da maneira pela qual foram p. 5).
originalmente ordenados (2004, p. 53). Para Arellano (2004):
Paes (1991, p. 17) diz que devemos ter por base a análise A natureza dos documentos digitais está permitindo am-
das atividades da instituição e de como os documentos são pla produção e disseminação de informação no mundo atual.
solicitados ao arquivo, para podermos definir o melhor méto- É fato que na era da informação digital se está dando muita
do arquivístico a ser adotado pela instituição. ênfase à geração e/ou aquisição de material digital, em vez de
Para o CONARQ (Resolução nº 25. art. 1), gestão arqui- manter a preservação e o acesso a longo prazo aos acervos
vística de documentos é o conjunto de procedimentos e ope- eletrônicos existentes. O suporte físico da informação, o papel
rações técnicas referentes à produção, tramitação, uso, ava- e a superfície metálica magnetizada se desintegram ou po-
liação e arquivamento de documentos em fases corrente e dem se tornar irrecuperáveis. Existem, ademais, os efeitos da
intermediária, visando à sua eliminação ou recolhimento para temperatura, umidade, nível de poluição do ar e das ameaças
guarda permanente. biológicas; os danos provocados pelo uso indevido e o uso
A característica que o documento digital apresenta pode regular, as catástrofes naturais e a obsolescência tecnológica.
comprometer a sua autenticidade pois está sujeito à degra- A aplicação de estratégias de preservação para documentos
dação física dos seus suportes, à rápida obsolescência tec- digitais é uma prioridade, pois sem elas não existiria nenhu-
nológica e às intervenções que podem causar adulterações ma garantia de acesso, confiabilidade e integridade dos do-
e destruição. cumentos a longo prazo.
Na tentativa de se coibir estes tipos problemas, o CO- Na Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico
NARQ, através da sua Câmara Técnica de Documentos Eletrô- Digital (2004), o CONARQ diz que:
nicos, editou a Resolução nº 25, de 27 de abril de 2007, onde As facilidades proporcionadas pelos meios e tecnologias
recomenda aos órgãos e instituições que adotem o “Modelo digitais de processamento, transmissão e armazenamento de
de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arqui- informações reduziram custos e aumentaram a eficácia dos
vística de Documentos e-ARQ Brasil”, para definir, documen- processos de criação, troca e difusão da informação arquivís-
tar, instituir e manter políticas, procedimentos e práticas para tica. O início do século XXI apresenta um mundo fortemen-
a gestão arquivística de documentos, com base nas diretrizes te dependente do documento arquivístico digital como um
estabelecidas por ele. meio para registrar as funções e atividades de indivíduos, or-
Para o CONARQ, somente com procedimentos de gestão ganizações e governos.
arquivística é possível assegurar a autenticidade dos docu- Porém, o CONARQ alerta sobre a importância de voltar-
mentos arquivísticos digitais. mos nossas atenções para os meios de preservar este tipo
Para se ter sucesso na implantação deste Sistema nos de acervo, pois essas tecnologias digitais sofrem uma obso-
órgãos públicos e empresas privadas é necessário que todos lescência muito rápida pois a tecnologia digital é comprova-
os funcionários estejam envolvidos na política arquivística de damente um meio mais frágil e mais instável de armazena-
documentos e as responsabilidades devem ser distribuídas de mento, comparado com os meios convencionais de registrar
acordo com a função e hierarquia de cada um. informações.
A Constituição Federal de 1988 e, particularmente, a Lei A Carta também nos alerta:
nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a política A preservação da informação em formato digital não se limi-
nacional de arquivos públicos e privados, delegaram ao Poder ta ao domínio tecnológico, envolve também questões adminis-
Público algumas responsabilidades, consubstanciadas pelo trativas, legais, políticas, econômico-financeiras e, sobretudo, de
Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002, que consolidou os descrição dessa informação através de estruturas de metada-
decretos anteriores - nsº 1.173, de 29 de junho de 1994; 1.461, dos que viabilizem o gerenciamento da preservação digital e
de 25 de abril de 1995, 2.182, de 20 de março de 1997 e 2.942, o acesso no futuro. Desta forma, preservar exige compromis-
de 18 de janeiro de 1999. sos de longo prazo entre os vários segmentos da sociedade:
O artigo 3º, da Lei nº 8.159 de 08 de janeiro de 1991, poderes públicos, indústria de tecnologia da informação, ins-
que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos tituições de ensino e pesquisa, arquivos e bibliotecas nacio-
e privados, diz que gestão de documentos é o conjunto nais e demais organizações públicas e privadas.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Onde ficam os documentos? São todos os meios físicos possíveis de gravar ou salvar
Qualquer coisa que exista no seu computador está ar- dados. Existem dezenas deles e os principais são:
mazenada em algum lugar e de maneira hierárquica. Em HD ou Disco Rígido: é o cérebro da máquina. Nele está
cima de tudo, estão os dispositivos que são, basicamente, tudo: o sistema operacional, seus documentos, programas
qualquer peça física passível de armazenar alguma coisa. e etc.
Os principais dispositivos são o disco rígido; CD; DVD; car- DVD: Um DVD permite que você leia o conteúdo que
tões de memória e pendrives. está gravado nele. Há programas gravadores de DVD que
Tais dispositivos têm uma quantidade de espaço dispo- permitem criar DVDs de dados ou conteúdo multimídia.
nível limitada, que pode ser dividida em pedaços chama- CD: Como um DVD, mas sem a possibilidade de gravar
dos partições. Assim, cada uma destas divisões é exibida vídeos e com um espaço disponível menor.
como umaunidade diferente no sistema. Para que a ideia Pendrive: São portáteis e conectados ao PC por meio
fique clara, o HD é um armário e aspartições são as gave- de entradas USB. Têm como vantagem principal o tamanho
tas: não aumentam o tamanho do armário, mas permitem reduzido e, em alguns casos, a enorme capacidade de ar-
guardar coisas de forma independente e/ou organizada. mazenamento.
Em cada unidade estão as pastas que, por sua vez, con- Cartões de Memória: como o próprio nome diz, são
tém arquivos ou outras pastas que, por sua vez, podem ter pequenos cartões em que você grava dados e são prati-
mais arquivos... e assim, sucessivamente. A organização de camente iguais aos Pendrives. São muito usados em note-
tudo isso é assim: books, câmeras digitais, celulares, MP3 players e ebooks.
Para acessar o seu conteúdo é preciso ter um leitor insta-
lado na máquina. Os principais são os cartões SD, Memory
Stick, CF ou XD.
HD Externo ou Portátil: são discos rígidos portáteis,
que se conectam ao PC por meio de entrada USB (geral-
mente) e têm uma grande capacidade de armazenamento.
Disquete: se você ainda tem um deles, parabéns! O
disquete faz parte da “pré-história” no que diz respeito a
armazenamento de dados. Eram São pouco potentes e de
curta durabilidade.
2. Unidades e Partições
1. Dispositivos
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
A conta não fecha? Aparecem mais unidades do que O conceito é fácil de entender: uma maneira rápida de
você realmente tem? Então, provavelmente, o seu HD está abrir um arquivo, pasta ou programa. Mas, como assim?
particionado: o armário e as gavetas, lembra? Uma parti- Um atalho não tem conteúdo algum e sua única função
ção são unidades criadas a partir de pedaços de espaço de é “chamar o arquivo” que realmente queremos e que está
um disco. Para que você tenha uma ideia, o gráfico abaixo armazenado em outro lugar.
mostra a divisão de espaço entre três partições diferentes:
Podemos distinguir um atalho porque, além de estar na
área de trabalho, seu ícone tem uma flecha que indicativa
se tratar de um “caminho mais curto”. Para que você tenha
uma ideia, o menu “Iniciar” nada mais é do que um aglo-
merado de atalhos.
6. Bibliotecas do Windows 7
4. Arquivos
Os arquivos são o computador. Sem mais, nem menos.
Qualquer dado é salvo em seu arquivo correspondente.
Existem arquivos que são fotos, vídeos, imagens, progra-
mas, músicas e etc.
Também há arquivos que não nos dizem muito como,
por exemplo, as bibliotecas DLL ou outros arquivos, mas
que são muito importantes porque fazem com que o Win-
dows funcione. Neste caso, são como as peças do motor de
um carro: elas estão lá para que o carango funcione bem.
5. Atalhos
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
MS WORD
Interface
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
ABAS
Os comandos para a edição de nosso texto agora ficam agrupadas dentro destas guias. Dentro destas guias temos os
grupos de ferramentas, por exemplo, na guia Página Inicial, temos “Fonte”, “Parágrafo”, etc., nestes grupos fica visíveis para
os usuários os principais comandos, para acessar os demais comandos destes grupos de ferramentas, alguns destes grupos
possuem pequenas marcações na sua direita inferior .
O Word possui também guias contextuais quando determinados elementos dentro de seu texto são selecionados, por
exemplo, ao selecionar uma imagem, ele criar na barra de guias, uma guia com a possibilidade de manipulação do elemen-
to selecionado.
Salvando Arquivos
É importante ao terminar um documento, ou durante a digitação do mesmo, quando o documento a ser criado é longo,
salvar seu trabalho. Salvar consiste em armazenar seu documento em forma de arquivo em seu computador, pendrive, ou
outro dispositivo de armazenamento. Para salvar seu documento, clique no botão salvar no topo da tela. Será aberta uma
tela onde você poderá definir o nome, local e formato de seu arquivo.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Você pode mudar o local do arquivo a ser salvo, bastando clicar no botão “Procurar” e selecionar o local desejado pela
parte esquerda da janela.
No campo nome do arquivo, o Word normalmente preenche com o título do documento, como o documento não
possui um título, ele pega os primeiros 255 caracteres e atribui como nome, é aconselhável colocar um nome menor e
que se aproxime do conteúdo de seu texto. Até a versão 2003, os documentos eram salvos no formato .DOC, a partir da
versão 2007, os documentos são salvos na versão .DOCX, que não são compatíveis com as versões anteriores. Para poder
salvar seu documento e manter ele compatível com versões anteriores do Word, clique na direita dessa opção e mude para
Documento do Word 97-2003.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Na esquerda da janela, localizamos o botão abrir, observe também que ele mostra uma relação de documentos recen-
tes, nessa área serão mostrados os últimos documentos abertos pelo Word facilitando a abertura. Ao clicar em abrir, será
necessário localizar o arquivo no local onde o mesmo foi salvo.
Caso necessite salvar seu arquivo em outro formato, outro local ou outro nome, clique na aba arquivo e escolha Salvar
Como.
Visualização do Documento
Podemos alterar a forma de visualização de nosso documento. No rodapé a direta da tela temos o controle de Zoom.·. An-
terior a este controle de zoom temos os botões de forma de visualização de seu documento,
que podem também ser acessados pela Aba Exibição.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Onde podemos utilizar um valor de zoom predefinido, ou colocarmos a porcentagem desejada, podemos visualizar
o documento em várias páginas. E finalizando essa aba temos as formas de exibir os documentos aberto em uma mesma
seção do Word.
Configuração de Documentos
Um dos principais cuidados que se deve ter com seus documentos é em relação à configuração da página.
No Word 2013 a ABA que permite configurar sua página é a ABA Layout da Página.
O grupo “Configurar Página”, permite definir as margens de seu documento, ele possui alguns tamanhos pré-definidos,
como também personalizá-las.
Ao personalizar as margens, é possível alterar as margens superior, esquerda, inferior e direita, definir a orientação da
página, se retrato ou paisagem, configurar a fora de várias páginas, como normal, livro, espelho. Ainda nessa mesma janela
temos a guia Papel.
Nesta guia podemos definir o tipo de papel, e fonte de alimentação do papel.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Colunas
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Plano de Fundo da Página Nesta janela podemos definir uma imagem como mar-
ca d’água, basta clicar em Selecionar Imagem, escolher a
imagem e depois definir a dimensão e se a imagem fica-
rá mais fraca (desbotar) e clicar em OK. Como também é
possível definir um texto como marca d’água. O segundo
botão permite colocar uma cor de fundo em seu texto, um
recurso interessante é que o Word verifica a cor aplicada e
automaticamente ele muda a cor do texto.
Selecionando Textos
Embora seja um processo simples, a seleção de tex-
tos é indispensável para ganho de tempo na edição de seu
texto. Através da seleção de texto podemos mudar a cor,
tamanho e tipo de fonte, etc.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Copiar e Colar
O copiar e colar no Word funciona da mesma forma que qualquer outro programa, pode-se utilizar as teclas de atalho
CTRL+C (copiar), CTRL+X (Recortar) e CTRL+V(Colar), ou o primeiro grupo na ABA Página Inicial.
Este é um processo comum, porém um cuidado importante é quando se copia texto de outro tipo de meio como, por
exemplo, da Internet. Textos na Internet possuem formatações e padrões deferentes dos editores de texto. Ao copiar um
texto da Internet, se você precisa adequá-lo ao seu documento, não basta apenas clicar em colar, é necessário clicar na
setinha apontando para baixo no botão Colar, escolher Colar Especial.
Observe na imagem que ele traz o texto no formato HTML. Precisa-se do texto limpo para que você possa manipulá-lo,
marque a opção Texto não formatado e clique em OK.
Localizar e Substituir
Ao final da ABA Inicio temos o grupo edição, dentro dela temos a opção Localizar e a opção Substituir. Clique na opção
Substituir.
A janela que se abre possui três guias, localizar, Substituir e Ir para. A guia substituir que estamos vendo, permite subs-
tituir em seu documento uma palavra por outra. A substituição pode ser feita uma a uma, clicando em substituir, ou pode
ser todas de uma única vez clicando-se no botão Substituir Tudo.
Algumas vezes posso precisar substituir uma palavra por ela mesma, porém com outra cor, ou então somente quando
escrita em maiúscula, etc., nestes casos clique no botão Mais. As opções são:
Pesquisar: Use esta opção para indicar a direção da pesquisa;
Diferenciar maiúsculas de minúsculas: Será localizada exatamente a palavra como foi digitada na caixa localizar.
Palavras Inteiras: Localiza uma palavra inteira e não parte de uma palavra. Ex: Atenciosamente.
Usar caracteres curinga: Procura somente as palavras que você especificou com o caractere coringa. Ex. Se você digitou
*ão o Word vai localizar todas as palavras terminadas em ão.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Semelhantes: Localiza palavras que tem a mesma sonoridade, mas escrita diferente. Disponível somente para palavras
em inglês.
Todas as formas de palavra: Localiza todas as formas da palavra, não será permitida se as opções usar caractere coringa
e semelhantes estiverem marcadas.
Formatar: Localiza e Substitui de acordo com o especificado como formatação.
Especial: Adiciona caracteres especiais à caixa localizar. A caixa de seleção usar caracteres curinga.
Formatação de texto
Um dos maiores recursos de uma edição de texto é a possibilidade de se formatar o texto. No Office 2013 a ABA res-
ponsável pela formatação é a Página Inicial e os grupo Fonte, Parágrafo e Estilo.
Formatação de Fonte
A formatação de fonte diz respeito ao tipo de letra, tamanho de letra, cor, espaçamento entre caracteres, etc., para
formatar uma palavra, basta apenas clicar sobre ela, para duas ou mais é necessário selecionar o texto, se quiser formatar
somente uma letra também é necessário selecionar a letra. No grupo Fonte, temos visível o tipo de letra, tamanho, botões
de aumentar fonte e diminuir fonte, limpar formatação, negrito, itálico, sublinhado, observe que ao lado de sublinhado
temos uma seta apontando para baixo, ao clicar nessa seta, é possível escolher tipo e cor de linha.
Ao lado do botão de sublinhado temos o botão Tachado – que coloca um risco no meio da palavra, botão subscrito e
sobrescrito e o botão Maiúsculas e Minúsculas.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Marcadores e Numeração
Os marcadores e numeração fazem parte do grupo pará-
grafos, mas devido a sua importância, merecem um destaque.
Existem dois tipos de marcadores: Símbolos e Numeração.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
A área do cabeçalho é exibida em um retângulo pontilhado, o restante do documento fica em segundo plano. Tudo
o que for inserido no cabeçalho será mostrado em todas as páginas, com exceção se você definiu seções diferentes nas
páginas.
Para aplicar números de páginas automaticamente em seu cabeçalho basta clicar em Números de Página, apenas tome
o cuidado de escolher Inicio da Página se optar por Fim da Página ele aplicará o número da página no rodapé. Podemos
também aplicar cabeçalhos e rodapés diferentes a um documento, para isso basta que ambos estejam em seções diferentes
do documento. O cuidado é ao aplicar o cabeçalho ou o rodapé, desmarcar a opção Vincular ao anterior.
O funcionamento para o rodapé é o mesmo para o cabeçalho, apenas deve-se clicar no botão Rodapé.
Data e Hora
O Word Permite que você possa adicionar um campo de Data e Hora em seu texto, dentro da ABA Inserir, no grupo
Texto, temos o botão Data e Hora.
42
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Imagens
O primeiro elemento gráfico que temos é o elemen-
to Imagem. Para inserir uma imagem clique no botão com
o mesmo nome no grupo Ilustrações na ABA Inserir. Na
janela que se abre, localize o arquivo de imagem em seu
computador.
A imagem será inserida no local onde estava seu cursor. Dependendo do tamanho da sua tela, o botão de cor-
O que será ensinado agora é praticamente igual para reções pode aparecer diferente.
todos os elementos gráficos, que é a manipulação dos ele-
mentos gráficos. Ao inserir a imagem é possível observar
que a mesma enquanto selecionada possui uma caixa pon-
tilhadas em sua volta, para mover a imagem de local, basta
clicar sobre ela e arrastar para o local desejado, se precisar
redimensionar a imagem, basta clicar em um dos peque- Caso você não veja as guias Formatar ou Ferramentas
nos quadrados em suas extremidades, que são chamados de Imagem, confirme se selecionou uma imagem. Talvez
por Alças de redimensionamento. Para sair da seleção da seja necessário clicar duas vezes na imagem para selecioná
imagem, basta apenas clicar em qualquer outra parte do -la e abrir a guia Formatar.
texto. Ao clicar sobre a imagem, a barra superior mostra as Siga um ou mais destes procedimentos:
configurações de manipulação da imagem. Em Nitidez/Suavização, clique na miniatura desejada.
As miniaturas à esquerda mostram mais nitidez e à direita,
mais suavização.
Em Brilho/Contraste, clique na miniatura desejada. Mi-
niaturas à esquerda mostram menos brilho e à direita, mais
brilho. Miniaturas na parte superior mostram menos con-
Alterar o brilho, contraste ou nitidez de uma imagem traste e na parte inferior, mais contraste.
Você pode ajustar o brilho relativo de uma imagem, Mova o ponteiro do mouse sobre qualquer uma das
seu contraste (a diferença entre suas áreas mais escuras miniaturas para ver a aparência de sua foto antes de clicar
e mais claras) e como nitidez ou desfocado aparece. Estes na opção desejada.
são também denominados correções de imagem. Para ajustar qualquer correção, clique em Opções de
correção de imagem e, em seguida, mova o controle desli-
zante para nitidez, brilho ou contraste ou insira um número
na caixa ao lado do controle deslizante.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Recolorir
Clique duas vezes na imagem que deseja recolorir.
Em Ferramentas de Imagem, clique em Formatar e, no
grupo Ajustar, clique em Cor.
Compactar Imagem
A opção Compactar Imagens permite deixar sua ima-
Clique na miniatura desejada. Você pode mover o pon- gem mais adequada ao editor de textos. Ao clicar nesta
teiro do mouse sobre qualquer efeito para ver como ficará opção o Word mostra a seguinte janela:
sua imagem com esse efeito aplicado antes de clicar no
efeito desejado.
Para usar cores adicionais, incluindo as cores de tema,
cores da guia Padrão ou cores personalizadas, clique em
Mais Variações e, em seguida, clique em Mais Cores. O efei-
to de Recoloração será aplicado usando a cor selecionada.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
O Word permite que se insira em seus documentos arquivos gráficos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as opções
de inserção estão disponíveis na ABA Inserir, grupo ilustrações.
Formas
Podemos também adicionar formas ao nosso conteúdo do texto
Para desenhar uma forma, o processo é simples, basta clicar na forma desejada e arrastar o mouse na tela para definir
as suas dimensões. Ao desenhar a sua forma a barra passa a ter as propriedades para modificar a forma.
SmartArt
O SmartArt permite ao você adicionar Organogramas ao seu documento. Basta selecionar o tipo de organograma a ser
trabalhado e clique em OK.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
WordArt
Para finalizarmos o trabalho com elementos gráficos temo os WordArt que já um velho conhecido da suíte Office, ele
ainda mantém a mesma interface desde a versão do Office 97 No grupo Texto da ABA Inserir temos o botão de WorArt
Selecione um formato de WordArt e clique sobre ele.
Será solicitado a digitação do texto do WordArt. Digite seu texto e clique em OK. Será mostrada a barra do WordArt
Um dos grupos é o Texto, nesse grupo podemos editar o texto digitado e definir seu espaçamento e alinhamentos. No
grupo Estilos de WordArt pode-se mudar a forma do WordArt, depois temos os grupos de Sombra, Efeitos 3D, Organizar
e Tamanho.
Agora, o Word está no modo de exibição Marcação Simples. Ele marca todas as alterações feitas por qualquer pessoa
no documento e mostra para você onde elas estão, exibindo uma linha ao lado da margem.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Observe na imagem acima que foi aplicado o estilo Tí- Será mostrado todos os estilos presentes no documento
tulo2 em ambos os textos, mas no de cima como foi clicado em uma caixa à direita. Na parte de baixo da janela existem três
somente no texto, o estilo está aplicado ao parágrafo, na botões, o primeiro deles chama-se Novo Estilo, clique sobre ele.
linha de baixo o texto foi selecionado, então a aplicação do
estilo foi somente no que estava selecionado. Ao clicar no
botão Alterar Estilos é possível acessar a diversas defini-
ções de estilos através da opção Conjunto de Estilos.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Clique na tabela exibida no documento. Caso seja necessário fazer ajustes, você poderá adicionar colunas e linhas em
uma tabela, excluir linhas ou colunas ou mesclar células.
Quando você clica na tabela, as Ferramentas de Tabela são exibidas.
Use as Ferramentas de Tabela para escolher diferentes cores, estilos de tabela, adicionar uma borda a uma página ou
remover bordas de uma tabela. Você pode até mesmo inserir uma fórmula para fornecer a soma de uma coluna ou linha
de números em uma tabela.
Se você tem um texto que ficará melhor em uma tabela, o Word pode convertê-lo em uma tabela.
Inserir tabelas maiores ou tabelas com comportamentos de largura personalizada
Para obter tabelas maiores e mais controle sobre as colunas, use o comando Inserir Tabela.
Assim, você pode criar uma tabela com mais de dez colunas e oito linhas, além de definir o comportamento de largura
das colunas.
Clique em Inserir > Tabela > Inserir Tabela.
Defina o número de colunas e linhas.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Na seção Comportamento de Ajuste Automático, há três opções para configurar a largura das colunas:
Largura fixa da coluna: você pode deixar o Word definir automaticamente a largura das colunas com Automático ou
pode definir uma largura específica para todas as colunas.
Ajustar-se automaticamente ao conteúdo: isso cria colunas muito estreitas que são expandidas conforme você adiciona conteúdo.
Ajustar-se automaticamente à janela: isso mudará automaticamente a largura de toda a tabela para ajustar-se ao ta-
manho de seu documento. Se quiser que as tabelas criadas tenham uma aparência semelhante à da tabela que você está
criando, marque a caixa Lembrar dimensões para novas tabelas.
Você mesmo pode desenhar linhas diagonais e células dentro das células.
Clique em Inserir > Tabela > Desenhar Tabela. O ponteiro é alterado para um lápis.
Desenhe um retângulo para fazer as bordas da tabela. Depois, desenhe linhas para as colunas e linhas dentro do re-
tângulo.
52
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Para apagar uma linha, clique na guia Layout de Ferramentas de Tabela, clique em Borracha e clique na linha que você
quer apagar.
ABA Revisão
A ABA revisão é responsável por correção, proteção, comentários etc., de seu documento.
O primeiro grupo Revisão de Texto tem como principal botão o de ortografia e Gramática, clique sobre ele.
O objetivo desta ferramenta e verificar todo o seu documento em busca de erros. Os de ortografia ele marca em ver-
melho e os de gramática em verde. É importante lembrar que o fato dele marcar com cores para verificação na impressão
sairá com as cores normais. Ao encontrar uma palavra considerada pelo Word como errada você pode:
Ignorar uma vez: Ignora a palavra somente nessa parte do texto.
Ignorar Todas: Ignora a palavra quando ela aparecer em qualquer parte do texto.
Adicionar ao dicionário: Adiciona a palavra ao dicionário do Word, ou seja, mesmo que ela apareça em outro texto ela
não será grafada como errada. Esta opção deve ser utilizada quando palavras que existam, mas que ainda não façam parte
do Word.
Alterar: Altera a palavra. Você pode alterá-la por uma palavra que tenha aparecido na caixa de sugestões, ou se você a
corrigiu no quadro superior.
Alterar Todas: Faz a alteração em todas as palavras que estejam da mesma forma no texto.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Índices
Sumário
O Sumário ou Índice Analítico é o mais utilizado, ele normalmente aparece no início de documentos. A principal regra
é que todo parágrafo que faça parte de seu índice precisa estar atrelado a um estilo. Clique no local onde você precisa que
fique seu índice e clique no botão Sumário, localizado na guia referência. Serão mostrados alguns modelos de sumário,
clique em Inserir Sumário.
Será mostrada uma janela de configuração de seu índice. Clique no botão Opções.
54
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Será aberta outra janela, nesta janela aparecem todos os estilos presentes no documento, então é nela que você define
quais estilos farão parte de seu índice. No exemplo apliquei o nível 1 do índice ao estilo Título 1, o nível 2 ao Título 2 e o nível
3 ao Título 3. Após definir quais serão suas entradas de índice clique em OK. Retorna-se a janela anterior, onde você pode
definir qual será o preenchimento entre as chamadas de índice e seu respectivo número de página e na parte mais abaixo,
você pode definir o Formato de seu índice e quantos níveis farão parte do índice. Ao clicar em Ok, seu índice será criado.
Quando houver necessidade de atualizar o índice, basta clicar com o botão direito do mouse em qualquer parte do
índice e escolher Atualizar Campo.
Você pode acessar esse comando rapidamente, adicionando-o à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido. Para isso,
clique com o botão direito do mouse em Ortografia e Gramática e, em seguida, clique em Adicionar à Barra de Ferramentas
de Acesso Rápido, no menu de atalho.
Quando o programa encontra erros de ortografia, uma caixa de diálogo ou painel de tarefas é exibido mostrando a
primeira palavra incorreta encontrada pelo verificador ortográfico.
Depois que solucionar cada palavra incorreta, o programa sinalizará a próxima palavra incorreta para que você possa
decidir o que fazer.
Apenas no Outlook ou no Word, quando o programa conclui a sinalização de erros ortográficos, ele mostra os erros
gramaticais. Para cada erro, clique em uma opção na caixa de diálogo Ortografia e Gramática.
55
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Clique com o botão direito do mouse em uma palavra Proteger um documento com senha
escrita incorretamente para ver as sugestões de correção. Ajude a proteger um documento confidencial contra
edições indesejadas atribuindo uma senha. Também é pos-
sível evitar que um documento seja aberto.
Clique em Arquivo > Informações > Proteger Docu-
mento > Criptografar com Senha.
56
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
57
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Clique em OK.
58
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
59
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Localizar ou substituir texto e números em uma DICA: Se você deseja localizar células que correspon-
planilha do Excel para Windows dam a uma formato específico, exclua qualquer critério
Localize e substitua textos e números usando curin- da caixa Localizar e selecione a célula que contenha a
gas ou outros caracteres. Você pode pesquisar planilhas, formatação que você deseja localizar. Clique na seta ao
linhas, colunas ou pastas de trabalho. lado de Formato, clique em Escolher formato da célula e,
Em uma planilha, clique em qualquer célula. em seguida, clique na célula que possui a formatação a
Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Lo- ser pesquisada.
calizar e Selecionar. Siga um destes procedimentos:
Para localizar texto ou números, clique em Localizar
Tudo ou Localizar Próxima.
DICA: Quando você clicar em Localizar Tudo, todas as
ocorrências do critério que você estiver pesquisando serão
listadas, e você poderá ir para uma célula clicando nela na
lista. Você pode classificar os resultados de uma pesqui-
sa Localizar Tudo clicando em um título de coluna.
Para substituir texto ou números, digite os caracteres
Siga um destes procedimentos: de substituição na caixa Substituir por (ou deixe essa caixa
Para localizar texto ou números, clique em Localizar. em branco para substituir os caracteres por nada) e clique
Para localizar e substituir texto ou números, clique em Localizar ou Localizar Tudo.
em Substituir. OBSERVAÇÃO: Se a caixa Substituir por não estiver dis-
Na caixa Localizar, digite o texto ou os números que ponível, clique na guia Substituir.
você deseja procurar ou clique na seta da caixa Locali- Se necessário, você poderá cancelar uma pesquisa em
zar e, em seguida, clique em uma pesquisa recente na andamento pressionando ESC.
lista. Para substituir a ocorrência realçada ou todas as ocor-
Você pode usar caracteres curinga, como um asterisco rências dos caracteres encontrados, clique em Substi-
(*) ou ponto de interrogação (?), nos critérios da pesquisa: tuir ou Substituir tudo.
Use o asterisco para localizar qualquer cadeia de ca- DICA: O Microsoft Excel salva as opções de formata-
racteres. Por exemplo, s*r localizará “ser” e “senhor”. ção que você define. Se você pesquisar dados na planilha
Use o ponto de interrogação para localizar um único novamente e não conseguir encontrar caracteres que você
caractere. Por exemplo, s?m localizará “sim” e “som”. sabe que estão lá, poderá ser necessário limpar as opções
DICA: Você pode localizar asteriscos, pontos de in- de formatação da pesquisa anterior. Na caixa de diálo-
terrogação e caracteres de til (~) nos dados da planilha go Localizar e Substituir, clique na guia Localizar e depois
precedendo-os com um til na caixa Localizar. Por exem- em Opções para exibir as opções de formatação. Clique
plo, para localizar dados que contenham “?”, use ~? como na seta ao lado de Formato e clique em Limpar ‘Localizar
critério de pesquisa. formato’.
Clique em Opções para definir ainda mais a pesquisa
e siga um destes procedimentos: Alterar a largura da coluna e a altura da linha
Para procurar dados em uma planilha ou em uma Em uma planilha, você pode especificar uma largura
pasta de trabalho inteira, na caixa Em, clique em Plani- de coluna de 0 (zero) a 255. Esse valor representa o núme-
lha ou Pasta de Trabalho. ro de caracteres que podem ser exibidos em uma célula
Para pesquisar dados em linhas ou colunas, na cai- formatada com a fonte padrãoTE000127106. A largura de
xa Pesquisar, clique em Por Linhas ou Por Colunas. coluna padrão é 8,43 caracteres. Se a largura da coluna for
Para procurar dados com detalhes específicos, na cai- definida como 0 (zero), a coluna ficará oculta.
xa Examinar, clique em Fórmulas, Valores ou Comentá- Você pode especificar uma altura de linha de 0 (zero)
rios. a 409. Esse valor representa a medida da altura em pontos
OBSERVAÇÃO: As opções Fórmulas, Valores e Co- (1 ponto é igual a aproximadamente 1/72 pol. ou 0,035
mentários só estão disponíveis na guia Localizar, e so- cm). A altura de linha padrão é 12,75 pontos (aproximada-
mente Fórmulas está disponível na guia Substituir. mente 1/6 pol. ou 0,4 cm). Se a altura da linha for definida
Para procurar dados que diferenciam maiúsculas de como 0 (zero), a linha ficará oculta.
minúsculas, marque a caixa de seleção Diferenciar maiús- Se estiver trabalhando no modo de exibição de La-
culas de minúsculas. yout da Página (guia Exibir, grupo Modos de Exibição da
Para procurar células que contenham apenas os ca- Pasta de Trabalho, botão Layout da Página), você poderá
racteres que você digitou na caixa Localizar, marque a cai- especificar uma largura de coluna ou altura de linha em
xa de seleção Coincidir conteúdo da célula inteira. polegadas. Nesse modo de exibição, a unidade de medida
Se você deseja procurar texto ou números que tam- padrão é polegada, mas você poderá alterá-la para centí-
bém tenham uma formatação específica, clique em For- metros ou milímetros (Na guia Arquivo, clique em Opções,
mato e faça as suas seleções na caixa de diálogo Localizar clique na categoria Avançado e, em Exibir, selecione uma
Formato. opção na lista Unidades da Régua).
60
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
61
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
62
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Formatar números como moeda OBSERVAÇÃO: A caixa Números negativos não está
Você pode exibir um número com o símbolo de moeda disponível para o formato de número Contábil. O motivo
padrão selecionando a célula ou o intervalo de células e disso é que constitui prática contábil padrão mostrar nú-
clicando em Formato de Número de Contabilização no meros negativos entre parênteses.
grupo Número da guia Página Inicial. (Se desejar aplicar Para fechar a caixa de diálogo Formatar Células, clique
o formato Moeda, selecione as células e pressione Ctr- em OK.
l+Shift+$.) Se o Excel exibir ##### em uma célula depois que você
Alterar outros aspectos de formatação aplicar formatação de moeda em seus dados, isso signifi-
Selecione as células que você deseja formatar. cará que talvez a célula não seja suficientemente larga para
Na guia Página Inicial, clique no Iniciador de Caixa de exibir os dados. Para expandir a largura da coluna, clique
Diálogo ao lado deNúmero. duas vezes no limite direito da coluna que contém as cé-
lulas com o erro #####. Esse procedimento redimensiona
automaticamente a coluna para se ajustar ao número. Você
também pode arrastar o limite direito até que as colunas
fiquem com o tamanho desejado.
Operadores e Funções
A função é um método utilizado para tornar mais fácil
e rápido a montagem de fórmulas que envolvem cálculos
mais complexos e vários valores. Existem funções para os
cálculos matemáticos, financeiros e estatísticos. Por exem-
plo, na função: =SOMA (A1:A10) seria o mesmo que (A1+
A2+A3+A4+A5+A6+A7+A8+A9+A10), só que com a fun-
ção o processo passa a ser mais fácil. Ainda conforme o
exemplo pode-se observar que é necessário sempre iniciar
um cálculo com sinal de igual (=) e usa-se nos cálculos a
referência de células (A1) e não somente valores.
A quantidade de argumentos empregados em uma
função depende do tipo de função a ser utilizada. Os ar-
Na caixa Símbolo, clique no símbolo de moeda dese- gumentos podem ser números, textos, valores lógicos, re-
jado. ferências, etc...
OBSERVAÇÃO: Se desejar exibir um valor monetário
sem um símbolo de moeda, clique em Nenhum.
Na caixa Casas decimais, insira o número de casas de-
cimais desejadas para o número.
Por exemplo, para exibir R$138.691 em vez de colo-
car R$ 138.690,63 na célula, insira 0 na caixa Casas deci-
mais. Conforme você faz alterações, preste atenção ao nú-
mero na caixa Amostra. Ela mostra como a alteração das
casas decimais afetará a exibição de um número.
Na caixa Números negativos selecione o estilo de exi-
bição que você deseja usar para números negativos.
Se não quiser usar as opções existentes para exibir nú-
meros negativos, você pode criar seu próprio formato de
número.
63
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Operadores
Operadores são símbolos matemáticos que permitem fazer cálculos e comparações entre as células. Os operadores são:
Dados
2
5
Fórmula Descrição Resultado
‘=A2+A3 Adiciona os valores nas células A1 e A2 =A2+A3
‘=A2-A3 Subtrai o valor na célula A2 do valor em A1 =A2-A3
‘=A2/A3 Divide o valor na célula A1 pelo valor em A2 =A2/A3
‘=A2*A3 Multiplica o valor na célula A1 pelo valor em A2 =A2*A3
Eleva o valor na célula A1 ao valor exponencial especificado em
‘=A2^A3 =A2^A3
A2
Fórmula Descrição Resultado
‘=5+2 Adiciona 5 e 2 =5+2
‘=5-2 Subtrai 2 de 5 =5-2
‘=5/2 Divide 5 por 2 =5/2
‘=5*2 Multiplica 5 vezes 2 =5*2
‘=5^2 Eleva 5 à segunda potência =5^2
64
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Faça o seguinte: selecione a célula que contém o valor desejado ou digite sua referência de célula.
Você pode fazer referência a uma única célula, a um intervalo de células, a um local em outra planilha ou a um local em
outra pasta de trabalho.
Ao selecionar um intervalo de células, você pode arrastar a borda da seleção da célula para mover a seleção ou arrastar
o canto da borda para expandir a seleção.
1. A primeira referência de célula é B3, a cor é azul e o intervalo de células tem uma borda azul com cantos quadrados.
2. A segunda referência de célula é C3, a cor é verde e o intervalo de célula tem uma borda verde com cantos quadrados.
OBSERVAÇÃO : Se não houver um canto quadrado em uma borda codificada por cor, significa que a referência está
relacionada a um intervalo nomeado.
Pressione Enter.
DICA : Você também pode inserir uma referência a um intervalo ou célula nomeada.
Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas
para ver todos os dados. Use o comando Definir Nome (guia Formulas, grupo Nomes Definidos) para definir “Ativos” (B2:B4)
e “Passivos” (C2:C4).
65
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Se você estiver familiarizado com as categorias de função, também poderá selecionar uma categoria.
Se você não tiver certeza de qual função usar, poderá digitar uma pergunta que descreva o que deseja fazer, na cai-
xa Procure por uma função (por exemplo, “adicionar números” retorna a função SOMA).
Na caixa Selecione uma função, selecione a função que deseja utilizar e clique em OK.
Nas caixas de argumento que forem exibidas para a função selecionada, insira os valores, as cadeias de caracteres de
texto ou referências de célula desejadas.
Em vez de digitar as referências de célula, você também pode selecionar as células que deseja referenciar. Clique em
para expandir novamente a caixa de diálogo.
Depois de concluir os argumentos para a fórmula, clique em OK.
DICA : Se você usar funções frequentemente, poderá inserir suas fórmulas diretamente na planilha. Depois de digitar o sinal de
igual (=) e o nome da função, poderá obter informações sobre a sintaxe da fórmula e os argumentos da função pressionando F1.
Exemplos
Copie a tabela para a célula A1 em uma planilha em branco no Excel para trabalhar com esses exemplos de fórmulas
que usam funções.
Dados
5 4
2 6
3 8
7 1
Fórmula Descrição Resultado
‘=SOMA(A:A) Adiciona todos os números na coluna A =SOMA(A:A)
‘=MÉDIA(A1:B4) Calcula a média de todos os números no intervalo A1:B4 =MÉDIA(A1:B4)
Função Soma
A função soma , uma das funções matemáticas e trigonométricas, adiciona os valores. Você pode adicionar valores
individuais, referências de células ou intervalos ou uma mistura de todos os três.
Sintaxe: SOMA(número1,[número2],...)
Por exemplo:
=SOMA(A2:A10)
= SOMA(A2:A10, C2:C10)
66
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Se você quiser obter rapidamente a soma de um inter- A caixa de diálogo de AutoSoma também permite que
valo de células, tudo o que você precisa fazer é selecionar o você selecione outras funções comuns, como:
intervalo e procure no lado inferior direito da janela do Excel. Média
Contar números
Máx
Min
Mais funções
Exemplo 2 – AutoSoma verticalmente
Barra de Status
Esta é a barra de Status e exibe as informações sobre
tudo o que você selecionou, se você tiver uma única célula AutoSoma verticalmente
ou várias células. Se você com o botão direito na barra de O Assistente de AutoSoma detectou automatica-
Status de uma caixa de diálogo do recurso será pop-out mente células B2: B5 como o intervalo a serem soma-
exibindo todas as opções que você pode selecionar. Obser- dos. Tudo o que você precisa fazer é pressione Enter para
ve que ele também exibe valores para o intervalo selecio- confirmá-la. Se você precisar adicionar/excluir mais cé-
nado se você tiver esses atributos marcados. lulas, você pode manter a tecla Shift > tecla de direção
da sua escolha até que corresponde à sua seleção dese-
Usando o Assistente de AutoSoma jado e pressione Enter quando terminar. Guia de função
A maneira mais fácil de adicionar uma fórmula de soma Intellisense: a soma (Número1, [núm2]) flutuantes marca
à sua planilha é usar o Assistente de AutoSoma. Selecione abaixo a função é o guia de Intellisense. Se você clicar
uma célula vazia diretamente acima ou abaixo do intervalo no nome de função ou soma, ele se transformará em um
que você quer somar e nas guias página inicial ou fórmula hiperlink azul, que o levará para o tópico de ajuda para
na faixa de opções, pressione AutoSoma > soma. O Assis- essa função. Se você clicar nos elementos de função indi-
tente de AutoSoma automaticamente detecta o intervalo vidual, as peças representantes na fórmula serão realça-
para ser somados e criar a fórmula para você. Ele também das. Nesse caso somente B2: B5 seria realçadas como há
pode trabalhar horizontalmente se você selecionar uma apenas uma referência numérica nesta fórmula. A marca
célula para a esquerda ou à direita do intervalo a serem de Intellisense será exibido para qualquer função.
somados. Exemplo 3 – AutoSoma horizontalmente
67
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Práticas Recomendadas
Esta seção aborda algumas práticas recomendadas
para trabalhar com as funções soma. Grande parte desse
pode ser aplicada a trabalhar com outras funções também.
♣ a = 1 + 2 ou = A + B Method – enquanto você pode
inserir = 1 + 2 + 3 ou = A1 + B1 + C2 e obter resultados
totalmente precisos, esses métodos estão sujeitos a erros
por vários motivos:
Erros de digitação – Imagine tentando inserir valores
mais e/ou muito maiores assim:
= 14598.93 + 65437.90 + 78496.23
Em seguida, tente validar se suas entradas estão cor-
retas. É muito mais fácil colocar esses valores em células
individuais e usar uma fórmula de soma. Além disso, você
68
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
= SOMA(A2:A14) *-25%
Resultará em 25% do intervalo somado, entretanto,
= Style A + B fórmulas não os atualizará ao adicionar que rígido códigos a 25% da fórmula, e pode ser difícil
linhas ou colunas encontrar mais tarde se precisar alterá-lo. É muito melhor
colocar os 25% em uma célula e referenciando que em vez
Se você inserir uma linha ou coluna, a fórmula não será disso, onde ele está check-out em Abrir e facilmente alte-
atualizada para incluir a linha adicionada, onde uma função rados, assim:
soma atualizará automaticamente (contanto que você não = SOMA(A2:A14) * E2
estiver fora do intervalo referenciado na fórmula). Isso é es- Dividir em vez de multiplicar você simplesmente subs-
pecialmente importante se você esperar sua fórmula para titua a “*” com “/”: = SOMA(A2:A14)/E2
atualizar e não, como ele deixará incompletos resultados Adicionando ou retirando de uma soma
que você não pode capturar. i. você pode facilmente adicionar ou subtrair de uma
soma usando + ou - assim:
= SOMA(A1:A10) + E2
= SOMA(A1:A10)-E2
SOMA 3D
Às vezes você precisa somar uma determinada célula
em várias planilhas. Pode ser tentador clique em cada pla-
SOMA com referências de célula individuais versus in- nilha e a célula desejada e use apenas «+» para adicionar a
tervalos célula valores, mas que é entediante e pode ser propensa,
Usando uma fórmula como: muito mais assim que apenas tentando construir uma fór-
mula que faz referência apenas uma única folha.
69
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
= SOMA(Sheet1:Sheet3! A1)
Qual somará a célula A1 em todas as planilhas da pla-
nilha 1 para a planilha 3.
Isso é especialmente útil em situações em que você
tem uma única folha para cada mês ( janeiro a dezembro) e
você precisa total-las em uma planilha de reSOMAo.
=SE(C2=”Sim”;1,2)
No exemplo acima, a célula D2 diz: SE(C2 = Sim, a fór-
mula retorna um 1 ou um 2)
= SOMA(January:December! A2)
Qual somará célula A2 em cada planilha de janeiro a
dezembro.
Observação: se suas planilhas tem espaços em seus
nomes, como “Janeiro vendas”, então você precisa usar um
apóstrofo ao fazer referência os nomes de planilha em uma
fórmula:
= SOMA(‘January Sales:December Sales’! A2)
SOMA com outras funções
Absolutamente, você pode usar soma com outras fun-
ções. Aqui está um exemplo que cria um cálculo da média
mensal: =SE(C2=1;”Sim”;”Não”)
Neste exemplo, a fórmula na célula D2 diz: SE(C2 = 1, a
fórmula retorna Sim e, caso contrário, retorna Não)
Como você pode ver, a função SE pode ser usada
para avaliar texto e valores. Ela também pode ser usada
para avaliar erros. Você não está limitado a verificar ape-
nas se um valor é igual a outro e retornar um único resul-
tado; você também pode usar operadores matemáticos e
executar cálculos adicionais dependendo de seus critérios.
=SOMA(A2:L2)/COUNTA(A2:L2) Também é possível aninhar várias funções SE juntas para
Que usa a soma de A2:L2 dividido pela contagem de realizar várias comparações.
células não vazias em A2:L2 (maio a dezembro estão em
branco). OBSERVAÇÃO : Se você for usar texto em fórmulas, será
preciso quebrar o texto entre aspas (por exemplo, “Texto”).
A única exceção é usar VERDADEIRO ou FALSO que o Excel
reconhece automaticamente.
70
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Introdução
Mais exemplos de SE
=SE(E7=”Sim”;F5*0,0825;0)
Neste exemplo, a fórmula em F7 está dizendo SE(E7 =
“Sim”, calcule o Valor Total em F5 * 8,25%, caso contrário,
nenhum Imposto sobre Vendas é cobrado, retorne 0)
= SE(C2>B2,C2-B2,0)
Na ilustração acima, em vez de retornar um resultado
de texto, vamos retornar um cálculo matemático. A fórmula
em E2 está dizendo SE(Valor real for maior que o Valor or-
çado, subtraia o Valor orçado do Valor real, caso contrário,
não retorne nada).
71
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Sintaxe
SOMASE(intervalo, critérios, [intervalo_soma])
A sintaxe da função SOMASE tem os seguintes argu-
mentos:
intervalo Necessário. O intervalo de células a ser ava-
Em casos onde uma simples função SE tem apenas dois liada por critérios. Células em cada intervalo devem ser nú-
resultados (Verdadeiro ou Falso), as funções se aninhadas meros ou nomes, matrizes ou referências que contenham
SE podem ter de 3 a 64 resultados. números. Valores em branco e texto são ignorados. O inter-
=SE(D2=1;”SIM”;SE(D2=2;”Não”;”Talvez”)) valo selecionado pode conter datas no formato padrão do
Na ilustração acima, a fórmula em E2 diz: SE(D2 é igual Excel (exemplos abaixo).
a 1, retorne “Sim”, caso contrário, SE(D2 é igual a 2, retorne critérios Obrigatório. Os critérios na forma de um
“Não”, caso contrário, retorne “Talvez”). número, expressão, referência de célula, texto ou função
que define quais células serão adicionadas. Por exemplo,
CONT.SE os critérios podem ser expressos como 32, “>32”, B5, “32”,
Use CONT.SE, uma das funções estatísticas, para con- “maçãs” ou HOJE().
tar o número de células que atendem a um critério; por IMPORTANTE : Qualquer critério de texto ou qualquer
exemplo, para contar o número de vezes que uma cidade critério que inclua símbolos lógicos ou matemáticos deve
específica aparece em uma lista de clientes. estar entre aspas duplas (“). Se os critérios forem numéri-
cos, as aspas duplas não serão necessárias.
Sintaxe intervalo_soma Opcional. As células reais a serem adi-
CONT.SE(intervalo, critério) cionadas, se você quiser adicionar células diferentes das
Por exemplo: especificadas no argumento intervalo. Se o argumento in-
tervalo_soma for omitido, o Excel adicionará as células es-
=CONT.SE(A2:A5;”maçãs”)
pecificadas no argumento intervalo (as mesmas células às
=CONT.SE(A2:A5,A4)
quais os critérios são aplicados).
72
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Você pode usar os caracteres curinga – o ponto de interrogação (?) e o asterisco (*) – como o argumento critérios. O
ponto de interrogação corresponde a qualquer caractere único; o asterisco corresponde a qualquer sequência de caracte-
res. Para localizar um ponto de interrogação ou asterisco real, digite um til (~) antes do caractere.
Comentários
A função SOMASE retorna valores incorretos quando você a utiliza para corresponder cadeias de caracteres com mais
de 255 caracteres ou para a cadeia de caracteres #VALOR!.
O argumento intervalo_soma não precisa ter o mesmo tamanho e forma que o argumento intervalo. As células reais
adicionadas são determinadas pelo uso da célula na extremidade superior esquerda do argumentointervalo_soma como a
célula inicial e, em seguida, pela inclusão das células correspondentes em termos de tamanho e forma no argumento in-
tervalo. Por exemplo:
Porém, quando os argumentos intervalo e intervalo_soma na função SOMASE não contêm o mesmo número de células,
o recálculo da planilha pode levar mais tempo do que o esperado.
Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas
para ver todos os dados.
Dados
10
7
9
27
2
Fórmula Descrição Resultado
=MÁXIMO(A2:A6) Maior valor no intervalo A2:A6. 27
=MÁXIMO(A2:A6; 30) Maior valor no intervalo A2:A6 e o valor 30. 30
73
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Dados
10
7
9
27
2
Fórmula Descrição Resultado
=MÍNIMO(A2:A6) O menor dos números no intervalo A2:A6. 2
=MIN(A2:A6;0) O menor dos números no intervalo A2:A6 e 0. 0
Média
Calcula a média aritmética de uma seleção de valores.
Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de idade na linha de valores máximos E17 e monte a seguinte fun-
ção =MEDIA(E4:E13). Com essa função estamos buscando no intervalo das células E4 à E13 qual é valor máximo encontrado.
Mesclar células
A mesclagem combina duas ou mais células para criar uma nova célula maior. Essa é uma excelente maneira de criar
um rótulo que se estende por várias colunas. Por exemplo, aqui, as células A1, B1 e C1 foram mescladas para criar o rótulo
“Vendas Mensais” e descrever as informações nas linhas de 2 a 7.
74
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
DICAS :
Use as opções nas guias Design e Formatar para perso-
nalizar a aparência do gráfico.
75
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Se você não vir essas guias, adicione as Ferramentas Clique em uma célula na lista ou tabela que contém os
de gráfico à faixa de opções clicando em qualquer lugar dados que serão usados na Tabela Dinâmica.
no gráfico. Na guia Inserir, clique em Tabela Dinâmica Recomen-
Criar uma Tabela Dinâmica no Excel para analisar dada.
dados da planilha
A capacidade de analisar todos os dados da planilha
pode ajudar você a tomar decisões de negócios melhores.
Porém, às vezes é difícil saber por onde começar, espe-
cialmente quando há muitos dados. O Excel pode ajudar,
recomendando e, em seguida, criando automaticamente
Tabelas Dinâmicas que são um excelente recurso para re-
SOMAir, analisar, explorar e apresentar dados. Por exem-
plo, veja uma lista simples de despesas:
Aqui estão os mesmos dados reSOMAidos em uma Ta- Criar uma Tabela Dinâmica manualmente
bela Dinâmica: Se você sabe como organizar seus dados, pode criar
uma Tabela Dinâmica manualmente.
Abra a pasta de trabalho onde você deseja criar a Ta-
bela Dinâmica.
Clique em uma célula na lista ou tabela que contém os
dados que serão usados na Tabela Dinâmica.
Na guia Inserir, clique em Tabela Dinâmica.
76
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Na planilha, os seus dados devem estar envolvidos por uma linha tracejada. Se não estiverem, clique e arraste para
selecionar os dados. Quando você fizer isso, a caixa Tabela/Intervalo será preenchida automaticamente com o intervalo de
células selecionado.
Em Escolher onde deseja que o relatório de tabela dinâmica seja colocado, escolha Nova planilha para colocar a Tabela
Dinâmica em uma nova guia de planilha. Se preferir, clique em Planilha existente e clique na planilha para especificar o local.
DICA : Para analisar várias tabelas em uma Tabela Dinâmica, marque a caixaAdicionar estes dados ao Modelo de Dados.
Clique em OK.
Na Lista de Campos da Tabela Dinâmica, siga um destes procedimentos:
77
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
78
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Adicionar ou alterar a cor do plano de fundo das Para utilizar uma cor personalizada, clique em Mais Co-
células res, e em seguida, na caixa de diálogo Cores, selecione a
É possível realçar dados em células utilizando Cor de cor desejada.
preenchimento para adicionar ou alterar a cor do plano de DICA : Para aplicar a cor selecionada mais recentemen-
fundo ou padrão das células. Veja como: te, clique em Cor de Preenchimento . Você também
Selecione as células que deseja realçar. encontrará até 10 cores personalizadas selecionadas mais
DICAS : Para utilizar uma cor de fundo diferente para recentemente em Cores recentes.
a planilha inteira, clique no botão Selecionar Tudo. Isso Aplicar um padrão ou efeitos de preenchimento.
irá ocultar as linhas de grade, mas é possível melhorar a Quando você deseja algo mais do que apenas um
legibilidade da planilha exibindo bordas ao redor de to- preenchimento de cor sólida, experimente aplicar um pa-
das as células. drão ou efeitos de preenchimento.
Selecione a célula ou intervalo de células que deseja
formatar.
Clique em Página Inicial > iniciador da caixa de diálo-
go Formatar Células ou pressione Ctrl + Shift + F.
79
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Principais atalhos
CTRL+Menos (-) — Exibe a caixa de diálogo Excluir
para excluir as células selecionadas.
CTRL+; — Insere a data atual.
CTRL+` — Alterna entre a exibição dos valores da célu-
la e a exibição de fórmulas na planilha.
Para utilizar um padrão com duas cores, selecione uma CTRL+’ — Copia uma fórmula da célula que está acima
cor na caixa Cor do Padrão e, em seguida, selecione um da célula ativa para a célula ou a barra de fórmulas.
padrão na caixa Estilo do Padrão. CTRL+1 — Exibe a caixa de diálogo Formatar Células.
Para utilizar um padrão com efeitos especiais, clique CTRL+2 — Aplica ou remove formatação em negrito.
em Efeitos de Preenchimento, e, em seguida, selecione as CTRL+3 — Aplica ou remove formatação em itálico.
opções desejadas. CTRL+4 — Aplica ou remove sublinhado.
DICA : Na caixa Amostra, é possível visualizar o plano CTRL+5 — Aplica ou remove tachado.
de fundo, o padrão e os efeitos de preenchimento selecio- CTRL+6 — Alterna entre ocultar objetos, exibir objetos
nados. e exibir espaços reservados para objetos.
Remover cores de célula, padrões, ou efeitos de preen- CTRL+8 — Exibe ou oculta os símbolos de estrutura
chimento de tópicos.
Para remover quaisquer cores de fundo, padrões ou CTRL+9 — Oculta as linhas selecionadas.
efeitos de preenchimento das células, basta selecioná-las. CTRL+0 — Oculta as colunas selecionadas.
Clique em Página Inicial > seta ao lado de Cor de Preenchi- CTRL+A — Seleciona a planilha inteira. Se a planilha
mento, e então selecione Sem Preenchimento. contiver dados, este comando seleciona a região atual.
Pressionar CTRL+A novamente seleciona a região atual e
suas linhas de reSOMAo. Pressionar CTRL+A novamente
seleciona a planilha inteira.
CTRL+SHIFT+A — Insere os nomes e os parênteses do
argumento quando o ponto de inserção está à direita de
um nome de função em uma fórmula.
CTRL+N — Aplica ou remove formatação em negrito.
CTRL+C — Copia as células selecionadas.
CTRL+C (seguido por outro CTRL+C) — exibe a Área
Imprimir cores de célula, padrões ou efeitos de preen- de Transferência.
chimento em cores CTRL+D — Usa o comando Preencher Abaixo para co-
Se as opções de impressão estiverem definidas piar o conteúdo e o formato da célula mais acima de um
como Preto e branco ouQualidade de rascunho — seja intervalo selecionado nas células abaixo.
propositalmente ou porque a pasta de trabalho contém CTRL+F — Exibe a caixa de diálogo Localizar e Substi-
planilhas e gráficos grandes ou complexos que resultaram tuir com a guia Localizar selecionada.
na ativação automática do modo de rascunho — não será SHIFT+F5 — Também exibe essa guia, enquanto SHIF-
possível imprimir as células em cores. Veja aqui como re- T+F4 repete a última ação de Localizar.
solver isso: CTRL+SHIFT+F — Abre a caixa de diálogo Formatar
Clique em Layout da Página > iniciador da caixa de diá- Células com a guia Fonte selecionada.
logo Configurar Página. CTRL+G — Exibe a caixa de diálogo Ir para. (F5 tam-
bém exibe essa caixa de diálogo.)
CTRL+H — Exibe a caixa de diálogo Localizar e Substi-
tuir com a guia Substituir selecionada.
80
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
81
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Fórmulas básicas
As primeiras fórmulas aprendidas na escola são as de adição, subtração, multiplicação e divisão. No Excel não é dife-
rente.
Função Se
Essa função trata das condições de valores solicitados. Para que entenda, se você trabalhar em uma loja que precisa
saber se os produtos ainda estão no estoque ou precisam de mais unidades, essa é uma excelente ferramenta. Veja por que:
*Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/informatica/artigos/71948/23-formulas-e-atalhos-que-vao-facilitar-sua-
vida-no-excel#ixzz48neY9XBW
82
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
84
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Adicionar texto
Selecione um espaço reservado para texto e comece
a digitar.
85
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Adicionar imagens
Na guia Inserir, siga um destes procedimentos:
Para inserir uma imagem que está salva em sua unidade local ou em um servidor interno, escolha Imagens, procure a
imagem e escolha Inserir.
Para inserir uma imagem da Web, escolha Imagens Online e use a caixa de pesquisa para localizar uma imagem.
86
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Se você não estiver no primeiro slide e desejar começar do ponto onde está, clique em Do Slide Atual.
Se você precisar fazer uma apresentação para pessoas que não estão no local onde você está, clique em Apresentar
Online para configurar uma apresentação pela Web e escolher uma das seguintes opções:
Apresentar-se online usando o Office Presentation Service
Iniciar uma apresentação online no PowerPoint usando o Skype for Business
87
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Em seguida, ao incluir conteúdo nos slides, você pode escolher os layouts de slide mais adequados ao conteúdo, como
mostrado aqui no Modo de Exibição Normal.
O diagrama a seguir mostra as várias partes de um layout que você pode incluir em um slide do PowerPoint.
88
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Para acessar o modo de exibição de Slide mestre, na guia Exibição, localizamos o bloco Modos de Exibição Mestre.
Quando você edita o slide mestre, todos os slides que seguem aquele mestre conterá essas alterações. No entanto, a
maioria das alterações feitas serão provavelmente ser os layouts de slide relacionada ao mestre.
Quando fizer alterações em layouts e o slide mestre no modo de exibição de Slide mestre, outras pessoas que traba-
lham na sua apresentação (no modo de exibição Normal) não podem excluir acidentalmente ou editar que você já fez.
Dica final: é recomendável editar o slide mestre e os layouts antes de começar a criar os slides individuais. Dessa ma-
neira, todos os slides adicionados à sua apresentação se basearão em suas edições personalizadas. Se você editar o slide
mestre ou os layouts após criar cada slide, precisará aplicar novamente os layouts alterados aos slides da apresentação no
modo de exibição Normal. Caso contrário, as alterações não aparecerão nos slides.
Temas
Um tema é uma paleta de cores, fontes e efeitos especiais (como sombras, reflexos, efeitos 3D e muito mais) que com-
plementar uns com os outros. Um designer competente criado cada tema no PowerPoint. Podemos disponibilizar esses
temas predefinidos na guia Design na exibição Normal.
Todos os temas usados em sua apresentação incluem um slide mestre e um conjunto de layouts relacionados. Se você
usar mais de um tema na apresentação, terá mais de um slide mestre e vários conjuntos de layouts.
89
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
91
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
92
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Para Pressione
Aplicar negrito ao texto
Ctrl+B
selecionado.
Altere o tamanho da fonte do
ALT + C, F e, em seguida, S
texto selecionado.
Altere o zoom do slide. ALT + W, P
Recorte o texto selecionado,
Ctrl+X
objeto ou slide.
Copie o texto selecionado,
Ctrl+C
objeto ou slide.
Colar recortado ou copiado
Ctrl+V
texto, objetos ou slide.
Desfazer a última ação. Ctrl+Z
Salve a apresentação. Ctrl+B
Inserir uma imagem. ALT + N, P
Inserir uma forma. ALT + H, S e H
Selecione um tema. ALT + G, H
Selecione um layout de slide. ALT + H, L
Ir para o próximo slide. Page Down
Vá para o slide anterior. Page Up
Vá para a guia página inicial. Alt+C
Mover para a guia Inserir. ALT+T
Inicie a apresentação de slides. ALT + S, B
Encerre a apresentação de Painel com scorecard e mapa estratégico;
slides. perguntas
Feche o PowerPoint. ALT + F, X
93
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
94
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Continuamos o trabalho de dez (10) anos da Comuni- Assim, daqui a 100 anos ou mais, certamente será pos-
dade OpenOffice.org; sível abrir documentos armazenados em ODF, o que pode não
Fomos criados com a crença de que a cultura gerada em ocorrer com arquivos binários e proprietários, que podem se
uma organização independente agrega que há de melhor nos transformar em verdadeiros hieróglifos, cujo código pode não
desenvolvedores e provê aos clientes o que há de melhor em ser acessível em alguns anos.
software; Paralelamente, o padrão ODF possibilita a concorrência,
Somos abertos a quem quiser colaborar com as nossas ati- pois permite adquirir software de mais de um fornecedor, já que
vidades, dentro de nossos valores básicos; o formato não é propriedade de uma empresa.
Aceitamos colaboração corporativa, por exemplo, para nos Também possibilita que as pessoas tenham comunicabi-
ajudar no custeio de colaboradores dentro da comunidade. lidade e interoperabilidade na troca de documentos. Obvia-
Pelos motivos aqui elencados, doravante adotaremos LibreOf- mente, quando se usa um padrão aberto a sociedade é o maior
fice.org para nos referimos ao pacote, salvo menção em contrário. beneficiário já que o texto digitado poderá ser lido por vários
programas.
Formato Open Document Vários governos estão aprovando a preferência pelo uso de
O openDocument 1.0 foi publicado pelo grupo OASIS formatos abertos para trocar informações e textos. O ODF é o
(“Organization for the Advancement of Structured Information formato escolhido para documentos pela Comunidade Europeia.
Standards”), como um padrão aberto e padronizado. Portanto, várias outras empresas e instituições estão ado-
ODF significa Open Document Format (Formato de docu- tando ou estudando adotar o formato ODF para escrever docu-
mento aberto) e é um conjunto de regras para a criação de mentos. Ou, pelo menos, suportar em seus programas, evitando
diversos tipos de arquivos. o favorecimento de qualquer fornecedor.
O ODF surgiu quando a Sun Microsystemas comprou a Star É importante lembrar que os formatos de empresas como a
Division, que fabricava a suíte Star Office, e iniciou o projeto do Microsoft ( .doc, docx, .xls, xlsx, .ppt, pptx) são fechados, proprie-
OpenOffice. Na época, foi criado um subcomitê na OASIS, que tários, e seguem unicamente os desejos e prioridades daquela
incluiu profissionais de software livre e de empresas privadas, empresa. E que, evidentemente, o monopólio mundial de soft-
para trabalhar com armazenamento de documentos, baseado ware é contrário ao padrão aberto. Assim, essas empresas ten-
na linguagem aberta XML (eXtensible Markup Language) e tem tam impedir que os governos, instituições e quaisquer pessoas
suporte em pacotes como OpenOffice / Br-Office.org, StarOffi- ou empresas adotem o padrão ODF.
ce, KOffice e IBM WorkPlace.
Assim, qualquer empresa pode desenvolver produtos com Abrir um arquivo do Microsoft Office
base nesse padrão e atualmente há mais de 40 aplicativos que Escolha Arquivo - Abrir. Selecione um arquivo do Microsoft
podem manipular o ODF. Office na caixa de diálogo do LibreOffice.
Como o ODF é um conjunto de especificações, para cada O arquivo do MS Office... ...será aberto no módulo
situação é utilizada uma parte delas. Assim, se aplica a docu- do LibreOffice
mentos de texto, gerando o formato odt, de cálculo (extensão MS Word, *.doc, *.docx = LibreOffice Writer
ods) e de apresentações ( terminação odp). MS Excel, *.xls, *.xlsx = LibreOffice Calc
É norma ISO 26300 e ABNT NBR-26300. MS PowerPoint, *.ppt, *.pps, *.pptx = LibreOffice Impress
95
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
LIBREOFFICE WRITER
O Writer é um aplicativo de processamento de texto que lhe permite criar documentos, como cartas, currículos, li-
vros ou formulários online. Alternativa gratuita e open source ao tradicional pacote Microsoft Office. Surgido a partir de
um fork do OpenOffice, o LibreOffice traz soluções completas para edição de texto, criação de planilhas, apresentações de
slides, desenhos, base de dados e ainda fórmulas matemáticas.
O Writer do LibreOffice suporta os seguintes formatos: ODT, OTT, SXW, STW, DOC (Word), DOCX (Word 2007), RTF,
SDW, VOR, TXT, HTML, PDB, XML, PSW e UOT.
Layout
O Writer aparece sob a forma de uma janela genérica de documento em branco, a tela de edição, que é composta por
vários elementos:
Barra de Título: Apresenta o nome do arquivo e o nome do programa que está sendo usado nesse momento. Usando-
se os 3 botões no canto superior direito pode-se minimizar, maximizar / restaurar ou fechar a janela do programa.
Barra de Menus: Apresenta os menus suspensos onde estão as listas de todos os comandos e funções disponíveis do programa.
Barra de Formatação: Apresenta os atalhos que dão forma e cor aos textos e objetos.
Área para trabalho: Local para digitação de texto e inserção de imagens e sons.
Barra de Status: Apresenta o número de páginas / total de páginas, o valor percentual do Zoom
e a função inserir / sobrescrever está na parte inferior e central da tela.
Réguas: Permite efetuar medições e configurar tabulações e recuos.
Barra de menus
Arquivo
Esses comandos se aplicam ao documento atual, abre um novo documento ou fecha o aplicativo.
-Novo:
Cria um novo documento do LibreOffice.
Escolha Arquivo - Novo
Ícone Novo na Barra de ferramentas (o ícone mostra o tipo do novo documento)
Novo
96
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Tecla Ctrl+N
Para criar um documento a partir de um modelo, escolha Novo - Modelos.
Um modelo é um arquivo que contém os elementos de design para um documento, incluindo estilos de formatação,
planos de fundo, quadros, figuras, campos, layout de página e texto.
- Abrir
Abre ou importa um arquivo.
Escolha Arquivo - Abrir
Ctrl+O
Na Barra de ferramentas, clique em
Abrir arquivo
Locais: Mostra os locais favoritos. Por exemplo, os atalhos das pastas locais ou remotas.
Área de exibição: Mostra os arquivos e pastas existentes em que você está. Para abrir um arquivo, selecione-o e clique
em Abrir.
Para abrir mais de um documento ao mesmo tempo, cada um em sua própria janela, pressione a tecla Ctrl ao clicar
nos arquivos e, em seguida, clique em Abrir.
Para classificar os arquivos, clique em um cabeçalho de coluna. Para inverter a ordem de classificação, clique novamente.
Para excluir um arquivo, clique com o botão direito do mouse sobre ele e, em seguida, escolha Excluir.
Para renomear um arquivo, dê um clique com o botão direito do mouse sobre ele e, em seguida, escolha Renomear.
Nome do arquivo: Insira um nome de arquivo ou um caminho para o arquivo. Você também pode inserir um URL que
começa com o nome de protocolo ftp, http, ou https.
Caso deseje, utilize caracteres curinga na caixa Nome do arquivo para filtrar a lista de arquivos exibida.
Por exemplo, para listar todos os arquivos de texto em uma pasta, insira o caractere asterisco (*) com a extensão de
arquivo de texto (*.txt) e, em seguida, clique em Abrir. Utilize o caractere curinga ponto de interrogação (?) para represen-
tar qualquer caractere, como em (??3*.txt), o que só exibe arquivos de texto com um ‘3’ como terceiro caractere no nome
do arquivo.
O LibreOffice possui uma função autocompletar que se ativa sozinha em alguns textos e caixas de listagem. Por exem-
plo, entre ~/a no campo da URL e a função autocompletar exibe o primeiro arquivo ou o primeiro diretório encontrado
no seu diretório de usuário que começa com a letra “a”.
97
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Utilize a seta para baixo para rolar para outros arquivos - Documentos recentes
e diretórios. Utilize a seta para a direita para exibir também Lista os arquivos abertos mais recentemente. Para abrir
um subdiretório existente no campo da URL. A função au- um arquivo da lista, clique no nome dele.
tocompletar rápida está disponível se você pressionar a
tecla End após inserir parte da URL. Uma vez encontrado o - Assistentes
documento ou diretório desejado, pressione Enter. Guia você na criação de cartas comerciais e pessoais,
Versão: Se houver várias versões do arquivo seleciona- fax, agendas, apresentações, etc.
do, selecione a versão que deseja abrir. Você pode salvar
e organizar várias versões de um documento, escolhendo - Fechar
Arquivo - Versões. As versões de um documento são aber- Fecha o documento atual sem sair do programa.
tas em modo somente leitura. Escolha Arquivo - Fechar
Tipo de arquivo: Selecione o tipo de arquivo que deseja O comando Fechar fecha todas as janelas abertas do
abrir ou selecione Todos os arquivos(*) para exibir uma lista documento atual.
de todos os arquivos na pasta. Se foram efetuadas alterações no documento atual,
Abrir: Abre o(s) documento(s) selecionado(s). você será perguntado se deseja salvar as lterações.
Inserir: Se você tiver aberto a caixa de diálogo esco- Ao fechar a última janela de documento aberta, apare-
lhendo Inserir - Arquivo, o botão Abrir será rotulado Inserir. cerá a Tela inicial.
Insere no documento atual, na posição do cursor, o arquivo
- Salvar
selecionado.
Salva o documento atual.
Somente leitura: Abre o arquivo no modo somente lei-
Escolha Arquivo - Salvar
tura.
Ctrl+S
Abrir documentos com modelos: O LibreOffice reco-
Na Barra de ferramentas ou de tabela de dados, clique em
nhece modelos localizados em qualquer uma das seguintes
pastas:
• Pasta de modelos compartilhados Salvar
• Pasta de modelos do usuário em Documents and
Settingsno diretório inicial do usuário Salvar como: Salva o documento atual em outro local
• Todas as pastas de modelos definidas em Ferra- ou com um nome de arquivo ou tipo de arquivo diferente.
mentas - Opções - LibreOffice - Caminhos Escolha Arquivo - Salvar como
Ao utilizar Arquivo - Modelo - Salvar como mode-
lo para salvar um modelo, o modelo será armazenado na
sua pasta de modelos do usuário. Ao abrir um documento
baseado neste modelo, o documento será verificado para
detectar uma mudança do modelo, como descrito abaixo.
O modelo é associado com o documento e pode ser cha-
mado de “modelo vinculado”.
Ao utilizar Arquivo - Salvar como e selecionar um filtro
de modelo para salvar um modelo em qualquer outra pas-
ta que não esteja na lista, então os documentos baseados
nesse modelo não serão verificados.
Ao abrir um documento criado a partir de um “modelo
vinculado” (definido acima), O LibreOffice verifica se o mo-
delo foi modificado desde a última vez que foi aberto. Se o
modelo tiver sido alterado, uma caixa de diálogo aparecerá
para você poder selecionar os estilos que devem ser apli-
cados ao documento.
Para aplicar os novos estilos do modelo ao documento,
clique em Sim.
Nome do arquivo: Insira um nome de arquivo ou um
Para manter os estilos que estão sendo usados no do- caminho para o arquivo. Você também pode inserir um URL
cumento, clique em Não. • Tipo de arquivo: Selecione o formato de arquivo
Se um documento tiver sido criado por meio de um para o documento que você está salvando. Na área de exi-
modelo que não possa ser encontrado, será mostrada uma bição, serão exibidos somente os documentos com esse
caixa de diálogo perguntando como proceder na próxima tipo de arquivo.
vez em que o documento for aberto. • Salvar com senha: Protege o arquivo com uma se-
Para quebrar o vínculo entre o documento e o modelo nha que deve ser digitada para que o usuário possa abrir
que está faltando, clique em Não; caso contrário, o LibreOf- o arquivo.
fice procurará o modelo na próxima vez que você abrir o
documento. Salvar tudo: Salva todos os documentos do LibreOffice
que foram modificados.
98
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
- Recarregar - Imprimir
Substitui o documento atual pela última versão salva.
Todos as alterações efetuadas após o último salvamen- Imprime o documento atual, a seleção ou as páginas
to serão perdidas. que você especificar. Você também pode definir as opções
Escolha Arquivo - Recarregar de impressão para o documento atual. Tais opções variam
de acordo com a impressora e com o sistema operacional
- Versões utilizado.
Salva e organiza várias versões do documento atual no
mesmo arquivo. Você também pode abrir, excluir e compa- Escolha Arquivo - Imprimir
rar versões anteriores. Ctrl+P
Escolha Arquivo - Versões Na Barra de ferramentas, clique em
Novas versões - Define as opções para salvar uma nova
versão do documento. - Configuração da impressora
Salvar nova versão - Salva o estado atual do documen-
to como nova versão. Caso deseje, antes de salvar a nova Selecione a impressora padrão para o documento
versão, insira também comentários na caixa de diálogo In- atual.
serir comentário da versão. Escolha Arquivo - Imprimir - Configurações da impres-
Inserir comentário da versão - Insira um comentário sora
aqui quando estiver salvando uma nova versão. Se você Fecha todos os programas do LibreOffice e pede para
tiver clicado em Mostrar para abrir esta caixa de diálogo, salvar as modificações.
não poderá editar o comentário.
Salvar sempre uma versão ao fechar - Se você tiver fei- - Sair
to alterações no documento, o LibreOffice salvará automa-
ticamente uma nova versão quando você o fechar. Escolha Arquivo - Sair
Se salvar o documento manualmente, e não alterar o Ctrl+Q
documento após salvar, não será criada uma nova versão.
Versões existentes - Lista as versões existentes do do- Editar
cumento atual, a data e a hora em que elas foram criadas,
o autor e os comentários associados.
- Exportar
Salva o documento atual com outro nome e formato
em um local a especificar.
Escolha Arquivo – Exportar
- Exportar como PDF
Salva o arquivo atual no formato Portable Document
Format (PDF) versão 1.4. Um arquivo PDF pode ser visto e
impresso em qualquer plataforma com a formatação ori-
ginal intacta, desde que haja um software compatível ins-
talado.
Escolha Arquivo - Exportar como PDF
- Visualizar impressão
99
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
100
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
- Nomes de campos
Alterna a exibição entre o nome e o conteúdo do cam-
po. A presença de uma marca de seleção indica que os no-
mes dos campos são exibidos e a ausência dessa marca
indica que o conteúdo é exibido. O conteúdo de alguns
campos não pode ser exibido.
- Caracteres não-imprimíveis
Mostra os caracteres não imprimíveis no texto, como
marcas de parágrafo, quebras de linha, paradas de tabula-
ção e espaços.
- Parágrafos ocultos
Mostra ou oculta parágrafos ocultos. Esta opção afeta
somente a exibição de parágrafos ocultos. Ela não afeta a
impressão desses parágrafos.
- Fontes de dados
Lista os bancos de dados registrados para o LibreOffice
e permite que você gerencie o conteúdo deles.
- Layout de impressão - Navegador
Exibe a forma que terá o documento quando este for Mostra ou oculta o Navegador. Você pode usá-lo para
impresso. acessar rapidamente diferentes partes do documento e
para inserir elementos do documento atual ou de outros
- Layout da Web documentos abertos, bem como para organizar documen-
Exibe o documento como seria visualizado em um na- tos mestre. Para editar um item do Navegador, clique com
vegador da Web. Esse recurso é útil ao criar documentos o botão direito do mouse no item e, em seguida, escolha
HTML. um comando do menu de contexto. Se preferir, você pode
encaixar o Navegador na borda do espaço de trabalho.
- Código-fonte HTML - Tela inteira
Exibe o código fonte do documento HTML atual. Para Exibe ou oculta os menus e as barras de ferramentas
exibir o código fonte HTML de um novo documento, é ne- no Writer ou no Calc. Para sair do modo de tela inteira,
cessário primeiro salvar o novo documento como um do- clique no botão Ativar/Desativar tela inteira.
cumento HTML.
- Zoom
- Barra de status Reduz ou amplia a exibição de tela do LibreOffice.
Mostra ou oculta a barra de status na borda inferior
da janela. Inserir
O menu Inserir contém os comandos necessários para
- Status do método de entrada inserir novos elementos no seu documento. Isso inclui se-
Mostra ou oculta a janela de status do IME (Input Me- ções, notas de rodapé, anotações, caracteres especiais, fi-
thod Engine). guras e objetos de outros aplicativos.
101
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
- Hiperlink
Abre uma caixa de diálogo que permite que você crie
e edite hiperlinks.
- Cabeçalho
Adiciona ou remove um cabeçalho do estilo de página
que você selecionar no submenu. O cabeçalho é adiciona-
do a todas as páginas que usam o mesmo estilo de página.
Em um novo documento, é listado apenas o estilo de pági-
na “Padrão”. Outros estilos de páginas serão adicionados à
lista depois que você aplicá-los ao documento.
- Rodapé
Adiciona ou remove um rodapé do estilo de página se-
lecionado no submenu. O rodapé é adicionado a todas as
páginas que usam o mesmo estilo. Em um novo documen-
to, somente o estilo de página “Padrão” é listado. Outros
estilos serão adicionados à lista depois que forem aplica-
dos ao documento.
- Legenda
Adiciona uma legenda numerada à figura, tabela, qua-
dro, quadro de texto ou objeto de desenho selecionado. Você
também pode acessar este comando clicando com o botão
direito do mouse no item ao qual deseja adicionar a legenda.
- Marcador
Insere um indicador na posição do cursor. Use o Na-
- Quebra manual vegador para saltar rapidamente para a posição indicada
Insere uma quebra manual de linha, de coluna ou de em outra hora. em um documento HTML, os indicadores
página na posição atual em que se encontra o cursor. são convertidos em âncoras para você navegar através de
hyperlinks.
- Campos
Insere um campo na posição atual do cursor. O sub- - Referência
menu lista os tipos de campos mais comuns. Para exibir Esta é a posição em que você insere as referências ou
todos os campos disponíveis, escolha Outro. os campos referidos no documento atual. As referências
são os campos referidos no mesmo documento ou em
- Caractere especial subdocumentos de um documento mestre.
Insere caracteres especiais a partir das fontes instala-
das. - Anotação
Insere uma anotação.
102
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
- Tabela - Caractere
Insere uma tabela no documento. Você também pode Muda a fonte e a formatação de fonte dos caracteres
clicar na seta, arrastar o mouse para selecionar o número selecionados.
de linhas e colunas a serem incluídas na tabela e, em segui-
da, clicar na última célula. - Parágrafo
Modifica o formato do parágrafo atual, por exemplo,
- Figura alinhamento e recuo.
Selecione a origem da figura que deseja inserir.
- Marcadores e numeração
- Objeto de desenho Adiciona marcadores ou numeração ao parágrafo atual
Insere um objeto no documento. Para vídeo e áudio e permite que você edite o formato da numeração ou dos
utilize Inserir - Multimídia - Áudio ou vídeo. marcadores.
- Colunas
Especifica o número de colunas e o layout de coluna
para um estilo de página, quadro ou seção.
- Seções
Altera as propriedades das seções definidas no docu-
mento. Para inserir uma seção, selecione o texto ou clique
no documento e, em seguida, escolha Inserir - Seção.
- Estilos e formatação
Use a janela Estilos e formatação para aplicar, criar, edi-
tar, adicionar e remover estilos de formatação. Clique duas
vezes para aplicar o estilo.
- Autocorreção
Formata automaticamente o arquivo de acordo com
as opções definidas em Ferramentas - Opções da auto-
correção.
- Ancorar
Define as opções de ancoramento para o objeto sele-
cionado.
- Quebra Automática
Define as opções de quebra automática de texto para
figuras, objetos e quadros.
103
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
- Inverter - Excluir
Inverte o objeto selecionado, horizontalmente ou ver- Tabela
ticalmente. Exclui a tabela atual.
- Agrupar Colunas
Agrupa os objetos selecionados de forma que possam Exclui as colunas selecionadas.
ser movidos ou formatados como um único objeto.
Linhas
- Objeto Exclui as linhas selecionadas.
Abre um submenu para editar propriedades do objeto
selecionado. Selecionar
Tabela
- Quadro Seleciona a tabela atual.
Insere um quadro que você pode usar para criar um
layout com uma ou mais colunas de texto e objetos. Coluna
Seleciona a coluna atual.
- Imagem
Formata o tamanho, a posição e outras propriedades Linha
da figura selecionada. Seleciona a linha atual.
Tabela Célula
Seleciona a célula atual.
- Mesclar células
Combina o conteúdo das células selecionadas da tabe-
la em uma única célula.
- Dividir células
Divide a célula ou grupo de células horizontalmente ou
verticalmente em um número especificado de células.
- Mesclar tabela
Combina duas tabelas consecutivas em uma única ta-
bela. As tabelas devem estar lado a lado, e não separadas
por um parágrafo vazio.
- Dividir tabela
Divide a tabela atual em duas tabelas separadas na po-
sição do cursor. Você também pode clicar com o botão di-
reito do mouse em uma célula da tabela para acessar este
comando.
- Autoformatação de tabela
Aplica automaticamente formatos à tabela atual, in-
cluindo fontes, sombreamento e bordas.
Autoajustar
Largura da coluna
Abre a caixa de diálogo Largura da coluna para alterar
a largura de uma coluna.
104
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Altura da linha
Abre a caixa de diálogo Altura da linha para alterar a
altura de uma linha.
Converter
Texto em tabela
Abre uma caixa de diálogo para poder converter em
tabela o texto selecionado. - Verificação ortográfica
Verifica a ortografia manualmente.
Tabela para texto
Abre uma caixa de diálogo para converter a tabela - Idioma
atual em texto. Abre um submenu para escolher comandos específicos
do idioma.
Classificar
Classifica alfabeticamente ou numericamente os pará- - Contagem de palavras
grafos ou linhas de tabela selecionados. Você pode definir Conta as palavras e caracteres, com ou sem espaços,
até três chaves de classificação bem como combinar chaves na seleção atual, e em todo o documento. A contagem é
alfabéticas com numéricas. mantida atualizada enquanto digita, ou altera a seleção.
105
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
- Galeria
Abre a Galeria, onde você poderá selecionar figuras e
sons para inserir em seu documento.
- Filtros XML
Abre a caixa de diálogo Configurações do filtro XML,
onde você pode criar, editar, excluir e testar filtros para
importar e exportar arquivos XML.
- Opções da Autocorreção
Configura as opções para substituir texto automatica-
mente ao digitar. Barras de ferramentas
106
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
107
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Adicionando e editando texto • Para selecionar uma frase inteira, clique três vezes em
qualquer lugar na frase.
Você pode adicionar texto ao documento das seguin- • Para selecionar uma única palavra, clique duas vezes
tes maneiras: em qualquer lugar na palavra.
• Digitando texto com o teclado • Para acrescentar mais de um trecho a uma seleção,
• Copiando e colando texto de outro documento selecione o trecho, mantenha pressionada a tecla Ctrl e se-
• Importando texto de outro arquivo lecione outro trecho de texto.
108
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
O texto é excluído do documento e adicionado à área • Para substituir a ocorrência do texto encontrada pela
de transferência, para você colar o texto onde pretender. que você inseriu na caixa Substituir por, clique em Substituir.
• Pressione a tecla Delete ou Backspace. • Para substituir todas as ocorrências do texto encon-
Observação – Você pode usar essas teclas para tam- tradas pela que você inseriu na caixa Substituir por, clique
bém excluir caracteres individuais. em Substituir tudo.
Se desejar desfazer uma exclusão, escolha Editar - Des- • Para ignorar o texto encontrado e continuar a procu-
fazer ou pressione Ctrl+Z. ra, clique em Localizar próxima.
6. Clique em Fechar quando concluir a procura.
-Para inserir um documento de texto
Você pode inserir o conteúdo de qualquer documento Verificando ortografia
de texto no documento do Writer, desde que o formato do
arquivo seja conhecido pelo LibreOffice.org. O Writer pode verificar possíveis erros ortográficos en-
Etapas quanto você digita ou em um documento inteiro.
1. Clique no documento do Writer onde deseja inserir
o texto. - Para verificar ortografia enquanto digita
2. Escolha Inserir – Arquivo. O Writer pode avisar sobre possíveis erros de ortogra-
3. Localize o arquivo que deseja inserir e clique em In- fia enquanto você digita.
serir. Para ativar e desativar esse recurso, clique no ícone Au-
Localizando e substituindo texto toOrtografia e gramatica na barra de Ferramentas. Quando
Você pode usar o recurso Localizar e substituir no Li- esse recurso está ativado, uma linha vermelha ondulada
breOffice.org Writer para procurar e substituir palavras em marca possíveis erros ortográficos.
um documento de texto.
109
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Etapas
3. Quando um possível erro de ortografia é localizado, a caixa de diálogo Ortografia e gramatica sugere uma correção.
Formatando texto
O Writer permite-lhe formatar o texto manualmente ou ao usar estilos. Com os dois métodos, você controla tamanho,
tipo de fonte, cor, alinhamento e espaçamento do texto. A principal diferença é que a formatação manual aplica-se apenas
ao texto selecionado, enquanto a formatação de estilo aplica-se toda vez que o estilo é usado no documento.
Para uma formatação simples, como alterar o tamanho e a cor do texto, use os ícones na barra Formatação. Se desejar,
pode também usar os comandos de menu no menu Formato, assim como teclas de atalho.
110
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
111
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• Para visualizar o conteúdo de uma categoria, clique no sinal de mais na frente do nome da categoria.
• Para exibir o conteúdo de uma única categoria no Navegador, selecione a categoria e clique no ícone Exibição do
conteúdo.
Observação – Para exibir todo o conteúdo, clique novamente no ícone Exibição do conteúdo.
• Para saltar rapidamente para o local no documento, clique duas vezes em qualquer entrada na lista do Navegador.
• Para editar propriedades de um objeto, clique no objeto com o botão direito do mouse.
Você pode encaixar o Navegador na borda de qualquer janela do documento.
Para desanexar o Navegador da borda de uma janela, clique duas vezes na área cinza do Navegador encaixado. Para
redimensionar o Navegador, arraste as bordas do Navegador.
Dica – Em um documento de texto, você pode usar o modo Exibição do conteúdo para títulos para arrastar e soltar
capítulos inteiros em outras posições dentro do documento. Para obter mais informações, consulte a ajuda on-line sobre
o Navegador.
3. (Opcional) Para usar um layout de tabela predefinido, clique em AutoFormatar, selecione o formato desejado e clique em OK.
4. Na caixa de diálogo Inserir tabela, especifique opções adicionais, como o nome da tabela, e clique em OK.
112
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Cabeçalho e rodapé
Cabeçalhos e rodapés são áreas nas margens superior e inferior das páginas para adiciona textos ou figuras. Os ca-
beçalhos e rodapés são adicionados ao estilo de página atual. Todas as páginas que usarem o mesmo estilo receberão
automaticamente o cabeçalho ou rodapé adicionado. É possível inserir Campos, tais como números de páginas e títulos de
capítulos, nos cabeçalhos e rodapés de um documento de texto.
Obs.: O estilo de página para a página atual será exibido na Barra de status.
Para adicionar um cabeçalho a uma página, escolha Inserir - Cabeçalho e, em seguida, no submenu, selecione o estilo
de página para a página atual.
Para adicionar um rodapé a uma página, escolha Inserir - Rodapé e, em seguida, selecione o estilo de página para a
página atual no submenu.
Você também pode escolher Formatar - Página, clicar na guia Cabeçalho ou Rodapé, e selecionar Ativar cabeçalho ou
Ativar rodapé. Desmarque a caixa de seleção Mesmo conteúdo esquerda/direita se desejar definir cabeçalhos e rodapés
diferentes para páginas pares e ímpares.
Para utilizar diferentes cabeçalhos e rodapés documento, adicione-os a diferentes estilos de páginas e, em seguida,
aplique os estilos às páginas nas deseja exibir os cabeçalhos ou rodapés.
Marcadores e numeração
Para adicionar marcadores
Selecione o(s) parágrafo(s) ao(s) qual(is) deseja adicionar marcadores.
Na barra de Formatação, clique no ícone Ativar/desativar marcadores.
Para remover marcadores, selecione os parágrafos com marcadores e, em seguida, clique no ícone Ativar/Desativar
marcadores na barra Formatação.
Para formatar marcadores
Para alterar a formatação da lista com marcadores, escolha Formatar - Marcadores e numeração.
113
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Por exemplo, para mudar o símbolo do marcador, cli- Para formatar o estilo dos números de página
que na guia Opções , clique no botão de seleção (...) per- Você deseja que os números da página sejam em
to de Caractere, e selecione um caractere especial. Pode- numerais romanos: i, ii, iii, iv e assim por diante.
se também clicar na guia Figura, e clicar num estilo de Clique duas vezes imediatamente na frente do campo
símbolo na área Seleção. de número da página. A caixa de diálogo Editar campos
se abrirá.
Números de página Selecione um formato de número e clique em OK.
No Writer, o número da página é um campo que Utilizar diferentes estilos de número de página
pode ser inserido no texto. Você precisa que algumas páginas apresentem o esti-
lo em numerais romanos e o restante das páginas, outro
Para inserir números de página estilo.
Escolha Inserir - Campos - Número da página para No Writer, serão necessários vários estilos de página.
inserir um número de página na posição atual do cursor. O primeiro estilo de página apresenta um rodapé com um
Obs.: Se, em vez do número, aparecer o texto “Núme- campo de número de página formatado em numerais ro-
ro da página”, escolha Exibir - Nome de campos. manos. O estilo de página seguinte apresenta um rodapé
No entanto, esses campos mudarão de posição quan- com um campo de número de página formatado em outro
do um texto for adicionado ou removido. Assim, é melhor estilo.
inserir o campo de número da página em um cabeçalho Ambos estilos de página devem estar separados por
ou rodapé que se encontram na mesma posição e se re- uma quebra de página. No Writer, é possível inserir que-
petem em todas as páginas. bras de página automática ou manualmente.
Escolha Inserir - Cabeçalho - (nome do estilo de pá- Uma quebra de página automática aparece no final de
gina) ou Inserir - Rodapé - (nome do estilo de rodapé) uma página quando o estilo de página possui um “próxi-
para adicionar um cabeçalho ou um rodapé em todas as mo estilo” diferente.
páginas com o estilo de página atual. Por exemplo, o estilo de página da “Primeira página”
apresenta “Padrão” como próximo estilo. Para comprovar
Para iniciar com um número de página definido essa possibilidade, pressione F11 para abrir a janela Estilos
Agora você que ter um pouco mais de controle sobre e formatação, clique no ícone Estilos de página e clique
o número da página. Você está editando um documento com o botão direito do mouse na entrada Primeira página.
de texto que deve começar com o número de página 12. Escolha Modificar no menu de contexto. Na guia Organi-
zador, pode ser visto o “próximo estilo”.
