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Gás de

Física do Estado Sólido 1


Prof. Dr. Adilson J. A. de
Oliveira

elétrons livres Departamento de Física -


UFSCar
UM PENSAMENTO
INTERESSANTE
´“In a theory which has given results
like these, there must certainly be a
great deal of truth. “
´(Em uma teoria que deu resultados
como esses, certamente deve haver
muita verdade.)

´H. A. Lorentz
Aproximação adiabática de Born-Oppenheimer

Para um átomo de hidrogênio


podemos estimar:

𝑍𝑒 ! 𝑚𝑣 ! Da condição de quantização de ℏ!
− ! =− 𝑚𝑣𝑎 = 𝑛ℏ → 𝑎= 𝑛!
𝑎 𝑎 Bohr-Sommerfeld temos: 𝑚𝑍𝑒 !

𝑍𝑒 ! 𝑚𝑣 ! 𝑍𝑒 !
A energia eletrônica 𝐸" = − + =−
𝑎 2 2𝑎
quantizada do átomo
de hidrogênio é dada
por: Existe uma diferença de massa muito
𝑚𝑍 ! 𝑒 #
𝐸" = − ! ! grande entre os núcleos e os elétrons: Por
2𝑛 ℏ exemplo, para o alumínio M~5x104 me
Aproximação adiabática de Born-Oppenheimer

uma vez que a razão entre a massa do


Considera-se o deslocamento do elétron para a massa de prótons é 1/2000
núcleo em relação a sua posição a energia cinética do núcleo é
𝑍𝑒 !
de equillíbrio por uma pequena −𝐹$%& = −𝛼 ' 𝑟 insignificante quando comparada à
𝑎 energia cinética eletrônica.
distância r, devido a uma força
restauradora de dipolo

A equação de movimento do 𝑍𝑒 ! 𝑑! 𝑟
−𝛼 ' 𝑟 = 𝑀( !
deslocamento do núcleo será da 𝑎 𝑑𝑡
)
forma: 𝐸( 𝑚 !
~
!
𝑍!𝑒! 𝐸" 𝑀(
A solução é do tipo de oscilador 𝜔 =𝛼
𝑀( 𝑎'
harmônico com frequência:
𝑀( 5 𝑑𝑟⃗ 7 𝑣⃗ = 2𝜋𝑛ℏ
Da condição de quantização
semi-clássica temos:
)
𝑚𝑍 ! 𝑒 # ) 𝑍𝑚 !
𝐸( = 𝑛ℏ𝜔 = 𝑛 𝛼!
ℏ! 𝑀(
Aproximação adiabática de Born-Oppenheimer

Para um sistema com muitos elétrons e admitindo Elétrons, buracos,


que os núcleo estão instantâneamente excitons, magnons
“congelados” ou “fixos” nas suas posições temos o
Hamiltoniano do tipo:


𝑝⃗%! 1 𝑒! 𝐸" = 𝐸"1 𝑅*
𝐻" = ; + ; 𝑉* 𝑟% − 𝑅* + ; + 𝐻-
2𝑚 2 𝑟% − 𝑟+
% * %+


Para os núcleos o 𝑝⃗*!
1 𝑍* 𝑍*’ 𝑒 !
𝐻. = ; + ; + 𝑉"0 𝑅* fônons
Hamiltoniano é do tipo: 2𝑀* 2 𝑅* − 𝑅*’
% /*’

𝑉"0 𝑅* → 𝐸"2 𝑅*
A teoria de
Sommerfeld
para os
metais
Uma aproximação mais realista para
a matéria 6
7
𝝐𝒏 = energia do
elétron no orbital
Para um elétron não interagente ℏ! 𝜕 !
é descrito pela equação de − 𝜓 = 𝜖* 𝜓*
2𝑚 𝜕𝑥 ! *
Schrödinger, na forma:

