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Estudo de Caso: REPOSICIONANDO A RANBAXY
Referências: Kothavala, K. Ghemawat, P. Reposicionando a Ranbaxy.
Harvard Business School, 707 – P01, 18 de fevereiro de 1998.
No início de 1993 o herdeiro Dr. Parvinder Singh assumiu em lugar de seu pai, o
cargo de CEO na companhia, com metas ambiciosas para a companhia, transformar a
Ranbax em novembro do mesmo ano, empresa de pesquisa internacionalmente
reconhecida e atingir até 2003 o número de 1 bilhão de dólares em vendas. Para atingir o
objetivo, além do aumento das vendas em mais 20%, exigia um reposicionamento
estratégico atuando nos mercados em desenvolvimento e fortalecer a empresa em
mercados desenvolvidos. Porém, a Ranbaxy teve que repensar cautelosamente seus
planos estratégicos e seu projeto de internacionalização, devido a atuação de um
concorrente de nome Cipla que aumentou sua participação no mercado doméstico
superando a Ranbaxy.
Outra razão para os baixos preços dos produtos farmacêuticos na Índia, era o Drugs
Price Control Order (DPCO), uma ordem emitida pelo Governo da Índia para controlar os
preços dos medicamentos que o governo considerava essencial.
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No início dos anos 90, com o aumento da população indiana e da renda per capita,
também de melhorias da infraestrutura e melhor compreensão da população sobre os
cuidados sanitários, também de reformas na economia iniciada em 91, eram boas as
expectativas para o crescimento do mercado farmacêutico indiano, que previa um
crescimento de 15%, maior que a taxa mundial de crescimento do setor.
Em 1995, com uma receita de US$ 3 bilhões o mercado farmacêutico indiano estava
entre os 12 maiores mercados do mundo. Porém, a participação da índia no mercado
farmacêutico a nível mundial representava pouco mais de 1%.
A Ranbaxy tinha uma vantagem geográfica em relação aos seus concorrentes pois
estava instalada em torno do mercado indiano, com isso conseguia conceder descontos
em nos preços de seus produtos, que consequentemente atraia compradores estrangeiros,
aumentando assim suas exportações. As 04 plantas químicas da Ranbaxy e uma em
parceria com a Eli Lilly na índia, atendiam tanto o mercado doméstico quanto a demanda
de exportação de produtos farmacêuticos.
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Na década de 70, a Ranbaxy resolveu iniciar a fabricação de princípios ativos e
drogas intermediárias, evitando assim a importação desses produtos. Em 1995 havia se
tornado o maior produtor de princípios ativos e drogas intermediaria da índia, atendendo
15% da demanda nacional, porém exportava muito pouco.
Em 1979, a Ranbaxy começou a investir na área de P&D, dez anos depois iniciou
processo de engenharia reversa, do antibiótico cefaclor, que em 1979 comercializado pela
Eli Lilly, era o antibiótico mais vendido do mundo. Em 1992 a área de P&D da Ranbaxy,
conseguiu desenvolver com sucesso processo de sintetização do Cefaclor, com isso, as
vendas da Lilly de cefaclor despencaram e a Ranbaxy se tornou o segundo maior
fabricante do antibiótico cefaclor do mundo. Nessa época, a Eli Lilly despertou o interesse
de Parcerias com a Ranbaxy. Em 1995 a Ranbaxy passou a investir 5% de suas vendas
com P&D cerca de Rs. 366 milhões. As atividades foram realizadas na Índia e com 312
pessoas, sendo que 239 eram cientistas.
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Avaliado em US$ 8 bilhões, o mercado chinês era três vezes maior que o mercado
indiano, então em 1990 a Ranbaxy resolveu apostar no mercado chinês através de um a
joint venture, envolvendo todas as empresas indianas e duas empresas chinesas
(investimento de US$ 12 milhões). Do resultado dessa joint venture foi criada a empresa
Ranbaxy Guangzhou China Ltda (RGCL). O acordo era explorar o conhecimento de
processamento e importar princípios ativos da Ranbaxy. Em 1995 foi inaugurado a planta
de produção da RGCL na China, a estimativa de vendas era de US$ 42 milhões até 1998.