Clique no primeiro parágrafo do documento. A quebra de página manual pode ser aplicada com ou
Escolha Formatar - Parágrafo - Fluxo de texto. sem alterações dos estilos de página.
Em Quebras, ative Inserir. Ative Com estilo de página Se pressionar Ctrl+Enter, será aplicada a quebra de
para poder definir o novo Número da página. Clique em página sem alterações nos estilos de página.
OK. Se escolher Inserir - Quebra manual, a quebra de pá-
gina pode ser inserida com ou sem alterações no estilo ou
com alterações no número da página.
Dependendo do documento, é melhor: utilizar a que-
bra de página inserida manualmente entre os estilos de
página, ou utilizar uma mudança automática. Se for neces-
sária apenas uma página de título com estilo diferente, o
método automático pode ser utilizado:
114
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Dá-se o nome Endereço ou Referência ao conjunto das coordenadas que uma célula ocupa em uma planilha. Por exem-
plo, a intersecção entre a coluna B e a linha 3 é exclusiva da casela B3, portanto é a sua referência ou endereço.
A figura abaixo mostra a célula B3 ativa (ou atual, ou selecionada), ou seja, o cursor está na intersecção da linha 3 com
a coluna B. (Notar que tanto a linha 3 como a coluna B destacam-se em alto relevo).
Apenas uma célula pode ficar ativa de cada vez e a seleção é representada pelas bordas da célula que ficam negritadas.
Para mudar a posição da célula ativa pode-se usar o mouse ou as teclas de seta do teclado.
Observação - Você pode também incluir o nome do arquivo e o nome da folha em uma referência a uma célula ou
a um intervalo de células. Pode atribuir um nome a uma célula ou intervalo de células, para usar o nome em vez de uma
referência à coluna/número. Para obter detalhes, pesquise o termo eferências na ajuda on-line.
Layout
Barra de título
A barra de título, localizada no alto da tela, mostra o nome da planilha atual. Quando a planilha for recém criada, seu
nome é Sem título X, onde X é um número. Quando a planilha é salva pela primeira vez, você é solicitado a dar um nome
a sua escolha.
Barra de Menus
A Barra de Menus é composta por 9 menus, que são: Arquivo, Editar, Exibir, Inserir, Formatar, Tabela, Ferramentas, Janela
e Ajuda. Onde encontra-se todos os comandos do Calc.
Menu Arquivo: Este menu contém os comandos para Criar uma planilha, salva-la, abrir os documentos já salvos e os
mais recentes e por fim fechar a planilha.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Menu Editar: Responsável pelos comando de copiar, mover e excluir os dados, desfazer e refazer uma ação além de
localizar e substituir dados.
Menu Exibir: Esse menu é utilizado para estruturar a área de trabalho. A partir de suas opções, podem ser exibidas ou
ocultadas as barras do LibreOffice.Calc. Ainda podem ser trabalhadas a aparência e o tamanho da tela de trabalho.
Menu Inserir: É responsável pela inserção de elementos como linhas, colunas, comentários nas células, figuras, gráficos,
fórmulas músicas, vídeos entre outros.
Menu Formatar: É responsável pela formatação de fontes e números, alinhamento dados nas células inserção de bordas
nas células e alteração de cores tanto de fonte quanto de plano de fundo.
Menu Ferramentas: Possui comandos para proteger o documento impedindo que alterações sejam feitas, personaliza
menus e as teclas de atalho, além de possuir recurso Galeria, onde podemos selecionar figuras e sons do próprio LibreOffice
para inserir no documento.
Menu Dados: Seleciona um intervalo e Classifica as linhas selecionadas de acordo com as condições especificas além
de outras funções.
Menu Janela: É utilizado para Abrir uma nova janela, Fecha a janela atual, Dividir a janela atual e listar todas as janelas
do documento.
Menu Ajuda: Abre a página principal da Ajuda de OpenOffice.org.br para o aplicativo atual. Você pode percorrer as
páginas da Ajuda e procurar pelos termos do índice ou outro texto.
Você pode personalizar a Barra de menu conforme as suas necessidades, para isso, vá em Ferramentas → Personalizar...
e vá na guia Menu.
Barra de ferramentas
Três barras de ferramentas estão localizadas abaixo da Barra de menus, por padrão: A Barra de ferramentas padrão, a
Barra de ferramentas de formatação, e a Barra de fórmulas.
Na Barra de ferramentas padrão estão várias opções tais como, gráficos, impressão, ajuda, salvar, outros.
Na Barra de ferramentas de formatação existem opções para alinhamento, numeração, recuo, cor da fonte e o outros.
Barra de fórmulas
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Células individuais
A seção principal da tela exibe as células na forma de uma tabela, onde cada célula fica na interseção de uma coluna
com uma linha. É nela que colocaremos valores, referências e formatos.
No alto de cada coluna, e à esquerda de cada linha, há uma célula cinza, contendo letras (colunas) e números (linhas).
Esses são os cabeçalhos das colunas e linhas. As colunas começam em A e seguem para a direita, e as linhas começam em
1 e seguem para baixo.
Os cabeçalhos das colunas e linhas formam a referência da célula que aparece na Caixa de Nome na Barra de Fórmulas.
Você pode desligar esses cabeçalhos em Exibir → Cabeçalhos de Linhas e Colunas.
Abas de folhas
Abaixo da tabela com as células estão as abas das folhas. Essas abas permitem que você acesse cada folha da planilha
individualmente, com a folha visível (ativa) estando na cor branca. Você pode escolher cores diferentes para cada folha.
Clicando em outra aba de folha exibe-se outra folha e sua aba fica branca. Você também pode selecionar várias folhas
de uma só vez, pressionando a tecla Ctrl ao mesmo tempo que clica nas abas.
Barra de estado
Na parte inferior da janela do Calc está a barra de estado, que mostra informações sobre a planilha e maneiras con-
venientes de alterar algumas das suas funcionalidades. A maioria dos campos é semelhante aos outros componentes do
LibreOffice.
Partes esquerda e direita da barra de estado, respectivamente:
119
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Selecionando células em uma folha 3. Arraste a alça de preenchimento até realçar o inter-
Você pode usar o mouse ou o teclado para selecionar valo de células no qual deseja inserir a série.
células em uma folha do Calc. 4. Solte o botão do mouse.
• Para selecionar um intervalo de células com o mouse,
clique em uma célula e arraste o mouse para outra célula. Os itens consecutivos na série são adicionados auto-
• Para selecionar um intervalo de células com o teclado, maticamente às células realçadas.
certifique-se de que o cursor esteja em uma célula, man-
tenha pressionada a tecla Shift e pressione uma tecla de
direção.
120
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Usando AutoFormatação
A maneira mais fácil de formatar um intervalo de células é usar o recurso AutoFormatação do Calc.
121
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
- Para aplicar formatação manual com a caixa de diálo- Formatando células e folhas com estilos
go Formatar células No Calc, a formatação padrão de células e folhas fa-
Se precisar de mais opções de formatação do que a z-se com estilos. Um estilo é um conjunto de opções de
barra Objeto fornece, use a caixa de diálogo Formatar cé- formatação que define o aspecto do conteúdo da célula,
lulas. assim como o layout de uma folha. Quando você altera a
formatação de um estilo, as alterações são aplicadas toda
vez que o estilo é usado na planilha.
Etapas
1. Selecione a célula ou o intervalo de células que de-
seja formatar e escolha Formatar - Células.
Abre-se a caixa de diálogo Formatar células.
2. Clique em uma das guias e escolha as opções de
formatação.
Guia Números
Altera a formatação de números nas células, como a
alteração do número de casas decimais exibidas - Para aplicar formatação com a janela Estilos e for-
matação
Guia Fonte Etapas
Altera a fonte, o tamanho da fonte e o tipo de letra 1. Escolha Formatar - Estilos e formatação.
usado na célula 2. Para alterar a formatação de células, clique em uma
célula ou selecione um intervalo de células.
Guia Efeitos de fonte a. Clique no ícone Estilos de célula na parte superior
Altera a cor da fonte e os efeitos de sublinhado, tacha- da janela Estilos e formatação.
do ou alto-relevo do texto b. Clique duas vezes em um estilo na lista.
3. Para alterar o layout de uma folha, clique em qual-
Guia Alinhamento quer lugar na folha.
Altera o alinhamento do texto e a orientação do texto a. Clique no ícone Estilos de página na parte superior
no interior das células da janela Estilos e formatação.
b. Clique duas vezes em um estilo na lista.
Guia Bordas
Altera as opções de bordas das células Usando fórmulas e funções
Você pode inserir fórmulas em uma planilha para efe-
Guia Plano de fundo tuar cálculos.
Altera o preenchimento do plano de fundo das células Se a fórmula contiver referências a células, o resultado
será atualizado automaticamente toda vez que você alte-
Guia Proteção de célula rar o conteúdo das células. Você pode também usar uma
Protege o conteúdo das células no interior de folhas das várias fórmulas ou funções pré-definidas que o Calc
protegidas. oferece para efetuar cálculos.
3. Clique em OK.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Criando fórmulas
Uma fórmula começa com um sinal de igual (=) e pode conter valores, referências a células, operadores, funções e
constantes.
Usando operadores
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
=A1+15
Exibe o resultado de adicionar 15 ao conteúdo da células A1
=A1*20%
Exibe 20 por cento do conteúdo da célula A1
=A1*A2
Exibe o resultado da multiplicação do conteúdo das células A1 e A2
Usando parênteses
O Calc segue a ordem de operações ao calcular uma fórmula. Multiplicação e divisão são feitas antes de adição e sub-
tração, independentemente de onde esses operadores aparecem na fórmula. Por exemplo, para a fórmula =2+5+5*2, o
Calc retorna o valor de 17 e não de 24.
* Você também pode editar uma célula pressionado F2 ou dando um clique duplo na célula
2. Clique na caixa de Linha de entrada e efetue as alterações.
Para excluir parte da fórmula, pressione a tecla Delete ou Backspace.
3. Pressione Return ou clique no ícone na barra Fórmula para confirmar as alterações.
Para rejeitar as alterações feitas, pressione Esc ou clique no ícone na barra Fórmula.
Usando funções
O Calc é fornecido com várias fórmulas e funções predefinidas. Por exemplo, em vez de digitar =A2+A3+A4+A5, você
pode digitar =SUM(A2:A5) .
124
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Usando gráficos
Gráficos podem ajudar a visualizar padrões e tendências nos dados numéricos.
O LibreOffice fornece vários estilos de gráfico que você pode usar para representar os números.
Observação – Gráficos não se restringem a planilhas. Você pode também inserir um gráfico ao escolher Inserir - Objeto
- Gráfico nos outros programas do LibreOffice.
125
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Editando gráficos
Depois de criar um gráfico, poderá voltar e alterar, mover, redimensionar ou excluir o gráfico.
- Para redimensionar, mover ou excluir um gráfico
Etapa
Clique no gráfico e siga um destes procedimentos:
• Para redimensionar o gráfico, mova o ponteiro do mouse sobre uma das alças, pressione o botão do mouse e arraste
o mouse.
O Calc exibe uma linha pontilhada do novo tamanho do gráfico enquanto você arrasta.
• Para mover o gráfico, mova o ponteiro do mouse para dentro do gráfico, pressione o botão do mouse e arraste o
mouse para um novo lugar.
• Para excluir o gráfico, pressione a tecla Delete.
126
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
127
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Apagando folhas
As folhas podem ser apagadas individualmente ou em
grupos.
Folha única: clique com o botão direito na aba da folha
Excluir 3 linhas abaixo da linha 1. que quer apagar e clique em Excluir Planilha no menu de
contexto, ou clique em Editar → Planilha → Excluir na barra
de menu.
128
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Renomeando folhas
O nome padrão para uma folha nova é PlanilhaX, onde
X é um número. Apesar disso funcionar para pequenas
planilhas com poucas folhas, pode tornar-se complicado
quando temos muitas folhas.
Para colocar um nome mais conveniente a uma folha,
você pode:
• Digitar o nome na caixa Nome, quando você criar a
folha, ou
• Clicar com o botão direito do mouse e escolher a
opção Renomear Planilha no menu de contexto e trocar o
nome atual por um de sua escolha.
• Clicar duas vezes na aba da folha para abrir a caixa de
diálogo Renomear Planilha.
129
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
130
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Congelando células.
Congelando uma única coluna ou linha
Clique no cabeçalho da linha abaixo, ou da coluna à esquerda da qual quer congelar.
Clique em Janela → Congelar.
Uma linha escura aparece, indicando onde o ponto de congelamento foi colocado.
Congelando uma coluna ou linha
Clique em uma célula que esteja imediatamente abaixo da linha, ou na coluna imediatamente à direita da coluna que
quer congelar.
Clique em Janela → Congelar.
Duas linhas aparecem na tela, uma horizontal sobre essa célula e outra vertical à esquerda dela. Agora, quando você
rolar a tela, tudo o que estiver acima, ou à esquerda dessas linhas, permanecerá à vista.
Descongelando
Para descongelar as linhas ou colunas, clique em Janela → Congelar. A marca de verificação da opção Congelar desa-
parecerá.
Dividindo a tela
Outra maneira de alterar a visualização é dividir a janela, ou dividir a tela. A tela pode ser dividida, tanto na horizontal,
quanto na vertical, ou nas duas direções. É possível, além disso, ter até quatro porções da tela da planilha à vista, ao mesmo
tempo.
Por que fazer isso? Imagine que você tenha uma planilha grande, e uma das células tem um número que é utilizado em
outras células. Utilizando a técnica de divisão da tela, você pode alterar o valor da célula que contém o número e verificar
nas outras células as alterações sem perder tempo rolando a barra.
Dividindo células.
131
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Removendo as divisões
Para remover as divisões, siga uma das seguintes instruções:
Clique duas vezes na linha divisória.
Clique na linha divisória e arraste-a de volta ao seu lugar no final das barras de rolagem.
Clique em Janela → Dividir para remover todas as linhas divisórias de uma só vez.
132
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Operadores Aritméticos
Operadores de Comparação
Comandos / Instruções
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Imprimindo
Imprimir no Calc é bem parecido com imprimir nos outros componentes do LibreOffice, mas alguns detalhes são dife-
rentes, especialmente quanto a preparação do documento para a impressão.
Utilizando intervalos de impressão
Intervalos de impressão possuem várias utilidades, incluindo imprimir apenas uma parte específica dos dados, ou im-
primir linhas ou colunas selecionadas de cada página.
134
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Editando um intervalo de impressão Você pode especificar os detalhes que serão impressos.
A qualquer tempo, é possível editar diretamente um Os detalhes incluem:
intervalo de impressão, por exemplo, removê-lo ou redi- Cabeçalhos das linhas e colunas
mensionar parte dele. Clique em Formatar → Intervalo de Grade da folha—imprime as bordas das células como
impressão → Editar. uma grade
Selecionando a ordem das páginas, detalhes e a escala Comentários—imprime os comentários definidos na
Para selecionar a ordem das páginas, detalhes e a es- sua planilha, em uma página separada, junto com a refe-
cala da impressão: rência de célula correspondente
Clique em Formatar → Pagina no menu principal Objetos e imagens
Selecione a aba Planilha Gráficos
Faça as seleções necessárias e clique em OK. Objetos de desenho
Fórmulas—imprime as fórmulas contidas nas células,
ao invés dos resultados
Valores zero—imprime as células com valor zero
Lembre-se que, uma vez que as opções de impressão
dos detalhes são partes das propriedades da página, elas
também serão parte das propriedades do estilo da página.
Portanto, diferentes estilos de páginas podem ser configu-
rados para alterar as propriedades das folhas na planilha.
Escala
Utilize as opções de escala para controlar o número
de páginas que serão impressas. Isso pode ser útil se uma
grande quantidade de dados precisa ser impressa de ma-
neira compacta, ou se você desejar que o texto seja au-
mentado para facilitar a leitura.
Reduzir/Aumentar a impressão—redimensiona os da-
dos na impressão tanto para mais, quanto para menos. Por
exemplo, se uma folha for impressa, normalmente em qua-
tro páginas (duas de altura e duas de largura), um redimen-
sionamento de 50% imprime-a em uma só página (tanto a
altura, quanto a largura, são divididas na metade).
Selecionando a ordem das páginas Ajustar intervalo(s) de impressão ao número de pá-
ginas—define, exatamente, quantas páginas, a impressão
Ordem das páginas terá. Essa opção apenas reduzirá o tamanho da impressão,
Quando uma folha será impressa em mais de uma pá- mas não o aumentará. Para aumentar uma impressão, a
gina, é possível ajustar a ordem na qual as páginas serão opção Reduzir/Aumentar deve ser utilizada.
impressas. Isso é especialmente útil em documentos gran- Ajustar intervalo(s) de impressão para a largura/altu-
des; por exemplo, controlar a ordem de impressão pode ra—define o tamanho da altura e da largura da impres-
economizar tempo de organizar o documento de uma ma- são, em páginas.
neira determinada. As duas opções disponíveis são mos-
tradas abaixo. Imprimindo linhas ou colunas em todas as páginas
Se uma folha for impressa em várias páginas é possível
configurá-la para que certas linhas ou colunas sejam repe-
tidas em cada página impressa. Por exemplo, se as duas li-
nhas superiores de uma folha, assim como a coluna A, pre-
cisam ser impressas em todas as páginas, faça o seguinte:
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Editar.
Na caixa de diálogo Editar Intervalo de Impressão, digite as
linhas na caixa de texto abaixo de Linhas a serem repetidas.
Por exemplo, para repetir as linhas de 1 a 4, digite $1:$4.
Isso altera automaticamente as Linhas a serem repetidas
de, - nenhum - para – definido pelo usuário-.
Detalhes
135
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Assistente de Funções
Na criação de fórmulas podemos contar com o recurso de assistente de funções, situado na barra de fórmulas do Calc,
onde encontramos todas as funções disponíveis do programa e selecionamos as células que pertencerá determinada fun-
ção selecionada. Para acionar o assistente de funções execute os seguintes procedimentos:
Primeiramente deve-se selecione a célula a qual deverá conter a fórmula matemática e que posteriormente exibirá o
seu resultado, por exemplo, neste caso selecionaremos a célula F5.
Clique sobre o assistente de funções situado na barra de fórmulas. Veja a figura abaixo.
Em seguida surgira a guia Assistente de funções nesta guia encontra-se todas a fórmulas matemáticas disponíveis do
LibreOffice.org Calc. Para nosso exemplo criaremos uma função de multiplicação, para isso clique na aba Funções e selecio-
ne MULT para a multiplicação e clique em Próximo. Veja na figura a seguir.
136
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Assistente de Funções 2
Selecione as células farão parte da multiplicação, neste caso as células D5 e E5. Para selecionar a célula volte para a
planilha, se preferir clique em cima da opção Encolher figura 34, para diminuir o tamanho da caixa e em seguida selecione
a célula de D5 e depois clique no campo abaixo, ou então apenas digite o endereço da célula correspondente e clique em
OK e coloque o valor em formato Moeda.
Opção Encolher.
Repita esse procedimento com as células D6 e E6, D7 e E7, D8 e E8. Ao final a tabela estará conforme a figura abaixo.
137
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Funções
As funções agregam muitos recursos ao software de planilhas. Um software como o LibreOffice – Calc contém muitas
funções nativas e o usuário é livre para implementar as suas próprias funções, há de se imaginar como sendo quase ilimi-
tado o poder do usuário em estender a funcionalidade da planilha eletrônica. Exemplo de função nativa é a função SE, que
contém a seguinte sintaxe: =SE(“Condição a Ser Testada”;Valor_Então;Valor_Senão). Decodificando, se a “Condição a Ser
Testada” for verdadeira, aloque na célula atual o primeiro valor (Valor_Então); caso contrario, aloque o segundo valor da
função (Valor_Senão).
Funções I
Funções são na verdade uma maneira mais rápida de obter resultados em células. Imagine você ter que somar todos
os valores das peças de um veículo dispostos um abaixo do outro...
A1+B1+C1+D1+E1+F1...
Existem vários tipos de funções, que vão desde as mais simples até mais complexas. Iremos mostrar as mais comuns.
Basicamente, todas elas oferecem o mesmo “molde”:
= Nome da Função (primeira célula a ser calculada: última célula a ser calculada ) Veja a figura a seguir e depois expli-
caremos o que está sendo feito:
Tabela de Preços 1
Primeiro foi digitado =soma(), depois foi pressionado e arrastado sobre as células que farão parte da soma (B3:B7). Não
há a necessidade de fechar o parêntese, pois o Calc fará automaticamente este procedimento, mas é aconselhável que você
sempre faça isto, pois haverá funções que se não fechar dará erro.
Após selecionar as células, basta pressionar a tecla Enter.
Agora vá para a célula D3. Digite =B3*C3. Pressione a tecla Enter, que no caso você já sabe que irá calcular as células.
Selecione novamente a célula e observe que no canto inferior esquerdo da célula há um pequeno quadrado preto.
Este é a Alça de Preenchimento. Coloque o cursor sobre o mesmo, o cursor irá mudar para uma pequena cruz. Pressione e
arraste para baixo até a célula D7. Veja a figura mais adiante.
Para checar se as fórmulas calcularam corretamente, basta selecionar uma célula que contenha o resultado e pressionar
a tecla F2. Isto é bastante útil quando se quer conhecer as células que originaram o resultado.
Funções II
Vamos ver agora mais funções, bastando usar o molde abaixo e não esquecendo de colocar os acentos nos nomes das
funções.
= Nome da Função (primeira célula a ser calculada: última célula a ser calculada ) Média
Máxima
Mínima
138
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Tabela de Preços 2
Funções III
Usaremos agora a função SE. Como o nome já diz, a função SE será usada quando se deseja checar algo em uma célula.
Acompanhe o molde desta função: =SE (Testar; Valor_então; De outraforma_valor; ou se outra forma: = se (eu for de carro;
então vou; se não... não vou )
Na célula E3 é para descontar R$ 2,00 para produtos com a Quantidade maior que 20. Vamos juntar as informações
para resolver esta função:
Nome da função: SE
Condição: Quantidade > 20
Valor Verdadeiro: Se a condição for verdadeira, o que deverá ser descontado R$ 2, 00 Valor Falso: Se a condição for
falsa, não deverá receber desconto.
Então a nossa função deverá ficar assim:
= se (b3>20;d3-2;d 3)
Ou seja: Se a Quantidade for maior que 20, então desconte R$ 2,00, senão mostre o valor sem desconto.
Classificação de dados
Classificar dados numa planilha nada mais é do que ordená-los de acordo com os nossos critérios. Para que os dados
possam ser classificados, é necessário que estejam dispostos em uma tabela e que tenha sido desenvolvida na forma de
banco de dados, ou seja que cada coluna tenha informações referentes há uma classe ou tipo, que deverá estar descrita no
rotulo de cada coluna.
Classificando
A classificação pode ser feita através dos critérios de ordem crescente ou decrescente , lembro que isto vale tanto para
os numero quanto para letras deixando-as em ordem alfabética. Agora a partir da figura 64 que esta logo acima, iremos
realiza o procedimento de classificação de dados na ordem alfabética na coluna “Produto”.
Para classificar os dados é necessário, antes de tudo, selecionar corretamente toda a área de dados que será classificada.
Abra o menu Dados e clique no comando Classificar, note que será exibida a caixa Classificar.
139
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Caixa classificar
No menu desdobrável Classificar por, selecionamos o rotulo da coluna que queremos efetuar a classificação, neste caso
selecione o rotulo “Produto”.
Em seguida clique na opção Crescente, para efetuar o classificação na ordem crescente das letras, mais conhecida como
ordem alfabética. 5- Por fim clique em OK.
140
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
141
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Opções de classificação
Distinção entre maiúsculas e minúsculas: esta opção considera diferentes as palavras que contenha as mesmas letras
porém com a forma maiúsculas e minúsculas diferentes.
O intervalo contém rótulos de coluna/linh a: Omite da classificação a primeira linha ou a primeira coluna da seleção.
A opção Direção na parte inferior da caixa de diálogo define o nome e a função dessa caixa de seleção.
Incluir formatos: Preserva a formatação da célula atual.
Copiar resultados de classificação em: Copia a lista classificada no intervalo de células que você especificar. Ao ativar
esta opção
Ordem de classificação personalizada: Clique aqui e, em seguida, selecione a ordem de classificação personalizada que
deseja.
Idioma: Selecione o idioma para as regras de classificação.
Opções: Selecione uma opção de classificação para o idioma. Por exemplo, selecione a opção de “lista telefônica” para
o alemão a fim de incluir um caractere especial “trema” na classificação.
Direção: De cima para baixo (Classificação de linhas), Classifica as linhas por valores nas colunas ativas do intervalo sele-
cionado. Esquerda à direita (Classificar colunas), Classifica as colunas por valores nas linhas ativas do intervalo selecionado.
Filtragem de dados
A filtragem de dados nada mais é do que visualizar apenas os dados desejados de uma tabela. Existem três métodos
de filtragem: o Autofiltro, Fitro padrão e o Filtro avançado. Suas principais diferenças são:
Autofiltro: Uma das utilizações para a função Auto-filtro é a de rapidamente restringir a exibição de registros com en-
tradas idênticas em um campo de dados.
Filtro padrão: Na caixa de diálogo Filtro, você também pode definir intervalos que contenham os valores em determina-
dos campos de dados. É possível utilizar o filtro padrão para conectar até três condições com um operador lógico E ou OU.
Filtro avançado: excede a restrição de três condições e permite um total de até oito condições de filtro. Com os filtros
avançados, você insere as condições diretamente na planilha.
Aplicando o Autofiltro
O Autofiltro é o tipo de filtragem mais simples e rápida de ser aplicada. Para uma maior compreensão desta função
aplicar o autofiltro na tabela da figura 67 página 44 deste modulo. Nesta tabela execute os seguintes procedimentos:
Selecione qualquer célula da tabela desde que seja abaixo da linha do cabeçalhos.
Abra o menu Dados e posicione o mouse sobre Filtro.
Clique sobre o comando Autofiltro.
Note que foram inseridos botões de seta, que ao clica-los abra-se uma lista dos dados pertencentes a coluna, cuja a
filtragem pode ser aplicada.
142
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Para filtrar os dados, basta clicar sobre a seta da coluna que contenha os dados que servirá base para a filtragem. Por
exemplo agora faremos a seguinte filtragem, para que só os carros Volkswagen sejam exibidos. Então clique sobre a seta
do cabeçalho “Marca” e na lista de dados que aparece, selecione a marca Volkswagen.
Lista de dados
Filtro padrão
O filtro padrão é uma especialização do autofiltro, ele possui algumas funcionalidades a mais, é muito utilizado quando
é necessário obedecer um critério de filtragem muito especifico.
Para melhor exemplificar este procedimento iremos realizar a seguinte filtragem na tabela da figura 67, onde só deve-
rão conter os carros da Marca: “Fiat”, acima do Ano: 2005 e com o valor inferior a 29.000 mil reais.
Para criar um filtro padrão basta executar os procedimentos a seguir:
Selecione qualquer célula da tabela desde que seja abaixo da linha do cabeçalhos.
Abra o menu Dados e posicione o mouse sobre Filtro.
Clique sobre o comando Filtro padrão.
143
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Na caixa Nome do campo é onde define qual critério deverá ser comparado. Em nosso exemplo estamos comparando
a “Marca”, portanto devemo seleciona-la.
Na caixa seguinte definimos a condição ( maior, menor, igual e etc), neste caso selecione o operador “ = ” (igual).
A caixa Valor serve como valor de comparação, ou seja todas as células do campo
“Marca” por exemplo vão ser comparados segundo a condição estabelecida com esse “Valor” que precisa ser necessa-
riamente numérico e conforme for o resultado este campo será ou não exibido.
A caixa Operador serve para adicionar mais condições na filtragem, através dos operadores ( “E” e “OU”), podendo
conter no máximo três condicionais.
Preencha a Caixa Filtro padrão conforme a figura 74 logo abaixo para ver este exemplo na pratica.
Se a tabela e a filtragem estiver conforme citadas acima o resultado será igual ao da figura 75 logo abaixo.
Resultado da filtragem
Para Desfazer a filtragem, selecione a tabela, clique em Dados, vá em filtros e clique sobre Remover filtro.
Filtro Avançado
A filtragem avançada nada mais é do que definir os critérios em um determinado campo da planilha. Para uma boa
compreensão dessa função Iremos repetir a filtragem utilizada no filtro padrão que era a seguinte: de acordo com a tabela
da figura 67, realizar uma filtragem onde só deverão conter os carros da Marca: “Fiat”, acima do Ano: 2005 e com o valor
inferior a 29.000 mil reais, para realizaremos os seguintes passos:
Copie os cabeçalhos de coluna dos intervalos de planilha a serem filtrados para uma área vazia da planilha e, em segui-
da, insira os critérios para o filtro em uma linha abaixo dos cabeçalhos. Os dados dispostos horizontalmente em uma linha
serão sempre conectados logicamente com E e dados dispostos verticalmente em uma coluna serão sempre conectados
logicamente com OU.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
LIBREOFFICE IMPRESS
O LibreOffice Impress é o editor de apresentações da família LibreOffice.org e apresenta soluções atuais para esta
finalidade.
O Impress permite criar apresentações de slides profissionais que podem conter gráficos, objetos de desenho, texto,
multimídia e vários outros itens. Se desejar, você poderá importar e modificar apresentações do Microsoft PowerPoint.
O usuário poderá criar slides com complexidades variadas, indo de uma simples apresentação escolar até as mais com-
plexas apresentações profissionais. De uma forma geral, poderá ser criado e editado com o LibreOffice.org Impress:
a) Apresentações: Conjunto de slides, folhetos, anotações do apresentador e estruturas de tópicos, agrupados em um
arquivo;
b) Slides: É a página individual da apresentação. Pode conter títulos, textos, elementos gráficos, desenhos (clipart), etc;
c) Folhetos: É uma pequena versão impressa dos slides, para distribuir entre os ouvintes.
d) Anotações do Apresentador: Anotações que o apresentador queira adicionar ao slide sem que sejam visualizadas
na apresentação.
e) Estrutura de Tópicos: É o sumário da apresentação. Aparecem apenas os títulos e os textos principais de cada slide.
Layout
Antes de iniciar a utilização do Impress, é interessante ter alguns conceitos básicos de informática bem fixados, como
por exemplo:
– Cursor de Ponto de Inserção: barra que indica posição dentro do documento;
– Menu: conjunto de opções (comandos) utilizados durante a tarefa, que podem dividir-se em sub-menus. As opções
podem ser acessadas pela barra de menu, barra de ferramentas e teclas de atalho; – Janela: espaço onde fica um conjunto
de configurações de um comando.
– Barra de Menu: dá acesso a menus suspensos, onde estão todas as opções (comandos) do programa;
– Barra de Ferramentas: dá acesso a um conjunto de botões com as mesmas funcionalidades da barra de menu;
– Barra de Rolagem Horizontal e Vertical: facilita a navegação na página quando o zoom de visualização excede o
tamanho da tela;
– Barra de Status: exibe na parte inferior da janela do documento alguns status de comportamento e edição do texto
no programa.
Painel de slides
O Painel de Slides contém imagens em miniaturas dos slides de sua apresentação, na ordem em que serão mostrados
(a menos que se mude a ordem de apresentação dos slides). Clicando em um slide deste painel, isto o selecione e o coloca
na Área de Trabalho. Quando um slide está na Área de Trabalho, pode-se aplicar nele as alterações desejadas.
147
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Várias operações adicionais podem ser aplicadas em um ou mais slides simultaneamente no Painel de slides:
• Adicionar novos slides para a apresentação.
• Marcar um slide como oculto para que ele não seja mostrado como parte da apresentação.
• Excluir um slide da apresentação, se ele não é mais necessário.
• Renomear um slide.
• Duplicar um slide (copiar e colar) ou movê-lo para uma posição diferente na apresentação (cortar e colar).
Também é possível realizar as seguintes operações, apesar de existirem métodos mais eficientes do que usando o Painel
de Slides:
• Alterar a transição de slides para o slide seguinte ou após cada slide em um grupo de slides.
• Alterar a sequência de slides na apresentação.
• Alterar o modelo do slide.
• Alterar a disposição do slide ou para um grupo de slides simultaneamente.
Painel de tarefas
O Painel de Tarefas tem cinco seções. Para expandir a seção que se deseja, clique no triângulo apontando para
a esquerda da legenda. Somente uma seção por vez pode ser expandida.
Páginas mestre
Aqui é definido o estilo de página para sua apresentação. O Impress contém Páginas Mestre pré-preparadas (slides
mestres). Um deles, o padrão, é branco, e os restantes possuem um plano fundo.
Layout
Os layouts pré-preparados são mostrados aqui. Você pode escolher aquele que se deseja, usálo como está ou modifi-
cá-lo conforme suas próprias necessidades. Atualmente não é possível criar layouts personalizados.
Modelos de tabela
Os estilos de tabela padrão são fornecidos neste painel. Pode-se ainda modificar a aparência de uma tabela com as
seleções para mostrar ou ocultar linhas e colunas específicas, ou aplicar uma aparência única às linhas ou colunas.
Animação personalizada
Uma variedade de animações/efeitos para elementos selecionados de um slide são listadas. A animação pode ser adi-
cionada a um slide, e também pode ser alterada ou removida posteriormente.
Transição de slide
Muitas transições estão disponíveis, incluindo Sem transição. Pode-se selecionar a velocidade de transição (lenta, média,
rápida), escolher entre uma transição automática ou manual, e escolher por quanto tempo o slide selecionado será mostrado.
Área de trabalho
A Área de Trabalho tem cinco guias: Normal, Estrutura de tópicos, Notas, Folheto e Classificador de slide. Estas cinco guias
são chamadas botões de Visualização. A Área de Trabalho abaixo dos botões muda dependendo da visualização escolhida.
148
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Barra de status
A Barra de status, localizada na parte inferior da janela do Impress, contém informações que podem ser úteis quando
trabalhamos com uma apresentação. Ela mostra algumas informações sobre o documento e maneiras convenientes de al-
terar algumas funcionalidades. Ela é parecida, tanto no Writer, como no Calc, Impress e Draw, mas cada componente inclui
alguns itens específicos.
Mostra o estilo atual do slide. Para editá-lo, clique duas vezes nesse campo.
Assinatura digital
Se o documento foi assinado digitalmente, um ícone é mostrado aqui. Você pode clicar duas vezes sobre ele para
ver o certificado.
Informação do objeto
Mostra informações importantes relativas à posição do cursor ou do elemento selecionado no documento. Clicar duas
vezes nessa área normalmente abre uma caixa de diálogo.
Zoom e proporção
Para alterar a visualização para mais perto ou mais longe, arraste o botão de Zoom, ou clique nos botões + e –, ou cli-
que com o botão direito do mouse no marcador de nível de zoom para mostrar uma lista de valores que se podem escolher
para a exibição.
Clicando duas vezes sobre o Zoom e proporção, aparece a caixa de diálogo Zoom & Visualização do Layout.
149
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Exibição Notas
Use a exibição Notas para adicionar notas para um sli-
de.
Clique na guia Notas na Área de trabalho.
Selecione o slide ao qual se deseja adicionar notas.
Clique o slide no painel Slides, ou Duplo clique no
nome do slide no Navegador.
Na caixa de texto abaixo do slide, clique sobre as pala-
vras Clique para adicionar notas e comece a digitar.
Exibições da área de trabalho
Cada uma das exibições da área de trabalho é pro- Pode-se redimensionar a caixa de texto de Notas uti-
jetada para facilitar a realização de determinadas tarefas; lizando as alças de redimensionamento verdes que apare-
portanto, é útil se familiarizar com elas, a fim de se realizar cem quando se clica na borda da caixa. Pode-se também
rapidamente estas tarefas. mover a caixa colocando o cursor na borda, então clicando
A exibição Normal é a principal exibição para trabalhar- e arrastando. Para fazer alterações no estilo de texto, pres-
mos com slides individuais. Use esta exibição para projetar sione a tecla F11 para abrir a janela Estilos e formatação.
e formatar e adicionar texto, gráficos, e efeitos de anima-
ção.
Para colocar um slide na área de projeto (Exibição nor-
mal), clique na miniatura do slide no Painel de slides ou
clique duas vezes no Navegador.
150
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
151
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Trabalhando na exibição Classificador de slides Clique em Próximo. A Figura seguinte mostra o passo 2 do
Pode-se trabalhar com slides na exibição Classificador Assistente de Apresentação como aparece ao selecionar Apre-
de slides assim como se trabalha no Painel de slides. sentação vazia no passo 1. Se selecionar A partir do modelo,
Para fazer alterações, clique com o botão direito do um slide de exemplo é mostrado na caixa de visualização.
mouse em um slide e escolha qualquer uma das seguintes
opções do menu suspenso:
Adicionar um novo slide após o slide selecionado.
Renomear ou excluir o slide selecionado.
Alterar o layout do slide.
Alterar a transição do slide.
– Para um slide, clique no slide para selecioná-lo e en-
tão adicione a transição desejada.
– Para mais de um slide, selecione o grupo de slides e
adicione a transição desejada.
Marcar um slide como oculto. Slides ocultos não serão
mostrados na exibição de slides.
Copiar ou cortar e colar um slide.
Renomeando slides
152
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• Escolha a transição de slides no menu suspenso Efeito. Pode-se escolher o tipo de conteúdo clicando no ícone
• Selecione a velocidade desejada para a transição correspondente que é exibido no meio da caixa de con-
entre os diferentes slides na apresentação no menu sus- teúdo, como mostrado na Figura abaixo. Para texto, basta
penso. Velocidade. Média e uma boa escolha no momento. clicar no local indicado na caixa para se obter o cursor.
Clique Criar. Uma nova apresentação é criada.
Inserindo slides
Isto pode ser feito de várias maneiras, faça a sua es-
colha:
• Inserir → Slide.
• Botão direito do mouse no slide atual e selecione
Slide → Novo slide no menu suspenso.
• Clique no ícone Slide na barra de ferramenta Apre-
sentação.
Às vezes, ao invés de partir de um novo slide se deseja
duplicar um slide que já está inserido. Para fazer isso, sele-
cione o slide que se deseja duplicar no painel de Slides e
escolha Inserir → Duplicar slide.
Para selecionar ou alterar o layout, coloque o slide na
Selecionando um layout Área de trabalho e selecione o layout desejado da gaveta
No painel de Tarefas, selecione a aba Layouts para exi- de layout no Painel de tarefas.
Se tivermos selecionado um layout com uma ou mais
bir os layouts disponíveis. O Layout difere no número de
caixas de conteúdo, este é um bom momento para decidir
elementos que um slide irá conter, que vai desde o slide
qual tipo de conteúdo se deseja inserir.
vazio (slide branco) ao slide com 6 caixas de conteúdo e um
título (Título, 6 conteúdos).
Modificando os elementos de slide
Atualmente cada slide irá conter os elementos que es-
tão presentes no slide mestre que se está usando, como
imagens de fundo, logos, cabeçalho, rodapé, e assim por
diante. No entanto, é improvável que o layout pré-definido
irá atender todas as suas necessidades. Embora o Impress
não tenha a funcionalidade para criar novos layouts, ele
nos permite redimensionar e mover os elementos do la-
yout. Também é possível adicionar elementos de slides sem
ser limitado ao tamanho e posição das caixas de layout.
Para redimensionar uma caixa de conteúdo, clique so-
bre o quadro externo para que as 8 alças de redimensiona-
mento sejam mostradas. Para movê-la coloque o cursor do
mouse no quadro para que o cursor mude de forma. Pode-
se agora clicar com o botão esquerdo do mouse e arrastar
a caixa de conteúdos para uma nova posição no slide.
Nesta etapa pode-se também querer remover quadros
indesejados. Para fazer isto:
Clique no elemento para realçá-lo. (As alças de redi-
mensionamento verdes mostram o que é realçado).
Pressione a tecla Delete para removê-lo.
O Slide de título (que também contém uma seção para Adicionando texto a um slide
um subtítulo) ou Somente título são layouts adequados Se o slide contém texto, clique em Clique aqui para
para o primeiro slide, enquanto que para a maioria dos sli- adicionar um texto no quadro de texto e então digite o
des se usará provavelmente o layout Título, conteúdo. texto. O estilo Estrutura de esboço 1:10 é automaticamente
Vários layouts contém uma ou mais caixas de conteú- aplicado ao texto conforme o que insere. Pode-se alterar o
do. Cada uma dessas caixas pode ser configurada para nível da Estrutura de cada parágrafo assim como sua posi-
conter um dos seguintes elementos: Texto, Filme, Imagem, ção dentro do texto usando os botões de seta na barra de
Gráfico ou Tabela. ferramenta Formatação de texto.
153
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Modificando a aparência de todos os slides Clique e arraste para desenhar uma caixa para o texto
Para alterar o fundo e outras características de todos no slide. Não se preocupe com o tamanho e posição ver-
os slides em uma apresentação, é melhor modificar o slide tical; a caixa de texto irá expandir se necessário enquanto
mestre ou escolher um slide mestre diferente como expli- se digita.
cado na seção Trabalhando com slide mestre e estilos na Solte o botão do mouse quando terminar. O cursor apa-
página 28. rece na caixa de texto, que agora está no modo de edição.
Se tudo que se necessita fazer é alterar o fundo, pode- Digite ou cole seu texto na caixa de texto.
se tomar um atalho: Clique fora da caixa de texto para desmarcá-la.
1. Selecione Formatar → Página e vá para a aba Plano Pode-se mover, redimensionar e excluir caixas de texto.
de fundo.
2. Selecione o plano de fundo desejado entre cor só- Adicionando imagens, tabelas, gráficos e filme
lida, gradiente, hachura e bitmap. Como foi visto, além de texto uma caixa pode conter
3. Clique OK para aplicá-lo. também imagens, tabelas, gráficos ou filme. Esta seção for-
Uma caixa de diálogo se abrirá perguntando se o fun- nece uma visão rápida de como trabalhar estes objetos.
do deve ser aplicado para todos os slides. Se clicar em sim,
o Impress irá modificar automaticamente o slide mestre.
154
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Depois que a tabela é criada, pode-se modificá-la de Trabalhando com slide mestre e estilos
forma semelhante ao que se faria em uma tabela no Writer: Um slide mestre é um slide que é usado como ponto
adicionando e excluindo linhas e colunas, ajustando largura de partida para outros slides. É semelhante a página de
e espaçamento, adicionando bordas, cores de fundo, etc... estilos no Writer: controla a formatação básica de todos os
Modificando o estilo da tabela a partir da seção Modelos slides baseados nele. Uma apresentação de slides pode ter
de tabela no painel de Tarefas, pode-se alterar rapidamente a mais de um slide mestre. O slide mestre também pode ser
aparência da tabela ou quaisquer tabelas recém-criadas com chamado de slide principal ou página mestre.
base nas opções de estilo que se selecionou. Pode-se esco- Um slide mestre tem um conjunto definido de caracte-
lher optar por dar enfase ao cabeçalho e as linhas de totais, rísticas, incluindo a cor de fundo, gráfico, ou gradiente; ob-
bem como a primeira e a ultima colunas da tabela, e aplicar jetos (como logotipos, linhas decorativas e outros gráficos)
uma faixa aparecendo nas linhas e colunas. no fundo; cabeçalhos e rodapés; localização e tamanho dos
Tendo concluído o modelo da tabela, inserir dados den- quadros de texto; e a formatação do texto.
tro das células é semelhante a trabalhar com objetos caixa
de texto. Clique na célula que se deseja adicionar dados, e Estilos
comece a digitar. Para se deslocar rapidamente nas células, Todas as características de slide mestre são controladas
use as seguintes opções de teclas: por estilos. Os estilos de qualquer novo slide que se crie
As teclas Seta move o cursor para a próxima célula da são herdados do slide mestre do qual ele foi criado. Em
tabela se a célula está vazia, caso contrário, elas movem o outras palavras, o estilo do slide mestre estão disponíveis
cursor para o próximo caractere na célula. e aplicados a todos os slides criados a partir desse slide
A tecla Tab move para a próxima célula, pulando sobre o mestre. Alterando um estilo em um slide mestre resulta em
conteúdo da célula; Shift+Tab move para trás pulando para o mudança para todos os slides com base nesse slide mestre,
início do conteúdo se houver. mas pode-se modificar slides individualmente sem afetar o
slide mestre.
Adicionando gráficos O slide mestre tem dois tipos de estilos associados a
Para inserir um gráfico em um slide pode-se usar o recurso In-
ele: estilos de apresentação e estilos gráficos. Os estilos de
serir gráfico ou selecionar gráfico como tipo de uma caixa de con-
apresentação pré-configurados não podem ser modifica-
teúdo. Em ambos os casos o Impress irá inserir um gráfico padrão.
dos mas novos estilos de apresentação podem ser criados.
No caso de estilos gráficos, pode-se modificar os préconfi-
Adicionando clips de mídia
gurados e também criar novos.
Pode-se inserir vários tipos de músicas e clips de filme
Estilos de apresentação afetam três elementos de um
em seu slide selecionando o botão Inserir filme em uma caixa
de conteúdo vazia. Um reprodutor de mídia será aberto na slide mestre: o plano de fundo, fundo dos objetos (como
parte inferior da tela, o filme será aberto no fundo da tela e ícones, linhas decorativas e quadro de texto) e o texto co-
pode-se ter uma visualização da mídia. No caso de um arqui- locado no slide. Estilos de texto são subdivididos em No-
vo de áudio, a caixa de conteúdo será preenchida com uma tas, Alinhamento 1 ate Alinhamento 9, Subtítulo, e Título.
imagem de alto falante. Os estilos de alinhamento são usados para os diferentes
níveis de alinhamento a que pertencem. Por exemplo, Ali-
Adicionando gráficos, planilhas, e outros objetos nhamento 2 é usado para os subpontos do Alinhamento
Gráficos tais como formas, textos explicativos, setas, etc... 1, e Alinhamento 3 e usado para os subpontos do Alinha-
são muitas vezes úteis para complementar o texto em um mento 2.
slide. Estes objetos são tratados da mesma forma como um Estilos gráficos afetam muitos dos elementos de um
gráfico no Draw. slide. Repare que estilos de texto existem tanto na seleção
Planilhas embutidas no Impress incluem a maioria das do estilo de apresentação como no estilo gráfico.
funcionalidades de planilhas no Calc e, portanto, capaz de
realizar cálculos extremamente complexos e análise de da- Slides mestres
dos. Se houver necessidade de analisar seus próprios dados O Impress vem com vários slides mestres pré-configu-
ou aplicar fórmulas, essas operações podem ser melhor exe- rados. Eles são mostrados na seção
cutadas em uma planilha Calc e os resultados mostrados em Páginas mestre no painel de Tarefas. Esta seção tem
uma planilha incorporada no Impress ou ainda melhor em três subseções: Utilizadas nesta apresentação, Recém utili-
uma tabela Impress nativa. zadas e Disponível para utilização. Clique no sinal + ao lado
Alternativamente, escolha Inserir → Objeto → Objeto OLE do nome de uma subseção para expandi-la para mostrar
na barra de menu. Isso abre uma planilha no meio do slide miniaturas dos slides, ou clique o sinal – para esconder as
e o menu e as barras de ferramentas mudam para os utiliza- miniaturas.
dos no Calc para que se possa começar a adicionar os dados, Cada um dos slides mestres mostrados na lista Dispo-
embora talvez seja necessário redimensionar a área visível no nível para utilização é de um modelo de mesmo nome. Se
slide. Pode-se também inserir uma planilha já existente e usar tivermos criado nossos próprios modelos, ou adicionado
o visor para selecionar os dados que se deseja exibir no slide. modelos de outras fontes, os slides mestres a partir destes
O Impress oferece a capacidade de inserir em um sli- modelos também aparecem nesta lista.
de vários outros tipos de objetos como documentos Writer,
Fórmulas matemáticas, ou mesmo uma outra apresentação.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Shift+Ctrl+ K / Dividir o objeto selecionado. Essa Ctrl+Backspace / Exclui o texto até o início da palavra
combinação funcionará apenas em um objeto que tenha Numa lista: exclui um parágrafo vazio na frente do pa-
sido criado pela combinação de dois ou mais objetos. rágrafo atual
Ctrl+ tecla de adição /Trazer para a frente. Ctrl+Shift+Del / Exclui o texto até ao final da frase
Shift+Ctrl + tecla mais /Trazer para frente. Ctrl+Shift+Backspace / Exclui o texto até o início da
Ctrl + tecla menos Enviar para trás. frase
Shift+Ctrl + tecla menos / Enviar para o fundo.
Teclas de atalho no LibreOffice Impress
Teclas de atalho ao editar texto Teclas de atalho / Efeito
Teclas de atalho /Efeito Tecla de seta / Move o objeto selecionado ou a exibi-
Ctrl+Hífen(-) / Hifens personalizados; hifenização defi- ção da página na direção da seta.
nida pelo usuário. Ctrl+ tecla Seta / Mover pela exibição da página.
Ctrl+Shift+Sinal de menos (-) / Traço incondicional Shift + arrastar / Limita o movimento do objeto sele-
(não utilizado na hifenização) cionado no sentido horizontal ou vertical.
Ctrl+Shift+Barra de espaços / Espaços incondicionais. Ctrl+ arrastar (com a opção Copiar ao mover ativa) /
Os espaços incondicionais não são utilizados na hifeniza- Mantenha pressionada a tecla Ctrl e arraste um objeto para
ção e não se expandem se o texto estiver justificado. criar um cópia desse objeto.
Shift+Enter / Quebra de linha sem mudança de pará- Tecla Alt / Mantenha pressionada a tecla Alt para de-
grafo senhar ou redimensionar objetos arrastando do centro do
Seta para a esquerda / Move o cursor para a esquerda objeto para fora.
Shift+Seta para esquerda / Mover cursor com seleção Tecla Alt+clique / Selecionar o objeto que está atrás do
para a esquerda objeto atualmente selecionado.
Ctrl+Seta para a esquerda / Ir para o início da palavra Alt+Shift+clique / Selecionar o objeto que está na
Ctrl+Shift+Seta para a esquerda / Selecionar palavra a frente do objeto atualmente selecionado.
palavra para a esquerda Shift+clique / Seleciona os itens adjacentes ou um tre-
Seta para a direita / Move o cursor para a direita cho de texto. Clique no início de uma seleção, vá para o fim
Shift+Seta para a direita / Move o cursor com seleção da seleção e mantenha pressionada a tecla Shift enquanto
para a direita clica.
Ctrl+Seta para a direita / Ir para o início da palavra se- Shift+arrastar (ao redimensionar) / Mantenha pressio-
guinte nada a tecla Shift enquanto arrasta um objeto para redi-
Ctrl+Shift+Seta para a direita / Seleciona palavra a pa- mensioná-lo mantendo suas proporções.
lavra para a direita Tecla Tab / Selecionar os objetos na ordem em que fo-
Seta para cima / Move o cursor para cima uma linha ram criados.
Shift+Seta para cima / Seleciona linhas para cima Shift+Tab / Selecionar objetos na ordem inversa em
Ctrl+Seta para cima / Move o cursor para o início do que foram criados.
parágrafo anterior Escape / Sair do modo atual.
Ctrl+Shift+Seta para cima / Seleciona até ao inicio do Enter / Ativa um objeto de espaço reservado em uma
parágrafo. Ao repetir, estende a seleção até o início do pa- nova apresentação (somente se o quadro estiver selecio-
rágrafo anterior nado).
Seta para baixo / Move o cursor para baixo uma linha Ctrl+Enter / Move para o próximo objeto de texto no
Shift+Seta para baixo / Seleciona linhas para baixo slide.
Ctrl+Seta para baixo / Move o cursor para o final do Se não houver objetos de texto no slide, ou se você
parágrafo. Ao repetir, move o cursor até ao final do pará- chegou ao último objeto de texto, um novo slide será inse-
grafo seguinte. rido após o slide atual. O novo slide usará o mesmo layout
CtrlShift+Seta para baixo / Seleciona até ao final do do atual.
parágrafo. Ao repetir, estende a seleção até ao final do pa- PageUp / Alternar para o slide anterior. Sem função no
rágrafo seguinte primeiro slide.
Home / Ir para o início da linha PageDown / Alternar para o próximo slide. Sem função
Shift+Home / Ir e selecionar até o início de uma linha no último slide.
End / Ir para o fim da linha
Shift+End / Ir e selecionar até ao final da linha Navegar com o teclado no classificador de slides
Ctrl+Home / Ir para o inicio do bloco de texto do Teclas de atalho / Efeito
slide Home/End / Define o foco para o primeiro/último sli-
Ctrl+Shift+Home / Ir e selecionar até ao inicio do bloco de.
de texto do slide Seta para a direita/esquerda ou Page Up/Page Down /
Ctrl+End / Ir para o final do bloco de texto do slide Define o foco para o slide anterior/seguinte.
Ctrl+Shift+End / Ir e selecionar até ao final do bloco de Enter / Mudar para o modo normal com o slide ativo.
texto do slide
Ctrl+Del / Exclui o texto até ao final da palavra
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
A oferta de redes MAN é justificada pela necessidade pode abranger várias MAN. Apesar de não aparecer escrito
que as empresas têm de se comunicar com localidades dis- no diagrama, estão subentendidas as tecnologias de rede
tantes. São as operadoras de telefonia que normalmente sem fio de cada classificação, WLAN, WMAN e WWAN.
oferecem infraestrutura para este tipo de rede, cujo exem- Onde você colocaria as WPAN?
plo pode ser a comunicação entre matriz e filiais.
Algumas cidades do interior do Brasil apresentam este
tipo de ligação. Você também deve ter visto na TV que a
praia de Copacabana oferece acesso para conexão wireless
à internet. Esses exemplos tanto podem apresentar redes
com ligação via cabo de fibra óptica combinada com vários
pontos de acesso wireless (que é o que ocorre também
em várias redes LAN – aeroportos, por exemplo), quanto
acesso WiMAX. A Figura apresenta um exemplo de uma
rede metropolitana.
A Tabela destaca as características de cada tipo dentro
da classificação adotada.
161
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Cabo coaxial
Um tipo de cabo grosso e rígido (o mesmo que usamos
na maioria de nossas TVs a cabo). São formados por um
núcleo de cobre e por uma malha de metal que o envolve
para absorver as interferências externas. Foram usados nas
primeiras redes locais. Pela sua natureza (grosso, pesado e
pouco maleável) não são mais usados em redes locais.
Nós
É um termo que designa qualquer equipamento que
esteja ligado diretamente a uma rede, seja ela LAN, MAN
ou WAN. Um computador ou uma impressora podem ser Esta rede possui uma característica interessante, que é
um “nó” de uma rede LAN; um celular pode ser um “nó” de a recuperação de falhas, pois a comunicação entre os nós
uma rede WAN. da rede pode ser feita no sentido horário ou anti-horário.
162
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Isso se deve a uma configuração automática realizada na A Figura abaixo demonstra o uso desses protocolos
instalação. Essas redes se tornaram, entretanto, inviáveis por dois usuários navegando na internet (usando HTTP) e
devido à dificuldade de inserção de novos nós na rede, à por outro remetendo um e-mail: nesse caso o e-mail fica
quantidade de falhas e ao seu custo. Atualmente, as topo- armazenado em um servidor até que o destinatário o leia
logias estão fundidas, formando o que chamamos de to- e jogue no lixo. A internet está representada pelo globo
pologias mistas, com grande predominância da em estrela. terrestre.
Observe como exemplo a Figura abaixo.
163
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Os dados passam pelas camadas Assim, no momento em que você entra em um site,
uma sessão é aberta para você naquele servidor; depois
de navegar pelo site, você poderá encerrar essa sessão ci-
vilizadamente clicando em algum botão Sair, ou pode sim-
plesmente sair para outro site; neste caso o servidor en-
cerrará sua seção depois de ficar algum tempo sem uma
resposta sua.
Como explica Morimoto (2008), o modelo OSI é funda-
mental para o entendimento das teorias de funcionamento
da rede, mesmo que seja apenas um modelo teórico que
não precisa ser seguido à risca.
Camada 7 – Aplicação
Na camada Aplicação o programa solicita os arquivos
para o sistema operacional e não se preocupa como será
feita a entrega desses arquivos, pois isso fica a cargo das
camadas mais baixas. Por exemplo, quando você digita o
endereço http://www.google.com, você apenas recebe o
conteúdo da página (que é um arquivo), caso ela exista e
esteja disponível. Embora você tenha digitado o endereço
daquela forma, na verdade foi feita uma tradução para o
IP da página que você está acessando. Isso fica a cargo de
um serviço desta camada chamado DNS (Domain Name
System – Sistema de Resolução de Nomes).
Outros exemplos de serviços e protocolos desta cama-
da: o download de arquivos via FTP (File Transfer Protocol –
Protocolo de Transferência de Arquivos); o uso dos e-mails
As sete camadas do modelo OSI através dos protocolos SMTP, POP3 (Post Office Protocol
3 – Protocolo de Correio versão 3) e IMAP (Internet Mes-
As camadas são numeradas de 1 a 7 (de baixo para sage Access Protocol – Protocolo de acesso a mensagens
cima). Assim, muitas vezes nas aulas e nos livros, citamos da internet).
apenas o número da camada: “A camada 3 fornece suporte
ao protocolo IP”. Fica subentendido que estamos falando Camada 6 – Apresentação
da camada de rede. Como o próprio nome sugere, trata-se de se apre-
ISO- International Organization for Standardization sentar os dados de forma inteligível ao protocolo que vai
(Organização Internacional para Padronização): fundada recebê-los. Podemos citar como exemplo a conversão do
em 23 de fevereiro de 1947, aprova todas as normas in- padrão de caracteres (afinal, existem diversos alfabetos) de
ternacionais nos campos técnicos, exceto eletricidade e páginas de código. Um exemplo prático seria a conversão
eletrônica, que ficam a cargo da IEC (International Eletrote- de dados ASCII (American Standard Code for Information
chnical Commission). Interchange – Código Padrão Americano para o Intercâm-
O exame de cada camada e seus protocolos é bastante bio de Informação) em EBCDIC (Extended Binary Coded
extenso. Assim, vamos examinar a seguir cada camada, mas Decimal Interchange Code – Codificação Binária Estendida
de forma introdutória. Se você precisar se aprofundar des- com Intercâmbio em Código Decimal), em que uma esta-
de agora, pode obter mais informações em Tanembaum ção gera dados no formato ASCII e a estação interlocutora
(2003), conforme referências ao final deste caderno. entende apenas EBCDIC. Nesse caso, a conversão é feita
IP (Internet Protocol)– é quase impossível falar de in- aqui. Nesta camada 6 também há a compressão dos da-
ternet sem falar de IP. Cada site na internet é encontrado dos, como se fosse utilizado um compactador de arquivos,
por endereçamento IP, que funciona como se fosse o nú- como ZIP ou RAR. Para mais informações sobre codifica-
mero do telefone do seu computador. Você não consegue ções ASCII e EBCDIC, consulte as referências bibliográficas.
decorar os números IP de cada site; é mais fácil decorar o
nome. Camada 5 – Sessão
Por exemplo: o site citado do Permite que dois programas em computadores dife-
Google, http://www.google.com, corresponde ao en- rentes estabeleçam uma sessão de comunicação. O even-
dereço IP 64.233.161.99. to da sessão tem algumas regras. As aplicações definem
Você pode entender o conceito de sessão como a du- como será feita a transmissão dos dados e colocam uma
ração de uma ligação telefônica: a ligação tem um proces- espécie de marca no momento da transmissão. Quando
so para ser iniciada, há uma troca de mensagens durante o acontecer uma falha, apenas os dados depois da marcação
tempo da ligação e depois há um processo de término (em serão transmitidos. Isso impede que grandes volumes de
alguns casos um dos interlocutores simplesmente desliga). dados sejam retransmitidos sem necessidade.
164
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Camada 1 – Física
Os dados provenientes da camada de enlace, com os
endereços já preestabelecidos, são transformados em sinais
que serão transmitidos pelos meios físicos. Assim, a camada
física converte os quadros de bits 0 e 1:
ACK
É um pacote enviado ao transmissor para informá-lo
de que os pacotes foram recebidos com sucesso. Em caso
negativo, é enviado um NACK que, como o nome sugere, é
uma negação do ACK, dizendo que o pacote não foi entre-
gue corretamente ou não chegou.
IP É um número de 32 bits que define o endereço de Cabos
uma rede ou de um computador, escrito em quatro blo- A integração de voz, imagem e dados é uma conse-
cos separados por ponto. Exemplos: 192.168.10.33 ou quência da frequente necessidade de comunicação e intera-
200.176.155.147. Cada bloco corresponde a um número de ção. Para Pinheiro (2003, p. 2):
8 bits, que pode variar, portanto, de 0 a 255 (256 números É cada vez maior a tendência de interligação entre as re-
ou 28). A versão do protocolo IP mais usado atualmente é des de computadores e os diversos sistemas de comunica-
a IPv4. Entretanto, como a escassez é iminente, uma nova
ção e automação existentes, como as redes de telefonia, os
versão (IPv6) de 128 bits já está padronizada para uso.
165
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
sistemas de segurança, os sistemas de administração predial, Esses aspectos físicos são levados em consideração na
etc. Essa fusão de tecnologias vai mudar a maneira como os produção do cabo e interferem diretamente no projeto da
ambientes de trabalho são concebidos nas empresas e mes- rede. Assim, a utilização dos cabos deve ser feita observan-
mo em nossas casas. A infraestrutura básica para essas no- do rigidamente as normas do fabricante.
vas tecnologias são os Sistemas de Cabeamento Estruturado
(SCS – Structured Cabling Systems). Atenuação
Um dado interessante obtido em Pinheiro (2003) diz que É um efeito que ocorre em qualquer transmissão de
cerca de 70% dos problemas da rede estão associados ao dados, seja analógica ou digital. Quando um sinal passa
cabeamento que ela utiliza. Entretanto, na maioria das pe- por um cabo, a tendência é que ele perca força (potência)
quenas redes, ainda é predominante o uso do cabeamento à medida que vai trafegando. Assim, quanto maior o tama-
não estruturado. nho do cabo, maior a atenuação. Se as medidas dos cabos
Um dos fatores que faz com que pequenas e médias em- utilizados na rede não obedecerem ao padrão, os compu-
presas não utilizem o cabeamento estruturado é o custo. A tadores podem não conseguir trocar dados entre si.
reestruturação do cabeamento torna o orçamento mais caro. a) Examine o tipo de cabeamento da sala do curso. Co-
Entretanto, ao analisar a composição dos custos totais do mente com um colega qual a mídia física utilizada; quais
projeto, percebemos que o custo do cabeamento representa os tipos de conectores; se o cabeamento é estruturado ou
apenas cerca de 10% do total do orçamento da rede (incluin- não; se o cabeamento passa próximo de campos geradores
do equipamentos e mão de obra). Esse percentual não leva de ruídos eletromagnéticos.
em conta ainda o custo do tempo que a rede ficará inope- b) Se você trabalha, faça as mesmas observações em
rante devido aos problemas causados pelo cabeamento não relação a alguma rede da sua empresa. Se não trabalha,
estruturado. observe esses aspectos dentro de uma lan house. Aliás, por
Na Figura observamos uma área de trabalho conectada que este nome lan house?
por cabos estruturados de rede, em que existem elementos 3.2 Hardware de rede
como: tomadas de rede, rack (que agrupa os equipamentos), Assim como os computadores possuem hardware
cabos de par trançado e cabos de backbone (que têm função específico para funcionar (placas, processadores, memó-
de transportar grandes volumes de informações da rede). rias...), as redes também necessitam de componentes es-
O cabeamento muitas vezes é chamado de “mídia física” pecíficos. Esses componentes, denominados hardware de
ou “meio físico”. Os componentes que são utilizados no ca-
rede, são responsáveis por conectar equipamentos em sua
beamento variam de acordo com a mídia utilizada. Por exem-
rede local ou de longa distância. Os exemplos mais simples
plo, um cabo de fibra óptica utiliza conectores diferentes dos
são: a placa de rede do seu computador ou o chip blue-
cabos do tipo par trançado.
tooth do seu celular.
De acordo com as características da rede, uma mídia
A quantidade de equipamentos ofertados no mercado
(cabo) diferente deve ser escolhida. Os fatores que mais in-
é muito grande. Vamos nos ater aos principais tipos e ao
fluenciam na escolha do cabo são: o comprimento da rede
(em metros ou quilômetros), a quantidade de equipamentos, seu funcionamento.
a facilidade e o local de instalação e as taxas de transmissão
que se pretende atingir. Para cada tipo de escolha você pode Servidores e estações de trabalho
utilizar um cabo diferente. E não se preocupe: você pode fa- Na verdade, esses itens são apenas os computadores
zer os trechos da rede com cabos diferentes se comunicarem. que formam a rede. Entretanto, como eles fornecem servi-
Afinal, para isso servem os padrões, não é mesmo? ços de comunicação, poderão ser catalogados aqui como
Para cada tipo de cabeamento de rede existe um conec- hardware de rede.
tor específico. Os conectores são o elo mais fraco de um sis- a) Servidores – são computadores destinados a pres-
tema de cabeamento. Quando mal instalados, podem gerar tar serviços aos outros (às estações de trabalho). Em tese
ruídos elétricos, provocar interrupções intermitentes (funcio- qualquer PC pode ser um servidor de rede, mas normal-
na/não funciona) ou mesmo interromper completamente a mente são computadores mais potentes, com muita capa-
comunicação entre os computadores. cidade de memória e de armazenamento (discos rígidos
A principal função dos cabos de fibra óptica ou de co- maiores). Além disso, os servidores costumam ter algum
bre é transmitir dados entre os computadores com o mínimo nível de redundância. Por exemplo, um servidor pode ter
de degradação possível. Entretanto, ambos os tipos podem duas fontes de energia funcionando, de modo que, se uma
sofrer degradações naturais ou degradações derivadas de delas queimar, a outra entra em funcionamento imedia-
forças externas. As degradações naturais são aquelas im- tamente. Outro exemplo de redundância ocorre com os
postas pelas próprias características do cabo, conhecidas discos rígidos: é comum encontrar servidores com vários
por atenuação. Por exemplo, um cabo de par trançado, que discos instalados funcionando paralelamente. Como o ser-
é composto de cobre, tem uma característica natural cha- vidor tem como função primordial fornecer serviços para
mada resistência, que é a oposição oferecida pelo metal ao vários usuários, é necessário haver uma comunicação veloz
fluxo de elétrons. As forças externas que podem interferir entre ele e as estações de trabalho, que é onde normalmen-
na transmissão em cabos metálicos são motores elétricos te os usuários trabalham. Assim, os servidores geralmente
ou campos eletromagnéticos próximos, ou até mesmo são também dotados de placas de rede de altas taxas de
transmissões de rádio, já que os cabos metálicos podem transmissão e desempenho, com o objetivo de evitar os
funcionar como uma antena. chamados gargalos de rede.
166
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
b) Estações de trabalho: são os computadores clientes é apenas uma máquina robusta dotada de equipamentos
da rede. Neles os usuários rodam seus programas e aces- especiais para garantir que os serviços fornecidos pelo sis-
sam os serviços fornecidos pelo servidor. São computado- tema sejam rápidos e confiáveis. Veremos mais detalhes so-
res mais simples, com pouca ou nenhuma redundância. bre o assunto na seção 3.3, desta aula.
Possuem também menos memória e menos capacidade
de armazenamento. Buffer
Em virtude dessa especialização dos computadores da É uma memória de armazenamento temporário para
rede como clientes ou como servidores, é comum denomi- compensar as taxas de transmissão dos circuitos que pre-
nar essas redes de cliente-servidor. Aprofundaremos isso cisam enviar e receber dados. As interfaces de rede gigabit
adiante. para servidores tendem a ter mais buffer para garantir que
os dados que chegam sejam guardados enquanto a interfa-
Placas de rede ce estiver ocupada processando outras informações. Atual-
As placas de rede podem ser chamadas de várias for- mente, os buffers de armazenamento estão na ordem de 3
mas: interface de rede, cartão de rede, NIC (Network Inter- MB (3 Megabytes).
face Card – cartão de interface de rede). Os livros trazem Como vimos anteriormente, as interfaces de rede pos-
nomes diversos para esse componente; utilizaremos nor- suem endereço único e exclusivo, denominado endereço
malmente o termo “interface de rede”. MAC, e conexões específicas. Por exemplo: os computado-
As interfaces de rede são na verdade uma ponte de res do tipo estação de trabalho utilizam conectores RJ-45
conexão das redes com os computadores. Vamos enten- (onde se conecta o cabo de rede).
der melhor essa colocação: quando você transfere um ar- As interfaces utilizadas normalmente nas estações de
quivo de imagem ou música do seu celular para o celular trabalho funcionam a uma taxa de 10/100 Mbps (diz-se: “10
do colega, o chip bluetooth é utilizado para estabelecer barra 100 megabits por segundo”). Quando há computado-
uma conexão; dizemos então que esse chip faz uma ponte res interligados por essa placa, elas trabalham na maior taxa
de comunicação entre os celulares. Assim são os computa- disponível, 100 Mbps.
Com os servidores, as necessidades mudam bastante.
dores. Para eles estabelecerem comunicação, é necessário
Como esses computadores são responsáveis por fornecer
haver uma interface de rede e um meio de comunicação.
serviços aos usuários da rede e atendem vários ao mesmo
Os meios de comunicação podem ser os cabos ou o ar (no
tempo, é necessário que suas interfaces de rede sejam de
caso de redes sem fio).
qualidade superior, para atender à demanda das estações
As interfaces de rede atualmente costumam ser inte-
de trabalho. Assim, detalhes como altas taxas de comuni-
gradas à placa-mãe. Isso quer dizer que você não chega a
cação, barramento e buffer de armazenamento são imple-
ver a placa dentro do seu computador. Ela está integrada
mentados com mais eficiência.
com os milhares de componentes da placa-mãe, dentro As taxas de comunicação de interfaces de rede para
do chipset. servidores são normalmente na ordem de Gbps (gigabits
por segundo). É comum encontrar servidores com interfa-
ces de rede com taxas de 10/100/1000 Mbps (diz-se: “10
barra 100 barra 1000 megabits por segundo”). Dizemos que
suas interfaces trabalham a 1000 Mbps (= 1 Gbps).
O barramento das interfaces de rede para os servidores
é atualmente do tipo PCI-e (PCI express). Como esse bar-
ramento é conectado diretamente ao chipset ponte norte,
seu acesso é mais rápido do que as interfaces conectadas
ao barramento PCI comum, conectado ao chipset ponte sul.
a) Deseja-se montar uma rede que alcance taxas maio-
res do que 100 Mbps. Quais os elementos de rede envolvi-
dos para que se atinja tal taxa?
b) Os servidores são computadores com mais recursos
do que as estações de trabalho. A internet que você usa
A Figura acima mostra um modelo de interface de depende dos serviços que esse servidor fornece. Se sua in-
rede que deve ser conectada num slot PCI. Esse tipo de ternet cai devido a um problema no servidor, você tem um
instalação é menos comum, já que a maioria das placas- prejuízo de R$ 150,00/hora. Considerando 15 quedas men-
mãe já possui uma interface de rede embutida. Entretanto, sais de 20 minutos cada:
existem casos em que há necessidade de se instalar uma 1. Faça um cálculo e verifique seu prejuízo no fim de
nova interface de rede, como, por exemplo, se ocorrer um um ano.
defeito na interface embutida ou se houver necessidade de 2. Imagine que aquele servidor precise operar 160 ho-
mais de uma interface no computador. ras/mês. Faça um cálculo demonstrando a disponibilidade
Os serviços fornecidos pelo servidor são na verdade desse servidor para o usuário, em porcentagem, conside-
oferecidos pelo software do servidor. Esse software nor- rando os tempos de falha do item anterior.
malmente é um sistema operacional do tipo cliente servi-
dor, como o Windows 2003 Server, por exemplo. O servidor
167
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
168
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Na Figura acima a “estação A” está enviando um qua- No modo cut-through há menos latência nas transmis-
dro (representado pela linha mais grossa); o switch o enca- sões, já que os quadros são imediatamente transmitidos
minha diretamente para a estação E. Assim, todas as outras assim que são recebidos. Entretanto, isso pode exigir que
estações (B, C, D, E, G, H) podem transmitir sem se preocu- alguns quadros sejam retransmitidos, caso cheguem defei-
par se o canal está ocupado ou não. Isto se chama conexão tuosos. Já no modo de store-and-forward a latência é maior,
multiponto. pois todos os quadros são verificados antes de serem trans-
Mas você pode se perguntar: como o switch consegue mitidos e isso leva certo tempo. Entretanto, há maior garan-
enviar para a porta correta onde está o computador que tia da entrega do quadro sem erros.
precisa receber aquele quadro? Os quadros são formados Os switches são encontrados no mercado com várias
por pequenas estruturas chamadas “campos”. Dois desses quantidades de portas e várias taxas de operação.
campos estão relacionados aos endereços MAC das interfa- Os switches podem funcionar a taxas de transmissão
ces de rede: MAC Destino e MAC Origem (Figura abaixo). O equiparadas com a dos hubs, como, por exemplo, 10/100
switch consegue ler o MAC destino e encaminhar o quadro Mbps, obviamente com a grande vantagem de reduzir o trá-
corretamente. O campo “dados” é proveniente da camada fego da rede, como já vimos. Com a evolução da tecnologia,
imediatamente superior e o PAD é uma espécie de comple- é comum encontrarmos switches trabalhando a 10/100/1000
mento, quando os dados recebidos não atingem um tama- Mbps; são chamados switches gigabit. Um padrão novo, de-
nho mínimo especificado pelo padrão. O CRC é um cálculo nominado multigigabit (10 Gbps ou 10 GbE) está no merca-
que confere o recebimento correto dos dados. Não aprofun- do há algum tempo, evoluindo para novas taxas, como 40
daremos o estudo dos campos aqui, mas você pode obter Gbps e 100 Gbps. É uma tecnologia nova e está baseada em
mais informações sobre este assunto em Spurgeon (2000). cabos de fibras ópticas.
Outro aspecto importante a decidir sobre esses equi-
pamentos é sua adequação ao tipo de rede. Existem vários
fabricantes de switches no mercado e cada fabricante tem
seu produto destinado a um tipo de negócio. Por exemplo,
existem modelos destinados ao mercado SOHO (Small Offi-
ce Home Office – Pequenos escritórios e escritórios domés-
Outro conceito importante é que os switches funcionam
ticos) com preços na faixa de R$ 50,00 a R$ 600,00. Entretan-
na camada 2 (de enlace), pois têm inteligência suficiente
to, empresas que possuem redes com muitos computadores
para receber o quadro, recalcular o CRC, abri-lo, checar seu
e outros equipamentos não devem usar esses switches, pois
endereço de destino e encaminhá-lo para a porta correta.
apresentam muitos travamentos e defeitos.
Obviamente, pelo fato de transmitir o quadro pelo cabo,
a) Pelo que você leu, existe algum momento em que o
o switch também funciona na camada 1. Os hubs, por não
switch trabalha de forma “burra”, como o hub?
possuírem essa inteligência, dizemos que funcionam apenas b) Entre os métodos de trabalho cut-through e store
na camada 1 (física), já que encaminham os quadros que -and-forward, em qual deles o switch trabalha mais? Em qual
recebem para todas as portas. deles o switch é mais eficiente (entrega um maior número de
Os switches mantêm uma tabela interna com todos os pacotes corretos em menos tempo)? Justifique a resposta.
endereços MAC das interfaces de rede dos computadores c) Ainda com relação aos métodos cut-through e sto-
da rede. Essa tabela é consultada assim que o switch recebe re-and-forward, qual deles gera um maior tráfego na rede?
um quadro. O que ele faz então é simples: Justifique a resposta.
a) abre o quadro;
b) lê o campo “MAC Destino”; Roteadores
c) verifica na sua tabela a qual de suas portas está as- Seguindo a ordem de funcionamento nas camadas, vi-
sociado aquele endereço; mos que os hubs funcionam na camada 1 e os switches fun-
d) faz o devido encaminhamento. cionam nas camadas 1 e 2. Vamos ver agora os roteadores,
Uma situação em que o switch encaminha o quadro que funcionam na camada 3.
para todas as portas é quando ele não encontra na sua ta-
bela o endereço que recebeu para fazer a entrega. O switch
faz atualizações frequentes na sua tabela de endereços (ge-
ralmente a cada 2 segundos) e pode ser que alguma estação
tenha sido desligada ou mudada de porta. Assim, tempo-
rariamente o switch não vai reconhecer esse novo endere-
ço. Portanto, durante esse tempo de atualização, enviar o
quadro para todas as portas garante que seu destinatário vá
recebê-lo. Essa técnica é denominada flooding (inundação).
Basicamente, os switches podem funcionar de duas formas:
a) Cut-through (sem interrupção) – nessa forma, o
switch encaminha os quadros imediatamente após receber Na Figura acima você pode observar um roteador ligado a
os campos MAC destino e origem, sem fazer verificações. uma “nuvem”. Esta simbologia vem sendo muito utilizada e, na
b) Store-and-forward (armazena e encaminha) – nes- maioria das vezes, significa a internet, na qual existem milha-
se método, o switch espera chegar todos os campos, faz res de roteadores (uma “nuvem” de equipamentos).
verificações de erros e encaminha para a porta correta.
169
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
A grande diferença entre uma ponte (switch) e um ro- Vamos a um exemplo básico do funcionamento do ro-
teador é que o endereçamento que o switch utiliza é da teador, voltando à Figura anterior. Imagine que um dos
camada de enlace: o endereço MAC das interfaces de rede. computadores da REDE 1 tenha o endereço IP 192.168.31.5
O roteador, por funcionar na camada de rede, utiliza ou- e um dos computadores da REDE 2 tenha o endereço IP
tro sistema de endereçamento, que é o endereço IP. Você 172.15.20.8. Será necessário fazer o roteamento, pois as duas
já deve ter visto a sigla TCP/IP: ela indica o uso de dois redes em questão possuem endereços de rede diferentes e
protocolos operando em camadas diferentes. TCP opera na obviamente estão separadas por um roteador.
camada de transporte e IP, na camada de rede. Para que a comunicação do exemplo possa ser estabe-
Nas redes locais também é utilizado o endereço IP lecida, o roteador A é capaz de seguir duas rotas:
para identificar os computadores que pertencem a essa 1. transmitir diretamente para o roteador D ou;
rede (ver Figura abaixo). Por exemplo, podemos dizer que 2. passar pelos roteadores B e C para chegar ao roteador
um computador possui o endereço IP 192.168.1.150; isso é D.
apenas um exemplo, pois os endereços IP costumam variar A decisão por qual caminho o pacote deve trafegar é
dentro de uma determinada faixa para aquela rede. baseada em dois protocolos:
Entretanto, para se conectar com redes WAN (e a inter- a) Protocolo RIP (Routing Information Protocol – Pro-
net é seu melhor exemplo), é necessário que o seu compu- tocolo de Informação de Roteamento): usa mecanismo ba-
tador receba outro endereço IP. Este endereço precisa ser
seado na distância entre os roteadores. Essa distância é me-
conhecido pelo roteador da sua rede e é fornecido pelo
dida em hops (saltos). Assim, no exemplo da Figura 3.9, os
provedor do serviço de comunicação com a internet (a
pacotes de A para chegar a D, passando por B e C, tiveram
empresa de telefonia – VELOX, SPEED –, a fornecedora da
dois saltos. E para chegar a D sem passar por B e C, o salto é
TV a cabo ou da internet a rádio). Enfim, alguém precisa
fornecer esse endereço IP internet válido e o seu roteador zero. Na transmissão de pacotes, o protocolo RIP usa a rota
precisa estar pronto para aceitá-lo e interconectar com sua cuja quantidade de saltos é menor.
rede para que as pessoas tenham acesso à internet através b) Protocolo OSPF (Open Shortest Path First – Proto-
daquele número. colo Aberto Baseado no Estado do Link). Sua tradução é
confusa (a tradução literal é: primeiro caminho mais curto
aberto), pois pode indicar que ele usa o mesmo mecanismo
do RIP. Na verdade este protocolo se preocupa com a qua-
lidade da comunicação entre os roteadores. Por exemplo,
na Figura anterior, para os pacotes da REDE 1 chegarem à
REDE 3 há dois caminhos (pelo roteador B ou pelo roteador
D). Neste protocolo, a escolha do caminho é baseada no
congestionamento ou funcionamento dos roteadores B e D.
A rota que estiver com tráfego mais rápido será usada como
intermediária para a passagem dos pacotes.
a) Faça um quadro-resumo do hardware de rede es-
tudado com pelo menos as seguintes informações: nome,
finalidade, taxa de transmissão, local onde você encontrou
o equipamento.
b) Peça ao seu tutor para mostrar como você pode
ver o IP de sua máquina.
c) Pelo que você entendeu, dois computadores po-
dem ter o mesmo endereço MAC? E o mesmo endereço IP?
Aborde as duas questões, considerando:
Ainda na Figura acima, você pode observar a existência
• os dois computadores na mesma rede;
de quatro redes locais interconectadas por roteadores. Na
• os dois computadores em redes diferentes.
camada de enlace, cada computador de cada rede possui seu
endereço MAC, válido dentro de sua própria rede. Na cama- Software de rede
da de rede, cada estação tem um endereço IP, definido para Os softwares de rede podem existir em diferentes níveis
que ela possa se comunicar com outras redes. de aplicação. Por exemplo, o próprio comunicador instan-
tâneo (como MSN ou MIRC) é um tipo de software para
Endereço IP funcionar em rede. Entre esses softwares, basicamente po-
É definido em classes, como A, B, C, D e E. Cada classe demos destacar:
possui uma faixa de endereçamento e é destinada a algum a) Sistemas Operacionais de Rede (SOR).
tipo de rede, como uma rede local particular, redes militares, b) Aplicativos para redes, como antivírus, MSN, etc.
redes governamentais ou a internet. Obtenha mais informa- c) Software de segurança e acesso de redes.
ções sobre este assunto em TORRES, Gabriel. Redes de com- Obviamente essa classificação é um tanto simplista se
putadores: curso completo. Axcel Books, 2001. Na internet, considerarmos a gama de produtos de software para redes
busque mais informações em http://www. hardware.com.br/ que existem. Vamos abordar apenas os Sistemas Operacio-
livros/ redes/hubs-switches-bridgesroteadores.html nais de Redes.
170
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Os SORs são produtos de software que têm duas fun- Transferência de Arquivos
ções. A primeira é funcionar como um sistema operacional FTP - Protocolo de Transferência de Arquivos FTP (abre-
comum, fazendo o controle dos recursos do computador viação para File Transfer Protocol - Protocolo de Transferên-
servidor, como o acesso a disco rígido ou memória. A se- cia de Arquivos) é uma das mais antigas formas de interação
gunda função é fazer o controle do uso das redes que estão na Internet. Com ele, você pode enviar e receber arquivos
instaladas; por exemplo, o SOR pode controlar se você, como para, ou de computadores que se caracterizam como servi-
usuário da rede, pode ou não ter acesso a um arquivo no dores remotos.
disco rígido do servidor. Voltaremos aqui ao conceito de arquivo texto (ASCII -
Os SORs são classificados como ponto a ponto e cliente- código 7 bits) e arquivos não texto (Binários - código 8 bits).
servidor. Há uma diferença interessante entre enviar uma mensagem
1. Redes ponto a ponto – nessas redes, os sistemas ope- de correio eletrônico e realizar transferência de um arquivo.
racionais instalados em todos os computadores são do tipo A mensagem é sempre transferida como uma informação
cliente. Não é definido um computador específico para con- textual, enquanto a transferência de um arquivo pode ser
trole dos recursos da rede, como uma impressora, por exem- caracterizada como textual (ASCII) ou não-textual (binário).
plo. Os SORs mais comuns para essas redes são atualmente O que é um servidor remoto? Servidores remotos são
o Windows XP Professional Edition, Windows Vista Ultimate computadores que dedicam parcial ou integralmente a sua
Edition, Windows Seven e distribuições do Linux como Kuru- memória aos programas que chamamos de servidores. Pelo
mim, SUSE, Mandriva e Ubuntu. Esses SOs, configurados cor- fato destes computadores não serem o seu computador lo-
retamente, permitem aos computadores trocar dados através cal - aquele que está em seu trabalho, seu quarto ou em
de redes cabeadas ou sem fio. São indicados para redes locais um laboratório de sua universidade, é que os chamamos de
onde existam no máximo 20 computadores. Esse número não remoto, indicando que estão em algum outro ponto remoto
é um fator limitante, tecnologicamente falando; podem existir da Rede.
redes ponto a ponto com centenas de computadores. Os seus Quem até hoje em sua vida só viu micros PCs Windows
problemas são a organização e segurança, pois fica tudo mais ou Macs, não deve esqueçer que a Rede Mãe é uma grande
difícil de controlar, já que não existe a figura de um servidor coleção de computadores de todos os tipos. Cada qual com
que controle o acesso aos recursos da rede. Um ponto posi- suas particularidades e, portanto, com características dife-
tivo é sua facilidade de instalação e de configuração, que não rentes. Logo, um servidor remoto pode ser qualquer tipo de
exigem suporte técnico muito especializado. computador, basta que nele exista um programa que o ca-
2. Redes cliente-servidor – os sistemas operacionais racterize como servidor de alguma coisa, por exemplo, FTP.
nessas redes são SOR Cliente ou SOR Servidor. Os computa- O que é um servidor de FTP? É um computador que
dores clientes possuem sistemas operacionais do tipo cliente, roda um programa que chamamos de servidor de FTP e,
os mesmos usados nas redes ponto a ponto; eles requisitam portanto, é capaz de se comunicar com outro computador
os serviços ou recursos da rede, como arquivos, impressoras na Rede que o esteja acessando através de um cliente FTP.
e internet, aos servidores. Os servidores rodam um SOR Ser-
vidor, como, por exemplo, o Windows 2003 Server, Windo- Mas afinal de contas: o que é um servidor? E um cliente?
ws 2008 Server ou distribuições Linux para servidores. Esses Como tudo na Internet gira em torna do que chamamos
servidores permanecem todo o tempo rodando serviços e de arquitetura cliente-servidor, quando você instala um pro-
atendendo às solicitações dos clientes. Um exemplo de ser- grama que seja alguma aplicação para Internet, você obriga-
viço é a autenticação dos usuários que querem entrar na toriamente estará instalando uma aplicação cliente ou uma
rede: toda vez que o usuário sentar na frente do seu terminal aplicação servidor.
para usar a rede, é necessário que ele se identifique com um Chamamos de cliente porque a aplicação se comunica
nome de usuário e senha; assim, a rede se torna mais segura, através de solicitações de serviço. Por outro lado, podemos
pois podem ser rastreados os momentos e a estação na qual entender uma aplicação servidora como quem atenderá a
o usuário se autenticou. Essas redes são mais complexas e estas solicitações e prestará o serviço adequado. Por exem-
mais caras, pois necessitam de um software servidor e pes- plo: quando você instala o browser Mozilla Firefox em seu
soal técnico qualificado para instalar e manter os serviços computador, você está instalando o lado cliente da arquite-
oferecidos pelo servidor. tura. Completando esta arquitetura, existe, em algum outro
ponto da Rede, um computador que tem instalada e execu-
tando a parte servidora.
Deste modo, ao se conectar à Internet, você pode es-
perar que a parte servidora esteja sempre disponível e se
encontre em um endereço bem conhecido. Caso contrário, a
parte cliente não saberá encontrar o servidor.
Mirrors, por que eles existem? A cada dia a Internet ga-
nha uma dimensão tão grande, que muitas vezes é interes-
sante replicar as informações em diversos computadores ao
redor do mundo de modo que a performance do acesso a
estas informações seja melhorada pela proximidade de um
mirror (espelho), que é um computador que espelha o con-
teúdo de um outro.
171
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
172
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
173
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Considerações sobre o uso de Firewalls A assinatura digital, portanto, busca resolver dois pro-
blemas não garantidos apenas com uso da criptografia para
Embora os firewalls garantam uma maior proteção, e codificar as informações: a Integridade e a Procedência.
são inestimáveis para segurança da informação, existem al- Ela utiliza uma função chamada one-way hash function,
guns ataques que os firewalls não podem proteger, como a também conhecida como: compression function, crypto-
interceptação de tráfego não criptografado, ex: Intercepta- graphic checksum, message digest ou fingerprint. Essa fun-
ção de e-mail. Além disso, embora os firewalls possam pro- ção gera uma string única sobre uma informação, se esse
ver um único ponto de segurança e auditoria, eles também valor for o mesmo tanto no remetente quanto destinatário,
podem se tornar um único ponto de falha – o que quer significa que essa informação não foi alterada.
dizer que os firewalls são a última linha de defesa. Significa Mesmo assim isso ainda não garante total integridade,
que se um atacante conseguir quebrar a segurança de um pois a informação pode ter sido alterada no seu envio e um
firewall, ele vai ter acesso ao sistema, e pode ter a oportu- novo hash pode ter sido calculado.
nidade de roubar ou destruir informações. Além disso, os Para solucionar esse problema, é utilizada a criptogra-
firewalls protegem a rede contra os ataques externos, mas fia assimétrica com a função das chaves num sentido inver-
não contra os ataques internos. No caso de funcionários so, onde o hash é criptografado usando a chave privada do
mal intencionados, os firewalls não garantem muita pro- remetente, sendo assim o destinatário de posse da chave
teção. Finalmente, como mencionado os firewalls de filtros pública do remetente poderá decriptar o hash. Dessa ma-
de pacotes são falhos em alguns pontos. - As técnicas de neira garantimos a procedência, pois somente o remeten-
Spoofing podem ser um meio efetivo de anular a sua pro- te possui a chave privada para codificar o hash que será
teção. aberto pela sua chave pública. Já o hash, gerado a partir da
Para uma proteção eficiente contra as ameaças de se- informação original, protegido pela criptografia, garantirá
gurança existentes, os firewalls devem ser usados em con- a integridade da informação.
junto com diversas outras medidas de segurança.
Existem, claro, outros mecanismos de segurança que Mecanismos de garantia da integridade da informação
apoiam os controles físicos: Portas / trancas / paredes /
blindagem / guardas / etc. Usando funções de “Hashing” ou de checagem, con-
sistindo na adição.
• CONTROLES LÓGICOS: são barreiras que impedem
ou limitam o acesso à informação, que está em ambiente Mecanismos de controle de acesso
controlado, geralmente eletrônico, e que, de outro modo,
ficaria exposta a alteração não autorizada por elemento Palavras-chave, sistemas biométricos, firewalls, cartões
mal intencionado. inteligentes.
Existem mecanismos de segurança que apoiam os con-
troles lógicos: Mecanismos de certificação
174
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
O Certificado de Identidade Digital é emitido e assi- um software pela Internet, o usuário tem certeza da identi-
nado por uma Autoridade Certificadora Digital (Certificate dade do fabricante do programa e que o software se man-
Authority). Para tanto, esta autoridade usa as mais avança- teve íntegro durante o processo de download. Os certifica-
das técnicas de criptografia disponíveis e de padrões inter- dos digitais se dividem em basicamente dois formatos: os
nacionais (norma ISO X.509 para Certificados Digitais), para certificados de uso geral (que seriam equivalentes a uma
a emissão e chancela digital dos Certificados de Identidade carteira de identidade) e os de uso restrito (equivalentes
Digital. a cartões de banco, carteiras de clube etc.). Os certificados
Podemos destacar três elementos principais: de uso geral são emitidos diretamente para o usuário final,
- Informação de atributo: É a informação sobre o obje- enquanto que os de uso restrito são voltados basicamente
to que é certificado. No caso de uma pessoa, isto pode in- para empresas ou governo.
cluir seu nome, nacionalidade e endereço e-mail, sua orga-
nização e o departamento da organização onde trabalha. Integridade: Medida em que um serviço/informação é
- Chave de informação pública: É a chave pública da genuino, isto é, esta protegido contra a personificação por
entidade certificada. O certificado atua para associar a cha- intrusos.
ve pública à informação de atributo, descrita acima. A cha-
ve pública pode ser qualquer chave assimétrica, mas usual- Honeypot: É o nome dado a um software, cuja função é
mente é uma chave RSA. detectar ou de impedir a ação de um cracker, de um spam-
- Assinatura da Autoridade em Certificação (CA): A CA mer, ou de qualquer agente externo estranho ao sistema,
assina os dois primeiros elementos e, então, adiciona cre- enganando-o, fazendo-o pensar que esteja de fato explo-
dibilidade ao certificado. Quem recebe o certificado verifica rando uma vulnerabilidade daquele sistema.
a assinatura e acreditará na informação de atributo e chave
pública associadas se acreditar na Autoridade em Certifi- AMEAÇAS À SEGURANÇA
cação.