Para um elétron limitado em uma


“caixa” de dimensão L a 𝜓* 0 = 0; 𝜓* 𝐿 = 0
condição periódica de contorno
2𝜋 1
𝜓* = 𝐴 sin 𝑥 ; 𝑛𝜆* = 𝐿
𝜆* 2
A solução da equação de
Schrödinger é na forma: 𝑑𝜓* 𝑛𝜋 𝑛𝜋 𝑑! 𝜓* 𝑛𝜋 ! 𝑛𝜋
=𝐴 co𝑠 𝑥 = −𝐴 sin 𝑥
𝑑𝑥 𝐿 𝐿 𝑑𝑥 ! 𝐿 𝐿

!
ℏ! 𝑛𝜋
𝜖* =
2𝑚 𝐿
Propriedades de
um gás de
elétrons no
estado
fundamental
Em um sólido linear os números quânticos dos
De acordo com o princípio de exclusão
elétrons de condução são (n>0 e inteiro) e ms é
de Pauli, não pode haver dois elétrons )
com os mesmos números quânticos o número magnético quântico 𝑚4 = ± !
dependendo da orientação do spin

2𝑛5 = 𝑁

Energia de Fermi ! !
ℏ! 𝑛5 𝜋 ℏ! 𝑁𝜋
𝜖5 = =
2𝑚 𝐿 2𝑚 2𝐿
Distribuição de
Fermi-Dirac

O estado fundamental de N O que acontece quando


elétrons ocorre no zero absoluto aumentamos a
temperatura? 1
𝑓 𝜖 =
𝜀 −𝜇
𝑒𝑥𝑝 5 +1
𝑘6 𝑇

Potencial
químico
11

Para um elétron não


interagente é descrito pela ℏ𝟐 𝝏𝟐 𝝏𝟐 𝝏𝟐 ℏ𝟐 𝟐
− % + + + 𝝍(𝒓
/⃗) = − 𝛁 𝝍(𝒓
/⃗) = 𝜺𝝍(𝒓
/⃗)
equação de Schrödinger, na 𝟐𝒎 𝝏𝒙𝟐 𝝏𝒚𝟐 𝝏𝒛𝟐 𝟐𝒎
forma:
𝜓(𝑥, 𝑦, 𝑧 + 𝐿) = 𝜓(𝑥, 𝑦, 𝑧)
Para um elétron limitado em uma 𝜓(𝑥, 𝑦 + 𝐿, 𝑧) = 𝜓(𝑥, 𝑦, 𝑧)
“caixa” de dimensões L=V1/3 leva a
condição periódica de contorno 𝜓(𝑥 + 𝐿, 𝑦, 𝑧) = 𝜓(𝑥, 𝑦, 𝑧)

1 -⃗
A solução da equação de 𝜓𝑘 (𝑟⃗) = 𝑒 𝑖𝑘 ∙𝑟⃗
Schrödinger é na forma: √𝑉
ℏ 𝑘 2 2
e 𝜀0𝑘-⃗1 = 2𝑚

Da condição de 𝟐𝝅𝒏𝒙 𝟐𝝅𝒏𝒚 𝟐𝝅𝒏𝒛


periódica de contorno:
𝒌𝒙 = ; 𝒌𝒚 = ; 𝒌𝒛 =
𝑳 𝑳 𝑳
12
'
2𝝅
𝑳 𝑽
=𝛀 No de estados
𝟖𝝅𝟑

A densidade eletrônica é dada por:

ℏ! 𝑘5!
4𝜋 3 𝑉 𝑘𝐹3 𝜀5 =
! 𝑘𝐹 ' ! 3 ' = + 2 𝑉. 2𝑚
3 8𝜋 6𝜋

Considerando o fato de ter dois tipos de spins


𝑘 𝐹3 𝑘 𝐹3 𝑘 𝐹3
𝑁 = 2 ∙ 6𝜋 2 𝑉 = 3𝜋 2 𝑉 𝑛 = 3𝜋 2
)8
3𝜋 ! 𝑁 '
𝑘5 =
𝑉

Gás de
elétrons livres
em 3
dimensões
14

Para N elétrons em um ℏ! !
𝐸=2 ; 𝑘
volume V, temos que: 2𝑚
9:9!