Existem diversos protocolos que usam os certificados Ameaça é algo que oferece um risco e tem como foco
digitais para comunicações seguras na Internet:
algum ativo. Uma ameaça também pode aproveitar-se de
• Secure Socket Layer ou SSL;
alguma vulnerabilidade do ambiente.
• Secured Multipurpose Mail Extensions - S/MIME;
Identificar Ameaças de Segurança – Identificar os Tipos
• Form Signing;
de Ataques é a base para chegar aos Riscos. Lembre-se que
• Authenticode / Objectsigning.
existem as prioridades; essas prioridades são os pontos que
O SSL é talvez a mais difundida aplicação para os cer-
podem comprometer o “Negócio da Empresa”, ou seja, o
tificados digitais e é usado em praticamente todos os sites
que é crucial para a sobrevivência da Empresa é crucial no
que fazem comércio eletrônico na rede (livrarias, lojas de
seu projeto de Segurança.
CD, bancos etc.). O SSL teve uma primeira fase de ado-
ção onde apenas os servidores estavam identificados com Abaixo temos um conjunto de ameaças, chamado de
certificados digitais, e assim tínhamos garantido, além da FVRDNE:
identidade do servidor, o sigilo na sessão. Entretanto, ape- Falsificação
nas com a chegada dos certificados para os browsers é que
pudemos contar também com a identificação na ponta Falsificação de Identidade é quando se usa nome de
cliente, eliminando assim a necessidade do uso de senhas usuário e senha de outra pessoa para acessar recursos ou
e logins. executar tarefas. Seguem dois exemplos:
O S/Mime é também um protocolo muito popular, pois • Falsificar mensagem de e-mail;
permite que as mensagens de correio eletrônico trafeguem • Executar pacotes de autenticação.
encriptadas e/ou assinadas digitalmente. Desta forma os Um ataque de Falsificação pode ter início em um PostIt
e-mails não podem ser lidos ou adulterados por terceiros com sua senha, grudado no seu monitor.
durante o seu trânsito entre a máquina do remetente e a
do destinatário. Além disso, o destinatário tem a garantia Violação
da identidade de quem enviou o e-mail.
O Form Signing é uma tecnologia que permite que os A Violação ocorre quando os dados são alterados:
usuários emitam recibos online com seus certificados di- • Alterar dados durante a transmissão;
gitais. Por exemplo: o usuário acessa o seu Internet Ban- • Alterar dados em arquivos.
king e solicita uma transferência de fundos. O sistema do
banco, antes de fazer a operação, pede que o usuário as- Repudiação
sine com seu certificado digital um recibo confirmando a A Repudiação talvez seja uma das últimas etapas de
operação. Esse recibo pode ser guardado pelo banco para um ataque bem sucedido, pois é o ato de negar algo que
servir como prova, caso o cliente posteriormente negue ter foi feito. Isso pode ser feito apagando as entradas do Log
efetuado a transação. após um acesso indevido. Exemplos:
O Authenticode e o Object Signing são tecnologias que • Excluir um arquivo crítico e negar que excluiu;
permitem que um desenvolvedor de programas de com- • Comprar um produto e mais tarde negar que com-
putador assine digitalmente seu software. Assim, ao baixar prou.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Norton AntiVirus - Symantec - www.symantec.com.br - É possível clicar no indicador de anexo para ver do que
Possui versão de teste. se trata? E como fazer em seguida?
McAfee - McAfee - http://www.mcafee.com.br - Possui Apenas clicar no indicador (que no MS Outlook Express
versão de teste. é uma imagem de um clip), sim. Mas cuidado para não dar
AVG - Grisoft - www.grisoft.com - Possui versão paga um clique duplo, ou clicar no nome do arquivo, pois se o
e outra gratuita para uso não comercial (com menos fun- anexo for um programa, será executado. Faça assim:
cionalidades). 1- Abra a janela da mensagem (em que o anexo apare-
Panda Antivírus - Panda Software - www.pandasoftwa- ce como um ícone no rodapé);
re.com.br - Possui versão de teste. 2- Salve o anexo em um diretório à sua escolha, o que
É importante frisar que a maioria destes desenvolve- pode ser feito de dois modos:
dores possuem ferramentas gratuitas destinadas a remo- a) clicar o anexo com o botão direito do mouse e em
ver vírus específicos. Geralmente, tais softwares são criados seguida clicar em “Salvar como...”;
para combater vírus perigosos ou com alto grau de propa- b) sequência de comandos: Arquivo / Salvar anexos...
3- Passe um antivírus atualizado no anexo salvo para se
gação.
certificar de que este não está infectado.
Riscos dos “downloads”- Simplesmente baixar o pro-
PROTEÇÃO grama para o seu computador não causa infecção, seja por
FTP, ICQ, ou o que for. Mas de modo algum execute o pro-
A melhor política com relação à proteção do seu com- grama (de qualquer tipo, joguinhos, utilitários, protetores
putador contra vírus é possuir um bom software antivírus de tela, etc.) sem antes submetê-lo a um bom antivírus.
original instalado e atualizá-lo com frequência, pois surgem
vírus novos a cada dia. Portanto, a regra básica com relação O que acontece se ocorrer uma infecção?
a vírus (e outras infecções) é: Jamais execute programas Você ficará à mercê de pessoas inescrupulosas quan-
que não tenham sido obtidos de fontes absolutamente do estiver conectado à Internet. Elas poderão invadir seu
confiáveis. O tema dos vírus é muito extenso e não se pode computador e realizar atividades nocivas desde apenas ler
pretender abordá-lo aqui senão superficialmente, para dar seus arquivos, até causar danos como apagar arquivos, e
orientações essenciais. Vamos a algumas recomendações. até mesmo roubar suas senhas, causando todo o tipo de
Os processos mais comuns de se receber arquivos são prejuízos.
como anexos de mensagens de e-mail, através de progra-
mas de FTP, ou por meio de programas de comunicação, Como me proteger?
como o ICQ, o NetMeeting, etc. Em primeiro lugar, voltemos a enfatizar a atitude bá-
Note que: sica de evitar executar programas desconhecidos ou de
origem duvidosa. Portanto, mais uma vez, Jamais execute
Não existem vírus de e-mail. O que existem são vírus
programas que não tenham sido obtidos de fontes absolu-
escondidos em programas anexados ao e-mail. Você não
tamente confiáveis.
infecta seu computador só de ler uma mensagem de cor-
Além disto, há a questão das senhas. Se o seu micro
reio eletrônico escrita em formato texto (.txt). Mas evite ler estiver infectado outras pessoas poderiam acessar as suas
o conteúdo de arquivos anexados sem antes certificar-se senhas. E troca-las não seria uma solução definitiva, pois
de que eles estão livres de vírus. Salve-os em um diretório os invasores poderiam entrar no seu micro outra vez e
e passe um programa antivírus atualizado. Só depois abra rouba-la novamente. Portanto, como medida extrema de
o arquivo. prevenção, o melhor mesmo é NÃO DEIXAR AS SENHAS
Cuidados que se deve tomar com mensagens de cor- NO COMPUTADOR. Isto quer dizer que você não deve usar,
reio eletrônico – Como já foi falado, simplesmente ler a ou deve desabilitar, se já usa, os recursos do tipo “lembrar
mensagem não causa qualquer problema. No entanto, se a senha”. Eles gravam sua senha para evitar a necessidade
mensagem contém anexos (ou attachments, em Inglês), é de digitá-la novamente. Só que, se a sua senha está grava-
preciso cuidado. O anexo pode ser um arquivo executável da no seu computador, ela pode ser lida por um invasor.
(programa) e, portanto, pode estar contaminado. A não ser Atualmente, é altamente recomendável que você prefira
que você tenha certeza absoluta da integridade do arquivo, digitar a senha a cada vez que faz uma conexão. Abra mão
é melhor ser precavido e suspeitar. Não abra o arquivo sem do conforto em favor da sua segurança.
antes passá-lo por uma análise do antivírus atualizado
Mas se o anexo não for um programa, for um arquivo
apenas de texto, é possível relaxar os cuidados?
Não. Infelizmente, os criadores de vírus são muito ati-
vos, e existem hoje, disseminando-se rapidamente, vírus
que contaminam arquivos do MS Word ou do MS Excel.
São os chamados vírus de macro, que infectam os macros
(executáveis) destes arquivos. Assim, não abra anexos deste
tipo sem prévia verificação.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
180
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Browser ou Navegador
É o programa específico para visualizar as páginas da Entre cada par de camadas adjacentes há uma interfa-
web. ce. A interface define quais operações primitivas e serviços
O Browser lê e interpreta os documentos escritos em a camada inferior oferece à camada superior. Quando os
HTML, apresentando as páginas formatadas para os projetistas decidem quantas camadas incluir em uma rede
usuários. e o que cada camada deve fazer, uma das considerações
mais importantes é definir interfaces limpas entre as cama-
ARQUITETURAS DE REDES das. Isso requer, por sua vez, que cada camada desempe-
As modernas redes de computadores são projetadas nhe um conjunto específico de funções bem compreendi-
de forma altamente estruturada. Nas seções seguintes exa- das. Além de minimizar a quantidade de informações que
minaremos com algum detalhe a técnica de estruturação. deve ser passada de camada em camada, interfaces bem
definidas também tornam fácil a troca da implementação
HIERARQUIAS DE PROTOCOLOS de uma camada por outra implementação completamente
Para reduzir a complexidade de projeto, a maioria das diferente (por exemplo, trocar todas as linhas telefônicas
redes é organizada em camadas ou níveis, cada uma cons- por canais de satélite), pois tudo o que é exigido da nova
truída sobre sua predecessora. O número de camadas, o implementação é que ela ofereça à camada superior exa-
nome, o conteúdo e a função de cada camada diferem de tamente os mesmos serviços que a implementação antiga
uma rede para outra. No entanto, em todas as redes, o pro- oferecia.
pósito de cada camada é oferecer certos serviços às cama- O conjunto de camadas e protocolos é chamado de
das superiores, protegendo essas camadas dos detalhes de arquitetura de rede. A especificação de arquitetura deve
como os serviços oferecidos são de fato implementados. conter informações suficientes para que um implementa-
dor possa escrever o programa ou construir o hardware de
A camada n em uma máquina estabelece uma con- cada camada de tal forma que obedeça corretamente ao
versão com a camada n em outra máquina. As regras e protocolo apropriado. Nem os detalhes de implementação
convenções utilizadas nesta conversação são chamadas nem a especificação das interfaces são parte da arquitetura,
coletivamente de protocolo da camada n, conforme ilus- pois esses detalhes estão escondidos dentro da máquina e
trado na Figura abaixo para uma rede com sete camadas. não são visíveis externamente. Não é nem mesmo neces-
As entidades que compõem as camadas correspondentes sário que as interfaces em todas as máquinas em uma rede
em máquinas diferentes são chamadas de processos par- sejam as mesmas, desde que cada máquina possa usar cor-
ceiros. Em outras palavras, são os processos parceiros que retamente todos os protocolos.
se comunicam utilizando o protocolo.
O endereço IP
Na verdade, nenhum dado é transferido diretamente Quando você quer enviar uma carta a alguém, você...
da camada n em uma máquina para a camada n em outra Ok, você não envia mais cartas; prefere e-mail ou deixar um
máquina. Em vez disso, cada camada passa dados e infor- recado no Facebook. Vamos então melhorar este exemplo:
mações de controle para a camada imediatamente abaixo, quando você quer enviar um presente a alguém, você ob-
até que o nível mais baixo seja alcançado. Abaixo do nível tém o endereço da pessoa e contrata os Correios ou uma
1 está o meio físico de comunicação, através do qual a co- transportadora para entregar. É graças ao endereço que é
municação ocorre. Na Figura abaixo, a comunicação virtual possível encontrar exatamente a pessoa a ser presenteada.
é mostrada através de linhas pontilhadas e a comunicação Também é graças ao seu endereço - único para cada resi-
física através de linhas sólidas. dência ou estabelecimento - que você recebe suas contas
de água, aquele produto que você comprou em uma loja
on-line, enfim.
181
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Na internet, o princípio é o mesmo. Para que o seu Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até 128
computador seja encontrado e possa fazer parte da rede redes, cada uma com até 16.777.214 dispositivos conecta-
mundial de computadores, necessita ter um endereço úni- dos;
co. O mesmo vale para websites: este fica em um servidor, Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até
que por sua vez precisa ter um endereço para ser localiza- 16.384 redes, cada uma com até 65.536 dispositivos;
do na internet. Isto é feito pelo endereço IP (IP Address), Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até
recurso que também é utilizado para redes locais, como a 2.097.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos;
existente na empresa que você trabalha, por exemplo. Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast;
O endereço IP é uma sequência de números composta Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast re-
de 32 bits. Esse valor consiste em um conjunto de quatro servado.
sequências de 8 bits. Cada uma destas é separada por um As três primeiras classes são assim divididas para aten-
ponto e recebe o nome de octeto ou simplesmente byte, já der às seguintes necessidades:
que um byte é formado por 8 bits. O número 172.31.110.10
é um exemplo. Repare que cada octeto é formado por nú-
meros que podem ir de 0 a 255, não mais do que isso. - Os endereços IP da classe A são usados em locais
onde são necessárias poucas redes, mas uma grande quan-
tidade de máquinas nelas. Para isso, o primeiro byte é utili-
zado como identificador da rede e os demais servem como
identificador dos dispositivos conectados (PCs, impresso-
ras, etc);
- Os endereços IP da classe B são usados nos casos
onde a quantidade de redes é equivalente ou semelhante
à quantidade de dispositivos. Para isso, usam-se os dois
primeiros bytes do endereço IP para identificar a rede e os
A divisão de um IP em quatro partes facilita a organi- restantes para identificar os dispositivos;
zação da rede, da mesma forma que a divisão do seu en- - Os endereços IP da classe C são usados em locais que
requerem grande quantidade de redes, mas com poucos
dereço em cidade, bairro, CEP, número, etc, torna possível
dispositivos em cada uma. Assim, os três primeiros bytes
a organização das casas da região onde você mora. Neste
são usados para identificar a rede e o último é utilizado
sentido, os dois primeiros octetos de um endereço IP po-
para identificar as máquinas.
dem ser utilizados para identificar a rede, por exemplo. Em
Quanto às classes D e E, elas existem por motivos es-
uma escola que tem, por exemplo, uma rede para alunos
peciais: a primeira é usada para a propagação de pacotes
e outra para professores, pode-se ter 172.31.x.x para uma
especiais para a comunicação entre os computadores, en-
rede e 172.32.x.x para a outra, sendo que os dois últimos
quanto que a segunda está reservada para aplicações futu-
octetos são usados na identificação de computadores.
ras ou experimentais.
Vale frisar que há vários blocos de endereços reserva-
Classes de endereços IP dos para fins especiais. Por exemplo, quando o endereço
Neste ponto, você já sabe que os endereços IP podem começa com 127, geralmente indica uma rede “falsa”, isto
ser utilizados tanto para identificar o seu computador den- é, inexistente, utilizada para testes. No caso do endereço
tro de uma rede, quanto para identificá-lo na internet. 127.0.0.1, este sempre se refere à própria máquina, ou seja,
Se na rede da empresa onde você trabalha o seu com- ao próprio host, razão esta que o leva a ser chamado de
putador tem, como exemplo, IP 172.31.100.10, uma má- localhost. Já o endereço 255.255.255.255 é utilizado para
quina em outra rede pode ter este mesmo número, afinal, propagar mensagens para todos os hosts de uma rede de
ambas as redes são distintas e não se comunicam, sequer maneira simultânea.
sabem da existência da outra. Mas, como a internet é uma
rede global, cada dispositivo conectado nela precisa ter um Endereços IP privados
endereço único. O mesmo vale para uma rede local: nesta, Há conjuntos de endereços das classes A, B e C que são
cada dispositivo conectado deve receber um endereço úni- privados. Isto significa que eles não podem ser utilizados
co. Se duas ou mais máquinas tiverem o mesmo IP, tem-se na internet, sendo reservados para aplicações locais. São,
então um problema chamado “conflito de IP”, que dificulta essencialmente, estes:
a comunicação destes dispositivos e pode inclusive atrapa- -Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255;
lhar toda a rede. -Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255;
Para que seja possível termos tanto IPs para uso em re- -Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255.
des locais quanto para utilização na internet, contamos com Suponha então que você tenha que gerenciar uma rede
um esquema de distribuição estabelecido pelas entidades com cerca de 50 computadores. Você pode alocar para es-
IANA (Internet Assigned Numbers Authority) e ICANN (In- tas máquinas endereços de 192.168.0.1 até 192.168.0.50,
ternet Corporation for Assigned Names and Numbers) que, por exemplo. Todas elas precisam de acesso à internet. O
basicamente, divide os endereços em três classes principais que fazer? Adicionar mais um IP para cada uma delas? Não.
e mais duas complementares. São elas: Na verdade, basta conectá-las a um servidor ou equipa-
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
IPv6
O mundo está cada vez mais conectado. Se, em um
passado não muito distante, você conectava apenas o PC
da sua casa à internet, hoje o faz com o celular, com o seu
notebook em um serviço de acesso Wi-Fi no aeroporto e Perceba, no entanto, que se você estiver conectado a
assim por diante. Somando este aspecto ao fato de cada partir de uma rede local - tal como uma rede wireless -
vez mais pessoas acessarem a internet no mundo inteiro, visualizará o IP que esta disponibiliza à sua conexão. Para
nos deparamos com um grande problema: o número de saber o endereço IP do acesso à internet em uso pela rede,
IPs disponíveis deixa de ser suficiente para toda as (futuras) você pode visitar sites como whatsmyip.org.
aplicações.
A solução para este grande problema (grande mesmo, Provedor
afinal, a internet não pode parar de crescer!) atende pelo O provedor é uma empresa prestadora de serviços que
nome de IPv6, uma nova especificação capaz de suportar oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces-
até - respire fundo - 340.282.366.920.938.463.463.374.607. sário conectar-se com um computador que já esteja na In-
431.768.211.456 de endereços, um número absurdamente ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per-
alto! mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet.
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada à Em-
bratel, que por sua vez, está conectada com outros computa-
dores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link, que é a cone-
xão física que interliga o provedor de acesso com a Embratel.
Neste caso, a Embratel é conhecida como backbone, ou seja,
é a “espinha dorsal” da Internet no Brasil. Pode-se imaginar o
backbone como se fosse uma avenida de três pistas e os links
como se fossem as ruas que estão interligadas nesta avenida.
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade
de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite
os dados. Esta velocidade é dada em bps (bits por segun-
do). Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso,
que fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso
O IPv6 não consiste, necessariamente, apenas no au-
mento da quantidade de octetos. Um endereço do tipo e um endereço eletrônico na Internet.
pode ser, por exemplo:
FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF URL - Uniform Resource Locator
Tudo na Internet tem um endereço, ou seja, uma iden-
Finalizando tificação de onde está localizado o computador e quais re-
Com o surgimento do IPv6, tem-se a impressão de que cursos este computador oferece. Por exemplo, a URL:
a especificação tratada neste texto, o IPv4, vai sumir do http://www.novaconcursos.com.br
mapa. Isso até deve acontecer, mas vai demorar bastante. Será mais bem explicado adiante.
Durante essa fase, que podemos considerar de transição,
o que veremos é a “convivência” entre ambos os padrões. Como descobrir um endereço na Internet?
Não por menos, praticamente todos os sistemas operacio- Para que possamos entender melhor, vamos exempli-
nais atuais e a maioria dos dispositivos de rede estão aptos ficar.
a lidar tanto com um quanto com o outro. Por isso, se você Você estuda em uma universidade e precisa fazer algu-
é ou pretende ser um profissional que trabalha com redes mas pesquisas para um trabalho. Onde procurar as infor-
ou simplesmente quer conhecer mais o assunto, procure se mações que preciso?
aprofundar nas duas especificações. Para isso, existem na Internet os “famosos” sites de
A esta altura, você também deve estar querendo des- procura, que são sites que possuem um enorme banco de
cobrir qual o seu IP. Cada sistema operacional tem uma dados (que contém o cadastro de milhares de Home Pa-
forma de mostrar isso. Se você é usuário de Windows, por ges), que permitem a procura por um determinado assun-
exemplo, pode fazê-lo digitando cmd em um campo do to. Caso a palavra ou o assunto que foi procurado exista
Menu Iniciar e, na janela que surgir, informar ipconfig /all em alguma dessas páginas, será listado toda esta relação
e apertar Enter. Em ambientes Linux, o comando é ifconfig. de páginas encontradas.
184
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
A pesquisa pode ser realizada com uma palavra, refe- em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas de soft-
rente ao assunto desejado. Por exemplo, você quer pesqui- ware vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocidade im-
sar sobre amortecedores, caso não encontre nada como pressionante. Maiores informações e endereços sobre plu-
amortecedores, procure como autopeças, e assim suces- g-ins são encontradas na página:
sivamente. http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Soft-
ware/Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indi-
Barra de endereços ces/
Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo
temos uma relação de alguns deles:
- 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime,
A Barra de Endereços possibilita que se possa navegar etc.).
em páginas da internet, bastando para isto digitar o ende- - Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
reço da página. - Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP,
Alguns sites interessantes: PCX, etc.).
• www.diariopopular.com.br (Jornal Diário Popular) - Negócios e Utilitários
• www.ufpel.tche.br (Ufpel) - Apresentações
• www.cefetrs.tche.br (Cefet)
• www.servidor.gov.br (Informações sobre servidor pú- FTP - Transferência de Arquivos
blico) Permite copiar arquivos de um computador da Internet
• www.siapenet.gog.br (contracheque) para o seu computador.
• www.pelotas.com.br (Site Oficial de Pelotas) Os programas disponíveis na Internet podem ser:
• www.mec.gov.br (Ministério da Educação) • Freeware: Programa livre que pode ser distribuí-
do e utilizado livremente, não requer nenhuma taxa para
Identificação de endereços de um site sua utilização, e não é considerado “pirataria” a cópia deste
Exemplo: http://www.pelotas.com.br programa.
http:// -> (Hiper Text Tranfer Protocol) protocolo de • Shareware: Programa demonstração que pode ser
comunicação utilizado por um determinado prazo ou que contém alguns
WWW -> (World Wide Web) Grande rede mundial limites, para ser utilizado apenas como um teste do progra-
pelotas -> empresa ou organização que mantém o site ma. Se o usuário gostar ele compra, caso contrário, não usa
.com -> tipo de organização mais o programa. Na maioria das vezes, esses programas
......br -> identifica o país exibem, de tempos em tempos, uma mensagem avisando
Tipos de Organizações: que ele deve ser registrado. Outros tipos de shareware têm
.edu -> instituições educacionais. Exemplo: michigam. tempo de uso limitado. Depois de expirado este tempo de
edu teste, é necessário que seja feito a compra deste programa.
.com -> instituções comerciais. Exemplo: microsoft.
com Navegar nas páginas
.gov -> governamental. Exemplo: fazenda.gov Consiste percorrer as páginas na internet a partir de
.mil -> instalação militar. Exemplo: af.mil um documento normal e de links das próprias páginas.
.net -> computadores com funções de administrar re-
des. Exemplo: embratel.net Como salvar documentos, arquivos e sites
.org -> organizações não governamentais. Exemplo: Clique no menu Arquivo e na opção Salvar como.
care.org
Como copiar e colar para um editor de textos
Home Page Selecionar o conteúdo ou figura da página. Clicar com
Pela definição técnica temos que uma Home Page é o botão direito do mouse e escolha a opção Copiar.
um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de compu-
tadores rodando um Navegador (Browser), que permite o
acesso às informações em um ambiente gráfico e multimí-
dia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de informações
dentro das Home Pages.
O endereço de Home Pages tem o seguinte formato:
http://www.endereço.com/página.html
Por exemplo, a página principal da Pronag:
http://www.pronag.com.br/index.html
185
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Navegadores
O navegador de WWW é a ferramenta mais importante
para o usuário de Internet. É com ele que se podem vi-
sitar museus, ler revistas eletrônicas, fazer compras e até
participar de novelas interativas. As informações na Web
são organizadas na forma de páginas de hipertexto, cada
um com seu endereço próprio, conhecido como URL. Para
começar a navegar, é preciso digitar um desses endereços
no campo chamado Endereço no navegador. O software
estabelece a conexão e traz, para a tela, a página corres-
pondente.
O navegador não precisa de nenhuma configuração
especial para exibir uma página da Web, mas é necessário
ajustar alguns parâmetros para que ele seja capaz de enviar Em pesquisar pode-se escolher onde será feita a pes-
e receber algumas mensagens de correio eletrônico e aces- quisa.
sar grupos de discussão (news).
O World Wide Web foi inicialmente desenvolvido no
Centro de Pesquisas da CERN (Conseil Europeen pour la
Recherche Nucleaire), Suíça. Originalmente, o WWW era
um meio para físicos da CERN trocar experiências sobre
suas pesquisas através da exibição de páginas de texto. Fi-
cou claro, desde o início, o imenso potencial que o WWW
possuía para diversos tipos de aplicações, inclusive não
científicas. Os sites de pesquisa em geral não fazem distinção na
O WWW não dispunha de gráficos em seus primór- pesquisa com letras maiúsculas e minúsculas e nem pala-
dios, apenas de hipertexto. Entretanto, em 1993, o projeto vras com ou sem acento.
WWW ganhou força extra com a inserção de um visualiza-
dor (também conhecido como browser) de páginas capaz Opções de pesquisa
não apenas de formatar texto, mas também de exibir grá-
ficos, som e vídeo. Este browser chamava-se Mosaic e foi
desenvolvido dentro da NCSA, por um time chefiado por
Mark Andreesen. O sucesso do Mosaic foi espetacular.
Depois disto, várias outras companhias passaram a Web: pesquisa em todos os sites
produzir browsers que deveriam fazer concorrência ao Imagens: pesquisa por imagens anexadas nas páginas.
Mosaic. Mark Andreesen partiu para a criação da Netscape Exemplo do resultado se uma pesquisa.
Communications, criadora do browser Netscape.
Surgiram ainda o Cello, o AIR Mosaic, o SPRY Mosaic,
o Microsoft Internet Explorer, o Mozilla Firefox e muitos
outros browsers.
186
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Aplicações da Intranet
Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comu-
INTRANET nicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o
A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala.
uma Internet restrita apenas a utilização interna de uma De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet
empresa. As intranets ou Webs corporativas, são redes de vai ser mais efetiva para unir (no sentido operacional) os
comunicação internas baseadas na tecnologia usada na In- diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas
ternet. Como um jornal editado internamente, e que pode áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo:
ser acessado apenas pelos funcionários da empresa. • Marketing e Vendas - Informações sobre produtos,
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e listas de preços, promoções, planejamento de eventos;
departamentos, mesclando (com segurança) as suas infor- • Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação de
mações particulares dentro da estrutura de comunicações Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades de
da empresa. membros das equipes, situações de projetos;
187
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sis- Identificação do Servidor e das Estações - Depois de
temas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), ma- definidos os protocolos, o sistema já sabe onde achar as
nuais de qualidade; informações e como requisitá-las. Falta apenas saber o
• Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apos- nome de quem pede e de quem solicita. Para isso existem
tilas, políticas da companhia, organograma, oportunidades dois programas: o DNS que identifica o servidor e o DHCP
de trabalho, programas de desenvolvimento pessoal, be- (Dinamic Host Configuration Protocol) que atribui nome às
nefícios. estações clientes.
Para acessar as informações disponíveis na Web corpo- Estações da Rede - Nas estações da rede, os funcio-
rativa, o funcionário praticamente não precisa ser treinado. nários acessam as informações colocadas à sua disposição
Afinal, o esforço de operação desses programas se resume no servidor. Para isso usam o Web browser, software que
quase somente em clicar nos links que remetem às novas permite folhear os documentos.
páginas. No entanto, a simplicidade de uma intranet termi-
na aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa Comparando Intranet com Internet
complexa e exige a presença de profissionais especializa- Na verdade as diferenças entre uma intranet e a In-
dos. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da intranet, ternet, é uma questão de semântica e de escala. Ambas
utilizam as mesmas técnicas e ferramentas, os mesmos
sua diversidade de funções e a quantidade de informações
protocolos de rede e os mesmos produtos servidores. O
nela armazenadas.
conteúdo na Internet, por definição, fica disponível em es-
A intranet é baseada em quatro conceitos:
cala mundial e inclui tudo, desde uma home-page de al-
• Conectividade - A base de conexão dos computa-
guém com seis anos de idade até as previsões do tempo.
dores ligados através de uma rede, e que podem transferir A maior parte dos dados de uma empresa não se destina
qualquer tipo de informação digital entre si; ao consumo externo, na verdade, alguns dados, tais como
• Heterogeneidade - Diferentes tipos de computa- as cifras das vendas, clientes e correspondências legais, de-
dores e sistemas operacionais podem ser conectados de vem ser protegidos com cuidado. E, do ponto de vista da
forma transparente; escala, a Internet é global, uma intranet está contida den-
• Navegação - É possível passar de um documento a tro de um pequeno grupo, departamento ou organização
outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que corporativa. No extremo, há uma intranet global, mas ela
facilitam o acesso não linear aos documentos; ainda conserva a natureza privada de uma Internet menor.
• Execução Distribuída - Determinadas tarefas de A Internet e a Web ficaram famosas, com justa razão,
acesso ou manipulação na intranet só podem ocorrer gra- por serem uma mistura caótica de informações úteis e ir-
ças à execução de programas aplicativos, que podem es- relevantes, o meteórico aumento da popularidade de sites
tar no servidor, ou nos microcomputadores que acessam a da Web dedicados a índices e mecanismos de busca é uma
rede (também chamados de clientes, daí surgiu à expressão medida da necessidade de uma abordagem organizada.
que caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servidor). Uma intranet aproveita a utilidade da Internet e da Web
A vantagem da intranet é que esses programas são ati- num ambiente controlado e seguro.
vados através da WWW, permitindo grande flexibilidade.
Determinadas linguagens, como Java, assumiram grande Vantagens e Desvantagens da Intranet
importância no desenvolvimento de softwares aplicativos Alguns dos benefícios são:
que obedeçam aos três conceitos anteriores. • Redução de custos de impressão, papel, distribuição
de software, e-mail e processamento de pedidos;
Como montar uma Intranet • Redução de despesas com telefonemas e pessoal no
Basicamente a montagem de uma intranet consiste em suporte telefônico;
usar as estruturas de redes locais existentes na maioria das • Maior facilidade e rapidez no acesso as informações
empresas, e em instalar um servidor Web. técnicas e de marketing;
• Maior rapidez e facilidade no acesso a localizações
Servidor Web - É a máquina que faz o papel de repo-
remotas;
sitório das informações contidas na intranet. É lá que os
• Incrementando o acesso a informações da concor-
clientes vão buscar as páginas HTML, mensagens de e-mail
rência;
ou qualquer outro tipo de arquivo.
• Uma base de pesquisa mais compreensiva;
• Facilidade de acesso a consumidores (clientes) e par-
Protocolos - São os diferentes idiomas de comunicação ceiros (revendas);
utilizados. O servidor deve abrigar quatro protocolos. O pri- • Aumento da precisão e redução de tempo no acesso
meiro é o HTTP, responsável pela comunicação do browser à informação;
com o servidor, em seguida vem o SMTP ligado ao envio • Uma única interface amigável e consistente para
de mensagens pelo e-mail, e o FTP usado na transferência aprender e usar;
de arquivos. Independentemente das aplicações utilizadas • Informação e treinamento imediato (Just in Time);
na intranet, todas as máquinas nela ligadas devem falar um • As informações disponíveis são visualizadas com cla-
idioma comum: o TCP/IP, protocolo da Internet. reza;
• Redução de tempo na pesquisa a informações;
188
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Empresa estendida
O acesso à intranet de uma empresa através de um
Segurança da Intranet Portal (internet) estabelecido na web de forma que pessoas
Três tecnologias fornecem segurança ao armazena- e funcionários de uma empresa consigam ter acesso à in-
mento e à troca de dados em uma rede: autenticação, con- tranet através de redes externas ao ambiente da empresa.
trole de acesso e criptografia. Uma extranet é uma intranet que pode ser acessada via
Autenticação - É o processo que consiste em verificar Web por clientes ou outros usuários autorizados. Uma in-
se um usuário é realmente quem alega ser. Os documen- tranet é uma rede restrita à empresa que utiliza as mesmas
tos e dados podem ser protegidos através da solicitação tecnologias presentes na Internet, como e-mail, webpages,
de uma combinação de nome do usuário/senha, ou da ve- servidor FTP etc.
189
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
A ideia de uma extranet é melhorar a comunicação en- Multitarefas com guias e janelas
tre os funcionários e parceiros além de acumular uma base Com as guias, você pode ter muitos sites abertos em uma
de conhecimento que possa ajudar os funcionários a criar só janela do navegador, para que seja mais fácil abrir, fechar
novas soluções. e alternar os sites. A barra de guias mostra todas as guias ou
Exemplificando uma rede de conexões privadas, basea- janelas que estão abertas no Internet Explorer. Para ver a barra
da na Internet, utilizada entre departamentos de uma em- de guias, passe o dedo de baixo para cima (ou clique) na tela.
presa ou parceiros externos, na cadeia de abastecimento,
trocando informações sobre compras, vendas, fabricação,
distribuição, contabilidade entre outros.
Internet Explorer3
O Internet Explorer facilita o acesso a sites e ajuda a ver
com o máximo de qualidade todo o conteúdo incrível que
você pode encontrar. Depois de aprender alguns gestos
e truques comuns, você poderá usar seu novo navegador
com todo o conforto e aproveitar ao máximo seus sites
favoritos.
190
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Para salvar seus sites favoritos Lendo, salvando e compartilhando conteúdo da In-
Salvar um site como favorito é uma forma simples de ternet
memorizar os sites de que você gosta e que deseja visitar Ao examinar seu conteúdo online favorito, procure
sempre. (Se você tiver feito a atualização para o Windo- pelo ícone Modo de exibição de leitura na barra de en-
ws 8.1 a partir do Windows 8 e entrado usando sua conta dereços. O Modo de exibição de leitura retira quaisquer
da Microsoft, todos os favoritos já existentes terão sido im- itens desnecessários, como anúncios, para que as matérias
portados automaticamente.) sejam destacadas. Toque ou clique no ícone para abrir a
Vá até um site que deseja adicionar. página no modo de exibição de leitura. Quando quiser re-
Passe o dedo de baixo para cima (ou clique) para exibir tornar à navegação, basta tocar ou clicar no ícone nova-
os comandos de aplicativos. Em seguida, toque ou clique mente.
no botão Favoritos para mostrar a barra de favoritos.
191
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
192
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Principais características
· Navegação em abas;
· A mesma janela pode conter diversas páginas. Abrin-
do os links em segundo plano
Eles já estarão carregados quando você for ler;
· Bloqueador de popups:
· O Firefox já vem com um bloqueador embutido de
popups;
4 Fonte: Ajuda do Firefox
193
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
194
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Desativar os controles da Nova Aba Você também pode abrir a biblioteca de favoritos e ar-
Para ocultar tudo na sua página Nova Aba, incluindo os rastá-los para a página Nova Aba.
controles da Nova Aba (ou para escolher a página que abre Antes de iniciar, configure o Firefox para lembrar o his-
em uma nova aba) você pode instalar o complemento New tórico.
Tab Override (browser.newtab.url replacement). Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Personalizar a página Nova aba Arraste um favorito para dentro da posição que você
O comportamento padrão do Firefox é exibir os sites quiser.
em destaque em uma nova aba. Aprenda como personali-
zar, fixar, remover e reorganizar esses sites.
Fixar
Clique no ícone no canto superior esquerdo da suges- Como faço para configurar o Sync no meu compu-
tão para fixá-la naquela posição na página. tador?
Dica: Configure o Firefox Sync para sincronizar suas Su- O Sync permite compartilhar seus dados e preferên-
gestões fixadas entre os seus outros computadores. cias (como favoritos, histórico, senhas, abas abertas, Lista
de Leitura e complementos instalados) com todos os seus
Remover dispositivos. Aprenda como configurar o Firefox Sync.
Importante: O Sync requer a versão mais recente do
Firefox. Certifique-se de que você atualizou o Firefox em
quaisquer computadores ou dispositivos Android.
Configurar o Sync requer duas partes: A criação de
uma conta no seu dispositivo principal e entrar nesta conta
usando outros dispositivos. Aqui estão os passos em de-
talhes:
- Crie uma conta do Sync
Clique no “X” no canto superior direito do site para ex- Clique no botão de menu e depois em Entrar no
cluí-lo da página. Sync. A página de acesso será aberta em uma nova aba.
Nota: Se acidentalmente remover um site, pode recu-
perá-lo clicando em Desfazer no topo da página. Se muitos
sites foram removidos clique em Restaurar tudo.
Reorganizar
195
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Conecte dispositivos adicionais ao Sync Como eu mudo o nome ou onde fica guardado um
Tudo que precisa fazer é entrar e deixar o Sync fazer o favorito?
resto. Para entrar você precisa do endereço de e-mail e a Para editar os detalhes do seu favorito, clique nova-
senha que usou no começo da configuração do sync. mente na estrela e a caixa Propriedades do favorito apa-
Clique no botão de menu , e, em seguida, clique recerá.
em Entrar no Sync.
Clique no botão Começar para abrir a página Crie uma
conta Firefox.
Clique no link Already have an account? Sign in na par-
te inferior da página.
196
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
197
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
198
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
199
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Gerenciador de Downloads
Como faço para acessar meus downloads? A Biblioteca mostra essas informações para todos os
Você pode acessar seus downloads facilmente clicando seus arquivos baixados, a menos que você tenha removido
no icone download (a seta para baixo na barra de ferra- eles do seu histórico.
mentas). A seta vai aparecer azul para que você saiba
que existem arquivos baixados.
200
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
201
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Que coisas estão incluídas no meu histórico? Como limpo meu histórico?
Clique no botão de menu , selecione Histórico e, em
seguida, Limpar dados de navegação….
Selecione o quanto do histórico você deseja limpar:
Clique no menu suspenso ao lado de Intervalo de tem-
po a limpar para escolher quanto de seu histórico o Firefox
limpará.
202
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
203
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Imprimindo uma página web Seção Intervalo de impressão - Especifique quais pági-
nas da página web atual será impressa:
Clique no menu e depois em Imprimir. Selecione Tudo para imprimir tudo.
Selecione Páginas e coloque o intervalo de páginas
que você quer imprimir. Por exemplo, selecionando “de 1 a
1” imprimirá somente a primeira página.
Selecione Seleção para imprimir somente a parte da
página que você selecionou.
Seção Cópias - Especifique quantas cópias você quer
imprimir.
Se colocar mais do que 1 no campo Número de cópias,
você também pode escolher se quer agrupá-las. Por exem-
plo, se você escolheu fazer 2 cópias e selecionou Juntar,
elas serão impressas na ordem 1, 2, 3, 1, 2, 3. Caso contrá-
rio, elas serão impressas na ordem 1, 1, 2, 2, 3, 3.
Nota: As seguintes configurações são salvas como pre-
ferências do Firefox em uma base por impressora.
SeçãoImprimir bordas - Se você está vendo uma pá-
gina web com bordas, poderá selecionar como as bordas
serão impressas:
204
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
205
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Navegação Privativa
Quando navega na web, o Firefox lembra de varias in-
formação para você - como os sites visitados. No entan-
to, pode haver momentos em que não deseja que outros
usuários tenham acesso a tais informações, como quando
estiver comprando um presente de aniversário. A navega-
ção privativa permite que navegue na internet sem salvar
informações sobre os sites e páginas visitadas.
A navegação privativa também inclui Proteção contra
rastreamento na navegação privada, a qual impede que
seja rastreado enquanto navega.
Mostraremos a você como funciona.
Importante: A navegação privativa não o torna anôni-
mo na Internet. Seu provedor de acesso a internet ou os
próprios sites ainda podem rastrear as páginas visitadas.
Use as seguintes opções para convidar seus amigos: Além disso, a navegação privativa não o protege de key-
loggers ou spywares que podem estar alojados em seu
computador
Compartilhar no Facebook.
Quando seu amigo se juntar à conversa, você verá um
alerta.
Para encerrar a chamada, clique em .
Se juntar a uma conversa
Recebeu um convite? Se juntar a uma conversa é fácil! Abrir um link em nova janela privativa
Apenas clique no link do seu convite e clique no botão na Clique com o botão direito do mouse e escolha Abrir
página para entrar na conversa. link em uma nova janela privativa no menu contextual.
206
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Dica: Janelas de navegação privativas tem uma másca- Como saber se a minha conexão com um site é se-
ra roxa no topo. gura?
O botão de Identidade do Site (um cadeado) aparece
na sua barra de endereço quando você visita um site segu-
ro. Você pode descobrir rapidamente se a conexão para o
site que estar visualizando é criptografado. Isso deve lhe
ajudar a evitar sites maliciosos que estão tentando obter
sua informação pessoal.
207
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Configurações de Segurança
Alertar se sites tentarem instalar extensões ou temas
O Firefox sempre pedirá a sua confirmação para a ins-
talação de complementos. Para evitar que tentativas de
Para sites usando certificados VE, o botão de identida- instalação não requisitadas resultem em instalações aci-
de do site exibe tanto um cadeado verde e o nome legal dentais, o Firefox exibe um aviso quando um site tentar ins-
da companhia ou organização do website, então você sabe talar um complemento e bloqueia a tentativa de instalação.
quem está operando ele. Por exemplo, isto mostra que o Para permitir que sites específicos instalem complementos,
mozilla.org é de propriedade da Fundação Mozilla. você deve clicar em Exceções…, digitar o endereço do site
Cadeado verde com um triângulo cinza de alerta e clicar em Permitir. Desmarque essa opção para desativar
Um cadeado verde com um triângulo cinza de alerta esse aviso para todos os sites.
indica que o site é seguro; no entanto, o firefox bloqueou Bloquear sites avaliados como focos de ataques: Mar-
o conteúdo inseguro e, assim, o site pode não necessaria- que isso se você quer que o Firefox verifique se o site que
mente exibir ou funcionar inteiramente correto. você está visitando pode ser uma tentativa de interfirir nas
funções normais do computador ou mandar dados pes-
Cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta soais sobre você sem autorização através da Internet.
Um cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta A ausência deste aviso não garante que o site seja con-
indica que a conexão entre o Firefox e o website é apenas fiável.
parcialmente criptografada e não impede espionagem. Bloquear sites avaliados como falsos: Marque isso se
você quer que o Firefox verifique ativamente se o site que
você está visitando pode ser uma tentativa de enganar
você fazendo com que passe suas informações pessoais
(isto é frequentemente chamado de “phishing”).
Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível
(informação bancária, dados de cartão de crédito, Números Logins
de Seguridade Social, etc.) para sites onde o botão de iden- Memorizar logins de sites: I Firefox pode salvar com
tidade do site tem o ícone de triângulo de alerta amarelo. segurança senhas que você digita em formulários web para
Cadeado cinza com um traço vermelho facilitar seu acesso aos websites. Desmarque essa opção
Um cadeado cinza com um traço vermelho indica que para impedir o Firefox de memorizar suas senhas. No en-
a conexão entre o Firefox e o website é apenas parcial- tanto, mesmo com isso marcado, você ainda será questio-
mente criptografada e não previne contra espionagem ou nado se deseja salvar ou não as senhas para um site quan-
ataque man-in-the-middle. do você visitá-lo pela primeira vez. Se você selecionar Nun-
ca para este site, aquele site será adicionado à uma lista de
exceções. Para acessar essa lista ou para remover sites dela,
clique no botão Exceções….
Usar uma senha mestra: O Firefox pode proteger infor-
Esse ícone não aparecerá a menos que você manual- mações sensíveis, como senhas salvas e certificados, crip-
mente desativou o bloqueio de conteúdo misto. tografando eles usando uma senha mestra. Se você criar
Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível uma senha mestra, cada vez que você iniciar o Firefox, será
(informação bancária, dados de cartão de crédito, números solicitado que você digite a senha na primeira vez que for
de seguridade social, etc.) para sites onde o botão de iden- necessário acessar um certificado ou uma senha salva. Você
tidade do site tem o ícone de um cadeado cinza com uma pode definir, alterar, ou remover a senha mestra marcando
listra vermelha. ou desmarcando essa opção ou clicando no botão Modifi-
car senha mestra…. Se uma senha mestra já estiver defini-
Configurações de segurança e senhas da, você precisará digitá-la para alterar ou remover a senha
Este artigo explica as configurações disponíveis no pai- mestra.
nel Segurança da janela Opções do Firefox. Você pode gerenciar senhas salvas e excluir senhas in-
O painel Segurança contém Opções relacionadas à sua dividuais clicando no botão Logins salvos….
segurança ao navegar na internet.
Encontrar e instalar complementos para adicionar
funcionalidades ao Firefox
Complementos são como os aplicativos que você ins-
tala para adicionar sinos e assobios para o Firefox. Você
pode obter complementos para comparar preços, verificar
o tempo, mudar o visual do Firefox, ouvir música, ou mes-
mo atualizar o seu perfil no Facebook. Este artigo aborda
os diferentes tipos de complementos disponíveis e como
encontrar e instalá-los.
208
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
- Extensões
Extensões adicionam novas funcionalidades ao Firefox
ou modificam as já existentes. Existem extensões que per-
mitem bloquear anúncios, baixar vídeos de sites, integrar
o Firefox com sites, como o Facebook ou o Twitter, e até
mesmo adicionar recursos de outros navegadores.
- Aparência
Existem dois tipos de complementos de aparência:
temas completos, que mudam a aparência de botões e
menus, e temas de fundo, que decoram a barra de menu e
faixa de abas com uma imagem de fundo
O Firefox irá fazer o download do complemento e pode
- Plugins pedir que você confirme a sua instalação.
Plugins permitem adicionar suporte para todos os tipos Clique em Reiniciar agora se ele aparecer. Seus abas
de conteúdo da Internet. Estes geralmente incluem forma- serão salvas e restauradas após a reinicialização.
tos patenteados como o Flash, QuickTime e Silverlight que Algumas extensões colocam um botão na barra de fer-
são usados para vídeo, áudio, jogos on-line, apresentações ramentas após a instalação..
e muito mais. Plugins são criados e distribuídos por outras
empresas. Como desativar extensões e temas
Ao desativar um complemento ele deixará de funcio-
Para visualizar quais complementos estão instalados: nar sem ser removido:
Clique no botão escolha complementos. A aba com- Clique no botão de menu e selecione Complemen-
plementos irá abrir. tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
Selecione o painel Extensões, Aparência ou Plugins. No gerenciador de complementos, selecione o pai-
Como faço para encontrar e instalar complementos? nel Extensões ou Aparência.
Aqui está um resumo para você começar: Selecione o complemento que deseja desativar.
Clique no botão de menu e selecione Complemen- Clique no botão Desativar.
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos. Se surgir uma mensagem em pop-up, clique em Rei-
No gerenciador de complementos, selecione o painel niciar agora. As suas abas serão salvas e restauradas ao
Get Add-ons. reiniciar.
Para reativar um complemento, encontre-o na lista de
Para ver mais informações sobre um complemento ou complementos e clique em Ativar, será solicitado reiniciar
tema, clique nele. Você pode em seguida clicar no botão o Firefox.
verde Adicionar ao Firefox para instalá-lo.
Você também pode pesquisar por complementos es- Como desativar plugins
pecíficos usando a caixa de busca na parte superior. Po- Ao desativar um plugin ele irá deixar de funcionar sem
dendo então instalar qualquer complemento que encon- ser removido:
trar, com o botão Instalar. Clique no botão de menu e selecione Complemen-
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
No gerenciador de complementos, selecione o pai-
nel Plugins.
Selecione o plugin que deseja desativar.
Selecione Nunca Ativar no menu de seleção.
Para reativar um plugin, encontre-o na sua lista de plu-
gins e clique em Sempre ativo no menu de seleção.
209
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
210
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
211
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Para Iniciantes
Se você nunca utilizou um navegador ou ainda tem dú-
vidas básicas sobre essa categoria de programas, continue O botão direito abre o menu de contexto da aba, em
lendo este parágrafo. Do contrário, pule para o próximo e que é possível abrir uma nova, recarregar a atual, fechar
poupe seu tempo. Aqui falaremos um pouco mais sobre os a guia ou cancelar todas as outras. No teclado você pode
conceitos e ações mais básicas do programa. abrir uma nova aba com o comando Ctrl + T ou simples-
Com o Google Chrome, você acessa os sites da mesma mente apertando o F1.
forma que seus semelhantes – IE, Firefox, Opera. Ao exe-
cutar o programa, tudo o que você precisa fazer é digitar Fechei sem querer!
o endereço do local que quer visitar. Para acessar o portal
Baixaki, por exemplo, basta escrever baixaki.com.br (hoje é
Quem nunca fechou uma aba importante acidental-
possível dispensar o famoso “www”, inserido automatica-
mente em um momento de distração? Pensando nisso,
mente pelo programa.)
o Chrome conta com a função “Reabrir guia fechada” no
No entanto nem sempre sabemos exatamente o link
que queremos acessar. Para isso, digite o nome ou as pa- menu de contexto (botão direito do mouse). Basta selecio-
lavras-chave do que você procura na mesma lacuna. Desta ná-la para que a última página retorne ao navegador.
forma o Chrome acessa o site de buscas do Google e exibe
os resultados rapidamente. No exemplo utilizamos apenas
a palavra “Baixaki”.
212
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Configurações avançadas
Rede: configura um Proxy para a sua rede. (Indicado
para usuários avançados)
Privacidade: aqui há diversas funções de privacidade,
que podem ser marcadas ou desmarcadas de acordo com
suas preferências.
Downloads: esta é a opção mais importante da aba. Em
“Local de download” é possível escolher a pasta em que os
arquivos baixados serão salvos. Você também pode definir
que o navegador pergunte o local para cada novo down-
Básicas load.
Inicialização: aqui é possível definir a página inicial do
navegador. Basta selecionar a melhor opção para você e Downloads
configurar as páginas que deseja abrir. Todos os navegadores mais famosos da atualidade
Página inicial: caso esta tenha sido a sua escolha na aba contam com pequenos gerenciadores de download, o que
anterior, defina qual será a página inicial do Chrome. Tam- facilita a vida de quem baixa várias coisas ao mesmo tem-
bém é possível escolher se o atalho para a home (aquele po. Com o Google Chrome não é diferente. Ao clicar em
em formato de casinha) aparecerá na janela do navegador. um link de download, muitas vezes o programa pergunta-
Pesquisa padrão: como o próprio nome já deixa claro, rá se você deseja mesmo baixar o arquivo, como ilustrado
aqui você escolhe o site de pesquisas utilizado ao digitar abaixo:
na lacuna do programa. O botão “Gerenciar” mostra a lista
de mecanismos.
Navegador padrão: aqui você pode definir o aplicativo
como seu navegador padrão. Se você optar por isso, sem-
pre que algum software ou link for executado, o Chrome
será automaticamente utilizado pelo sistema.
Coisas pessoais
213
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
CORREIO ELETRÔNICO
Uma das funções mais úteis do Chrome é o pequeno Estrutura e Funcionalidade do e-mail
gerenciador de tarefas incluso no programa. Clique com o
botão direito no topo da página (como indicado na figura) Como no primeiro e-mail criado por Tomlinson, todos
e selecione a função “Gerenciador de tarefas”. os endereços eletrônicos seguem uma estrutura padrão,
nome do usuário + @ + host, onde:
» Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo
usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: sergiodecas-
tro.
» @ - é o símbolo, definido por Tomlinson, que separa
o nome do usuário do seu provedor.
» Host – é o nome do provedor onde foi criado o ende-
reço eletrônico. Exemplo: click21.com.br .
5 Fonte: http://juliobattisti.com.br/tutoriais/sergiocastro/correioeletronico-
ewebmail001.asp
214
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
» Provedor – é o host, um computador dedicado ao putador, podem acessar sua caixa postal de qualquer lugar
serviço 24 horas por dia. (um cyber, casa de um amigo, etc.). Para ter um endereço
eletrônico basta querer e acessar a Internet, é claro. Existe
Vejamos um exemplo real: sergiodecastro@click21. quase que uma guerra por usuários. Os provedores, tam-
com.br bém, disputam quem oferece maior espaço em suas caixas
postais. Há pouco tempo encontrar um e-mail com mais
A caixa postal é composta pelos seguintes itens: de 10 Mb, grátis, não era fácil. Lembro que, quando a Em-
» Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as men- bratel ofereceu o Click21 com 30 Mb, achei que era muito
sagens recebidas. espaço, mas logo o iBest ofereceu 120 Mb e não parou por
» Caixa de Saída – Armazena as mensagens ainda não ai, a “guerra” continuo culminando com o anúncio de que
enviadas. o Google iria oferecer 1 Gb (1024 Mb). A última campanha
» E-mails Enviados – Como o nome diz, ficam os e-mails do GMail, e-mail do Google, é de aumentar sua caixa postal
que foram enviados. constantemente, a última vez que acessei estava em 2663
» Rascunho – Guarda as mensagens que você ainda Mb.
não terminou de redigir.
» Lixeira – Armazena as mensagens excluídas. WebMail
Ao redigir mensagem, os seguintes campos estão pre- O WebMail, como descrito acima, é uma aplicação
sentes: acessada diretamente na Internet, sem a necessidade de
» Para – é o campo onde será inserido o endereço do usar programa de correio eletrônico. Praticamente todos
destinatário. os e-mails possuem aplicações para acesso direto na In-
» Cc – este campo é utilizado para mandar cópias da ternet. É grande o número de provedores que oferecem
mesma mensagem, ao usar este campo os endereços apa- correio eletrônico gratuitamente, logo abaixo segue uma
recerão para todos os destinatários. lista dos mais populares.
» Cco – sua funcionalidade é igual ao campo anterior, » Outlook (antigo Hotmail) – http://www.outlook.com
no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos » GMail – http://www.gmail.com
donos. » Bol (Brasil on line) – http://www.bol.com.br
» Assunto – campo destinado ao assunto da mensa- » iG Mail – http://www.ig.com.br
gem. » Yahoo – http://www.yahoo.com.br
» Anexos – são dados que são anexados à mensagem
(imagens, programas, música, arquivos de texto, etc.). Para criar seu e-mail basta visitar o endereço acima e
» Corpo da Mensagem – espaço onde será redigida a seguir as instruções do site. Outro importante fator a ser
mensagem. observado é o tamanho máximo permitido por anexo, este
foi outro fator que aumentou muito de tamanho, há pouco
Alguns nomes podem mudar de servidor para servidor, tempo a maioria dos provedores permitiam em torno de 2
porém representando as mesmas funções. Além dos destes Mb, mas atualmente a maioria já oferecem em média 25
campos tem ainda os botões para EVIAR, ENCAMINHAR e Mb. Além de caixa postal os provedores costumam ofere-
EXCLUIR as mensagens, este botões bem como suas fun- cer serviços de agenda e contatos.
cionalidades veremos em detalhes, mais à frente. Todos os WebMail acima são ótimos, então fica a crité-
Para receber seus e-mails você não precisa estar co- rio de cada um escolher o seu, ou até mesmo os seus, eu,
nectado à Internet, pois o e-mail funciona com provedores. por exemplo, procuro aqueles que oferecem uma interface
Mesmo você não estado com seu computador ligado, seus com o menor propaganda possível.
e-mail são recebidos e armazenados na sua caixa postal, » Criando seu e-mail
localizada no seu provedor. Quando você acessa sua caixa Fazer sua conta de e-mail é uma tarefa extremamente
postal, pode ler seus e-mail on-line (diretamente na Inter- simples, eu escolhi o Outlook.com, pois a interface deste
net, pelo WebMail) ou baixar todos para seu computador WebMail não tem propagandas e isso ajudar muito os en-
através de programas de correio eletrônico. Um programa tendimentos, no entanto você pode acessar qualquer dos
muito conhecido é o Outlook Express, o qual detalhar mais endereços informados acima ou ainda qualquer outro que
à frente. você conheça. O processo de cadastro é muito simples,
A sua caixa postal é identificada pelo seu endereço de basta preencher um formulário e depois você terá sua con-
e-mail e qualquer pessoa que souber esse endereço, pode ta de e-mail pronta para ser usada. Vamos aos passos:
enviar mensagens para você. Também é possível enviar 1. Acesse a página do provedor (www.ibestmail.com.
mensagens para várias pessoas ao mesmo tempo, para isto br) ou qualquer outro de sua preferência.
basta usar os campos “Cc” e “Cco” descritos acima. 2. Clique no link “Não tem uma conta? Crie uma!”, será
Atualmente, devido à grande facilidade de uso, a maio- aberto um formulário, preencha-o observando todos os
ria das pessoas acessa seu e-mail diretamente na Internet campos. Os campos do formulário têm suas particularida-
através do navegador. Este tipo de correio é chamado de des de provedor para provedor, no entanto todos trazem
WebMail. O WebMail é responsável pela grande populari- a mesma ideia, colher informações do usuário. Este será a
zação do e-mail, pois mesmo as pessoas que não tem com- primeira parte do seu e-mail e é igual a este em qualquer
215
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
cadastro, no exemplo temos “@outlook.com”. A junção do mensagens o comando desejado e clique no botão “OK”. O
nome de usuário com o nome do provedor é que será seu botão “Bloquear”, bloqueia o endereço de e-mail da men-
endereço eletrônico. No exemplo ficaria o seguinte: seuno- sagem, útil para bloquear e-mails indesejados. Já o botão
me@outlook.com. “Contas externas” abre uma seção para configurar outras
3. Após preencher todo o formulário clique no botão contas de e-mails que enviarão as mensagens a sua caixa
“Criar conta”, pronto seu cadastro estará efetivado. postal. Para o correto funcionamento desta opção é preci-
Pelo fato de ser gratuito e ter muitos usuários é co- so que a conta a ser acessada tenha serviço POP3 e SMTP.
mum que muitos nomes já tenham sido cadastrados por 11. Lista de Páginas – Este menu suspenso exibe a lista
outros usuários, neste caso será exibida uma mensagem de página, que aumenta conforme a quantidade de e-mails
lhe informando do problema. Isso acontece porque den- na seção. Para acessar selecione a página desejada e clique
tro de um mesmo provedor não pode ter dois nomes de no botão “OK”. Veja que todos os comandos estão dispo-
usuários iguais. A solução é procurar outro nome que ainda níveis também na parte inferior, isto para facilitar o uso de
esteja livre, alguns provedores mostram sugestões como: sua caixa postal.
seunome2005; seunome28, etc. Se ocorrer isso com você 12. Pastas do Sistema – Exibe as pastas padrões de um
(o que é bem provável que acontecerá) escolha uma das correio eletrônico. Caixa de Entrada; Mensagens Enviadas;
sugestões ou informe outro nome (não desista, você vai Rascunho e Lixeira. Um detalhe importante é o estilo do
conseguir), finalize seu cadastro que seu e-mail vai está nome, quando está normal significa que todas as mensa-
pronto para ser usado. gens foram abertas, porém quando estão em negrito, acu-
sam que há uma ou mais mensagens que não foram lidas,
» Entendendo a Interface do WebMail o número entre parêntese indica a quantidade. Este detalhe
A interface é a parte gráfica do aplicativo de e-mail que funciona para todas as pastas e mensagens do correio.
nos liga do mundo externo aos comandos do programa. 13. Painel de Visualização – Espaço destinado a exibir
Estes conhecimentos vão lhe servir para qualquer WebMail as mensagens. Por padrão, ao abrir sua caixa postal, é exi-
que você tiver e também para o Outlook, que é um progra- bido o conteúdo da Caixa de Entrada, mas este painel exibe
ma de gerenciamento de e-mails, vamos ver este programa também as mensagens das diversas pastas existentes na
mais adiante. sua caixa postal. A observação feita no item anterior, sobre
1. Chegou e-mail? – Este botão serve para atualizar sua negrito, também é válida para esta seção. Observe as caixas
caixa de entrar, verificando se há novas mensagens no ser- de seleção localizadas do lado esquerdo de cada mensa-
vidor. gem, é através delas que as mensagens são selecionadas. A
2. Escrever – Ao clicar neste botão a janela de edição seleção de todos os itens ao mesmo tempo, também pode
de e-mail será aberta. A janela de edição é o espaço no ser feito pela caixa de seleção do lado esquerdo do título
qual você vai redigir, responder e encaminhar mensagens. da coluna “Remetente”. O título das colunas, além de no-
Semelhante à função novo e-mail do Outlook. meá-las, também serve para classificar as mensagens que
3. Contatos – Abre a seção de contatos. Aqui os seus por padrão estão classificadas através da coluna “Data”,
endereços de e-mail são previamente guardados para uti- para usar outra coluna na classificação basta clicar sobre
lização futura, nesta seção também é possível criar grupos nome dela.
para facilitar o gerenciamento dos seus contatos. 14. Gerenciador de Pastas – Nesta seção é possível adi-
4. Configurações – Este botão abre (como o próprio cionar, renomear e apagar as suas pastas. As pastas são
nome já diz) a janela de configurações. Nesta janela podem um modo de organizar seu conteúdo, armazenando suas
ser feitas diversas configurações, tais como: mudar senha, mensagens por temas. Quando seu e-mail é criado não
definir número de e-mail por página, assinatura, resposta existem pastas nesta seção, isso deve ser feito pelo usuário
automática, etc. de acordo com suas necessidades.
5. Ajuda – Abre, em outra janela do navegador, uma 15. Contas Externas – Este item é um link que abrirá a
seção com vários tópicos de ajuda. seção onde pode ser feita uma configuração que permitirá
6. Sair – Este botão é muito importante, pois é através você acessar outras caixas postais diretamente da sua. O
dele que você vai fechar sua caixa postal, muito recomen- próximo link, como o nome já diz, abre a janela de confi-
dado quando o uso de seu e-mail ocorrer em computado- guração dos e-mails bloqueados e mais abaixo o link para
res de terceiros. baixar um plug-in que lhe permite fazer uma configuração
7. Espaço – Esta seção é apenas informativa, exibe seu automática do Outlook Express. Estes dois primeiros links
endereço de e-mail; quantidade total de sua caixa posta; são os mesmos apresentados no item 10.
parte utilizada em porcentagem e um pequeno gráfico.
8. Seção atual – Mostra o nome da seção na qual você
está, no exemplo a Caixa de Entrada.
9. Número de Mensagens – Exibe o intervalo de men-
sagens que estão na tela e também o total da seção sele-
cionada.
10. Caixa de Comandos – Neste menu suspenso estão
todos os comandos relacionados com as mensagens exi-
bidas. Para usar estes comandos, selecione uma ou mais
216
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
217
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Pesquisar email
Da Caixa de Entrada, ou de qualquer outra pasta de
Obs.: Microsoft Exchange Server é uma aplicação ser- email, localize a caixa Pesquisar na parte superior de suas
vidora de e-mails de propriedade da Microsoft Corp e que mensagens.
pode ser instalado somente em plataformas da família Para encontrar uma palavra que você sabe que está
Windows Server. em uma mensagem ou uma mensagem de uma pessoa em
particular, digite a palavra ou o nome da pessoa na cai-
xa Pesquisar. Mensagens que contenham a palavra ou o
nome que você especificou serão exibidas com o texto de
pesquisa destacado nos resultados.
218
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Se você quiser localizar uma mensagem em uma pasta ou uma pessoa que faça parte de seu catálogo de endereços,
pode clicar na setinha que está ao lado da pasta e alguns itens específicos aparecem, como você pode ver na imagem
abaixo:
Basta indicar o que você quer localizar e uma nova janela se abre e você preenche com os dados que interessam para
sua busca.
Obs.: Se você passar o mouse sobre cada um dos botões da barra de ferramentas, poderá ver uma caixa de diálogo que
descreve a função do botão, conforme imagem abaixo:
220
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Vamos à configuração:
No menu Ferramentas, clique em Contas.
Irá se abrir uma nova janela chamada Contas na Internet, clique em Adicionar.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Salvar anexos
Para salvar um anexo de arquivo de seu e-mail, faça o
seguinte:
Clique na mensagem que tem o arquivo que você quer
salvar.
No menu Arquivo, clique em Salvar anexos.
ou então:
Na parte superior da janela da mensagem, clique duas
vezes no ícone de anexo de arquivo no cabeçalho da men-
sagem.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
224
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
3. Itens Enviados: nesta pasta ficam guardados os Você também pode fazer o seguinte:
e-mails que você já mandou. Abra o Outlook.
4. Itens Excluídos: aqui ficam as mensagens que você Clique com o botão direito do mouse em “Caixa de
já excluiu de outra(s) pasta(s), mas continuam em seu entrada”
Outlook. Aparecerá uma janela com alguns itens. Clique em
5. Rascunhos: as mensagens que você está escrevendo “Nova Pasta”.
podem ficar guardadas aqui enquanto você não as acaba Irá se abrir uma nova janela, assim
de compor definitivamente. Veja como salvar uma mensa-
gem na pasta Rascunhos.
225
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
226
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
3 - Para exportar todos os seus contatos, abra o seu Backups utilizando o Windows
catálogo de endereços do seu Outlook, então clique em
Arquivo -> Exportar -> Catálogo de endereços (WAB). Com Fazer backups de sua informação não tem que ser um
esse procedimento todos os seus contatos serão armaze- trabalho complicado. Você pode simplesmente recorrer ao
nados num arquivo de extensão (WAB) com o nome que método Copiar e Colar, ou seja, aproveitar as ferramentas
você quiser e na pasta que você quiser. dependendo da versão do Sistema Operacional (Windows,
4 - Para as assinaturas é simples, basta copiar o con- Linux, etc.) que você utiliza.
teúdo de cada assinatura que você utiliza em arquivos de
texto (TXT) separados. Depois você poderá utilizar as suas Cópias Manuais
assinaturas a partir dos arquivos que criou.
5 - Para as regras (ou filtros), você deverá ir em Ferra- Você pode fazer backups da sua informação com estes
mentas -> Assistente de Regras -> Clicar em OPÇÕES -> passos simples:
Clicar em Exportar Regras. Será salvo um arquivo com a 1. Clique com o botão direito sobre o arquivo ou pasta
extensão RWZ. Fazer todos esses procedimentos é mais de que seja fazer backup e depois clique na opção “Copiar”
trabalhoso, porém muito mais seguro. no menu exibido. 2. Agora marque a unidade de backup,
Outra solução, é utilizar programas específicos para clique com o botão direito sobre ela e escolha “Colar” no
backup do Outlook. menu exibido. Você pode marcar a unidade de backup ao
localizá-la no ícone “Meu Computador”, ou seja, como uma
MEIOS DISPONÍVEIS PARA BACKUPS EM ARMA- das unidades do Windows Explorer.
ZENAMENTO EXTERNO Isso é tudo. Não se esqueça de verificar o backup para
se certificar que ele coube na unidade de backup e o man-
Entende-se por armazenamento externo qualquer me- tenha protegido.
canismo que não se encontre dentro do seu PC. Existem
várias opções, e apresentamos uma tabela com os mais co- Utilizando a ferramenta inclusa no Windows XP
muns, vantagens e desvantagens: Professional.
CD-RW Se você trabalha com o Windows XP Professional, você
dispõe de uma ferramenta muito útil que se encarrega de
fazer os backups que você marcar. Siga estes passos para
É um CD em que pode guardar/gravar suas informa-
utilizá-la:
ções. Arquivos realmente preciosos que precisam ser guar-
1. Clique em “Iniciar” e depois em “Todos os Progra-
dados com 100% de certeza de que não sofrerão danos
mas”. 2. Dentro de “Acessórios”, aponte para “Ferramentas
com o passar do tempo devem ser becapeados em CDs. A
de Sistema”. 3. Escolha a opção “Backup”.
maioria dos computadores atuais inclui uma unidade para
Se for a primeira vez que você utiliza essa ferramenta,
gravar em CD-RW. O CD-ROM é a forma mais segura de
aparecerá o “Assistente de backup ou restauração”. Clique
fazer grandes backups. Cada CD armazena até 700 Mb e, em Avançar e siga as instruções na tela. Se você deseja um
por ser uma mídia ótica, onde os dados são gravados de guia passo a passo de como usar essa ferramenta, pode
maneira física, é muito mais confiável que mídias magnéti- obtê-lo em Backup do Windows XP Facilitado (em inglês).
cas sujeitas a interferências elétricas. Sugestão: Se você não sabe qual versão de sistema
operacional utiliza, dê um clique com o botão direito so-
DVD-RW bre o ícone “Meu Computador” e escolha “Propriedades”.
Dentro da guia “Sistema” você encontrará a versão do seu
A capacidade de armazenamento é muito maior, nor- sistema operacional.
malmente entre 4 e 5 gibabytes.
Para utilizar a ferramenta de backups no Windows
Pen Drive XP Home Edition
São dispositivos bastante pequenos que se conectam a Se seu PC tem o Windows XP Home Edition, você pre-
uma porta USB do seu equipamento. cisa adicionar a ferramenta de backups que vem no seu CD
São muito portáteis, frequentemente são do tipo “cha- original seguindo estes passos:
veiro”, ideais para backups rápidos e para mover arquivos 1. Insira o CD do Windows XP (ou o que veio com seu
entre máquinas. equipamento se ele foi pré-carregado) na unidade de CD.
Você deve escolher um modelo que não seja muito frá- Se a tela de apresentação não aparecer, dê um clique duplo
gil. sobre o ícone da unidade de CD dentro de “Meu Compu-
tador”.
HD Externo 2. Na tela de apresentação, escolha a opção “Executar
tarefas adicionais”.
O HD externo funciona como um periférico, como se 3. Clique em “Explorar este CD”.
fosse um Pen Drive, só que com uma capacidade infinita- 4. O Windows Explorer se abrirá. Localize a pasta
mente maior. “ValueAdd” e dê um clique duplo sobre ela, depois em Msft
e depois em NtBackup.
227
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
228
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
O front end inclui o computador do cliente (ou rede O terminal poderia incluir teclado, mouse e poder de proces-
de computadores) e a aplicação necessária para acessar o samento suficiente apenas para conectar seu computador à
sistema de computação em nuvem. Nem todos os sistemas nuvem. Você também não precisaria de um disco rígido gran-
de computação em nuvem tem a mesma interface para o de, porque você armazenaria toda a sua informaçãp em um
usuário. Serviços baseados na Web, como programas de computador remoto. Esse tipo de terminal é conhecido como
e-mail, aproveitam navegadores de internet já existentes, “terminal burro”, “thin client” e “zero client”.
como o Internet Explorer e o Firefox. Outros sistemas têm Empresas que dependem de computadores têm que ter
aplicações próprias que fornecem acesso à rede aos clientes. certeza de estar com software certo no lugar para atingir seus
No back end do sistema estão vários computadores, servi- objetivos. Sistemas de computação em nuvem dão a essas
dores e sistemas de armazenamento de dados que criam a empresas acesso às aplicações para toda a corporação. As
“nuvem” de serviços de computação. Na teoria, um sistema companhias não têm de comprar um conjunto de softwares
de computação em nuvem inclui praticamente qualquer ou licenças de software para cada empregado. Em vez disso,
programa de computador que você possa imaginar, do a companhia pagaria uma taxa a uma empresa de computa-
processamento de dados aos videogames. Cada aplicação ção em nuvem.
tem seu próprio servidor dedicado. Servidores e dispositivos de armazenamento digital ocu-
Um servidor central administra o sistema, monitoran- pam espaço. Algumas empresas alugam espaço físico para
do o tráfego e as demandas do cliente para assegurar que armazenar servidores e bases de dados porque elas não têm
tudo funcione tranquilamente. Ele segue um conjunto de espaço disponível no local. A computação em nuvem dá a
regras chamadas protocolos e usa um tipo especial de essas empresas a opção de armazenar dados no hardware de
software chamado middleware. O middleware permite que terceiros, removendo a necessidade de espaço físico no back
computadores em rede se comuniquem uns com os outros. end.
Se uma empresa de computação em nuvem tem mui- Empresas podem economizar dinheiro com suporte téc-
tos clientes, é provável que haja uma alta demanda por nico. O hardware otimizado poderia, em teoria, ter menos
muito espaço de armazenamento. Algumas companhias problemas que uma rede de máquinas e sistemas operacio-
requerem centenas de dispositivos de armazenamento nais heterogêneos.
digitais. Sistemas de computação em nuvem precisam de Se o back end do sistema de computação em nuvem for
um sistema de computação em grade, então o cliente pode-
pelo menos o dobro do número de dispositivos de arma-
ria tirar vantagem do poder de processamento de uma rede
zenamento exigidos para manter todas as informações dos
inteira. Frequentemente, os cientistas e pesquisadores traba-
clientes armazenadas. Isso porque esses dispositivos, assim
lham com cálculos tão complexos que levaria anos para que
como todos os computadores, ocasionalmente saem do
um computador individual os completasse. Em um sistema
ar. Um sistema de computação em nuvem deve fazer uma
em grade, o cliente poderia enviar o cálculo para a nuvem
cópia de toda a informação dos clientes e a armazenar em
processar. O sistema de nuvem tiraria vantagem do poder de
outros dispositivos. As cópias habilitam o servidor central
processamento de todos os computadores do back end
a acessar máquinas de backup para reter os dados que, de
que estivessem disponíveis, aumentando significativamen-
outra forma, poderiam ficar inacessáveis. Fazer cópias de
te a velocidade dos cálculos.
dados como um backup é chamado redundância.
Preocupações com a computação em nuvem
Aplicações da computação em nuvem
Talvez as maiores preocupações sobre a computação
em nuvem sejam segurança e privacidade. A idéia de en-
As aplicações da computação em nuvem são praticamen-
tregar dados importantes para outra empresa preocupa
te ilimitadas. Com o middleware certo, um sistema de compu-
algumas pessoas. Executivos corporativos podem hesitar
tação em nuvem poderia executar todos os programas que
em tirar vantagem do sistema de computação em nuvem
um computador normal rodaria. Potencialmente, tudo - do
software genérico de processamento de textos aos programas porque eles não podem manter a informação de sua com-
de computador personalizados para um empresa específica - panhia guardadas a sete chaves.
funcionaria em um sistema de computação em nuvem. O contra-argumento a essa posição é que as empresas
Por que alguém iria querer recorrer a outro sistema de que oferecem serviços de computação em nuvem vivem de
computador para rodar programas e armazenar dados? Aqui suas reputações. É benéfico para essas empresas ter medi-
estão algumas razões: das de segurança confiáveis funcionando. Do contrário, ela
Clientes poderiam acessar suas aplicações e dados de perderia todos os seus clientes. Portanto, é de seu interesse
qualquer lugar e a qualquer hora. Eles poderiam acessar o sis- empregar as técnicas mais avançadas para proteger os da-
tema usando qualquer computador conectado à internet. Os dos de seus clientes.
dados não estariam confinados em um disco rígido no com- Privacidade é um outro assunto. Se um cliente pode lo-
putador do usuário ou mesmo na rede interna da empresa. gar-se de qualquer local para acessar aplicações, é possível
Ela reduziria os custos com hardware. Sistemas de com- que a privacidade do cliente esteja comprometida. Empre-
putação em nuvem reduziriam a necessidade de hardware sas de computação em nuvem vão precisar encontrar for-
avançado do lado do cliente. Você não precisaria comprar o mas de proteger a privacidade do cliente. Uma delas seria
computador mais rápido com a maior memória, porque o sis- usar técnicas de autenticação, como usuário e senha. Outra
tema de nuvem cuidaria dessas necessidades. Em vez disso, forma é empregar um formato de autorização (níveis de
você poderia comprar um terminal de computador baratinho. permissionamento) - cada usuário acessa apenas os dados
e as aplicações que são relevantes para o seu trabalho.
229
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Algumas questões a cerca da computação em nuvem Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma
são mais filosóficas. O usuário ou a empresa que contrata bem clara a organização por meio de PASTAS, que nada
o serviços de computação em nuvem é dono dos dados? O mais são do que compartimentos que ajudam a organizar
sistema de computação em nuvem, que fornece o espaço os arquivos em endereços específicos, como se fosse um
de armazenamento, é o dono? É possível para uma empre- sistema de armário e gavetas.
sa de computação em nuvem negar a um cliente o acesso Resposta: Letra B
a esses dados? Várias companhias, empresas de advocacia
e universidades estão debatendo essas e outras questões 3- Um item selecionado do Windows XP pode ser ex-
sobre a natureza da computação em nuvem. cluído permanentemente, sem colocá-Lo na Lixeira, pres-
Como a computação em nuvem vai afetar outras in- sionando-se simultaneamente as teclas
dústrias? Há uma preocupação crescente na indústria de (A) Ctrl + Delete.
TI sobre como a computação em nuvem poderia afetar os (B) Shift + End.
negócios de manutenção e reparo de computadores. Se as (C) Shift + Delete.
empresas trocarem para sistemas de computadores sim- (D) Ctrl + End.
plificados, elas terão poucas necessidades de TI. Alguns (E) Ctrl + X.
experts da indústria acreditam que a necessidade por em-
pregos de TI vá migrar de volta para o back end do sistema Comentário: Quando desejamos excluir permanente-
de computação em nuvem. mente um arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes
para a lixeira, basta pressionarmos a tecla Shift em conjun-
to com a tecla Delete. O Windows exibirá uma mensagem
QUESTÕES GERAIS do tipo “Você tem certeza que deseja excluir permanente-
mente este arquivo?” ao invés de “Você tem certeza que
1- Com relação ao sistema operacional Windows, assi- deseja enviar este arquivo para a lixeira?”.
nale a opção correta. Resposta: C
(A) A desinstalação de um aplicativo no Windows deve
ser feita a partir de opção equivalente do Painel de Con-
trole, de modo a garantir a correta remoção dos arquivos 4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de
relacionados ao aplicativo, sem prejuízo ao sistema opera- arquivos, sem que haja perda de informação?
cional. (A) Compactação
(B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT e (B) Deleção
DELETE constitui ferramenta poderosa de acesso direto aos (C) Criptografia
diretórios de programas instalados na máquina em uso. (D) Minimização
(C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários de (E) Encolhimento adaptativo
um computador, pois bastam o nome do usuário e a senha
da máquina para se ter acesso às contas dos demais usuá- Comentários: A compactação de arquivos é uma téc-
rios possivelmente cadastrados nessa máquina. nica amplamente utilizada. Alguns arquivos compactados
(D) O Windows oferece um conjunto de acessórios podem conter extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e alguns exem-
disponíveis por meio da instalação do pacote Office, entre plos de programas compactadores são o WinZip, WinRar,
eles, calculadora, bloco de notas, WordPad e Paint. SolusZip, etc.
(E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do bo- Resposta: A
tão Iniciar do Windows, oferece a opção de se encerrar o
Windows, dar saída no usuário correntemente em uso na
máquina e, em seguida, desligar o computador. 5- A figura a seguir foi extraída do MS-Excel:
230
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
231
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
232
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
11- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção cor- (C) somente podem ser copiadas para o editor de tex-
reta. tos dentro de um limite máximo de dez linhas e cinco co-
(A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar pas- lunas.
tas e arquivos e por seu intermédio não é possível acessar o (D) só podem ser copiadas para o editor de texto uma
Painel de Controle, o qual só pode ser acessado pelo botão a uma.
Iniciar do Windows. (E) quando integralmente selecionadas, copiadas e “co-
(B) Para se obter a listagem completa dos arquivos sal- ladas” no editor de textos, serão exibidas na forma de tabela.
vos em um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e data de
modificação, deve-se selecionar Detalhes nas opções de Comentários: Sempre que se copia células de uma plani-
Modos de Exibição. lha eletrônica e cola-se no Word, estas se apresentam como
(C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de Rede uma tabela simples, onde as fórmulas são esquecidas e só os
oferece um histórico de páginas visitadas na Internet para números são colados.
acesso direto a elas. Resposta: E
(D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows e
a opção Renomear for acionada no Windows Explorer com
o botão direito do mouse,será salva uma nova versão do 13- O envio do arquivo que contém o texto, por meio do
arquivo e a anterior continuará aberta com o nome antigo. correio eletrônico, deve considerar as operações de
(E) Para se encontrar arquivos armazenados na estrutu- (A) anexação de arquivos e de inserção dos endereços
ra de diretórios do Windows, deve-se utilizar o sítio de bus- eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”.
ca Google, pois é ele que dá acesso a todos os diretórios de (B) de desanexação de arquivos e de inserção dos ende-
máquinas ligadas à Internet. reços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”.
(C) de anexação de arquivos e de inserção dos endere-
ços eletrônicos dos destinatários no campo “Cc”.
Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arqui-
(D) de desanexação de arquivos e de inserção dos ende-
vos são mostrados de várias formas como Listas, Miniatu-
reços eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”.
ras e Detalhes.
(E) de anexação de arquivos e de inserção dos endere-
Resposta: B
ços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”.
Atenção: Para responder às questões de números Comentários: Claro que, para se enviar arquivos pelo
12 e 13, considere integralmente o texto abaixo: correio eletrônico deve-se recorrer ao uso de anexação, ou
Todos os textos produzidos no editor de textos padrão seja, anexar o arquivo à mensagem. Quando colocamos os
deverão ser publicados em rede interna de uso exclusivo do endereços dos destinatários no campo Cco, ou seja, no cam-
órgão, com tecnologia semelhante à usada na rede mundial po “com cópia oculta”, um destinatário não ficará sabendo
de computadores. quem mais recebeu aquela mensagem, o que atende a se-
Antes da impressão e/ou da publicação os textos deve- gurança solicitada no enunciado.
rão ser verificados para que não contenham erros. Alguns Resposta: A
artigos digitados deverão conter a imagem dos resultados 14. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário
obtidos em planilhas eletrônicas, ou seja, linhas, colunas, va- Novo - CESGRANRIO/2012) Usado para o manuseio de
lores e totais. arquivos em lotes, também denominados scripts, o shell
Todo trabalho produzido deverá ser salvo e cuidados de- de comando é um programa que fornece comunicação
vem ser tomados para a recuperação em caso de perda e entre o usuário e o sistema operacional de forma direta
também para evitar o acesso por pessoas não autorizadas às e independente. Nos sistemas operacionais Windows XP,
informações guardadas. esse programa pode ser acessado por meio de um co-
Os funcionários serão estimulados a realizar pesquisas mando da pasta Acessórios denominado
na internet visando o atendimento do nível de qualidade da (A) Prompt de Comando
informação prestada à sociedade, pelo órgão. (B) Comandos de Sistema
O ambiente operacional de computação disponível para (C) Agendador de Tarefas
realizar estas operações envolve o uso do MS-Windows, do (D) Acesso Independente
MS-Office, das ferramentas Internet Explorer e de correio (E) Acesso Direto
eletrônico, em português e em suas versões padrões mais
utilizadas atualmente. Resposta: “A”
Observação: Entenda-se por mídia removível disquetes,
CD’s e DVD’s graváveis, Pen Drives (mídia removível acopla- Comentários
da em portas do tipo USB) e outras funcionalmente seme- Prompt de Comando é um recurso do Windows que ofe-
lhantes. rece um ponto de entrada para a digitação de comandos do
MSDOS (Microsoft Disk Operating System) e outros comandos
12- As células que contêm cálculos feitos na planilha do computador. O mais importante é o fato de que, ao digitar
eletrônica, comandos, você pode executar tarefas no computador sem
(A) quando “coladas” no editor de textos, apresentarão usar a interface gráfica do Windows. O Prompt de Comando
resultados diferentes do original. é normalmente usado apenas por usuários avançados.
(B) não podem ser “coladas” no editor de textos.
233
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
15. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário 18- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011)
Novo - CESGRANRIO/2012) Seja o texto a seguir di-
gitado no aplicativo Word. Aplicativos para edição de
textos. Aplicando-se a esse texto o efeito de fonte Ta-
chado, o resultado obtido será
Resposta: “C”
Comentários:
Temos 3 itens com a formatação taxado aplicada: c, d,
e. Entretanto, temos que observar que na questão os itens a) 3, 0 e 7.
d, e, além de receberem taxado, também ficaram em caixa b) 5, 0 e 7.
alta. O único que recebe apenas o taxada, sem alterar outras c) 5, 1 e 2.
formatações foi o item c. d) 7, 5 e 2.
e) 8, 3 e 4.
16. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário
Novo - CESGRANRIO/2012) O envio e o recebimento Resposta: “C”
de um arquivo de textos ou de imagens na internet, en-
tre um servidor e um cliente, constituem, em relação ao Comentário:
cliente, respectivamente, um Expressão =MÉDIA(A1:A3)
(A) download e um upload São somadas as celular A1, A2 e A3, sendo uma média é
(B) downgrade e um upgrade dividido por 3 (pois tem 3 células): (8+3+4)/3 = 5
(C) downfile e um upfile Expressão =MENOR(B1:B3;2)
(D) upgrade e um downgrade Da célula B1 até a B3, deve mostrar o 2º menor número,
(E) upload e um download que seria o número 1. Para facilitar coloque esses números
em ordem crescente.
Resposta: “E”. Expressão =MAIOR(C1:C3;3)
Da célula C1 até a C3, deve mostrar o 3º maior número,
Comentários: que seria o número 2. Para facilitar coloque esses números
Up – Cima / Down – baixo / Load – Carregar; em ordem decrescente.
Upload – Carregar para cima (enviar).
Download – Carregar para baixo (receber ou “baixar”) 19- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 – II)
234
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Comentário: a) Geral.
Passo 1 b) Inserir.
A célula A1 contém a fórmula =B$1+C1 c) Animações.
d) Apresentação de slides.
e) Revisão.
Resposta: “E”
Comentário:
Resposta: “C”
Comentários:
a) protocolo. protocolo HTTP
b) xxx. o nome do domínio
c) zzz. o tipo de domínio
d) yyy. subdomínios
Click na imagem para melhor visualizar e) br. indicação do país ao qual pertence o domínio
235
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
23. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Nesta questão, foram colocadas várias funções, destrin-
Uma planilha do Microsoft Excel, na sua configuração chadas no exemplo acima (arredondamento, mínimo e so-
padrão, possui os seguintes valores nas células: B1=4, matório) em uma única questão. A função ARRED é para
B2=1 e B3=3. A fórmula =ARRED(MÍNIMO(SOMA arredondamento e pertence a mesma família de INT(parte
(B1:B3)/3;2,7);2) inserida na célula B5 apresentará o se- inteira) e TRUNCAR (parte do valor sem arredondamento).
guinte resultado: A resposta está no item 2 que indica a quantidade de casas
(A) 2 decimais. Sendo duas casas decimais, não poderia ser letra
(B) 1,66 A, C ou D. A função SOMA efetua a soma das três células
(C) 2,667 (B1:B3->B1 até B3). A função MÍNIMO descobre o menor
(D) 2,7 entre os dois valores informados (2,66666 - dízima periódi-
(E) 2,67 ca - e 2,7). A função ARRED arredonda o número com duas
casas decimais.
Resposta: E
Comentário:
236
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Considere a figura que mostra o Windows Explorer 25. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Ao
do Microsoft Windows XP, em sua configuração origi-
nal, e responda às questões de números 24 e 25. se clicar em , localizado abaixo do menu Favori-
Resposta: C
Comentário:
Resposta: E
Comentário:
No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das
pastas em seu computador e todos os arquivos e pastas loca-
lizados em cada pasta selecionada. Ele é especialmente útil
para copiar e mover arquivos.
Ele é composto de uma janela dividida em dois painéis:
O painel da esquerda é uma árvore de pastas hierarquiza-
da que mostra todas as unidades de disco, a Lixeira, a área
Este botão, contido na barra de ferramentas, exibe/
de trabalho ou Desktop (também tratada como uma pasta);
oculta o painel PASTAS.
O painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à
esquerda e funciona de maneira idêntica às janelas do Meu
Computador (no Meu Computador, como padrão ele traz a
janela sem divisão, as é possível dividi-la também clicando
no ícone Pastas na Barra de Ferramentas)
237
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
ANOTAÇÕES
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238
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
1
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
2
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
A produtividade se refere ao alcance das melhores prá- eles relacionamentos lucrativos e duradouros. E para cons-
ticas na execução dos serviços para maximizar recursos, re- truir esses relacionamentos duradouros é necessário criar
duzir despesas e otimizar o tempo das equipes. valor e satisfazer o cliente de forma superior.
A qualidade é a garantia de entrega nas condições Clientes satisfeitos tem maior probabilidade de se torna-
acordadas e, de preferência, excedendo às expectativas, rem clientes fiéis. E clientes fiéis tem maior probabilidade de
para alcançar a satisfação dos clientes. dar às instituições uma participação maior em sua preferência.
3
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
- Compras simuladas: É uma técnica de pesquisa de Sabemos, portanto que, atualmente os clientes fazem
compreensão da satisfação dos clientes. É a simulação de sua escolha com base em suas percepções de qualidade,
uma compra, ou, contratação de um serviço, solicitada pela serviço e valor.
própria empresa. E serve para testar a qualidade de atendi- Essa percepção se dá desde o primeiro contato dele
mento de seus funcionários. com a empresa e o atendimento.
- Análise de clientes perdidos: Consiste em analisar os E então ocorre o que chamamos de:
reais motivos que fizeram os clientes perdidos deixarem de
fazer uso de seus produtos ou serviços. MOMENTO DA VERDADE (MVs)
Encantado
• Valor Desencantado
Valor para o cliente é a diferença entre o valor total Apático
para o cliente e o custo total para o cliente.
O valor total é o conjunto de benefícios que os clientes Características de MVs
esperam de um determinado produto ou serviço. O custo • MVs não são apenas os primeiros contatos
total é o conjunto de custos em que os consumidores es- • MVs acontecem por meio de múltiplos canais
peram incorrer para avaliar, obter, utilizar e descartar um
produto ou serviço. Ter MVs com os clientes não é exclusividade de nin-
Ou seja, valor total é tudo o que o produto ou servi- guém na empresa, portanto, deve ser meta de toda a or-
ço representa. Os benefícios e qualidades agregam valor ganização:
ao produto ou serviço. E é isso o que os clientes esperam.
Cliente quer valor. Os mandamentos do Encantamento do Cliente são
Custo total é o preço que o cliente desembolsa para classificados em três níveis:
garantir o produto ou serviço. É a quantia em espécie paga.
O valor para o cliente é a diferença entre esses dois. É 1º - não desencantar
quando o cliente tem a percepção que o valor do produto 2º - satisfazer
ou serviço é maior do que o preço. 3º - surpreender
Exemplo: Um cliente que compra um carro. Se ele
chegar a conclusão que o custo do carro compensou e foi O principal objetivo da organização deve ser tirar do
menor do que todos os benefícios garantidos, como: se- cliente a expressão:
gurança, conforto e beleza; pronto! O valor do carro para
ele foi maior. E, portanto, esse cliente saiu satisfeito, e a Os mandamentos do Encantamento do Cliente são
probabilidade de construir um relacionamento duradouro classificados em três níveis:
será muito maior.
1º - Não desencante: Não adianta se fazer um fantásti-
• Retenção co atendimento, se a empresa insiste em cometer erros pri-
Atrair um cliente não é uma tarefa fácil. E reter, se torna mários. Um bom atendimento, nesse caso, funciona como
ainda mais difícil. uma tentativa de “tapar-se o sol com a peneira”.
Hoje muitas empresas se preocupam em apenas atrair
os clientes. E para isso, traçam várias estratégias para cha- 2º Satisfaça: Primeiro satisfaça o Cliente nas necessida-
mar atenção do público. Porém, esquecem-se da impor- des básicas, no trivial.
tância de retê-los. No que foi prometido...
Atrair significa chamar a atenção, seduzir, aproximar. E
isso tem que ser feito através de um diferencial. Algo que 3º Extrapole, encante: ...só depois extrapole, encante.
sobressaia. Faça o que ninguém faz, ou da maneira que outros não
Reter significa manter. Ou seja, mantê-los fiéis. É fazer fazem, ainda.
com que, para esses clientes, a empresa, seus produtos e
serviços virem referenciais de qualidade.
Portanto, atraí-los, significa promover isso à eles. Re- 3 - VALOR PERCEBIDO PELO CLIENTE.
tê-los, é além de atender essas expectativas, superá-las. E
isso, não se faz, apenas através de produtos de qualidade
e bons preços. Reter clientes e fideliza-los é um trabalho Como diferenciar-se no mercado?
de relacionamento, que é feito através do atendimento. E Muita se fala sobre o que leva uma empresa a aumen-
também, através de suprimento de dúvidas, atendimento tar suas vendas e lucratividade.
de sugestões e críticas. Dentre tantas dessas ferramentas poderíamos citar as
O desafio não é deixar os clientes satisfeitos; vários vantagens competitivas.
concorrentes podem fazer isso. O desafio é conquistar Passamos agora a falar de um conceito vital nesse pro-
clientes fiéis. Ou seja, fideliza-los através de atendimentos cesso de compra e venda.
que superem as expectativas. O que o cliente leva em consideração ao efetiva-
Tornando-o um aliado. mente adquirir um produto ou serviço?
4
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
5
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
1. Use o telemarketing para qualificar leads Divulgando a marca, vendendo produtos ou ajudan-
Lead é a pessoa ou organização com potencial para se do as pessoas a resolverem problemas, esse departamento
tornar cliente. tem duas formas fundamentais de trabalho: o telemarke-
A melhor maneira de fazer uma abordagem por telefo- ting ativo e o telemarketing receptivo. Você sabe a diferen-
ne é quando a pessoa já conhece a empresa. Por esse mo- ça entre os dois?
tivo é que eventos, roadshows, e-books, webinar e outras
ferramentas, são excelentes captadores de leads. Telemarketing Ativo
O telemarketing ativo é aquele em que o contato com
O telemarketing de hoje é um desperdício de oportuni- o cliente parte da própria empresa em questão. Muito ne-
dades. cessário para vendas, trabalhar com essa modalidade não é
As pessoas pegam leads totalmente desqualificados uma das tarefas mais fáceis. Ao ligar para alguém oferecen-
para abordar. Assim, a taxa de conversão em compras é do produtos ou serviços, o profissional deve saber como
minúscula. agir em cada situação, as horas certas de falar e de escutar
Não desperdice seus investimentos em ações de te- e como identificar quão próximo o cliente em potencial
lemarketing que não sejam segmentadas ou qualificadas. está de adquirir seu produto ou serviço. E além de uma
Dê preferência aos contatos que a sua empresa captura ligação de vendas, o telemarketing ativo também pode se
através dos processos receptivos. concentrar em realizar pesquisas com seus clientes ou um
O telemarketing pode ser um grande aliado na geração grupo populacional interessante para a empresa.
de leads. Quais características o profissional de telemarketing ati-
vo deve ter?
2. O telemarketing como ferramenta de promoção O profissional que trabalha com telemarketing ativo
Um cliente que compra da sua empresa pode se in- deve conhecer muito bem o produto ou serviço em ques-
teressar pelas promoções que você promove em épocas tão, assim como seu público-alvo e a melhor maneira de se
especiais do ano – seja de queima de estoque, seja devido comunicar com essas pessoas. A organização e preparação
à sazonalidade – e para isso, o telemarketing é uma po- não podem ser deixadas de lado. A cordialidade, bons mo-
derosa ferramenta. dos e boa dicção também são habilidades essenciais para
Diferentemente do disparo de e-mail marketing ou essa área.
de malas diretas, nesse caso, o telefone cria uma conexão
entre a empresa e o cliente. Telemarketing Receptivo
Isso porque as pessoas se sentem lembradas quando Quando um cliente é quem estabelece o contato com
são avisadas pessoalmente que haverá uma promoção da a empresa, a situação em questão é telemarketing recep-
empresa que ela gosta. tivo. E é nesse momento que a empresa deve demonstrar
Organizar o telemarketing da empresa como uma o máximo de preocupação e compromisso com o cliente.
ferramenta de comunicar novidades, boas novas e lança- Para isso, o atendente deve sempre ser cordial e edu-
mentos (além de promoções), é uma excelente maneira de cado e evitar deixar o cliente sem informações durante o
mostrar aos clientes que a sua empresa se importa com ele. processo de atendimento. Quem nunca achou que a liga-
ção caiu simplesmente por que o atendente ficou em com-
3. Aproveite o telemarketing como um canal de co- pleto silêncio durante alguns minutos?
municação com o mercado O telemarketing receptivo se concentra não somente
As pessoas não gostam de pesquisas. no serviço de atendimento ao consumidor (SAC) mas tam-
Uma pesquisa é chata, demora alguns minutos e as bém na área de vendas. Muitas vezes, clientes em potencial
pessoas respondem com má vontade. ligam para a empresa procurando mais informações e é
Como uma alternativa para incentivar a participação, nesse momento que o atendente tem um papel fundamen-
algumas empresas sorteiam produtos ou descontos entre tal. Ele deve identificar as necessidades da pessoa e deixar
os participantes das pesquisas. Isso funciona bem. o mais claro o possível os benefícios da compra.
Com base nisso, o telefone pode ter um importante Quais características o profissional de telemarketing re-
papel na hora de fazer as pesquisas de opinião com os ceptivo deve ter?
clientes. A maior parte das ligações na área de telemarketing
Então use o telefone para fazer pesquisas de mercado receptivo envolvem o serviço de atendimento ao consumi-
com seus clientes e aproveite para se relacionar com eles! dor (SAC), que geralmente envolvem o contato com clien-
Saber como foi a entrega de um produto, se ele che- tes insatisfeitos. E o profissional que vai lidar com essas
gou intacto, ou como está o retorno do serviço, é uma ótima pessoas deve estar bastante preparado, ser calmo, paciente
oportunidade de medir a satisfação do cliente e ao mesmo e sabe distinguir muito bem o lado profissional do lado
tempo, mostrar que você se preocupa com a opinião dele. pessoal. Clientes insatisfeitos normalmente estão irritados
Por não ser um contato tão frio quanto formulários e e lidar com isso da maneira correta é essencial para não
e-mails, o telefone é um ótimo termômetro para captar as prejudicar a empresa.
informações sobre a sua empresa e sobre o mercado.2 Trabalhar a fala, entonação e maneira de se falar com
os clientes são pontos decisivos para o sucesso nos núme-
2 Fonte: www.agendor.com.br ros de vendas de uma empresa. Este é o ponto estratégico
6
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
crucial para quase todo negócio, e os melhores profissio- reuniões e, até mesmo, contornar situações mais graves como
nais do ramo com certeza terão um futuro brilhante pela o assédio sexual. E em tempos de globalização, os empresários
frente. Que tal conferir também nossas dicas sobre como recebem conhecimentos para transitar com desenvoltura em
perder a timidez e falar bem em público e já aumentar seu qualquer parte do mundo, respeitando as diferenças culturais.
leque de habilidades com vendas?3 Mas por que as regras de boa conduta, antes ensinadas
na infância pelos pais ou nos colégios frequentados por
filhos de famílias tradicionais, chegam hoje a um curso
5 - ETIQUETA EMPRESARIAL: voltado para adultos, muitos já até pós-graduados? Para
COMPORTAMENTO, APARÊNCIA, CUIDADOS Cláudio Pelizari, as causas estão na migração das mulheres
NO ATENDIMENTO PESSOAL E TELEFÔNICO. do papel de educadoras integrais dos filhos para o trabalho
fora de casa.
“Desde que as mulheres foram obrigadas a deixar
O saber se comportar e a aparência são questões cada seus lares para buscar posições no mercado de trabalho, a
vez mais exigidas para o executivo moderno. educação chamada de berço passou a ser delegada a outras
Ele chegou com uma hora de atraso ao almoço de pessoas, trazendo como consequência a falta quase total
negócios, na pressa deixou de fazer a barba, foi deselegante de conhecimento das regras mais básicas de boas maneiras
com uma funcionária, subiu pelo elevador falando ao e polidez. As escolas também substituíram as aulas dessa
celular e deu boas tragadas onde se lia “é proibido fumar”. disciplina, muito valorizadas no Brasil até a década de 60,
Detalhe: é formado em Administração, Economia, fala três por conteúdos que julgavam mais importantes», acredita o
línguas e tem MBA. Apesar do currículo, seu negócio foi economista.
por água abaixo após a reunião. Comportamentos como Cláudio e Maria Aparecida contam que muitos
o do jovem executivo em compromissos de trabalho, profissionais, após deixarem as universidades, chegam ao
que, para alguns, podem significar um mero jeito de ser, mundo corporativo e percebem que essas competências
seja por displicência ou desvalorização de delicadezas, fazem falta. “Os erros se tornam visíveis na aparência
impossibilitam uma carreira promissora. Antes restritas pessoal, nos gestos, na entonação e no palavreado,
ao mundo social, as boas maneiras, hoje, são ferramentas passando depois para os modos, apertos de mão, troca de
essenciais à vida profissional. cartões de visita, conduta em elevadores e restaurantes e
Prova disso é a grande procura pelos cursos de uso do telefone e do celular”, diz o consultor, lembrando
etiqueta empresarial, que atraem não só empresários, mas que as pessoas nem se dão conta das gafes que cometem,
executivos, políticos, profissionais liberais e da área de prejudicando sua carreira e arranhando a imagem das
vendas, gerentes, secretárias, administradores, aspirantes empresas onde trabalham.
à carreira diplomática e pessoas em busca de recolocação Cláudio Pelizari relata que há grande procura de
no mercado. Parceira da Fundação Getúlio Vargas (FGV), profissionais mineiros pelo curso. Na visão dos dois
a empresa Etiqueta Empresarial Executive Manners especialistas, os mineiros em geral tratam com mais cuidado
Consulting, com atuação no eixo Rio/São Paulo, programa o quesito aparência. Muitos os procuram com dúvidas
para este mês (maio) um curso e uma palestra para ensinar quanto à maneira correta de se vestir e se comportar.
bons modos a profissionais mineiros. O primeiro trabalho “Valorizam também o ato de receber pessoas em casa,
da empresa no Estado aconteceu no Hotel Ouro Minas, em decoração de ambientes profissionais e domésticos e
maio de 2002, onde 300 pessoas assistiram ao curso de boas maneiras à mesa”, destaca Cláudio, cuja empresa
Etiqueta Empresarial, definida como o conjunto de normas conta também com dinâmicas de grupo, atividades de
que regem o comportamento no mundo dos negócios. psicomotricidade laboral e oficina de memória.
Há 20 anos treinando profissionais, a professora
Maria Aparecida Araújo diz que pontualidade, aparência Dicas de Etiqueta Empresarial
bem cuidada e saber portar-se bem à mesa, além de ser
elegante ao telefone, são atitudes imprescindíveis. Nas Expressar-se verbalmente: jamais fale palavrões.
aulas, ela ensina desde formas corretas de cumprimento, Escrever cartas, cartões, memorandos ou bilhetes:
apresentação, vestuário e comportamento, sem contar dê sempre um cunho elegante e positivo nos textos.
orientações sobre como usufruir de recursos eletrônicos, Manter amizades: lembre-se de sempre de ser
como telefone, videoconferência e e-mail. “O treinamento gentil com os amigos e familiares nas datas importantes.
também faz com que as pessoas aprimorem a comunicação, Respeitar os ausentes: pessoas elegantes não perdem
aprendendo a ouvir e falar na hora certa e com a entonação seu tempo com fofocas e comentários sobre a vida alheia.
adequada”, cita o economista Cláudio Pelizari, diretor da Tratar com pessoas socialmente carentes: não des-
Etiqueta Empresarial Executive Manners Consulting. considerar os menos favorecidos, tratar a todos com res-
Quem faz o curso aprende ainda a criticar com peito independentemente da hierarquia.
resultados positivos, transformar reclamações em vendas Conduzir os negócios conservando a ética e a ho-
e lidar com colegas e clientes de temperamento difícil, nestidade em suas relações com clientes, empregados for-
apresentar ideias e projetos com eficiência, conduzir necedores.
Dirigir e estacionar o carro: quem é grosseiro no
3 Fonte: www.sos.com.br trânsito, certamente será grosseiro em outras situações.
7
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
8
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
• Pernas: Ao andar não as cruze. Os joelhos devem • Serviços: são intangíveis, isto é, não é possível ver
dar os passos flexionando e esticando as pernas. Não suas características antes dos mesmos serem adquiridos
deixá-los flexionados no final dos passos. e usados pelos usuários. Não podem ser colocados em
• Pés: Devem pisar no chão por inteiro, a ponta e o “estoque” ou seja, devem ser produzidos e usados no
calcanhar, um ao lado do outro e retos. momento da transação.
Obs.: Alguns autores definem produtos como
O conceito de qualidade é amplo e permite várias tudo aquilo que pode ser adquirido. Em função de sua
interpretações. As mais expressivas se referem, por um tangibilidade (características como dimensões físicas ou
lado, à definição de qualidade como busca da satisfação poder de serem discerníveis pelos sentidos), podem ser
do cliente, e, por outro, à busca da excelência para todas as classificados como bens ou serviços.
atividades de um processo, através da transformação no Uma instituição pode existir apenas em função do
modo como a organização se relaciona com seus clientes, serviço que oferece. Mas, a instituição que oferece produto
agregando valor aos serviços a ele destinados, como por não sobrevive sem o serviço agregado.
exemplo a eficiência, a eficácia, a ética profissional, a
agilidade no atendimento, entre outros. Aspectos Essenciais na Prestação de um Serviço
• Equilíbrio oferta-procura
O QUE É ATENDIMENTO? • Gestão do Pessoal
• Relacionamento com os Clientes
Conceitos: • Comunicação
• Atendimento é o ato ou efeito de atender.
• Atendimento é a maneira como habitualmente são Princípios Básicos para o Bom Atendimento Pessoal
atendidos os usuários de determinado serviço.
• Atendimento é prestar assessoria, consultoria, sanar 1. Ser cortês – atender bem a qualquer clientela que se
dúvidas. dirija a empresa. Para isso, o funcionário precisa suplantar
• Atender é acolher. seus próprios preconceitos ou eventual má impressão
• Atender é receber com atenção e cortesia. Atender é inicial que tenha do cliente.
dar ou prestar atenção a algo. 2. Dar boas vindas - Cumprimentar a todos com um
O atendimento pressupõe uma ajuda de uma pessoa sorriso natural e espontâneo, facilitando o contato com
à outra. Sempre que você atende, você está relacionando- o cliente. Sempre que possível chamá-lo pelo nome,
se com outra pessoa. pronunciando corretamente. E nunca diga que o nome do
O atendimento tem por objetivo assistir o cliente em seu cliente é horrível, estranho, engraçado e etc.
suas necessidades que geraram a procura pelo serviço. 3. Atender de imediato – O cliente deve ser priorizado
• Na atualidade, o objetivo principal do atendimento em qualquer atendimento, lembre-se que para quem
é encantar o cliente, permitindo torná-lo um parceiro chega a sua empresa você é o responsável pela primeira
da instituição, capaz de agregar desenvolvimento e impressão e um minuto de espera pode representar uma
aprimoramento. eternidade.
4. Mostre boa vontade - Mesmo fora de sua área
Aspectos necessários para um bom atendimento: de trabalho, o funcionário pode cumprimentar a todos
e tentar ajudar, na medida do possível, a gentileza não
• Preparo: Conhecimento do seu serviço e do precisa ficar restrita ao setor de trabalho ou às pessoas que
funcionamento da instituição em suas partes e no todo. conhece. É sempre gratificante para o cliente ser atendido
• Dedicação: O atendente deve estar sempre ou cumprimentado por um funcionário da empresa que o
atualizado nas informações que possui e que sua função reconheça.
exige. 5. Dispensar atenção ao cliente – Dar tempo para o
• Presença de espírito: Permite que o atendente seja cliente explicar o que deseja. Escutá-lo e não apenas ouvir.
criativo e assertivo em sua conduta, em especial nas Lembre-se de manter uma atitude agradável buscando
situações de conflito e tensão. principalmente respeitar a opinião de seu cliente.
• Intuição: Deve basear-se na observação atenta 6. Agir com rapidez – O tempo é muito importante
das necessidades do cliente, as verbalizadas e as não- tanto para você como para o seu cliente. Ele deseja que
verbalizadas, mas que podem ser percebidas. Por o seu problema seja solucionado o mais rápido possível
exemplo, quando o cliente não compreender com e você, deve atendê-lo com agilidade para que possa
clareza a informação, mas não tem coragem de dizer ao dar andamento ao atendimento dos demais clientes.
atendente; ou quando o cliente chega à instituição e não Mas lembre-se que rapidez não é sinônimo de descaso
tem certeza do que quer. ou irritação. Nunca demonstre ao cliente que está sendo
rápido para se livrar dele.
DIFERENÇA ENTRE PRODUTOS E SERVIÇOS. 7. Não dê ordens - Jamais ordene algo ao cliente. Uma
• Produto: é definido como os bens de consumo com expressão cordial é o necessário para que o cliente faça o
característica tangível, ou seja, podem ser produzidos, que você quiser. “Por favor, o Senhor pode assinar nesta
examinados, como colocados em estoque, transportados; linha?”
9
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
8. Em casos especiais chame o superior – Diante de um Princípios Básicos para o Bom Atendimento
cliente imperioso (e muitas vezes sem razão), o funcionário Telefônico
deve buscar ajuda com habilidade é claro, e sem demonstrar O uso da comunicação telefônica tornou-se
ao cliente insegurança ou pouco conhecimento do assunto. imprescindível em todas as áreas, tanto no campo de
9. Evitar atitudes negativas – expressões negativas tendem a recepção das empresas quanto nos serviços especializados,
criar um clima negativo. Evite: “não deve”, “não pode”, “não dá”. chamado de Telemarketing, que apresenta algumas
10. Falar a verdade – A verdade é extremamente vantagens, tais como:
importante nas informações dadas, mas lembre-se que
nem sempre o nosso superior coopera para que digamos 1. Interatividade: é a mídia mais pessoal e interativa
a verdade, e nesses casos a mentira não é sua, você está que existe;
apenas cumprindo ordens. 2. Flexibilidade: muitas operações são montadas du-
11. Agir como o melhor cartão de visitas – Lembre-se rante um curto período para atender as exigências da em-
de que sua imagem equivale a imagem da empresa, seu presa;
local de trabalho deve estar sempre limpo, organizado, a 3. Replanejamento: a qualquer momento uma estra-
sua linguagem deve ser a mais correta, sem exageros, o seu tégia poder ser modificada, já que as informações de seu
vestuário deve ser o mais sóbrio possível, sem exageros. sucesso chegam rapidamente;
4. Otimização: num mesmo contato muitas informa-
ATENDIMENTO PRESENCIAL ções podem ser repassadas ou cadastradas de um mesmo
cliente;
Princípios para a qualidade ao atendimento presencial: 5. Controle: é razoavelmente fácil controlar uma ope-
• Competência - O usuário espera que cada pessoa ração de telemarketing, já que todas as informações trafe-
que o atenda detenha informações detalhadas sobre o gam em sistema;
funcionamento da organização e do setor que ele procurou. 6. Foco: condições especiais de preço e conteúdo po-
• Legitimidade - O usuário deve ser atendido com ética, dem ser ofertadas para clientes da mesma empresa;
respeito, imparcialidade, sem discriminações, com justiça e 7. Cobertura: pode atingir distâncias continentais em
colaboração. segundos;
• Disponibilidade - O atendente representa, para o 8. Comodidade: tanto para o comprador quanto para
usuário, a imagem da organização. Assim, deve haver o vendedor;
empenho para que o usuário não se sinta abandonado, 9. Custo: é mais barato vender pelo telemarketing, pois
desamparado, sem assistência. O atendimento deve os custos de comissões, estrutura e logística são muito me-
ocorrer de forma personalizada, atingindo-se a satisfação nores do que em uma loja;
do cliente. 10.Velocidade: um operador de telemarketing pode
• Flexibilidade - O atendente deve procurar identificar efetuar 70 contatos com empresas no mesmo dia, já um
claramente as necessidades do usuário e esforçar-se para vendedor de campo pode, em média, visitar 12 clientes.
ajudá-lo, orientá-lo, conduzi-lo a quem possa ajudá-lo Porém, causa restrições por ter natureza intrusiva.
adequadamente.
Para que o cliente ou usuário possa se sentir bem Estilo de Operações de Telemarketing
atendido, existem, também, algumas estratégias verbais, Receptivo (In Bound)
não-verbais e ambientais. • Trata-se do estilo no qual os operadores recebem as
Estratégias verbais chamadas efetuadas pelos clientes ou os possíveis clientes
₋ Reconhecer, o mais breve possível, a presença das da empresa.
pessoas; • Antigamente era conhecido como “Passivo”, mas
₋ pedir desculpas se houver demora no atendimento; como o termo era impróprio para designar atitudes ade-
₋ se possível, tratar o usuário pelo nome; quadas ao atendimento telefônico o nome foi abolido.
₋ Demonstrar que quer identificar e entender as • É chamado In Bound, pois significa salto para dentro,
necessidades do usuário; ou seja, a iniciativa se dá de fora da empresa para dentro.
₋ Escutar atentamente, analisar bem a informação, • O cliente liga para a empresa para receber uma infor-
apresentar questões; mação ou efetuar uma compra.
Estratégias não-verbais • Em casos de venda, as ligações externas são sempre
₋ Olhar para a pessoa diretamente e demonstrar consequências de um estímulo provocado pela ação da
atenção; propaganda de resposta direta.
₋ Prender a atenção do receptor;
₋ Não escrever enquanto estiver falando com o usuário; Ativo (Out Bound)
₋ Prestar atenção à comunicação não-verbal; Trata-se do estilo no qual os operadores ligam para os
Estratégias ambientais clientes ou os possíveis clientes da empresa.
₋ Manter o ambiente de trabalho organizado e limpo; Podemos dizer que se chama Out Bound, porque a ini-
₋ Assegurar acomodações adequadas para o usuário; ciativa da ação se dá de dentro da empresa para fora. A
₋ Evitar pilhas de papel, processos e documentos empresa vai até o cliente para obter informação ou efetuar
desorganizados sobre a mesa. uma venda.
10
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
Indicamos as principais regras básicas para um As interações com quaisquer dos focos poderão ocor-
atendimento excelente, na área de trabalho: rer dentro de um ciclo de vendas ou não. No entanto aque-
las classificadas como sendo orientadas ao relacionamento
• Atenda com rapidez, clareza, simpatia, de forma ocorrem com maior intensidade fora do ciclo de vendas e
atenciosa e educada; as com foco na oportunidade acontecem em maior grau
• Identifique-se e identifique o interlocutor; durante o mesmo.
• Use sempre: Senhor, Senhora, por favor, e muito Interações focalizadas na oportunidade que aconte-
obrigado; cem durante um ciclo de vendas são importantes o sufi-
• Não deixe o interlocutor “pendurado na linha”; ciente para que sejam classificadas como críticas. Essenciais
• Transfira corretamente a ligação e avise ao ramal para a execução do processo de vendas, e parte de sua
transferido quem está na linha; espinha dorsal, são assim chamadas por formar um con-
• Ofereça um retorno de ligação, no caso de o ramal junto de insumos essencial para a execução de estratégias
estar ocupado; vencedoras. Em muito do nosso aprendizado em vendas,
• Tome nota de todos os dados importantes e repita-os escutamos que o processo de vendas é o “melhor grupo de
para o interlocutor estratégias e táticas a serem usadas para ganhar a venda”.
• Nunca fale “comendo” / de boca cheia É verdade. No entanto as táticas – ferramentas da execução
• Não mantenha conversas paralelas. Concentre-se na da estratégia – são executadas através da interação crítica.
ligação que está atendendo Assim, é parte da automação de vendas, que se de-
• Faça suas próprias ligações senvolvam processos de vendas avaliando oportunidades
• Comunique a telefonista quando não estiver na sala. anteriores e agrupando as interações críticas ocorridas que
• Fique disponível quando solicitar uma ligação. foram bem sucedidas e eficazes.
lançar as pontas nem para fora e nem para dentro. É aceitável que processos de vendas variem muito, pois
dependem fortemente da complexidade do produto ou
serviço e do seu valor. Mercados e processos de compra
6 - INTERAÇÃO ENTRE VENDEDOR E têm também a sua influência. Porém, processos de ven-
CLIENTE. da são, de fato, reações à forma essencial de comprar. Em
outras palavras, o processo de vendas evolui como respos-
ta ao processo de compra do cliente. E este é, em geral,
Ao procurar a palavra interagir em um dicionário você guiado por um fluxo linear relativamente simples: definição
encontrará “relacionar-se com”. É o que define a conexão de necessidades, investigação das alternativas de solução
entre interações com clientes e relacionamento com clien- possíveis e negociação do acordo final. O processo de ven-
tes. Não existe relacionamento sem interação. das deve reagir de acordo com o andamento deste fluxo
É comum vermos as interações como vias de duas com os vendedores ajustando suas habilidades conforme a
mãos – uma conversa presencial ou por telefone. No en- necessidade de cada etapa.
tanto elas podem ser de uma única mão. Estas ocorrem Na construção de um processo de vendas bem suce-
sempre que uma parte tenta contatar a outra sem a garan- dido, deve-se não somente especificar o tipo da interação
tia de uma resposta. E-mails ou recados em caixas postais crítica, mas também sua posição no ciclo de vendas e seu
são bons exemplos. Quando acontece a resposta elas pas- tempo em relação àquelas que ocorreram antes e que vi-
sam a ser de duas mãos, mas sabemos que é muito comum rão depois. Supõem-se as interações críticas ocorrendo se-
que não aconteçam. quencialmente, uma após a anterior ser completada. Mas
Algumas formas de interações nem parecem sê-las. A não é sempre assim. Bem cedo, vendedores aprendem que
proposta que enviamos ao cliente em um dado ponto do a vida real não segue modelos ideais e entendem que as
ciclo de vendas ou um pedido de compra por ele enviado interações precisam andar de maneira diferente.
ao término de uma negociação bem sucedida são exem- A automação de vendas aplicada com precisão enten-
plos de interações. Seja como for, é objetivo do vendedor de esta necessidade e sincroniza os eventos da vida real
buscar o maior valor possível em cada interação. com aqueles propostos pelo modelo de vendas e ajuda o
As interações podem ser vistas com duas perspecti- vendedor a se posicionar adequadamente no ciclo de ven-
vas, a primeira focalizada no relacionamento com o cliente das, entender qual a sua situação e tomar o melhor cami-
quando o vendedor busca criar, manter ou elevar a con- nho naquele momento.
fiança do cliente. A outra, com foco na oportunidade, é
o instrumento utilizado pelo vendedor para desenvolver, A evolução da venda pessoal
descobrir oportunidades ou promover e defender o valor Para Weitz et al. (1995) a evolução da venda pessoal
de sua proposta. Esta “dupla personalidade” da interação coincide com as orientações dadas aos vendedores nos
com o cliente sugere uma forma de aproveitar os benefí- diferentes períodos, conforme mostra o QUADRO 1.
cios diretos da automação de vendas mantendo os requi- Essas orientações, não obstante, ainda existem em muitos
sitos do CRM. Determine a essência da interação, se ela negócios hoje em dia.
está com foco no relacionamento ou na oportunidade e ela
estará classificada.
11
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
Na era da produção, antes de 1930, a demanda pelos produtos excedia a oferta, sem qualquer competição entre as
empresas. Os fabricantes tinham os produtos como foco, sem qualquer preocupação com as necessidades dos compradores.
Ao vendedor cabia o papel de tirar o pedido. Na era de vendas, após o crash da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929,
não existiam compradores suficientes para comprar os produtos e a competição tomou-se intensa entre os fabricantes.
Ao vendedor cabia o papel de criar a demanda pelos produtos com a aplicação de técnicas de vendas persuasivas. Na
era do marketing, com a utilização da filosofia do marketing cuja ênfase era a satisfação das necessidades dos clientes,
os vendedores tomaram-se solucionadores de problemas. Eles procuravam identificar as necessidades dos clientes e
demonstravam como os produtos poderiam atendê-las. Na era da parceria, que se iniciou após 1990, os vendedores e
os compradores reconheceram que poderiam desenvolver estratégias com vantagens sobre os concorrentes por meio de
um trabalho em conjunto. O vendedor tornou-se um criador de valor, aplicando-se no desenvolvimento de soluções que
aumentassem a lucratividade das empresas (WEITZ et al., 1995).
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
Figura 1 – Diagrama A
Fonte: Bazerman, 1998, p.35.
Figura 2 – Diagrama B
Fonte: Bazerman, 1998, p.35.
Segundo Bazerman (1998), a maioria das pessoas tenta usar habilidades lógicas de decisão para solucionar o problema,
criando pressuposições que acabam enquadrando a criatividade e limitando outras possibilidades de solução. Segundo o
autor, esta é a maior barreira imposta à solução criativa de problemas.
Para ter criatividade é importante pensar fora dos padrões comuns e um bom vendedor precisa exercitar este lado
para buscar soluções para seus clientes. Soluções criativas geram mais valor, sendo possível conseguir uma fatia maior do
investimento de um cliente quando se oferece uma solução melhor para seu problema.
Descartada a pressuposição de existir uma barreira ao redor dos nove pontos é possível chegar a uma solução
semelhante a esta:
Figura 3 – Diagrama C
Fonte: Bazerman, 1998, p.36.
Segundo Bazerman (2004), as pessoas fazem avaliações partindo de um valor inicial e ajustando até produzir uma
decisão final. Neste contexto, o papel do vendedor é de extrema relevância, pois a criatividade da solução pode criar um
grande valor para ambas as partes, além da qualidade de seu relacionamento com o comprador facilitar a obtenção do
melhor acordo possível.
O processo de negociação compreende quatro etapas: preparação, criação de valor, distribuição de valor e
implementação. Na negociação as partes lutam pelo poder, conjugando seus interesses no fechamento de um acordo.
13
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
Durante a etapa de PREPARAÇÃO, os negociadores dedicam tempo para desenvolver aspectos que poderão servir
como diferenciais durante a negociação na qual pretendem se envolver. O objetivo desta fase é elaborar a melhor previsão
possível sobre necessidades, conflitos, moedas de trocas, autonomia, alternativas, interesses comuns que estarão presentes
na rodada de negociação.
O relacionamento entre as partes é assunto central na etapa de CRIAÇÃO DE VALOR. Nesta fase são afirmados valores
e desenvolvidas visões comuns e, é nela que se origina o dilema entre competir e cooperar. Maior será o valor criado na
medida em que haja um compartilhamento pertinente de informações e visões. Algumas atividades comuns desta etapa
são: exploração dos interesses de todas as partes, criação de opções de aumento do valor disputado, suspensão de críticas,
adoção de mediadores neutros para melhoria da comunicação (DUZERT, 2007).
Na etapa de DISTRIBUIÇÃO DE VALOR o dilema entre competir e cooperar assume uma força maior. A declaração de
compromissos toma lugar de grande importância, o uso de padrões surge como uma opção importante no momento da
divisão. Tipicamente são desenvolvidos os seguintes pontos: desenvolvimento de um clima de mútua confiança, discussão
de definições de critérios para distribuição de valor e utilização de elementos neutros na sugestão de alternativas na
distribuição do valor criado (DUZERT, 2007).
As relações de longo prazo surgem da experiência obtida na fase da EXECUÇÃO. Se a experiência for positiva, a
negociação poderá manter-se por longo prazo. A conformidade e o tempo são fatores preponderantes a serem considerados
porque alimentam a mútua confiança entre as partes. Os pontos importantes desta fase são: montagem de acordos sobre
monitoramento e controle das decisões tomadas, desenvolvimento de aspectos que facilitem a sustentação dos acordos
firmados, melhoria de relacionamento, alinhamento de incentivos e controles organizacionais.
“A satisfação das necessidades motiva praticamente a conduta humana.” A partir deste pressuposto, Nierenberg (1991,
p.93-118) propõe uma teoria das necessidades das negociações considerando que para iniciar uma negociação as duas
partes devem estar movidas por necessidades.
Segundo Duzert et al. (2007) e Fisher (1994), uma negociação é composta por dez elementos que são fundamentais em
cada fase da negociação conforme QUADRO 3:
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
1- Interesses – Interesses são diferentes de posições. As posições podem ser traduzidas como exigências das partes.
Sustentando as posições estão sempre os interesses, que são os motivadores das partes engajadas nas negociações. Os
interesses podem ser: necessidades, preocupações, esperanças, desejos e temores. Melhor será o negócio quanto maior for
a satisfação destes interesses.
Fisher et al. (1994, p.58-70) descrevem que os interesses mais poderosos são as necessidades humanas básicas.
Ao buscar os interesses por trás de uma posição, os autores afirmam que os negociadores devem procurar interesses
fundamentais que motivam as pessoas. A motivação é obter aquilo de que precisam, alcançar o que almejam, suprir o que
lhes falta.
Segundo os autores, “a conciliação de interesses, em vez de posições, funciona por dois motivos. Primeiro porque, para
cada interesse, geralmente existem diversas posições possíveis e capazes de satisfazê-lo. (...) E também porque, por trás das
posições opostas, há muito mais interesses em comum do que conflitantes”.
2- Opções – Opções constituem a totalidade de possibilidades pelas quais as partes podem tecnicamente chegar
a um acordo. Fisher et al. (1994) sugerem criar diversas possibilidades antes de decidir o que fazer. Eles afirmam que as
opções podem ampliar a possibilidade de acordo. Um acordo será melhor se for originário das diversas opções possíveis,
principalmente se explorar todo potencial de ganho mútuo.
15
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
3 – Alternativas - As alternativas são possibilidades de esperar que o outro compreenda. É preciso verificar se após
caminho que cada parte tem em comparação ao acordo ter recebido a informação, a interpretação da realidade é a
em negociação. O acordo negociado sempre poderá ser desejada. Uma boa validação faz a comunicação ficar em
comparado às alternativas possíveis fora da negociação. sintonia com a outra parte. Uma boa comunicação faz a
Portanto, é fundamental responder algumas questões verdade ser entendida na sua melhor ótica, elevando o nível
básicas: qual a alternativa ao problema, qual limite ético das negociações. Elevar o nível ético do processo de
mínimo para um acordo negociado; até que ponto cada negociação permite o estabelecimento de compromissos
parte está disposta a ser flexível; e quais as concessões factíveis e respeitados pelas partes, resultando no melhor
que as partes estão dispostas a fazer. Para a definição acordo (CARVALHAL et al., 2006, p.143-145).
destes fatores utilizam-se os seguintes conceitos: BATNA O corpo também é uma forma de passar informações.
– (Best alternative to a Negotiated Agreement) – é uma Por meio da leitura corporal do interlocutor (expressões
abordagem que assume diversas denominações: MAAN – faciais, alterações do ritmo respiratório, gestos, movimentos
melhor alternativa ao acordo negociado; MAPAN – melhor de cabeça, transpiração, movimento dos olhos, postura,
alternativa para o acordo negociado; MAPUANA – melhor proximidade física ou rubor), o negociador pode obter sinais
alternativa para um acordo não alcançado; MACNA – melhor de maior ou menor adesão a uma determinada proposição.
alternativa em caso de não acordo. Todas estas siglas têm Suas reações podem traduzir emoções (surpresa, raiva,
o mesmo sentido: construir uma ação preventiva buscando tédio, ansiedade, culpa, vergonha, constrangimento
alternativas no caso de não se chegar a um acordo dentro ou alegria), que significam aprovação, desconforto ou
dos limites aceitáveis. Este conceito é importante porque insatisfação com o rumo que as negociações estejam
define se o negociador deve prosseguir com a negociação tomando (DAVIS, 1979).
e fechar o acordo, ou se deve interromper o processo “É claro que certo conhecimento sobre comunicação
(CARVALHAL et al, 2006, p.43). não verbal e a linguagem do corpo é de grande utilidade
ZOOPA – Zone of possible agreement ou zona de na vida profissional. Compreender as motivações, os receios
provável acordo é a área de barganha compreendida entre e os pontos fortes das pessoas que participam de situações
o desejável e o limite aceitável (máximo ou mínimo). É o onde haja negociações é um trunfo considerável no mundo
limite até onde as partes estão dispostas a chegar para ocupacional. A observação dos mais sutis movimentos na
firmar um acordo (CARVALHAL et al, 2006, p.44). linguagem do corpo, enquanto acompanha a fala, pode
Fisher et al. (1994) recomendam construir a área de ser uma das melhores maneiras de se obter vantagem. E o
acordos possíveis (ZOOPA) e conhecer a melhor alternativa conhecimento da linguagem do corpo pode ainda ajudar
para o acordo negociado (BATNA) da outra parte, uma pessoa a melhorar seu desempenho em conferências,
desenvolvendo ao máximo o seu próprio BATNA para avaliações e mesmo nas situações do dia-a-dia” (FURNHAM,
aumentar o poder na negociação. 2001, p.14).
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
de tensão natural decorrente do assunto que será tratado. experiência do cliente, onde a força de vendas tem um
A tarefa de estabelecer um relacionamento propício para papel fundamental na construção de relacionamentos
se negociar será facilitada através da criação de um vínculo sólidos com os clientes. (KELLEY, 1992).
no qual impere o respeito e a confiança entre as partes.
Quanto maior for o relacionamento interpessoal mais A gestão da experiência do cliente
agradável será o clima da negociação. A gestão da experiência do cliente é um modelo que
Porém, se de um lado é sempre mais fácil construir considera as diversas experiências que um cliente pode
vínculos com as pessoas com as quais há identificação, ter com uma marca, produto, serviço ou empresa. É uma
por outro lado é preciso desenvolver a habilidade de não abordagem voltada para o resultado das experiências
permitir perdas relacionais quando não há este tipo de de consumo, analisando como o ato de consumir faz os
afinidade interpessoal. clientes se sentirem, quais associações emocionais os
Grande parte das pessoas tende a formar uma impressão consumidores têm a partir dele e como isto os ajudam no
sobre os outros no primeiro contato. Tal impressão é relacionamento com outras pessoas ou grupos sociais.
decorrente de estereótipos, generalizações e preconceitos. Segundo Schmitt (2004), estas experiências podem ser
A primeira impressão é relevante na formação de opinião vivenciadas de cinco maneiras diferentes. A experiência
e sentimentos sobre os interlocutores. Assim, os primeiros da sensação apela para os cinco sentidos: a beleza do
momentos relacionais devem ser tratados cuidadosamente, que pode ser observado, a qualidade do som, do toque,
pois tenderão a afetar os comportamentos posteriores do gosto e do olfato. A experiência afetiva apela
entre as partes (CARVALHAL et al., 2006). aos sentimentos e emoções mais íntimas do cliente. A
experiência do pensamento apela ao intelecto, criando
8 – Tempo – É o uso do cronograma das etapas valor para os clientes ao envolvê-los criativamente.
da negociação de forma inteligente. O tempo é uma A experiência da ação apela aos comportamentos e
ferramenta muito importante nas negociações porque estilos, criando valor aos clientes ao mostrar estilos de
pode ser utilizado de forma diferente de acordo com as vida alternativos ou atitudes diferentes. A experiência da
situações. Retardar o tempo significa buscar outras opções identificação comporta experiências sociais. Ela cria valor
ou preparar melhores alternativas, enquanto acelerar o para o cliente proporcionando-lhe uma identificação social
tempo significa pressionar a outra parte por uma conclusão. e um sentimento de integração.
A necessidade de maior ou menor tempo nas negociações Os relacionamentos gerados entre vendedores e
dependerá do nível de dificuldade inicial entre as partes compradores influem na retenção porque os intercâmbios
nas trocas de concessões no sentido do acordo. e interações que oferecem determinam se os clientes
O elemento tempo pode ser vantajoso quando consideram seu relacionamento com a empresa satisfatório
propicia uma melhor produtividade das negociações. e, também, se irão ou não comprar seu produto ou serviço.
Em contrapartida, quando mal administrado, resulta em Quando se consegue criar novos valores mediante uma
decisões equivocadas e impasses. interface amistosa, conveniente e agradável para os clientes,
eles certamente voltam a comprar de quem apresentou
9 – Conformidade – Diz respeito à legalidade dos tudo isso em seu benefício. Portanto, há um mundo inteiro
contratos firmados nas negociações. As leis pertinentes de conexões experienciais a ser explorado.
ao ambiente onde a negociação se transcreve devem ser As relações entre os diferentes aspectos da experiência
observadas e respeitadas, de forma que não haja riscos na do cliente são regras fundamentais para conquistar, reter e
implementação dos acordos firmados. vender mais produtos e serviços (SCHMITT, 2004).
17
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
e a conseqüência foi um dos modelos mais compreensivos nesta área. Embora, pesquisas subseqüentes
tenham descoberto variáveis adicionais que são cruciais para o entendimento do processo de interação
entre compradores e vendedores.
Um segundo importante esforço nesta área foi o modelo organizacional do comportamento do comprador realizado
por Campbell (1985). A essência deste trabalho é a identificação de parâmetros específicos para os gerentes de marketing
no sentido de escolher uma estratégia de interação apropriada para cada tipo de mercado (mercado doméstico, mercado
de vendas, etc). Infelizmente, embora este modelo de interação incluísse um grande número de variáveis, uma discussão
relativamente pequena foi dada aos mecanismos da interação. Fatores importantes como a troca de informação, resolução
de conflitos, adaptações, compromisso e confiança, embora citadas no modelo, não foram discutidas no artigo.
Dwyer et al. (1987) desenvolveram um modelo do relacionamento entre compradores e vendedores que focava as trocas
relacionais entre as partes. Este modelo foi muito importante porque reconhecia os diversos subprocessos (comunicação,
valores partilhados, compromisso) que ocorrem durante os vários estágios do relacionamento, mas, nenhuma tentativa foi
feita no sentido de incorporar fatores externos relatados no processo de interação comprador-vendedor (características
pessoais, variáveis de comunicação, situação de vendas).
De qualquer forma, este modelo é um dos mais relevantes no entendimento do relacionamento entre compradores e
vendedores.
O modelo desenvolvido por Williams et al. (1990), assim como de Weitz (1981), é um modelo relativamente compreensivo.
A importância desta pesquisa é o reconhecimento que o relacionamento entre clientes e vendedores é interativo e
bidirecional. O artigo é uns dos primeiros a incorporar a comunicação como um elemento chave na interação do processo,
embora, exista apenas uma pequena discussão relatando estes aspectos da comunicação para outros componentes na
interação do processo (comportamento dos vendedores, comportamento dos compradores, características estruturais).
Esta falha na integração limita a aplicabilidade geral do modelo.
Ganesan (1994) contribui de forma importante para explicar o relacionamento entre compradores e vendedores.
Pesquisando os canais de marketing, construiu um modelo que reflete o paradigma entre a exploração e o desenvolvimento
em longo prazo das orientações relacionais. Um aspecto crucial desta pesquisa é o reconhecimento, assim como Anderson
e Weitz (1992), que o entendimento no relacionamento entre compradores e vendedores necessita da percepção de
ambas as partes. Infelizmente, este modelo é limitado no escopo e negligencia muitos outros fatores do sucesso em
relacionamentos de longo prazo.
Wren e Simpson (1996), após realizarem uma profunda análise dos cinco modelos significativos desenvolvidos por
Weitz (1981), Campbell (1985), Dwyer et al. (1987), Williams et al. (1990) e Ganesan (1994), apresentam um modelo da
interação comprador vendedor mais compreensivo que os anteriores, conforme Figura 4.
18
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
19
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
demonstram que a confiança representa uma variável Cooperação representa um fator necessário para o
relacionada à “qualificação do vendedor” e não uma variável sucesso de relacionamentos nos quais os recursos dos
relacionada ao vendedor “vencedor do pedido” (DONEY; participantes são utilizados nos processos decisórios.
CANNON, 1997), promove a cooperação entre comprador- Assim, a interdependência das partes se toma presente
vendedor, aumenta o compromisso com o relacionamento e, na medida em que cresce, aumenta a necessidade de
(MORGAN; HUNT, 1994) e reduz os conflitos (ANDERSON; comunicação (BEEBE; MASTERSON, 1994). Cooperação
NARUS, 1990). dá-se em situações nas quais as partes trabalham juntas
Para Morgan e Hunt (1994, p. 23), confiança é a crença para realizar objetivos mútuos ou resultados singulares
existente em um relacionamento no qual uma parte tem com expectativas de reciprocidade ao longo do tempo
segurança quanto à confiabilidade e integridade da outra (ANDERSON; NARUS, 1990).
parte em uma troca. Valores compartilhados, comunicação De acordo com a teoria de dependência dos recursos
e ausência de comportamento oportunista representam (UIRICH & BARNEY, 1984), o ambiente é visto como
antecedentes da confiança, porém suas afirmações uma fonte de recursos raros, valiosos e essenciais para a
ignoram o poder. Esses autores não negam a importância sobrevivência da organização. As organizações são incapazes
quanto ao entendimento do poder, porém, como na de gerarem internamente todos os recursos ou funções
ciência médica que procura entender doença e saúde, a requeridas para as próprias sustentações. Desta maneira,
ciência de marketing deve entender os relacionamentos elas necessitam realizar transações e relacionamentos com
como funcionais ou disfuncionais. Assim, o sucesso de outras instituições do ambiente que possam supri-las dos
um relacionamento de longo prazo está mais associado à recursos e serviços necessários. Assim, dois problemas
ausência do exercício do poder coercitivo e à presença da potenciais surgem: primeiro, uma falta de auto-suficiência
confiança e compromisso. Para Ganesan (1994), confiança cria dependência potencial de outras partes; e segundo,
é um ingrediente necessário para os relacionamentos surgem incertezas no processos decisórios da empresa
de longo prazo pela provocação da mudança de foco às pelo não controle do fluxo dos recursos por falta de uma
condições futuras. previsão acurada. Para restringir as incertezas, as empresas
Doney e Cannon (1997) afirmam que o comportamento procuram desenvolver relações de trocas cooperadas com
do vendedor no campo é parcialmente atribuído à cultura, vistas a manter negociações quanto à disponibilidade dos
sistema de recompensas e programas de treinamento de recursos e tomar mais previsíveis as ações mercadológicas.
sua empresa. As empresas compradoras assumem que Morgan e Hunt (1994) afirmam que para o sucesso do
esse comportamento reflete os valores e predisposições marketing de relacionamento é necessário comportamento
do fornecedor. Nos casos em que o comprador possui cooperativo dos parceiros em todos os contextos.
experiência limitada com o fornecedor, a confiança nesse Valores partilhados representam um conjunto relativo
fornecedor será inferida com base na percepção da de crenças e atitudes sobre o que é ou não apropriado
confiabilidade no vendedor. Assim, há uma transferência a ser feito. De maneira geral, os valores que moldam os
da confiança no vendedor para sua empresa e vice-versa. comportamentos dos funcionários são derivados de duas
Daí, a confiança do comprador em um fornecedor baseia- fontes: do próprio indivíduo ou da organização. Este sistema
se nos encontros com o vendedor, contribuindo para de valores dá origem à cultura corporativa, que influencia
reduzir a percepção de risco associado a um possível os valores individuais dos funcionários (SCHERMERHOM,
comportamento oportunista do fornecedor (GANESAN, 1984).
1994). Morgan e Hunt (1994) afirmam que, nos casos em
Compromisso representa uma parte integral e central que os parceiros de um relacionamento compartilham
de qualquer relacionamento de negócios (MORGAN; valores, eles demonstram mais comprometimento com
HUNT, 1994). Em muitos estudos ele é descrito como uma esse relacionamento. Os valores compartilhados referem-
espécie de intenção permanente para construir e manter se a comportamentos relacionados à ética, qualidade de
um relacionamento de longo prazo (ANDERSON; WEITZ, produtos, táticas promocionais, serviços etc. Adicionalmente,
1992; DWYER et al., 1987). Quando empresas compradoras têm-se dado atenção aos comportamentos relacionados
e vendedoras usam parceria para realizarem benefícios às normas quanto à flexibilidade, troca de informações,
mútuos, elas necessitam ter consciência da necessidade de investimentos idiossincráticos, contratos e solidariedade
desenvolverem compromissos recíprocos (LANDEROS et entre os parceiros (ANDERSON; WEITZ, 1992).
al., 1995). E este processo é fundamental para o processo Segundo Brunner e Zeltner (2000, p.58), conflito
da negociação conforme visto no item 2.6. A negociação compreende a existência simultânea de interesses totais ou
não tem êxito quando não há compromisso de ambas as parcialmente não conciliáveis entre duas ou mais pessoas.
partes em concretizar um acordo. Ele também ocorre quando metas objetivas de alguma
Empresas mutuamente compromissadas inclinam- estrutura social como as de grupos, de instituições ou de
se à cooperação e ação recíproca no atendimento às organizações, contradizem as necessidades e interesses de
solicitações, tornam-se flexíveis, trocam informações e seus membros.
engajam-se na solução de problemas (NOORDEWIER et Para Morgan (1996, p. 197), a existência de pontos de
al., 1990). Como resultado há melhorias no processo de vista rivais, bem como de diferentes orientações e objetivos,
troca e aumento de lucratividade para ambas as partes pode contribuir muito para melhorar a qualidade de
(ANDERSON; WEITZ, 1992). tomada de decisão das partes. O conflito facilita o processo
20
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
de acomodação mútua através da exploração e resolução Um estudo realizado entre julho de 2001 e julho de
de diferenças, ajudando, assim, a estimular mudanças ou a 2005 (CARVALHAL apud DUZERT, 2007, p.111) classificou
manter a situação. Há cinco estilos diferentes que podem os adjetivos que melhor qualificam o negociador brasileiro
ser adotados pelos parceiros para se chegar a um acordo e separando como:
balanceamento dos interesses: - os que podem favorecer o relacionamento: adaptável,
• Impeditivo - ignora os conflitos, coloca os problemas afável/afetivo, alegre, calmo, cordial, cortês/educado,
em suspenso. Evita confrontação pelo uso de sigilo, usa as extrovertido, flexível, prestativo, sociável.
regras burocráticas para evitar o conflito. - os que podem desfavorecer o relacionamento:
• Negociador - negocia, procura entendimentos e ansioso, arraigado, arrogante, dissimulado, frio/seco,
compromissos, encontra soluções que satisfaçam ambos. grosseiro/rude, impulsivo, indolente/passivo, malandro,
• Competitivo - cria situação perda/ganho, rivalidade, preguiçoso, vaidoso.
utiliza jogos de poder, força submissão. - os que favorecem a assertividade: concentrado/
• Acomodador - cede, submete-se e obedece às objetivo, corajoso, criativo, determinado, dinâmico/ativo,
conformidades. firme/confiante, organizado, prático, racional, trabalhador.
• Colaborador - soluciona problemas, confronta - os que desfavorecem a assertividade: acomodado,
diferenças e divide idéias, procura soluções integrativas, agressivo, alienado, arbitrário, atrasado/obsoleto,
busca o ganha-ganha, vê problemas e conflitos como autocrático, complacente, dispersivo, ingênuo, lento/
desafios. vagaroso, radica/extremista.
No campo das relações sociais, designa-se como Em resumo, os constructos subjacentes às questões
“poder” a capacidade de uma pessoa (A) mudar o comprador-vendedor, quando em relacionamento de
comportamento, a atitude e a convicção de outra pessoa longo prazo, são complexos e interdependentes. Por
(B) (BRUNNER; ZELTNER, 2000). Organizações e indivíduos exemplo, cooperação conduz à confiança que, por seu
buscam o poder para promover seus próprios interesses. turno, leva a grande disposição em cooperar no futuro, que
Quanto maior a capacidade de impor tal aspiração e alcançar daí gera grande confiança e assim por diante (ANDERSON;
a apropriada finalidade, maior o poder da organização ou NARUS, 1990).
do indivíduo (GALBRAITH,1984).
Assim, o poder na relação comprador-vendedor refere- Tipos de relacionamento interpessoal
se à capacidade de um deles para controlar ou influenciar a Geiger e Turley (2003) desenvolveram um estudo
estratégia de marketing do outro membro, tornando possível onde definiram três tipos de relacionamento interpessoal
a mudança de seu comportamento, ou forçá-lo a seguir entre vendedores e clientes: relacionamento baseado em
uma atividade que não cumpriria normalmente. O poder de negócios, relacionamentos cultivados e relacionamentos
cada parte está diretamente ligado à interdependência da sem manchas.
relação entre ambos. Poder desbalanceado está relacionado O primeiro seria o relacionamento baseado apenas
à dependência do outro parceiro, sendo que o acesso a em negócios. Os vendedores com este perfil acreditam
recursos escassos dá a uma organização mais poder do que que ter clientes como amigos significa não conseguir fazer
àquela que depende desses recursos. Aquele que tem mais o melhor negócio. Eles focam seus esforços somente na
poder pode usá-lo para realizar demandas sobre a parte venda, com medo que o elemento humano por de trás de
mais fraca (ROSENBLOOM, 1995). cada negócio possa ser interpretado como fraqueza na
Comportamento sem oportunismo tem sua origem negociação pelo outro jogador, e assim, explorar a situação.
na teoria de custos de transação. Muita amizade e intimidade na interação podem ser
Como comportamentos oportunistas sugere-se consideradas como falta de profissionalismo e prejudicar a
aqueles envolvidos com mentiras e fraudes, bem como credibilidade do vendedor no longo prazo.
formas sutis de desonestidade, como as que violam os Um dos vendedores que responderam a esta pesquisa
acordos (LINDGREEN, 2001). afirmou:
Para Morgan e Hunt (1994), quando uma parte acredita “Não tenho clientes como amigos. Não que eu considere,
que a outra parte se apresenta com comportamento e eu não acredito que eles me considerem um amigo. Se eu
oportunista, ela perde sua confiança sobre o outro, tivesse que comprar algo de alguém, eu preferiria comprar
provocando uma queda no compromisso do relacionamento. algo de um amigo, mas provavelmente eu pensaria que
Os parceiros passam a não se acreditarem mais. não consegui o melhor negócio. Eu sempre pensei que é
Interdependência se dá quando as partes realizam, praticamente impossível tirar o melhor de alguém que é seu
em conjunto, investimentos específicos e compartilham melhor amigo. É o mesmo que comprar algo da sua família,
interesses na manutenção do relacionamento. Porém, as você nunca conseguirá tirar o melhor da outra parte porque
partes são vulneráveis da dependência e precisam proteger não será duro com eles.”
seus investimentos. Ativos em conjunto podem contribuir O tipo dominante entre os entrevistados seria o
positiva ou negativamente, como a interdependência relacionamento cultivado. Neste tipo de interação tanto
assimétrica pode levar ambas à situação de reféns. Muitos a dimensão pessoal quanto os aspectos negociais são
investimentos específicos para o relacionamento são igualmente alimentados pelos participantes. Elementos
prováveis custos invisíveis, próprios a esse e inservíveis relacionais entram neste tipo de relacionamento apenas
para outras atividades (LINDGREEN, 2001). por razões táticas. Certo nível de intimidade e amizade
21
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
está presente nestes tipos de negociações, mas ambas as • Desenvolvimento de confiança, fortalecendo laços
partes sabem que se trata de um contexto estratégico para fortes e duradouros e gerando lealdade.
conseguir seus interesses. Mesmo que os clientes sejam • Desenvolvimento de Inteligência Emocional
tratados como reais amigos o interesse comercial que os
une mantém certa distância. Caso os jogadores consigam Mapeamento da I.E (Inteligência Emocional)
manter o equilíbrio entre o lado pessoal e o econômico, isto A I.E pode ser dividida entre habilidades, entre elas:
pode representar o cenário ideal para parcerias lucrativas Aspectos de inteligência intrapessoal
de longo prazo. 1. Autoconhecimento (reconhece o sentimento
Algumas vezes, clientes hostis podem ser desarmados quando ele se manifesta)
com um bom evento social que ajude a cultivar um bom 2. Controle Emocional (saber lidar com seus senti-
relacionamento com vendedor. Encontros sociais são mentos)
muitos efetivos porque o ambiente formal de um escritório 3. Automotivação (objetivar emoções)
impede a aproximação das pessoas. Nestes eventos,
assuntos informais podem resultar em bons negócios. Aspectos de inteligência interpessoal
O terceiro tipo seria o relacionamento “sem 4. Reconhecimento de emoções alheias
manchas”. Em contraste aos que acreditam somente 5. Habilidades de relações interpessoais.
em relacionamentos baseados em negócios e naqueles
que cultivam um relacionamento amigável baseado em É fundamental que essas inteligências sejam estimu-
interesses, este terceiro tópico afirma que negócio é para ladas em ambas as partes, para que haja um equilíbrio de
ser feito somente com pessoas amigas. O foco não está no comportamento.
resultado da venda, mas na manutenção do relacionamento.
Para isto, existe a confiança mútua no que a outra parte diz.
Uma das características deste tipo de interação é que o 7 - QUALIDADE NO ATENDIMENTO A
vendedor tem um profundo interesse no desenvolvimento
CLIENTES
do comprador para que ele continue sendo seu parceiro
de negócios.
Em produtos tangíveis, com valor de mercado Quando se fala em comunicação interna organizacional,
estabelecido, este tipo de interação vai envolver uma automaticamente relaciona ao profissional de Relações Públi-
grande negociação de preços onde será necessária muita cas, pois ele é o responsável pelo relacionamento da empresa
influência pessoal. Em produtos intangíveis, onde o valor com os seus diversos públicos (internos, externos e misto).
de mercado não pode ser demarcado com facilidade, um As organizações têm passado por diversas mudanças
alto nível de confiança será necessário para que ambas as buscando a modernização e a sobrevivência no mundo dos
partes estejam asseguradas da lucratividade ideal. negócios. Os maiores objetivos dessas transformações são:
Os encontros sociais neste tipo de relacionamento são tornar a empresa competitiva, flexível, capaz de responder
oportunidades de mostrar o lado real de cada um retirando as exigências do mercado, reduzindo custos operacionais e
os personagens de comprador e vendedor. apresentando produtos competitivos e de qualidade.
Em resumo, os tipos de relacionamento serão utilizados A reestruturação das organizações gerou um público
dependendo da situação, do tipo de indústria, da cultura interno de novo perfil. Hoje, os empregados são muito
organizacional e da predisposição dos participantes. Em mais conscientes, responsáveis, inseridos e atentos às co-
todos os casos, o objetivo é o mesmo: a continuidade da branças das empresas em todos os setores. Diante desse
relação tanto do ponto de vista econômico quanto social.4 novo modelo organizacional, é que se propõe como atri-
buição do profissional de Relações Públicas ser o interme-
Portanto, como vimos no decorrer desse tópico, o su- diador, o administrador dos relacionamentos institucionais
cesso do MKT de Relacionamento depende no grau de in- e de negócios da empresa com os seus públicos. Sendo
teração existente entre vendedor e cliente. assim, fica claro que esse profissional tem seu campo de
ação na política de relacionamento da organização.
Vamos analisar alguns pontos relevantes nessa interação. A comunicação interna, portanto, deve ser entendida
• Depende das características individuais do vende- como um feixe de propostas bem encadeadas, abrangen-
dor e do cliente tes, coisa significativamente maior que um simples progra-
• Trocas relacionais entre as partes (comunicação, ma de comunicação impressa. Para que se desenvolva em
valores partilhados, compromisso). toda sua plenitude, as empresas estão a exigir profissio-
• Trata-se de um relacionamento interativo e bidi- nais de comunicação sistêmicos, abertos, treinados, com
recional. visões integradas e em permanente estado de alerta para
• Somatória de competências. as ameaças e oportunidades ditadas pelo meio ambiente.
• Observação de linguagem corporal, identificando Percebe-se com isso, a multivariedade das funções dos
sentimentos e sensações da outra parte. Relações Públicas: estratégica, política, institucional, mer-
cadológica, social, comunitária, cultural, etc.; atuando sem-
4 Fonte: www.ibliotecadigital.fgv.br – Por Emanuel Ricardo pre para cumprir os objetivos da organização e definir suas
de Souza Ferreira políticas gerais de relacionamento.
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
Em vista do que foi dito sobre o profissional de Relações para o orador. Por outro lado, é bom evitar o outro extremo
Públicas, destaca-se como principal objetivo liderar o pro- e relaxar tanto no uso da linguagem quanto na pronúncia
cesso de comunicação total da empresa, tanto no nível do das palavras. Algumas dessas questões já foram discutidas
entendimento, como no nível de persuasão nos negócios. no estudo “Articulação clara”.
Em alguns idiomas, a pronúncia aceitável pode diferir
Pronúncia correta das palavras de um país para outro — até mesmo de uma região para
Proferir as palavras corretamente. Isso envolve: outra no mesmo país. Um estrangeiro talvez fale o idioma
Usar os sons corretos para vocalizar as palavras; local com sotaque. Os dicionários às vezes admitem mais
Enfatizar a sílaba certa; de uma pronúncia para determinada palavra. Especialmen-
Dar a devida atenção aos sinais diacríticos te se a pessoa não teve muito acesso à instrução escolar ou
se a sua língua materna for outra, ela se beneficiará muito
Por que é importante? por ouvir com atenção os que falam bem o idioma local
A pronúncia correta confere dignidade à mensagem e imitar sua pronúncia. Como Testemunhas de Jeová que-
que pregamos. Permite que os ouvintes se concentrem no remos falar de uma maneira que dignifique a mensagem
teor da mensagem sem ser distraídos por erros de pro- que pregamos e que seja prontamente entendida pelas
núncia. pessoas da localidade.
Fatores a considerar. Não há um conjunto de regras No dia-a-dia, é melhor usar palavras com as quais se
de pronúncia que se aplique a todos os idiomas. Muitos está bem familiarizado. Normalmente, a pronúncia não
idiomas utilizam um alfabeto. Além do alfabeto latino, há constitui problema numa conversa, mas ao ler em voz alta
também os alfabetos árabe, cirílico, grego e hebraico. No você poderá se deparar com palavras que não usa no co-
idioma chinês, a escrita não é feita por meio de um alfabe- tidiano.
to, mas por meio de caracteres que podem ser compostos
de vários elementos. Esses caracteres geralmente repre- Maneiras de aprimorar. Muitas pessoas que têm pro-
sentam uma palavra ou parte de uma palavra. Embora os blemas de pronúncia não se dão conta disso.
idiomas japonês e coreano usem caracteres chineses, estes Em primeiro lugar, quando for designado a ler em
podem ser pronunciados de maneiras bem diferentes e público, consulte num dicionário as palavras que não co-
nem sempre ter o mesmo significado. nhece. Se não tiver prática em usar o dicionário, procure
Nos idiomas alfabéticos, a pronúncia adequada exige em suas páginas iniciais, ou finais, a explicação sobre as
que se use o som correto para cada letra ou combinação abreviaturas, as siglas e os símbolos fonéticos usados ou,
de letras. Quando o idioma segue regras coerentes, como é se necessário, peça que alguém o ajude a entendê-los. Em
o caso do espanhol, do grego e do zulu, a tarefa não é tão alguns casos, uma palavra pode ter pronúncias diferentes,
difícil. Contudo, as palavras estrangeiras incorporadas ao dependendo do contexto. Alguns dicionários indicam a
idioma às vezes mantêm uma pronúncia parecida à origi- pronúncia de letras que têm sons variáveis bem como a
nal. Assim, determinadas letras, ou combinações de letras, sílaba tônica. Antes de fechar o dicionário, repita a palavra
podem ser pronunciadas de diversas maneiras ou, às vezes, várias vezes em voz alta.
simplesmente não ser pronunciadas. Você talvez precise Uma segunda maneira de melhorar a pronúncia é ler
memorizar as exceções e então usá-las regularmente ao para alguém que pronuncia bem as palavras e pedir-lhe
conversar. Em chinês, a pronúncia correta exige a memori- que corrija seus erros.
zação de milhares de caracteres. Em alguns idiomas, o sig- Um terceiro modo de aprimorar a pronúncia é prestar
nificado de uma palavra muda de acordo com a entonação. atenção aos bons oradores.
Se a pessoa não der a devida atenção a esse aspecto do
idioma, poderá transmitir ideias erradas. Pronúncia de números telefonicos
Se as palavras de um idioma forem compostas de síla- O número de telefone deve ser pronunciado algarismo
bas, é importante enfatizar a sílaba correta. Muitos idiomas por algarismo.
que usam esse tipo de estrutura têm regras bem defini- Deve-se dar uma pausa maior após o prefixo.
das sobre a posição da sílaba tônica (aquela que soa mais Lê-se em caso de uma sequencia de números de tres
forte). As palavras que fogem a essas regras geralmente em tres algarismos, com exceção de uma sequencia de
recebem um acento gráfico, o que torna relativamente fácil quatro numeros juntos, onde damos uma pausa a cada
pronunciá-las de maneira correta. Contudo, se houver mui- dois algarismos.
tas exceções às regras, o problema fica mais complicado. O número “6” deve ser pronunciado como “meia” e o
Nesse caso, exige bastante memorização para se pronun- número “11”, que é outra exceção, deve ser pronunciado
ciar corretamente as palavras. como “onze”.
Em alguns idiomas, é fundamental prestar bastante Veja abaixo os exemplos
atenção aos sinais diacríticos que aparecem acima e abaixo 011.264.1003 – zero, onze – dois, meia, quatro – um,
de determinadas letras, como: è, é, ô, ñ, ō, ŭ, ü, č, ç. zero – zero, tres
Na questão da pronúncia, é preciso evitar algumas ar- 021.271.3343 – zero, dois, um – dois, sete, um – tres,
madilhas. A precisão exagerada pode dar a impressão de tres – quatro, tres
afetação e até de esnobismo. O mesmo acontece com as 031.386.1198 – zero, tres, um – tres, oito, meia – onze
pronúncias em desuso. Tais coisas apenas chamam atenção – nove, oito
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
• Empatia - para personalizar o atendimento, po- O tratamento é a maneira como o funcionário se dirige
de-se pronunciar o nome do usuário algumas vezes, mas, ao cliente e interage com ele, orientando-o, conquistando
nunca, expressões como “meu bem”, “meu querido, entre sua simpatia. Está relacionada a:
outras); • Presteza – demonstração do desejo de servir, va-
• Concentração – sobretudo no que diz o interlo- lorizando prontamente a solicitação do usuário;
cutor (evitar distrair-se com outras pessoas, colegas ou • Cortesia – manifestação de respeito ao usuário e
situações, desviando-se do tema da conversa, bem como de cordialidade;
evitar comer ou beber enquanto se fala); • Flexibilidade – capacidade de lidar com situações
• Comportamento ético na conversação – o que não-previstas.
envolve também evitar promessas que não poderão ser
cumpridas. A comunicação entre as pessoas é algo multíplice, haja
• vista, que transmitir uma mensagem para outra pessoa e
Atendimento e tratamento fazê-la compreender a essência da mesma é uma tarefa que
O atendimento está diretamente relacionado aos envolve inúmeras variáveis que transformam a comunicação
negócios de uma organização, suas finalidades, produtos humana em um desafio constante para todos nós.
e serviços, de acordo com suas normas e regras. O E essa complexidade aumenta quando não há uma
atendimento estabelece, dessa forma, uma relação entre comunicação visual, como na comunicação por telefone,
o atendente, a organização e o cliente. onde a voz é o único instrumento capaz de transmitir a
mensagem de um emissor para um receptor. Sendo assim,
A qualidade do atendimento, de modo geral, é inúmeras empresas cometem erros primários no atendimento
determinada por indicadores percebidos pelo próprio telefônico, por se tratar de algo de difícil consecução.
usuário relativamente a: Abaixo 16 dicas para aprimorar o atendimento
• competência – recursos humanos capacitados e telefônico, de modo a atingirmos a excelência, confira:
recursos tecnológicos adequados;
• confiabilidade – cumprimento de prazos e horários 1 - Profissionalismo: utilize-se sempre de uma
estabelecidos previamente; linguagem formal, privilegiando uma comunicação
• credibilidade – honestidade no serviço proposto; que transmita respeito e seriedade. Evite brincadeiras,
• segurança – sigilo das informações pessoais; gírias, intimidades, etc, pois assim fazendo, você estará
• facilidade de acesso – tanto aos serviços como ao gerando uma imagem positiva de si mesmo por conta do
pessoal de contato; profissionalismo demonstrado.
• comunicação – clareza nas instruções de utilização 2 - Tenha cuidado com os ruídos: algo que é
dos serviços. extremamente prejudicial ao cliente são as interferências,
ou seja, tudo aquilo que atrapalha a comunicação entre as
Fatores críticos de sucesso ao telefone: partes (chieira, sons de aparelhos eletrônicos ligados, etc.).
A voz / respiração / ritmo do discurso Sendo assim, é necessário manter a linha “limpa” para que
A escolha das palavras a comunicação seja eficiente, evitando desvios.
A educação 3 - Fale no tom certo: deve-se usar um tom de voz que
Ao telefone, a sua voz é você. A pessoa que está seja minimamente compreensível, evitando desconforto
do outro lado da linha não pode ver as suas expressões para o cliente que por várias vezes é obrigado a “implorar”
faciais e gestos, mas você transmite através da voz o para que o atendente fale mais alto.
sentimento que está alimentando ao conversar com ela. 4 - Fale no ritmo certo: não seja ansioso para que você
As emoções positivas ou negativas, podem ser reveladas, não cometa o erro de falar muito rapidamente, ou seja,
tais como: procure encontrar o meio termo (nem lento e nem rápido),
• Interesse ou desinteresse, de forma que o cliente entenda perfeitamente a mensagem,
• Confiança ou desconfiança, que deve ser transmitida com clareza e objetividade.
• Alerta ou cansaço, 5 - Tenha boa dicção: use as palavras com coerência e
• Calma ou agressividade, coesão para que a mensagem tenha organização, evitando
• Alegria ou tristeza, possíveis erros de interpretação por parte do cliente.
• Descontração ou embaraço, 6 - Tenha equilíbrio: se você estiver atendendo um
• Entusiasmo ou desânimo. cliente sem educação, use a inteligência, ou seja, seja
O ritmo habitual da comunicação oral é de 180 paciente, ouça-o atentamente, jamais seja hostil com o
palavras por minuto; ao telefone deve-se reduzir para mesmo e tente acalmá-lo, pois assim, você estará mantendo
120 palavras por minuto aproximadamente, tornando o sua imagem intacta, haja vista, que esses “dinossauros”
discurso mais claro. não precisam ser atacados, pois, eles se matam sozinhos.
A fala muito rápida dificulta a compreensão da 7 - Tenha carisma: seja uma pessoa empática e
mensagem e pode não ser perceptível; a fala muito lenta sorridente para que o cliente se sinta valorizado pela
pode o outro a julgar que não existe entusiasmo da sua empresa, gerando um clima confortável e harmônico. Para
parte. isso, use suas entonações com criatividade, de modo a
transmitir emoções inteligentes e contagiantes.
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
importante que você não deixe uma linha ocupada com - Número-Chave ou Piloto: Número que acessa au-
uma pessoa que está apenas esperando a liberação de um tomaticamente as linhas que estão em busca automática,
ramal. Isso pode congestionar as linhas do equipamento, devendo ser o único número divulgado ao público.
gerando perda de ligações. Mas caso essa pessoa insista - Enlace: Meio pelo qual se efetuam as ligações entre
em falar com o ramal ocupado, você deve interromper a ramais e linhas-tronco.
outra ligação e dizer: “Desculpe-me interromper sua liga- - Bloqueador de Interurbanos: Aparelho que impede
ção, mas há uma chamada urgente do (a) Sr.(a) Fulano(a) a realização de ligações interurbanas.
para este ramal. O (a) senhor (a) pode atender?” Se a pes- - DDG: (Discagem Direta Gratuita), serviço interurbano
soa puder atender , complete a ligação, se não, diga que franqueado, cuja cobrança das ligações é feita no telefone
a outra ligação ainda está em andamento e reafirme sua chamado.
possibilidade em auxiliar. - DDR : (Discagem direta a Ramal) , as chamadas exter-
Lembre-se : nas vão direto para o ramal desejado, sem passar pela tele-
Você deve ser natural, mas não deve esquecer de cer- fonista . Isto só é possível em algumas CPCTs do tipo PABX.
tas formalidades como, por exemplo, dizer sempre “por fa- - Pulso : Critério de medição de uma chamada por
vor” , “Queira desculpar”, “Senhor”, “Senhora”. Isso facilita tempo, distância e horário.
a comunicação e induz a outra pessoa a ter com você o - Consultores: empregados da Telems que dão orien-
mesmo tipo de tratamento. tação às empresas quanto ao melhor funcionamento dos
A conversa: existem expressões que nunca devem ser sistemas de telecomunicações.
usadas, tais como girias, meias palavras, e palavras com co- - Mantenedora: empresa habilitada para prestar servi-
notação de intimidade. A conversa deve ser sempre manti- ço e dar assistência às CPCTs.
da em nível profissional. - Serviço Noturno: direciona as chamadas recebidas
nos horários fora do expediente para determinados ramais.
Equipamento básico Só é possível em CPCTs do tipo PBX e PABX.
Além da sala, existem outras coisas necessárias para
assegurar o bom andamento do seu trabalho: Em casos onde você se depara com uma situação que
- Listas telefônicas atualizadas. represente conflito ou problema, é necessário adequar a
- Relação dos ramais por nomes de funcionários (em sua reação à cada circunstância. Abaixo alguns exemplos.
ordem alfabética).
- Relação dos números de telefones mais chamados. 1ª - Um cliente chega nervoso – o que fazer?
- Tabela de tarifas telefônicas. Não interrompa a fala do Cliente. Deixe-o liberar
- Lápis e caneta a raiva.
- Bloco para anotações Acima de tudo, mantenha-se calmo.
- Livro de registro de defeitos. Por nenhuma hipótese, sintonize com o Cliente,
em um estado de nervosismo.
O que você precisa saber: Jamais diga ao Cliente: “Calma, o (a) senhor (a)
O seu equipamento telefônico não é apenas parte do está muito nervoso (a), tente acalmar-se”.
seu material de trabalho. É o que há de mais importante. Use frases adequadas ao momento. Frases que
Por isso você deve saber como ele funciona. Tecnicamente, ajudam acalmar o Cliente, deixando claro que você está ali
o equipamento que você usa é chamado de CPCT - Central para ajudá-lo
Privada de Comunicação Telefônica, que permite você fazer
ligações internas (de ramal para ramal) e externas. Atual- 2ª – Diante de um Cliente mal-educado – o que fa-
mente existem dois tipos: PABX e KS. zer?
- PABX (Private Automatic Branch Exchange): neste sis- O tratamento deverá ser sempre positivo, inde-
tema, todas as ligações internas e a maioria das ligações pendentemente das circunstâncias.
para fora da empresa são feitas pelos usuários de ramais. Não fique envolvido emocionalmente. Aprenda a
Todas as ligações que entram, passam pela telefonista. entender que você não é o alvo.
- KS (Key System): todas as ligações, sejam elas de en- Reaja com mais cortesia, com suavidade, cuidan-
trada, de saída ou internas, são feitas sem passar pela te- do para não parecer ironia. Quando você toma a iniciativa
lefonista e age positivamente, coloca uma pressão psicológica no
Informações básicas adicionais Cliente, para que ele reaja de modo positivo.
- Ramal: são os terminais de onde saem e entram as
ligações telefônicas. Eles se dividem em: 3ª – Diante de erros ou problemas causados pela
* Ramais privilegiados: são os ramais de onde se po- empresa
dem fazer ligações para fora sem passar pela telefonista ADMITA o erro, sem evasivas, o mais rápido pos-
* Ramais semi-privilegiados: nestes ramais é neces- sível.
sário o auxilio da telefonista para ligar para fora. Diga que LAMENTA muito e que fará tudo que
* Ramais restritos: só fazem ligações internas. estiver ao seu alcance para que o problema seja resolvido.
-Linha - Tronco: linha telefônica que liga a CPCT à CORRIJA o erro imediatamente, ou diga quando
central Telefônica Pública. vai corrigir.
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
6ª – Equilíbrio Emocional
Em uma época em que manter um excelente relacionamento com o Cliente é um pré-requisito de sucesso, ter um
alto coeficiente de IE (Inteligência Emocional) é muito importante para todos os profissionais, particularmente os que
trabalham diretamente no atendimento a Clientes.
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
A origem dos problemas está nos sistemas implantados próprio negócio. Dessa maneira, estes dois itens se tornam
nas organizações, muitas vezes obsoletos. Estes sistemas complementares e inter-relacionados, com dependência
não definem uma política clara de serviços, não definem o recíproca para terem peso.
que é o próprio serviço e qual é o seu produto. Sem isso, Para conhecermos melhor a postura de atendimento,
existe muita dificuldade em satisfazer plenamente o cliente. faz-se necessário falar do Verdadeiro profissional do
Estas empresas que perdem 68% dos seus clientes, atendimento.
não contratam profissionais com características básicas
para atender o público, não treinam estes profissionais na Os três passos do verdadeiro profissional de
postura adequada, não criam um padrão de atendimento e atendimento:
este passa a ser realizado de acordo com as características
individuais e o bom senso de cada um. 01. Entender o seu VERDADEIRO PAPEL, que é o de
A falta de noção clara da causa primária da perda de compreender e atender as necessidades dos clientes,
clientes faz com que as empresas demitam os funcionários fazer com que ele seja bem recebido, ajudá-lo a se sentir
“porque eles não sabem nem atender o cliente”. Parece até importante e proporcioná-lo um ambiente agradável. Este
que o atendimento é a tarefa mais simples da empresa e profissional é voltado completamente para a interação
que menos merece preocupação. Ao contrário, é a mais com o cliente, estando sempre com as suas antenas ligadas
complexa e recheada de nuances que perpassam pela neste, para perceber constantemente as suas necessidades.
condição individual e por condições sistêmicas. Para este profissional, não basta apenas conhecer o produto
ou serviço, mas o mais importante é demonstrar interesse
Estas condições sistêmicas estão relacionadas a: em relação às necessidades dos clientes e atendê-las.
1. Falta de uma política clara de serviços; 02. Entender o lado HUMANO, conhecendo as
2. Indefinição do conceito de serviços; necessidades dos clientes, aguçando a capacidade de
3. Falta de um perfil adequado para o profissional de perceber o cliente. Para entender o lado humano, é
atendimento; necessário que este profissional tenha uma formação
4. Falta de um padrão de atendimento; voltada para as pessoas e goste de lidar com gente. Se
5. Inexistência do follow up; espera que ele fique feliz em fazer o outro feliz, pois para
6. Falta de treinamento e qualificação de pessoal. este profissional, a felicidade de uma pessoa começa no
mesmo instante em que ela cessa a busca de sua própria
Nas condições individuais, podemos encontrar a felicidade para buscar a felicidade do outro.
contratação de pessoas com características opostas ao 03. Entender a necessidade de manter um ESTADO
necessário para atender ao público, como: timidez, avareza, DE ESPÍRITO POSITIVO, cultivando pensamentos e
rebeldia... sentimentos positivos, para ter atitudes adequadas no
momento do atendimento. Ele sabe que é fundamental
SERVIÇO E POSTURA DE ATENDIMENTO separar os problemas particulares do dia a dia do trabalho
Observando estas duas condições principais que e, para isso, cultiva o estado de espírito antes da chegada
causam a vinculação ou o afastamento do cliente da do cliente. O primeiro passo de cada dia, é iniciar o
empresa, podemos separar a estrutura de uma empresa de trabalho com a consciência de que o seu principal papel é
serviços em dois itens: o de ajudar os clientes a solucionarem suas necessidades.
os serviços e a postura de atendimento. A postura é de realizar serviços para o cliente.
O SERVIÇO assume uma dimensão macro nas
organizações e, como tal, está diretamente relacionado ao Os requisitos para contratação deste profissional
próprio negócio. Para trabalhar com atendimento ao público, alguns
Nesta visão mais global, estão incluídas as políticas de requisitos são essenciais ao atendente. São eles:
serviços, a sua própria definição e filosofia. Aqui, também
são tratados os aspectos gerais da organização que dão Gostar de SERVIR, de fazer o outro feliz.
peso ao negócio, como: o ambiente físico, as cores (pintura), Gostar de lidar com gente.
os jardins. Este item, portanto, depende mais diretamente Ser extrovertido.
da empresa e está mais relacionado com as condições Ter humildade.
sistêmicas. Cultivar um estado de espírito positivo.
Satisfazer as necessidades do cliente.
Já a POSTURA DE ATENDIMENTO, que é o tratamento Cuidar da aparência.
dispensado às pessoas, está mais relacionado com o
funcionário em si, com as suas atitudes e o seu modo de Com estes requisitos, o sinal fica verde para o
agir com os clientes. Portanto, está ligado às condições atendimento.
individuais.
É necessário unir estes dois pontos e estabelecer nas A POSTURA pode ser entendida como a junção de
políticas das empresas, o treinamento, a definição de todos os aspectos relacionados com a nossa expressão
um padrão de atendimento e de um perfil básico para o corporal na sua totalidade e nossa condição emocional.
profissional de atendimento, como forma de avançar no
29
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
Podemos destacar 03 pontos necessários para falarmos Como o olhar revela a atitude da mente, ele pode
de POSTURA. São eles: transmitir:
01. Ter uma POSTURA DE ABERTURA: que se 01. Interesse quando:
caracteriza por um posicionamento de humildade, Brilha;
mostrando-se sempre disponível para atender e interagir Tem atenção;
prontamente com o cliente. Esta POSTURA DE ABERTURA Vem acompanhado de aceno de cabeça.
do atendente suscita alguns sentimentos positivos nos
clientes, como por exemplo: 02. Desinteresse quando:
a) postura do atendente de manter os ombros abertos É apático;
e o peito aberto, passa ao cliente um sentimento de É imóvel, rígido;
receptividade e acolhimento; Não tem expressão.
b) deixar a cabeça meio curva e o corpo ligeiramente
inclinado transmite ao cliente a humildade do atendente; O olhar desbloqueia o atendimento, pois quebra o
c) o olhar nos olhos e o aperto de mão firme traduzem gelo. O olhar nos olhos dá credibilidade e não há como
respeito e segurança; dissimular com o olhar.
d) a fisionomia amistosa, alenta um sentimento de
afetividade e calorosidade. A aproximação - raio de ação.
A APROXIMAÇÃO do cliente está relacionada ao
02. Ter SINTONIA ENTRE FALA E EXPRESSÃO conceito de RAIO DE AÇÃO, que significa interagir com o
CORPORAL: que se caracteriza pela existência de uma público, independente deste ser cliente ou não.
unidade entre o que dizemos e o que expressamos no Esta interação ocorre dentro de um espaço físico de 3
nosso corpo. metros de distância do público e de um tempo imediato,
Quando fazemos isso, nos sentimos mais harmônicos e ou seja, prontamente.
confortáveis. Não precisamos fingir, mentir ou encobrir os Além do mais, deve ocorrer independentemente do
nossos sentimentos e eles fluem livremente. Dessa forma, funcionário estar ou não na sua área de trabalho. Estes
nos sentimos mais livres do stress, das doenças, dos medos. requisitos para a interação, a tornam mais eficaz.
03. As EXPRESSÕES FACIAIS: das quais podemos Esta interação pode se caracterizar por um cumprimento
extrair dois aspectos: o expressivo, ligado aos estados verbal, uma saudação, um aceno de cabeça ou apenas por
emocionais que elas traduzem e a identificação destes um aceno de mão. O objetivo com isso, é fazer o cliente
estados pelas pessoas; e a sua função social que diz em sentir-se acolhido e certo de estar recebendo toda a
que condições ocorreu a expressão, seus efeitos sobre o atenção necessária para satisfazer os seus anseios.
observador e quem a expressa.
Podemos concluir, entendendo que, qualquer Alguns exemplos são:
comportamento inclui posturas e é sempre fruto da 1. No hotel, a arrumadeira está no corredor com o
interação complexa entre o organismo e o seu meio carrinho de limpeza e o hóspede sai do seu apartamento. Ela
ambiente. prontamente olha para ele e diz com um sorriso: “bom dia!”.
2. O caixa de uma loja que cumprimenta o cliente no
O olhar momento do pagamento;
Os olhos transmitem o que está na nossa alma. Através 03. O frentista do posto de gasolina que se aproxima
do olhar, podemos passar para as pessoas os nossos ao ver o carro entrando no posto e faz uma sudação...
sentimentos mais profundos, pois ele reflete o nosso estado
de espírito. A INVASÃO
Ao analisar a expressão do olhar, não vamos nos Mas, interagir no RAIO DE AÇÃO não tem nada a ver
prender somente a ele, mas a fisionomia como um todo com INVASÃO DE TERRITÓRIO.
para entendermos o real sentido dos olhos. Vamos entender melhor isso.
Um olhar brilhante transmite ao cliente a sensação Todo ser humano sente necessidade de definir um
de acolhimento, de interesse no atendimento das suas TERRITÓRIO, que é um certo espaço entre si e os estranhos.
necessidades, de vontade de ajudar. Ao contrário, um olhar Este território não se configura apenas em um espaço
apático, traduz fraqueza e desinteresse, dando ao cliente, a físico demarcado, mas principalmente num espaço pessoal
impressão de desgosto e dissabor pelo atendimento. e social, o que podemos traduzir como a necessidade de
Mas, você deve estar se perguntando: O que causa este privacidade, de respeito, de manter uma distância ideal
brilho nos nossos olhos ? A resposta é simples: entre si e os outros de acordo com cada situação.
Gostar do que faz, gostar de prestar serviços ao outro, Quando estes territórios são invadidos, ocorrem cortes
gostar de ajudar o próximo. na privacidade, o que normalmente traz consequências
Para atender ao público, é preciso que haja interesse e negativas. Podemos exemplificar estas invasões com
gosto, pois só assim conseguimos repassar uma sensação algumas situações corriqueiras: uma piada muito picante
agradável para o cliente. Gostar de atender o público contada na presença de pessoas estranhas a um grupo
significa gostar de atender as necessidades dos clientes, social; ficar muito próximo do outro, quase se encostando
querer ver o cliente feliz e satisfeito. nele; dar um tapinha nas costas...
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
Nas situações de atendimento, são bastante comuns É muito mais difícil e também mais caro, trazer de volta
as invasões de território pelos atendentes. Estas, na sua o cliente perdido, aquele que foi mal atendido ou que não
maioria, causam mal-estar aos clientes, pois são traduzidas teve os seus desejos satisfeitos.
por eles como atitudes grosseiras e poucos sensíveis. Estes clientes perdem a confiança na empresa e normalmente
Alguns são os exemplos destas atitudes e situações mais os custos para resgatá-la, são altos. Alguns mecanismos que
comuns: as empresas adotam são os contatos via telemarketing, mala-
direta, visitas, mas nem sempre são eficazes.
Insistência para o cliente levar um item ou adquirir A maioria das empresas não têm noção da quantidade
um bem; de clientes perdidos durante a sua existência, pois elas não
Seguir o cliente por toda a loja; adotam mecanismos de identificação de reclamações e/ou
O motorista de taxi que não pára de falar com o insatisfações destes clientes. Assim, elas deixam escapar as
cliente passageiro; armas que teriam para reforçar os seus processos internos
O garçom que fica de pé ao lado da mesa sugerin- e o seu sistema de trabalho.
do pratos sem ser solicitado; Quando as organizações atentam para essa importância,
O funcionário que cumprimenta o cliente com elas passam a aplicar instrumentos de medição.
dois beijinhos e tapinhas nas costas; Mas, estes coletores de dados nem sempre traduzem
O funcionário que transfere a ligação ou desliga o a realidade, pois muitas vezes trazem perguntas vagas,
telefone sem avisar. subjetivas ou pedem a opinião aberta sobre o assunto.
Dessa forma, fica difícil mensurar e acaba-se por não
Estas situações não cabem na postura do verdadeiro colher as informações reais.
profissional do atendimento. A saída seria criar medidores que traduzissem com
fatos e dados, as verdadeiras opiniões do cliente sobre o
O sorriso serviço e o produto adquiridos da empresa.
O SORRISO abre portas e é considerado uma linguagem
universal. Apresentação pessoal
Imagine que você tem um exame de saúde muito Que imagem você acha que transmitimos ao cliente
importante para receber e está apreensivo com o resultado. quando o atendemos com as unhas sujas, os cabelos
Você chega à clínica e é recebido por uma recepcionista despenteados, as roupas mal cuidadas... ?
que apresenta um sorriso caloroso. Com certeza você se O atendente está na linha de frente e é responsável
sentirá mais seguro e mais confiante, diminuindo um pouco pelo contato, além de representar a empresa neste
a tensão inicial. Neste caso, o sorriso foi interpretado como momento. Para transmitir confiabilidade, segurança, bons
um ato de apaziguamento. serviços e cuidado, se faz necessário, também, ter uma boa
O sorriso tem a capacidade de mudar o estado de apresentação pessoal.
espírito das pessoas e as pesquisas revelam que as pessoas
sorridentes são avaliadas mais favoravelmente do que as Alguns cuidados são essenciais para tornar este item
não sorridentes. mais completo. São eles:
O sorriso é um tipo de linguagem corporal, um tipo de 01. Tomar um BANHO antes do trabalho diário: além
comunicação não-verbal . Como tal, expressa as emoções da função higiênica, também é revigorante e espanta a
e geralmente informa mais do que a linguagem falada e preguiça;
a escrita. Dessa forma, podemos passar vários tipos de 02. Cuidar sempre da HIGIENE PESSOAL: unhas
sentimentos e acarretar as mais diversas emoções no outro. limpas, cabelos cortados e penteados, dentes cuidados,
hálito agradável, axilas
Ir ao encontro do cliente Asseadas, barba feita;
Ir ao encontro do cliente é um forte sinal de compromisso 03. Roupas limpas e conservadas;
no atendimento, por parte do atendente. Este item traduz a 04. Sapatos limpos;
importância dada ao cliente no momento de atendimento, 05. Usar o CRACHÁ DE IDENTIFICAÇÃO, em local
na qual o atendente faz tudo o que é possível para atender visível pelo cliente.
as suas necessidades, pois ele compreende que satisfazê-
las é fundamental. Indo ao encontro do cliente, o atendente Quando estes cuidados básicos não são tomados, o
demonstra o seu interesse para com ele. cliente se questiona : “ puxa, se ele não cuida nem dele, da
sua aparência pessoal, como é que vai cuidar de me prestar
A primeira impressão um bom serviço ? “
Você já deve ter ouvido milhares de vezes esta frase: A A apresentação pessoal, a aparência, é um aspecto
PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA. importante para criar uma relação de proximidade e
Você concorda com ela? confiança entre o cliente e o atendente.