1 𝑑𝑘
Definindo uma função lim ;𝐹 𝑘 = _ '𝐹 𝑘
;→= 𝑉 8𝜋
para o espaço k 9

𝑬 1 ℏ! 𝒌! 1 ℏ! 𝒌@𝑭
= _ 𝒅𝒌 = !
𝑽 4𝝅' 𝒌:𝒌𝑭 2𝒎 𝝅 10𝒎
Podemos calcular a
densidade de energia 𝑵 𝒌'𝑭
=
𝑽 3𝝅!
𝑬 𝟑 ℏ 𝟐 𝒌𝟓
𝑭 𝟑 𝑬 𝟑 𝜺𝑭
= = 𝜺𝑭 ou = 𝒌𝑩 𝑻𝑭 ; 𝑻𝑭 =
𝑵 𝟏𝟎 𝒎 𝟓 𝑵 𝟓 𝒌𝑩

)8 !8
ℏ! 𝑘5! !
3𝜋 𝑁 ' ℏ! 3𝜋 ! 𝑁 '
𝜀5 = 𝑘5 = 𝜖5 =
2𝑚 𝑉 2𝑚 𝑉
!8
! ! '
Para N elétrons em um )8 ℏ 3𝜋 𝑁
ℏ! 𝑘5! 3𝜋 ! 𝑁 ' 𝜖5 =
volume V, temos que: 𝜀5 = 2𝑚 𝑉
2𝑚 𝑘5 =
𝑉

)8
ℏ𝑘5 ℏ 3𝜋 ! 𝑁 '
𝑣5 = =
𝑚 𝑚 𝑉
'8
𝑉 2𝑚𝜖 !
O número de orbitais por 𝑁= !
unidade de energia é definido 3𝜋 ℏ!
como densidade de estados

'8
𝑑𝑁 𝑉 2𝑚 ! )8 𝑑𝑁 3𝑁
𝐷 𝜖 = = ! ! 𝜖 ! 𝐷 𝜖 = =
𝑑𝜖 2𝜋 ℏ 𝑑𝜖 2𝜖
Densidade de
estados de uma
única partícula
em função da
energia
18
𝑇 𝜕𝑆 𝜕𝑢
𝑐𝑣 = 𝑉 &𝜕𝑇 ) = &𝜕𝑇 ) , u=U/V
A partir da estatística de Fermi-Dirac pode-se 𝑉 𝑉
calcular a contribuição eletrônica para o
calor específico magnética 𝑈 = 2 - 𝜀 (𝑘)𝑓(𝑘)
𝑘

𝑑𝑘 𝑑𝑘
1.
𝑢 = ∫ 3 𝜀 (𝑘)𝑓(𝑘) e 𝑛 = ∫ 3 𝑓(𝑘)
4𝜋 4𝜋
2𝑚𝜀 1 2𝑚𝜀 − 2 2𝑚
𝑘 = # 2 ⇒ 𝑑𝑘 = + 2 , 𝑑𝜀
ℏ 2 ℏ ℏ2

2 1.
𝑘 𝑑𝑘 𝑚 2𝑚𝜀 2 Considerando a simetria esférica:
= + , 𝑑𝜀 = 𝑔(𝜀 )𝑑𝜀
𝜋2 ℏ2 𝜋 2 ℏ2
1.
3𝑛 𝜀 2
( )
𝑔 𝜀 = + , 𝜖 > 0
2 𝜖𝐹 𝜖𝐹
=0 e < 0

3𝑛
𝑔(𝜀𝐹 ) =
2 𝜖𝐹
Propriedades
térmicas de
um gás de
elétrons
Um início para construção de um
22
modelo para a estrutura da matéria

Descoberta do Elétron em 1897

Modelo do
“Pudim de J J Thomson (1856-1940)
Passas
Modelo de Drude
23

´ A descoberta do elétron teve um


grande impacto nas teorias da
estrutura da matéria.
´ Em 1900 Drude propôs um modelo
clássico para explicar as
condutividades térmica e elétrica.