No mínimo seremos obrigados a dizer que será difícil
a empresa ter uma segunda chance para tentar mudar a Cumprimento caloroso
impressão inicial, se esta foi negativa, pois dificilmente o O que você sente quando alguém aperta a sua mão
cliente irá voltar. sem firmeza ?
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
Precisamos ter em atendimento, pessoas descontraídas, PARE E REFLITA: VOCÊ GOSTARIA DE SER COMPARADO
que façam do ato de atender o seu verdadeiro sentido de A ESTE ATENDENTE?
vida, que é SERVIR AO PRÓXIMO. * o senhor como cliente TEM QUE ENTENDER...
Atitudes de apatia, frieza, desconsideração e hostilidade, * o senhor DEVERIA AGRADECER O QUE A EMPRESA
retratam bem a falta de calor do atendente. Com estas FAZ PELO SENHOR...
atitudes, o atendente parece estar pedindo ao cliente que * o CLIENTE É UM CHATO QUE SEMPRE QUER MAIS...
este se afaste, vá embora, desapareça da sua frente, pois * AÍ VEM ELE DE NOVO...
ele não é bem vindo. Assim, o atendente esquece que a sua Estas frases geram um bloqueio mental, dificultando
MISSÃO é SERVIR e fazer o cliente FELIZ. a liberação do lado bom da pessoa que atende o cliente.
Aqui, podemos ter o efeito bumerangue, que torna um
As gafes no atendimento círculo vicioso na postura inadequada, pois, o atendente
Depois de conhecermos a postura correta de usa os chavões (pensa dessa forma em relação ao cliente
atendimento, também é importante sabermos quais e a situação de atendimento ), o cliente se aborrece e
são as formas erradas, para jamais praticá-las. Quem as descarrega no atendente, ou simplesmente não volta mais.
pratica, com certeza não é um verdadeiro profissional de Para quebrar este ciclo, é preciso haver uma mudança
atendimento. Podemos dividi-las em duas partes, que são: radical no pensamento e postura do atendente.
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
custodiante central, prestando serviços às bolsas e aos IV - cooperativa singular de crédito não filiada a
agentes econômicos responsáveis pelas operações nelas cooperativa central, podendo ser constituída a ouvidoria
cursadas. em cooperativa central, federação de cooperativas de
crédito, confederação de cooperativas de crédito ou
CAPÍTULO II associação de classe da categoria.
DAS ATRIBUIÇÕES § 1º O disposto no inciso II, alínea “b”, não se aplica
a bancos comerciais, bancos múltiplos, caixas econômicas,
Art. 3º São atribuições da ouvidoria: sociedades de crédito, financiamento e investimento,
I - prestar atendimento de última instância às demandas associações de poupança e empréstimo e sociedades
dos clientes e usuários de produtos e serviços que não de arrendamento mercantil que realizem operações de
tiverem sido solucionadas nos canais de atendimento arrendamento mercantil financeiro.
primário da instituição; § 2º O disposto nos incisos II, alínea “b”, e IV somente se
II - atuar como canal de comunicação entre a instituição aplica a associação de classe ou bolsa que possuir código
e os clientes e usuários de produtos e serviços, inclusive na de ética ou de autorregulação efetivamente implantado, ao
mediação de conflitos; e qual a instituição tenha aderido.
III - informar ao conselho de administração ou, na sua
ausência, à diretoria da instituição a respeito das atividades CAPÍTULO IV
de ouvidoria. DO FUNCIONAMENTO
Parágrafo único. Para efeitos desta Resolução,
considera-se primário o atendimento habitual realizado Art. 6º As atribuições da ouvidoria abrangem as
em quaisquer pontos ou canais de atendimento, incluídos seguintes atividades:
os Resolução nº 4.433, de 23 de julho de 2015 Página 2 de I - atender, registrar, instruir, analisar e dar tratamento
7 correspondentes no País e o Serviço de Atendimento ao formal e adequado às demandas dos clientes e usuários de
Consumidor (SAC) de que trata o Decreto nº 6.523, de 31 produtos e serviços;
de julho de 2008. II - prestar esclarecimentos aos demandantes acerca
do andamento das demandas, informando o prazo previsto
CAPÍTULO III para resposta;
DA ORGANIZAÇÃO III - encaminhar resposta conclusiva para a demanda
no prazo previsto;
Art. 4º A estrutura da ouvidoria deve ser compatível IV - manter o conselho de administração ou, na sua
com a natureza e a complexidade dos produtos, serviços, ausência, a diretoria da instituição, informado sobre os
atividades, processos e sistemas de cada instituição. problemas e deficiências detectados no cumprimento de
Parágrafo único. A ouvidoria não pode estar vinculada suas atribuições e sobre o resultado das medidas adotadas
a componente organizacional da instituição que configure pelos administradores da instituição para solucioná-los; e
conflito de interesses ou de atribuições, a exemplo das V - elaborar e encaminhar à auditoria interna, ao
unidades de negociação de produtos e serviços, da unidade comitê de auditoria, quando existente, e ao conselho
responsável pela gestão de riscos e da unidade executora de administração ou, na sua ausência, à diretoria da
da atividade de auditoria interna. instituição, ao final de cada semestre, relatório quantitativo
Art. 5º É admitido o compartilhamento de ouvidoria e qualitativo acerca das atividades desenvolvidas pela
nos seguintes casos: ouvidoria no cumprimento de suas atribuições.
I - instituição que integre conglomerado composto por § 1º O atendimento prestado pela ouvidoria:
pelo menos duas instituições autorizadas a funcionar pelo I - deve ser identificado por meio de número de
Banco Central do Brasil, podendo ser constituída a ouvidoria protocolo, o qual deve ser fornecido ao demandante;
em qualquer das instituições autorizadas a funcionar; II - deve ser gravado, quando realizado por telefone, e,
II - instituição que não integre conglomerado composto quando realizado por meio de documento escrito ou por
por pelo menos duas instituições autorizadas a funcionar meio eletrônico, arquivada a respectiva documentação; e
pelo Banco Central do Brasil, podendo ser constituída a III - pode abranger:
ouvidoria: a) excepcionalmente, as demandas não recepcionadas
a) em empresa ligada, conforme definição constante inicialmente pelos canais de atendimento primário; e
do art. 1º, § 1º, incisos I e III, da Resolução nº 2.107, de 31 b) as demandas encaminhadas pelo Banco Central
de agosto de 1994; e do Brasil, por órgãos públicos ou por outras entidades
b) na associação de classe a que seja filiada ou na bolsa públicas ou privadas.
de valores ou bolsa de mercadorias e futuros ou bolsa § 2º O prazo de resposta para as demandas não
de valores e de mercadorias e futuros nas quais realize pode ultrapassar dez dias úteis, podendo ser prorrogado,
operações; excepcionalmente e de forma justificada, uma única vez,
III - cooperativa singular de crédito filiada a cooperativa por igual período, limitado o número de prorrogações
central, podendo ser constituída a ouvidoria na respectiva a 10% (dez por cento) do total de demandas no mês,
cooperativa central, confederação de cooperativas de devendo o demandante ser informado sobre os motivos
crédito ou banco do sistema cooperativo; e da prorrogação.
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
I - designar perante o Banco Central do Brasil apenas § 3º As instituições referidas no art. 2º são responsáveis
o nome do respectivo diretor responsável pela ouvidoria; e pela atualização periódica dos conhecimentos dos
II - informar o nome do ouvidor, que deverá ser o do integrantes da ouvidoria.
ouvidor da associação de classe, bolsa de valores, bolsa de § 4º O diretor responsável pela ouvidoria sujeita-se à
mercadorias e futuros ou bolsa de valores e de mercadorias formalidade prevista no caput, caso exerça a função de
e futuros, entidade ou empresa que constituir a ouvidoria. ouvidor.
§ 5º Nas hipóteses previstas no art. 5º, incisos II e
CAPÍTULO VI IV, aplica-se o disposto neste artigo aos integrantes da
DA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES ouvidoria da associação de classe, entidade e empresa que
realize as atividades mencionadas no art. 6º.
Art. 13. O diretor responsável pela ouvidoria deve
elaborar relatório semestral referente às atividades CAPÍTULO VIII
desenvolvidas pela ouvidoria, nas datas-base de 30 de DISPOSIÇÕES FINAIS
junho e 31 de dezembro.
Parágrafo único. O relatório de que trata o caput deve Art. 17. O Banco Central do Brasil poderá adotar
ser encaminhado à auditoria interna, ao comitê de auditoria, medidas complementares necessárias à execução do
quando existente, e ao conselho de administração ou, na disposto nesta Resolução.
sua ausência, à diretoria da instituição. Art. 18. Os relatórios e a documentação relativa aos
Art. 14. As instituições devem divulgar semestralmente, atendimentos realizados, de que tratam os arts. 6º, inciso
nos respectivos sítios eletrônicos na internet, as V e § 1º, 7º e 13, bem como a gravação telefônica do
informações relativas às atividades desenvolvidas pela atendimento, devem permanecer à disposição do Banco
ouvidoria. Central do Brasil na sede da instituição pelo prazo mínimo
Art. 14. As instituições devem divulgar semestralmente, de cinco anos.
nos respectivos sítios eletrônicos na internet, as Art. 19. Fica concedido prazo até 30 de junho de 2016
informações relativas às atividades desenvolvidas pela para as instituições referidas no art. 2º se adaptarem ao
ouvidoria, inclusive os dados relativos à avaliação direta da disposto nesta Resolução.
qualidade do atendimento de que trata o inciso III do art. Art. 20. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
8º. (Redação dada, a partir de 2/7/2018, pela Resolução nº publicação.
4.629, de 25/1/2018). Art. 21. Fica revogada a Resolução nº 3.849, de 25 de
Parágrafo único. O Banco Central do Brasil poderá março de 2010.
estabelecer o conteúdo mínimo das informações de que Alexandre Antonio Tombini
trata o caput. Presidente do Banco Central do Brasil
Parágrafo único. (Revogado, a partir de 2/7/2018, pela Este texto não substitui o publicado no DOU de
Resolução nº 4.629, de 25/1/2018). 27/7/2015, Seção 1, p. 30/31, e no Sisbacen.
Art. 15. O Banco Central do Brasil estabelecerá o
conteúdo, a forma, a periodicidade e o prazo de remessa Referências: CARVALHO, Irene Mello. Introdução à Psi-
de dados e de informações relativos às atividades da cologia das Relações Humanas; CHIAVENATO, Idalberto.
ouvidoria. Administração de empresas Robbins, Stephen P. Comporta-
Art. 15. O Banco Central do Brasil poderá estabelecer o mento Organizacional/ http://www.bcb.gov.br/pre/norma-
conteúdo, a forma, a periodicidade e o prazo de remessa tivos/res/2015/pdf/res_4433_v1_O.pdf/ Mercado & Concor-
de dados e de informações relativos às atividades da rência/ http://www2.camara.leg.br/http://jus.com.br/artigos
ouvidoria. (Redação dada, a partir de 2/7/2018, pela
Resolução nº 4.629, de 25/1/2018). Texto adaptado de Bruno Mendonça (Publicitário &
Coach Profissional) / Enio Klein (Business School São Paulo –
CAPÍTULO VII BSP) / Caio Volpe / Daniel Santa Cruz / Guilherme Françolin
DA CERTIFICAÇÃO / Jean Michel Soldatelli / Victor Brunetti / Márcia Queiros /
Maria Aparecida Araújo/ Marcineia de Oliveira – Não aten-
Art. 16. As instituições referidas no art. 2º devem da clientes, atenda pessoas
adotar providências para que os integrantes da ouvidoria
que realizem as atividades mencionadas no art. 6º sejam
considerados aptos em exame de certificação organizado
por entidade de reconhecida capacidade técnica.
§ 1º O exame de certificação deve abranger, no
mínimo, temas relacionados à ética, aos direitos e defesa
do consumidor e à mediação de conflitos.
§ 2º A designação dos integrantes da ouvidoria
referidos no caput fica condicionada à comprovação de
aptidão no exame de certificação, além do atendimento às
demais exigências desta Resolução.
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08-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- Texto: Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e
PE/2010) O nome próprio “Renato da Fonseca” está de investimentos e também erros operacionais (...) = a vír-
entre vírgulas por tratar-se de um vocativo. gula tem a função de enumerar exemplos, justificativas para
a ocorrência do apagão.
Recorramos ao texto (lembre-se de fazer a mesma coi-
sa no dia do seu concurso!): (...) diz o gerente executivo RESPOSTA: “ERRADO”.
de pesquisas da Confederação Nacional da Indústria (CNI),
Renato da Fonseca, para explicar a melhora das expecta- 11-) (ANTT – TODOS OS CARGOS – NÍVEL INTER-
tivas. O termo em destaque não está exercendo a função MEDIÁRIO – CESPE/2013)
de vocativo, já que não é utilizado para evocar, chamar o Muitos são contra a privatização de rodovias e a co-
interlocutor do diálogo. Sua função é de aposto – explicar brança de pedágio. Realmente, pode-se dizer que é pa-
quem é o gerente executivo da CNI. gar impostos duas vezes; no entanto, no Brasil, grande
parte das rodovias que não são privatizadas não possui
RESPOSTA: “ERRADO”. boas condições de tráfego. Ou seja, pagamos apenas
uma vez, mas não temos rodovias de qualidade. O go-
09-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- verno federal e os governos estaduais nem sempre têm
PE/2010) condições de manter as rodovias em perfeitas condições.
Só agora, quase cinco meses depois do apagão A privatização surge como alternativa para resolver esse
que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados problema. Com o auxílio da iniciativa privada, o governo
do país, surge uma explicação oficial satisfatória para consegue fazer muito mais em pouco tempo.
o corte abrupto e generalizado de energia no final de
2009. Internet: <http://administracaoesucesso.com/> (com
Segundo relatório da Agência Nacional de Energia adaptações).
Elétrica (ANEEL), a responsabilidade recai sobre a em-
presa estatal Furnas, cujas linhas de transmissão cruzam A forma verbal “têm” está no plural porque concor-
os mais de 900 km que separam Itaipu de São Paulo. da com “O governo federal e os governos estaduais”,
Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de que é sujeito composto.
investimentos e também erros operacionais conspira-
ram para produzir a mais séria falha do sistema de ge- Vamos ao nosso aliado! O governo federal e os go-
ração e distribuição de energia do país desde o traumá- vernos estaduais nem sempre têm condições. Os termos
tico racionamento de 2001. relacionam-se (sujeito composto por dois núcleos: governo
federal, governos estaduais). Justificativa correta.
Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adapta-
ções). RESPOSTA: “CERTO”.
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
12-) (PORTO DE SANTOS/SP – PROJETISTA – VU- 15-) (PORTO DE SANTOS/SP – PROJETISTA – VU-
NESP/2011) Assinale a alternativa em que a pontuação NESP/2011) Nós não estamos _______ _______ descon-
está correta. fiar ____ pessoas que pedem ajuda.
(A) A esmola conforme se sabe, nunca foi a solução. (A) habituado … por … em
(B) A esmola, conforme se sabe, nunca foi, a solução. (B) habituados … a … de
(C) A esmola conforme, se sabe, nunca foi a solução. (C) habituados … em … com
(D) A esmola, conforme se sabe nunca foi, a solução. (D) habituado … com … de
(E) A esmola, conforme se sabe, nunca foi a solução. (E) habituado … a … por
Como os itens apresentam o mesmo texto, não indiquei “Habituados a” = regência nominal / “desconfiar de” =
as inadequações nos demais, já que a alternativa correta regência verbal.
acaba identificando-as.
RESPOSTA: “B”.
RESPOSTA: “E”.
16-) (POLÍCIA CIVIL/SP – OFICIAL ADMINISTRA-
13-) (PORTO DE SANTOS/SP – PROJETISTA – VU- TIVO – VUNESP/2014) Assinale a alternativa em que
NESP/2011) Assinale a alternativa em que o acento in- a reescrita da frase – Os bons mecânicos sabiam lidar
dicador da crase está corretamente empregado. com máquinas e construir toda espécie de engenhoca.
(A) Eles não conheciam à artimanha daquele pedinte. – está correta quanto à concordância, de acordo com a
(B) De outubro à dezembro, ele conseguiu muito norma-padrão da língua.
dinheiro. (A) Toda espécie de engenhoca eram construídas
(C) Ele se dizia preso à cadeira de rodas há 10 anos. por bons mecânicos, os quais sabia lidar com máquinas.
(D) Vários mendigos estão nas ruas de segunda à (B) Toda espécie de engenhoca era construída por
domingo. bons mecânicos, os quais sabia lidar com máquinas.
(E) Há mulheres que usam à criança para causar (C) Toda espécie de engenhoca eram construída por
piedade. bons mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
(A) Eles não conheciam à artimanha = a artimanha (D) Toda espécie de engenhoca era construídas por
(objeto direto) bons mecânicos, os quais sabia lidar com máquinas.
(B) De outubro à dezembro, ele conseguiu muito di- (E) Toda espécie de engenhoca era construída por
nheiro. = outubro a dezembro bons mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
(C) Ele se dizia preso à cadeira de rodas há 10 anos.
(D) Vários mendigos estão nas ruas de segunda à do- Fiz as correções entre parênteses:
mingo.= segunda a domingo (A) Toda espécie de engenhoca eram (era) construídas
(E) Há mulheres que usam à criança para causar pie- (construída) por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam)
dade. = a criança (objeto direto) lidar com máquinas.
(B) Toda espécie de engenhoca era construída por bons
RESPOSTA: “C”. mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar com máquinas.
(C) Toda espécie de engenhoca eram (era) construída
14-) (PORTO DE SANTOS/SP – PROJETISTA – VU- por bons mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
NESP/2011) Considere as frases: (D) Toda espécie de engenhoca era construídas (cons-
I. O mendigo não interessou-se pelo trabalho. truída) por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar
II. Ele é o mesmo senhor que nos pediu dinheiro com máquinas.
ontem. (E) Toda espécie de engenhoca era construída por bons
III. Me informaram que a idosa não era tão pobre. mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
A colocação pronominal está de acordo com a nor-
ma culta apenas em RESPOSTA: “E”.
(A) I.
(B) II. 17-) (POLÍCIA CIVIL/SP – OFICIAL ADMINIS-
(C) III. TRATIVO – VUNESP/2014) Considerando as regras de
(D) I e II. concordância verbal, o termo em destaque na frase –
(E) II e III. Segundo alguns historiadores, houve dois sacolejões
maiores na história da humanidade. – pode ser corre-
I. O mendigo não interessou-se = não se interessou tamente substituído por:
(advérbio) (A) ocorreram.
II. Ele é o mesmo senhor que nos pediu dinheiro on- (B) sucedeu-se.
tem. = (pronome) (C) existiu.
III. Me informaram que a idosa não era tão pobre. = (D) houveram.
Informaram-me (início de período) (E) aconteceu.
RESPOSTA: “B”.
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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
Vamos por exclusão! Se substituíssemos “houve” por O exercício quer que conjuguemos o verbo no futuro
“existir”, esse deve ir para o plural, já que temos “dois sa- do presente (ação a se realizar). Como o enunciado é espe-
colejões” e é com ele que o verbo concordará (sujeito). O cífico (quer determinado tempo verbal), não fiz as correções
mesmo aconteceria com os verbos: ”sucede” (sucederam- nas demais alternativas, pois, em um concurso, perderíamos
-se) e “aconteceu” (aconteceram). “Houveram” é incorre- tempo consertando os itens que não nos interessam. Vamos
ta, já que no sentido de “existir” ele é invariável (“houve”, à construção: o doutorando enviou (enviará) seu estudo
como no enunciado). para a Sociedade Britânica de Psicologia para apreciação e
não esperava (esperará) que houvesse (haja) tanta publicida-
RESPOSTA: “A”. de. = enviará / esperará / haja.
45
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I
(C) Haviam muitas pesquisas paradas antes da che- I. Me diga se há amor nas ações humanas. = Diga-me
gada de Richard Balding. (início de período)
(D) Fazem vinte anos que não chegam a resultado II. Perdoei-lhe, mas não quero vê-la.
conclusivo sobre o uso de celulares. III. Não procure-me amanhã. = não me procure
*Observação:
RESPOSTA: “C”.
46
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
5 - Mercado de câmbio.......................................................................................................................................................................................... 53
5.1 - Instituições autorizadas a operar........................................................................................................................................................ 53
5.2 - Operações básicas.................................................................................................................................................................................... 53
5.3 - Contratos de câmbio: características................................................................................................................................................ 53
5.4 - Taxas de câmbio........................................................................................................................................................................................ 53
5.5 - Remessas...................................................................................................................................................................................................... 53
5.6 - SISCOMEX.................................................................................................................................................................................................... 53
6 - Operações com derivativos: características básicas do funcionamento do mercado a termo, do mercado de opções,
do mercado futuro e das operações de swap............................................................................................................................................... 56
7 - Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval, fiança, penhor mercantil, alienação fiduciária, hipoteca, fianças ban-
cárias, fundo garantidor de crédito (FGC)....................................................................................................................................................... 57
8 - Crime de lavagem de dinheiro..................................................................................................................................................................... 65
8.1 - Conceito e etapas..................................................................................................................................................................................... 65
8.2 - Prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro. ........................................................................................................ 65
8.2.1. Lei n.º 9.613/1998 e suas alterações................................................................................................................................................ 65
8.2.2 - Carta Circular Bacen 3.409/2009..................................................................................................................................................... 74
8.2.3 - Circular Bacen 3.461/2009................................................................................................................................................................. 74
8.2.4 - Carta Circular Bacen 3.542/2012..................................................................................................................................................... 74
9 - Técnicas de vendas:........................................................................................................................................................................................... 75
9.1 - Noções de administração de vendas: planejamento, estratégias, objetivos;.................................................................... 75
9.2 - análise do mercado, metas................................................................................................................................................................... 75
9.3 - Técnicas de vendas de Produtos e Serviços financeiros o setor bancário: planejamento, técnicas;........................ 75
9.4 - motivação para vendas;.......................................................................................................................................................................... 75
9.5 - Produto, Preço, Praça, Promoção;...................................................................................................................................................... 84
9.6 - Vantagem competitiva;........................................................................................................................................................................... 85
9.7 - Como lidar com a concorrência;......................................................................................................................................................... 86
9.8 - Noções de Imaterialidade ou intangibilidade, Inseparabilidade e Variabilidade dos produtos bancários........... 90
9.9 - Manejo de carteira de Pessoa Física e de Pessoa Jurídica........................................................................................................ 90
9.10 - Noções de Marketing de Relacionamento................................................................................................................................... 91
9.11 - Código de Proteção e Defesa do Consumidor: Lei nº 8.078/1990 (versão atualizada).............................................. 92
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
com a Europa, as colônias africanas e asiáticas e diversos denominação de Banco do Brasil (o quarto estabelecimen-
países sul-americanos, tornou-se necessária a implantação to sob esta denominação e o terceiro a funcionar efetiva-
de um mercado financeiro capaz de dar assistência às ativi- mente). Surgiram, na mesma época, novas casas bancárias,
dades de importação e exportação. também com autorização para emissão de notas bancárias,
Estabelecidas estas pré-condições, foi então criada, em como o Banco Comercial e Agrícola e o Banco Rural e Hi-
outubro de 1808, a primeira instituiçäo financeira do país, potecário (ambos no Rio de Janeiro), o Banco da Província
o Banco do Brasil, cujas operaçöes seriam iniciadas só um do Rio Grande do Sul e o Banco Comercial do Pará.
ano depois, em 1809, devido, principalmente, às dificuldades A partir do início da década de 1860, as atividades de
de subscrição do capital mínimo requerido para o início de intermediaçäo financeira no país seriam ampliadas, com a
suas atividades. As operaçöes permitidas abrangiam, privile- chegada dos primeiros bancos estrangeiros. Os dois pri-
giadamente, o desconto de letras de câmbio, o depósito de meiros (ambos em 1863) foram o London & Brazilian Bank
metais preciosos, papel-moeda e diamantes, a emissäo de e o The Brazilian and Portuguese Bank. À mesma época
notas bancárias, a captaçäo de depósitos a prazo, o mono- (1866), capitalistas alemães fundaram o Deutsche Brasilia-
pólio da venda de diamantes, pau-brasil e marfim e o direito nische Bank, cujas atividades foram encerradas em 1875,
exclusivo das operaçöes financeiras do governo. após acirrada concorrência com os bancos ingleses que
Devido ao fraco desempenho da economia de exporta- operavam no país.
ção no início do Império e ainda ao fato do Banco do Bra- No final do Império, a libertação dos escravos (1888)
sil converter-se em fornecedor de recursos não lastreados alterou substancialmente a ordem econômica e financei-
para o governo, a continuidade de suas operaçöes tornou-se ra do país. A liberdade concedida a 800.000 escravos ani-
insustentável com a volta de Dom Joäo VI a Portugal em quilou fortunas rurais, motivou perdas de 40% a 50% das
1821. Esse monarca teria recambiado para Portugal boa colheitas, provocou a escassez e a inflação e motivou um
parte do lastro metálico depositado no banco, com o que primeiro surto de industrialização. Ainda no Império, para
se enfraqueceu a já abalada confiança nessa primeira insti- atender às pressões por maior volume de crédito, em vir-
tuição financeira no país. Oito anos depois, em 1829, após tude da expansão da massa salarial e das necessidades de
insustentável período crítico, seria autorizada a liquidaçäo financiamento dos novos empreendimentos, o poder emis-
do primeiro Banco do Brasil, cujas operaçöes se encerraram sor, que se encontrava a cargo do Tesouro, foi estendido
definitivamente em 1835, a despeito das muitas tentativas aos bancos.
empreendidas para evitar sua extinçäo. Este clima econômico e financeiro prosseguiu nos pri-
Em vez de cumprir funções básicas de intermediação meiros anos do governo republicano. Embora a criação de
para o crescimento das atividades produtivas internas, este
meios de pagamento tenha sido redisciplinada, a expansão
banco converteu-se em fornecedor de recursos para pagar
imoderada de crédito não foi interrompida. No entanto, em
as despesas governamentais, basicamente decorrentes das
seguida a um curto período de crescimento acelerado, não
compensaçöes devidas a Portugal em funçäo do reconhe-
tardaram a aparecer focos de especulaçäo. Houve o enci-
cimento da independência do Brasil, das despesas militares
lhamento (1889/91), período caracterizado pela galopante
com a guerra no sul do país (anexação da Província Cispla-
tina) e dos gastos com a criaçäo de um exército e de uma expansão dos meios de pagamento, pela excitação das ati-
marinha de guerra (Lopes & Rossetti, p.308). vidades de intermediação financeira e por decorrente surto
Em 1833, foi aprovada a criaçäo de um segundo Banco inflacionário.
do Brasil. Mas, em virtude dos traumas decorrentes do insu- Após o Encilhamento, o país foi conduzido a uma fase
cesso da experiência pioneira, näo se conseguiu a subscriçäo de contra-reforma (1892-1906), caracterizada, nos três pri-
do capital mínimo exigido para sua instalaçäo. meiros anos, por um esforço de estabilização e, nos dois
Em 1836 foi estabelecido o primeiro banco comercial anos subseqüentes, por breve relaxamento da austeridade
privado do país, o Banco do Ceará, que, entretanto, encerrou implantada e, finalmente, já então na virada do século, por
suas atividades em 1839, basicamente em função da conces- generalizada recessão.
säo de créditos a longo prazo, sem que houvesse captaçöes Os esforços de estabilizaçäo pós-encilhamento leva-
de recursos também resgatáveis a longo prazo. ram o sistema bancário do país, inclusive o Banco do Brasil,
Havia, entretanto, condiçöes para que se implantassem a enfrentar dificuldades operacionais. Resultaram daí novas
no país atividades de intermediaçäo financeira, sobretudo se fusöes bancárias, envolvendo o próprio Banco do Brasil,
ligadas ao setor cafeeiro e aos projetos financeiramente viá- que em 1892 se incorporou ao Banco da República dos Es-
veis no setor de infra-estrutura econômica. Assim, em 1838, tados Unidos do Brasil, resultando no Banco da Repúbli-
um grupo privado criou e estabeleceu o Banco Comercial do ca do Brasil. Verificaram-se outras fusöes e incorporaçöes,
Rio de Janeiro. A solidez e o crescimento dessa instituição notadamente nos cinco primeiros anos do século, quando,
ensejaram o surgimento, em outras praças, de outras insti- entäo, näo resistindo à recessäo econômica do período,
tuições congêneres, como o Banco da Bahia (1845), o Banco muitas casas bancárias foram liquidadas. O próprio Banco
do Maranhão (1847) e o Banco de Pernanbuco (1851). da República do Brasil (o quarto a funcionar) foi também
Também em 1851 foi constituído o terceiro Banco do liquidado em 1905.
Brasil (o segundo a funcionar com este nome), por iniciativa A partir de 1906, ao final da crise financeira do início
do Baräo de Mauá. Dois anos depois, em 1853, verificar- do século, a intermediaçäo financeira no país voltou gra-
se-ia no país a primeira experiência de fusäo bancária: os dativamente à normalidade. Nesse ano foram reativadas as
Bancos Comercial do Rio de Janeiro e do Brasil fundiam-se operaçöes do Banco do Brasil, o quinto a funcionar sob
com o objetivo de criar um novo estabelecimento, sob a esta denominaçäo (Lopes & Rossetti, p.310).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
• Lei n. 4.595, de 31.12.64 (Lei da Reforma do Sis- • Lei n. 6.404, de 1976 (Lei das Sociedades Anôni-
tema Financeiro Nacional), que dispôs sobre a política e mas), que estabeleceu regras quanto às características,
as instituiçöes monetárias, bancárias e creditícias, criou o forma de constituição, composição acionária, estrutura de
Conselho Monetário Nacional-CMN e o Banco Central do demonstrações financeiras, obrigações societárias, direitos
Brasil e foi a base da reforma bancária, reestruturando o e obrigações de acionistas e órgãos estatutários e legais.
sistema financeiro nacional, mediante o estabelecimento de Esta lei veio ao encontro da necessidade de atualização da
normas operacionais, rotinas de funcionamento e procedi- legislação sobre as sociedades anônimas brasileiras, espe-
mentos de qualificação aos quais as entidades do sistema cialmente quanto aos aspectos de composição acionária,
deveriam se subordinar, bem como definiu as característi- negociação de valores mobiliários (ações, debêntures etc.) e
cas e as áreas específicas de atuaçäo das instituiçöes finan- modernização do fluxo de informação.
ceiras. Esta lei reordenou os órgãos de aconselhamento e • Lei n. 10.303, de 2001 (Nova Lei das S.A.), Decreto
de gestão da política monetária, do crédito e das finanças 3.995 e MP 8 (estes de 2002), que consolidam os dispositi-
públicas, até então concentrados no Ministério da Fazenda, vos da Lei da CVM e da Lei das S.A., melhorando a proteção
na Superintendëncia da Moeda e do Crédito-SUMOC e no aos minoritários e dando força à ação da CVM como órgão
Banco do Brasil, estrutura esta que não mais suporava os regulador e fiscalizador do mercado de capitais, incluindo
crescentes encargos e responsabilidades da condução da os fundos de investimento e os mercados de derivativos. A
política econômica. quesão associada a esta legislação é que o mercado de ca-
• Lei n. 4.728, de 14.07.65 (Lei do Mercado de Ca- pitais cada vez mais perdia espaço para o exterior pela au-
pitais), que disciplinou e reformou o mercado de capitais, sência de proteção ao acionista minoritário e insegurança
bem como estabeleceu medidas para seu desenvolvimento. quanto às aplicações financeiras.
Estabeleceu normas e regulamentos básicos para a estrutu- O elenco de normas e a disciplina operacional säo im-
ração de um sistema de investimentos destinado a apoiar o postos ao sistema por meio de resoluçöes, circulares, instru-
desenvolvimento nacional e atender à crescente demanda çöes e atos declaratórios, direta ou indiretamente decorren-
por crédito. O problema de popularização do investimento tes de decisöes do CMN. O conjunto destes atos normativos
estava contido na nítida preferência dos investidores por compõe o MNI - Manual de Normas e Instruções do Banco
imóveis de renda e de reserva de valor. Ao governo inte- Central do Brasil.
ressava a evolução dos níveis de poupança internos e o seu A estrutura do SFN emergente da reforma de 1964/65
direcionamento para investimentos produtivos. foi a seguinte:
A partir desses institutos legais, o sistema financei- Sistema Financeiro Nacional:
ro brasileiro passou a contar com maior e mais diversifi- Autoridades Monetárias
cado número de intermediários financeiros näo bancários, Autoridades de Apoio
com áreas específicas e bem determinadas de atuaçäo. Ao Instituições Financeiras
mesmo tempo, foi significativamente ampliada a pauta de
Autoridades Monetárias:
ativos financeiros, abrindo-se novo leque de opçöes para
Conselho Monetário Nacional: Comissöes Consultivas
captaçäo e aplicaçäo de poupanças e criando-se, assim,
Banco Central do Brasil
condiçöes mais efetivas para a ativaçäo do processo de in-
termediaçäo.
Autoridades de Apoio:
As reformas bancária e do mercado de capitais foram
Comissäo de Valores Mobiliários
inspiradas no sistema norte-americano de organização do Banco do Brasil S/A
sistema financeiro, voltando-se para a especialização das Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
instituições. Apesar desta opção, em virtude de condicio- Social
namentos econômicos e, em especial, da necessidade de
buscar economia de escala e melhor racionalização do sis- Instituições Financeiras:
tema, os bancos comerciais passaram a assumir o papel de Bancos Comerciais Públicos e Privados
líderes de grandes conglomerados, no âmbito do qual atua- Bancos Estaduais de Desenvolvimento
vam coordenadamente diversas instituições especializadas Bancos Regionais de Desenvolvimento
nas diferentes modalidades financeiras que, embora com Banco Nacional da Habitaçäo (BNH)
grande número de pequenos bancos regionais, passaram a Caixa Econômica Federal (CEF)
deter o maior volume de negócios de intermediação finan- Caixas Econômicas Estaduais
ceira e prestação de serviços. Sociedades de Crédito Imobiliário
Nos anos subsequentes foram instituídas outras leis im- Associaçöes de Poupança e Empréstimo
portantes para o reordenamento institucional do Sistema Cooperativas Habitacionais
Financeiro Nacional, quais sejam: Soc. de Créd. Financ. e Investimento
• Lei n. 6385, de 1976 (Lei da CVM), que criou a Co- Bancos de Investimento
missão de Valores Mobiliários-CVM, transferindo do Banco Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC)
Central a responsabilidade pela regulamentação e fiscaliza- Cooperativas de Crédito
ção das atividades relacionadas ao mercado de valores mo- Bolsas de Valores
biliários (ações, debêntures etc.). Esta lei deu solução à falta Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários
de uma entidade que absorvesse a regulação e fiscalização Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários
do mercado de capitais, especialmente no que se referia às Seguradoras
sociedades de capital aberto. Outras Instituiçöes
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
monetária exercidas pelo Banco do Brasil foram progressi- • certificados de depósito de valores mobiliários;
vamente transferidas ao Banco Central, e as atividades de • cédulas de debêntures;
administração da dívida pública federal, que vinham sendo • cotas de fundos de investimento em valores mo-
exercidas pelo Banco Central, foram transferidas ao Tesou- biliários ou de clubes de investimento em quaisquer ativos;
ro Nacional. • notas comerciais;
• contratos futuros, de opções e outros derivativos,
A Comissão de Valores Mobiliários cujos ativos subjacentes sejam valores mobiliários;
A Comissão de Valores Mobiliários-CVM foi criada pela • outros contratos derivativos, independentemente
Lei 6.385, em 07/12/1976, e ficou conhecida como a Lei dos ativos subjacentes; e,
da CVM, pois, até aquela data, faltava uma entidade que • quando ofertados publicamente, quaisquer outros
absorvesse a regulação e a fiscalização do mercado de ca- títulos ou contratos de investimento coletivo, que gerem
pitais, especialmente no que se referia às sociedades de direito de participação, de parceria ou de remuneração,
capital aberto. A CVM fixou-se, portanto, como um órgão inclusive resultante de prestação de serviços, cujos rendi-
normativo do sistema financeiro, especificamente voltado mentos advêm do esforço do empreendedor ou de tercei-
para o desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do ros.
mercado de valores mobiliários não emitidos pelo sistema
financeiro e pelo Tesouro Nacional - basicamente, o mer- Foram textualmente excluídos do regime da nova Lei:
cado de ações e debêntures, cupões desses títulos e bônus • os títulos da dívida pública federal, estadual ou
de subscrição. É uma entidade auxiliar, autônoma e des- municipal;
centralizada, mas vinculada, como autarquia, ao Governo • os títulos cambiais de responsabilidade de institui-
Federal. ção financeira, exceto as debêntures.
A Lei 10.303, mais popularmente conhecida como a Em resumo, sob a ótica da Bovespa e da SOMA (So-
Nova Lei das S.A., editada em 30/01/2001 consolidou e al- ciedade Operadora do Mercado de Ativos), a CVM tem
terou os dispositivos da Lei 6.404, de 15/12/1976, Lei das por objetivos fundamentais: a) estimular a aplicação de
Sociedades Anônimas, da Lei da CVM e das pequenas mo- poupança no mercado acionário; b) assegurar o funciona-
dificações em ambas introduzidas, anteriormente, pela Lei mento eficiente e regular das bolsas de valores e de outras
9.457, de 15/05/1997. instituições auxiliares que operam nesse mercado; c) pro-
Os poderes fiscalizatório e disciplinador da CVM foram
teger os titulares de valores mobiliários (notadamente os
ampliados para incluir as Bolsas de Mercadorias e Futuros,
pequenos e minoritários) contra emissões irregulares e ou-
as entidades do mercado de balcão organizado e as en-
tros tipos de atos ilegais, que manipulem preços de valores
tidades de compensação e liquidação de operações com
mobiliários nos mercados primário e secundário de ações;
valores mobiliários que, da mesma forma que a Bolsa de
d) fiscalização da emissão, do registro, da distribuição e da
Valores, funcionam como órgãos auxiliares da Comissão de
negociação de títulos emitidos pelas sociedades anônimas
Valores Mobiliários.
de capital aberto.
Elas operam com autonomia administrativa, financei-
ra e patrimonial e responsabilidade de fiscalização direta
de seus respectivos membros e das operações com valores Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacio-
mobiliários que nelas realizadas, mas, sempre, sob a super- nal
visão da CVM.
Sob a disciplina e a fiscalização da CVM foram consoli- O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacio-
dadas as seguintes atividades: nal (CRSFN) é um conselho que julga em segunda e última
• emissão e distribuição de valores mobiliários no instância administrativa os recursos interpostos contra Ba-
mercado; Cen, CVM e Secretaria de Comércio Exterior (do Ministério
• negociação e intermediação no mercado de valo- de Desenvolvimento, Indústria e Comércio).
res mobiliários; O - CRSFN foi criado pelo Decreto n° 91.152, de
• negociação e intermediação no mercado de deri- 15.03.85. Transferiu-se do Conselho Monetário Nacional -
vativos; CMN para o CRSFN a competência para julgar, em segunda
• organização, funcionamento e operações das Bol- e última instância administrativa, os recursos interpostos
sas de Valores; das decisões relativas à aplicação das penalidades adminis-
• organização, funcionamento e operações das Bol- trativas referidas nos itens I a IV do art. 1° do referido De-
sas de Mercadorias e Futuros; creto. Permanece com o CMN a competência residual para
• auditoria das companhias abertas; julgar os demais casos ali previstos, por força do disposto
• serviços de consultor e analista de valores mobi- no artigo 44, § 5°, da Lei 4.595/64.
liários. Com o advento da Lei n° 9.069, de 29.06.95, mais espe-
cificamente em razão do seu artigo 81 e parágrafo único,
Redefiniram-se os valores mobiliários sujeitos ao regi- ampliou-se a competência do CRSFN, que recebeu igual-
me da nova Lei, como sendo: mente do CMN a responsabilidade de julgar os recursos
• ações, debêntures e bônus de subscrição; interpostos contra as decisões do Banco Central do Brasil
• cupons, direitos, recibos de subscrição e certifica- relativas a aplicação de penalidades por infração à legis-
dos de desdobramento de valores mobiliários; lação cambial, de capitais estrangeiros, de crédito rural e
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
industrial. O CRSFN tem o seu Regimento Interno aprova- • fiscalizar a constituição, organização, funciona-
do pelo Decreto n° 1.935, de 20.06.96, com a nova redação mento e operação das sociedades seguradoras, de capita-
dada pelo Decreto nº 2.277, de 17.07.97, dispondo sobre as lização, entidades de previdência privada aberta e ressegu-
competências, prazos e demais atos processuais vinculados radores, na qualidade de executora da política traçada pelo
às suas atividades. CNSP;
Atribuições • atuar no sentido de proteger a captação de poupan-
São atribuições do Conselho de Recursos: julgar em ça popular que se efetua através das operações de seguro,
segunda e última instância administrativa os recursos inter- previdência privada aberta, de capitalização e resseguro;
postos das decisões relativas às penalidades administrativas • zelar pela liquidez e solvência das sociedades que
aplicadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Va- integram o mercado;
lores Mobiliários e pela Secretaria de Comércio Exterior; nas • disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas
infrações previstas na legislação. entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de
O Conselho tem ainda como finalidade julgar os recur- provisões técnicas;
sos de ofício, interpostos pelos órgãos de primeira instância, • cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e
das decisões que concluírem pela não aplicação das penali- exercer as atividades por este lhe delegadas;
dades previstas no item anterior. • prover os serviços de secretaria executiva do CNSP.
A atual composição do CRSFN é a seguinte:
• 2 representantes do Ministério da Fazenda; O Instituto de Resseguros do Brasil (IRB)
• 1 representante do BaCen; É sociedade de economia mista, com controle acio-
• 1 representante da CVM; nário da União, jurisdicionada ao Ministério da Fazenda, que
• 4 representantes das entidades privadas represen- conta com o objetivo de regular o cosseguro, o resseguro e a
tativas de classe; retrocessão, além de promover o desenvolvimento das ope-
Fique atento porque a composição mudou há poucos rações de seguros no país.
anos. Na composição antiga havia 1 representante do Minis-
tério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e apenas 1 A Secretaria de Previdência Complementar (SPC)
representante do Ministério da Fazenda. É um órgão do Ministério da Previdência Social, responsá-
As entidades representativas de classe são divididas em vel por fiscalizar as atividades das entidades fechadas de pre-
2 grupos: as titulares e as suplentes. A idéia é bem óbvia, vidência complementar (fundos de pensão). A SPC se relaciona
caso um representante de uma entidade titular não puder com os órgãos normativos do sistema financeiro na observa-
participar da reunião, vai um suplente. São elas: ção das exigências legais de aplicação das reservas técnicas,
Titulares: fundos especiais e provisões que as entidades sob sua jurisdi-
• Associação Brasileira das Empresas de Capital Aber- ção são obrigadas a constituir e que tem diretrizes estabeleci-
to (ABRASCA); das pelo Conselho Monetário Nacional. À SPC compete:
• Associação Brasileira das Entidades dos Mercados • propor as diretrizes básicas para o Sistema de Previ-
Financeiro e de Capitais (ANBIMA); dência Complementar;
• Comissão Nacional de Bolsas (CNB); • harmonizar as atividades das entidades fechadas de
• Federação Brasileira dos Bancos (FEBRABAN); previdência privada com as políticas de desenvolvimento so-
Suplentes: cial e econômico-financeira do Governo;
• Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imo- • fiscalizar, supervisionar, coordenar, orientar e contro-
biliário e Poupança - ABECIP; lar as atividades relacionadas com a previdência complemen-
• Associação Nacional das Corretoras e Distribuido- tar fechada;
ras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias • analisar e aprovar os pedidos de autorização para
– ANCORD; constituição, funcionamento, fusão, incorporação, grupamen-
• Conselho Consultivo do Ramo Crédito da Organiza- to, transferência de controle das entidades fechadas de previ-
ção das Cooperativas Brasileiras – OCB/CECO; dência complementar, bem como examinar e aprovar os esta-
• Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – tutos das referidas entidades, os regulamentos dos planos de
IBRACON; benefícios e suas alterações;
Os representantes são indicados em lista tríplice e esco- • examinar e aprovar os convênios de adesão cele-
lhidos pelo Ministro da Fazenda (dão 3 opções de represen- brados por patrocinadores e por instituidores, em como
tante e o Ministro decide quem é o “melhor”). Eles têm man- autorizar a retirada de patrocínio e decretar a administração
dato de 2 anos e podem ser reconduzidos por mais 2 anos.2 especial em planos de benefícios operados pelas entidades
fechadas de previdência complementar, bem como propor ao
A Superintendência de Seguros Privados (Susep) Ministro a decretação de intervenção ou liquidação das refe-
É autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, res- ridas entidades.
ponsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguro,
previdência aberta e capitalização. Dentre suas atribuições Alguns Operadores do SFN
estão: Os Bancos Múltiplos
Após as reformas do início dos anos 1960, a mais signi-
2 Fonte: www.conhecimentosbancarios.blogspot.com. ficativa mudança introduzida no Sistema Financeiro Nacio-
br/ nal foi a instituiçäo dos Bancos Múltiplos, pela Resoluçäo n.
1.524, de 21.09.1988, do Banco Central do Brasil. Por esta
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
resoluçäo, foi facultado aos bancos comerciais, bancos de • o recebimento, a crédito do Tesouro Nacional, das
desenvolvimento, bancos de investimento, sociedades de importâncias provenientes da arrecadação de tributos ou
crédito imobiliário e sociedades de crédito, financiamento e rendas federais; e,
investimento a organizaçäo opcional em uma única institui- • como principal executor dos serviços bancários
çäo financeira, através de processos de fusäo, incorporaçäo, de interesse do Governo Federal, inclusive suas autarquias,
cisäo e transformaçäo - ou ainda por constituiçäo direta. Os receber em depósito, com exclusividade, as disponibilida-
bancos múltiplos passaram a operar em todos os segmentos des de quaisquer entidades federais, compreendendo as
do sistema de intermediaçäo financeira, mediante as seguin- repartições de todos os ministérios civis e militares, institui-
tes carteiras especiais, sem vinculação entre as fontes de re- ções de previdência e outras autarquias, comissões, depar-
cursos captados e as suas aplicaçöes: tamentos, entidades em regime especial de administração
• carteira comercial; e quaisquer pessoas físicas ou jurídicas responsáveis por
• carteira de desenvolvimento (no caso de bancos adiantamentos.
múltiplos públicos);
• carteira de investimentos (no caso de bancos múlti- Os Bancos Comerciais
plos privados);
Os bancos comerciais se dedicam à captação e aplica-
• carteira de crédito imobiliário;
ção de recursos financeiros em operações de curto e médio
• carteira de crédito, financiamento e investimento;
prazos, normalmente de até um ano, bem como prestam
• carteira de arrendamento mercantil.
serviços de pagamentos e recebimentos ao público em ge-
O Banco do Brasil ral, a partir de uma estrutura descentralizada que é propor-
O Banco do Brasil (BB) teve uma função típica de autori- cionada por sua capacidade de abrir agências bancárias.
dade monetária até janeiro de 1986, quando, por decisão do No Brasil, atualmente, os bancos comerciais geralmente
CMN, foi suprimida a conta movimento, que colocava o BB na estão integrados em uma estrutura de banco múltiplo, a
posição privilegiada de banco co-responsável pela emissão partir da qual exercem, total ou parcialmente, uma diversi-
de moeda, via ajustamento das contas das autoridades mo- ficada gama de operações monetárias e financeiras.
netárias e do Tesouro Nacional. Para atender aos seus objetivos, os bancos comerciais
No período do pós-guerra até as reformas de 1964-65, podem: a) descontar títulos; b) realizar operações de aber-
a despeito da criaçäo da SUMOC, o Banco do Brasil conti- tura de crédito simples ou em conta corrente (contas ga-
nuou exercendo funçöes executivas de autoridade monetária, rantidas); c) realizar operações especiais, inclusive de cré-
atuando como banco dos bancos, agente financeiro do go- dito rural, de câmbio e comércio internacional; d) captar
verno, depositário e administrador das reservas internacionais depósitos à vista e a prazo e recursos nas instituições ofi-
do país e emprestador de última instância do sistema finan- ciais, para repasse aos clientes; e) obter recursos externos
ceiro. para repasse; e f) efetuar a prestação de serviços, inclusive
Após as reformas de 1964-65, o Banco do Brasil perdeu a mediante convênio com outras instituições.
maior parte das atribuiçöes típicas de um banco central, como É importante frisar que a captação de depósitos à vista,
a Carteira de Redescontos, a Caixa de Mobilizaçäo Bancária, a que nada mais são do que as contas correntes livremente
concessäo de créditos ao Tesouro Nacional. Com a reforma de movimentáveis, é a atividade básica dos bancos comerciais,
1986, e as conseqüentes redefiniçöes de papéis do Bacen e do configurando-os como instituições financeiras monetárias.
Banco do Brasil, este passou a operar sob padröes bem pró- Tal captação de recursos, junto com a captação via CDB e
ximos de um banco comercial qualquer. Hoje, o BB é um con- RDB, cobrança de títulos e arrecadação de tributos e tari-
glomerado financeiro de ponta, que, aos poucos, se ajustou fas públicas, permite aos bancos repassar tais recursos aos
à estrutura de um banco múltiplo tradicional, embora ainda seus clientes, em especial às empresas, sob a forma de em-
opere, em muitos casos, como agente financeiro do Gover-
préstimos que vão girar a atividade produtiva (estoques,
no Federal. É o principal executor da política oficial de crédito
salários etc.).
rural. Conserva, ainda, funções que não são próprias de um
banco comercial comum, mas típicas do parceiro principal do
governo federal na prestação de serviços bancários, como: A Caixa Econômica Federal
• administrar a Câmara de Compensação de cheques As caixas econômicas são instituições de cunho emi-
e outros papéis; nentemente social, concedendo empréstimos e finan-
• efetuar os pagamentos e suprimentos necessários à ciamentos a programas e projetos de assistência social,
execução do Orçamento Geral da União; saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte,
• a aquisição e o financiamento dos estoques de pro- sendo seu único representante, hoje, a Caixa Econômica
dução exportável; Federal, resultado da unificação, pelo Decreto-Lei 759, de
• agenciamento dos pagamentos e recebimentos fora 12/08/1969, das 23 Caixas Econômicas Federais até então
do país; existentes.
• a execução da política de preços mínimos dos pro- Suas origens confundem-se com as dos primeiros ban-
dutos agropastoris; cos comerciais. Estes, pela falta de interesse em captar pe-
• a execução do serviço da dívida pública consolidada; quenos valores e pelos altos riscos dos empreendimentos
• a realização, por conta própria, de operações de em que se envolviam, afastavam os pequenos depositantes.
compra e venda de moeda estrangeira e, por conta do BC, Assim, surgida da iniciativa particular, a primeira caixa eco-
nas condições estabelecidas pelo CMN; nômica que se constituiu no país (Rio de Janeiro) remonta
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
a 1831, que näo obteve êxito. Em 1860, o Governo Imperial Através da Resolução 2.788, de 30/11/2000, o BC
criou outra instituiçäo do gênero, que começou a operar renovou as regras para a constituição de bancos coopera-
em 1861 (que corresponde hoje à Caixa Econômica Federal tivos, cuja atuação deve observar no cálculo do patrimônio
do Rio de Janeiro). Em 1955, o Parlamento rejeitou projeto líquido exigido os mesmos fatores e parâmetros estabe-
de lei para autorizar a caixa a conceder financiamentos para lecidos pela regulamentação em vigor para os bancos co-
a casa própria, permanecendo suas operaçöes limitadas merciais e múltiplos.
ao atendimento de necessidades populares de curto pra-
zo. Atendendo a essa faixa de crédito, a caixa federal abriu As Cooperativas de Crédito
agências em todos os Estados da Uniäo. Ao mesmo tempo, A Lei 5.764, de 16/12/1971, definiu a Política Nacio-
devido a sua reduzida flexibilidade operacional, ensejou o nal de Cooperativismo como sendo a atividade decorrente
aparecimento de caixas estaduais, inicialmente em Säo Pau- das iniciativas ligadas ao sistema cooperativo, originárias
lo, Minas, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Goiás. Mas só de setor público ou privado, isoladas ou coordenadas entre
a partir de 1964, com a instituiçäo do mecanismo da corre-
si, desde que reconhecido o seu interesse público, e insti-
çäo monetária, com a criaçäo das cadernetas de poupança e
tuiu o regime jurídico das sociedades cooperativas. Na lei
com a integraçäo das caixas econômicas no SFH e no SBPE,
ficou estabelecido que celebram o contrato de sociedade
é que as atividades dessas instituiçöes foram dinamizadas.
Hoje encontram-se todas extintas, exceto a CEF. A CEF cooperativa as pessoas que, reciprocamente, se obrigam a
é uma instituição financeira responsável pela operacionali- contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma
zação das políticas do Governo Federal para habitação po- atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de
pular e saneamento básico, caracterizando-se cada vez mais lucro, e classificou as sociedades cooperativas como:
como o banco de apoio ao trabalhador de baixa renda. • singulares, as constituídas pelo número mínimo de
À CEF é permitido atuar nas áreas de atividades 20 (vinte) pessoas físicas, sendo excepcionalmente permiti-
relativas a bancos comerciais, sociedades de crédito imo- da a admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto
biliário e de saneamento e infra-estrutura urbana, além de as mesmas ou correlatas atividades econômicas das pes-
prestação de serviços de natureza social, delegada pelo Go- soas físicas ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos;
verno Federal. • centrais de cooperativas ou federações de coope-
Suas principais atividades estão relacionadas com rativas, as constituídas de, no mínimo, 3 (três) singulares,
a captação de recursos em cadernetas de poupança, em podendo, excepcionalmente, admitir associados indivi-
depósitos judiciais e a prazo, e sua aplicação em emprésti- duais.
mos vinculados, preferencialmente à habitação. Os recursos Quanto aos tipos de operações a que estão autoriza-
obtidos junto ao Fundo de Garantia por Tempo de Servi- das, as cooperativas de crédito podem:
ço-FGTS são direcionados, quase na sua totalidade, para as • na ponta da captação: a) captar depósitos, somen-
áreas de saneamento e infra-estrutura urbana. te de associados, sem emissão de certificado; b) obter em-
A CEF exerce a administração de loterias, de fundos préstimos ou repasses de instituições financeiras nacionais
e de programas, entre os quais destacavam-se o FGTS, o ou estrangeiras; c) receber recursos oriundos de fundos
Fundo de Compensação de Variações Salariais-FCVS, o Pro- oficiais e recursos, em caráter eventual, isentos de remu-
grama de Integração Social-PIS, o Fundo de Apoio ao De- neração, ou a taxas favorecidas, de qualquer entidade, na
senvolvimento Social-FAS e o Fundo de Desenvolvimento forma de doações, empréstimos ou repasses;
Social-FDS. • na ponta de empréstimos: a) conceder créditos
e prestar garantias, inclusive em operações realizadas ao
Os Bancos Cooperativos
amparo da regulamentação do crédito rural, em favor de
O Banco Central, através da Resolução 2.193, de
produtores rurais, somente a associados; b) aplicar recursos
31/08/1995, autorizou a constituição de bancos comerciais
no mercado financeiro, inclusive em depósitos à vista e a
na forma de sociedades anônimas de capital fechado, com
participação exclusiva de cooperativas de crédito singulares, prazo, com ou sem a emissão de certificado, observadas
exceto as do tipo Luzzati (as que admitem a participação eventuais restrições legais e regulamentares específicas de
de não-cooperados) e centrais de cooperativas, bem como cada aplicação;
de federações e confederações de cooperativas de crédito, • na ponta de serviços: a) prestar serviços de co-
com atuação restrita à Unidade da Federação de sua sede, brança, de custódia, de recebimentos e pagamentos por
cujo Patrimônio de Referência-PR deverá estar enquadrado conta de terceiros, sob convênio com instituições públicas
nas regras do Acordo de Basiléia. Não podem participar no e privadas; b) prestar serviços de correspondente no país,
capital social de instituições financeiras autorizadas a fun- nos termos da regulamentação em vigor.
cionar pelo BC, nem realizar operações de swap por conta
de terceiros. Bancos de Investimento
O Banco Central deu autorização para que as coo- As bases para a criação de bancos de investimento no
perativas de crédito abrissem seus próprios bancos comer- Brasil foram estabelecidas pela Lei n. 4.728/65, que dis-
ciais, podendo fazer tudo o que qualquer outro banco co- ciplinou o mercado de capitais, fixou diretrizes para seu
mercial faz: ter talão de cheques, emitir cartão de crédito, desenvolvimento, instituiu as condições de acesso a esse
fazer a compensação de documentos e, principalmente, mercado e estruturou o sistema de distribuição de títulos
passar a administrar a carteira de crédito antes sob respon- ou valores mobiliários. Criados para canalizar recursos de
sabilidade das cooperativas. médio e longo prazo para o suprimento de capital fixo ou
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
A segunda fase do processo de ajuste do Sistema Financeiro Nacional foi caracterizada pela entrada de bancos estran-
geiros e pelos ajustes dos sistemas financeiros público e privado, mediante, respectivamente, o Proer (Programa de Estímu-
lo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional) e o Proes (Programa de Incentivo à Redução do
Setor Público Estadual na Atividade Bancária).
Por fim, a terceira e última fase refletiu uma profunda modificação no modelo operacional seguido pelos bancos antes
do Plano Real. A receita inflacionária foi substituída pelo crescimento da receita proveniente da intermediação e pela receita
de serviços, via cobrança de tarifas.
Assim, desde o início do Plano Real, os bancos perderam uma importante fonte de receita, representada pelas trans-
ferências inflacionárias: o float, que era propiciado: (i) pela perda de valor dos depósitos a vista e/ou (ii) pela correção dos
depósitos bancários em valores abaixo da inflação.
Receita Inflacionária /
Ano Receita Inflacionária / PIB
Valor da Produção das Instituições Bancárias
1990 4,0 35,7
1991 3,9 41,3
1992 4,0 41,9
1993 4,2 35,3
1994 2,0 20,4
Fonte: Barros e Almeida Jr., p.5.
Uma das formas encontradas pelo sistema bancário para compensar a perda da receita inflacionária, antes de fechar
agências e efetuar os ajustes que se faziam necessários no modelo operacional, foi expandir as operações de crédito, las-
treadas pelo crescimento abrupto dos depósitos bancários trazidos com o Plano Real. Os depósitos à vista, por exemplo,
cresceram 165,4% nos seis primeiros meses do Plano Real, e os depósitos a prazo cresceram quase 40% no mesmo período.
Antecipando-se ao possível crescimento das operações de créditos que decorreria do quadro de estabilidade ma-
croeconômica, o Banco Central elevou, no início do Plano Real, as alíquotas de recolhimento compulsório dos depósitos
bancários. O recolhimento compulsório sobre depósitos à vista passou de 48% para 100%, sobre os depósitos de poupança
passou de 10% para 30%, e foi instituído um recolhimento de 30% sobre o saldo de depósitos a prazo. Apesar disso, os
empréstimos totais do sistema financeiro para o setor privado, segundo dados do Banco Central, mostraram crescimento
de 58,7% durante o primeiro ano de vigência do Plano.
Apesar do crescimento das operações de crédito compensarem, em parte, a perda do float, esse crescimento ocorreu
sem os devidos cuidados quanto à capacidade de pagamento dos novos e antigos devedores. Assim, a “solução” de ex-
pandir rapidamente o crédito como forma de compensar a perda do float ocasionou novos problemas. O resultado desse
processo foi um crescimento dos empréstimos de liquidação duvidosa. A diminuição no ritmo de crescimento da economia
brasileira, no segundo trimestre de 1995, e o aumento da taxa de juros doméstica confirmaram o aumento substancial nos
créditos em atraso e em liquidação no sistema financeiro. O passo seguinte foi a necessidade do Proer e do Proes, antes
já referidos.
Bancos Nacionais
Nas primeiras décadas deste século (período da Primeira República), constata-se a quase inexistência de atividade de
bancos nacionais no mercado do Rio Grande do Sul, na medida que neste operaram apenas o Banco do Brasil, banco oficial,
com sede no Distrito Federal, e o banco privado paulista, Banco Popular italiano, este por pouco tempo.
Bancos Estrangeiros
No período da Primeira República (1889-1930), os bancos estrangeiros nunca representaram um peso significativo
dentro do setor financeiro estadual. A economia gaúcha estava mais ligada e voltada ao mercado nacional, não atraindo,
dessa forma, a presença do capital internacional de maneira tão intensa como o fazia, por exemplo, a economia cafeeira
paulista. A presença inicial do “London & Brazilian Bank” e do “Brasilianische Bank für Deutschland” entende-se, o primeiro,
pelo predomínio mundial do capitalismo inglês no fim do século dezenove, enquanto o segundo evidencia a expansão da
economia alemã, unificada a partir de 1871, buscando a aproximação comercial com regiões de colonização teuta. No final
da primeira guerra, ocorre o afluxo de novos bancos estrangeiros, sendo dois de origem inglesa - “British Bank of South
America” e o “Bank of London & South America” - e um de capital americano - “National City Bank of New York”. Sua insta-
lação relaciona-se à penetração do capital internacional na frigorificação da carne e aponta, regionalmente, para a reversão
do predomínio inglês para o americano, na economia mundial.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Os participantes não liquidantes são classificados O módulo Lastro tem por finalidade auxiliar a especi-
como autônomos ou como subordinados, conforme regis- ficação dos títulos objeto das operações compromissadas
trem suas operações diretamente ou o façam por intermédio (venda ou compra de títulos com o compromisso de re-
de seu liquidante-padrão. Os fundos de investimento são nor- compra ou revenda).
malmente subordinados e as corretoras e distribuidoras, nor- O módulo Negociação consiste em uma plataforma
malmente autônomas. eletrônica de negociação de títulos públicos federais aces-
As entidades responsáveis por sistemas de compensação sível aos participantes do Selic. O módulo dispõe de duas
e de liquidação são obrigatoriamente participantes autôno- funções: Negociação, para o cadastramento de ordens de
mos. Também, obrigatoriamente, são participantes subordina- compra e de venda e o fechamento dos negócios; e Espe-
dos as sociedades seguradoras, as sociedades de capitalização, cificação, para a definição das contas e dos percentuais de
as entidades abertas de previdência, as entidades fechadas de distribuição, entre essas contas, da quantidade negociada
previdência e as resseguradoras locais. em cada ordem. As duas funções são exclusivas dos dealers.
Tratando-se de um sistema de liquidação em tempo real,
Os demais participantes têm acesso apenas para fins de
a liquidação de operações é sempre condicionada à disponibi-
consulta de ordens e taxas. É permitido, contudo, que os
lidade do título negociado na conta de custódia do vendedor
dealers especifiquem ordens para terceiros, por meio da
e à disponibilidade de recursos por parte do comprador. Se a
conta de custódia do vendedor não apresentar saldo suficien- utilização de sua conta de corretagem (intermediação). O
te de títulos, a operação é mantida em pendência pelo prazo funcionamento do módulo Negociação encontra-se disci-
máximo de 60 minutos ou até 18h30, o que ocorrer primeiro plinado na Carta-Circular 3.568, de 19/10/2012.
(não se enquadram nessa restrição as operações de venda de A administração do Selic e de seus módulos comple-
títulos adquiridos em leilão primário realizado no dia). mentares é de competência exclusiva do Demab e o siste-
A operação só é encaminhada ao STR para liquidação da ma é operado em parceria com a Associação Brasileira das
ponta financeira após o bloqueio dos títulos negociados, sen- Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
do que a não liquidação por insuficiência de fundos implica sua
rejeição pelo STR e, em seguida, pelo SELIC. Na forma do re- BASE REGULAMENTAR
gulamento do sistema, são admitidas algumas associações de A implantação do Selic ocorreu em 14/11/1979, sob a
operações. Nesses casos, embora ao final a liquidação seja feita égide da Circular 466, de 11/10/1979, do Banco Central do
operação por operação, são considerados, na verificação da dis- Brasil, que aprovou o Regulamento do Sistema Especial de
ponibilidade de títulos e de recursos financeiros, os resultados Liquidação e de Custódia de Letras do Tesouro Nacional.
líquidos relacionados com o conjunto de operações associadas. A Circular 3.587, de 26/3/2012, com alterações da Cir-
O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), do cular 3.610, de 26/9/2012, normativo atualmente em vigor,
Banco Central do Brasil, é um sistema informatizado que se aprovou algumas alterações; dentre elas, as principais fo-
destina à custódia de títulos escriturais de emissão do Tesouro ram: implantação das operações compromissadas longas,
Nacional, bem como ao registro e à liquidação de operações permitindo três novos tipos de compromisso (de revenda
com esses títulos. conjugado com o de recompra para liquidação a qualquer
As liquidações no âmbito do Selic ocorrem por meio do tempo, durante determinado prazo, a critério de qualquer
mecanismo de entrega contra pagamento (Delivery versus das partes; de recompra liquidável, a critério exclusivo do
Payment — DVP), que opera no conceito de Liquidação Bruta comprador, em data determinada ou dentro de prazo es-
em Tempo Real (LBTR), sendo as operações liquidadas uma a tabelecido; e de revenda liquidável, a critério exclusivo do
uma por seus valores brutos em tempo real. vendedor, em data determinada ou dentro de prazo esta-
Além do sistema de custódia de títulos e de registro e li-
belecido); módulo de negociação eletrônica e registro de
quidação de operações, integram o Selic os seguintes módu-
promessa de compra ou de venda, que permite o registro
los complementares:
a) Oferta Pública (Ofpub); antecipado de negócios com investidores estrangeiros com
b) Oferta a Dealers (Ofdealers); a liquidação ocorrendo dois ou três dias depois.
c) Lastro de Operações Compromissadas (Lastro); e A Circular 3.610, de 26/9/2012 trouxe alterações à Cir-
d) Negociação Eletrônica de Títulos (Negociação). cular 3587, como, por exemplo, a inclusão da hipótese de
Os módulos Ofpub e Ofdealers são sistemas eletrônicos transmissão automática de comandos no Selic oriundos do
que têm por finalidade acolher propostas e apurar resultados módulo Negociação.
de ofertas públicas (leilões) de venda ou de compra definitiva A íntegra das circulares pode ser obtida por meio da
de títulos; de venda de títulos com compromisso de recompra ferramenta de “Busca de Normas”, disponível no site do
ou de compra de títulos com compromisso de revenda; e de Banco Central do Brasil.
outras operações, a critério do Administrador do Selic. Podem
participar do Ofpub todas as instituições financeiras e demais DOCUMENTAÇÃO
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do O Manual do Usuário do Selic (MUS) descreve os prin-
Brasil, desde que participantes do Selic. Já do Ofdealers cipais recursos e os diferentes controles e comandos utili-
participam apenas as instituições credenciadas a operar zados no sistema. Foi elaborado com o intuito de auxiliar
com o Departamento de Operações do Mercado Aberto o usuário do Selic a entender as suas funcionalidades bási-
(Demab) do Banco Central do Brasil e com a Coordenação- cas, explicando os procedimentos necessários ao perfeito e
Geral de Operações da Dívida Pública (Codip) da Secretaria adequado uso do sistema.
do Tesouro Nacional.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Custódia
A custódia de todos os ativos registrados na Cetip é feita 2 - SOCIEDADES DE FOMENTO
de forma escritural, desmaterializada e segregada, por meio MERCANTIL (FACTORING) E SOCIEDADES
de registro eletrônico, em conta aberta em nome do titular. ADMINISTRADORAS DE CARTÕES DE CRÉDITO.
Liquidação Financeira
Compensação multilateral entre todas as instituições
participantes; Preliminarmente cabe-nos fazer uma fundamental distinção
Compensação bilateral (entre dois participantes); entre uma instituição financeira e uma empresa de factoring.
Valor bruto de cada operação realizada, lançada direta- Factoring não é banco, nem instituição financeira. Banco
mente nas contas dos bancos no STR; capta recursos, empresta dinheiro e necessita de autorização
Book transfer, transferência entre contas, quando estive- do Banco Central para funcionar. Factoring presta serviços e
rem sob um mesmo banco liquidante. compra créditos. Empresa que capta recursos no mercado,
empresta dinheiro com juros, faz crédito direto ao consumi-
Sociedades de crédito imobiliário (SCI) dor ou crédito pessoal ou, ainda, administra consórcios, em-
As sociedades de crédito imobiliário são instituições fi- bora se rotule de factoring, é uma empresa conhecida como
nanceiras criadas pela Lei 4.380, de 21 de agosto de 1964, marginal de mercado, porque está à margem da lei. Quem
para atuar no financiamento habitacional. não estiver autorizado a funcionar pelo BACEN, exercendo as
Características: atividades acima mencionadas, está sujeito às penalidades
Entidade com fins lucrativos; previstas no art. 44, § 7º, da Lei nº 4.595/64, e no art. 16 da Lei
Constituídas sob a forma de sociedade anônima (S.A.); nº 7.492/86. Neste caso, o BACEN tem competência legal para
Denominação social a expressão “Crédito Imobiliário”; punir todos quantos praticam operações com características
daquelas privativas das instituições financeiras.
Operações passivas Diferentemente das instituições financeiras, que são tutela-
Depósitos de poupança, das pela Lei nº 4.595/64, sendo fiscalizadas pelo BACEN, a em-
Emissão de letras e cédulas hipotecárias presa de factoring é uma sociedade mercantil, limitada ou anô-
Depósitos interfinanceiros. nima, cuja existência legal nasce com o arquivamento de seus
atos constitutivos na Junta Comercial. O funcionamento de uma-
Operações ativas sociedade de fomento mercantil, que se propõe efetivamente a
praticar o factoring, não necessita de autorização do BACEN.
Financiamento para construção de habitações, Com a fundação da Associação Nacional de Factoring- AN-
Abertura de crédito para compra ou construção de FAC, em 1982, sediada em São Paulo, as empresas de factoring
casa própria, passaram a contar com um rigoroso programa de treinamen-
Financiamento de capital de giro a empresas incor- to para operadores, além da transmissão de “know-how”, que
poradoras, produtoras e distribuidoras de material envolve elaboração de contratos, definição de mercado-alvo,
de construção estrutura organizacional, dentre outros itens importantes.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Convém esclarecer ainda que, como empresa, a factoring presa de factoring faz a compra definitiva dos ativos repre-
tem diretores, gerentes, operadores e funcionários, contabi- sentados por títulos de crédito (sendo que, no Brasil, 90%
liza seus negócios regularmente e paga impostos. A receita desses títulos são duplicatas) a preço certo. Bancos prestam
operacional das empresas de factoring tem dois componen- serviços creditícios ou não. É fundamental a empresa de fac-
tes: a comissão cobrada dos serviços que tem de prestar (de toring colocar à disposição do cliente uma série de serviços
0,5% a 3% “ad valorem”) e o diferencial na compra dos crédi- não-creditícios.
tos mercantis oriundos das vendas de seus clientes. Sobre a A empresa de factoring se organiza sob a forma de so-
nota fiscal de serviços emitida em cada operação, a empresa ciedade mercantil e trabalha com poucos clientes. Há quem
de factoring recolhe o ISS à Prefeitura local. Em relação ao im- entenda as empresas de factoring como filtros seletores dos
posto de renda, ele incide sobre toda a receita bruta auferida. riscos do sistema econômico, pois o factoring atende um ni-
Finalmente, vale insistir na diferenciação das atividades de cho de empresas que não é normalmente cliente dos bancos
factoring, que não devem se confundir com um simples em- e presta serviços que os bancos não têm interesse em fazê-lo.
préstimo, desconto de duplicatas, adiantamento de recursos, Enquanto os bancos têm por atividade básica e es-
compra de duplicatas ou de faturamento, crédito pessoal ou sencial fazer a intermediação de recursos no mercado,
crédito direto ao consumidor, captação de recursos em real ou cobrando um “spread” (que é a diferença entre o cus-
dólar, administração de consórcios, etc. Todas essas atividades to de captação e o de aplicação de recursos feita pelos
são desempenhadas ora por instituições financeiras, ora por bancos); o factoring como atividade comercial cobra um
administradoras de consórcio, sendo que estão sob a égide preço certo pela compra de sua mercadoria (créditos).
da Lei nº 4.595/64 e da Lei nº 8.177/91, respectivamente, e se
subordinam à fiscalização e controle do Banco Central.
Na verdade, o factoring é uma atividade comercial mista Factoring, Agiotagem e Direito de Regresso
atípica, resumindo-se na equação de prestação de serviços + A diferença fundamental entre Factoring e Desconto
compra de créditos (direitos creditórios) resultantes de vendas Bancário está no direito de regresso, na hipótese de inadim-
mercantis. plemento pelo terceiro devedor. Tal direito não existe na fa-
Factoring é, pois, fomento mercantil, porque expande os turização, mas está presente no desconto. Assim, a empresa
ativos de seus clientes, aumenta-lhes as vendas, elimina seu de factoring, ou seja, o factor, assume os riscos da cobrança
endividamento e transforma as suas vendas a prazo em ven- e, eventualmente, da insolvência do devedor, recebendo uma
das à vista. remuneração ou comissão, ou fazendo a compra dos crédi-
tos com redução em relação ao valor dos mesmos. Tal precei-
O que fazem as empresas de factoring? to é consagrado também por nossos tribunais:
Compreendida a clássica distinção entre as empresas de
factoring e os bancos, fica mais fácil entender a operaciona- “Tratando-se de contrato de factoring, incabível o direito
lidade de suas atividades. Por sua definição e filosofia ope- de regresso contra o faturizado, uma vez que, operada a trans-
racional, as empresas de factoring não podem fazer a inter- ferência definitiva do crédito, exonera-se de responder pela
mediação de dinheiro no mercado financeiro. São empresas satisfação da dívida, sendo da essência da avença a respon-
comerciais de atividade complexa que conjugam prestação sabilidade do faturizador pelos riscos da impontualidade e da
de serviços com compra de direitos. Dependem fundamental- insolvência do sacado” (6ª Câm. do TAMG, Apel. 1882104/95).
mente de seus recursos próprios e o segredo de seu sucesso Convém lembrar que o Factoring não é uma atividade fi-
reside na administração eficiente do seu passivo. O factoring nanceira. A empresa de Factoring não pode fazer captação de
é uma atividade complexa, cujo fundamento é a prestação de recursos de terceiros, nem intermediar para emprestar estes
serviços, ampla e abrangente, que pressupõe sólidos conhe- recursos, como os bancos. À sociedade de fomento mercantil
cimentos de mercado, de gerência financeira, de matemática é proibido, por lei, fazer captação de recursos de terceiros
financeira, de estratégia operacional e de contabilidade, para no mercado e emprestar dinheiro, pois esta é uma atribuição
exercer suas funções de parceiros dos clientes. dos bancos, que dependem de autorização do Banco Central
A filosofia operacional do factoring pode produzir pro- para operarem livremente.
fundas mudanças na estrutura organizacional, financeira e Deve-se ressaltar que, ocorrendo descaracterização da
produtiva do cliente: essência e finalidade do Factoring, há a possibilidade de se
a) elimina o endividamento; responder por processo admnistrativo e criminal.
b) melhora a competitividade de seu produto; O Factoring não desconta títulos e não faz financiamen-
c) provoca uma redução de custos e otimiza o tempo tos. Portanto, factoring não é banco. Assim, operações onde
do administrador da empresa, que diminui a necessidade de o contratante não seja pessoa jurídica, empréstimo via cartão
buscar recursos junto aos bancos, num processo desgastante de crédito, alienação de bens móveis e imóveis e operações
de negociação. privativas de instituições financeiras não constituem factoring.
Consagrado o princípio de que banco capta e empresta O fomento mercantil deve ser encarado como mecanis-
dinheiro e a empresa de factoring presta serviços e compra mo de suporte ao segmento da pequena e média empresa
direitos, não resta dúvida de que estão bem demarcadas as e não como alternativa para mascarar negócios legalmente
fronteiras de atuação de ambas instituições. Bancos em- privativos de instituição financeira ou para justificar sofisti-
prestam dinheiro que é antecipado ou adiantado. Há o di- cados planejamentos tributários ou outros tipos de negó-
reito de regresso permitido através do endosso que é feito cios pouco lícitos acobertados com a “placa” de factoring.
pelo sacador ao banco. O pagamento pelo uso do dinheiro Agiotagem é caso de polícia. Factoring é um instituto lega-
é feito através da cobrança de juros a seus clientes. A em- lizado em nosso país.
17
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Dessa forma, empresas que não têm rigorosamente ques pré-datados ou duplicatas), com recursos próprios,
nada a ver com o factoring, e que praticam um “negócio” ile- mediante preço certo e ajustado com o faturizado. Poderá,
gal (agiotagem), têm se apresentado como sendo “escritórios ainda, antecipar recursos não-financeiros, adquirindo, para o
de factoring”, manchando o nome da atividade de fomento cliente faturizado, matéria-prima, insumos e estoques.
mercantil, que fica no imaginário das pessoas, como se fosse O fato de o factoring não possuir legislação específica
algo “suspeito”. não quer dizer que essa atividade – amplamente praticada
É preciso acabar de vez com esta confusão. A atividade no mercado nacional – possa ser considerada ilegal. Entre-
de fomento mercantil desempenha um papel fundamental tanto, o ideal seria a plena regularização da situação do fac-
no fortalecimento da economia nacional, especialmente no toring em nosso ordenamento jurídico. Assim, poderiam ser
apoio à pequena e média empresa, que são as que mais em- criados instrumentos mais eficazes de controle, fiscalização e
pregos geram neste país e que, muitas vezes, como mais aci- punição para aquelas empresas que deturpam o menciona-
ma do Globo, não conseguem apoio das instituições financei- do instituto.
ras, sobretudo em épocas de aperto como as atuais. Portanto, pode-se afirmar que o factoring é uma tênue
O fomento mercantil se desenvolve pela compra (pela linha reta traçada. Ao seu lado esquerdo temos o mercado
empresa de factoring) de direitos creditórios resultantes de marginal e ao seu lado direito, temos contravenções penais.
vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços, con- Assim, essa atividade, já consagrada no Brasil, mas ainda ca-
jugado com assessoria creditícia, de seleção de riscos e de rente de uma legislação específica, deve estar sob atenta vi-
administração de contas a pagar, prestando às pequenas e gilância, caso contrário, cairá no veneno ilegal da agiotagem.
médias empresas serviço fundamental para que possam se
dedicar à sua finalidade. A legislação que regula as empresas de Factoring
Trata-se de atividade absolutamente legal (muito bem tri- O Brasil ainda não possui uma legislação específica so-
butada), fonte de orgulho para aqueles que a praticam e de bre as operações de factoring. Em razão isso, entende-se que
satisfação para os clientes. Existe inclusive, projeto de lei no essas empresas utilizam as regras da cessão de crédito do
Senado Federal para que sua regulação passe a ser feita em Código Civil, utilizando o artigo 286 e seguintes.
lei específica (como ocorreu em 1994 com a Lei de franquia). No entanto, a legislação apresenta uma lei, a Lei Com-
Ocorre que, como em todas as áreas, existem os bons e
plementar n° 123/06, que estabelece um conceito para as
os maus profissionais, os bem e os mal-intencionados, tam-
operações de factoring em seu artigo 17:
bém temos esse quadro com o factoring. Existem empresas
• Não poderão recolher os impostos e contribuições
sérias e compromissadas, que agem dentro da lei e existem
na forma do Simples Nacional a microempresa ou empre-
aquelas que praticam, na verdade, uma agiotagem disfarçada.
sa de pequeno porte que explorem atividades de prestação
Portanto, deve-se ter cuidado.
cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,
Agiotagem é a especulação fundada nos empréstimos
de dinheiro a juros extorsivos. Seu principal objetivo é obter gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a
lucros excessivos. Emprestar dinheiro, mediante cobrança de pagar e a receber, gerenciamento de ativos (assets manage-
juros, sem o aval do Banco Central, é prática criminosa previs- ment), compras de direitos creditórios resultantes de vendas
ta na legislação pátria. Agiotagem é crime e deve ser denun- mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).
ciada. O agiota profissional é perigoso. É um lobo em pele de Através desse artigo, é estabelecida uma base para as
cordeiro. Pode ser pessoa jurídica, sob fachada de factoring, empresas de factoring, entendendo que um contrato dessa
mas não se confunde com este instituto, que visa ao fomento natureza é perfeitamente legal e que está dentro do que es-
mercantil, ajudando às pequenas e médias empresas. tabelece a legislação para seu funcionamento.
Não se pode esquecer também que as factorings não po-
dem cobrar juros superiores ao limite da Lei da Usura (12% ao A história do factoring no Brasil
ano) enquanto não se considerarem instituições financeiras. É fácil perceber porque não existe ainda uma legislação
Já os agiotas, freqüentemente incorrem em crime de usura, de factoring no Brasil. A atividade surgiu apenas em 1982,
extorquindo a tudo e a todos. quando houve a fundação da Associação Nacional de Facto-
Enfim, é considerado agiota aquele que emprestar di- ring, a Anfac.
nheiro, estipulando ou cobrando juros, comissões ou cor- Nessa época, logo no início, as empresas de factoring
reção monetária acima do índice oficial (IGP, IPC são índices encontraram grande resistência das instituições financeiras e
aceitáveis para correção monetária e 0,5% e 1,0% são juros dos órgãos públicos fiscalizadores, principalmente do Banco
legais permitidos). Portanto, não há que se falar em agiota- Central do Brasil.
gem na prática de factoring, pela singela razão que factoring O Banco Central, por não conhecer a fundo as preten-
não faz empréstimo, apenas presta serviços, compra créditos sões da Anfac, entendeu que o fomento mercantil era uma
e antecipa recursos não-financeiros (estoque, insumo e ma- operação que iria invadir a área privativa das instituições fi-
téria-prima). nanceiras, chegando mesmo a proibir indiretamente as ope-
Também deve ser ressaltado que a empresa de factoring rações de factoring através da Circular n° 703, de 1982, colo-
não capta recursos populares, não faz empréstimos, interme- cando essa atividade como crime.
diação ou aplicação de recursos financeiros, apenas presta Depois de muitas discussões administrativas e judiciais, o
serviços, compra créditos (cheques ou duplicatas) vencíveis Banco Central eliminou os obstáculos que impediam as ope-
de empresas oriundos de operações mercantis desta (ven- rações de factoring por empresas que não fossem institui-
da e compra de produto e prestação de serviços, com pa- ções financeiras, como os bancos, embora isso só tenha
gamento a prazo, que poderá estar representado por che- ocorrido em 1988.
18
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Alguns anos depois, o factoring se tornou regulamen- Receitas das Administradoras de Cartão de Crédito
tado pelo Código Civil, nos artigos 1065 a 1078, e no Códi- • Anuidade: cobrada ao portador para se associar a sis-
go Comercial, nos artigos 191 a 220, com respaldo das leis tema de cartão de crédito.
8891/1995 e 9065/1995, além da Resolução 2144/1995 do • Algumas administradoras já estão deixando de co-
Banco Central. brar essa tarifa;
• Comissão: percentual pago pelo estabelecimento a
O crescimento das operações de factoring administradora pela utilização por parte do usuário;
As operações de factoring tiveram grande crescimento • Remuneração de Garantia e Taxa de Administração: cobra-
a partir de 1988, quando a cifra de negociações chegou das ao portador quando este efetua compra parceladas pelo cartão.
ao patamar de US$ 2,5 milhões. Em 1996, os valores ne-
gociados pelas empresas de factoring chegaram a US$ 11 Administradoras de cartões de crédito em sentido
bilhões. estrito: conceito e fiscalização pelos entes reguladores do
Com base na legislação existente até então, as opera- Sistema Financeiro Nacional
ções de factoring tornaram-se legalizadas, muito embora Quando não há o pagamento integral da fatura, as admi-
diversas empresas e pessoas continuassem julgando que nistradoras de cartão de crédito em sentido estrito que atuam
a atividade era mais ligada à agiotagem, ou seja, um crime como emissoras representam o portador do cartão perante
perante a legislação federal. uma instituição financeira, que assume a posição de credora
A Anfac, em 1995, encaminhou um projeto de lei atra- na relação jurídica do contrato de mútuo.
vés de deputados ao Congresso Nacional, buscando criar O art. 17 da Lei nº 4.595/64 determina que só podem ser
uma legislação específica para as empresas de factoring. O consideradas instituições financeiras as pessoas que tenham
Projeto de Lei n° 230/95, de autoria do então senador José como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação
Fogaça, ainda se encontra em tramitação no Congresso, in- ou aplicação de recursos financeiros.
clusive com diversas alterações e retificações. Em outras palavras, para os efeitos da legislação em vigor, só
é instituição financeira a entidade que pratica reiteradamente um
Como o projeto de lei ainda não está aprovado, as
conjunto de atos tendentes à finalidade de intermediação econô-
empresas de factoring continuam tomando como base o
mica, consistente na aproximação entre poupadores e tomadores
que estabelece a legislação, com destaque para a Lei n°
de recurso. Confira-se o ensinamento da doutrina a esse respeito:
9.613/98 e a Medida Provisória n° 1820/99, que tratam do
Outra forma tão ou mais importante de intermediação
assunto em alguns de seus artigos.
financeira consiste na transferência de fundos dos agentes
A importância dos Códigos Civil e Comercial para
econômicos superavitários para os deficitários. Indivíduos e
o factoring empresas trabalham e produzem, gerando renda, ao mesmo
As operações de factoring praticadas pelas empresas tempo em que consomem e investem. Tipicamente, ao longo
voltadas para essa atividade, mesmo não possuindo uma da vida há fases em que se gera mais renda do que é necessário
legislação específica, encontram respaldo, portanto, nos para financiar os gastos, e outras em que se observa o opos-
Códigos Civil e Comercial, sendo uma atividade perfeita- to. No primeiro caso, há um excedente líquido, que pode ser
mente legal, uma vez que trabalham no sentido de oferecer poupado para financiar gastos acima da renda em outras fases.
capital de giro para as empresas que oferecem produtos e Um dos principais papeis do sistema financeiro é in-
serviços a prazo. termediar recursos entre as unidades econômicas que, em
De acordo com o Professor Luiz Lemos Leite, o enqua- determinado momento, estão superavitárias e as que, na
dramento legal do factoring está respaldado no Direito mesma época, estão deficitárias.
brasileiro através do Código Civil, em sua parte que esta- (...)
belece regras para a prestação de serviços, e no Código De um lado, as instituições financeiras tipicamente aceitam
Comercial, na parte que se refere à compra de direitos co- pequenas aplicações financeiras, como muitas realizadas com o
merciais regidos pela compra e venda mercantil. uso da popular caderneta de poupança, juntando-as depois em
A legislação brasileira, portanto, embora não tenha empréstimos de elevado valor, como costuma ser o caso de cré-
ainda uma lei específica para tratar das regras de factoring, ditos imobiliários ou às empresas. Ao fazerem essa transmutação
oferece total respaldo para as empresas que trabalham de tamanho, as instituições financeiras permitem que os pequenos
com fomento comercial, principalmente por atuarem num poupadores invistam, indiretamente, em grandes operações, sem
mercado em que se facilitam as operações mercantis feitas que seja necessário as partes incorrerem nos elevados custos de
a prazo. transação que seriam inevitáveis no caso de uma operação direta.
No bojo do plexo de operações envolvidas no sistema de
As Sociedades Administradoras de Cartões de Cré- cartões de crédito, as administradoras são tidas como emissoras,
dito ou seja, como entidades que emitem e gerenciam os cartões de
São empresas prestadoras de serviços, que fazem a in- crédito, mantendo relacionamento com o portador para qual-
termediação entre os portadores de cartões, os estabeleci- quer questão decorrente da posse e do uso de seus cartões.
mentos afiliados, as bandeiras (Visa, MasterCard etc.) e as Assim, cabe a tais administradoras a relação com o
instituições financeiras. portador do cartão de pagamento quanto à: (a) habilitação,
(b) identificação, (c) autorização, (d) liberação de limite de
Características crédito ou saldo em conta corrente, (e) fixação de encargos
• São empresas NÃO financeiras; financeiros, (f) cobrança de fatura e (g) definição de pro-
• Constituídas sobre a forma de uma S.A; gramas de benefícios.
19
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Atualmente, no Brasil, dois tipos de instituição podem Ora, as administradoras de cartões de crédito em sen-
emitir cartões de crédito, quais sejam: 1) instituições finan- tido estrito não realizam operações passivas de captação de
ceiras, que emitem e administram cartões próprios ou de recursos no mercado (poupança, conta corrente etc.), nem
terceiros e concedem financiamento direto aos portadores; operações ativas. Isso porque, na qualidade de mandatárias
2) administradoras em sentido estrito, que são empresas de seus clientes, elas não figuram como credoras ou deve-
não financeiras que emitem e administram cartões próprios doras dos financiamentos obtidos junto a bancos.
ou de terceiros, mas não financiam os seus clientes. Na relação jurídica atinente a tais contratos de mútuo,
Em caso de pagamento inferior ao valor total da fatura figuram, como credora, a instituição financeira (que não se
mensal, o saldo restante passa, automaticamente, ao crédito confunde com a administradora em sentido estrito), e, como
rotativo e é corrigido até que ocorra o pagamento integral. devedor, o portador do cartão, representado pela adminis-
Esse pagamento parcial dá ensejo à celebração de um tradora. Há, ressalte-se, mera representação, decorrente do
contrato de mútuo e, nas hipóteses em que as instituições fi- mandato embutido na operação com cartão de crédito, mas
nanceiras são as emissoras do cartão, elas próprias assumem não intermediação financeira propriamente dita.
a posição de mutuante. Note-se que o fato de a administradora ser intermediá-
Situação diversa ocorre nos casos em que as administra- ria de operação financeira (entre portador de cartão de cré-
doras em sentido estrito figuram como emissoras, porquan- dito e instituição financeira), nesses termos, não significa que
to, nessas hipóteses, por não captarem recursos junto aos ela própria realize intermediação financeira. Mesmo porque,
poupadores e não atuarem como intermediadoras financei- como dito, não faz parte de sua atividade a captação de re-
ras, elas não podem ser mutuantes. Então, para financiar as cursos de poupadores e sua transmissão a tomadores.
dívidas de seus clientes, elas representam os portadores pe- A esse propósito, são bastante elucidativas as palavras
rante instituições financeiras, obtendo financiamentos cujos de Eduardo Fortuna, expostas na clássica obra Mercado Fi-
encargos são suportados pelos clientes. Atuam, pois, como nanceiro: produtos e serviços:
simples mandatárias desses. As administradoras de Cartões de Crédito não são
A permissão para a administradora obter o financiamen- empresas financeiras e sim empresas prestadoras de
to é dada pela chamada cláusula-mandato, por meio da qual serviço, que fazem a intermediação entre os portadores
o titular outorga mandato especial para ela representá-lo
de cartões, os estabelecimentos afiliados, as bandeiras
junto a qualquer instituição financeira e obter financiamento
(Visa, Mastercard etc.) e as instituições financeiras. Even-
no valor do saldo devedor.
tualmente, para, entre outras razões, contornar as dificulda-
Isso porque, como dito, independentemente da natu-
des legais e fiscais envolvidas na cobrança das taxas de juros
reza da entidade emissora, os financiamentos são feitos por
do parcelamento das vendas a prazo através do cartão, as
bancos, haja vista que as administradoras de cartões de cré-
dito não financeiras são proibidas de financiar seus clien- administradoras estão se transformando em instituições fi-
tes. Se o fizerem, atuando indevidamente como instituições nanceiras (...). (Ressaltou-se)
financeiras, serão submetidas a sanções administrativas e Ainda, são oportunas as lições do professor Alcio Ma-
penais, previstas nas Leis nº 4.595/64 e 7.492/86, respecti- noel de Sousa Figueiredo:
vamente. Da interpretação conjunta dos arts. 17 e 18, da Lei
Resta evidente, por conseguinte, que, nos casos em que 4.595/64, art. 1º da Lei 7.492/86, somente são consideradas
não há o pagamento integral da fatura e as administradoras instituições financeiras as empresas públicas ou privadas que
de cartão de crédito em sentido estrito figuram como emis- efetuem captação de recursos financeiros em moeda corrente,
soras, essas realizam mera representação do portador do o que não ocorre no contrato de cartão de crédito entre a ad-
cartão (seu cliente) perante uma instituição financeira, que ministradora e o consumidor, haja vista que a relação jurídica
assume a posição de credora na relação jurídica do contrato entre consumidor e emissora do cartão de crédito consiste na
de mútuo. prestação de serviços, para a aquisição de produtos e serviços
Tal representação decorre do mandato conferido pelo no mercado de consumo.
titular do cartão e não se confunde, de forma alguma, com o (...)
conceito técnico de intermediação financeira. Da simples análise das operações econômicas entre a
Como mencionado alhures, o art. 17 da Lei nº 4.595/64 emissora do cartão de crédito e o titular do cartão (consu-
evidencia que a atividade de intermediação financeira só midor), não se verifica qualquer atividade de captação ou in-
pode estar caracterizada quando presentes alguns pressu- termediação de recursos no mercado financeiro. A busca de
postos indispensáveis, consistentes na demonstração de recursos para o pagamento das notas de compras em poder
que determinado ente atua de forma profissional no sentido dos fornecedores credenciados não possui qualquer relação
de captar recursos junto aos agentes superavitários da eco- jurídica com o contrato de adesão e prestação de serviços que
nomia (poupadores), por meio de um plexo de operações originou as notas de compras efetuadas pelo consumidor (...).
passivas, para transmiti-los aos agentes deficitários (toma- Convém destacar, ademais, que os ensinamentos dou-
dores), por intermédio de um conjunto de operações ativas. trinários de Waldirio Bulgarelli corroboram a argumentação
De forma bastante simplificada, essa é a tarefa principal aqui desenvolvida, porquanto evidenciam que o cartão de
desempenhada por instituições financeiras. E é o descasa- crédito envolve um complexo de operações e que a ora de-
mento entre os prazos dos dois tipos de operação (passiva nominada administradora em sentido estrito, quando atua
e ativa), combinado ao risco das atividades envolvidas, um como mandatária de seus clientes, firma, em nome deles,
dos fatores que justificam a fiscalização das instituições fi- contratos de abertura de crédito com instituições financei-
nanceiras por parte das entidades reguladoras. ras.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Assim, afirma o autor que “o cartão de crédito é um valor determinado pela própria administradora. Destarte,
negócio jurídico complexo, verdadeira ‘operação polifacética”, o interesse do mandante é patente, haja vista que, segun-
que envolve contrato de adesão entre o titular por si, ou pela so- do jurisprudência do STJ, esse “tem o direito de saber como
ciedade emissora como sua mandatária, e a instituição financei- a mandatária está cumprindo com a sua obrigação, que deve
ra, um contrato de abertura de crédito (ou de financiamento em ser a de preservar o interesse da mandante e celebrar contratos
geral, quais sejam as condições, como por exemplo o chamado mais favoráveis à pessoa que representa.” (RESP 457.391/RS,
credit revolving); (...). Desta forma, é difícil de aceitar o papel da Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar, DJ de 16.12.2002).
sociedade emissora, senão como um providencial intermediário Cumpre salientar que o art. 1º, § 1º, inciso VI, da Lei Com-
em favor do fornecedor e da instituição financeira. plementar nº 105/01 não justifica a classificação das adminis-
No trecho, o doutrinador não diz que a emissora realiza tradoras de cartões de crédito como instituições financeiras,
intermediação financeira; apenas menciona que ela faz (mera) porquanto nesse dispositivo está dito, de forma peremptória,
intermediação de operação, que beneficia a instituição finan- que aquelas empresas são consideradas instituições financei-
ceira (pessoa jurídica distinta). Em outra passagem da mesma ras tão somente para os efeitos da referida Lei Complemen-
obra, ele deixa clara a distinção entre a sociedade emissora tar. É o que demonstra o pronunciamento do saudoso Min.
do cartão (em sentido estrito) e a instituição financeira, verbis: Carlos Alberto Menezes Direito no julgamento do Recurso
A sociedade emite o cartão em favor do titular, que dele po- Especial nº 466.784/RS (Terceira Turma, DJ de 25/8/2003), in
derá utilizar-se junto à rede de fornecedores, presa por um con- verbis:
trato com a sociedade emissora; o titular autoriza ainda a so- Entendo, tal e qual o Acórdão recorrido, que as adminis-
ciedade emissora a contrair financiamento com os bancos, tradoras de cartão de crédito não são instituições financei-
em seu nome, o que lhe permitirá saldar as contas, em prazo ras, como destaquei em voto no REsp nº 399.353/RS, antes
e condições determinados pelos mesmos bancos. (Ressaltou-se) mencionado, pedindo vênia para reproduzir o trecho que se
No mesmo sentido, Waldo Fazzio Júnior esclarece que “a segue, verbis:
diferença entre os cartões de crédito bancários e não bancá- “(...)
rios reside na natureza da instituição emissora” e que Mas, de todos os modos, até o momento não encontro ra-
a distinção adquire relevância quando se contemplam as zão suficiente para alterar meu convencimento. Nem mesmo
relações entre usuários e as sociedades administradoras de com a Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001, que
cartões. Quando a empresa emissora do cartão não é uma dispõe sobre o sigilo nas operações de instituições financeiras,
instituição bancária, e em caso de parcelamento do saldo entende que as administradoras são instituições financeiras. O
devedor pelo usuário, o contrato já contém estipulação au- que a Lei Complementar estabeleceu foi a equiparação
torizando à administradora valer-se da cláusula-mandato. delas às instituições financeiras para efeito do sigilo ‘em
(Ressaltou-se) suas operações ativas e passivas e serviços prestados’.
Saliente-se que o Superior Tribunal de Justiça, em vários Mas, não teve ela o condão de modificar a natureza ju-
julgados, reconhece a distinção entre as atividades desempe- rídica do contrato decorrente da utilização de cartão de
nhadas por administradoras de cartões de crédito em sentido crédito, que, a meu sentir, não é financeira, mas, como as-
estrito e aquelas desenvolvidas por instituições financeiras. sinalou Nelson Eizerik, ‘contrato misto, de prestação de serviços
Nessa linha, cumpre trazer à baila trechos do voto condu- e de garantia do pagamento dos bens e serviços adquiridos por
tor do acórdão prolatado no julgamento do Recurso Especial parte do titular’”. (sem destaque no original).
nº 473.627/RS, em que se discutiu a viabilidade de ajuizamen- Ressalte-se, finalmente, a existência de precedente do
to de ação de prestação de contas com o objetivo de verificar Superior Tribunal de Justiça no qual os Ministros, por una-
a exatidão e a legitimidade dos valores cobrados por adminis- nimidade, reconheceram que, no mercado de cartões de
tradora de cartão de crédito: crédito, existe uma ampla cadeia de serviços, na qual atuam
(...) Os contratos que disciplinam o financiamento parcial as administradoras de cartões de crédito e as instituições fi-
das compras do consumidor através de cartão de crédito con- nanceiras, entidades distintas. O voto da Eminente Relatora,
têm cláusula segundo a qual a administradora deverá obter, no Ministra Nancy Andrighi, é elucidativo a esse respeito:
mercado financeiro, recursos para o parcelamento das compras, Na hipótese concreta, há uma verdadeira cadeia de forne-
o que faz em nome do consumidor, como sua procuradora. cimento de serviços. Há clara colaboração entre a institui-
(...) ção financeira, a administradora do cartão de crédito e a
A natureza jurídica desta cláusula é a de contrato (aces- ‘bandeira’ Visa, que fornecem serviços conjuntamente e de
sório) de mandato, inserido no contrato (principal) de cartão forma coordenada.
de crédito firmado entre recorrente e recorrida. Por meio desse Independente de manter relação contratual com o autor,
mandato, a administradora de cartões de crédito é constituída não administrar cartões de crédito e não proceder ao bloqueio
mandatária para praticar ato no interesse do titular do cartão do cartão, as ‘bandeiras’, de que são exemplos Visa, Mastercard
de crédito, qual seja, o de saldar o seu débito no vencimento com e American Express , concedem o uso de sua marca para a efe-
recursos captados em seu nome. tivação de serviços, em razão da credibilidade no mercado em
(...) que atuam, o que atrai consumidores e gera lucro.
Ademais, não é crível que a administradora não consiga Por onde quer que se veja a questão, deve-se concluir que
comprovar o valor das despesas efetuadas junto a institui- há estreita cooperação entre a instituição financeira, a
ções financeiras e que são repassadas ao titular, depois de administradora do cartão de crédito e a ‘bandeira’, pois
serem somadas à remuneração cobrada por ela, a título de só assim a prestação do serviço se torna viável.(Ressal-
custo de financiamento e demais encargos, se os respecti- tou-se)
vos débitos são lançados à conta do usuário do cartão em
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Todas as instituições financeiras são associadas obrigatoriamente ao FGC, contribuindo com uma porcentagem dos
depósitos (2%) para a manutenção do fundo.
A questão é que o FGC não ampara apenas os investimentos em poupança. CDB, LCI/LCA e, é claro, as Letras de Câm-
bio (LC), também possuem a mesma proteção da caderneta. Apesar de terem a mesma proteção, a Letra de Câmbio tem
rentabilidade superior à da poupança.
A cobrança bancária tem por finalidade processar mediante registro a cobrança de títulos entregues ao Banco através
de borderaux de cobrança, referentes ao faturamento das empresas.
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Observe que a definição de Hot Money deixa claro que ele é uma alternativa para empresas que precisam realizar um
pagamento e não têm Capital de Giro. Serve como um ajuste do deslocamento de dinheiro do caixa de uma forma
muito mais rápida, para cobrir despesas imediatas sem burocracia.
Resumindo: o objetivo do Hot Money é resolver problemas pontuais da tesouraria. Exatamente por isso ele é con-
siderado como um crédito de curto prazo.
Claro que o ideal é não ter que recorrer ao Hot Money e, por isso, administrar o capital de giro da empresa signi-
fica avaliar se falta ou sobra recursos financeiros e analisar os reflexos gerados por decisões tomadas em relação a
compras e vendas.
Todavia, o primeiro passo para a empresa evitar correr atrás de Hot Money é ela planejar e estimar os ganhos, despesas
e investimentos que terá em um período futuro, geralmente de 1 a 3 anos. Isso é possível por meio do Orçamento Empre-
sarial.
A principal finalidade do Hot Money, e também sua principal importância, é ser uma ferramenta utilizada por pessoas
jurídicas exclusivamente para cobrir necessidades imediatas de recursos de curtíssimo prazo.
Importante ressaltar que essas obrigações entram no Balanço Patrimonial (BP) da empresa como passivos (contas onde
são registrados os deveres e obrigações da organização, como por exemplo, fornecedores, empréstimos e financiamentos,
obrigações fiscais e sociais etc.).
O Balanço Patrimonial é essencial para manter um controle de custos e também para acompanhamento do patrimônio
da empresa. Além disso, com ele é possível ter a visão consolidada da evolução da empresa em um determinado intervalo
de tempo. Preparamos um modelo de planilha, no qual você conseguirá ter essa visão melhor.
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E já que o BP demonstra todos os ativos (bens e direitos) e passivos (dívidas e deveres) da empresa, bem como se o
patrimônio acumulado está em ascensão ou declínio, é fundamental utilizá-lo para controlar o dinheiro que entra e sai da
empresa (e, por consequência, avaliar tomadas de decisão que dizem respeito à necessidade de empréstimos).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Hot Money ou outra alternativa de injeção de capital? Contabilizando os valores, chegamos à conclusão que:
Existem várias maneiras de a empresa conseguir inje- Empréstimos: R$ 150.000,00
ção de capital. No caso do Hot Money, ele é uma alterna- (-) IOF: R$ 74,00
tiva emergencial, ou seja, somente deve ser usado para Líquido em Conta Corrente: R$ 149.926,00
cobrir necessidades imediatas de recursos de curtíssimo Entendendo melhor: no caso do nosso exemplo a empre-
prazo. Caso a empresa comece a fazer uso frequente desta sa efetuou uma operação de R$ 150.000,00 e recebeu, líquido
opção de crédito, é porque algo pode estar errado e sua na conta corrente, o valor de R$ 149.926,00.
empresa vai pagar caro por isso.
O controller é o profissional indicado para fazer esta O Hot Money é um tipo de empréstimo de curto
avaliação. Quando a empresa precisa constantemente in- prazo, sendo uma alternativa para empresas que preci-
jetar capital de forma emergencial é porque, talvez, esteja sam realizar um pagamento e não têm Capital de Giro.
na hora de pensar em um investimento que traga maior Dizemos ainda que seu objetivo é o de resolver problemas
retorno financeiro e evite que o Hot Money seja utilizado pontuais da tesouraria. Por isso, operações de Hot Money são
consideradas como um crédito de curto prazo.
para apagar incêndios.
Ressaltamos que assim como qualquer empréstimo, é pre-
Além disso, é necessário também investigar a raiz do
ciso ter cautela ao optar pelo Hot Money e avaliar todas as alter-
problema, analisando as divergência do orçamento. Conve- nativas da empresa. Os Indicadores Financeiros para Análise
nhamos que, se a empresa não possui métricas suficientes de Investimentos permitem ao controller fazer uma análise
para identificar o que está acontecendo com suas vendas mais completa das opções que possui para injetar capital.
e despesas, fica quase impossível resolver os problemas, Além disso, é necessário verificar a Necessidade de Ca-
certo? pital de Giro e, avaliar os prazos médios de pagamento e
No entanto, antes mesmo de pensar em quem poderá recebimento.
ajudar a injetar capital na empresa (ou como isso será feito)
é preciso fazer uma análise bem completa sobre a viabi-
lidade do investimento. Para essa tarefa, profissionais da
área de finanças fazem uso de um arsenal de ferramentas 3.10 - CONTAS GARANTIDAS.
conhecidas como Indicadores Financeiros para Análise
de Investimentos.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
As garantias são nota Promissória com aval dos sócios • Crédito pode ser usado repetidamente;
ou terceiros que possam apresentar algum bem; penhor de • Tomador faz pagamentos com base apenas no valor
títulos de crédito (caução de duplicatas ou cheques pré-data- que ele realmente utilizou e apenas esse valor será acrescido
dos); alienação fiduciária; hipoteca; por exemplo. de juros e eventuais impostos;
O percentual da garantia será definido pela instituição • Tomador pode pagar parceladamente (sujeito a exi-
financeira. gências de pagamento mínimo), ou integralmente, a qualquer
momento.
Vantagens
Pode-se utilizar o limite de crédito para cumprir as obri- Como funciona o crédito rotativo?
gações por período curto, com isso, pagando menos juros e, O crédito disponível diminui na medida em que o cliente
consequentemente, diminuir os custos financeiros. (tomador) utiliza o crédito e aumenta na medida em que é
Como as duplicatas estão em garantia, a empresa pagará feito o pagamento do principal que já foi utilizado. Ou seja,
uma tarifa menor pela cobrança da mesma, fato este que, seu limite de crédito é recuperado com o pagamento dos ju-
geralmente, não ocorre no desconto de duplicata. ros + extras do principal. Neste tipo de crédito o cliente paga
encargos e impostos somente pelos recursos usados e pelo
Desvantagens tempo que os utilizou.
Um dos grandes vilões desta operação é o IOF, pois cada
vez que o cliente realiza um saque na conta garantida, está Como tenho acesso ao crédito rotativo?
tomando um empréstimo, e será tributado com uma alíquota Após análise de crédito, seu banco irá determinar os limi-
de IOF de 0,38% sobre o valor da operação. tes de seu cartão, incluindo o crédito rotativo. Você precisará
Assim, se o cliente necessita utilizar a conta garanti- também de obter um cartão de crédito, que tem uma anuida-
da por um curto período, por exemplo, 03 (três) dias, e de para ser paga dando direito ao seu uso.
paga a conta garantida após este período, e 02 (dois) dias Cuidado, pois o crédito rotativo pode ser o início de uma
depois pretende usá-la novamente, deve fazer as con- grande armadilha financeira, mesmo com todo planejamento
tas, pois pagará IOF pelas duas utilizações, 038% por cada. possível. (Foto: www.bradesco.com.br)
Se a empresa não tomar cuidado, o IOF da operação pode
ficar mais caro que os juros cobrados. Os perigos do crédito rotativo
Ao optar optar por pagar apenas um mínimo ou um valor
entre o mínimo e o total da fatura do cartão de crédito, você
está optando pelas taxas de juros mais altas do mercado, e
3.11 - CRÉDITO ROTATIVO. no mês seguinte lhe serão cobrados mais juros e encargos
acumulados. Resumindo bem, uma dívida pode ser pequena,
mas aumentar muito com o decorrer do tempo e acúmulo de
gastos no cartão.
O crédito rotativo do cartão de crédito é usado pela pes- Além disso, os brasileiros geralmente tem uma má edu-
soa que não quer ou não pode pagar o valor total da sua cação financeira e o acesso ao crédito rotativo utiliza deste
fatura no vencimento, mas pretende pagar o saldo em bre- pequeno conhecimento como forma de explorar o povo a
ve. Para usar o crédito rotativo no vencimento da fatura, a pensar que as parcelas com juros altos do crédito rotativo são
pessoa deve fazer o pagamento de qualquer valor entre o as melhores opções que eles tem para parcelar uma fatura.
mínimo e total. O restante é automaticamente financiado e Mesmo quando o crédito rotativo é a única opção, brasi-
lançado no mês seguinte, com juros. Financiar a fatura ge- leiros acabam não planejando o pagamento total da fatura nos
ralmente é melhor do que pagar multa e juros de mora. Mas próximos meses e pagam muito mais do que inicialmente devia.
vamos entender melhor o que é o crédito rotativo antes de
assumir qualquer conselho financeiro para nossos leitores. Os cuidados com o crédito rotativo
O crédito rotativo deve ser apenas um empréstimo emergen-
O que é exatamente o crédito rotativo? cial, quando você não tem mais nenhuma opção em vista. O melhor
É uma linha de crédito aberto para uma pessoa física ou a ser feito é utilizar um empréstimo bancário como alternativa para
jurídica com limite pré-estabelecido e que pode ser utiliza- escapar das dívidas com cartão de crédito, pagando a fatura por
do de forma automática pelo tomador, de acordo com suas inteiro e parcelando com juros menores do empréstimo pessoal.
necessidades. No caso, podemos considerar este crédito ro-
tativo como um “empréstimo emergencial”, equivalente ao Como incidem os juros no crédito rotativo?
cheque especial, que vem perdendo espaço nos últimos anos No financiamento da fatura pelo crédito rotativo, os juros
como fonte emergencial de renda. Algumas características somente incidem sobre o saldo verificado entre o valor da
do crédito rotativo são: fatura e o valor pago. Como exemplo:
• É realizada uma análise prévia de crédito, para saber Pagamento total até o dia 30:R$ 400,00
se o tomador tem condições financeiras de pagar os limites Pagamento mínimo:R$ 80,00
que utilizar; Saldo:R$ 320,00
• Tomador pode utilizar ou retirar fundos até um limi- Neste caso, somente ao saldo de R$320,00 é que serão
te de crédito pré-aprovado; acrescidos os juros do crédito rotativo. Na fatura do cartão
• Quantidade de crédito disponível aumenta e dimi- de crédito deverão estar expressas a taxa de juros que in-
nui na medida em que o dinheiro é utilizado ou pago; cidirá no período da fatura e, ainda, a do próximo período.
31
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Queremos enfatizar que utilizar o crédito rotativo deve Chama-se taxa de desconto a porcentagem de redução
ser a última opção em qualquer hipótese, esgotadas todas aplicada a uma série de fluxos de caixa futuros, de forma a ob-
as outras possibilidades. O mais correto é você sempre se ter o valor presente desses fluxos. Reduz-se do valor a ser ob-
planejar par apagar o total da fatura. Mas caso isso não seja tido no futuro, a fim de torná-lo comparável ao valor presente.
possível, além das várias dicas que demos em nossos artigos, A taxa de desconto pode ser considerada como similar à taxa de
você deve optar por empréstimos pessoais de juros baixos juros e reflete o grau de preferência pela liquidez (preferência tempo-
para realmente pagar sua dívida sem grandes prejuízos. ral por dinheiro) dos agentes econômicos. Assim, uma alta preferên-
cia temporal por dinheiro implica uma alta taxa de desconto.
O que mudou no crédito rotativo? Diferentemente de uma operação de factoring, o desconto
Nas novas regras de uso do rotativo, os clientes podem de títulos não é uma operação de compra e venda, e o banco
pagar o mínimo por apenas um mês. tem direito de regresso, ou seja, no vencimento, caso o título
É necessário que as instituições financeiras ofereçam, não seja pago pelo sacado (o devedor), o cedente (a empre-
posteriormente a isso, outra forma de empréstimo ao cliente, sa que descontou a duplicata) assume a responsabilidade pelo
a juros bem menores. pagamento, incluindo juros de mora e multa pelo eventual pa-
A intenção é incentivar os consumidores a quitarem suas gamento em atraso. Portanto, enquanto a duplicata não for qui-
dívidas sem serem devorados por essa bola de neve do juros tada, a empresa cedente mantém uma obrigação para com o
do rotativo. banco, devendo reembolsá-lo, se o título vencido não for pago.
Como o cliente só pode pagar o mínimo por um mês, na
fatura seguinte, o banco precisa garantir crédito para o con-
sumidor parcelas a dívida do cartão com taxas menores que 3.13 - FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO.
os atuais juros do cartão.
Apesar dessas mudanças, a dica mais eficiente para o
usuário de cartão de crédito é fazer com que o uso desse mé-
Qualquer tipo de empreendimento econômico exige uma
todo de pagamento seja feito de maneira consciente.
aplicação de capital. O volume de capital empregado normal-
Apesar de ter um limite aprovado no cartão, o cliente pre-
mente é decomposto em duas porções básicas: uma destina-
cisa se lembrar que aquele valor não é real, não é um dinheiro
da à aplicação em ativos fixos e outra destinada ao giro.
que ele já tem, que lhe pertence, mas funciona como um em-
Neste texto pretendemos apresentar as noções básicas a
préstimo a juros altíssimos.
respeito do capital de giro, principalmente no que tange a sua
Em outras palavras, é necessário colocar na balança e ava-
composição, dimensionamento e financiamento.
liar se é necessário comprar no cartão de crédito ou se outras
formas de pagamentos são mais viáveis. Definição de Capital de Giro
Essa consciência de usar o cartão em casos extremamente Uma vez caracterizado, podemos definir capital de giro
necessários, optando por comprar à vista ou no débito, sem- como o montante de recursos necessários para o funciona-
pre que possível, faz com que o usuário do cartão de crédito mento da empresa.
esteja de certa forma blindado contra os juros do rotativo. Embora seja uma definição bastante simples, ela explicita
claramente a destinação que se dá a essa porção do capital, em
contraposição à outra porção, destinada à instalação da empresa.
Em resumo, portanto, temos:
3.12 DESCONTOS DE TÍTULOS. Capital fixo - montante de recursos necessários à instala-
ção da empresa;
Capital de giro - montante de recursos necessários ao fun-
cionamento da empresa.
Em contabilidade, chama-se desconto a operação bancá-
ria de entrega do valor de um título ao seu detentor, antes do Conforme o próprio nome indica, o capital de giro está
prazo do vencimento, e mediante o pagamento de determi- relacionado com todas as contas financeiras que giram ou
nada quantia por parte deste. movimentam o dia a dia da empresa.
O desconto de títulos ou duplicatas é um adiantamento Se o capital de giro está relacionado com as contas finan-
de recursos, feito pelo banco, sobre os valores dos respectivos ceiras que giram ou movimentam o dia a dia da empresa, po-
títulos (duplicatas ou notas promissórias). Neste tipo de ope- demos concluir que:
ração, o cliente recebe antecipadamente valor corresponden- • Toda empresa que vende a prazo precisa de recursos
te às suas vendas a prazo, transferindo para o banco o risco para financiar seus clientes;
de suas vendas a prazo. • Toda empresa que mantém estoque de matéria-pri-
Ao apresentar um título de vencimento futuro para des- ma ou de mercadorias precisa de recursos para financiá-lo;
conto no presente o cliente não recebe seu valor total. Sobre • Quando a empresa compra a prazo (matéria-pri-
esse valor o banco deduz a chamada taxa de desconto, além ma ou mercadorias) significa que os fornecedores finan-
de impostos (como o IOF) e encargos administrativos. ciam parte ou todo o estoque;
Normalmente, as empresas negociam suas duplicatas a • Quando a empresa tem prazos para pagar as des-
receber com instituições financeiras, visando obter capital pesas (impostos, energia, salários e outros gastos) significa
de giro, isto é, recursos financeiros a serem utilizados em que parte ou o total dessas despesas é financiada pelos
suas atividades operacionais. fornecedores de serviços.
32
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
A interpretação das situações acima nos leva a determinar em quais contas a empresa precisa aplicar recursos e de que
contas a empresa obtém recursos para financiar o capital de giro.
Um conceito importante para entendimento do capital de giro está relacionado à necessidade desse dinheiro. Essa ne-
cessidade indica o montante de recursos que a empresa precisa para financiar suas operações, ou seja, o valor dos recursos
que a empresa precisa para que seus compromissos sejam pagos nos prazos de vencimento.
A necessidade de capital de giro representa a diferença entre o montante de recursos aplicados (I) menos o total dos
recursos que a empresa consegue para financiar o capital de giro (II).
Fonte: www.sebrae.com.br
Modalidades de financiamento
Os empréstimos para capital de giro podem ser liberados de duas formas:
- Isoladamente (capital de giro puro) – na maioria das vezes, este tipo de empréstimo não necessita da compro-
vação de sua destinação.
- Associado a investimentos fixo (capital de giro associado) – destinado à compra de insumos e/ou mercadorias.
Características:
• Taxa de juros pré-fixada;
• Financiamentos de curto prazo e sem carência;
• Possibilidade de garantia por meio do próprio sócio.
Investimento Fixo
Operações de crédito de longo prazo destinadas a financiar implantação, expansão e modernização empresas, e, ainda,
reposição de máquinas, equipamentos, móveis, utensílios e veículos; obras civis e instalações.
Essas operações financiam os ativos imobilizados das empresas: itens de permanência duradoura, destinados ao fun-
cionamento das atividades da empresa.
Investimento Misto
Trata-se do capital de giro associado ao investimento. Por exemplo, a empresa financiou uma máquina e poderá ne-
cessitar de capital de giro para a matéria-prima.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Características:
• Taxa de juros pré-fixada;
• Financiamento de longo prazo e com carência;
• Exigência de garantias reais, como bens e imóveis;
• Exigência de recursos próprios.
Antecipação de Receita
Os recebíveis de sua empresa, ou seja, os valores a receber das vendas a prazo podem se transformar em garantias ou
recursos à vista, por meio das seguintes formas de financiamento:
• desconto de duplicatas e promissórias: a empresa cede esses títulos ao banco e obtém capital de giro para alavan-
car seus negócios, antecipando os recebimentos de suas vendas a prazo;
• desconto de cheques: os cheques pré-datados são entregues e descontados antecipadamente no banco, que for-
nece à empresa recursos para cobrir eventuais necessidades de caixa;
• faturas de cartões de crédito: a empresa cede seus créditos futuros ao banco e obtém capital de giro para alavancar
seus negócios, colocando as faturas de cartão como garantia da operação.
Venda
A empresa pode obter um empréstimo direto do banco para os seus compradores e, assim, receber suas vendas à vista.
Compra
Permite que a empresa compre à vista de seus fornecedores com redução de custos. O banco deposita o valor da com-
pra na conta do fornecedor e a empresa paga ao banco a prazo.
Conta Garantida
Linha de crédito rotativo vinculada à conta corrente da empresa. Os recursos são disponibilizados a qualquer momento,
por solicitação do cliente. A garantia pode ser constituída com caução de cheques pré-datados, duplicatas ou notas pro-
missórias. As taxas são, geralmente, maiores que das modalidades anteriores.
3.14 - VENDORFINANCE/COMPRORFINANCE.
Vendor Finance
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
É uma operação de financiamento de vendas com base na cessão de crédito, permitindo que uma empresa venda seu
produto a prazo e receba o pagamento à vista.
Envolve transações de compra e venda entre pessoas jurídicas.
Supõe que a empresa compradora seja cliente tradicional da vendedora, pois será a vendedora quem assumirá o risco
do negócio, como intermediadora.
A empresa vendedora transfere o crédito decorrente da venda ao banco que em troca de uma taxa de intermediação
paga à vista ao próprio vendedor e financia o comprador.
Como a venda não é financiada diretamente pela empresa vendedora, a base de cálculo para a cobrança de tributos,
comissões e royalties, torna-se menor.
Reduz também a carga de IPI, ICM, PIS e Cofins que incide sobre o preço da Nota Fiscal da empresa vendedora.
Se a própria vendedora financiasse a venda, iria embutir no preço os custos financeiros, aumentando mais ainda os
impostos a pagar.
Com o vendor é possível vender por um preço mais competitivo, além do que ao receber a vista tem imediato reforço
no seu caixa.
O cliente comprador beneficia-se com taxas menores que as do mercado para o financiamento isolado de uma empre-
sa, pois estará obtendo uma taxa que leva em conta o risco do vendedor.
Em resumo, é uma modalidade de financiamento de vendas na qual quem contrata o crédito é o vendedor do bem, mas
quem paga o crédito é o comprador.
A operação é formalizada com a assinatura de um contrato, com direito de regresso entre o banco e a empresa vende-
dora (fornecedora) e um contrato de abertura de crédito entre as partes:
empresa vendedora,
banco, e
empresa compradora.
Compror Finance
35
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
- por tempo determinado e de execução sucessiva – Entretanto, não é conveniente considerar a locação
a execução do contrato ocorre sucessivamente, mediante o como o gênero e o arrendamento mercantil como espécie.
cumprimento das obrigações, por um prazo determinado; Entre as distinções existentes, algumas decorrem como
- intuitu personae – há uma peculiaridade entre as partes, conseqüência das contraprestações do leasing serem mais
em face das suas características, cujas obrigações decorren- elevados que o pagamento do aluguel da locação, cabendo
tes do contrato não poderão ser cumpridas por outra pessoa ao arrendador garantir a amortização e os custos do finan-
senão a quem foi feito o contrato. ciamento. O locador, além de lhe pertencer os riscos da coisa,
tem por obrigação garantir o uso pacífico do bem, enquanto
Espécies que no leasing, tais deveres pertencem ao arrendatário.
Visando suprir as necessidades existentes, surgiram di- Outra distinção entre tais contratos é referente à ob-
versos contratos com algumas características específicas, tenção da coisa. No arrendamento mercantil, o arrendador
mas considerados como modalidades do arrendamento adquire o bem visando entregar ao arrendatário, sob suas
mercantil. indicações, enquanto que na locação o bem em questão já
Tais acontecimentos ocasionam divergências doutriná- pertence ao locador.
rias sobre este tema, tendo em vista a diversidade deste con- E provavelmente, a principal diferença ocorre no final do
trato nos ordenamentos jurídicos. contrato. No leasing, cabe ao arrendatário o direito de renovar
Em face disto, analisaremos apenas os mais utilizados o contrato, adquirir o bem mediante o pagamento do preço
pela doutrina brasileira. residual ou restituí-lo. Na locação, o locatário deverá restituir
O leasing financeiro é basicamente o leasing puro. O bem, o bem.
que inicialmente não pertence ao arrendador, será comprado
por este, sob as indicações do arrendatário. As contrapresta- Leasing na legislação brasileira
ções deverão ser cumpridas pelo arrendatário, mesmo que A lei nº 6.099, de 12 de setembro de 1974, introduziu este
este queira devolver o bem antes do pactuado. Concluído o contrato no ordenamento jurídico, dispondo sobre o trata-
contrato, caberá ao arrendatário o direito de comprar o bem mento tributário.
pelo preço residual, geralmente pré-fixado. Posteriormente, foi parcialmente alterada pela lei nº
O leasing operacional é aquele em que a empresa ar- 7.132, de 26 de outubro de 1983. Todavia estes dispositivos
rendadora é a fabricante ou fornecedora do bem, onde esta limitavam-se ao tratamento tributário do leasing, uma área
também se responsabilizará pela prestação de assistência ao bastante utilizada, mas sem a devida importância nos precei-
arrendatário no período em que o arrendamento mercantil tos normativos.
estiver em vigor. Semelhante a este é o contato de renting, Entretanto, o art. 9º da lei do Mercado de Capitais, nº
em que os arrendatários pactuam, por prazos curtos, visando 4.595, de 31 de dezembro de 1964, estabelece a competên-
apenas a locação do bem. cia do Banco Central do Brasil a por em prática as normas
O leasing de retorno, ou lease back, consiste aquele em do Conselho Monetário Nacional, inclusive as referentes ao
que uma empresa aliena um bem, móvel ou imóvel, a outra leasing.
empresa. Posteriormente, está irá arrendar o bem à primeira. Um ano depois da lei nº 6.099/74, foi criada a Resolução
Desta forma, esta, além de ampliar o seu capital de giro, pos- nº 351, de 17 de novembro de 1975, com um Regulamento
sui o uso e gozo do bem e, findo o contato, poderá readqui- anexo, na sessão deste conselho, no dia 12 do referido mês,
ri-lo, mediante a compra pelo preço residual. veio estabelecer os dispositivos referentes às operações deste
O leasing de intermediação trata-se daquele em que o contrato, inclusive a participação somente de pessoas jurí-
arrendador é intermediário do fabricante do bem e do ar- dicas, seguindo o mesmo entendimento da lei nº 6.099/74.
rendatário. O leasing simples, por sua vez, se caracteriza pela Visando a ampliação prática deste contrato, o arredamento
participação do arrendador em apenas adquirir e alugar o mercantil de bens importados foi posteriormente regulado
bem, enquanto que no leasing de manutenção também se pela Resolução nº 666, de 17 de dezembro de 1980.
responsabilizará pela prestação técnica do bem. Entretanto, o mercado ainda não estava reagindo como
se esperava, tendo em vista que a utilização do leasing con-
Leasing e locação forme estes dispositivos era bastante reduzida. Jorge Pereira
Alguns doutrinadores consideram o leasing como uma Andrade justifica tal ocorrência:
espécie de locação, em face das características semelhantes “Verifica-se que há uma alteração constante, no que se re-
entre estes dois contratos. fere às pessoas que podem participar da operação do leasing,
Silvio Rodrigues, embora reconhecendo a complexidade o que certamente leva-nos a crer que isto decorre do interesse
do arrendamento mercantil, segue este entendimento.3 monetário brasileiro detectado pelo Conselho Monetário Na-
Há, sem dúvida, semelhanças entre o leasing e a locação. cional, para incrementar ou diminuir a incidência desse tipo
O locatário, além de pagar o aluguel, deverá restituir a coi- contratual. Fácil verificar, pelas pesquisas feitas pela ABEL (As-
sa em bom estado. O mesmo ocorre com o arrendamento, sociação Brasileira das Empresas de Leasing), que quando só se
em que o arrendatário paga a remuneração, como também permite a operação com pessoas jurídicas, o número de contra-
deverá restituir o bem. Na locação, há faculdade de purga- tos diminui substancialmente e aumenta consideravelmente
ção da mora pelo locatário, e no leasing, pelo arrendatário. quando há a participação de pessoas físicas”.4
Da mesma forma, em ambos os contratos, há presunção de Diante da necessidade em suprir tal fato, a lei nº
como ocorrerá a utilização da coisa, a inversão do ônus tri- 6.099/74 e o Regulamento foram alteradas pela lei nº
butário, ações para a defesa do locatário e do arrendatário, 7.132, de 26 de outubro de 1983, permitindo a participação
além das prestações estarem sujeitas a correção monetária. de pessoas físicas como arrendatárias.
37
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Posteriormente, depois de vários dispositivos referen- No Brasil, o leasing foi bastante aceito para a aquisição
tes a participação ou não de pessoas físicas no arrendamento de bens importados, em face da conduta governamental,
mercantil, a Resolução nº 2.309, de 28 de agosto de 1996, e há alguns anos, em incentivar o referido comércio, median-
seu Regulamento anexo, do Banco Central do Brasil, veio fi- te a redução dos tributos de importação.
nalmente disciplinar as operações do arrendamento mercantil. Por ser um contrato moderno, acompanhando as ne-
cessidades oriundas da atual atividade mercantil, em uma
Extinção economia a nível global, a utilização do leasing permanece-
Sendo um contato por tempo determinado, como vimos rá crescente, principalmente pelo avanço tecnológico, invia-
na sua classificação, decorrido o prazo contratual, o arrenda- bilizando a aquisição de produtos por meio diverso.
mento mercantil será extinto.
Todavia, há várias outras formas de extinção, como o con-
sentimento mútuo dos contratantes, ou seja, a resilição bilate-
ral ou distrato. 3.16 - FINANCIAMENTO DE CAPITAL FIXO.
Havendo prejuízo para uma das partes, esta pode extin-
guir o contrato, cabendo-lhe o ressarcimento dos prejuízos. Da
mesma forma, a substituição de uma das partes, por tratar-se
de um contrato intuitu personae, como também da falência da Quem possui empresa sabe da necessidade constante
empresa contratante, resultam na extinção do contrato. de movimentação financeira, e que uma vez ou outra preci-
Os demais modos de inadimplemento resultam na extin- sa de dinheiro para capitalizar, nessa hora é bom pegar um
ção contratual, como o decorrente por motivos alheios à von- Capital de giro, tipo de financiamento para empresas de
tade das partes, como caso fortuito ou força maior. curto, médio ou longo prazo destinado a suprir necessi-
dades de caixa, normalmente utilizado para reorganizar o
Leasing: Vantagens e desvantagens fluxo financeiro ou, mas também muito usado para desen-
Diante da intensa evolução tecnológica, em que produtos volvimento de novos projetos e empreendimentos.
considerados de última geração em poucos meses tornam-se No Financiamento para Capital de giro as modalidades
praticamente obsoletos e ultrapassados, torna-se inviável o de pagamentos são diversas, o tomador do crédito pode
emprego do capital de giro de uma empresa na compra de optar em pagar em 1, 2, 6, 12 ou mais parcelas, tudo depen-
equipamentos. de da necessidade do empresário e do fluxo de caixa.
O leasing é um dos meios empregados para atender
aqueles que não tenham recursos suficientes para a obtenção Garantias do Financiamento do Capital de giro
de instalações atualizadas ou pela inviabilidade de compras O empresário ou empresa pode oferecer como garantia,
constantes de equipamentos avançados para não se tornarem máquinas, equipamentos e veículos através de Alienação Fi-
inferiores às suas concorrentes. duciária, Hipoteca, Penhor de Recebíveis, Penhor Mercantil,
Desta forma, permite a renovação de equipamentos e de Cessão de Crédito, Penhor de Quotas de Sociedade Limita-
instalações sem prejuízo no capital de giro, além de desenvol- da, Penhor de Ações, Penhor de Títulos/Penhor de Direitos
ver a economia sob diversos aspectos. Creditórios, Duplicatas, Cheques pré-datados entre outros.
Todavia, assim como nos demais negócios jurídicos, há a
necessidade das partes em antes de pactuarem, verificarem a Vantagens do Capital de Giro
possibilidade de riscos. É o que leciona Jorge Pereira Andrade: Não precisa comprovar a destinação dos recursos; a
“No leasing, o empresário deve considerar com atenção o contratação do empréstimo é totalmente descomplicado;
tipo de equipamento a ser arrendado, pois que alguns ofere- os prazos para pagamento podem ser negociados de acor-
cem maior risco que outros, durante e no final do contrato. É o do com a necessidade.
caso dos bens eletrônicos em geral, pois, como se sabe, o que A movimentação dos recursos é realizada por meio de
se compra hoje como última novidade em pouco tempo será transferências para a conta corrente do cliente.
superado. Num contrato de prazo longo, já estariam suplan- O limite do financiamento de Capital de giro é definido
tados, e se substituídos por novos, para evitar a diminuição de acordo com a capacidade de pagamento da sua empre-
tecnológica, acarretariam grave prejuízo”.5 sa.
Outra questão relevante se refere à desvantagem para A maioria dos bancos comerciais disponibiliza um leque
alguém optar pelo leasing para adquirir o uso e gozo de de- enorme produtos e serviços destinados ao financiamento
terminado equipamento caso não haja interesse na compra de capital de giro das empresas, entre existem algumas di-
do referido bem arrendado findo o contrato de arrendamento ferenças principais na liberação do crédito como: prazos;
mercantil, posto que as suas contraprestações são mais eleva- taxas e juros (custo); tributação de impostos; garantias;
das que os aluguéis nos contratos de locações. critérios e regras bancárias operacionais de cada um: con-
Para finalizar, concluímos que o arrendamento mercantil centração de crédito com clientes, garantias exigidas, etc.; e
é um dos contratos que obtiveram atualmente uma intensa ainda restrições impostas pelo Banco Central do Brasil.
aceitação, tanto nos países avançados economicamente Em geral o empréstimo de capital de giro tem taxas de
como também nos subdesenvolvidos. juros mais baixas quando é dado como garantia as duplica-
Embora seja também bastante empregado nas empre- tas em uma relação de 120 a 150% do principal empresta-
sas, o crescente mercado de lazer pessoal é sem dúvida do. Quando a garantia do crédito para Capital de giro en-
uma das causas para os elevados índices de aceitação des- volve outras garantias, como avalista, hipotecas de imóveis
te contrato. e notas promissórias, os juros são mais altos.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Fundo Garantidor de Crédito – FGC Serviços essenciais que não podem ser cobrados
É uma entidade privada, sem fins lucrativos, que admi- nas Cadernetas de Poupança
nistra o mecanismo de proteção aos correntistas, poupado- • fornecimento de cartão com função movimentação;
res e investidores, contra instituições financeiras em caso de • fornecimento de segunda via do cartão, exceto nos ca-
intervenção, liquidação ou falência. sos de pedidos de reposição formulados pelo correntista, de-
correntes de perda, roubo, furto, danificação e outros motivos
Reajuste Monetário não imputáveis à instituição emitente;
Os valores depositados na poupança são atualizados com • realização de até dois saques, por mês, em guichê de
base na TR – taxa referencial - do dia do depósito. O cálculo da TR caixa ou em terminal de autoatendimento;
é feito a partir da média das taxas de CDB, prefixado, de 30 dias e • realização de até duas transferências, por mês, para con-
sobre ela aplica-se um redutor definido pelo Banco Central. ta de depósitos de mesma titularidade;
• fornecimento de até dois extratos, por mês, contendo a
Juros movimentação dos últimos trinta dias;
Para pessoas físicas, além do reajuste monetário, os va- • realização de consultas mediante utilização da internet;
lores depositados na poupança são atualizados por juros de • fornecimento, até 28 de fevereiro de cada ano, do extra-
0,5% ao mês (6,17% ao ano). Só recebem remuneração os de- to consolidado, discriminando, mês a mês, os valores cobra-
pósitos mantidos por prazo superior a 30 dias. dos no ano anterior relativos a tarifas; e
• prestação de qualquer serviço por meios eletrônicos,
Imposto de renda no caso de contas cujos contratos prevejam utilizar exclusiva-
As pessoas físicas não pagam imposto de renda em suas mente meios eletrônicos.
aplicações em poupança.
Manutenção e Tarifação
Valor mínimo Segundo o site do BACEN (FAQ – Aplicações Financeiras),
Não existe valor mínimo estipulado para depósito e nem o banco não pode cobrar manutenção em conta de poupan-
para resgate/retirada. Só que nas contas de poupança com ça e, também, deve disponibilizar gratuitamente os seguintes
resgate automático o saldo mínimo é de R$ 5,00. serviços ditos “essenciais” (Resolução 3919/2010).
• fornecimento de cartão com função movimentação;
• fornecimento de segunda via do cartão, exceto nos ca-
Aniversário da poupança
sos de pedidos de reposição formulados pelo correntista, de-
Para cada depósito efetuado em data diferente, é criada
correntes de perda, roubo, furto, danificação e outros motivos
automaticamente uma nova data base. Essas datas são referên-
não imputáveis à instituição emitente;
cia para a remuneração mensal do investimento. A abertura de
• realização de até dois saques, por mês, em guichê de
apenas uma conta poupança permite ao cliente ter diferentes caixa ou em terminal de autoatendimento;
datas base, o que possibilita movimentações em qualquer dia. • realização de até duas transferências, por mês, para con-
ta de depósitos de mesma titularidade;
Aniversário da poupança aos sábados, domingos e • fornecimento de até dois extratos, por mês, contendo a
feriados movimentação dos últimos trinta dias;
Quando a data base cai em dia não útil, a remuneração • realização de consultas mediante utilização da internet;
da poupança acontecerá no primeiro dia útil subseqüente e o • fornecimento, até 28 de fevereiro de cada ano, do extra-
valor incorporado ao saldo da data base. to consolidado, discriminando, mês a mês, os valores cobra-
dos no ano anterior relativos a tarifas; e
Depósitos no final de mês • prestação de qualquer serviço por meios eletrônicos,
Quando os depósitos de poupança acontecem nos dias no caso de contas cujos contratos prevejam utilizar exclusiva-
29, 30, 31 - o próprio sistema define como data base o dia mente meios eletrônicos.
primeiro do mês seguinte.
40
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Entre as linhas de financiamento, podemos citar: A entidade financeira é denominada “emissor“, en-
1. ACC – Adiantamento sobre Contrato de Câmbio - quanto o comerciante (ou prestador de serviços), que o acei-
Forma de antecipação de receita para exportadores que já tará, se chama “fornecedor”, e o usuário é o “titular do cartão”.
tenha fechado o contrato de venda e que, portanto, já te- Ao emissor cabe a tarefa de dar lastro ao crédito, pois sua
nham uma data prevista para o embarque das mercadorias e obrigação será pagar o fornecedor, ainda que não receba do
posterior ingresso das divisas. “titular do cartão”: é dele o maior risco da operação, razão por
2. O contrato de câmbio será negociado com um banco que lhe caberá o zelo de não conceder o crédito a quem o
local, que adianta ao exportador os reais equivalentes ao va- não mereça. Naturalmente, será remunerado não só pelo titu-
lor da exportação. O contrato de câmbio pode ser encerrado, lar do cartão, como também pelo fornecedor, já que concede
também, sem liquidação financeira. É quando o ACC vira um crédito ao primeiro e facilita a venda para o segundo.
ACE. O titular do cartão é o beneficiário do crédito concedi-
3. ACE – Adiantamento sobre Cambiais Entregues - Com do pelo emissor, e haverá de ser pessoa maior e capaz, para
o embarque das mercadorias e a entrega dos documentos, o poder assumir as obrigações financeiras conexas ao uso do
ACC poderá ser contabilmente transformado em ACE ou, no cartão, desde o pagamento das despesas, que fizer, até o pa-
caso do exportador não ter feito ACC, o ACE pode ser solici- gamento do custo do crédito, que lhe foi dado pelo emissor.
tado em até 60 dias após o embarque. É oportuna a consideração de que no contrato entre o
4. ACE é, portanto, um financiamento após o embarque titular e o emissor há previsão da possibilidade de o débito ser
das mercadorias com a entrega de documentos e depende parcelado, porém, respondendo o devedor por pesados juros.
da necessidade do exportador em estender o prazo de paga- Finalmente, o fornecedor (vendedor ou prestador de ser-
mento para seus compradores (importadores). viço) assume perante o emissor a obrigação de aceitar o va-
5. ACCI – Adiantamento Contrato de Câmbio Insumos - lor do preço da mercadoria vendida ou do serviço prestado,
Conhecido como exportação indireta. Tem a função de con- mediante a apresentação do cartão de crédito pelo usuário:
ceder recursos aos fornecedores de insumos que integrem o será preenchido um documento, devidamente assinado pelo
processo produtivo, montagem e embalagem de mercado- titular do cartão, que produzirá o crédito do fornecedor junto
rias para exportação. ao emissor (desse crédito será descontada uma comissão de
6. FINAMEX - Financiamento exclusivo por agentes cre- remuneração do emissor por ter intermediado o negócio).
denciados pelo BNDES. Para estimular a indústria brasileira a Embora os fornecedores – de regra – obriguem-se a aceitar os
exportar máquinas e equipamentos novos fabricados no país, cartões e não lançarem no preço da mercadoria/serviço qualquer
tornando o preço competitivo com o mercado internacional. acréscimo, a realidade do mercado tem mostrado uma distorção
7. Existe o Finamex pré-embarque, que financia a produ- contratual, pois àqueles que pagam em cash (dinheiro) ou em che-
ção de máquinas e equipamentos a serem exportados, e o que, alguns comerciantes concedem desconto (não raro em valor
Finamex pós-embarque, que financia a comercialização, no superior ao da comissão, que pagarão a financeiras emissoras de
exterior, dessas mesmas máquinas e equipamentos, refinan- cartão): é que só receberão do emissor algum tempo depois, e
ciando o exportador, mediante desconto de títulos ou cessão muitas vezes têm necessidades de caixa (pagamento de duplicatas,
de direitos de carta de crédito. funcionários, etc.), que antecedem àquela data do recebimento.
8. PROEX - linha de crédito com recursos do Tesouro Na-
cional ou de bancos nacionais, objetiva financiar as exporta- Natureza Jurídica dos Cartões de Crédito
ções brasileiras, tanto manufaturadas quanto serviços. Finan- O cartão concede crédito ao titular e facilita o negócio
ciamento que pode ter prazo até 10 anos. (venda ou serviço) para o fornecedor: é, pois, uma contrata-
ção acessória, que constitui relevantíssima prestação de servi-
ço ao negócio principal, entre o usuário e o comerciante (ou
prestador de serviços).
3.21 - CARTÕES DE CRÉDITO. Dessa natureza de prestação de serviços decorre que o
emissor se sujeitará à incidência do I.S.S. sobre suas operações
todas, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal (deci-
são em Recurso Extraordinário nº 75.952-SP).
A modernidade fez da pecúnia uma coisa obsoleta. Os
cartões de crédito têm hoje maior poder liberatório que Limite do cartão de crédito
qualquer moeda, sendo mesmo o preferido nas transações Ele é uma quantia fixada que – como diz o nome – limita
comerciais, pela maior facilidade e segurança, que propicia seu gasto a um determinado valor. Esse valor vai ser definido
aos contratantes. no momento de contratação do cartão, onde sua renda será
analisada, juntamente com uma estimativa de quanto você
Há por trás de um cartão de crédito vários contratos, im- pode gastar por mês, de acordo com seu salário. Ou seja,
prescindíveis à sua utilização: ele é definido pelo banco e apenas ele pode alterar.
1 Primeiramente, um contrato de crédito entre a entida- Ex: Uma pessoa possui um cartão com limite de 800
de financeira e o usuário; reais, e gasta 300 desse limite em uma compra parcelada por
2 Depois, outro contrato de crédito entre o comerciante 3 vezes sem juros. Seu limite agora irá baixar para 500 reais
e a entidade financeira; (R$ 800,00 – R$ 300,00). A cada mês, conforme for pagando
3 E, finalmente, o contrato entre o usuário e o comer- as parcelas, seu limite irá subir – considerando que, nesse
ciante, em que o pagamento será feito com o débito no caso, pagaria 100 reais por mês, no primeiro mês o limite
cartão de crédito. de compra subiria de 500 para 600 reais, e assim por diante.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Lembrando que, se você gastar 300 reais do seu limite Esse resgate pode envolver a totalidade do valor pago,
– dado no exemplo, você não poderá comprar nada de 800 parte do valor pago ou até mesmo o valor pago acrescido
reais até quitar a dívida, pois o único limite que terá disponível de uma mísera taxa de juros (muito inferior às taxas que você
no primeiro mês será de 500 reais, com acréscimo de 100 reais conseguiria investindo seu dinheiro).
cada mês.
E como eu faço para aumentar meu limite do cartão de Por que escolher um título de capitalização para “in-
crédito? vestir”?
É comum uma pessoa começar a ganhar mais e querer Se muitas vezes você não conseguirá resgatar a totalida-
aumentar o limite do seu cartão de crédito. Mas nem só de de do valor pago e, em outras, receberá o valor pago acres-
renda se faz o teto do cartão. Fatores como inadimplência ou cido de uma pequena taxa de juros, por que optar por um
atrasos em pagamentos podem ser uma barreira na hora de título de capitalização?
aumentar o seu crédito. Então, nada de deixar de pagar sua Aqui entra o maior atrativo para aqueles que optam por
fatura ou esquecer de fazer o pagamento das contas! essa modalidade de poupança: os sorteios.
Os fatores, no entanto, variam muito entre as instituições Ao pagar um título de capitalização, você passa a con-
financeiras que oferecem o serviço de crédito. É sempre bom correr a um – ou alguns – sorteios.
conversar com o gerente e ficar atento aos detalhes e prazos O valor dos prêmios distribuídos nesses sorteios pode
estipulados em contrato. variar bastante.
Alguns contratos preveem o pagamento de quantias pe-
Limite de crédito x limite de saque quenas.
Há diferenças entre esses dois diferentes tipos de limite do Outros, entretanto, podem sortear valores que chegam a
seu cartão de crédito. O limite de crédito pessoal, como já dito milhares ou até milhões de reais.
acima, é o valor total que a instituição que gere o cartão dispo- Tudo isso, é claro, está embutido dentro do seu paga-
nibiliza para o cliente. É definido no momento em que o cartão mento.
é adquirido, e leva como base sua renda e perfil de compras.
Já o limite de saque é o serviço que alguns cartões dis- Quem emite um título de capitalização?
ponibilizam, funcionando como um saque emergencial. Não Mas afinal, quem são os responsáveis por emitir os Tí-
costuma estar vinculado ao limite de crédito, portanto o clien- tulos de Capitalização?
te pode fazer o saque emergencial sem modificações no valor Geralmente estamos falando de grandes instituições fi-
do limite para compras. Essa forma de saque, no entanto, está nanceiras, como os bancos.
sujeita a juros e taxas, fazendo com que se torne necessário Se você já foi abordado com alguma oferta de capitaliza-
somente em uma ocasião de verdadeira necessidade. ção, é muito provável que tenha ouvido algum dos seguintes
Há ainda o limite disponível que, como indica o próprio nomes:
nome, mostra o valor que está a disposição do cliente no mo- • Banco do Brasil: Ourocap Único 36, Ourocap Men-
mento da consulta. Ao comprar um produto de 400 reais em sal 36, Ourocap Mensal 48, Ourocap Mensal 60, Ourocap Flex
um limite de 1000, o limite do cartão de crédito disponível e Ourocap Multi Sorte;
será de 600 reais, por exemplo. • Bradesco: Pé Quente Max Prêmios Bradesco Capi-
talização (Pagamento Mensal ou Único), Pé Quente Brades-
co SOS Mata Atlântica, Pé Quente Bradesco Cem, Pé Quente
Bradesco Mil, Pé Quente Bradesco Nikkei, Pé Quente Brades-
3.22 - TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO. co Empresarial, Pé Quente Bradesco SOS Mata Atlântica Em-
presarial e Pé Quente;
• Caixa Econômica Federal: Cap Torcedor, Ideal Cap,
Caixacap Sucesso, SuperXcap e Caixa Cap Aluguel;
Começamos dizendo que o Título de Capitalização não • Itaú: PIC (R$ 20), PIC (R$ 30), PIC (R$ 70), PIC (R$
é um investimento. 100), SUPER PIC 500 (R$ 500) e Super PIC (R$ 1.000);
Diferente do que muitos acreditam, essa modalidade não • Santander: CapSorte do Milhão, CapSorte Total e
pode ser considerada um investimento. CapSorte Universitário.
Na verdade, a sua classificação está mais para um seguro É claro que pode haver algumas variações.
do qualquer outra coisa. A Caixa, por exemplo, oferece alguns títulos focados em
Uma prova disso é o fato de o mercado de capitalização aposentados, servidores públicos e empresários.
ser controlado e fiscalizado pela SUSEP, ou Superintendência Porém, o funcionamento do título é basicamente o mes-
de Seguros Privados. mo para todos os casos.
Em palavras simples, poderíamos dizer que o Título de O que varia é:
Capitalização é uma forma de economia programada com • A forma de pagamento: (única, mensal ou periódica);
um prazo definido. • O resgate (total ou parcial);
Isso porque seu funcionamento depende de pagamentos • O tamanho da série;
que você faz para o “emissor” do título. • A carência;
Esse pagamento pode acontecer de forma única, por • E alguns outros fatores.
meio de parcelas mensais (o mais comum) ou periódicas. Em resumo, temos a seguinte definição:
Ao final do prazo, você poderá resgatar os pagamentos O Título de Capitalização é uma forma de guardar di-
realizados. nheiro e, ao mesmo tempo, participar de sorteios.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Essa quantidade é chamada de cota de capitalização. Por isso é sempre bom anotar muito bem todos os nú-
Dependendo do tipo de pagamento (único, mensal ou meros passados para poder se defender posteriormente.
periódico), esse valor pode variar de 10% a 70%. Há casos em que essa imposição acontece de forma tão
Isso significa que, na pior das hipóteses, somente 10% do valor veemente que pode acabar sendo caracterizada de forma ile-
pago estaria sendo corrigido pelos juros da Taxa Referencial (TR). gal.
Dessa forma, podemos dizer que o Título de Capitaliza- Portanto, não caia na pegadinha de quem diz que o Título
ção é uma modalidade pior que a Caderneta de Poupança, de Capitalização é um investimento.
que também considera a TR para compor seu rendimento. Enfim, como os títulos de capitalização se prestam, teo-
Lembrando apenas que a capitalização não pode ser ricamente, a disciplinar as pessoas a guardarem dinheiro,
considerada um tipo de investimento, diferente do que acon- eles acabam sendo a primeira aquisição de muita gente, que
tece com a tradicional Poupança, embora ela também possa do contrário iria gastar esse dinheiro e não o guardar.
apresentar uma remuneração bem baixa. Portanto, poderíamos dizer, também, que ele pode servir
Portanto, tenha bem isso em mente: como uma “porta de entrada” para uma vida financeira mais
Capitalização não é investimento. regrada.
Na melhor das hipóteses, é uma forma de poupar di-
nheiro com um bônus de eventualmente (e com muita sorte)
você ser premiado com um sorteio.
Feita essa consideração, vamos ao segundo ponto: 3.23 - PLANOS DE APOSENTADORIA E PENSÃO
PRIVADOS.
#2 – Baixa liquidez
Nem todos os Títulos de Capitalização permitem um res-
gate antecipado.
Alguns contratos dispõem do chamado prazo de carên- Fundo de aposentadoria programada individual – FAPI
cia, que é o tempo mínimo por meio do qual o dinheiro pre- É constituído sob a forma de um condomínio aberto e
cisa ficar guardado. administrado por instituições financeiras credenciadas no SIS-
Somente depois desse período você poderá resgatar o BACEN, ou seguradoras autorizadas pela SUSEP.
valor pago. Trata-se de um fundo de investimento como os FIF, cujo
Na hipótese de ser permitido o resgate antecipado (to- objetivo é constituir para o aplicador um plano de comple-
tal ou parcial), o cliente pode estar sujeito ao pagamento de mentação da aposentadoria básica da Previdência Social na
multa para a emissora do título. forma de um condomínio capitalizado.
O dinheiro fica literalmente “preso” ao banco. Qualquer pessoa física poderá aplicar no Fapi mediante a
Caso o consumidor decida não pagar o Título de Capita- abertura de uma conta específica em banco múltiplo, comer-
lização, ele pode ter o seu título suspenso, o que tira o direito cial, de investimento, caixa econômica ou seguradora.
de participar dos sorteios. O público-alvo são as pessoas físicas que não dispõem de
Se o atraso no pagamento superar quatro meses, o título fundos de pensão, tais como profissionais liberais, empresá-
é cancelado. rios e funcionários de pequenas e médias empresas.
Nesse caso, parte do valor é devolvido, funcionando
como uma espécie de resgate antecipado. PGBL - PLANO GERADOR DE BENEFÍCIO LIVRE - Os pla-
nos denominados (sob a sigla) PGBL, durante o período de
#3 – Não é investimento diferimento, terão como critério de remuneração da provisão
Caso você ainda não tenha entendido, eu volto a refor- matemática de benefícios a conceder, a rentabilidade da car-
çar: o Título de Capitalização não é um investimento. teira de investimentos do FIE instituído para o plano, ou seja,
Essa modalidade funciona mais como um seguro com durante o período de diferimento não há garantia de remune-
direito à premiação, que acaba sendo o seu maior apelo. ração mínima. As contribuições pagas permitem a dedução do
Além de não garantir o retorno do valor aplicado ao longo do Imposto de Renda até o limite de 12% da renda bruta anual.
período de vigência, as chances de ser sorteado são bem remotas. O Plano PGBL poderá ter sua carteira de investimentos
Isso sem falar sobre o imposto de renda sobre os prê- estruturada sob as seguintes modalidades: SOBERANO, REN-
mios, que pode chegar a até 30%. DA FIXA OU COMPOSTO.
Apesar disso, várias instituições acabam vendendo a ca- O objetivo do Plano é a concessão de benefícios de pre-
pitalização como uma forma de fazer o dinheiro crescer. vidência aberta complementar (não confundir com fundos
Algumas até a chamam de uma “boa opção de investimen- de investimento de mercado financeiro). O valor do benefício
to” para quem quer guardar dinheiro e concorrer a prêmios. será calculado em função da provisão matemática de benefí-
Pura falácia, ao menos no que se refere a parte de ser cios a conceder na data da concessão do benefício e do tipo
uma opção de investimento. de benefício contratado, de acordo com os fatores de renda
Pelo menos algumas mudanças recentes na regulamen- apresentados na Proposta de Inscrição.
tação ajudam a aumentar a transparência nas condições É uma aplicação oferecida pelos bancos, seguradoras e
de comercialização dos Títulos de Capitalização. empresas de previdência privada como mais uma alternativa
Porém, muitos ainda acabam sendo “enganados” por de complementação de aposentadoria.
gerentes de bancos que usam os títulos como moeda de Ao invés de garantir uma rentabilidade mínima, corno
troca para oferecer outros benefícios, como uma taxa mais na previdência privada aberta, oferece ao investidor três mo-
baixa na contratação de crédito. dalidades distintas de investimentos, com riscos distintos:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Segundo Fortuna (2005) “Mercado de Balcão é um mer- • Possibilita que os recursos poupados se tornem in-
cado sem local físico determinado para a realização das transa- vestimentos, proporcionando crescimento econômico e
ções. Elas são realizadas por telefone, entre as instituições finan- crescimento de produtividade com a inserção das poupan-
ceiras. Neste mercado, normalmente, são negociadas ações de ças no setor produtivos;
empresas não registradas na BOVESPA, além de outras espécies • Constitui uma forma de crescimento das companhias,
de títulos. O mercado de balcão é dito organizado quando se que podem aumentar sua participação no mercado através
estrutura como um sistema de negociações de títulos e valores da distribuição de ações, além de possibilitar a elas aumen-
mobiliários administrados por entidade autorizada pela CVM.” tar seus ativos e valor de mercado;
• Auxilia a redistribuição de renda, à medida que pode
Por que investir no Mercado de Capitais? proporcionar a seus investidores ganhos decorrentes de
À medida que cresce o nível de poupança individual e a valorizações do valor da ação e distribuição de dividendos,
poupança das empresas (entende-se por poupança o lucro compartilhando assim o lucros das empresas;
das mesmas) constituem a fonte principal do financiamento • Aprimoramento dos princípios da Governança Cor-
dos investimentos de um país. Tais investimentos são o motor
porativa, através de melhorias na administração e eficiên-
do crescimento econômico e este, por sua vez, gera aumento
cia, visto que as companhias abertas precisam cumprir a
de renda, com conseqüente aumento da poupança e do in-
regras cada vez mais rígidas propostas pelo governo e
vestimento, assim por diante.
As empresas, à medida que se expandem, carecem de pelas Bolsas de Valores, além de deixar o mercado mais
mais e mais recursos, que podem ser obtidos por meio de transparente;
Empréstimos. • Possibilita a inserção de pequenos investidores, já
Reinvestimentos de lucros que para investir em ações não há a necessidade de gran-
Participação de acionistas. des somas de capital como outros tipos de investimentos;
As duas primeiras fontes de recursos são limitadas. Ge- • O Mercado de Ações atua como indicador econômi-
ralmente, as empresas utilizam-nas para manter sua atividade co, uma vez que é extremamente sensível e a cotação das
operacional. ações pode refletir as forças do mercado, como momentos
Mas é pela participação de novos sócios – nesse caso os acio- de recessão, estabilidade, crescimento, etc.
nistas – que uma empresa ganha condição de obter novos recursos
não exigíveis, como contrapartida à participação no seu capital. Investimentos em Títulos
Com esses novos recursos, as empresas têm condições • Renda: Divido em fixa e variável. A renda é fixa quan-
de investir em novos equipamentos ou no desenvolvimento do se conhece previamente a forma do rendimento que
de pesquisas melhorando seu processo produtivo, tornando será conferida ao título. Nesse caso, o rendimento pode
-o mais eficiente e beneficiando toda a comunidade. O inves- ser pós ou prefixado, como ocorre, por exemplo, com o
tidor em ações contribui assim para a produção de bens, dos certificado de depósito bancário. A renda variável será de-
quais ele também é consumidor. Como acionista, ele é sócio finida de acordo com os resultados obtidos pela empresa
da empresa e se beneficia da distribuição de dividendos sem- ou instituição emissora do respectivo título.
pre que a empresa obtiver lucros. • Prazo: Há títulos com prazo de emissão variável ou in-
Essa é a mecânica da democratização do capital de uma determinado, isto é, não têm data definida para resgate ou
empresa e da participação em seus lucros. vencimento, podendo sua conversão em dinheiro ser feita
Antes de investir no mercado de capitais deve-se também a qualquer momento. Já os títulos de prazo fixo apresen-
analisar o tipo de investidor que você é, pois no mercado de tam data estipulada para vencimento ou resgate, quando
capitais você possui diversas formas de obter retorno buscando seu detentor receberá o valor correspondente à sua aplica-
equilibrar os três aspectos básicos em um investimento: retor-
ção, acrescido da respectiva remuneração.
no, prazo e proteção. Ao avaliá-lo, portanto, deve estimar sua
• Emissão: Os títulos podem ser particulares ou públi-
rentabilidade, liquidez e grau de risco. A rentabilidade é sempre
diretamente relacionada ao risco. Ao investidor cabe definir o cos. Particulares, quando lançados por sociedades anôni-
nível de risco que está disposto a correr, em função de obter mas ou instituições financeiras autorizadas pela CVM ou
uma maior ou menor lucratividade. Tornando-se desta forma pelo Banco Central do Brasil, respectivamente; público, se
uma ótima forma de investir seu dinheiro com diversas formas emitidos pelo governo federal, estadual ou municipal.
de rentabilidade de pequeno, médio e grande risco, sendo de
pequena, media e grande rentabilidade respectivamente. Como investir e operar no mercado de capitais?
Para operar no mercado secundário de ações é ne-
Principais Benefícios do Mercado Acionário cessário que o investidor se dirija a uma sociedade cor-
Para que o Mercado Acionário se desenvolva, consiga retora membro de uma bolsa de valores, na qual funcio-
cumprir com sua função e traga benefícios para as partes en- nários especializados poderão fornecer os mais diversos
volvidas, o ambiente de negócios no país de atuação deve ter esclarecimentos e orientação na seleção do investimento,
total liberdade e possuir regras claras e definidas. de acordo com os objetivos definidos pelo aplicador. Se
Eis abaixo alguns dos principais benefícios que um Mer- pretender adquirir ações de emissão nova, ou seja, no mer-
cado de Ações desenvolvido pode propiciar a uma nação: cado primário, o investidor deverá procurar um banco, uma
• Financia a produção e os negócios, pois através da venda corretora ou uma distribuidora de valores mobiliários, que
de ações as empresas obtêm recursos para expandir seu participem do lançamento das ações pretendidas.
capital, com obrigações apenas no longo prazo;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Pode ocorrer ou não a emissão de certificados que apre- Debêntures com garantia real são garantidas por bens
sentam o nome do acionista, cuja transferência é feita com a dados em hipoteca, penhor ou anticrese, pela companhia
entrega de cautela e a averbação de termo, em livro próprio emissora, por empresas de seu conglomerado ou por ter-
da empresa emitente, identificando o novo acionista. ceiros. Já as debêntures com garantia flutuante são aquelas
O termo denominado para a guarda destes títulos se cha- com privilégio geral sobre o ativo da empresa, o que não
ma custódia infungível, onde os títulos são mantidos discri- impede, entretanto, a negociação dos bens que compõem
minadamente por depositante. esse ativo. Elas possuem, porém, preferência de pagamento
- Escriturais nominativas: neste caso não há emissão sobre outros créditos.
de cautelas ou movimentação física dos documentos. As quirográficas são aquelas sem as vantagens dos dois
Hoje em dia, quase a totalidade das ações é do tipo escri- tipos citados acima. Por fim, as subordinadas são debêntures
tural, controlada por meio eletrônico e custodiadas na CBLC, sem garantia, que preferem apenas aos acionistas no ativo
empresa responsável pelo serviço de custódia fungível das remanescente, em caso de liquidação da companhia.
ações. Como é feita a remuneração?
O termo custódia fungível, é quando as ações ou os As formas de remuneração podem variar muito de de-
valores mobiliários quando depositados podem ser substituí- bênture para debênture. Elas podem ser representadas por
dos, na retirada, por outros iguais (mesma espécie, qualidade juros fixos ou variáveis, participação e/ou prêmios.
e quantidade). Em suma, a remuneração dependerá do contrato pac-
tuado na escritura de emissão da debênture. Essa heteroge-
neidade na remuneração é apontada por alguns especialistas
como um dos fatores que limita a expansão desse mercado.
4.2 - DEBÊNTURES. Atualmente, a maioria das debêntures emitidas para co-
locação junto a investidores em mercado de capitais é efe-
tuada utilizando como indexador o IGP-M (Índice Geral de
Preços - Mercado) ou a variação do CDI (Certificado de De-
Pouco conhecidas, ao menos por enquanto, pela maioria pósito Interfinanceiro).
dos investidores, as debêntures aparecem como a principal Debêntures ou ações?
forma de captação de recursos por parte das empresas. Dada Você pode se perguntar também se vale mais a pena
sua versatilidade, elas se ajustam às necessidades de finan- comprar a ação de uma empresa ao invés de debêntures emi-
ciamento das companhias, combinando custos competitivos tidas por ela. A principal diferença entre os dois investimentos
com prazos longos. é que quem adquire uma debênture vira credor da empresa.
Para se ter uma idéia, em 2005, as empresas brasileiras Já quem compra ações dela vira acionista, ou seja, sócio da
captaram cerca de R$ 43,5 bilhões em debêntures, de acordo empresa, com direito à participação nos lucros, mas também
com dados da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), dez sujeito às oscilações diárias do valor do papel no mercado.
vezes mais do que em ações. O que isso implica? Em termos de garantia para o in-
Boa parte destes títulos foi parar nas mãos de investido- vestidor, a debênture é mais segura do que a ação, pois o
res institucionais, como administradores de recursos e fundos debenturista recebe antes dos acionistas no caso de falência
de pensão. No entanto, existem estudos avançados para po- da empresa, por ser classificado como credor.
pularizar esta aplicação. Assim, vale a pena saber um pouco Como vantagens, o ganho do investidor é mais certo no caso
mais sobre estes títulos, que prometem estar cada vez mais da debênture, pois o principal risco de não receber o que investiu
presentes nas carteiras dos pequenos investidores. é se a empresa não honrara seus compromissos. Mas a existência
O que são debêntures? de garantias e de um agente fiduciário, que tem como obrigação
As debêntures são títulos de dívida de médio e longo emitir relatórios periódicos sobre a empresa, reduz esse risco.
prazo emitidos por empresas, que conferem ao detentor do Como desvantagem na comparação com as ações, um
título, o debenturista, um direito de crédito contra a emissora. ponto é que seu mercado secundário ainda é bem menos
Assim, ao comprar uma debênture, você passa a ser credor desenvolvido. Ou seja, as debêntures apresentam maior difi-
da empresa. culdade para serem vendidas e compradas.
As debêntures podem ser conversíveis em ações, sim-
ples ou permutáveis. As primeiras podem ser convertidas em
ações de emissão da empresa, nas condições estabelecidas
pela escritura de emissão. As segundas são aquelas que são 4.3 - DIFERENÇAS ENTRE COMPANHIAS
resgatáveis exclusivamente em moeda local. ABERTAS E COMPANHIAS FECHADAS.
Já as terceiras podem ser transformadas em ações de
emissão de outra companhia que não a emissora de papéis,
ou ainda, menos freqüente, em outros tipos de bens, tais
como títulos de crédito. Sociedade anônima (normalmente abreviado por S.A., SA
Quais são as garantias? ou S/A) é uma forma de constituição de empresas na qual o
Uma pergunta importante que as pessoas que investem capital social não se encontra atribuído a um nome em es-
devem fazer diz respeito ao risco. Vale detalhar aqui as ga- pecífico, mas está dividido em ações que podem ser transa-
rantias que podem ser dadas à emissão. Com respeito a isso, cionadas livremente, sem necessidade de escritura pública
existem basicamente quatro tipos de debêntures: com garan- ou outro ato notarial. Por ser uma sociedade de capital, pre-
tia real, com garantia flutuante, quirográfica e subordinada. vê a obtenção de lucros a serem distribuídos aos acionistas.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Há duas espécies de sociedades anônimas: O fato de uma emissão ser colocada por meio de Un-
derwriting Firme oferece uma garantia adicional ao inves-
1. a companhia aberta (também chamada de empresa de tidor, porque, se as instituições financeiras do consórcio
capital aberto), serão assim consideradas se os valores imobi- estão dispostas a assumir o risco da operação, é porque
liários de sua emissão estiverem sendo negociados em Bolsas confiam no êxito do lançamento, uma vez que não há inte-
ou n mercado de Balcão que capta recursos junto ao público resse de sua parte em imobilizar recursos por muito tempo.
e é fiscalizada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) Melhor esforço ou best-effort underwriting – É a mo-
dalidade de lançamento de ações, no qual a instituição fi-
2. a companhia fechada (também chamada de empresa nanceira assume apenas o compromisso de fazer o melhor
de capital fechado), que obtém seus recursos dos próprios esforço para colocar o máximo de uma emissão junto à sua
acionistas. Não possuem registro na CVM; são, na sua maior clientela, nas melhores condições possíveis e num deter-
parte, empresas familiares; o controle é interno, dos seus só- minado período de tempo. As dificuldades de colocação
cios majoritários. das ações irão se refletir diretamente na empresa emissora.
Neste caso o investidor deve proceder a uma avaliação mais
No Brasil, as sociedades anônimas ou companhias são cuidadosa, tanto das perspectivas da empresa quanto das
reguladas pela Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei instituições financeiras encarregadas do lançamento.
das SA), com as alterações dadas pelas Leis 9.457, de maio Residual ou stand-by underwriting – nessa forma de
de 1997, 10.303, de 31 de outubro de 2001, 11.638, de 28 de subscrição pública, a instituição financeira não se responsa-
dezembro de 2007 e 11.941, de 27 de maio de 2009. biliza, no momento do lançamento, pela integralização total
Não houve alteração em decorrência da entrada em vi- das ações emitidas. Há um comprometimento, entre a ins-
gor do novo Código Civil (art.1089). De acordo com o artigo tituição e a empresa emitente, de negociar as novas ações
1º (primeiro) deste diploma legal “A companhia ou sociedade junto ao mercado durante certo tempo, findo no qual, po-
anônima terá o capital dividido em ações e a responsabilida- derá ocorrer à subscrição total, por parte da instituição, ou a
de dos sócios ou acionistas será limitada ao preço da emissão devolução, à sociedade emitente, das ações que não foram
das ações subscritas ou adquiridas”. absorvidas pelos investidores individuais e institucionais.
Aspectos Operacionais do Underwriting: a decisão de
emitir ações, seja pela oferta pública tanto para abertura
ou aumento do capital, pressupõe que a sociedade ofere-
4.4 - OPERAÇÕES DE UNDERWRITING. ça certas condições de atratividade econômica, bem como
supõe um estudo da conjuntura econômica global a fim de
evitar que não obtenha êxito por falta de senso de oportu-
nidade. É preciso que se avaliem, pelo menos, os seguintes
Underwriting ou subscrição ocorre quando uma com- aspectos: existência de um clima de confiança nos resulta-
panhia contrata um intermediário financeiro, que será o res- dos da economia, estudo setorial, estabilidade política, in-
ponsável pela colocação de uma subscrição pública de ações flação controlada, mercado secundário e motivações para
ou obrigações no mercado. Geralmente a operação é organi- oferta dos novos títulos.
zada por um consórcio (pool) de instituições sob coordena-
ção de uma ou mais instituição líder (coordenador). É a compra ou venda de uma determinada quantidade
Underwriter é a denominação da instituição financeira de ações, a um preço estabelecido em pregão. Assim, quan-
que realiza operações de lançamento de ações no mercado do há a realização de um negócio, ao comprador cabe arcar
primário, que podem ser bancos múltiplos, bancos de inves- com o valor financeiro envolvido na operação, sendo que o
timentos, sociedades corretoras e distribuidoras de títulos e vendedor deve fazer a entrega dos títulos-objeto da transa-
valores mobiliários. ção, nos prazos estabelecidos pela Bolsa de Valores de São
As operações de underwriting são ofertas públicas de Paulo - BOVESPA e pela Companhia Brasileira de Liquidação
títulos em geral (ações por exemplo), e de títulos de crédito e Custódia - CBLC.
representativo de empréstimo (debênture por exemplo), em
particular, por meio de subscrição, cuja prática é permitida Título-objeto
somente pela instituição financeira autorizada pelo Banco Todas as ações de emissão de empresas admitidas à ne-
Central do Brasil (BACEN) para esse tipo de intermediação. gociação na BOVESPA.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
oferta e procura por determinado papel está diretamen- A liquidação é realizada por meio de empresas de
te relacionada ao comportamento histórico dos preços e, compensação e liquidação de negócios, que podem ser li-
sobretudo, às perspectivas futuras da empresa emissora, gadas à bolsa ou independentes. A BM&FBOVESPA utiliza a
aí se incluindo sua política de dividendos, prognósticos de CBLC – Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia para
expansão de seu mercado e dos seus lucros, influência da liquidar as operações realizadas em seus mercados. As corre-
política econômica sobre as atividades da empresa etc. toras da BM&FBOVESPA e outras instituições financeiras são
Negociação os agentes de compensação da CBLC, responsáveis pela boa
A realização de negócios no mercado a vista requer a liquidação das operações que executam para si ou para seus
intermediação de uma Sociedade Corretora que poderá clientes.
executar, em pregão, a ordem de compra ou venda de seu Liquidação Física
É a entrega dos títulos à CBLC (Companhia Brasileira
cliente, por meio de um de seus representantes (operado-
de Liquidação e Custódia), pela corretora que representa o
res), ou ainda autorizar seu cliente a registrar suas ordens
«vendedor». Ocorre no segundo dia útil após a realização do
no sistema eletrônico de negociação do MEGA BOLSA, uti- negócio em pregão (D+2). As ações só ficam disponíveis ao
lizando para isso o Home Broker da Corretora. «comprador» após a liquidação financeira.
É possível acompanhar o andamento das operações a Liquidação Financeira
vista, durante todo o pregão, por meio da rede de terminais Compreende o pagamento do valor total da operação,
da BOVESPA, dos terminais de um “Vendor” de informações, pela corretora intermediária do “comprador”, e o respectivo
do serviço de videotexto da Telefônica e da rede nacional recebimento pelo “vendedor”. Ocorre no terceiro dia útil após
ou internacional de telex, bem como por telefone, pelo a realização do negócio em pregão (D+3). No caso de opera-
serviço Disque Bovespa. Além disso, também é possível ções o pagamento ocorre em (D+1).
acompanhar as informações relevantes sobre os negócios Custos de Transação
a vista no site da BOVESPA e, após o encerramento das Sobre as operações realizadas no mercado à vista, incidem
negociações, no BDI - Boletim Diário de Informações da a taxa de corretagem pela intermediação – livremente pactua-
BOVESPA e nos jornais de grande circulação. da entre o cliente e a Corretora e incidente sobre o movimento
Formas de Negociação financeiro total (compras mais vendas) das ordens realizadas
a) Sistema Eletrônico de Negociação - é um sistema em nome do investidor, por uma mesma Corretora e em um
que permite às corretoras cumprir as ordens de clientes di- mesmo pregão – os emolumentos e o Aviso de Negociações
retamente de seus escritórios. Pelo S.E.N., a oferta de com- com Ações - ANA, cobrado por pregão em que tenham ocorri-
do negócios por ordem do investidor, independentemente do
pra ou venda é feita por meio de terminais de computador.
número de transações em seu nome (esse aviso, no momento,
O encontro das ofertas e o fechamento de negócios reali-
está isento de custo por tempo indeterminado).
zados automaticamente pelos computadores. Tributação
b) After market - É o pregão eletrônico que acontece O nível atual de tributação no mercado de ações é compos-
diariamente após o fechamento do mercado. No After Ma- to de Imposto de renda pela de 15% aplicada sobre os ganhos
rket, só podem ser feitas operações no mercado à vista. de capital (diferença entre o preço médio de aquisição da ação e
Desde 29/03/99, também entrou em operação um o que você recebeu pela venda). Essa alíquota vale para todos os
novo conceito de atendimento e de realização de negócios tipos de operações nos vários mercados de ações, com exceção
no mercado acionário: o Home Broker. O Home Broker é das operações de day trade em que a alíquota é de 20%.
um moderno canal de relacionamento entre os investido- Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/
res e as Sociedades Corretoras, que torna ainda mais ágil e artigos/concursos/funcionamento-do-mercado-a-vista-de-
simples as negociações no mercado acionário, permitindo -acoes/44928
o envio de ordens de compra e venda de ações pela Inter-
net, e possibilitando o acesso às cotações, o acompanha-
mento de carteiras de ações, entre vários outros recursos.
Liquidação 4.6 - MERCADO DE BALCÃO.
Após a execução da ordem, é feita a liquidação física e
financeira, processo pelo qual se dá a transferência da pro-
priedade dos títulos e o pagamento e/ou recebimento do
O mercado de balcão nada mais é que mais um segmento
montante financeiro envolvido, dentro do calendário espe-
do mercado de capitais, no qual são negociados títulos autor-
cífico estabelecido pela bolsa para cada mercado. regulados sob fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários
No mercado à vista, vigora o seguinte calendário de (CVM). Neste segmento, não existe um local físico determinado
liquidação: para as operações de compra e venda de ativos – que costu-
• D+0 – dia da operação; mam acontecer por telefone ou através de sistemas eletrônicos.
• D+1 – prazo para os intermediários financeiros espe- Enquanto a Bolsa de Valores é um mercado organizado
cificarem as operações por eles executadas junto à bolsa; onde ativos financeiros são negociados, o mercado de bal-
• D+2 – entrega e bloqueio dos títulos para a liquida- cão – também conhecido como OTC – é um mercado onde
ção física da operação, caso ainda não estejam na custódia são negociados os mais diversos títulos de valores mobiliá-
da CBLC; rios que não possuem autorização para serem negociados
• D+3 – liquidação física e financeira da operação. na Bolsa de Valores.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Apesar disso, todas as negociações no mercado de No Brasil, valores mobiliários como debêntures, fun-
balcão devem respeitar determinadas regras – que têm dos de investimento, ações, fundos fechados, certificados
como objetivo prezar pela manutenção da transparência de recebíveis imobiliários (CRIs), entre outros, são negocia-
das negociações. dos na SOMA FIX, no mercado paulista.
Para muitas empresas, o mercado de balcão é de vital
importância. Isso porque existe uma série de condições que Como operar no mercado de balcão?
devem ser preenchidas pelas companhias para que ações e Os investidores que desejam realizar negociações no
outros ativos sejam negociados em bolsa de valores. E mui- mercado de balcão organizado devem buscar orientação
tas destas empresas que não conseguem preencher todos das corretoras ou bancos dos quais são clientes sobre as
estes requisitos. regras de operação sobre os negócios que podem ser exe-
Já no mercado de balcão, as exigências são menores cutados neste ambiente.
e mais flexíveis, permitindo que mais empresas possam Em geral, as operações são realizadas de modo simples
participar deste mercado e se aproximar dos investidores. e sem burocracia. É importante, no entanto, escolher uma
Sem o mercado de balcão, portanto, muitas empresas – es- instituição devidamente habilitada para realizar estas ne-
pecialmente as menores – não teriam como ter acesso ao gociações no mercado com maior segurança.
mercado de capitais.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
O ouro como ativo financeiro, sempre fica custodiado MERCADO DE CÂMBIO NO BRASIL
em instituição financeira credencia pela Bolsa de Mercado- O mercado de câmbio negocia moedas estrangeiras
rias e Futuros, onde é negociado por corretoras de títulos conversíveis. Existem duas formas de se negociar moedas
e valores mobiliários credenciada. Após a custódia, é emi- estrangeiras. A primeira é a negociação direta com o Exte-
tido para o adquirente, o certificado de custódia que é o rior. A segunda é internamente no Brasil.
documento utilizado para a transferência de propriedade A primeira é formalmente restrita a bancos comerciais
do metal. e de investimento, licenciados pelo Banco Central , pois
Caso o proprietário do certificado de custódia resolva este mercado é essencial para equilibrar a Balança de Pa-
retirar o metal físico da custódia, quando resolver vendê-lo gamentos, e nela incluem a Balança Comercial, Balança de
por intermédio do pregão da Bolsa, deverá solicitar à corre- Serviços, Balança de Capitais e Transferências.
tora interveniente a sua custódia, caso em que será neces- No mercado interno existe a negociação de câmbio en-
sária a realização de nova aferição do grau de pureza e do tre vários participantes, como corretoras e casas de câmbio
peso padrão do lingote, o que resultará em custo adicional e investidores em geral.
para o proprietário do metal. A principal moeda negociada é o dólar . São quatro as
taxas atuais de cotação do dólar:
Contrato de Mútuo de Ouro • Comercial : formada pelas operações oficiais de com-
A operação de Mútuos de Ouro foi autorizada pelo BA- pra e venda de moedas entre bancos e empresas como ex-
CEN como forma de permitir que as distribuidoras e corre- portações, importações, captações ou empréstimos.
toras de títulos e valores mobiliários pudessem obter capi- • Interbancário : formada pela negociação entre ban-
tal de giro para suas operações nos garimpos e nas Bolsas cos, com prazo de liquidação financeira D+2.
de Mercadorias e de Futuros. • Paralelo : formada pelas operações informais de ne-
O BACEN por meio da Circular BCB n° 2.350/93 permitiu gociação de moeda realizadas em casas de câmbio ou do-
a arbitragem internacional de ouro sem a sua interveniência. leiros.
• Turismo : formada pela negociação de dólares entre
pessoas que irão viajar para o Exterior e casas de câmbio
autorizadas.
5 - MERCADO DE CÂMBIO.
5.1 - INSTITUIÇÕES AUTORIZADAS A OPERAR. TAXAS DE CÂMBIO ––NÃO ESQUEÇA:
Exportação - COMPRA de câmbio.
5.2 - OPERAÇÕES BÁSICAS.
Importação -VENDA de câmbio.
5.3 - CONTRATOS DE CÂMBIO:
CARACTERÍSTICAS. No Brasil, as taxas de câmbio são livremente pactuadas
5.4 - TAXAS DE CÂMBIO. entre as partes contratantes, ou seja, entre o comprador ou
5.5 - REMESSAS. vendedor da moeda estrangeira e o agente autorizado pelo
5.6 - SISCOMEX. Banco Central a operar no mercado de câmbio.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Exemplo:
Uma empresa A exportou bens e tem de receber dólar do importador estrangeiro. Para isso ela deve encontrar um ban-
co que receba esses dólares no Exterior e os converta em reais. Após fechar uma taxa comercial com o Banco X , a empresa
receberá os reais em dois dias úteis e pagará uma taxa de fechamento de câmbio para o banco.
O Banco X acabou comprando dólares da empresa A e no mercado interbancário (entre bancos) esses dólares serão
provavelmente revendidos a uma taxa mais alta, garantindo um pequeno lucro na transação.
Quando ocorre uma crise ou um descontrole na cotação do dólar, o Banco Central intervém no mercado interbancário
vendendo ou comprando grandes lotes de dólares com o objetivo de equilibrar a cotação e tranquilizar o mercado.
OPERAÇÕES DE ARBITRAGEM
Operações realizadas pelos operadores de câmbio. Consiste na compra de uma moeda estrangeira e na venda de outra
moeda noutro mercado, conseguindo com isso uma diferença de taxas.
São realizadas quatro consultas diárias, com escolha aleatória do início de cada consulta dentro dos seguintes
intervalos:
Para cada consulta, cada Dealer, obrigatoriamente, necessita fornecerem até dois minutos uma cotação de compra e
uma de venda para a taxa de câmbio no mercado interbancário à vista, com liquidação em D+2, que melhor representem
as condições de mercado no preciso instante do início da consulta.
Nos dias úteis em que houver horário de funcionamento diferenciado no mercado interbancário de câmbio, a definição
do número de consultas e do horário de sua realização será informada aos Dealers mediante prévio Comunicado do Banco
Central do Brasil
As taxas de câmbio de compra e de venda referentes a cada consulta corresponderão, respectivamente, às médias das
cotações de compra e de venda efetivamente fornecidas pelos Dealers, excluídas, em cada caso, as duas maiores e as duas
menores.
O resultado da consulta será imediatamente divulgado após os procedimentos de apuração e validação pelo BACEN.
As taxas PTAX de compra e de venda do dia corresponderão, respectivamente, às médias aritméticas das taxas de com-
pra e das taxas de venda obtidas na forma explicita da acima, sendo divulgadas pelo Banco Central do Brasil conjuntamente
como resultado da última consulta do dia.
As taxas PTAX de compra e de venda do dia, bem como os boletins de abertura e intermediários, serão divulgados nas
páginas do Banco Central do Brasil na internet, sem prejuízo da divulgação através de outros canais de comunicação que
forem considerados relevantes pelo Banco Central do Brasil
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Sistema de controle
SISCOMEX-É o Sistema Integrado de Comércio Exterior,que interliga importadores, exportadores, despachantes adua-
neiros, Receita Federal, portos e aeroportos alfandegados, agentes de carga internacional, depositários de cargas, entre
outros.Destina-se ao registro de entrada e saída de mercadorias (im/exportação), além de controle de licenças de im/
exportação.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Art. 825 Quando alguém houver de oferecer fiador, o III - se o credor, em pagamento da dívida, aceitar ami-
credor não pode ser obrigado a aceitá-lo se não for pessoa gavelmente do devedor objeto diverso do que este era
idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar a obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a perdê-lo por
fiança, e não possua bens suficientes para cumprir a obri- evicção*.
gação. Evicção: perda, parcial ou total, que sofre o adquirente
Art. 826 Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, po- duma coisa em conseqüência da reivindicação judicial pro-
derá o credor exigir que seja substituído. movida pelo verdadeiro dono ou possuidor.