Paul Karl Ludwig Drude


(1863-1906)
Hipóteses do Modelo Cinético Molecular
24

´ O modelo de Drude está baseado nas idéias da teoria cinética dos


gases, que admitia:
´ As moléculas de um gás são esferas perfeitas e idênticas, movendo-se
em linha reta até colidir com outra molécula.
´ O tempo de cada colisão é desprezível
´ Não há forças entre as partículas.

Entretanto....

Em um metal, por exemplo, há dois tipos de partículas,


pois este é eletricamente neutro.
´ Drude supôs que no núcleo do átomo estão as cargas
positivas.
´ Há elétrons que estão ligados a esse núcleo
25 Hipóteses ´ Existem elétrons de valência que podem se mover
do Modelo livremente no metal

de Drude
26

(a) Figura esquemática de um átomo isolado Za= número atômico


(b) Em um metal o núcleo e o “caroço” do íon e= -1.6x10-19 C
mantém a sua configuração de átomo Z-Za= no. de elétrons presos
livre, mas os elétrons de valência deixam o fortemente ao núcleo
átomo para formar um gás de elétrons. eZ= elétrons de condução
Aplicando-se a teoria cinética para o “gás” de elétrons livres de massa m:
27
Um elemento metálico tem
tipicamente 6,022x10-24
átomos por mol

rM= densidade em g/cm3


A= no. atômico de massa

Definindo a densidade eletrônica


rs como o raio de uma esfera cujo
o volume é igual ao volume dos
elétrons de condução teremos
Hipóteses do Modelo de Drude
28

´ 1- A interação dos elétrons livres com os íons é desprezível. Na


ausência de um campo eletromagnético, os elétrons se movem
uniformemente em linha reta. Na presença de campos externos, o
movimento é determinado pela lei de Newton.

Essas aproximações são


chamadas de “aproximação
de elétron independente” e
“aproximação de elétron
livre”
29 Hipóteses do Modelo de Drude

´ 2- As colisões são instantâneas e alteram


abruptamente a velocidade de um elétron
´ 3- As colisões tem a probabilidade de colisão 1/t,
t= tempo de relaxação
´ 4- Os elétrons estão em equilíbrio térmico após as
colisões
A Condutividade Elétrica DC de um Metal
;
30
𝑉 = 𝑅𝐼 𝐼𝜌𝐿 𝐿
De acordo 𝑉 = 𝐸. 𝐿 → 𝑉 = →𝑅=𝜌
𝐴 𝐴
com a lei de 𝐸 = 𝜌⃗𝚥
Ohm

𝐼 1 𝑑𝑞 1 𝑣𝑑𝑡
Se n elétrons por unidade de volume 𝑗= = = − 𝑛𝑒𝐴
se movem com velocidade v em um 𝐴 𝐴 𝑑𝑡 𝐴 𝑑𝑡
intervalo dt e eles atravessam uma
área A, temos que: 𝚥⃗ = −𝑛𝑒𝑣⃗

Se não há campo elétrico


aplicado o valor médio de v=0
Após a colisão o elétron vai sentir
a presença do campo elétrico
Densidade de
elétrons livres
para alguns
elementos
A Condutividade Elétrica DC de um Metal
32

𝑑𝑝⃗ 𝑑𝑣⃗ 𝑒𝐸
𝐹⃗ = = −𝑒𝐸 = 𝑚 𝑑𝑣 = −
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑚

𝑒𝐸𝜏 𝑛𝑒 !
𝑣/é$%K =− →𝑗= 𝜏 𝐸
𝑚 𝑚
1 𝑛𝑒 !
𝜎 = → 𝚥⃗ = 𝜎𝐸 → 𝜎 = 𝜏
𝜌 𝑚

𝑚
𝜏=
𝜌𝑛𝑒 !
Os tempos de relaxação são tipicamente na ordem
de 10-14 a10-15 s em temperatura ambiente
Resistividade
elétrica de alguns
elementos
A Condutividade Elétrica DC de um Metal
34
Utilizando o teorema da equipartição 1 3
da energia, pode-se estimar o livre 𝑙 = 𝑣2 𝜏 𝑚 𝑚𝑣2! = 𝑘6 𝑇
𝜏= 2 2
caminho médio dos elétrons 𝜌𝑛𝑒 !