Art. 827 O fiador demandado pelo pagamento da dívida Art. 839 Se for invocado o benefício da excussão e o
tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam pri- devedor, retardando-se a execução, cair em insolvência, fi-
meiro executados os bens do devedor. cará exonerado o fiador que o invocou, se provar que os
Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de or- bens por ele indicados eram, ao tempo da penhora, sufi-
dem, a que se refere este artigo, deve nomear bens do de- cientes para a solução da dívida afiançada.
vedor, sitos no mesmo município, livres e desembargados, Art. 1.647... , nenhum dos cônjuges pode, sem autori-
quantos bastem para solver o débito. zação do outro, exceto no regime da separação absoluta:
Art. 828 Não aproveita este benefício ao fiador: III - prestar fiança ou aval.
I - se ele o renunciou expressamente;
II - se se obrigou como principal pagador, ou devedor PENHOR – CÓDIGO CIVIL (LEI 10.406/02)
solidário; Art. 1.431 Constitui-se o penhor pela transferência efe-
III - se o devedor for insolvente, ou falido. tiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a
Art. 829 A fiança conjuntamente prestada a um só débito quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de
por mais de uma pessoa importa o compromisso de solida- uma coisa móvel, suscetível de alienação.
riedade entre elas, se declaradamente não se reservarem o Parágrafo único. No penhor rural, industrial, mercantil
benefício de divisão. e de veículos, as coisas empenhadas continuam em poder
Parágrafo único. Estipulado este benefício, cada fiador do devedor, que as deve guardar e conservar.
responde unicamente pela parte que, em proporção, lhe cou- Art. 1.432 O instrumento do penhor deverá ser levado
ber no pagamento. a registro, por qualquer dos contratantes; o do penhor co-
Art. 830 Cada fiador pode fixar no contrato a parte da mum será registrado no Cartório de Títulos e Documentos.
dívida que toma sob sua responsabilidade, caso em que não
Art. 1.433 O credor pignoratício tem direito:
será por mais obrigado.
I - à posse da coisa empenhada;
Art. 831 O fiador que pagar integralmente a dívida fica
II - à retenção dela, até que o indenizem das despesas
sub-rogado nos direitos do credor; mas só poderá demandar
devidamente justificadas, que tiver feito, não sendo ocasio-
a cada um dos outros fiadores pela respectiva quota.
nadas por culpa sua;
Parágrafo único. A parte do fiador insolvente distribuir-
III - ao ressarcimento do prejuízo que houver sofrido
se-á pelos outros.
Art. 832 O devedor responde também perante o fiador por vício da coisa empenhada;
por todas as perdas e danos que este pagar, e pelos que so- IV - a promover a execução judicial, ou a venda amigá-
frer em razão da fiança. vel, se lhe permitir expressamente o contrato, ou lhe auto-
Art. 833 O fiador tem direito aos juros do desembolso rizar o devedor mediante procuração;
pela taxa estipulada na obrigação principal, e, não havendo V - a apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que
taxa convencionada, aos juros legais da mora. se encontra em seu poder;
Art. 834 Quando o credor, sem justa causa, demorar a VI - a promover a venda antecipada, mediante prévia
execução iniciada contra o devedor, poderá o fiador promo- autorização judicial, sempre que haja receio fundado de
ver-lhe o andamento. que a coisa empenhada se perca ou deteriore, devendo o
Art. 835 O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver preço ser depositado. O dono da coisa empenhada pode
assinado sem limitação de tempo, sempre que lhe convier, impedir a venda antecipada, substituindo-a, ou oferecendo
ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante ses- outra garantia real idônea.
senta dias após a notificação do credor. Art. 1.434 O credor não pode ser constrangido a de-
Art. 836 A obrigação do fiador passa aos herdeiros; mas a volver a coisa empenhada, ou uma parte dela, antes de
responsabilidade da fiança se limita ao tempo decorrido até a ser integralmente pago, podendo o juiz, a requerimento
morte do fiador, e não pode ultrapassar as forças da herança. do proprietário, determinar que seja vendida apenas uma
Art. 837 O fiador pode opor ao credor as exceções que das coisas, ou parte da coisa empenhada, suficiente para o
lhe forem pessoais, e as extintivas da obrigação que compe- pagamento do credor.
tem ao devedor principal, se não provierem simplesmente de Art. 1.435 O credor pignoratício é obrigado:
incapacidade pessoal, salvo o caso do mútuo feito a pessoa I - à custódia da coisa, como depositário, e a ressarcir
menor. ao dono a perda ou deterioração de que for culpado, po-
Art. 838 O fiador, ainda que solidário, ficará desobrigado: dendo ser compensada na dívida, até a concorrente quan-
I - se, sem consentimento seu, o credor conceder mora- tia, a importância da responsabilidade;
tória ao devedor; II - à defesa da posse da coisa empenhada e a dar ciên-
II - se, por fato do credor, for impossível a sub-rogação cia, ao dono dela, das circunstâncias que tornarem neces-
nos seus direitos e preferências; sário o exercício de ação possessória;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
III - a imputar o valor dos frutos, de que se apropriar Art. 1.443 O penhor agrícola que recai sobre colheita
(art. 1.433, inciso V) nas despesas de guarda e conservação, pendente, ou em via de formação, abrange a imediatamen-
nos juros e no capital da obrigação garantida, sucessiva- te seguinte, no caso de frustrar-se ou ser insuficiente a que
mente; se deu em garantia.
IV - a restituí-la, com os respectivos frutos e acessões, Parágrafo único. Se o credor não financiar a nova sa-
uma vez paga a dívida; fra, poderá o devedor constituir com outrem novo penhor,
V - a entregar o que sobeje do preço, quando a dívida em quantia máxima equivalente à do primeiro; o segundo
for paga, no caso do inciso IV do art. 1.433. penhor terá preferência sobre o primeiro, abrangendo este
Art. 1.436 Extingue-se o penhor: apenas o excesso apurado na colheita seguinte.
I - extinguindo-se a obrigação; Art. 1.444 Podem ser objeto de penhor os animais que
II - perecendo a coisa; integram a atividade pastoril, agrícola ou de lacticínios.
III - renunciando o credor; Art. 1.445 O devedor não poderá alienar os animais em-
IV - confundindo-se na mesma pessoa as qualidades penhados sem prévio consentimento, por escrito, do credor.
de credor e de dono da coisa; Parágrafo único. Quando o devedor pretende alienar o
V - dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a gado empenhado ou, por negligência, ameace prejudicar o
credor, poderá este requerer se depositem os animais sob
venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou por ele
a guarda de terceiro, ou exigir que se lhe pague a dívida de
autorizada.
imediato.
§ 1o Presume-se a renúncia do credor quando consen- Art. 1.446 Os animais da mesma espécie, comprados
tir na venda particular do penhor sem reserva de preço, para substituir os mortos, ficam sub-rogados no penhor.
quando restituir a sua posse ao devedor, ou quando anuir Parágrafo único. Presume-se a substituição prevista
à sua substituição por outra garantia. neste artigo, mas não terá eficácia contra terceiros, se não
§ 2o Operando-se a confusão tão-somente quanto constar de menção adicional ao respectivo contrato, a qual
a parte da dívida pignoratícia, subsistirá inteiro o penhor deverá ser averbada.
quanto ao resto. Art. 1.447 Podem ser objeto de penhor máquinas, apa-
Art. 1.437 Produz efeitos a extinção do penhor depois relhos, materiais, instrumentos, instalados e em funciona-
de averbado o cancelamento do registro, à vista da respec- mento, com os acessórios ou sem eles; animais, utilizados
tiva prova. na indústria; sal e bens destinados à exploração das salinas;
Art. 1.438 Constitui-se o penhor rural mediante ins- produtos de suinocultura, animais destinados à industria-
trumento público ou particular, registrado no Cartório de lização de carnes e derivados; matérias-primas e produtos
Registro de Imóveis da circunscrição em que estiverem si- industrializados.
tuadas as coisas empenhadas. Parágrafo único. Regula-se pelas disposições relativas
Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a dívi- aos armazéns gerais o penhor das mercadorias neles de-
da, que garante com penhor rural, o devedor poderá emitir, positadas.
em favor do credor, cédula rural pignoratícia, na forma de- Art. 1.448 Constitui-se o penhor industrial, ou o mer-
terminada em lei especial. cantil, mediante instrumento público ou particular, regis-
Art. 1.439 O penhor agrícola e o penhor pecuário so- trado no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição
mente podem ser convencionados, respectivamente, pelos onde estiverem situadas as coisas empenhadas.
prazos máximos de três e quatro anos, prorrogáveis, uma Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a dívi-
só vez, até o limite de igual tempo. da, que garante com penhor industrial ou mercantil, o deve-
§ 1o Embora vencidos os prazos, permanece a garantia, dor poderá emitir, em favor do credor, cédula do respectivo
enquanto subsistirem os bens que a constituem. crédito, na forma e para os fins que a lei especial determinar.
Art. 1.449 O devedor não pode, sem o consentimento
§ 2o A prorrogação deve ser averbada à margem do
por escrito do credor, alterar as coisas empenhadas ou mu-
registro respectivo, mediante requerimento do credor e do
dar-lhes a situação, nem delas dispor. O devedor que, anu-
devedor.
indo o credor, alienar as coisas empenhadas, deverá repor
Art. 1.440 Se o prédio estiver hipotecado, o penhor ru- outros bens da mesma natureza, que ficarão sub-rogados
ral poderá constituir-se independentemente da anuência no penhor.
do credor hipotecário, mas não lhe prejudica o direito de Art. 1.450 Tem o credor direito a verificar o estado das
preferência, nem restringe a extensão da hipoteca, ao ser coisas empenhadas, inspecionando-as onde se acharem,
executada. por si ou por pessoa que credenciar.
Art. 1.441 Tem o credor direito a verificar o estado das
coisas empenhadas, inspecionando-as onde se acharem, HIPOTECA – CÓDIGO CIVIL (LEI 10.406/02)
por si ou por pessoa que credenciar. Art. 1.473 Podem ser objeto de hipoteca:
Art. 1.442 Podem ser objeto de penhor: I - os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamen-
I - máquinas e instrumentos de agricultura; te com eles;
II - colheitas pendentes, ou em via de formação; II - o domínio direto (diz respeito ao direito de dispor
III - frutos acondicionados ou armazenados; do imóvel);
IV - lenha cortada e carvão vegetal; III - o domínio útil (diz respeito ao direito de utilizar ou
V - animais do serviço ordinário de estabelecimento usufruir do imóvel);
agrícola. IV - as estradas de ferro;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
V - os recursos naturais (as jazidas, minas e demais Art. 1.495 Quando se apresentar ao oficial do registro
recursos minerais) independentemente do solo onde se título de hipoteca que mencione a constituição de anterior,
acham; não registrada, sobrestará ele na inscrição da nova, depois
VI - os navios; de a prenotar, até trinta dias, aguardando que o interessa-
VII - as aeronaves. do inscreva a precedente; esgotado o prazo, sem que se re-
VIII - o direito de uso especial para fins de moradia; queira a inscrição desta, a hipoteca ulterior será registrada
IX - o direito real de uso; e obterá preferência.
X - a propriedade superficiária (o domínio da construção Art. 1.497 As hipotecas legais, de qualquer natureza,
ou da plantação separado do solo). deverão ser registradas e especializadas.
Art. 1.474 A hipoteca abrange todas as acessões, melho- Art. 1.498 Vale o registro da hipoteca, enquanto a obri-
ramentos ou construções do imóvel. Subsistem os ônus reais gação perdurar; mas a especialização, em completando
constituídos e registrados, anteriormente à hipoteca, sobre o vinte anos, deve ser renovada.
mesmo imóvel. Art. 1.499 A hipoteca extingue-se:
Art. 1.475 É nula a cláusula que proíbe ao proprietário I - pela extinção da obrigação principal;
alienar imóvel hipotecado. II - pelo perecimento da coisa;
Art. 1.476 O dono do imóvel hipotecado pode constituir III - pela resolução da propriedade;
outra hipoteca sobre ele, mediante novo título, em favor do IV - pela renúncia do credor;
mesmo ou de outro credor. V - pela remição;
Art. 1.477 Salvo o caso de insolvência do devedor, o cre- VI - pela arrematação ou adjudicação.
dor da segunda hipoteca, embora vencida, não poderá execu- Art. 1.500 Extingue-se ainda a hipoteca com a averba-
tar o imóvel antes de vencida a primeira. ção, no Registro de Imóveis, do cancelamento do registro,
Parágrafo único. Não se considera insolvente o devedor à vista da respectiva prova.
por faltar ao pagamento das obrigações garantidas por hipo-
tecas posteriores à primeira. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS MÓVEIS
Art. 1.479 O adquirente do imóvel hipotecado, desde que
não se tenha obrigado pessoalmente a pagar as dívidas aos DECRETO-LEI 911/69
credores hipotecários, poderá exonerar-se da hipoteca, aban- Art 1º A alienação fiduciária em garantia transfere ao
donando-lhes o imóvel. credor o domínio resolúvel e a posse indireta da coisa mó-
Art. 1.485 Mediante simples averbação, requerida por vel alienada, independentemente da tradição efetiva do
ambas as partes, poderá prorrogar-se a hipoteca, até 30 (trin-
bem, tornando-se o alienante ou devedor em possuidor
ta) anos da data do contrato. Desde que perfaça esse prazo,
direto e depositário com todas as responsabilidades e en-
só poderá subsistir o contrato de hipoteca reconstituindo-se
cargos que lhe incumbem de acordo com a lei civil e penal.
por novo título e novo registro; e, nesse caso, lhe será mantida
§ 1º A alienação fiduciária somente se prova por escrito
a precedência, que então lhe competir.
e seu instrumento, público ou particular, qualquer que seja
Art. 1.486 Podem o credor e o devedor, no ato constituti-
vo da hipoteca, autorizar a emissão da correspondente cédula o seu valor, será obrigatoriamente arquivado, por cópia ou
hipotecária, na forma e para os fins previstos em lei especial. microfilme, no Registro de Títulos e Documentos do do-
Art. 1.487 A hipoteca pode ser constituída para garantia micílio do credor, sob pena de não valer contra terceiros, e
de dívida futura ou condicionada, desde que determinado o conterá, além de outros dados, os seguintes:
valor máximo do crédito a ser garantido. a) o total da divida ou sua estimativa;
§ 1o Nos casos deste artigo, a execução da hipoteca de- b) o local e a data do pagamento;
penderá de prévia e expressa concordância do devedor quan- c) a taxa de juros, as comissões cuja cobrança for per-
to à verificação da condição, ou ao montante da dívida. mitida e, eventualmente, a cláusula penal e a estipulação de
§ 2o Havendo divergência entre o credor e o devedor, ca- correção monetária, com indicação dos índices aplicáveis;
berá àquele fazer prova de seu crédito. Reconhecido este, o d) a descrição do bem objeto da alienação fiduciária e
devedor responderá, inclusive, por perdas e danos, em razão os elementos indispensáveis à sua identificação.
da superveniente desvalorização do imóvel. § 2º Se, na data do instrumento de alienação fiduciária,
Art. 1.492 As hipotecas serão registradas no cartório do o devedor ainda não for proprietário da coisa objeto do
lugar do imóvel, ou no de cada um deles, se o título se referir contrato, o domínio fiduciário desta se transferirá ao credor
a mais de um. no momento da aquisição da propriedade pelo devedor,
Parágrafo único. Compete aos interessados, exibido o tí- independentemente de qualquer formalidade posterior.
tulo, requerer o registro da hipoteca. § 3º Se a coisa alienada em garantia não se identifica
Art. 1.493 Os registros e averbações seguirão a ordem em por números, marcas e sinais indicados no instrumento de
que forem requeridas, verificando-se ela pela da sua numera- alienação fiduciária, cabe ao proprietário fiduciário o ônus
ção sucessiva no protocolo. da prova, contra terceiros, da identidade dos bens do seu
Parágrafo único. O número de ordem determina a priori- domínio que se encontram em poder do devedor.
dade, e esta a preferência entre as hipotecas. § No caso de inadimplemento da obrigação garantida,
Art. 1.494 Não se registrarão no mesmo dia duas hipo- o proprietário fiduciário pode vender a coisa a terceiros e
tecas, ou uma hipoteca e outro direito real, sobre o mesmo aplicar preço da venda no pagamento do seu crédito e das
imóvel, em favor de pessoas diversas, salvo se as escrituras, despesas decorrentes da cobrança, entregando ao devedor
do mesmo dia, indicarem a hora em que foram lavradas. o saldo porventura apurado, se houver.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
§ 5º Se o preço da venda da coisa não bastar para pa- § 6o Na sentença que decretar a improcedência da ação
gar o crédito do proprietário fiduciário e despesas, na forma de busca e apreensão, o juiz condenará o credor fiduciário
do parágrafo anterior, o devedor continuará pessoalmente ao pagamento de multa, em favor do devedor fiduciante,
obrigado a pagar o saldo devedor apurado. equivalente a cinqüenta por cento do valor originalmente
§ 6º É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciá- financiado, devidamente atualizado, caso o bem já tenha
rio a ficar com a coisa alienada em garantia, se a dívida não sido alienado.
for paga no seu vencimento. § 7o A multa mencionada no § 6o não exclui a respon-
§ 8º O devedor que alienar, ou der em garantia a tercei- sabilidade do credor fiduciário por perdas e danos.
ros, coisa que já alienara fiduciàriamente em garantia, ficará § 8o A busca e apreensão prevista no presente artigo
sujeito à pena prevista no art. 171, § 2º, inciso I, do Código constitui processo autônomo e independente de qualquer
Penal. procedimento posterior.
§ 10. A alienação fiduciária em garantia do veículo auto- Art. 4º Se o bem alienado fiduciariamente não for en-
motor deverá, para fins probatórios, constar do certificado contrado ou não se achar na posse do devedor, o credor
de Registro, a que se refere o artigo 52 do Código Nacional poderá requerer a conversão do pedido de busca e apreen-
de Trânsito. são, nos mesmos autos, em ação de depósito, na forma
Art. 2º No caso de inadimplemento ou mora nas obri- prevista no Capítulo II, do Título I, do Livro IV, do Código
gações contratuais garantidas mediante alienação fiduciária, de Processo Civil.
o proprietário fiduciário ou credor poderá vender a coisa a Art. 5º Se o credor preferir recorrer à ação executiva
terceiros, independentemente de leilão, hasta pública, avalia- ou, se for o caso ao executivo fiscal, serão penhorados, a
ção prévia ou qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, critério do autor da ação, bens do devedor quantos bastem
salvo disposição expressa em contrário prevista no contra- para assegurar a execução.
to, devendo aplicar o preço da venda no pagamento de seu
crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS IMÓVEIS
saldo apurado, se houver.
§ 1º O crédito a que se refere o presente artigo abrange o LEI 9.514/97
principal, juros e comissões, além das taxas, cláusula penal e Art. 23º Constitui-se a propriedade fiduciária de coisa
correção monetária, quando expressamente convencionados imóvel mediante registro, no competente Registro de Imó-
pelas partes. veis, do contrato que lhe serve de título.
§ 2º A mora decorrerá do simples vencimento do prazo Parágrafo único. Com a constituição da propriedade fi-
para pagamento e poderá ser comprovada por carta registra- duciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-se o
da expedida por intermédio de Cartório de Títulos e Docu- fiduciante possuidor direto e o fiduciário possuidor indireto
mentos ou pelo protesto do título, a critério do credor. da coisa imóvel.
§ 3º A mora e o inadimplemento de obrigações contra- Art. 24º O contrato que serve de título ao negócio fi-
tuais garantidas por alienação fiduciária, ou a ocorrência legal duciário conterá:
ou convencional de algum dos casos de antecipação de ven- I - o valor do principal da dívida;
cimento da dívida facultarão ao credor considerar, de pleno II - o prazo e as condições de reposição do empréstimo
direito, vencidas todas as obrigações contratuais, indepen- ou do crédito do fiduciário;
dentemente de aviso ou notificação judicial ou extrajudicial. III - a taxa de juros e os encargos incidentes;
Art. 3º O Proprietário Fiduciário ou credor poderá reque- IV - a cláusula de constituição da propriedade fiduciá-
rer contra o devedor ou terceiro a busca e apreensão do bem ria, com a descrição do imóvel objeto da alienação fiduciá-
alienado fiduciàriamente, a qual será concedida liminarmen- ria e a indicação do título e modo de aquisição;
te, desde que comprovada a mora ou o inadimplemento do V - a cláusula assegurando ao fiduciante, enquanto
devedor. adimplente, a livre utilização, por sua conta e risco, do imó-
§ 1o Cinco dias após executada a liminar mencionada no vel objeto da alienação fiduciária;
caput, consolidar-se-ão a propriedade e a posse plena e ex- VI - a indicação, para efeito de venda em público leilão,
clusiva do bem no patrimônio do credor fiduciário, cabendo do valor do imóvel e dos critérios para a respectiva revisão;
às repartições competentes, quando for o caso, expedir novo Art. 25º Com o pagamento da dívida e seus encargos
certificado de registro de propriedade em nome do credor, resolve-se, nos termos deste artigo, a propriedade fiduciá-
ou de terceiro por ele indicado, livre do ônus da propriedade ria do imóvel.
fiduciária. Art. 26º Vencida e não paga, no todo ou em parte, a
§ 2o No prazo do § 1o, o devedor fiduciante poderá pa- dívida e constituído em mora o fiduciante, consolidar-se
gar a integralidade da dívida pendente, segundo os valores -á, nos termos deste artigo, a propriedade do imóvel em
apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na nome do fiduciário.
qual o bem lhe será restituído livre do ônus. Art. 27º Uma vez consolidada a propriedade em seu
§ 3o O devedor fiduciante apresentará resposta no prazo nome, o fiduciário, no prazo de trinta dias, contados da
de quinze dias da execução da liminar. data do registro de que trata o § 7º do artigo anterior, pro-
§ 4o A resposta poderá ser apresentada ainda que o de- moverá público leilão para a alienação do imóvel.
vedor tenha se utilizado da faculdade do § 2o, caso entenda § 1º Se, no primeiro público leilão, o maior lance ofe-
ter havido pagamento a maior e desejar restituição. recido for inferior ao valor do imóvel, estipulado na forma
§ 5o Da sentença cabe apelação apenas no efeito de- do inciso VI do art. 24, será realizado o segundo leilão, nos
volutivo. quinze dias seguintes.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Assim, se ocorrer a falência do administrador do fundo, 4. Valor total deve incluir os juros
uma assembleia poderá ser convocada para e optar por outra Muita gente não se dá conta ao investir em aplicações
instituição financeira, sem prejuízo de seus investimentos. protegidas pelo FGC que os rendimentos obtidos pelo inves-
timento devem ser somados ao valor original no caso da que-
História do FGC bra da instituição financeira que oferece o título.
A estabilidade do sistema financeiro é uma das principais Se, por exemplo, você investir R$ 250 mil em um CDB e a
preocupações de qualquer governo. corretora ou o banco quebrar depois de dois anos, você não
Desde a década de 1990, começou a surgir uma série conseguirá recuperar esses dois anos de valorização e será
de sistemas de proteção a investidores em todo o mundo. O restituído apenas do valor original.
Brasil entrou nessa lista em 1995, com a Resolução 2.197, de 5. Limite garantido era de R$ 60 mil
31.08.1995. O limite bancado pelo FGC já foi alterado três vezes. Em 2006,
Nela, o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou ele era de apenas R$ 60 mil. Em 2010, foi ampliado para R$ 70 mil.
a “constituição de entidade privada, sem fins lucrativos, des- Finalmente, em 2013, o valor chegou aos atuais R$ 250 mil.
tinada a administrar mecanismos de proteção a titulares de É preciso lembrar que o fundo surgiu apenas em 1995 e
créditos contra instituições financeiras”. ele é construído a partir de aportes mensais dos associados.
O estatuto e o regulamento da nova entidade, o Fundo Quanto mais o tempo passa, mais forte se torna essa proteção.
Garantidor de Créditos, foram aprovados em novembro da- Como vimos, o Fundo Garantidor de Créditos é uma
quele ano. proteção muito interessante para o investidor. Com ele, você
O objetivo dessa entidade, desde sua criação, é prestar pode ficar tranquilo de que seu dinheiro vai render sem so-
garantia de créditos contra as instituições associadas nas se- bressaltos, mesmo em casos extremos, como a falência da sua
guintes situações: instituição financeira.
• Decretação da intervenção ou da liquidação extraju- É importante lembrar que o FGC da poupança é o mesmo
dicial de instituição associada que banca os créditos do CDB, das LCIs, das LCAs e das LCs.
• Reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do Agora que você tem essa informação, não vale mais usar o
estado de insolvência de instituição associada que, nos ter- argumento de que a caderneta é o destino mais seguro para
mos da legislação em vigor, não estiver sujeita aos regimes o seu dinheiro.
referidos no item anterior. O que dizer de um investimento que representou perda
Além da garantia de créditos, o FGC se preocupa com a de poder de compra de 2,28% em 2015 e ganho real de 1,9%
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e a prevenção de em 2016?
crises sistêmicas do sistema bancário. É hora de dar o primeiro passo para fora da poupança
Por isso, tem a atribuição de contratar, em casos de necessi- e para dentro de um universo bem mais rentável de investi-
dade, diferentes operações de assistência ou suporte financeiro, mentos. Nessa jornada de busca de conhecimento, você vai
incluindo operações de liquidez com as instituições associadas. perceber que uma organização de suas finanças vai levá-lo
mais longe e vai lhe permitir planejar as aplicações com maior
5 curiosidades sobre o FGC consciência.
Já está um pouco mais informado sobre a utilidade do Primeiro, anote todos os seus gastos mensais, todas as
FGC e quer conhecer algumas das curiosidades de sua atua- despesas normais e extraordinárias que estiverem à vista nos
ção? Confira abaixo seis peculiaridades desse fundo não go- próximos meses. Depois defina um percentual para economi-
vernamental, sem fins lucrativos: zar de seu salário.
1. O saldo do FGC é superior a R$ 57 bilhões Então, com uma organização melhor, estabeleça um va-
De acordo com o último balanço patrimonial divulgado, lor mínimo de suas reservas para aplicações de alta liquidez
em novembro de 2016, o Fundo Garantidor de Créditos tem para cumprir suas obrigações e separe o restante para investi-
aproximadamente R$ 57,8 bilhões em ativos, dos quais pode- mentos que, potencialmente, farão seu dinheiro crescer mais
ria se valer para proteger investimentos. rapidamente.
O regulamento do fundo prevê que sua captação segui-
rá até a obtenção de 2% do saldo das contas cobertas pela
garantia.
2. Contas conjuntas têm limite único 8 - CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO.
Normalmente, o saldo garantido é de R$ 250 mil por pes- 8.1 - CONCEITO E ETAPAS.
soa por CPF. Mas esse não é o caso em contas conjuntas, cujo 8.2 - PREVENÇÃO E COMBATE AO CRIME DE
crédito protegido vale para a conta toda, dividida por todos LAVAGEM DE DINHEIRO.
os seus titulares. 8.2.1. LEI N.º 9.613/1998 E SUAS ALTERAÇÕES.
Assim, se um casal possui R$ 300 mil em uma conta con-
junta em um banco, cada cônjuge terá direito a R$ 125.000,00
em caso de falência da instituição financeira.
3. Pagamentos podem levar mais de três meses Certo é que o crime organizado disponibiliza fundos in-
Mesmo que você esteja seguro em uma aplicação que calculáveis e envolve milhares de pessoas, com sistema fun-
conte com o aval do Fundo Garantidor de Créditos, pode cional implantado e bem estruturado. Entretanto, apesar
levar um tempinho até você receber o dinheiro de volta. de se tratar de uma atividade altamente lucrativa, para se-
Conforme o histórico recente do fundo, espera-se em rem utilizados seus rendimentos é imprescindível a oculta-
média pouco mais de três meses. ção de sua origem.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Desta necessidade de uso, movimentação, ocultação e a) A primeira delas é a fase da ocultação, na qual há
disposição de ativos oriundos das mais variadas espécies do uma tentativa dos agentes de conseguir menor visibilida-
comércio criminoso surge a lavagem de dinheiro, com a fina- de do dinheiro oriundo da prática de atividade ilícitas. Para
lidade de evitar que se descubra a cadeia criminal, bem como tanto, costuma-se utilizar o sistema financeiro, negócios de
a identificação de seus agentes. condições variadas, enfim, emprega “intermediários” que
Sendo pacífico que as organizações criminosas, de modo trocarão os valores ilicitamente recebidos.
geral, têm sua atuação no eixo dinheiro/poder e que o seu b) Com a posse do dinheiro, tem início a segunda
êxito está intimamente vinculado ao sucesso da lavagem de fase: a cobertura, fase de controle, ou ainda, mascaramento.
dinheiro, há um forte impulso para que estas organizações Consistente em desligar os fundos de sua origem, em outras
pratiquem o referido processo de reciclagem. palavras, fazer desaparecer o vínculo entre o agente e o bem
Ocorrida a reciclagem do dinheiro, este pode ser investi- precedente de sua atuação. São comuns múltiplas transfe-
do sem levantar suspeitas e contribuir para que os seus de- rências de dinheiro, compensações financeiras, remessas
tentores eliminem empreendimentos legítimos sob a cober- aos paraísos fiscais, super faturação de exportações, dentre
tura de atividades honráveis, gerando o inegável risco de que outros.
economias inteiras se submetam ao seu controle, provocando c) Finalmente, o dinheiro deve retornar ao circuito
alterações nos mercados financeiros. econômico, transparecendo a imagem de produto normal
Neste contexto, vários países fomentam seus aparelhos de de uma atividade comercial, é a chamada fase de integração.
cooperação internacional para a persecução de crimes de lava- Neste momento, há a conversão de dinheiro sujo em capital
gem de capitais e outros praticados por organizações criminosas. lícito, adquirindo propriedades e bens, constituindo estabe-
O CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO lecimentos lícitos, financiando atividades de terceiros, além
O crime de “lavagem de dinheiro”, cuja expressão remonta de investir parte deste dinheiro na prática de novos delitos.
às organizações mafiosas norte-americanas, que, na década de
1920, aplicavam em lavanderias o capital proveniente das mui- CRIMINALIZAÇÃO DA LAVAGEM DE DINHEIRO
tas espécies do comércio criminoso, é uma forma genérica de Cumpre ressaltar que o início das preocupações mun-
referir-se ao processo ou conjunto de operações de ocultar a diais com a lavagem de dinheiro data da Convenção de Vie-
origem do dinheiro ou dos bens resultantes das atividades deli- na de 1988, ocasião em que os membros da Organização
tivas e integrá-los no sistema econômico ou financeiro, em ope-
das Nações Unidas aprovaram a Resolução que os obrigava
rações capazes de converter o dinheiro sujo em dinheiro limpo.
a penalizar a lavagem de capitais oriundos do tráfico de en-
Nas palavras de André Luís Callegari é a atividade de in-
torpecentes.
vestir, ocultar, substituir ou transformar e restituir o dinheiro
Desde então, várias nações passaram a inserir no seu
de origem sempre ilícita aos circuitos econômico-financeiros
corpo de normas, dispositivos legais reservados a reprimir
legais, incorporando-o a qualquer tipo de negócio como se
a utilização de bens, direitos ou valores provenientes, direta
fosse obtido de forma lícita.
Faz-se necessário esclarecer que o crime de lavagem de ou indiretamente, de crimes.
capitais é um delito parasitário ou derivado, dependendo, ne- Neste sentido, Roberto Podval, ao discorrer sobre o bem
cessariamente, da existência de um delito antecedente para jurídico do delito de lavagem de dinheiro, assevera que:
que se configure. Por assim ser, no delito de lavagem de dinhei- “O que se nota é que a criminalização da lavagem de
ro a punição volta-se, exclusivamente, para a utilização que se dinheiro surge como forma de coibir o tráfico ilícito de en-
faz do dinheiro sujo, ou seja, às formas de movimentar, ocultar, torpecentes, já que não obstante a intervenção do Direito
dispor ou se apropriar dos ativos oriundos de atividades ilícitas. Penal nessa matéria (através de leis cada vez mais severas e
Diante da importância deste assunto, e dos efeitos de- com penas menos brandas), tal criminalidade não só persis-
vastadores provocados por este delito, Vladimir Aras defen- te como aumenta. Assim, uma vez evidenciada a impossibili-
de que os Estados nacionais não podem ignorar, diante da dade de o Direito Penal evitar o tráfico de drogas, houveram
complexa problemática que envolve a questão, o fenômeno por bem os Estados punir suas consequências”.
da lavagem de dinheiro, uma vez que não se restringe a uma Observa-se, portanto, que frente à fracassada e inope-
abstração que se cinja a números, pois, ao contrário disto: rante estratégia de atacar as antecedentes atividades ilícitas,
“São concretos e às vezes dolorosos, os danos causados à há um redirecionamento do Direito Penal em controlar os
sociedade pela lavagem de dinheiro. De um lado, desempre- efeitos destas, quais sejam, os fluxos financeiros oriundos
go, vultosos prejuízos econômicos para empresários e inves- das primeiras atuações ilegais.
tidores, diminuição dos índices de desenvolvimento humano, Seguindo, portanto, a mesma tendência mundial e dian-
corrupção, insegurança pública e redução da arrecadação de te dos índices de ocorrências envolvendo crime organizado,
impostos e de investimentos em educação e saúde. De outro desvio e lavagem de dinheiro, provenientes de variadas tran-
lado, o enriquecimento ilícito e a utilização indevida de valo- sações ilícitas, e da inserção destes temas no rol de destaque
res oriundos de graves crimes.” da construção dogmática e da política criminal, houve nítido
interesse do Direito Penal Brasileiro em atingir um efetivo
FASES OU TÉCNICAS DE LAVAGEM DE DINHEIRO controle da circulação de capitais e suas origens, por meio
Considerando que a lavagem de capitais é um procedi- da criminalização desta multimencionada conduta. Ademais,
mento complexo, pode-se afirmar que a conduta do agen- a base ética à criminalização consistiu em evitar que a cir-
te passa por um modus operandi bastante linear e multifa- culação do dinheiro sujo em circulação no mercado, bem
cetado. Vários são os métodos ou fases utilizados com a como impedir que o dinheiro lavado proporcione outros
finalidade de lavar o dinheiro: ilícitos.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
UNIDADES DE INTELIGENCIA FINANCEIRA • inclusão de novos sujeitos obrigados tais como car-
As unidades de inteligência são responsáveis por receber, tórios, profissionais que exerçam atividades de assessoria ou
além de requisitar, informações sobre operações financeiras consultoria financeira, representantes de atletas e artistas,
atípicas ou suspeitas, analisar e informar às autoridades com- feiras, dentre outros;
petentes aquelas que constituem indícios do crime de lava- • aumento do valor máximo da multa para R$ 20 milhões.
gem.
Essas unidades apresentam diferentes estruturas a de- Com base na análise de operações suspeitas ou atípicas,
pender de sua vocação institucional e das tradições jurídicas o COAF prepara um relatório que é enviado ao Ministério
de cada país. Existem basicamente três espécies de Unidades Público e à Polícia, para que seja averiguado o cometimento
de Inteligência Financeira: (i) judiciais, (ii) coercitivas, (iii) admi- ou não de algum delito.
nistrativas, sem considerar as híbridas que mesclam elemen- O COAF faz parte do GAFI e do Grupo de Egmont, cons-
tos de cada uma delas. tituído por algumas unidades financeiras de inteligência, que
As unidades judiciais são previstas, em geral, nos países se reuniram pela primeira vez no Palácio de Egmont-Aren-
em que o Ministério Público é parte integrante do Judiciário. berg, em Bruxelas, com o intuito de promover um fórum ob-
Nesses países as unidades tem natureza persecutória penal jetivando impulsionar o apoio aos programas nacionais de
porque o próprio órgão responsável pela acusação possui combate à Lavagem de Dinheiro dos países que o integram.
instrumentos de acompanhamento ou recebimento de infor- Referido apoio engloba a ampliação de cooperações en-
mações sobre operações suspeitas. tre os países e a sistematização do intercâmbio de experiên-
As unidades coercitivas são exclusivamente adminis- cias e de informações de inteligência financeira, aperfeiçoan-
trativas, mas podem determinar medidas preventivas como do a capacidade e a perícia dos funcionários das unidades e
suspensão de transações, congelamento e sequestro de bens. proporcionando uma efetiva comunicação por meio de apli-
As unidades administrativas tem atribuição exclusiva de cação de tecnologia específica.
sistematização de informações e produção de análises sobre Os organismos internacionais indicam uma série de re-
possíveis operações ilegais ou atípicas. Não tem poder de de- gras para a persecução penal referente ao crime em questão,
terminar medidas de coerção ou de iniciar processos judiciais. que, em resumo, se traduzem na cooperação das instituições
Apenas colhem a informação e enviam para os órgãos com- e empresas que possam ser utilizadas para lavagem, sujeitas
petentes para a persecução penal ou investigação, como o a deveres de identificação dos clientes, conservação dos re-
Ministério Público e a Polícia. O Brasil segue esse modelo. gistros e comunicação de operações consideradas suspeitas.
Desse modo, o COAF é o principal órgão brasileiro de
CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINAN- inteligência ao combate ao crime em comento, além de ser
CEIRAS - COAF responsável por elaborar autoavaliações, cujos relatórios são
O COAF é um órgão administrativo, no âmbito do Mi- enviados anualmente ao GAFI.
nistério da Fazenda, com sede no Distrito Federal, e funciona
como agência de inteligência brasileira no combate ao crime Composição do COAF
de lavagem de dinheiro. É a unidade de inteligência financei- O Conselho é composto de servidores públicos de re-
ra do Brasil. putação ilibada e reconhecida competência, designados em
É responsável pela prevenção e fiscalização da prática do ato do Ministro de Estado da Fazenda, dentre os integrantes
delito de lavagem, foi instituído pela Lei no 9.613/98. Tem por do quadro de pessoal efetivo do Banco Central do Brasil, da
finalidade disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, Comissão de Valores Mobiliários, da Superintendência de Se-
examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades guros Privados, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional,
ilícitas previstas na Lei, sem prejuízo da competência de ou- da Secretaria da Receita Federal, de órgão de inteligência do
tros órgãos e entidades. Poder Executivo, do Departamento de Polícia Federal, do Mi-
Essa lei atribuiu às pessoas físicas e jurídicas de diversos nistério das Relações Exteriores e da Controladoria-Geral da
setores econômico-financeiros maior responsabilidade na União, atendendo, nesses quatro últimos casos, à indicação
identificação de clientes e manutenção de registros de todas dos respectivos Ministros de Estado.
as operações e na comunicação de operações suspeitas, sujei- O presidente do Conselho é nomeado pelo Presidente da
tando-as ainda às penalidades administrativas pelo descum- República, cuja indicação é do Ministro de Estado da Fazenda.
primento das obrigações.
Para efeitos de regulamentação e aplicação das penas, o Das pessoas sujeitas à lei
legislador preservou a competência dos órgãos reguladores O art. 9º da Lei de Lavagem apresenta o rol das pessoas
já existentes, cabendo ao COAF a regulamentação e supervi- obrigadas a comunicar o COAF, em razão das atividades que
são dos demais setores. exercem, a respeito de qualquer atividade atípica ou opera-
Em 2012, a Lei nº 9.613, de 1998, foi alterada pela Lei nº ções consideradas suspeitas.
12.683, de 2012, que trouxe importantes avanços para a pre- Dentre essas atividades estão a captação, a interme-
venção e combate à lavagem de dinheiro, tais como: diação e aplicação de recursos financeiros de terceiros,
• a extinção do rol taxativo de crimes antecedentes, em moeda nacional ou estrangeira; a compra e venda de
admitindo-se agora como crime antecedente da lavagem de moeda estrangeira ou ouro como ativo financeiro ou ins-
dinheiro qualquer infração penal; trumento cambial; a custódia, emissão, distribuição, liqui-
• a inclusão das hipóteses de alienação antecipada dação, negociação, intermediação ou administração de
e outras medidas assecuratórias que garantam que os bens títulos ou valores mobiliários; entre outras previstas no pa-
não sofram desvalorização ou deterioração; rágrafo único do artigo retro mencionado.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
As obrigações a que essas pessoas estão sujeitas se Diante da necessidade de promover esse intercambio
traduzem em identificar seus clientes e manter registros, bem de informações entre o COAF e outros organismos, nacio-
como comunicar as operações suspeitas aos órgãos de inte- nais e internacionais, foi desenvolvido um sistema informa-
ligência financeira, conforme dispõe os arts. 10 e 11 da Lei. tizado que permite ao Conselho desempenhar suas funções
Descrever essas operações consideradas suspeitas ou atí- com maior agilidade e segurança, o SISCOAF – Sistema de
picas é uma atribuição da autoridade competente, que por Informações COAF, que auxilia nos processos internos de to-
meio da elaboração de uma lista que, a depender das pessoas mada de decisão, representa um veículo rápido e eficaz de
envolvidas, dos valores, das formas de realização, dos instru- captação, tratamento, disponibilização e guarda de dados.
mentos utilizados, ou pela falta de fundamento econômico ou O COAF não é dotado de poderes de investigação, tem
legal, possam demonstrar ilicitude. competência para realizar a troca de informações e solicitar a
Se houver descumprimento das obrigações elencadas no abertura de investigações às autoridades, caso verifique, nas
art. 9º, caberá aplicação de sanções administrativas pela au- informações recebidas, solicitadas ou em decorrência de suas
toridade competente, conforme previsto no art. 12 da Lei, a análises, forte indício de operações consideradas suspeitas.
saber: advertência, multa pecuniária, inabilitação temporária Além disso, também tem o poder de requisitar informa-
para o exercício do cargo de administrador, e até cassação ou ções cadastrais bancárias e financeiras aos Órgãos da Admi-
suspensão da autorização para operação ou funcionamento. nistração Pública de pessoas envolvidas em atividades suspei-
O procedimento para aplicação das sanções será regula- tas (art. 14, §3º. da Lei 9.613/98).
do por decreto, sendo assegurado o contraditório e a ampla
defesa, cabendo recurso ao Ministro de Estado da Fazenda. O PAPEL DO COAF NO COMBATE À LAVAGEM DE DI-
NHEIRO
A atuação do Coaf O COAF, além do seu papel como Unidade de Inteligência
O COAF atua de forma integrada com órgãos superviso- Financeira, é também um órgão de regulação e repressão dos
res e entidades representativas de diversos segmentos, tais setores econômicos que não possuem instituição supervisora
como: Comissão de Valores Mobiliários – CVM, Secretaria de própria, tais como as empresas de factoring, de comércio de
Previdência Complementar – SPC, Superintendência de segu- joias e metais preciosos, pedras, objetos de arte e antiguida-
ros privados – SUSEP, Conselho Federal de Corretores de Imó- des.
veis – COFECI, Associação Brasileira das Empresas de Cartões No campo regulatório cabe ao COAF elaborar regras vol-
de Crédito e Serviços – ABECS, Associação Brasileira das Enti- tadas a estes setores sobre a forma e método de registro de
dades Fechadas de Previdência Privada – ABRAPP, Federação informações de clientes e sobre os atos suspeitos de lavagem
Brasileira de Bancos – FEBRABAN. que devem ser comunicados, além dos previsto em Lei. Por
Esta integração tem por finalidade evitar que esses se- fim, a função de regulação consiste em o Órgão editar normas
tores sejam utilizados para a prática de lavagem de dinheiro. que orientem os setores obrigados no art. 9º da Lei 9.613/98.
Desta forma, os órgãos supervisores e as entidades represen- A atividade repressiva decorre da competência do COAF
tativas que se depararem com operações atípicas praticadas para instaurar processo administrativo e aplicar sanções as
por seus clientes, tem o dever de informar o COAF. entidades e pessoas que descumprirem as regras previstas
O Banco Central do Brasil, visando auxiliar na interpre- nos arts. 10 e 11 da Lei de Lavagem.
tação do que seriam essas operações consideradas atípicas As empresas que contam com órgão de controle especí-
ou suspeitas, apresentou a Carta-Circular nº. 2.826/1998, que fico, como bancos (regulados pelo Banco Central do Brasil) ou
foi posteriormente complementada pela Carta-Circular nº. agentes de custódia, emissão, distribuição, liquidação de títu-
3.098/2003, contendo um extenso rol dessas operações. los ou valores imobiliários (regulados pela CVM), empresas de
Ressalte-se que referido rol de hipóteses é apenas exem- seguro, capitalização ou previdência privada (regulados pela
plificativo, com intuito de orientar as entidades na identifica- Susep) devem observar as regras estabelecidas pelo órgão re-
ção de operações suspeitas, sendo possível a ocorrência de gulatório correspondente (art. 11, §1º. da Lei de Lavagem) e
outras operações que não estejam nele previstas. perante estes processados administrativamente. É do órgão
Além disso, as entidades também deverão manter cadas- regulador o papel de normatizador e repressor.
tros que possibilitem a identificação do cliente. Da mesma No entanto, todas as entidades responsáveis pelos seto-
forma, os órgãos verificarão se há compatibilidade financeira res sensíveis (art. 9º. da Lei), tenham ou não órgão regulador
entre as movimentações efetuadas pelo cliente e a sua capa- próprio, devem atender as requisições de informações formu-
cidade econômica. Este controle deve abranger não só a tota- ladas pelo COAF.
lidade das operações de um indivíduo, mas também aquelas É função do COAF a organização de estudos e diagnós-
feitas por grupos e conglomerados, conforme recomendação ticos sobre lavagem de dinheiro e formulação de estratégias
contida na Circular nº. 2.852/1999 do Banco Central do Brasil. de combate à prática. Para tanto, o órgão tem participado
O COAF, após receber a comunicação, avaliará as ope- de fóruns nacionais e internacionais para o desenvolvimen-
rações suspeitas e, se existirem evidencias de ocorrência to de boas práticas para o enfrentamento do delito, como,
do crime de lavagem, efetuará um intercâmbio de informa- por exemplo, da ENCLLA (Estratégia Nacional de Combate
ções com as autoridades competentes, conforme preconiza à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro) e do Grupo de Eg-
o art. 15 da Lei. mont, que reúne as Unidades de Inteligência Financeira
Cumpre esclarecer que são consideradas autoridades de diversos países para apoio mútuo, formação conjunta e
competentes, a Polícia Federal e o Ministério Público Fede- assistência técnica para prevenção e repressão a lavagem
ral que, de posse dessas de informações, tomarão as me- de dinheiro.
didas necessárias.
68
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
O crime de lavagem de dinheiro é um fenômeno mun- § 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo úni-
dial, de amplitude internacional, que não atinge apenas as co do art. 14 do Código Penal.
esferas econômicas e financeiras, mas também as sociais, § 4o A pena será aumentada de um a dois terços, se
uma vez que fomenta a prática de outros delitos, fazendo-se os crimes definidos nesta Lei forem cometidos de for-
necessária a união de esforços, bem como a cooperação mú- ma reiterada ou por intermédio de organização crimino-
tua entre os países para combatê-lo e o COAF, na qualidade sa. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
de unidade de inteligência financeira, tem desempenhado § 5o A pena poderá ser reduzida de um a dois terços
um importante papel neste certame. e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto, facultan-
do-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer
A LEI 9.613/98 E SEUS ASPECTOS PENAIS tempo, por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor
A Lei nº 12.683/12 alterou a Lei nº 9.613/98 para tornar ou partícipe colaborar espontaneamente com as autorida-
mais eficiente o combate e a prevenção de lavagem de di- des, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração
nheiro. Foram diversas as alterações realizadas, e dentre elas das infrações penais, à identificação dos autores, coautores
podem ser destacadas a exclusão do rol de crimes antece- e partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores
dentes à lavagem de dinheiro, manutenção da pena de três a objeto do crime. (Redação dada pela Lei nº 12.683,
dez anos de reclusão para os praticantes do crime, elevação de 2012)
do valor máximo da multa a ser aplicada para 20 milhões
de Reais, e aumento do número de profissionais que devem CAPÍTULO II
reportar-se ao COAF, alcançando empresários que negociam Disposições Processuais Especiais
direitos de atletas, comerciantes de artigos de luxo, e presta-
dores de serviços como por exemplo os contadores. Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos
nesta Lei:
LEI Nº 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998. I – obedecem às disposições relativas ao procedimento
comum dos crimes punidos com reclusão, da competência
Dispõe sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de do juiz singular;
bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema II - independem do processo e julgamento das infrações
financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho penais antecedentes, ainda que praticados em outro país,
de Controle de Atividades Financeiras - COAF, e dá outras cabendo ao juiz competente para os crimes previstos nes-
providências. ta Lei a decisão sobre a unidade de processo e julgamento;
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con- III - são da competência da Justiça Federal:
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: a) quando praticados contra o sistema financeiro e a
ordem econômico-financeira, ou em detrimento de bens,
CAPÍTULO I serviços ou interesses da União, ou de suas entidades autár-
Dos Crimes de “Lavagem” ou Ocultação de Bens, Direitos quicas ou empresas públicas;
e Valores b) quando a infração penal antecedente for de compe-
tência da Justiça Federal. (Redação dada pela
Art. 1o Ocultar ou dissimular a natureza, origem, locali- Lei nº 12.683, de 2012)
zação, disposição, movimentação ou propriedade de bens, § 1o A denúncia será instruída com indícios suficientes
direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de da existência da infração penal antecedente, sendo puní-
infração penal. (Redação dada pela Lei nº 12.683, veis os fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou
de 2012) isento de pena o autor, ou extinta a punibilidade da infração
Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e mul- penal antecedente. (Redação dada pela Lei nº
ta. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 12.683, de 2012)
§ 1o Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dis- § 2o No processo por crime previsto nesta Lei, não se
simular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes aplica o disposto no art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3
de infração penal: (Redação dada pela Lei nº de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), devendo
12.683, de 2012) o acusado que não comparecer nem constituir advogado
I - os converte em ativos lícitos; ser citado por edital, prosseguindo o feito até o julgamento,
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em com a nomeação de defensor dativo. (Redação
garantia, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere; dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
III - importa ou exporta bens com valores não correspon- Art. 4o O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
dentes aos verdadeiros. Público ou mediante representação do delegado de polícia,
§ 2o Incorre, ainda, na mesma pena quem: (Re- ouvido o Ministério Público em 24 (vinte e quatro) horas,
dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) havendo indícios suficientes de infração penal, poderá de-
I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, di- cretar medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores
reitos ou valores provenientes de infração penal; (Re- do investigado ou acusado, ou existentes em nome de in-
dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) terpostas pessoas, que sejam instrumento, produto ou pro-
II - participa de grupo, associação ou escritório tendo veito dos crimes previstos nesta Lei ou das infrações penais
conhecimento de que sua atividade principal ou secundária antecedentes. (Redação dada pela Lei nº
é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei. 12.683, de 2012)
69
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
§ 1o Proceder-se-á à alienação antecipada para preser- c) os valores devolvidos pela Caixa Econômica Fede-
vação do valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a ral ou por instituição financeira pública serão debitados à
qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando Conta Única do Tesouro Nacional, em subconta de restitui-
houver dificuldade para sua manutenção. (Reda- ção; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
ção dada pela Lei nº 12.683, de 2012) II - nos processos de competência da Justiça dos Esta-
§ 2o O juiz determinará a liberação total ou parcial dos dos: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
bens, direitos e valores quando comprovada a licitude de a) os depósitos serão efetuados em instituição finan-
sua origem, mantendo-se a constrição dos bens, direitos e ceira designada em lei, preferencialmente pública, de cada
valores necessários e suficientes à reparação dos danos e Estado ou, na sua ausência, em instituição financeira públi-
ao pagamento de prestações pecuniárias, multas e custas ca da União; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
decorrentes da infração penal. (Redação dada b) os depósitos serão repassados para a con-
pela Lei nº 12.683, de 2012) ta única de cada Estado, na forma da respectiva legisla-
§ 3o Nenhum pedido de liberação será conhecido sem ção. (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
o comparecimento pessoal do acusado ou de interposta § 5o Mediante ordem da autoridade judicial, o valor do
pessoa a que se refere o caput deste artigo, podendo o depósito, após o trânsito em julgado da sentença proferida
juiz determinar a prática de atos necessários à conservação na ação penal, será: (Incluído pela Lei nº 12.683,
de bens, direitos ou valores, sem prejuízo do disposto no § de 2012)
1o. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) I - em caso de sentença condenatória, nos processos
§ 4o Poderão ser decretadas medidas assecuratórias de competência da Justiça Federal e da Justiça do Distri-
sobre bens, direitos ou valores para reparação do dano de- to Federal, incorporado definitivamente ao patrimônio
corrente da infração penal antecedente ou da prevista nes- da União, e, nos processos de competência da Justiça
ta Lei ou para pagamento de prestação pecuniária, multa Estadual, incorporado ao patrimônio do Estado respecti-
e custas. (Redação dada pela Lei nº 12.683, vo; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
de 2012) II - em caso de sentença absolutória extintiva de pu-
nibilidade, colocado à disposição do réu pela institui-
Art. 4o-A. A alienação antecipada para preservação de
ção financeira, acrescido da remuneração da conta judi-
valor de bens sob constrição será decretada pelo juiz, de
cial. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
ofício, a requerimento do Ministério Público ou por soli-
§ 6o A instituição financeira depositária manterá con-
citação da parte interessada, mediante petição autônoma,
trole dos valores depositados ou devolvidos. (In-
que será autuada em apartado e cujos autos terão tra-
cluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
mitação em separado em relação ao processo principal.
§ 7o Serão deduzidos da quantia apurada no leilão to-
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) dos os tributos e multas incidentes sobre o bem alienado,
§ 1o O requerimento de alienação deverá conter a re- sem prejuízo de iniciativas que, no âmbito da competência
lação de todos os demais bens, com a descrição e a es- de cada ente da Federação, venham a desonerar bens sob
pecificação de cada um deles, e informações sobre quem constrição judicial daqueles ônus. (Incluído
os detém e local onde se encontram. (Incluído pela Lei nº pela Lei nº 12.683, de 2012)
12.683, de 2012) § 8o Feito o depósito a que se refere o § 4o deste artigo,
§ 2o O juiz determinará a avaliação dos bens, nos autos os autos da alienação serão apensados aos do processo
apartados, e intimará o Ministério Público. (Incluído pela principal. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Lei nº 12.683, de 2012) § 9o Terão apenas efeito devolutivo os recursos inter-
§ 3o Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergên- postos contra as decisões proferidas no curso do procedi-
cias sobre o respectivo laudo, o juiz, por sentença, homo- mento previsto neste artigo. (Incluído pela Lei
logará o valor atribuído aos bens e determinará sejam alie- nº 12.683, de 2012)
nados em leilão ou pregão, preferencialmente eletrônico, § 10. Sobrevindo o trânsito em julgado de sentença
por valor não inferior a 75% (setenta e cinco por cento) da penal condenatória, o juiz decretará, em favor, conforme o
avaliação. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) caso, da União ou do Estado: (Incluído pela Lei
§ 4o Realizado o leilão, a quantia apurada será deposi- nº 12.683, de 2012)
tada em conta judicial remunerada, adotando-se a seguin- I - a perda dos valores depositados na conta remune-
te disciplina: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) rada e da fiança; (Incluído pela Lei nº 12.683,
I - nos processos de competência da Justiça Federal e de 2012)
da Justiça do Distrito Federal: (Incluído pela Lei nº 12.683, II - a perda dos bens não alienados antecipadamen-
de 2012) te e daqueles aos quais não foi dada destinação prévia; e
a) os depósitos serão efetuados na Caixa Econômica (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Federal ou em instituição financeira pública, mediante do- III - a perda dos bens não reclamados no prazo de
cumento adequado para essa finalidade; (Incluída pela Lei 90 (noventa) dias após o trânsito em julgado da sentença
nº 12.683, de 2012) condenatória, ressalvado o direito de lesado ou terceiro de
b) os depósitos serão repassados pela Caixa Econômica boa-fé. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Federal ou por outra instituição financeira pública para a § 11. Os bens a que se referem os incisos II e III do §
Conta Única do Tesouro Nacional, independentemente de 10 deste artigo serão adjudicados ou levados a leilão, de-
qualquer formalidade, no prazo de 24 (vinte e quatro) ho- positando-se o saldo na conta única do respectivo ente.
ras; e (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
70
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
§ 12. O juiz determinará ao registro público competente competência da Justiça Estadual, a preferência dos órgãos
que emita documento de habilitação à circulação e utilização locais com idêntica função. (Incluído pela Lei
dos bens colocados sob o uso e custódia das entidades a que nº 12.683, de 2012)
se refere o caput deste artigo. (Incluído pela Lei § 2o Os instrumentos do crime sem valor econômico cuja
nº 12.683, de 2012) perda em favor da União ou do Estado for decretada serão
§ 13. Os recursos decorrentes da alienação antecipada inutilizados ou doados a museu criminal ou a entidade públi-
de bens, direitos e valores oriundos do crime de tráfico ilí- ca, se houver interesse na sua conservação. (Incluído pela Lei
cito de drogas e que tenham sido objeto de dissimulação e nº 12.683, de 2012)
ocultação nos termos desta Lei permanecem submetidos à CAPÍTULO IV
disciplina definida em lei específica. (Incluído Dos Bens, Direitos ou Valores Oriundos de Crimes Prati-
pela Lei nº 12.683, de 2012) cados no Estrangeiro
Art. 4o-B. A ordem de prisão de pessoas ou as medi- Art. 8o O juiz determinará, na hipótese de existência de
das assecuratórias de bens, direitos ou valores poderão ser tratado ou convenção internacional e por solicitação de auto-
suspensas pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a ridade estrangeira competente, medidas assecuratórias sobre
sua execução imediata puder comprometer as investigações. bens, direitos ou valores oriundos de crimes descritos no art.
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 1o praticados no estrangeiro. (Redação dada pela
Art. 5o Quando as circunstâncias o aconselharem, o juiz, Lei nº 12.683, de 2012)
ouvido o Ministério Público, nomeará pessoa física ou jurí- § 1º Aplica-se o disposto neste artigo, independentemen-
dica qualificada para a administração dos bens, direitos ou te de tratado ou convenção internacional, quando o governo
valores sujeitos a medidas assecuratórias, mediante termo de do país da autoridade solicitante prometer reciprocidade ao
compromisso. (Redação dada pela Lei nº 12.683, Brasil.
de 2012) § 2o Na falta de tratado ou convenção, os bens, direitos
Art. 6o A pessoa responsável pela administração dos ou valores privados sujeitos a medidas assecuratórias por soli-
bens: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de citação de autoridade estrangeira competente ou os recursos
2012) provenientes da sua alienação serão repartidos entre o Estado
I - fará jus a uma remuneração, fixada pelo juiz, que será requerente e o Brasil, na proporção de metade, ressalvado o
satisfeita com o produto dos bens objeto da administração; direito do lesado ou de terceiro de boa-fé. (Redação
II - prestará, por determinação judicial, informações pe- dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
riódicas da situação dos bens sob sua administração, bem
como explicações e detalhamentos sobre investimentos e CAPÍTULO V
reinvestimentos realizados. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
Parágrafo único. Os atos relativos à administração dos DAS PESSOAS SUJEITAS AO MECANISMO DE CONTROLE
bens sujeitos a medidas assecuratórias serão levados ao co- (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
nhecimento do Ministério Público, que requererá o que en-
tender cabível. (Redação dada pela Lei nº 12.683, Art. 9o Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 e
de 2012) 11 as pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter per-
manente ou eventual, como atividade principal ou acessória,
CAPÍTULO III cumulativamente ou não: (Redação dada pela Lei
Dos Efeitos da Condenação nº 12.683, de 2012)
I - a captação, intermediação e aplicação de recursos fi-
Art. 7º São efeitos da condenação, além dos previstos no nanceiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira;
Código Penal: II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro
I - a perda, em favor da União - e dos Estados, nos casos como ativo financeiro ou instrumento cambial;
de competência da Justiça Estadual -, de todos os bens, direi- III - a custódia, emissão, distribuição, liqüidação, nego-
tos e valores relacionados, direta ou indiretamente, à prática ciação, intermediação ou administração de títulos ou valores
dos crimes previstos nesta Lei, inclusive aqueles utilizados mobiliários.
para prestar a fiança, ressalvado o direito do lesado ou de Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações:
terceiro de boa-fé; (Redação dada pela Lei nº I – as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou fu-
12.683, de 2012) turos e os sistemas de negociação do mercado de balcão or-
II - a interdição do exercício de cargo ou função pública ganizado; (Redação dada pela Lei nº 12.683,
de qualquer natureza e de diretor, de membro de conselho de 2012)
de administração ou de gerência das pessoas jurídicas refe- II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as entida-
ridas no art. 9º, pelo dobro do tempo da pena privativa de des de previdência complementar ou de capitalização;
liberdade aplicada. III - as administradoras de cartões de credenciamento ou
§ 1o A União e os Estados, no âmbito de suas compe- cartões de crédito, bem como as administradoras de consór-
tências, regulamentarão a forma de destinação dos bens, cios para aquisição de bens ou serviços;
direitos e valores cuja perda houver sido declarada, assegu- IV - as administradoras ou empresas que se utilizem de
rada, quanto aos processos de competência da Justiça Fe- cartão ou qualquer outro meio eletrônico, magnético ou
deral, a sua utilização pelos órgãos federais encarregados equivalente, que permita a transferência de fundos;
da prevenção, do combate, da ação penal e do julgamento V - as empresas de arrendamento mercantil (leasing) e
dos crimes previstos nesta Lei, e, quanto aos processos de as de fomento comercial (factoring);
71
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
VI - as sociedades que efetuem distribuição de dinheiro XVIII - as dependências no exterior das entidades men-
ou quaisquer bens móveis, imóveis, mercadorias, serviços, cionadas neste artigo, por meio de sua matriz no Brasil, rela-
ou, ainda, concedam descontos na sua aquisição, mediante tivamente a residentes no País. (Incluído pela Lei
sorteio ou método assemelhado; nº 12.683, de 2012)
VII - as filiais ou representações de entes estrangeiros
que exerçam no Brasil qualquer das atividades listadas neste CAPÍTULO VI
artigo, ainda que de forma eventual; Da Identificação dos Clientes e Manutenção de Regis-
VIII - as demais entidades cujo funcionamento dependa tros
de autorização de órgão regulador dos mercados financeiro,
de câmbio, de capitais e de seguros; Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º:
IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estran- I - identificarão seus clientes e manterão cadastro atua-
geiras, que operem no Brasil como agentes, dirigentes, pro- lizado, nos termos de instruções emanadas das autoridades
curadoras, comissionárias ou por qualquer forma represen- competentes;
tem interesses de ente estrangeiro que exerça qualquer das II - manterão registro de toda transação em moeda na-
atividades referidas neste artigo; cional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de
X - as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam ativida- crédito, metais, ou qualquer ativo passível de ser convertido
des de promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis; em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) competente e nos termos de instruções por esta expedidas;
XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem III - deverão adotar políticas, procedimentos e contro-
jóias, pedras e metais preciosos, objetos de arte e antigüi- les internos, compatíveis com seu porte e volume de opera-
dades. ções, que lhes permitam atender ao disposto neste artigo e
XII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem no art. 11, na forma disciplinada pelos órgãos competentes;
bens de luxo ou de alto valor, intermedeiem a sua comercia- (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
lização ou exerçam atividades que envolvam grande volume IV - deverão cadastrar-se e manter seu cadastro atua-
de recursos em espécie; (Redação dada pela Lei lizado no órgão regulador ou fiscalizador e, na falta deste,
nº 12.683, de 2012) no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), na
XIII - as juntas comerciais e os registros públicos; forma e condições por eles estabelecidas; (Incluído pela Lei
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) nº 12.683, de 2012)
XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo V - deverão atender às requisições formuladas pelo Coaf
que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, con- na periodicidade, forma e condições por ele estabelecidas,
tadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qual- cabendo-lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo das infor-
quer natureza, em operações : (Incluído pela Lei nº mações prestadas. (Incluído pela Lei nº 12.683,
12.683, de 2012) de 2012)
a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos co- § 1º Na hipótese de o cliente constituir-se em pessoa ju-
merciais ou industriais ou participações societárias de qual- rídica, a identificação referida no inciso I deste artigo deverá
quer natureza; (Incluída pela Lei nº 12.683, de abranger as pessoas físicas autorizadas a representá-la, bem
2012) como seus proprietários.
b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros § 2º Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II
ativos; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) deste artigo deverão ser conservados durante o período mí-
c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupan- nimo de cinco anos a partir do encerramento da conta ou da
ça, investimento ou de valores mobiliários; (In- conclusão da transação, prazo este que poderá ser ampliado
cluída pela Lei nº 12.683, de 2012) pela autoridade competente.
d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de § 3º O registro referido no inciso II deste artigo será efe-
qualquer natureza, fundações, fundos fiduciários ou estrutu- tuado também quando a pessoa física ou jurídica, seus entes
ras análogas; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) ligados, houver realizado, em um mesmo mês-calendário,
e) financeiras, societárias ou imobiliárias; operações com uma mesma pessoa, conglomerado ou gru-
e (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) po que, em seu conjunto, ultrapassem o limite fixado pela
f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos autoridade competente.
relacionados a atividades desportivas ou artísticas profissio- Art. 10A. O Banco Central manterá registro centraliza-
nais; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) do formando o cadastro geral de correntistas e clientes de
XV - pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promo- instituições financeiras, bem como de seus procuradores.
ção, intermediação, comercialização, agenciamento ou ne- (Incluído pela Lei nº 10.701, de 2003)
gociação de direitos de transferência de atletas, artistas ou
feiras, exposições ou eventos similares; (Incluído pela Lei nº CAPÍTULO VII
12.683, de 2012) Da Comunicação de Operações Financeiras
XVI - as empresas de transporte e guarda de valores; (In-
cluído pela Lei nº 12.683, de 2012) Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º:
XVII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem I - dispensarão especial atenção às operações que, nos
bens de alto valor de origem rural ou animal ou interme- termos de instruções emanadas das autoridades compe-
deiem a sua comercialização; e (Incluído pela tentes, possam constituir-se em sérios indícios dos crimes
Lei nº 12.683, de 2012) previstos nesta Lei, ou com eles relacionar-se;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
II - deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar § 1º A pena de advertência será aplicada por irregulari-
ciência de tal ato a qualquer pessoa, inclusive àquela à qual dade no cumprimento das instruções referidas nos incisos
se refira a informação, no prazo de 24 (vinte e quatro) ho- I e II do art. 10.
ras, a proposta ou realização: (Redação dada pela § 2o A multa será aplicada sempre que as pessoas referi-
Lei nº 12.683, de 2012) das no art. 9o, por culpa ou dolo: (Redação dada
a) de todas as transações referidas no inciso II do art. pela Lei nº 12.683, de 2012)
10, acompanhadas da identificação de que trata o inciso I I – deixarem de sanar as irregularidades objeto de ad-
do mencionado artigo; e (Redação dada pela vertência, no prazo assinalado pela autoridade competente;
Lei nº 12.683, de 2012) II - não cumprirem o disposto nos incisos I a IV do art. 10;
b) das operações referidas no inciso I; (Re- (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) III - deixarem de atender, no prazo estabelecido, a re-
III - deverão comunicar ao órgão regulador ou fisca- quisição formulada nos termos do inciso V do art. 10;
lizador da sua atividade ou, na sua falta, ao Coaf, na pe- (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
riodicidade, forma e condições por eles estabelecidas, a IV - descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a co-
não ocorrência de propostas, transações ou operações municação a que se refere o art. 11.
passíveis de serem comunicadas nos termos do inciso II. § 3º A inabilitação temporária será aplicada quando fo-
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) rem verificadas infrações graves quanto ao cumprimento das
§ 1º As autoridades competentes, nas instruções refe- obrigações constantes desta Lei ou quando ocorrer reinci-
ridas no inciso I deste artigo, elaborarão relação de ope- dência específica, devidamente caracterizada em transgres-
rações que, por suas características, no que se refere às sões anteriormente punidas com multa.
partes envolvidas, valores, forma de realização, instrumen- § 4º A cassação da autorização será aplicada nos casos
tos utilizados, ou pela falta de fundamento econômico ou de reincidência específica de infrações anteriormente puni-
legal, possam configurar a hipótese nele prevista. das com a pena prevista no inciso III do caput deste artigo.
§ 2º As comunicações de boa-fé, feitas na forma pre- Art. 13. O procedimento para a aplicação das sanções
vista neste artigo, não acarretarão responsabilidade civil ou previstas neste Capítulo será regulado por decreto, assegura-
administrativa. dos o contraditório e a ampla defesa.
§ 3o O Coaf disponibilizará as comunicações recebi-
das com base no inciso II do caput aos respectivos órgãos CAPÍTULO IX
responsáveis pela regulação ou fiscalização das pessoas a Do Conselho de Controle de Atividades Financeiras
que se refere o art. 9o. (Redação dada pela Lei
nº 12.683, de 2012) Art. 14. É criado, no âmbito do Ministério da Fazenda, o
Art. 11-A. As transferências internacionais e os saques Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, com
em espécie deverão ser previamente comunicados à insti- a finalidade de disciplinar, aplicar penas administrativas, rece-
tuição financeira, nos termos, limites, prazos e condições ber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de ativida-
fixados pelo Banco Central do Brasil. (Incluído des ilícitas previstas nesta Lei, sem prejuízo da competência
pela Lei nº 12.683, de 2012) de outros órgãos e entidades.
§ 1º As instruções referidas no art. 10 destinadas às pes-
CAPÍTULO VIII soas mencionadas no art. 9º, para as quais não exista órgão
Da Responsabilidade Administrativa próprio fiscalizador ou regulador, serão expedidas pelo COAF,
competindo-lhe, para esses casos, a definição das pessoas
Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos abrangidas e a aplicação das sanções enumeradas no art. 12.
administradores das pessoas jurídicas, que deixem de cum- § 2º O COAF deverá, ainda, coordenar e propor mecanis-
prir as obrigações previstas nos arts. 10 e 11 serão aplica- mos de cooperação e de troca de informações que viabilizem
das, cumulativamente ou não, pelas autoridades compe- ações rápidas e eficientes no combate à ocultação ou dissi-
tentes, as seguintes sanções: mulação de bens, direitos e valores.
I - advertência; § 3o O COAF poderá requerer aos órgãos da Administra-
II - multa pecuniária variável não superior: (Re- ção Pública as informações cadastrais bancárias e financeiras
dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) de pessoas envolvidas em atividades suspeitas. (In-
a) ao dobro do valor da operação; (Incluída cluído pela Lei nº 10.701, de 2003)
pela Lei nº 12.683, de 2012) Art. 15. O COAF comunicará às autoridades competentes
b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumi- para a instauração dos procedimentos cabíveis, quando con-
velmente seria obtido pela realização da operação; ou cluir pela existência de crimes previstos nesta Lei, de funda-
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) dos indícios de sua prática, ou de qualquer outro ilícito.
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais); Art. 16. O Coaf será composto por servidores públicos
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) de reputação ilibada e reconhecida competência, designados
III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, em ato do Ministro de Estado da Fazenda, dentre os inte-
para o exercício do cargo de administrador das pessoas ju- grantes do quadro de pessoal efetivo do Banco Central do
rídicas referidas no art. 9º; Brasil, da Comissão de Valores Mobiliários, da Superinten-
IV - cassação ou suspensão da autorização para dência de Seguros Privados, da Procuradoria-Geral da Fa-
o exercício de atividade, operação ou funcionamento. zenda Nacional, da Secretaria da Receita Federal do Brasil,
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) da Agência Brasileira de Inteligência, do Ministério das Re-
73
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
lações Exteriores, do Ministério da Justiça, do Departamen- A fim de garantir o uso, movimentação, ocultação e
to de Polícia Federal, do Ministério da Previdência Social e disposição de ativos oriundos das mais variadas espécies
da Controladoria-Geral da União, atendendo à indicação do comércio criminoso, surge a lavagem de dinheiro, com
dos respectivos Ministros de Estado. (Redação o intuito de evitar que se descubra a cadeia criminal, bem
dada pela Lei nº 12.683, de 2012) como a identificação de seus agentes.
§ 1º O Presidente do Conselho será nomeado pelo Pre- A lavagem de capitais é uma forma genérica de refe-
sidente da República, por indicação do Ministro de Estado rir-se ao processo ou conjunto de operações de ocultar a
da Fazenda. origem do dinheiro ou dos bens resultantes das atividades
§ 2o Caberá recurso das decisões do Coaf relativas às delitivas e integrá-los no sistema econômico ou financeiro,
aplicações de penas administrativas ao Conselho de Recur- em operações capazes de converter o dinheiro sujo em di-
sos do Sistema Financeiro Nacional. (Redação dada pela nheiro limpo.
Lei nº 13.506, de 2017) Considerando que a lavagem de capitais é um procedi-
Art. 17. O COAF terá organização e funcionamento de- mento complexo, vários são os métodos ou fases utilizados
finidos em estatuto aprovado por decreto do Poder Exe- com a finalidade de lavar o dinheiro: ocultação, mascara-
cutivo. mento e integração.
Seguindo a mesma tendência mundial e diante dos ín-
CAPÍTULO X dices de ocorrências envolvendo crime organizado, desvio
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) e lavagem de dinheiro, e da inserção destes temas no rol
DISPOSIÇÕES GERAIS de destaque da construção dogmática e da política crimi-
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) nal, houve nítido interesse do Direito Penal Brasileiro em
atingir um efetivo controle da circulação de capitais e suas
Art. 17-A. Aplicam-se, subsidiariamente, as disposições origens, por meio da criminalização desta multimenciona-
do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código da conduta.
de Processo Penal), no que não forem incompatíveis com A exemplo e por imposição das comunidades inter-
esta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) nacionais, bem como em razão da globalização do mun-
Art. 17-B. A autoridade policial e o Ministério Público do moderno, em 1998 foi editada Lei Especial nº. 9.613,
terão acesso, exclusivamente, aos dados cadastrais do in- destinada a coibir as ações dos chamados “lavadores de
vestigado que informam qualificação pessoal, filiação e en- dinheiro”.
dereço, independentemente de autorização judicial, manti- Ocorre que há alguns pontos controvertidos que, al-
dos pela Justiça Eleitoral, pelas empresas telefônicas, pelas mejando asseverar a pena, suprimiram direitos fundamen-
instituições financeiras, pelos provedores de internet e pe- tais, tais como proibição de fiança e inversão do Ônus da
las administradoras de cartão de crédito. (Incluí- Prova em relação à ilicitude dos bens que foram objeto de
do pela Lei nº 12.683, de 2012) apreensão e ao seqüestro.
Art. 17-C. Os encaminhamentos das instituições fi- Respeitar a ordem constitucional, neste caso específico,
nanceiras e tributárias em resposta às ordens judiciais de revela enorme dificuldade no efetivo combate à lavagem
quebra ou transferência de sigilo deverão ser, sempre que de dinheiro, isto porque enquanto os agentes criminosos
determinado, em meio informático, e apresentados em ar- não têm limitações na realização de suas condutas, o Esta-
quivos que possibilitem a migração de informações para os do tem de respeitar os direitos fundamentais.
autos do processo sem redigitação. (Incluído pela Por tudo quanto exposto, concluímos que para o êxito
Lei nº 12.683, de 2012) nas operações de combate à lavagem de dinheiro, e, por
Art. 17-D. Em caso de indiciamento de servidor pú- conseguinte, na recuperação de ativos, é necessária refor-
blico, este será afastado, sem prejuízo de remuneração ma legislativa que atinja as normas-chave, aprofundamen-
e demais direitos previstos em lei, até que o juiz compe- to de programas de capacitação de autoridades e servido-
tente autorize, em decisão fundamentada, o seu retorno. res, bem como da especialização de juízos e unidades do
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) Ministério Público e da Polícia.
Art. 17-E. A Secretaria da Receita Federal do Brasil
conservará os dados fiscais dos contribuintes pelo prazo
mínimo de 5 (cinco) anos, contado a partir do início do
exercício seguinte ao da declaração de renda respectiva ou 8.2.2 - CARTA CIRCULAR BACEN 3.409/2009.
ao do pagamento do tributo. (Incluído pela Lei 8.2.3 - CIRCULAR BACEN 3.461/2009.
nº 12.683, de 2012) 8.2.4 - CARTA CIRCULAR BACEN 3.542/2012.
Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publi-
cação.
Brasília, 3 de março de 1998; 177º da Independência e
110º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Carta-Circular nº 3.409, de 2009 - Divulga instruções
Iris Rezende para as comunicações previstas nos artigos 12 e 13 da Cir-
Luiz Felipe Lampreia cular nº 3.461, de 24 de julho de 2009.
Pedro Malan Acesse o link a seguir e veja na íntegra:
Este texto não substitui o publicado no DOU de http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/normati-
4.3.1998 vo.asp?tipo=c_circ&ano=2009&numero=3409
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Formas de identificar novos clientes: • Organização: monte um script com anotações de-
Indicação dos atuais clientes talhadas sobre o cliente antes de visitá-lo
• aquisição de listagens • Pesquise
• cadastros de clientes • Elabore e estude antecipadamente objeções e so-
• visita porta a porta luções
• feiras e exposições • Crie quadros mentais de sucesso e visualize um
• anúncios bom negócio
• Treine com colegas através de dinâmicas
Venda • Encontre sua própria estratégia de apresentação,
É o momento de apresentação e demonstração. mas pode seguir alguns modelos até identificar o próprio.
Durante a apresentação de vendas é importante des- Ex.: CVBA
cobrir os aspectos que mais motiva o cliente, levando-o a C – Característica: algo que esteja presente no
fechar o pedido ou contrato. produto. Ex.: Tamanho.
Entre esses aspectos estimuladores, podemos citar: V – Vantagem: a diferença que faz o produto ter ou
• Custo não a característica citada. Ex.: é portátil
• Serviço B – Benefício: o que representa para o comprador
• Resultado aquela vantagem, em que o afeta. Ex.: praticidade
• Tecnologia A – Atração: crie uma atração para o produto. Faça
• Segurança uma pergunta ao cliente fazendo-o concordar com o be-
• Meio ambiente, etc nefício. Ex.: O senhor concorda que é bem mais pratico na
nossa rotina maluca um produto mais fácil de se carregar e
Pós-Venda mais seguro, por chamar menos atenção?
• Momento de cumprir o que foi prometido para o
cliente. Motivadores para a venda
• É o acompanhamento da venda. Um vendedor sem motivação perde o poder de per-
• Saber se o cliente está satisfeito com o produto/
suasão e não consegue mostrar para o cliente, com entu-
serviço.
siasmo, as vantagens e os benefícios que o seu produto
oferece.
Algumas técnicas que podem ser utilizadas:
O que move a empresa e seus colaboradores, não é
apenas o retorno financeiro. É preciso levar em conside-
• SOLICITAR
ração outros motivadores, tais como:
Uma venda só é fechada quando o cliente diz SIM.
Objetivos
• OU...OU...
Metas
Basta tu colocar duas opções para o cliente, seja qual
for a que ele escolher, estará dizendo SIM. Desejos de progredir na carreira
• CHAVE DE BRAÇO Ser empresa referência no mercado
Consiste em responder a pergunta do cliente com ou- E também, os clientes, esses últimos precisam ser
tra pergunta, fazendo com que ele se comprometa com a motivação, razão pela qual tudo na empresa gira.
resposta que conduzirá ao SIM.
• ESTÓRIA INTIMIDANTE Análise do mercado, metas.
Mostre o que pode acontecer de ruim em caso de não
aquisição do produto. Falar de mercado e concorrência nos remete à uma fra-
• PROCESSO DE ELIMINAÇÃO se bem pertinente de Kotler (2000, p.181):
Consiste em induzir o cliente a dizer NÃO, quando o “O mais importante é prever para onde os clientes es-
não dele quer dizer SIM. tão indo e chegar lá primeiro.”
• PERGUNTANDO CERTO E VENDENDO MAIS Partamos do inicio, definindo mercado, e para isso va-
Descobrir as reais necessidades dos clientes é funda- mos ver algumas definições:
mental para conseguir vender mais e melhor. • Mercado é o arranjo de vendedores e potenciais
compradores e suas interações. A grosso modo, diz-se
Independente da técnica utilizada, é necessário estar mercado o conjunto que envolva consumidores, fornece-
atento a maneira como se faz a apresentação do produto dores e canais de distribuição.
e/ou serviço, para isso levamos algumas sugestões podem • É um local de venda de produtos.
ser úteis: • Segmento de pessoas, empresas ou área geográ-
fica onde estão os consumidores e prospects de uma em-
• Planejamento/preparo/conhecimento presa ou marca.
• Tenha um script memorizado para diminuir a ten- • São os consumidores reais e potenciais de um
são e a ansiedade produto/serviço.
• Vendas é uma ciência: pode ser estudada e absor- • Compradores que tem o potencial de comprar o
vida produto.
76
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Estudamos o mercado com o intuito de obter infor- Ao analisarmos o mercado, precisamos também ficar
mações que auxiliem o enfrentamento das condições de atentos ao comportamento do consumidor, que é bastante
mercado, o processo decisório e a antecipação da evolução determinado pelos instintos, mas também condicionado
desse mercado. pelo ambiente e pelas interações sociais. Como principais
A análise do mercado pode ser feito através da com- fatores influenciadores temos:
preensão e avaliação apontada no modelo dos 7 O’s: • Culturais
• Quem constitui o Mercado? Ocupantes • Sociais
• O que o mercado compra? Objetos • Idade
• Por que o mercado compra? Objetivos (Motiva- • Condições Econômicas
ções) • Psicográficos
• Quem participa da compra? Organizações
• Como o mercado compra? Operações Temos também os fatores que compõe o processo típi-
• Quando o mercado compra? Ocasiões co de compra (KOTLER):
• Onde o compra? Outlets (PDV) • Reconhecimento do problema
• Busca de informações
Essa análise se faz através de pesquisa(estudo) de mer- • Avaliação de alternativas
cado, que deve conter • Decisão de compra
• Comportamento pós-compra
1.Descrição
Mostraaevoluçãodamarcadiantedomercado.Éimpor-
E ainda os níveis de envolvimento (YANAZE):
tanteverseomercadoestáemcrescimento,retração.
• Iniciador
• Influenciador
2.Dimensão
• Decisor
É necessário estimar o tamanho do mercado, ou seja, • Pagador
seu valor em moeda(pela quantidade de consumo físico). • Comprador
Por isso é preciso ver o quede fato é adquirido. • Usuário
77
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
• O que precisamos saber sobre os concorrentes? Uma das ferramentas que se pode usar para analisar o
• Quem são nossos concorrentes? mercado e a concorrência é o SIC (Sistema de Inteligência
• Quais são suas estratégias? Competitiva), que é uma análise ambiental (economia, po-
• Quais são seus objetivos? lítica, tendências tecnológicas...)
• Quais são seus pontos fortes e fracos? É um processo que envolve a coleta, avaliação e
• Quais são seus padrões de reação? análise dos dados obtidos para que com base nesses
possa se chegar a processos decisórios mais acertados.
Tipos de concorrência O SIC possibilita a identificação de tendências e mu-
danças de mercado além de oportunidades e ameaças.
Concorrência de Marcas: uma empresa vê suas con- Outra ferramenta, que é uma ferramenta de marketing
correntes como outras empresas que oferecem produtos mas que podemos utilizar também na análise de mercado
e de concorrência é o Mapa Perceptual.
e serviços semelhantes aos mesmos clientes por preços
Ele mostra a participação no mercado de uma empresa
similares.
ou marca, comparando com os demais concorrentes. Ele
Concorrência setorial ou industrial: uma empresa vê to-
indica a maneira como as pessoas estruturam um mercado
das as empresas que fabricam o mesmo tipo de produto ou
e posicionam os produtos e não as posições que são dese-
classe de produto como suas concorrentes, um exemplo é
jáveis: um mapa perceptual é uma ferramenta de análise e
uma empresa de automóveis que não distingue o nível de
não uma estratégia.
qualificação dos produtos concorrentes;
Concorrência de forma: uma empresa vê todas as em-
Metas
presas fabricantes de produtos que oferecem o mesmo Cada vez mais as instituições oferecem produtos e
serviço como suas concorrentes, como exemplo a empresa serviços parecidos em qualidade e preço.
de automóveis passa a considerar concorrentes os fabri- Para atender aos clientes de maneira diferente esse
cantes de motocicletas, bicicletas e caminhões; meio acabou criando o seu próprio marketing, o qual co-
Concorrência genérica: uma empresa vê como suas nhecemos hoje como “marketing bancário”.
concorrentes todas as empresas que competem pelo di- O que diferencia o marketing bancário dos demais é a
nheiro dos mesmos consumidores, assim a empresa de forma como as instituições comercializam seus produtos
automóveis enxerga a concorrência como empresas que e como os clientes são atraídos para as agencias, fazendo
possam vender viagens ao exterior e residências. de uma simples venda uma interação humana entre ven-
dedor e comprador.
Identificação das estratégias dos concorrentes Outro fator responsável pelo marketing diferencial
“Quanto mais a estratégia de uma empresa parecer dos bancos é a imaterialidade de seus produtos. Imagine
com a de outras, mais elas concorrem entre si”.(KOTLER, vender um seguro de vida que pode ser a solução para
1998) muitos problemas no futuro sem mostrar algo concreto
A empresa deve coletar informações sobre cada con- aos olhos do cliente?
corrente e a partir da interpretação dessas, chegar as estra- É por meio do contato pessoal e também de recursos
tégias dos mesmos. físicos como decoração, arquitetura, layout, entre outros,
Aspectos que devemos analisar: que este serviço pode ser completado.
• Nível de sofisticação tecnológica Esta é a essência da particularidade do marketing
• Alcance geográfico bancário.
• Métodos de fabricação Outro aspecto muito relevante e positivo no marke-
• Qualidade do produto ou serviço ting bancário é a qualificação, treinamento preparo dos
• Avaliação de forças e fraquezas dos concorrentes colaboradores.
• Dados-chave dos concorrentes dos últimos anos:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Cada vez mais os bancos investem em novas tecnolo- Ademais, neste período, ocorreu uma série de fusões,
gias, treinamentos e profissionais altamente escolarizados incorporações e privatizações de bancos, além da permissi-
com o objetivo de aumentar o relacionamento com os vidade da entrada de bancos estrangeiros no Brasil (Vilhe-
clientes e vencer a concorrência. na & Sicsú, 2004).
Nesse aspecto surge outro termo importante nesse Netz (2005) transcreve, omitindo o nome do banco em
setor, o marketing de relacionamento, aquele que tornará questão, parte de uma pesquisa realizada pelo Sindicato
compradores e vendedores parceiros, componentes de dos Bancários de Porto Alegre, que demonstra as conse-
uma união de confiança. qüências desta reestruturação dos Bancos Brasileiros:
Um relacionamento a longo prazo pode se tornar uma O avanço tecnológico trouxe uma conseqüência per-
parceria que renderá ótimos frutos, resultado de uma ven- versa para os bancários [do Banco A]. Desde dezembro de
da efetuada de maneira correta, deixando o comprador 1990, até maio [1991], já aconteceram nove mil demissões.
satisfeito e principalmente atendendo suas necessidades. Na época, o banco tinha 56 mil funcionários, hoje tem 45
(GARCIA, 1998). mil.
Essa filosofia de marketing atua fortemente nas ins- A primeira fase da automação atingiu os caixas. A ra-
tituições bancárias, porem, nem todas as empresas que pidez dos saques e depósitos fez com que um grande nú-
aplicam esse conceito parecem atingir seus objetivos de mero destes bancários perdessem o emprego. O segundo
rentabilidade, a razão de ser do marketing. momento foram os caixas eletrônicos que levaram para a
rua boa parte dos clientes que queriam consultar saldo e
Metas e suas influencias sacar. A terceira fase, em implantação, vai atingir a reta-
Vivemos em tempo de novos desafios e em busca do guarda, os bancários responsáveis pelos serviços burocráti-
inalcançável. cos. Isto significa dizer que, se não tomarmos providências,
Assim é a vida profissional daqueles que correm con- mais demissões virão por ai.
tra o tempo com o objetivo de alcançar metas e resulta- Assim como não podemos ignorar as conquistas da
dos impostos pela empresa. automação, não podemos deixar de enfrentar o fato de
As metas podem causar algumas consequências in- que este avanço está prejudicando a categoria. Assim, o
desejáveis aos administradores de vendas, e isso também grande desafio para nós, bancários [do Banco A], e a cate-
acontece no ambiente bancário, onde as metas acabam, goria em geral, é fazer com que os benefícios resultantes
as vezes, influenciando diretamente na qualidade dos pro- da informatização se traduzam em melhores condições de
dutos e serviços vendidos. trabalho, sem demissões. (banco privado de capital nacio-
Muitas vezes o motivo maior de ser, o cliente, pagan- nal, citado por Netz, 2005, p. 4).
do por algo que não precisa. Esta reestruturação, portanto, modificou a forma de
trabalho do bancário. Merlo e Barbarini (2002) descrevem
que o bancário teve que se tornar melhor qualificado para
Motivação para vendas realizar as novas funções, tendo domínio das novas tec-
nologias, maior conhecimento sobre o mercado financei-
Há tempos que a profissão bancária reflete a idéia de ro, habilidade de relacionamento com os clientes e com a
atividades repetitivas e carga excessiva de trabalho, dispên- equipe de vendas, sabendo, inclusive, como lidar com tare-
dio de massivo esforço e tempo disponível. Em que pese fas não prescritas. Houve um aumento da carga de trabalho
as mudanças ocorridas ao longo do tempo, com o novo e das pressões para resultados, enquanto os treinamentos
sistema econômico e avanço tecnológico, os trabalhado- passaram a ser realizados fora do horário de expediente
res bancários ainda possuem elevados índices de doenças destes empregados, tornando-se responsabilidade deles e
ocupacionais. pré-requisitos para promoções e até mesmo manutenção
Na década de 80, o setor bancário era dependente da do emprego. Além disso, as atividades passaram a ser frag-
rentabilidade de títulos financeiros, que, além de possuí- mentadas, rotineiras e com altas taxas de rotatividade.
rem elevados custos operacionais, nem sempre seus prazos Com relação às doenças ocupacionais dos trabalhado-
eram cumpridos. res bancários, Nehme (2005) esclarece que esses casos vêm
Neste momento, a inflação permeava o sistema econô- aumentando nos bancos, tendo como principais causas: in-
mico da época, com uma tentativa de contenção por meio fraestrutura inadequada, aumento da carga de trabalho e
do congelamento de preços e salários, realizada pelo Plano pressão por resultados. Atualmente, observa-se nas agên-
Cruzado, colocando fim à correção monetária, reduzindo o cias bancárias reduzido número de empregados, filas e de-
lucro dos bancos (Netz, 2005). mora no atendimento.
O autor ressalta ainda que, a partir da estabilização da Portanto, o presente estudo se justifica no fato de
economia, ocorrida com o advento do Plano Real, em 1994, os trabalhadores bancários trabalharem em um contexto
foram adotadas várias medidas de redução de custos nos onde há uma deficiência de pessoal, excesso de trabalho e
Bancos, fechando várias agências, demitindo milhares de aumento das doenças ocupacionais, o que pode ser con-
trabalhadores bancários e investindo em tecnologias da seqüência de condições organizacionais desfavoráveis á
informação, automação das retaguardas e compra de com- execução de tarefas, o que pode influenciar, inclusive, na
putadores e softwares. motivação destes trabalhadores.
79
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
O estudo da motivação destes trabalhadores torna-se tos acreditam existirem pessoas possuidoras de motivação
relevante, pois, a partir dele, é possível elaborar estratégias e outras que não a possuem. Essa idéia pode prejudicar
de melhoria dessa motivação, minimizando a possibilidade diversos empregados, fazendo muitos executivos, confor-
de doenças ocupacionais, além de aumentar o desempe- me explica o autor, rotularem funcionários desmotivados,
nho dos empregados. Empregados mais motivados pos- de preguiçosos, por exemplo.
suem um maior desempenho, e, com isso, torna-se mais Para evitar esse tipo de erro, faz-se necessário com-
fácil o alcance dos objetivos organizacionais. preender melhor o assunto. A palavra ‘motivação’ tem sua
origem etimológica no latim ‘movere’, significando mover,
Objetivo Geral: ou seja, relaciona-se com movimento. Diante disso, fica
Identificar possíveis fatores de influência na mo- mais claro compreender a definição de Robbins (2002)
tivação dos trabalhadores bancários de ponto de venda e como sendo um processo responsável pela intensidade,
retaguarda no atual contexto. direção e persistência de esforços de uma pessoa para o
alcance de uma determinada meta, ou seja, dá uma idéia
Objetivos Específicos: de um conjunto de fatores que impulsionam um indivíduo
Elaborar roteiro de entrevistas. em direção a determinado objetivo.
Conduzir e analisar dados qualitativos. Chiavenato (2005) também utiliza as palavras intensi-
Adaptar e aplicar o IMST (Inventário de Motivação dade, direção e persistência em seu conceito. Ele explica
e Significado do Trabalho). cada um desses itens, quais sejam: (a) Direção: está relacio-
Verificar, dentre os fatores Auto-Expressão, Des- nado com o foco do objetivo. Deve-se direcionar esforço
gaste e Desumanização das para alcançar um objetivo, podendo ser um objetivo orga-
Expectativas, Responsabilidade, Independência nizacional ou individual; (b) Intensidade: é o esforço utili-
Econômica, Segurança e Dignidade, Envolvimento e Reco- zado por uma pessoa na direção definida; (c) Persistência:
nhecimento, Condições Materiais de Trabalho, é o tempo em que a pessoa consegue manter o esforço.
Desgaste e Desumanização das Instrumentalida- Quanto mais motivação, mais tendência de persistir até o
des, Recompensa e Independência alcance do objetivo.
Econômica e Responsabilidade os que possuem Ademais, Chiavento (2005) esclarece que a motivação
maior média. resulta da interação da pessoa com a situação que a en-
Verificar a Força Motivacional dos trabalhadores volve, podendo variar de pessoa para pessoa, ou mesmo
bancários. numa mesma pessoa, em diferentes momentos. O autor
O trabalho está dividido em quatro partes: Fundamen- fala ainda de três elementos embasadores das teorias de
tação Teórica, Resultados, Discussão, e Conclusão. Na pri- motivação. Esses elementos, segundo ele, envolvem a mo-
meira parte, há uma tentativa de conceituação do tema, tivação, sendo interagentes e interdependentes, a saber:
e, em seguida, um breve histórico sobre o estudo da mo- Necessidades – Surgem a partir de uma carência
tivação no ambiente organizacional. Após, as teorias da interna, seja ela de origem fisiológica, como fome e sede,
motivação antigas e contemporâneas são revistas, sendo por exemplo, ou psicológica, como insegurança, solidão,
destacada a Teoria da Expectativa, que será a teoria utiliza- dentre outras. O organismo é caracterizado por um estado
da na elaboração do estudo, concluindo com as pesquisas de equilíbrio que, quando rompido, surge uma necessida-
mais recentes sobre motivação. Em seguida, é apresentada de, o que acontece com freqüência. Quando essa necessi-
a metodologia das pesquisas qualitativa e quantitativa rea- dade não é satisfeita, surge uma tensão estimulando o in-
lizadas. Após, os resultados obtidos demonstram os prin- divíduo, através de um impulso, na busca de redução dessa
cipais fatores que influenciam a motivação dos referidos necessidade.
trabalhadores, fazendo uma comparação entre os empre- Impulsos – É por meio deles que as necessidades
gados de ponto de venda e retaguarda. E, por fim, há uma são aliviadas. O impulso provoca um comportamento em
conclusão de todo o trabalho realizado, demonstrando os busca da satisfação das necessidades, a fim de reduzir a
pontos principais a serem analisados para possibilitar uma tensão. Quanto maior a tensão, maior o esforço. Para al-
melhoria nas condições de trabalho, melhorando a moti- cançar um incentivo, surgem impulsos fisiológicos. Por
vação dos trabalhadores bancários e, consequentemente, exemplo, uma necessidade de alimento ou água pode ser
de seu desempenho e produtividade, com menores riscos transformada em fome ou sede, assim como a necessidade
de adoecimento. Nos anexos há o instrumento utilizado de se ter amigos tem impulso para afiliação.
para consulta, bem como o roteiro e a transcrição das en- Incentivos – Localizados no fim do ciclo motivacio-
trevistas realizadas Inexiste um consenso acerca do con- nal, podem aliviar uma necessidade ou reduzir um impulso.
ceito de motivação. Em que pese a importância do tema, Ao alcançar um incentivo, restaura-se o estado de equilí-
vários autores não têm uma definição para ele, verifican- brio do indivíduo.
do-se diversas linhas/tentativas de conceituação. Robbins Também discorrem sobre o tema Godim e Silva (2004).
(2002) prefere explicar, inicialmente, o que não é motiva- Em sua tentativa de conceituação, esclarecem que motiva-
ção: segundo ele, motivação não é um traço pessoal. Mui- ção, além de estar relacionada com ‘tudo aquilo que pode
80
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
fazer mover’, também está associada a outros conceitos, Tentativas de estabelecer claras relações e fortes
como satisfação, desejo, energia, recompensas intrínsecas ligações entre esforço e desempenho, e entre desempenho
e extrínsecas, comprometimento, envolvimento, ajusta- e gratificações.
mento no trabalho, reforço, direção, necessidade, desenho Rever a adequação de gratificações, priorizando o
de cargo, crenças, valores, metas, expectativa, criatividade, desempenho individual.
cultura, afeto e trabalho em equipes. Os autores afirmam Os resultados de alta valência para o indivíduo devem
que os conceitos que mais se destacam, dentre os citados ser utilizados como incentivo para a melhoria do desem-
anteriormente, são os de satisfação, envolvimento e com- penho.
prometimento. Apesar de eles estarem relacionados com
Garantir que os subordinados tenham a com-
o tema motivação, cada um tem sua especificidade, sendo
preensão necessária, o conhecimento e a habilidade para
que a satisfação no trabalho está relacionada com o nível
atingir um alto nível de desempenho.
de contentamento das relações com a equipe de trabalho,
com o sistema de recompensas e remuneração e trabalho Avaliar com atenção variáveis como políticas em-
realizado. O envolvimento, segundo ele, está relacionado presariais e procedimentos organizacionais, e prover vanta-
com o nível de identificação e de afinidade com o trabalho gens que, embora não sejam fatores motivacionais diretos,
realizado. Já o comprometimento organizacional, refere- podem ainda se refletir no desempenho.
se aos afetos relacionados à organização, ao trabalho ou Minimizar resultados indesejáveis que podem ser
à carreira. percebidos a partir de um alto nível de desempenho, por
Já Bergamini (1986, citada por Bueno, 2002), explica exemplo, acidentes, sanções de colegas ou imposições de
que, quando a origem é interna, a motivação existe, porém metas mais rigorosas. Também minimizar os resultados in-
quando é externa, ocorre apenas um movimento em dire- desejáveis que acontecem apesar do alto nível de desem-
ção à satisfação. penho, tais como uma redução no pagamento do bônus
Isso devido ao fato de que, quando uma pessoa de- (Mullins, 2004, p. 185).
seja algo devido a uma recompensa ou para evitar uma Ainda em relação a desempenho, Herzberg (1982)
punição, o fator que influencia o movimento é externo, Mausner Snyderman (1959) citados por Borges e Alves-
pois essa pessoa não iria buscar esse objetivo, se não fosse Filho (2001) consideram que, sob a perspectiva da Teoria
a punição ou recompensa. Quando a pessoa deseja algo Bifatorial, as condições de trabalho e as recompensas eco-
por uma necessidade interior, segundo Bueno (2002) , ela nômicas, embora não gerem maior motivação nos empre-
possui vontade própria de alcance da meta, então existe a
gados, auxiliam na melhoria do desempenho.
motivação.
O alcance das metas organizacionais depende do de-
Para esse autor, quando o objetivo proposto é alcan-
çado, há um sentimento de estima e auto-realização, que sempenho dos empregados e, esse desempenho está rela-
predispõe o indivíduo a buscar objetivos mais ousados. cionado com sua motivação. Ao estudar a motivação dos
trabalhadores bancários, observa-se estar relacionada com
Relação entre Motivação e Desempenho as expectativas que possuem em relação à remuneração,
Acredita-se haver uma relação entre motivação e de- reconhecimento, condições de trabalho adequadas, estabi-
sempenho, no sentido de que a motivação pode melhorar lidade no emprego, dentre outras, as quais se apresentam
o desempenho, a produtividade, a eficiência na busca de elevadas no estudo realizado.
resultados. Entretanto, tais trabalhadores têm esperado, modera-
Fleury e cols (2002) falam, inclusive, que a motivação damente, que esse trabalho lhes proporcionem um sen-
pode servir como melhoria da saúde no trabalho e da sa- timento de desumanização e esgotamento, contribuindo
tisfação dos trabalhadores, o que também pode ser consi- para redução da Força Motivacional, mantendo-a mediana.
derado como relevante para o desempenho. Considerando que essa Força Motivacional é o fator im-
Godim e Silva (2004) esclarecem que a relação entre pulsionante do trabalhador na realização de suas tarefas,
motivação e desempenho ocorre de acordo com os diver- então quanto maior, melhor a eficiência e o desempenho.
sos fatores que servem como fonte de mediação no traba- Portanto, para aumentar a motivação desses empre-
lho. Dessa forma, para se compreender melhor essa rela- gados, sugere-se a promoção de ações visando a melhoria
ção, é necessário, primeiramente, identificar esses fatores.
das condições de trabalho, reduzindo a sensação de es-
A partir da análise da interação entre motivação e
gotamento, realizando tarefas rotineiras, com sobrecarga
desempenho e da identificação desses fatores, pode-se
de trabalho. Uma das ações indicadas é a contratação de
chegar a níveis relevantes de satisfação, qualidade e pro-
dutividade no trabalho. Ou seja, o alcance dos objetivos pessoas, além de realização de um estudo do dimensiona-
organizacionais depende de um desempenho satisfatório mento de pessoal das unidades, possibilitando uma ade-
nos níveis individual, grupal e organizacional. quação de cada agência às demandas apresentadas pelos
Em relação à teoria de motivação proposta para o estu- clientes.
do em questão, Teoria da Expectativa, Mullins (2004) desta- Com empregados suficientes na agência, reduz-se o
ca que o gerente da equipe deve levar em consideração os risco de erros operacionais geradores de inconformidade
seguintes fatores para melhorar a motivação e o desempe- com as normas da empresa, evitando que os empregados
nho de seus colaboradores: respondam pelos seus atos, mediante processos adminis-
81
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
trativos, os quais muitas vezes resultam em multas pecu- zadas no próprio local de trabalho, ao final do expediente,
niárias, perda de função, advertências, podendo chegar até porém em locais reservados. Dessa forma, as respostas fo-
a demissão por justa causa. Isso sem contar o pagamento ram rápidas, pois os empregados precisavam concluir al-
de diferenças de caixa, que independem de processo admi- gumas atividades antes de cumprirem sua jornada diária
nistrativo, devendo ser acertadas em um prazo exíguo, sob de trabalho, não sendo possível explorar melhor o roteiro
pena de ônus ao empregado. de entrevista.
Ademais, uma quantidade de empregados adequada à Em pesquisas futuras, os bancários poderão ser entre-
necessidade de atendimento diminui a espera dos clientes, vistados fora de seu local de trabalho, com maior dispo-
evitando filas numerosas nos caixas ou dentro da agência, nibilidade, o que trará mais informações sobre o tema em
esperando atendimento. O excesso de clientes, além de apreço. Ademais, poderá ser estudada a motivação me-
prejudicar a imagem do banco, afeta o ambiente da agên- diante escalas baseadas em outras teorias da motivação,
cia, tornando-o mais quente e mais barulhento. a verificação de fatores de motivação intrínsecos, além da
A adequação do ambiente de trabalho, infraestrutura e comparação da Motivação com Significado, Comprometi-
equipamentos também se faz indispensável, considerando mento do Trabalho e Clima Organizacional, buscando no-
o sentimento desses trabalhadores de que cabe, em maior vas visões sobre as variáveis que influenciam o trabalhador
parte, à empresa prover essas condições. Por realizarem bancário no ambiente organizacional, assim, contribuindo,
atividades repetitivas, faz-se mister um mobiliário ergo- como essa pesquisa, para melhorias nas condições de tra-
balho e, consequentemente, na produtividade.
nomicamente adaptado que minimize o mal-estar desses
trabalhadores, afastando fatores prejudiciais à motivação e
Motivação nas vendas: premie resultados, motive,
reduzindo o risco de doenças ocupacionais. Um ambiente
venda mais, premie novamente e não pare de vender
agradável também auxilia, sobremaneira, os trabalhadores
Motivação nas vendas pode se tornar um ciclo virtuoso
a manterem-se motivados.
de bons resultados. Se você premia seus vendedores por
Outra possibilidade de aumento da motivação dos tra- venderem mais, eles vão ficar motivados, vender mais, ser
balhadores é a adoção de políticas de remuneração variá- premiados novamente e assim continuamente.
vel, com promoções por merecimento e/ou gratificações É claro que às vezes a conjuntura econômica ou pro-
proporcionais ao desempenho individual. Para isso, suge- blemas internos, como falta de estoque ou capacidade de
re-se a participação dos empregados no estabelecimento entrega de um serviço; ou até problemas com o cliente,
de metas da organização, levando em consideração o ca- que cancela a compra ou não paga em dia, podem inter-
ráter social do banco, que, além da competição com outras romper esse ciclo.
instituições financeiras na venda de produtos e serviços, Mas é importante que o gestor e o empreendedor sai-
trabalha atendendo a população com bolsas sociais, pa- bam fazer com que os integrantes de sua força de vendas
gamento de PIS, FGTS, políticas de habitação, entre outros. percebam que você notou que esta interrupção não foi
Por outro lado, a motivação dos trabalhadores do banco uma falha ou desatenção deles, mas uma questão momen-
estudado pode ter sido diminuída não somente por fatores tânea.
de desgaste e desumanização presentes na organização. É claro que se sua empresa contar com um bom sis-
Por tratar-se de empresa pública, sendo necessário o in- tema de auxílio e controle de vendas, como um CRM, será
gresso por meio de realização de concurso público, muitos muito mais fácil de avaliar a performance de seus vendedo-
desses trabalhadores podem ter tido, como motivação ini- res, além de poder escolher outros critérios de premiação
cial, o ingresso em uma organização pública, não estando e motivação nas vendas. Baixe nosso KIT para sucesso no
preocupados com a função que iriam exercer. Dessa forma, CRM, com e-book, diversos artigos, vídeo inspiracional e
ao executarem tarefas para as quais não estava preparados até uma apresentação para sua equipe.
ou dispostos a realizar, podem ficar menos motivados. Premiar, dar o exemplo e inspirar para motivar vendas!
Para avaliar isto, cabe a realização de estudos sobre os
fatores internos que influenciam na motivação desses tra- Como transformar a motivação nas vendas em um
balhadores ciclo constante
O presente estudo possui limitações, devido ao tama-
Usualmente as equipes de vendas são recompensadas
nho da amostra e ao tempo de realização das entrevistas.
com comissões, prêmios por atingir metas (mensais, tri-
Para resposta ao inventário utilizado, IMST, foram conta-
mestrais ou semestrais, dependendo da empresa) e bônus
tados aproximadamente 300 trabalhadores bancários da
anuais. Muitos dos especialistas em motivação para vendas
instituição, através de correio eletrônico e visita às agên-
revelam que a recompensa monetária é, realmente, muito
cias, porém apenas 50 pessoas responderam até o prazo importante e uma das mais efetivas. Mas nesta postagem
final à elaboração dos resultados da pesquisa. No tocante queremos ir além daquilo que, possivelmente, você já sabe:
ao tempo das entrevistas, este foi curto, devido à falta de dinheiro é um excelente motivador!
disponibilidade desses trabalhadores para responderem a Por isso, selecionamos algumas formas menos usuais
entrevistas, considerando a quantidade de atividades que de motivação nas vendas, para que você possa também
realizam durante o expediente. As entrevistas foram reali- surpreender sua equipe.
82
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Existe inclusive um tipo de vendedor, geralmente de podem ser treinamentos de capacitação em vendas, ainda
alta performance, que acaba incorporando comissões e mais motivadores porque vão auxiliar os colaboradores em
bônus em sua remuneração esperada, pois sabe que sem- suas carreiras e vida profissional, principalmente, se ofere-
pre atingirá esse patamar mínimo. Ele fecha suas metas cerem certificados e forem ministrados por instituições ou
antes do final do mês e “tira o pé do acelerador”. Ao criar palestrantes reconhecidos pelo mercado.
outras formas de motivação nas vendas, esse vendedor de
alta performance pode vender ainda mais! 4. Premiações diferenciadas
Já pensou em premiar seus vendedores com uma via-
1. Reconhecimento gem de navio com direito a levar acompanhante ou ele-
Reconhecer a performance do funcionário em uma trodomésticos “desejados”, como TVs de última geração,
conversa pessoal já é uma ótima ideia. Fazer isso em públi- tablets e smartphones? Esse é o tipo de prêmio comple-
co pode ser complicado e trazer uma reação de “ciúmes” mentar ao monetário que leva o time a correr atrás do
de outros vendedores, mas isso não pode impedir você de resultado e você pode entregar junto com o diploma ou
fazer elogios a quem merece recebê-los. troféu durante a convenção de vendas.
Outra dica é aproveitar recursos da empresa disponibi-
Defina critérios objetivos para então fazer o reconhe-
lizados aos vendedores e escolher os de melhor desempe-
cimento.
nho para receber um modelo melhor. Por exemplo: se seus
Uma maneira de contornar esta situação é definir cri-
vendedores recebem carro da empresa para fazer visitas,
térios objetivos para entregar diplomas, pequenos troféus
os melhores podem ter um modelo mais bacana que o dos
e placas (nada muito espalhafatoso, hoje se usa muito acrí- outros; se recebem celular da empresa, alguns vendedores
lico para isso, no lugar de metais) e até pins e broches, de alta performance podem receber também um tablet.
quando são equipes grandes e competitivas. A premiação adequada pode fazer toda diferença nas
Mas fique atento: em um primeiro momento todos vendas
gostam de receber diplomas e pins, mas se isso não for
acompanhado de uma recompensa monetária, pode virar 5. Promoções e carreira em Y
motivo de piada. Concilie as duas premiações para a moti- Para terminar uma importante dica de motivação para
vação nas vendas. vendas: alguns vendedores são excelentes em campo e
vendem muito, mas não têm perfil de liderança, o que im-
2. Comemorações, festa de final de ano e conven- pede que sejam promovidos para coordenadores, gerentes
ções ou diretores.
Aqui podemos falar em dois tipos de comemora- Nesse caso, promova a carreira em Y, isto é, o profis-
ções. Uma mais pontual e simples, em que você reúne toda sional é promovido não para liderar equipes, mas para um
equipe em um restaurante (ou mesmo os convida para nível superior de vendedor, com salário melhor e um nome
uma visita ao teatro/outro local que seja do interesse de diferenciado, como Consultor Sênior de Vendas. Caso con-
todos) para celebrar um resultado do grupo referente à trário, você vai perder um vendedor de alta performance
uma ação pontual, promoção ou atingimento de uma meta para a concorrência. Aproveite para empregar seu talento
muito além da esperada. Isso ajuda a construir um clima de como mentor de outros vendedores e coach para ministrar
entrosamento e vontade de superar resultados. treinamentos.
Outra comemoração muito usada e que pode agregar
outras ações importantes de um gestor de vendas é o in-
vestimento em convenções. Em uma convenção são apre-
sentados os objetivos para o ano seguinte, quais recursos
que a empresa disponibilizará para auxiliar a equipe a ven-
der mais (campanhas de publicidade, materiais, softwares
de CRM e gestão, treinamentos etc.) e os resultados do ano
que está terminando.
Ao integrar a comemoração com a convenção de ven-
das e a festa de final de ano, além de economizar no custo
dos eventos, você pode aproveitar para entregar os diplo-
mas e troféus que citamos no item anterior de uma forma
muito mais integrada ao contexto.
3. Treinamentos
Esse é outro ponto importante, que une o útil ao agra-
dável e motiva as vendas da equipe. Os treinamentos po-
dem ser técnicos, para que os vendedores conheçam os
detalhes dos produtos e serviços que oferecem aos clientes
e, assim, consigam vender com mais propriedade; ou eles
83
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Quando falamos em vendas, em mercado, precisamos nos ater ao mix de marketing que gira esse processo. Estamos
falando do tão conhecido 4 P´s.
PRODUTO
Tudo aquilo que possa ser oferecido e que atenda a necessidade ou interesse de um mercado. Aqui entra não só bens
ou serviços, mas a marca, embalagens, ideias, locais, enfim, tudo aquilo que possa gerar desejo ou ser necessário para al-
guém, ou seja, é a somatória e atributos, funções e benefícios que os clientes compram.
Níveis observados na criação do produto
- Produto básico – aquele que o consumidor compra, definindo os benefícios básicos.
- Produto real ou esperado – apresenta algumas particularidades como: nível de qualidade, características, design,
marca e embalagem.
- Produto ampliado – serviços e benefícios adicionais.
- Produto potencial – ampliações e modificações que esses produtos possam sofrer no futuro
PREÇO
É o volume de dinheiro cobrado para a aquisição ou direito de uso de um produto e/ou serviço. Esse preço deve
ser elevado o suficiente para proporcionar lucro a quem o oferece, mas não tão elevado a ponto de não despertar
o interesse em alguém de pagá-lo.
O preço exerce algumas funções:
1. Em a negociação ocorrendo, quanto os consumidores comprarão?
2. Essa negociação gerará lucro?
3. Existe flexibilidade nesse preço, a ponto de gerar mudança no comportamento dos negócios?
4. O preço é quem gera a demanda, e não o contrário. (preço baixo/demanda alta)
PRAÇA
Aqui abordamos a questão da distribuição desse produto ou serviço, ou seja, a estratégia de MKT deverá atentar aos
cuidados no momento de disponibilizar esse produto.
É necessário que esse produto esteja disponibilizado de maneira que o cliente o encontre facilmente, que esse
acesso seja facilitado, podendo efetivar a negociação com agilidade e no momento em que desejar ou precisar.
Essa distribuição pode ser direta ou indireta, de acordo com o produto ou serviço.
84
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
PROMOÇÃO
Primeiramente devemos distinguir Propaganda de Marketing.
A Propaganda é uma das ferramentas que o MKT utiliza para projetar o produto/serviço.
O MKT utiliza de ferramentas diversas nessa projeção, conforme características peculiares ao momento, ao interesse, ao
produto e/ou serviço, enfim, conforme o objetivo.
Ferramentas da Promoção
1. Propaganda – através dela os clientes são informados sobre os produtos e/ou serviços, além de passar informações sobre
a empresa, instigando a necessidade ou desejo de comprá-los.
2. Promoção de Vendas – é uma ferramenta que comunica, atrai, incentiva, convida à negociação.
3. Relações Públicas – são apelos que mostram o histórico da empresa, além dos produtos que desenvolvem, além de ações sociais.
Vamos analisar o conceito vantagem competitiva a partir da visão de Michael Porter, visto que foi ele quem desenvolveu esse
conceito.
A vantagem competitiva surge do valor que uma determinada empresa consegue criar para os Seus clientes e que ultrapassa
os custos de produção.
A busca dessa vantagem está essencialmente na forma de como lidar com a competição. Na luta por participação no merca-
do, a competição é percebida em toda a cadeia de relações da empresa e não apenas em relação aos concorrentes.
Nesse sentido, surgiu o conceito CINCO FORÇAS (teoria defendida por Porter), que regem a competição em um setor.
Uma vez analisadas as forças que afetam a competição em um setor e suas causas básicas, a empresa tem a oportunidade
de identificar as condições dentro de uma estratégia.
85
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Essa análise proporciona uma eficácia operacional, que compreensão de possibilidades serem operacionalizadas e
permite a contribuição de melhores práticas, redução de cus- sustentadas por tais recursos (Teoria defendida por Praha-
tos, determinando-se o que fazer e, principalmente, o que lad & Hamel / Krog & Ross)
não fazer. • As vantagens competitivas partem da hipótese de
Na cadeia de valor empresarial, o custo e a qualidade dos que os recursos empresariais que as gerarão devem ser he-
produtos são responsáveis pelas vantagens competitivas que a terogêneos e imóveis, além de apresentar atributos como se-
organização dispõe, sendo estas para os setores do mercado, a rem valiosos, raros, de difícil imitação e insubstituíveis. (Teoria
razão pela qual os clientes escolhem a sua marca, seu produto defendida por Dosi & Coriat)
ou serviço, sua oferta, e não a de seu concorrente, sendo essa • O sucesso competitivo requer a união de múltiplas
vantagem única ou melhor do que a ofertado por eles. capacidades como: inovação, produtividade, qualidade, res-
Vale ressaltar que a vantagem competitiva é sempre re- posta a cliente, sendo que os centros estratégicos combinam
lativa. capacidade especializada e integração em larga escala. (Teoria
Seja qual for a vantagem apresentada por sua empresa, a defendida por Lorenzoni G. / Baden Fuller)
partir do momento que um concorrente apresentá-la na mes- • Em países emergentes, um impulsionador dinâmico
ma proporção, essa deixará de ser vantagem e passará a ser da Vantagem Competitiva é a estratégia entre os setores pú-
obrigação. blico e privado. (Faria e Imasato)
• E ainda, por Mintzbert, valores gerenciais da organi-
Características das vantagens competitivas zação e sua responsabilidade social, além das forças políticas
1. A vantagem competitiva precisa ter valor para os clien- internas e o impacto das ações do governo no ambiente de
tes. Não basta ser diferente ou único, essa diferença ou uni- atuação da empresa.
cidade precisa ser desejada, buscada, almejada pelos seus
clientes. Uma vantagem competitiva que não agregue valor
para os clientes, que eles não tenham interesse, não é vanta-
gem competitiva, é desperdício! 9.7 - COMO LIDAR COM A CONCORRÊNCIA;
2. A vantagem competitiva não pode ter outras vantagens
competitivas substitutas disponíveis prontamente aos con-
correntes. Se os concorrentes não podem copiar a vantagem
competitiva, mas podem substituí-la, então o impacto dessa De acordo com o décimo segundo Relatório Mundial so-
vantagem é neutralizado. bre Bancos de Varejo (World Retail Banking Report – WRBR),
3. A empresa precisa ter os recursos e a capacidade para ameaçam o setor o crescente número de clientes que dese-
fornecer a vantagem competitiva para os clientes de forma jam trocar de instituição e os novos concorrentes não bancá-
constante e consistente. Se a empresa não possui os recursos, rios, como redes de varejo renomadas, empresas de tecnolo-
ou não tem algumas capacidades necessárias, a vantagem gia financeira, sites de financiamento coletivo (crowdfunding),
competitiva terá vida curta. Fará com que a empresa invista e empréstimos peer-to-peer, provedores de serviço de Internet
perca os recursos na tentativa de desenvolver essa vantagem e sistemas de pagamento baseados em NFC da Apple.
competitiva. A análise aponta, ainda, que o nível de melhoria da expe-
4. A vantagem competitiva precisa ser sustentável. Se a riência dos clientes dos bancos de varejo permanece inaltera-
vantagem competitiva não puder ser sustentada ao longo do do, comparado com o ano anterior, com queda de menos de
tempo, se ela puder facilmente ser copiada pela concorrência, 1%, o que desafia os bancos a incrementarem suas receitas.
então a vantagem competitiva não dura e a empresa não ob- Com essas conclusões, o relatório alerta que os bancos de
tém vantagens no seu mercado de atuação. varejo precisam investir na melhoria da experiência do usuá-
rio, principalmente no middle e back-office², investimentos
Quatro passos devem ser praticados de forma contínua que quase sempre foram ignorados e são essenciais para o
para quem trabalha com essas vantagens: fornecimento de serviços digitais mais atraentes, com pro-
• 1. Fique de olho na concorrência cessamento mais rápido e redução dos erros. O declínio na
• 2. Faça a diferença (copiar X inovar e revolucionar) experiência do cliente constatado globalmente também foi
• 3. Quem não é visto não é lembrado. detectado nos resultados do Brasil. O País apresentou uma
• 4. Cumpra o prometido queda de 1% no Índice de Experiência do Cliente em 2015,
em comparação com os resultados de 2013, e um aumento
Outro aspecto a analisarmos são os 5 R´s das Vantagens marginal de apenas 0.6 % no número de experiências positi-
Competitivas vas em 2015, em comparação a 2014.
• Relevância
• Reconhecimento Mudanças problemáticas no comportamento dos clientes
• Receptividade Além de apontar uma deterioração no nível de experiên-
• Responsividade cia, o WRBR revelou que grande parte da clientela está mais
• Relacionamento propensa a trocar o seu banco principal³ (principalmente a
composta pela Geração Y), enquanto o desejo de fazer reco-
Posturas contrárias à Porter mendações ou comprar produtos adicionais está caindo de
A empresa deve basear-se nos recursos físicos, finan- forma significativa. A porcentagem de clientes que devem
ceiros, intangíveis, organizacionais e humanos, onde a trocar seu banco principal nos próximos seis meses aumen-
definição das estratégias competitivas deve partir de uma tou para dois dígitos em todas as regiões, exceto na Europa
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Ocidental. No Brasil, a pesquisa mostra que a probabilida- concorrência de instituições não bancárias. Os investimen-
de de permanecer com o banco principal diminuiu 20.9%, e a tos feitos com esta finalidade no front-office ajudaram os
de adquirir outro produto caiu 8.8%, na edição 2015. bancos a expandir seus serviços e produtos, mas a transfor-
Globalmente, menos de 50% dos correntistas da Geração mação do middle e do back-office, comprometida pela falta
Y devem continuar usando seu banco principal nos próximos de investimentos, será essencial para corrigir as discrepâncias
seis meses. A América Latina registrou que 17% de seus clien- e melhorar as taxas de fidelidade em longo prazo”, afirma.
tes pretendem trocar de banco. Este comportamento pode Para superar esses desafios, os bancos precisam desen-
ser justificado pelo aumento da concorrência com instituições volver um mapa que delineie uma abordagem gradual para
não bancárias, a entrada de novas empresas no setor bancá- realizar a transformação digital, que abranja digitalização,
rio, que oferecem produtos digitais atraentes, e a facilidade simplificação, agilidade e análise de dados. A simplificação
logística da troca de bancos. Esse resultado também pode ser aumenta a agilidade, por meio da redução dos múltiplos sis-
visto nos números do Brasil: 19.3% estão propensos a deixar temas, possibilitando o lançamento de produtos no mercado
seu banco principal em 2015; em 2014, essa taxa era de 3.7%. mais rapidamente. A análise de dados contribui para a capta-
Outro fator preocupante para os bancos é em relação aos ção, gestão e criação de insights sobre os dados dos clientes
entrevistados que disseram que não recomendarão ou não de forma eficaz.
comprarão serviços adicionais de seu banco principal. O nú- O plano para a conquista da maturidade digital com-
mero dos que dizem não ter a intenção de recomendar seus pleta deve priorizar o middle e o back-office, já que a maior
bancos cresceu mais de 9.5 pontos percentuais em algumas parte da insatisfação dos clientes com o front-office decorre
regiões, enquanto o dos que dizem que não comprariam um de problemas nestes setores, levando ao aumento dos ní-
segundo produto dos mesmos bancos aumentou 25 pontos veis negativos de experiência dos clientes. “Com um plano
percentuais na Europa Ocidental. A América Latina foi a região bem estruturado e metódico para a transformação digital,
que registrou o menor número de clientes que afirmaram que os bancos podem começar a melhorar a experiência de seus
não recomendarão ou não comprarão serviços adicionais de clientes e sua posição para competir com os concorrentes
seu banco principal. mais ágeis, não tradicionais”, disse secretário- geral da Efma,
Os bancos também parecem não estar conseguindo fa- Patrick Desmarès.
zer com que os correntistas troquem a agência por outros
canais mais econômicos. Apesar do aumento significativo das
O Relatório Mundial sobre Bancos de Varejo
taxas de uso da Internet e canais móveis, o impacto no uso
O Relatório Mundial sobre Bancos de Varejo 2015 se ba-
das agências foi mínimo, apresentando aumento modesto na
seia em informações adquiridas em 32 mercados, Incluindo
América do Norte e na Europa, em 2014, com leve queda na
o seu Índice de Experiência do Cliente anual, apresenta os
América Latina e pouquíssima queda na região da Ásia-Pací-
resultados da pesquisa Voice of the Customer, que contém
fico.
dados globais de mais de 16.000 clientes de bancos de varejo
O palco está montado para concorrentes não bancários e entrevistas com executivos de seis regiões. Foram analisa-
se posicionarem dos oitenta pontos de contato com o cliente para apresentar
Todos esses fatores dão às instituições não bancárias a uma análise dos fatores mais importantes para os clientes
chance de afastar os clientes de seus bancos principais. As bancários, medidos em toda a sua jornada bancária.4
empresas de Internet e tecnologia, em especial, com seus
produtos simples, ágeis e intuitivos e independentes de siste- Bancos x fintechs ou bancos & fintechs?
mas legados são os principais concorrentes, sendo que 83% A pressão pela concorrência entre os bancos, associada
dos executivos das instituições consideram que o nível de ao fenômeno das fintechs, tem obrigado as instituições fi-
conforto dos clientes com essas entidades é o mesmo que o nanceiras a buscar diferenciar-se por meio da Experiência do
oferecido pelas agências. Até o momento, algumas empresas Cliente. A concorrência com as fintechs exige cada vez mais
conquistaram uma presença significativa na área de paga- urgência dos bancos, avalia Richard Hechenbichler, diretor de
mentos e cartões de crédito, principalmente na América do experiência digital & inovação da consultoria Capgemini no
Norte e Europa Ocidental. Brasil. A empresa analisou pela primeira vez o comportamen-
to dos consumidores no uso dessas empresas, em relatório
Middle-office e back-office precisam de atenção mundial de 2016 (veja quadro ao final da matéria).
Os executivos do setor bancário não hesitaram em inves- Sete em cada dez brasileiros clientes de bancos entrevis-
tir no front-office, sendo que quase 93% citaram a experiência tados (74%) já usam produtos financeiros ou serviços prove-
dos clientes como o principal propulsor de seus investimen- nientes de fintechs. Entre os entrevistados, 69% dizem que
tos. No entanto, a falta de investimento no middle e back-of- indicariam essas empresas aos conhecidos, enquanto 48%
fice ofuscou esses investimentos no front-office, devido à len- recomendariam os serviços de seu banco.
tidão no processamento, erros e exceções que comprometem Os índices no Brasil estão acima da média mundial cons-
o atendimento ao cliente. tatada no relatório, em que foram consultados 16 mil clientes
“Clientes desapontados, assim como a agilidade e inova- em 32 países. Quase dois terços deles (63%) afirmam usar
ção dos concorrentes não bancários, estão deixando a por- produtos de fintechs e 55% indicariam seus serviços ante
ta aberta para a conquista dessa participação de mercado”, 38% que recomendariam os de bancos.
comenta Jean Lassignardie, diretor de Vendas e Marketing
da Capgemini Global Financial Services. “Melhorar a expe- 4 Fonte:www.capgemini.com
riência dos clientes é a melhor estratégia para bloquear a
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Nuno Lopes, da Accenture, diz que bancos têm preocupação crescente em desenvolver uma boa experiência do usuá-
rio, mas quase sempre com foco em produtos, canais ou processos
Os bancos aprimoraram a experiência de seus clientes em relação ao que foi constatado no relatório de 2015, segundo
o Índice de Experiência do Cliente. Na média mundial, houve melhora em 2,9 pontos em 85% dos países pesquisados. No
Brasil, o acréscimo foi ainda maior – de 4,2 pontos.
“O que está em jogo no momento é a oportunidade que os bancos têm em criar experiências cada vez melhores e tão
boas quanto àquelas que seus clientes têm quando interagem, no dia a dia, com serviços de outras naturezas por meio de
dispositivos móveis”, diz Hechenbichler.
Transformações também ocorrem na parte física - parte das agências deixa de ter serviços só operacionais (caixas) e se
torna um espaço como um café – e na forma de oferecer serviços - por meio do Messenger do Facebook, SMS ou What-
sApp.
Bancos x Fintechs
88
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Fonte: Relatório Mundial sobre Bancos de Varejo de 2016, da consultoria Capgemini e da Efma (www.worldretailban-
kingreport.com e www.efma.com/WRBR2016)
Apesar dos avanços no setor, ainda falta maior integração e foco no cliente. É o que pensa Nuno Lopes, diretor-execu-
tivo de serviços financeiros da Accenture: “Temos visto uma preocupação crescente dos bancos em desenvolver uma boa
experiência do usuário, mas quase sempre com foco em produtos, canais ou processos. A experiência ainda é muito desin-
tegrada e inclusive inconsistente. Pode ser excelente no mobile banking e terrível na agência, além do fato de algo que o
cliente faz num canal não ser visível em outro.”
A UX está em diferentes estágios em cada banco, dentro e fora do país. No estágio primário é tratada como um proble-
ma de usabilidade. No intermediário, considera-se o modo como o produto serve ao usuário. No mais avançado, trata-se
de como o banco serve à vida do usuário.
Exemplos dessa “maturidade bancária” existem em várias regiões do mundo. Na Austrália, parcerias entre bancos e
fintechs rendem bons serviços. Ao caminhar por uma rua, um usuário que procura um imóvel (e tem um app do Common
Wealth Bank) pode apontar a câmera do celular para uma casa à venda e receber informações da planta, ofertas na região
até simular um crédito imobiliário.
Para Fernanda Benhami, gerente de customer intelligence do SAS América Latina, os bancos ainda se preocupam
demais com usabilidade dos canais e dão menos atenção à fase de inteligência analítica das informações coletadas dos
clientes.
“Até pela origem dessas instituições, vindas de um mundo mais tradicional, há uma preocupação em fazer com que o
usuário migre para o mobile, aprenda a usar o app e só depois avalie os dados da experiência do consumidor”, afirma a
executiva.
Ao deixar de ir à agência e migrar para o digital, as questões que devem ser repensadas com prioridade, segundo ela,
são as relativas ao que é mais adequado a esse cliente sem depender, como antes, de um gerente.
“O que pensa na hora de contratar um serviço? O mobile app é que tem de ser legal? A fila que não vai pegar na agên-
cia ou no ATM é o que importa? Ou a velocidade que fará numa transação na web?”, questiona. “Quem não entender o que
ele quer e não tiver uma oferta pronta em tempo real vai perder o cliente.”
Cassius Schymura, diretor de canais do Santander, concorda: a empresa tem de agir antes do pedido do cliente. “Trata-
se de uma antecipação de etapas. Por isso, os bancos têm cada vez mais se utilizado das novidades de startups e fintechs,
que, unidas ao expertise que temos do mercado financeiro, podem melhorar a relação e a oferta de produtos”, diz. “Nem
sempre a UX tem que ser revolucionária; muitas vezes, pequenos detalhes mudam a experiência do cliente.”
Para o Banco do Brasil, uma das vantagens das parcerias é que a agilidade da estrutura das fintechs permite adequar os
produtos à realidade. “Enxergamos as fintechs como parceiras e não como concorrentes”, diz Roberto Zorrón, gerente-exe-
cutivo da diretoria de tecnologia do BB.
“Trabalhar em conjunto significa encontrar alternativas mais rapidamente”, diz Antranik Haroutiounian, superintenden-
te-executivo de canais digitais do Bradesco. “Não há uma fórmula pronta nessa parceria; varia em cada produto.” Há dois
anos, o banco criou o InovaBra, programa de inovação aberta, para acelerar projetos de startups com soluções para o setor
financeiro.5
5 http://www.ciab.org.br
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
O CRM demonstra que todo relacionamento é um apren- Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica
dizado. Quando a organização usa dessa ferramenta ela está se que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatá-
propondo a aprender com seu cliente, ou seja, ela se propõe a rio final.
ouvir, a atender as observações e sugestões por eles colocadas, Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a co-
unindo esforços e interesses, direciona suas ações para um bem letividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja
comum, onde um se torna suporte do outro, gerando assim um intervindo nas relações de consumo.
relacionamento além de lucrativo, sólido e sustentável. Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídi-
ca, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como
os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de
produção, montagem, criação, construção, transformação,
9.11 - CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO importação, exportação, distribuição ou comercialização de
CONSUMIDOR: LEI Nº 8.078/1990 (VERSÃO produtos ou prestação de serviços.
ATUALIZADA). § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel,
material ou imaterial.
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mer-
cado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de
As denominadas relações de consumo estão estritamente re- natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo
lacionadas às relações de cunho comercial. Com o passar do tem- as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
po, essas práticas foram acompanhando o crescimento do comér-
cio, o avanço das tecnologias, até que se o Estado, regulamentou CAPÍTULO II
essas práticas e garantiu mecanismos de defesa dos direitos dos Da Política Nacional de Relações de Consumo
envolvidos, através da Lei 8078/90 (Código de Defesa do Consu-
midor), que passou a tutelar essa relação, revestindo-a de caráter Art. 4° A Política Nacional de Relações de Consumo
público, afim de resguardar os interesses da coletividade. tem por objetivo o atendimento das necessidades dos con-
Tendo em vista que essas relações envolvem duas ou mais sumidores, o respeito a sua dignidade, saúde e segurança, a
pessoas, faz-se necessário a presença de dois elementos para proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua
caracterizar tal relação, sejam eles Consumidor e Fornecedor. qualidade de vida, bem como a transferência e harmonia
De acordo com o artigo 2º da lei 8078/90, Consumidor é toda das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios:
pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produtos ou Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consu-
serviços como destinatário final, entenda-se aqui destinatário mo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos
final como aquela pessoa, física ou jurídica que adquire ou se consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segu-
utiliza de produtos ou serviços em benefício próprio, ou seja, rança, a proteção de seus interesses econômicos, a melho-
é aquele que busca a satisfação de suas necessidades através ria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e
de um produto ou serviço, sem ter o interesse de repassar harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes
este serviço ou esse produto a terceiros (Caso este produto princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
ou serviço seja repassado a terceiros, mediante remuneração, I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumi-
inexiste a figura do consumidor e surge imediatamente a do dor no mercado de consumo;
fornecedor). Já, fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pú- II - ação governamental no sentido de proteger
blica ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes efetivamente o consumidor:
despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, a) por iniciativa direta;
montagem, criação, construção, transformação, importação, b) por incentivos à criação e desenvolvimento de
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou associações representativas;
prestação de serviços, conforme o art. 4º da lei 8078/90. c) pela presença do Estado no mercado de con-
sumo;
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. d) pela garantia dos produtos e serviços com pa-
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras pro- drões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e
vidências desempenho.
III - harmonização dos interesses dos participantes
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Con- das relações de consumo e compatibilização da proteção
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: do consumidor com a necessidade de desenvolvimento
econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios
TÍTULO I nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Consti-
Dos Direitos do Consumidor tuição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas
CAPÍTULO I relações entre consumidores e fornecedores;
Disposições Gerais IV - educação e informação de fornecedores e con-
sumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à
Art. 1° O presente código estabelece normas melhoria do mercado de consumo;
de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios
interesse social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, eficientes de controle de qualidade e segurança de produ-
inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposi- tos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de
ções Transitórias. solução de conflitos de consumo;
92
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
VI - coibição e repressão eficientes de todos VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, in-
os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive clusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a
criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as re-
distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores; gras ordinárias de experiências;
VII - racionalização e melhoria dos serviços públi- IX - (Vetado);
cos; X - a adequada e eficaz prestação dos serviços
VIII - estudo constante das modificações do mer- públicos em geral.
cado de consumo. Parágrafo único. A informação de que trata o
Art. 5° Para a execução da Política Nacional das inciso III do caput deste artigo deve ser acessível à pes-
Relações de Consumo, contará o poder público com os se- soa com deficiência, observado o disposto em regulamen-
guintes instrumentos, entre outros: to. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
I - manutenção de assistência jurídica, integral e Art. 7° Os direitos previstos neste código não
gratuita para o consumidor carente; excluem outros decorrentes de tratados ou convenções in-
II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa ternacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação
do Consumidor, no âmbito do Ministério Público;
interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas auto-
III - criação de delegacias de polícia especializadas
ridades administrativas competentes, bem como dos que
no atendimento de consumidores vítimas de infrações pe-
derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costu-
nais de consumo;
IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas mes e eqüidade.
Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa,
consumo; todos responderão solidariamente pela reparação dos da-
V - concessão de estímulos à criação e desenvolvi- nos previstos nas normas de consumo.
mento das Associações de Defesa do Consumidor.
§ 1° (Vetado). CAPÍTULO IV
§ 2º (Vetado). Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção e da
Reparação dos Danos
CAPÍTULO III SEÇÃO I
Dos Direitos Básicos do Consumidor Da Proteção à Saúde e Segurança
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mer-
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os cado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segu-
riscos provocados por práticas no fornecimento de produ- rança dos consumidores, exceto os considerados normais e
tos e serviços considerados perigosos ou nocivos; previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obri-
II - a educação e divulgação sobre o consumo ade- gando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as
quado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de informações necessárias e adequadas a seu respeito.
escolha e a igualdade nas contratações; Parágrafo único. Em se tratando de produto in-
III - a informação adequada e clara sobre os di- dustrial, ao fabricante cabe prestar as informações a que
ferentes produtos e serviços, com especificação correta de se refere este artigo, através de impressos apropriados que
quantidade, características, composição, qualidade e preço, devam acompanhar o produto.
bem como sobre os riscos que apresentem; § 1º Em se tratando de produto industrial, ao
III - a informação adequada e clara sobre os di- fabricante cabe prestar as informações a que se refere este
ferentes produtos e serviços, com especificação correta de artigo, através de impressos apropriados que devam acom-
quantidade, características, composição, qualidade, tributos
panhar o produto. (Redação dada pela Lei nº 13.486, de
incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresen-
2017)
tem; (Redação dada pela Lei nº 12.741, de 2012) Vigência
§ 2º O fornecedor deverá higienizar os equipa-
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e
abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem mentos e utensílios utilizados no fornecimento de produ-
como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no tos ou serviços, ou colocados à disposição do consumidor,
fornecimento de produtos e serviços; e informar, de maneira ostensiva e adequada, quando for o
V - a modificação das cláusulas contratuais que caso, sobre o risco de contaminação. (Incluído pela Lei nº
estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão 13.486, de 2017)
em razão de fatos supervenientes que as tornem excessi- Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços po-
vamente onerosas; tencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos pa- deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a res-
trimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; peito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrati- adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto.
vos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimo- Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mer-
niais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada cado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria
a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessita- saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade
dos; à saúde ou segurança.
93
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que, § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a
posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-
tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, de- se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as
verá comunicar o fato imediatamente às autoridades com- quais:
petentes e aos consumidores, mediante anúncios publici- I - o modo de seu fornecimento;
tários. II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele
§ 2° Os anúncios publicitários a que se refere o pa- se esperam;
rágrafo anterior serão veiculados na imprensa, rádio e te- III - a época em que foi fornecido.
levisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço. § 2º O serviço não é considerado defeituoso pela
§ 3° Sempre que tiverem conhecimento de peri- adoção de novas técnicas.
culosidade de produtos ou serviços à saúde ou segurança § 3° O fornecedor de serviços só não será respon-
dos consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e sabilizado quando provar:
os Municípios deverão informá-los a respeito. I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
Art. 11. (Vetado). II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais
SEÇÃO II
liberais será apurada mediante a verificação de culpa.
Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Servi-
Art. 15. (Vetado).
ço
Art. 16. (Vetado).
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se
nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, inde- aos consumidores todas as vítimas do evento.
pendentemente da existência de culpa, pela reparação dos
danos causados aos consumidores por defeitos decorren- SEÇÃO III
tes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmu- Da Responsabilidade por Vício do Produto e do Serviço
las, manipulação, apresentação ou acondicionamento de
seus produtos, bem como por informações insuficientes ou Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo
inadequadas sobre sua utilização e riscos. duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos
§ 1° O produto é defeituoso quando não oferece vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impró-
a segurança que dele legitimamente se espera, levando- prios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou
se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes
quais: da disparidade, com a indicações constantes do recipiente,
I - sua apresentação; da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, res-
II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se peitadas as variações decorrentes de sua natureza, poden-
esperam; do o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
III - a época em que foi colocado em circulação. § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo
§ 2º O produto não é considerado defeituoso pelo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e
fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado no à sua escolha:
mercado. I - a substituição do produto por outro da mesma
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou espécie, em perfeitas condições de uso;
importador só não será responsabilizado quando provar: II - a restituição imediata da quantia paga, mone-
I - que não colocou o produto no mercado; tariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e
II - que, embora haja colocado o produto no mer- danos;
cado, o defeito inexiste; III - o abatimento proporcional do preço.
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
§ 2° Poderão as partes convencionar a redução
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável,
ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não
nos termos do artigo anterior, quando:
podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o im-
portador não puderem ser identificados; dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá
II - o produto for fornecido sem identificação clara ser convencionada em separado, por meio de manifestação
do seu fabricante, produtor, construtor ou importador; expressa do consumidor.
III - não conservar adequadamente os produtos § 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das
perecíveis. alternativas do § 1° deste artigo sempre que, em razão da
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder
ao prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra comprometer a qualidade ou características do produto, di-
os demais responsáveis, segundo sua participação na cau- minuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
sação do evento danoso. § 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, inde- do inciso I do § 1° deste artigo, e não sendo possível a subs-
pendentemente da existência de culpa, pela reparação dos tituição do bem, poderá haver substituição por outro de
danos causados aos consumidores por defeitos relativos à espécie, marca ou modelo diversos, mediante complemen-
prestação dos serviços, bem como por informações insufi- tação ou restituição de eventual diferença de preço, sem
cientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo.
94
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
§ 5° No caso de fornecimento de produtos in natu- Parágrafo único. Nos casos de descumprimento,
ra, será responsável perante o consumidor o fornecedor ime- total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão
diato, exceto quando identificado claramente seu produtor. as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os
§ 6° São impróprios ao uso e consumo: danos causados, na forma prevista neste código.
I - os produtos cujos prazos de validade estejam Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios
vencidos; de qualidade por inadequação dos produtos e serviços não
II - os produtos deteriorados, alterados, adultera- o exime de responsabilidade.
dos, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à Art. 24. A garantia legal de adequação do produto
vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo ou serviço independe de termo expresso, vedada a exonera-
com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou ção contratual do fornecedor.
apresentação; Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláu-
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem sula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de in-
inadequados ao fim a que se destinam. denizar prevista nesta e nas seções anteriores.
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente § 1° Havendo mais de um responsável pela causação
pelos vícios de quantidade do produto sempre que, respeita- do dano, todos responderão solidariamente pela reparação
das as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo prevista nesta e nas seções anteriores.
líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da § 2° Sendo o dano causado por componente ou
embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária, poden- peça incorporada ao produto ou serviço, são responsáveis
do o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: solidários seu fabricante, construtor ou importador e o que
I - o abatimento proporcional do preço; realizou a incorporação.
II - complementação do peso ou medida;
III - a substituição do produto por outro da mesma SEÇÃO IV
espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios; Da Decadência e da Prescrição
IV - a restituição imediata da quantia paga, mo-
netariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes
ou de fácil constatação caduca em:
danos.
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de ser-
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do
viço e de produtos não duráveis;
artigo anterior.
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de
§ 2° O fornecedor imediato será responsável quando
serviço e de produtos duráveis.
fizer a pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a
estiver aferido segundo os padrões oficiais.
partir da entrega efetiva do produto ou do término da exe-
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos cução dos serviços.
vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo § 2° Obstam a decadência:
ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorren- I - a reclamação comprovadamente formulada pelo
tes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até
mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alter- a resposta negativa correspondente, que deve ser transmiti-
nativamente e à sua escolha: da de forma inequívoca;
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e II - (Vetado).
quando cabível; III - a instauração de inquérito civil, até seu encer-
II - a restituição imediata da quantia paga, monetaria- ramento.
mente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial
III - o abatimento proporcional do preço. inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.
§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser confia- Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à
da a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do reparação pelos danos causados por fato do produto ou do
fornecedor. serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a
§ 2° São impróprios os serviços que se mostrem ina- contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de
dequados para os fins que razoavelmente deles se esperam, sua autoria.
bem como aqueles que não atendam as normas regulamen- Parágrafo único. (Vetado).
tares de prestabilidade.
Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham SEÇÃO V
por objetivo a reparação de qualquer produto considerar-se-á Da Desconsideração da Personalidade Jurídica
implícita a obrigação do fornecedor de empregar componen-
tes de reposição originais adequados e novos, ou que mante- Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade
nham as especificações técnicas do fabricante, salvo, quanto jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumi-
a estes últimos, autorização em contrário do consumidor. dor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da
Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas em- lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato
presas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer social. A desconsideração também será efetivada quando
outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer houver falência, estado de insolvência, encerramento ou
serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos es- inatividade da pessoa jurídica provocados por má admi-
senciais, contínuos. nistração.
95
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicita- § 3° O consumidor não responde por quaisquer
ção prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço; ônus ou acréscimos decorrentes da contratação de servi-
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do ços de terceiros não previstos no orçamento prévio.
consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimen- Art. 41. No caso de fornecimento de produtos
to ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou ou de serviços sujeitos ao regime de controle ou de tabe-
serviços; lamento de preços, os fornecedores deverão respeitar os
V - exigir do consumidor vantagem manifestamen- limites oficiais sob pena de não o fazendo, responderem
te excessiva; pela restituição da quantia recebida em excesso, moneta-
VI - executar serviços sem a prévia elaboração de riamente atualizada, podendo o consumidor exigir à sua
orçamento e autorização expressa do consumidor, ressal-
escolha, o desfazimento do negócio, sem prejuízo de ou-
vadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes;
tras sanções cabíveis.
VII - repassar informação depreciativa, referente
a ato praticado pelo consumidor no exercício de seus di-
reitos; SEÇÃO V
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer Da Cobrança de Dívidas
produto ou serviço em desacordo com as normas expedi-
das pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas espe- Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor ina-
cíficas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas dimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido
Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Na- a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.
cional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial Parágrafo único. O consumidor cobrado em quan-
(Conmetro); tia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor
IX - deixar de estipular prazo para o cumprimento igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de
de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a correção monetária e juros legais, salvo hipótese de enga-
seu exclusivo critério; no justificável.
IX - recusar a venda de bens ou a prestação
Art. 42-A. Em todos os documentos de cobrança
de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los
mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de in- de débitos apresentados ao consumidor, deverão constar o
termediação regulados em leis especiais; (Redação nome, o endereço e o número de inscrição no Cadastro de
dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) Pessoas Físicas – CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa
X - (Vetado). Jurídica – CNPJ do fornecedor do produto ou serviço cor-
X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou respondente. (Incluído pela Lei nº 12.039, de 2009)
serviços. (Incluído pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de SEÇÃO VI
22.10.1999, transformado em inciso XIII, quando da con- Dos Bancos de Dados e Cadastros de Consumidores
versão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999
XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no
de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial art. 86, terá acesso às informações existentes em cadastros,
a seu exclusivo critério. (Incluído pela Lei nº 9.008, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados
de 21.3.1995)
sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.
XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso
do legal ou contratualmente estabelecido. (Incluído § 1° Os cadastros e dados de consumidores devem
pela Lei nº 9.870, de 23.11.1999) ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil
XIV - permitir o ingresso em estabelecimentos compreensão, não podendo conter informações negativas
comerciais ou de serviços de um número maior de consu- referentes a período superior a cinco anos.
midores que o fixado pela autoridade administrativa como § 2° A abertura de cadastro, ficha, registro e dados
máximo. (Incluído pela Lei nº 13.425, de 2017) pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito
Parágrafo único. Os serviços prestados e os pro- ao consumidor, quando não solicitada por ele.
dutos remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese § 3° O consumidor, sempre que encontrar inexati-
prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, ine- dão nos seus dados e cadastros, poderá exigir sua imedia-
xistindo obrigação de pagamento. ta correção, devendo o arquivista, no prazo de cinco dias
Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a úteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários
entregar ao consumidor orçamento prévio discriminando o das informações incorretas.
valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a se-
§ 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a
rem empregados, as condições de pagamento, bem como
consumidores, os serviços de proteção ao crédito e congê-
as datas de início e término dos serviços.
§ 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado neres são considerados entidades de caráter público.
terá validade pelo prazo de dez dias, contado de seu rece- § 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança
bimento pelo consumidor. de débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos res-
§ 2° Uma vez aprovado pelo consumidor, o orça- pectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer infor-
mento obriga os contraentes e somente pode ser alterado mações que possam impedir ou dificultar novo acesso ao
mediante livre negociação das partes. crédito junto aos fornecedores.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
XI - intervenção administrativa; Art. 60. A imposição de contrapropaganda será co-
XII - imposição de contrapropaganda. minada quando o fornecedor incorrer na prática de publi-
Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo cidade enganosa ou abusiva, nos termos do art. 36 e seus
serão aplicadas pela autoridade administrativa, no âmbito parágrafos, sempre às expensas do infrator.
de sua atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente, § 1º A contrapropaganda será divulgada pelo
inclusive por medida cautelar, antecedente ou incidente de responsável da mesma forma, freqüência e dimensão e,
procedimento administrativo. preferencialmente no mesmo veículo, local, espaço e horá-
Art. 57. A pena de multa, graduada de acordo rio, de forma capaz de desfazer o malefício da publicidade
com a gravidade da infração, a vantagem auferida e a enganosa ou abusiva.
condição econômica do fornecedor será aplicada me- § 2° (Vetado)
diante procedimento administrativo nos termos da lei, § 3° (Vetado).
revertendo para o fundo de que trata a Lei n° 7.347, de
24 de julho de 1985, sendo a infração ou dano de âmbito TÍTULO II
nacional, ou para os fundos estaduais de proteção ao con- Das Infrações Penais
sumidor nos demais casos. (Vide Decreto nº 407, de
1991) Art. 61. Constituem crimes contra as relações de
Parágrafo único. A multa será em montante nunca consumo previstas neste código, sem prejuízo do dispos-
inferior a trezentas e não superior a três milhões de vezes to no Código Penal e leis especiais, as condutas tipificadas
o valor do Bônus do Tesouro Nacional (BTN), ou índice nos artigos seguintes.
equivalente que venha substituí-lo. Art. 62. (Vetado).
Art. 57. A pena de multa, graduada de acordo com Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre
a gravidade da infração, a vantagem auferida e a condição a nocividade ou periculosidade de produtos, nas embala-
econômica do fornecedor, será aplicada mediante proce- gens, nos invólucros, recipientes ou publicidade:
dimento administrativo, revertendo para o Fundo de que Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
trata a Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, os valores cabí- § 1° Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de
veis à União, ou para os Fundos estaduais ou municipais de alertar, mediante recomendações escritas ostensivas, sobre
proteção ao consumidor nos demais casos. (Redação a periculosidade do serviço a ser prestado.
dada pela Lei nº 8.656, de 21.5.1993) § 2° Se o crime é culposo:
Parágrafo único. A multa será em montante não Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
inferior a duzentas e não superior a três milhões de vezes o Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade compe-
valor da Unidade Fiscal de Referência (Ufir), ou índice equi- tente e aos consumidores a nocividade ou periculosidade
valente que venha a substituí-lo. (Parágrafo acrescen- de produtos cujo conhecimento seja posterior à sua colo-
tado pela Lei nº 8.703, de 6.9.1993) cação no mercado:
Art. 58. As penas de apreensão, de inutilização Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
de produtos, de proibição de fabricação de produtos, de Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas penas
suspensão do fornecimento de produto ou serviço, de cas- quem deixar de retirar do mercado, imediatamente quan-
sação do registro do produto e revogação da concessão do determinado pela autoridade competente, os produtos
ou permissão de uso serão aplicadas pela administração, nocivos ou perigosos, na forma deste artigo.
mediante procedimento administrativo, assegurada ampla Art. 65. Executar serviço de alto grau de pericu-
defesa, quando forem constatados vícios de quantidade ou losidade, contrariando determinação de autoridade com-
de qualidade por inadequação ou insegurança do produto petente:
ou serviço. Pena Detenção de seis meses a dois anos e multa.
Art. 59. As penas de cassação de alvará de licença, Parágrafo único. As penas deste artigo são apli-
de interdição e de suspensão temporária da atividade, bem cáveis sem prejuízo das correspondentes à lesão corporal
como a de intervenção administrativa, serão aplicadas me- e à morte.
diante procedimento administrativo, assegurada ampla de- § 1º As penas deste artigo são aplicáveis sem
fesa, quando o fornecedor reincidir na prática das infrações prejuízo das correspondentes à lesão corporal e à morte.
de maior gravidade previstas neste código e na legislação (Redação dada pela Lei nº 13.425, de 2017)
de consumo. § 2º A prática do disposto no inciso XIV do art.
§ 1° A pena de cassação da concessão será aplicada 39 desta Lei também caracteriza o crime previsto no caput
à concessionária de serviço público, quando violar obriga- deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.425, de
ção legal ou contratual. 2017)
§ 2° A pena de intervenção administrativa será Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou
aplicada sempre que as circunstâncias de fato desaconse- omitir informação relevante sobre a natureza, característi-
lharem a cassação de licença, a interdição ou suspensão da ca, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, dura-
atividade. bilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços:
§ 3° Pendendo ação judicial na qual se discuta a Pena - Detenção de três meses a um ano e multa.
imposição de penalidade administrativa, não haverá reinci- § 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar
dência até o trânsito em julgado da sentença. a oferta.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Técnico Bancário
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a
são legitimados concorrentemente: (Redação dada associação autora e os diretores responsáveis pela proposi-
pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) (Vide Lei nº 13.105, de tura da ação serão solidariamente condenados em honorá-
2015) (Vigência) rios advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da
I - o Ministério Público, responsabilidade por perdas e danos.
II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único
Federal; deste código, a ação de regresso poderá ser ajuizada em
III - as entidades e órgãos da Administração Públi- processo autônomo, facultada a possibilidade de prosse-
ca, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, guir-se nos mesmos autos, vedada a denunciação da lide.
especificamente destinados à defesa dos interesses e direi- Art. 89. (Vetado)
tos protegidos por este código; Art. 90. Aplicam-se às ações previstas neste título
IV - as associações legalmente constituídas há pelo as normas do Código de Processo Civil e da Lei n° 7.347, de
menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais 24 de julho de 1985, inclusive no que respeita ao inquérito
a defesa dos interesses e direitos protegidos por este códi- civil, naquilo que não contrariar suas disposições.
go, dispensada a autorização assemblear.
§ 1° O requisito da pré-constituição pode ser CAPÍTULO II
dispensado pelo juiz, nas ações previstas nos arts. 91 e se- Das Ações Coletivas Para a Defesa de Interesses Indivi-
guintes, quando haja manifesto interesse social evidencia- duais Homogêneos
do pela dimensão ou característica do dano, ou pela rele-
vância do bem jurídico a ser protegido. Art 91. Os legitimados de que trata o art. 81 po-
§ 2° (Vetado). derão propor, em nome próprio e no interesse das vítimas
§ 3° (Vetado). ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilida-
Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses de pelos danos individualmente sofridos, de acordo com o
protegidos por este código são admissíveis todas as espé- disposto nos artigos seguintes.
cies de ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 po-
tutela. derão propor, em nome próprio e no interesse das vítimas
Parágrafo único. (Vetado).
ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilida-
Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumpri-
de pelos danos individualmente sofridos, de acordo com o
mento da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá
disposto nos artigos seguintes. (Redação dada pela
a tutela específica da obrigação ou determinará providên-
Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
cias que assegurem o resultado prático equivalente ao do
Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a ação,
adimplemento.
atuará sempre como fiscal da lei.
§ 1° A conversão da obrigação em perdas e danos
Parágrafo único. (Vetado).
somente será admissível se por elas optar o autor ou se
impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Fede-
prático correspondente. ral, é competente para a causa a justiça local:
§ 2° A indenização por perdas e danos se fará sem I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer
prejuízo da multa (art. 287, do Código de Processo Civil). o dano, quando de âmbito local;
§ 3° Sendo relevante o fundamento da demanda II - no foro da Capital do Estado ou no do Distri-
e havendo justificado receio de ineficácia do provimento to Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional,
final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos ca-
justificação prévia, citado o réu. sos de competência concorrente.
§ 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no
sentença, impor multa diária ao réu, independentemente órgão oficial, a fim de que os interessados possam intervir
de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla di-
obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do vulgação pelos meios de comunicação social por parte dos
preceito. órgãos de defesa do consumidor.
§ 5° Para a tutela específica ou para a obtenção Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a con-
do resultado prático equivalente, poderá o juiz determinar denação será genérica, fixando a responsabilidade do réu
as medidas necessárias, tais como busca e apreensão, re- pelos danos causados.
moção de coisas e pessoas, desfazimento de obra, impe- Art. 96. (Vetado).
dimento de atividade nociva, além de requisição de força Art. 97. A liquidação e a execução de sentença po-
policial. derão ser promovidas pela vítima e seus sucessores, assim
Art. 85. (Vetado). como pelos legitimados de que trata o art. 82.
Art. 86. (Vetado). Parágrafo único. (Vetado).
Art. 87. Nas ações coletivas de que trata este códi- Art 98. A execução poderá ser coletiva, sen-
go não haverá adiantamento de custas, emolumentos, ho- do promovida pelos legitimados de que trata o art. 81,
norários periciais e quaisquer outras despesas, nem conde- abrangendo as vítimas cujas indenizações já tiverem sido
nação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em fixadas em sentença de liquidação, sem prejuízo do ajui-
honorários de advogados, custas e despesas processuais. zamento de outras execuções.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo nal, a produção, divulgação distribuição ou venda, ou a
promovida pelos legitimados de que trata o art. 82, abran- determinar a alteração na composição, estrutura, fórmula
gendo as vítimas cujas indenizações já tiveram sido fixadas ou acondicionamento de produto, cujo uso ou consumo
em sentença de liquidação, sem prejuízo do ajuizamento regular se revele nocivo ou perigoso à saúde pública e à
de outras execuções. (Redação dada pela Lei nº 9.008, incolumidade pessoal.
de 21.3.1995) § 1° (Vetado).
§ 1° A execução coletiva far-se-á com base em cer- § 2° (Vetado)
tidão das sentenças de liquidação, da qual deverá constar a
ocorrência ou não do trânsito em julgado. CAPÍTULO IV
§ 2° É competente para a execução o juízo: Da Coisa Julgada
I - da liquidação da sentença ou da ação condena-
tória, no caso de execução individual; Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este
II - da ação condenatória, quando coletiva a exe- código, a sentença fará coisa julgada:
cução. I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado
Art. 99. Em caso de concurso de créditos decor- improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que
rentes de condenação prevista na Lei n.° 7.347, de 24 de qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idên-
julho de 1985 e de indenizações pelos prejuízos individuais tico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do
resultantes do mesmo evento danoso, estas terão prefe- inciso I do parágrafo único do art. 81;
rência no pagamento. (Vide Decreto nº 407, de 1991) II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, ca-
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste arti- tegoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de
go, a destinação da importância recolhida ao fundo criado provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da
pela Lei n°7.347 de 24 de julho de 1985, ficará sustada en- hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81;
quanto pendentes de decisão de segundo grau as ações de III - erga omnes, apenas no caso de procedência do
indenização pelos danos individuais, salvo na hipótese de o pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores,
patrimônio do devedor ser manifestamente suficiente para na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.
responder pela integralidade das dívidas. § 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos
Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habili- incisos I e II não prejudicarão interesses e direitos indivi-
tação de interessados em número compatível com a gravi- duais dos integrantes da coletividade, do grupo, categoria
dade do dano, poderão os legitimados do art. 82 promover ou classe.
a liquidação e execução da indenização devida. (Vide § 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de
Decreto nº 407, de 1991) improcedência do pedido, os interessados que não tiverem
Parágrafo único. O produto da indenização devida intervindo no processo como litisconsortes poderão pro-
reverterá para o fundo criado pela Lei n.° 7.347, de 24 de por ação de indenização a título individual.
julho de 1985. (Vide Decreto nº 407, de 1991) § 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art.
16, combinado com o art. 13 da Lei n° 7.347, de 24 de ju-
CAPÍTULO III lho de 1985, não prejudicarão as ações de indenização por
Das Ações de Responsabilidade do Fornecedor de Produ- danos pessoalmente sofridos, propostas individualmente
tos e Serviços ou na forma prevista neste código, mas, se procedente o
pedido, beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que po-
Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do derão proceder à liquidação e à execução, nos termos dos
fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo do dis- arts. 96 a 99.
posto nos Capítulos I e II deste título, serão observadas as § 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à
seguintes normas: sentença penal condenatória.
I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor; Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e
II - o réu que houver contratado seguro de respon- II e do parágrafo único do art. 81, não induzem litispendên-
sabilidade poderá chamar ao processo o segurador, vedada cia para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julga-
a integração do contraditório pelo Instituto de Resseguros da erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e
do Brasil. Nesta hipótese, a sentença que julgar procedente III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações
o pedido condenará o réu nos termos do art. 80 do Código individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo
de Processo Civil. Se o réu houver sido declarado falido, de trinta dias, a contar da ciência nos autos do ajuizamento
o síndico será intimado a informar a existência de seguro da ação coletiva.
de responsabilidade, facultando-se, em caso afirmativo, o
ajuizamento de ação de indenização diretamente contra o TÍTULO IV
segurador, vedada a denunciação da lide ao Instituto de Do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor
Resseguros do Brasil e dispensado o litisconsórcio obriga-
tório com este. Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa
Art. 102. Os legitimados a agir na forma des- do Consumidor (SNDC), os órgãos federais, estaduais, do
te código poderão propor ação visando compelir o Poder Distrito Federal e municipais e as entidades privadas de de-
Público competente a proibir, em todo o território nacio- fesa do consumidor.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa do § 3° Não se exime de cumprir a convenção o for-
Consumidor, da Secretaria Nacional de Direito Econômico necedor que se desligar da entidade em data posterior ao
(MJ), ou órgão federal que venha substituí-lo, é organismo registro do instrumento.
de coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa Art. 108. (Vetado).
do Consumidor, cabendo-lhe:
I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar TÍTULO VI
a política nacional de proteção ao consumidor; Disposições Finais
II - receber, analisar, avaliar e encaminhar con-
sultas, denúncias ou sugestões apresentadas por entidades Art. 109. (Vetado).
representativas ou pessoas jurídicas de direito público ou Art. 110. Acrescente-se o seguinte inciso IV ao art.
privado; 1° da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985:
III - prestar aos consumidores orientação perma- “IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo”.
nente sobre seus direitos e garantias; Art. 111. O inciso II do art. 5° da Lei n° 7.347, de 24
IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor de julho de 1985, passa a ter a seguinte redação:
através dos diferentes meios de comunicação; “II - inclua, entre suas finalidades institucionais, a pro-
V - solicitar à polícia judiciária a instauração de teção ao meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio
inquérito policial para a apreciação de delito contra os con- artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, ou a
sumidores, nos termos da legislação vigente; qualquer outro interesse difuso ou coletivo”.
VI - representar ao Ministério Público competente Art. 112. O § 3° do art. 5° da Lei n° 7.347, de 24 de
para fins de adoção de medidas processuais no âmbito de julho de 1985, passa a ter a seguinte redação:
suas atribuições; “§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono
VII - levar ao conhecimento dos órgãos compe- da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou
tentes as infrações de ordem administrativa que violarem outro legitimado assumirá a titularidade ativa”.
os interesses difusos, coletivos, ou individuais dos consu- Art. 113. Acrescente-se os seguintes §§ 4°, 5° e 6°
midores; ao art. 5º. da Lei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985:
VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da “§ 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser dis-
União, Estados, do Distrito Federal e Municípios, bem como pensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse social
auxiliar a fiscalização de preços, abastecimento, quantida- evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou
de e segurança de bens e serviços; pela relevância do bem jurídico a ser protegido.
IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros § 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os
e outros programas especiais, a formação de entidades de Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Es-
defesa do consumidor pela população e pelos órgãos pú- tados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta
blicos estaduais e municipais; lei.
X - (Vetado). § 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar
XI - (Vetado). dos interessados compromisso de ajustamento de sua con-
XII - (Vetado) duta às exigências legais, mediante combinações, que terá
XIII - desenvolver outras atividades compatíveis eficácia de título executivo extrajudicial”.
com suas finalidades. Art. 114. O art. 15 da Lei n° 7.347, de 24 de julho
Parágrafo único. Para a consecução de seus obje- de 1985, passa a ter a seguinte redação:
tivos, o Departamento Nacional de Defesa do Consumidor “Art. 15. Decorridos sessenta dias do trânsito em julga-
poderá solicitar o concurso de órgãos e entidades de notó- do da sentença condenatória, sem que a associação autora
ria especialização técnico-científica. lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Públi-
co, facultada igual iniciativa aos demais legitimados”.
TÍTULO V Art. 115. Suprima-se o caput do art. 17 da Lei n°
Da Convenção Coletiva de Consumo 7.347, de 24 de julho de 1985, passando o parágrafo único
a constituir o caput, com a seguinte redação:
Art. 107. As entidades civis de consumidores e “Art. 17. “Art. 17. Em caso de litigância de má-fé, a asso-
as associações de fornecedores ou sindicatos de categoria ciação autora e os diretores responsáveis pela propositura
econômica podem regular, por convenção escrita, relações da ação serão solidariamente condenados em honorários
de consumo que tenham por objeto estabelecer condições advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da res-
relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e ponsabilidade por perdas e danos”.
características de produtos e serviços, bem como à recla- Art. 116. Dê-se a seguinte redação ao art. 18 da Lei
mação e composição do conflito de consumo. n° 7.347, de 24 de julho de 1985:
§ 1° A convenção tornar-se-á obrigatória a partir “Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá
do registro do instrumento no cartório de títulos e docu- adiantamento de custas, emolumentos, honorários peri-
mentos. ciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da as-
§ 2° A convenção somente obrigará os filiados às sociação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários
entidades signatárias. de advogado, custas e despesas processuais”.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
Art. 117. Acrescente-se à Lei n° 7.347, de 24 de 02. (CAIXA 2012 - CESGRANRIO - Técnico Bancário
julho de 1985, o seguinte dispositivo, renumerando-se os Novo) A política monetária enfatiza sua atuação sobre
seguintes: os meios de pagamento, os títulos públicos e as taxas
“Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses de juros. A política monetária é considerada expansio-
difusos, coletivos e individuais, no que for cabível, os dis- nista quando
positivos do Título III da lei que instituiu o Código de Defe- a) Reduz os meios de pagamento, retraindo o consu-
sa do Consumidor”. mo e a atividade econômica.
Art. 118. Este código entrará em vigor dentro de b) Mantém todas as condições macroeconômicas es-
cento e oitenta dias a contar de sua publicação. táveis por longo período.
Art. 119. Revogam-se as disposições em contrário. c) Estabelece diretrizes de expansão da produção do
Brasília, 11 de setembro de 1990; 169° da Indepen- mercado interno para o exterior.
dência e 102° da República. d) Realiza operações de crédito no exterior, aumen-
FERNANDO COLLOR tando a captação de recursos e, por consequência, os
Bernardo Cabral meios de recebimento.
Zélia M. Cardoso de Mello
e) Eleva a liquidez da economia, injetando maior vo-
Ozires Silva
lume de recursos nos mercados, elevando, em consequên-
Este texto não substitui o publicado no DOU de
cia, os meios de pagamentos.
12.9.1990 - Edição extra e retificado em 10.1.2007
Fonte: Marcineia de Oliveira – Não atenda clientes, 03. (CAIXA 2012 - CESGRANRIO - Técnico Bancá-
atenda pessoas/ http://www2.camara.leg.br/http://jus.com. rio Novo) O Sistema Financeiro Nacional é composto
br/artigos por diversas entidades, dentre as quais os órgãos nor-
Referências: CARVALHO, Irene Mello. Introdução à Psi- mativos, os operadores e as entidades supervisoras.
cologia das Relações Humanas; CHIAVENATO, Idalberto. Ad- A entidade responsável pela fiscalização das institui-
ministração de empresas Robbins, Stephen P. Comportamen- ções financeiras e pela autorização do seu funciona-
to Organizacional/ http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/ mento é o
res/2015/pdf/res_4433_v1_O.pdf/ Mercado & Concorrência a) Banco Central do Brasil.
Texto adaptado de Bruno Mendonça (Publicitário & b) Conselho Monetário Nacional.
Coach Profissional) / Enio Klein (Business School São Paulo c) Fundo Monetário Internacional.
– BSP)/Caio Volpe / Daniel Santa Cruz / Guilherme Françolin d) Conselho Nacional de Seguros Privados.
/ Jean Michel Soldatelli / Victor Brunetti e) Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
05. (CAIXA 2012 - CESGRANRIO - Técnico Bancário c) privativos de instituições financeiras de capital es-
Novo) A BM&FBOVESPA é uma companhia de capital trangeiro.
brasileiro, formada em 2008, a partir da integração das d) utilizados por bancos de investimento.
operações da Bolsa de Valores de São Paulo e da Bolsa
de Mercadorias & Futuros. Por meio de suas platafor- 09. (CESGRANRIO/2013 - Banco da Amazônia) Os
mas de negociação, a BM&FBOVESPA, dentre outras títulos de renda fixa emitidos pelos bancos comerciais
atividades, realiza o[a] e pelos bancos de investimento destinados a lastrear
a) Registro, a compensação e a liquidação de ativos operações de capital de giro são os
e valores mobiliários. a) registros e títulos públicos federais
b) Registro e a compensação de transferências inter- b) certificados e letras do tesouro nacional
nacionais de recursos. c) recibos e letras de câmbio
c) Seguro de bens e ativos mobiliários, negociados d) títulos federais e debêntures
no mercado. e) certificados e recibos de depósito bancário
d) Compensação nacional de cheques e a liquidação
de outros ativos bancários. 10. (CESGRANRIO/2010 - Banco do Brasil) Atual-
e) Intermediação, o registro e a liquidação de trans- mente os grandes bancos do mercado financeiro rea-
ferências interbancárias. lizam desde as atividades mais simples, como o paga-
mento de um título, até as mais complexas, como as
06. (Banco do Brasil 2012 - CESGRANRIO - Escritu- operações de Corporate Finance, que envolvem a
rário – BB) Dentre os principais papéis privados nego- a) intermediação de fusões, cisões, aquisições e incor-
ciados no mercado financeiro estão as letras de câmbio, porações de empresas.
que são emitidas pelos financiados dos contratos de b) realização de atividades corporativas no exterior.
crédito e aceitas pelas instituições financeiras partici- c) realização de um contrato de câmbio para viabilizar
pantes da operação. Posteriormente, elas são vendidas as exportações e as importações.
a investidores, por meio dos mecanismos de interme- d) manutenção de contas-correntes de expatriados no
diação do mercado financeiro. Nesse sentido, as letras exterior.
de câmbio se caracterizam como títulos e) gestão de ativos financeiros no segmento corpora-
a) Emitidos por instituições que atuam com crédito tivo.
imobiliário.
11. (FVG/2017 – IBGE) Na versão relativa da parida-
b) Transferíveis por meio de endosso, que podem ser
de do poder de compra:
pré-fixados ou pós-fixados.
a) os custos de transação no mercado cambial são limi-
c) Lastreados em ações ordinárias, podendo ser lan-
tados ao país local;
çados no exterior.
b) a taxa de câmbio é definida pela razão de preços em
d) Nominativos, com renda fixa e prazo determinado
moeda local em relação ao dólar;
de vencimento.
c) são consideradas apenas as cestas de consumo co-
e) Ao portador e com limite de valor definido pelo
mercializadas em comum nos dois países de comparação;
proprietário. d) para uma taxa de câmbio real de equilíbrio, a taxa de
câmbio nominal é corrigida pela diferença entre a inflação
07. (Banco do Brasil 2012 - CESGRANRIO - Escritu- doméstica e estrangeira;
rário – BB) No mercado de capitais, as operações de dis- e) um aumento do custo de vida nos EUA é compensa-
tribuição pública de ações (underwriting) acontecem do pelo mesmo aumento no país local.
a) Com a intermediação de qualquer instituição par-
ticipante do Sistema Financeiro Nacional. 12. (CESGRANRIO/2014 - Banco do Brasil) O supe-
b) Por meio de esforços de venda direta da emissora rintendente de vendas do Banco A, submetido a regime
junto a investidores institucionais. de metas, determina a suas equipes que, em todos os
c) Sem obrigatoriedade do registro na Comissão de contratos de empréstimos, vinculem o fechamento da
Valores Mobiliários. operação à realização de contrato de seguro. Com tal
d) De acordo com os termos e condições previstos determinação, as metas impostas são realizadas, com
no respectivo prospecto. reflexo financeiro positivo na remuneração dos empre-
e) Desde que a companhia já tenha ações negocia- gados.
das em bolsa de valores. Nos termos do Código de Defesa e Proteção ao
Consumidor, tal operação é:
08. (FCC/2011 - Banco do Brasil) As notas promissó- a) admitida, por ser inerente às relações de mercado.
rias comerciais (commercial papers) são instrumentos b) permitida, por ser integrante de regime de remune-
de captação de recursos por prazo máximo de 360 dias ração por metas.
para companhias abertas. c) vedada, por caracterizar prática abusiva.
a) emitidos no mercado interfinanceiro. d) vedada, por não ser possível a conjugação prática
b) que se destinam à aplicação exclusiva de fundos de das operações.
investimento. e) permitida, por configurar habitualidade das relações.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
13 . (INAZ do Pará/2014 – BANPARÁ) Quais dos Com base nesse pressuposto, os bancos, para avaliar se
créditos não são garantidos pelo Fundo Garantidor de valeria a pena ou não investir na criação desses novos
Créditos: produtos, em seu planejamento de vendas, iniciaram
a) Depósitos de poupança seu processo de planejamento de vendas, analisando
b) Letras de Câmbio o(a).
c) Letras de Crédito Imobiliário a) Potencial de mercado, que é um processo em que
d) Debêntures e Ações é estimada a capacidade do mercado brasileiro no ramo da
e) Operações compromissadas que têm como objeto atuação da empresa – estimativa que vai refletir a situação
títulos emitidos após 08.03.2012 por empresa ligada. econômica do momento.
b) Potencial de vendas, que é um processo em que
14. (CESPE/2011 – BRB) A conta garantida é moda- é calculado, a partir da análise da empresa e de seu am-
lidade de linha de crédito adequada para cobrir even- biente, da concorrência e de outros fatores pertinentes ao
tuais deficiências do fluxo de caixa dessa empresa. processo, o mercado existente.
( ) Certo c) Mix de marketing, que pode ser utilizado pela em-
( ) Errado presa para influenciar a resposta dos consumidores.
d) Campanha de marketing, procurando entender o
15. (FUNRIO/2016 – IF/PA) Considerando-se que as comportamento do consumidor visando a estabelecer os
debêntures podem ou não ser conversíveis em ações, o objetivos e as metas de cada produto para que a campanha
tipo de debênture em que a opção de conversão está atinja o público-alvo.
relacionada a uma empresa distinta da emissora da de- e) Previsão de vendas, que é um processo em que a
bênture é o capacidade de vendas da empresa e do mercado parte da
a) indireto. análise da demanda total do mercado para definir o públi-
b) permutável. co-alvo em que vai atuar.
c) direto.
d) realizável. 18. (FCC - 2013 - Banco do Brasil - Escriturário) Até
e) simples. que o cliente receba e aceite a mercadoria constante
em seu pedido, a venda é um compromisso de com-
16. (CESGRANRIO - 2014 - Banco do Brasil - Escri- pra e venda. Por isso, as empresas têm investido em
Administração de Vendas, tratando, principalmente, de
turário) Um funcionário de um banco, preocupado em
três temas centrais: o planejamento do que deverá ser
atingir as metas estabelecidas pela sua gerência, preci-
feito; a coordenação daquilo que está sendo feito; e o
sava vender alguns produtos bancários em pouco tem-
controle daquilo que já foi feito. Deve fazer parte do
po. Tentando atingir a meta estabelecida, ele procurou
planejamento:
algumas informações sobre como melhorar seu desem-
a) Conferir se o pedido de venda foi preenchido de
penho no processo de vendas.
forma correta.
A informação de como proceder no processo de
b) Verificar se as informações constantes no relatório
vendas, que contribuirá positivamente para a melhoria de visita a um cliente são satisfatórias.
de seu desempenho, é: c) Apresentar o relatório de despesas oriundas de vi-
a) Minimizar as informações passadas aos clientes sitas a clientes.
sobre os riscos envolvidos em cada um dos produtos ofe- d) Prever as vendas para o próximo período.
recidos. e) Avaliar o desempenho dos vendedores e da equi-
b) Oferecer os produtos aos clientes, independen- pe de vendas.
temente de seus perfis já que, ao categorizar os clientes,
estaria discriminando-os. 19. (FCC - 2013 - Banco do Brasil - Escriturário -
c) Falar mais do que ouvir, durante a abordagem ini- 2013) As técnicas de vendas podem ampliar a penetra-
cial, exaltando os benefícios de cada um dos produtos. ção de mercado de determinados produtos financeiros.
d) Mostrar conhecimento em relação aos produtos, Sabe-se que caminham, em paralelo com o processo
porém não mencionar a política do banco e as formas de de marketing de relacionamento, o planejamento e a
cobrança referentes aos produtos, já que esses detalhes to- fidelização. Sobre esse assunto, é correto afirmar que:
mam o tempo do cliente. a) O especialista em vendas tem a função de apre-
e) Buscar informações essenciais sobre os clientes sentar o produto, preocupando-se com a imagem e a cre-
com perspectiva de negócios, antes e durante a interação dibilidade da instituição perante os clientes finais.
no processo de compra e venda. b) O especialista em vendas se preocupa com a buro-
cracia dos serviços para fidelização dos clientes.
17. (CESGRANRIO - 2014 - Banco do Brasil - Es- c) As vendas visam prioritariamente ao crescimento
criturário) O setor bancário, de maneira geral, tem da instituição, sem preocupação com os clientes.
investido na criação de novos produtos para aten- d) As instituições não focam apenas os aspectos hu-
der a um mercado emergente nos últimos anos, em manos e nem sempre se preocupam com sua imagem.
função do aumento da renda per capita no país – as e) As instituições focam a impessoalidade através do
camadas mais populares da população brasileira. sistema hierarquizado.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
20. (CESGRANRIO - 2014 - Banco do Brasil - Es- Está correto o que se afirma APENAS em:
criturário) A motivação da força de vendas é um fator a) I e II.
fundamental para o sucesso na área comercial, sendo b) II e III.
então necessário respeitar a seguinte premissa: c) III e IV.
a) A motivação financeira sempre será o aspecto mo- d) II, III e IV.
tivacional mais importante em um time comercial. e) IV.
b) Uma equipe motivada sempre conseguirá alcançar
e superar as metas da área comercial.
c) O gasto financeiro da empresa em motivação é 23. (MPE/SP 2010 - VUNESP - ANALISTA DE PRO-
um fator essencial para manter a equipe de vendas cons-
MOTORIA I) Consideram-se produtos essenciais os in-
tantemente motivada.
dispensáveis para satisfazer as necessidades imediatas
d) A motivação está diretamente ligada à valorização
do consumidor. Logo, na hipótese de falta de qualidade
do funcionário.
e) A questão motivacional não tem relação com um ou quantidade, não sendo o vício sanado pelo forne-
ambiente propício ao desenvolvimento pessoal e profissio- cedor:
nal de seu colaborador É direito de o consumidor exigir a substituição do pro-
duto por outro de mesma espécie, em perfeitas condições
21. (FUMARC - 2011 - PRODEMGE - Analista de Ges- de uso, ou, a seu critério exclusivo, a restituição imediata
tão Administrativa) O preço é considerado uma variável da quantia paga, sem prejuízo de eventuais perdas e danos,
que, junto aos demais elementos do composto de mar- ou, ainda, o abatimento proporcional do preço.
keting, determina a percepção que os consumidores O consumidor tem apenas o direito de exigir a substi-
criam sobre a oferta de produtos ou serviços. Analise tuição do produto por outro de mesma espécie, em perfei-
as frases a seguir. tas condições de uso.
I. O preço pode variar de acordo com o amadureci- a) Abre-se, para o consumidor, o direito de, alternati-
mento do produto no mercado. vamente, solicitar, dentro do prazo de 7 (sete) dias, a subs-
II. Necessidades de geração de caixa podem interferir tituição do produto durável ou não durável por outro de
na política de preço dos produtos. mesma espécie, em perfeitas condições de uso, ou a resti-
III. A redução de preço pode ser associada à redu- tuição imediata da quantia paga, sem prejuízo de eventuais
ção da qualidade percebida pelo cliente. perdas e danos, ou, ainda, o abatimento proporcional do
Marque a alternativa CORRETA: preço.
a) Apenas as frases I e II são verdadeiras. b) É direito de o consumidor exigir apenas a substi-
b) Apenas as frases I e III são verdadeiras. tuição do produto durável por outro de mesma espécie, em
c) Apenas as frases II e III são falsas. perfeitas condições de uso, ou, sendo não durável, a resti-
d) As frases I, II e III são verdadeiras. tuição imediata da quantia paga, sem prejuízo de eventuais
perdas e danos, ou, ainda, o abatimento proporcional do
preço.
22. (FCC - 2010 - MPE-RN - Analista de Tecnologia c) É direito de o consumidor exigir a substituição
da Informação) Sobre CRM, considere: do produto durável ou não durável, dentro do prazo de
I. As empresas utilizam o CRM para trocar informa- 180 (cento e oitenta) dias, por outro de mesma espécie,
em perfeitas condições de uso, ou, a seu critério exclusi-
ções com seus fornecedores sobre disponibilidade de
vo, a restituição imediata da quantia paga, sem prejuízo de
materiais e componentes, datas de entrega para remes-
eventuais perdas e danos, ou, ainda, o abatimento propor-
sa de suprimentos e requisitos de produção. cional do preço.
II. CRM é uma rede de organizações e processos de
negócios para selecionar matérias-primas, transformá
-las em produtos intermediários e acabados e distribuir
os produtos acabados aos clientes.
III. Sistemas de CRM capturam e integram dados
do cliente provenientes de toda a organização, con-
solidam e analisam esses dados e depois distribuem
os resultados para vários sistemas e pontos de con-
tato com o cliente espalhados por toda a empresa.
IV. Pacotes de software CRM mais abrangentes contêm
módulos para gerenciamento com o relacionamento
com o parceiro (PRM) e gerenciamento de relaciona-
mento com o funcionário (ERM).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
GABARITO
ANOTAÇÕES
1 C
2 E __________________________________________________
3 A
___________________________________________________
4 C
5 A ___________________________________________________
6 D ___________________________________________________
7 D ___________________________________________________
8 A
___________________________________________________
9 E
___________________________________________________
10 A
11 D ___________________________________________________
12 C ___________________________________________________
13 D
___________________________________________________
14 CERTO
___________________________________________________
15 B
16 E ___________________________________________________
17 A ___________________________________________________
18 D
___________________________________________________
19 A
___________________________________________________
20 D
21 D ___________________________________________________
22 C ___________________________________________________
23 A
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
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___________________________________________________
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário
ANOTAÇÕES
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___________________________________________________________________________________________________________
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