'9&L '9&L / '9&L


𝑣2 = → 𝑙= 𝑙=
/ / M*" ' M' *' " (

A partir dos valores experimentais calcula-se v~107 cm/s e l~ 1 a 10 Å

Entretanto.... Para baixas temperaturas l ~ 103 Å


A Condutividade Elétrica DC de um Metal
35

Quando se aplica um campo elétrico ou


magnético, a velocidade de deslocamento 𝑝(𝑡)
⃗ 𝑝(𝑡)

𝑣⃗ = → 𝚥⃗ = −𝑛𝑒
do elétron varia com o tempo 𝑚 𝑚

Conhecendo-se p(t) em t, pode-


se calcular p(t+dt). Um elétron
𝑑𝑡
em movimento randômico terá 1−
a probabilidade de colisão 𝜏

A força adicional f(t) mudará o momento na forma:

𝑑𝑡 !
𝑝 𝑡 + 𝑑𝑡 = 1 − 𝑝 𝑡 + 𝑓 𝑡 𝑑𝑡 + 𝜎 𝑑𝑡
𝜏 𝑑𝑝(𝑡)
⃗ 𝑝⃗ 𝑡
=− ⃗
+ 𝑓(𝑡)
𝑑𝑡 𝜏
Aplicações para o Efeito Hall e
36 Magnetorresistência

O efeito surge devido ao Edwin Herbert Hall


campo magnético que produz (1855-1938)
a defelxão dos elétrons, por
causa da força de Lorentz
A Condutividade Elétrica DC de um Metal
37

Considere o movimento de um Sistema em 𝑑 1 1


um campo magnético uniforme B. A força 𝑚 + 𝑣⃗ = −𝑒 𝐸 + 𝑣×𝐵

𝑑𝑡 𝜏 𝑐
de Lorentz será na forma:po

𝑑 1 𝐵
𝑚 + 𝑣 = −𝑒 𝐸N + 𝑣O
𝑑𝑡 𝜏 N 𝑐
As equações de movimento 𝑑 1 𝐵
𝑚 + 𝑣O = −𝑒 𝐸O + 𝑣N
ficam na forma: 𝑑𝑡 𝜏 𝑐 Frequência
ciclotrônica
𝑑 1
𝑚 + 𝑣 = −𝑒𝐸P
𝑑𝑡 𝜏 P
𝑒𝜏 𝑒𝐵
𝑣N = − 𝐸N − 𝜔0 𝜏𝑣O 𝜔0 =
𝑚 𝑚𝑐
𝑒𝜏
As soluções são: 𝑣O = − 𝐸 + 𝜔0 𝜏𝑣N
𝑚 O

𝑒𝜏
𝑣P = − 𝐸
𝑚 P
Efeito Hall
O campo Hall é o campo elétrico que ocorre
através de duas faces de um condutor, na
direção j x B, quando uma corrente j flui
através de um campo magnético B.
Considere uma amostra em forma de bastão
em um campo elétrico longitudinal E, e um
campo magnético transversal

Se a corrente não pode fluir para fora da


haste na direção y, devemos ter 𝛿𝑣O = 0.

𝑒𝜏
0=− 𝐸 + 𝜔0 𝜏𝑣N 𝑒𝜏 𝐸O
𝑚 O 𝐸 = 𝜔0 𝜏𝑣N 𝐸O = −𝜔0 𝜏𝐸N 𝑅Q =
𝑚 O 𝑗N 𝐵
𝑒𝐵𝜏
𝑒𝜏 − 𝑚 𝐸N 1
𝑣N = − 𝐸N 𝑅Q = ! =−
𝑚 𝑛𝑒 ! 𝜏 𝑛𝑒 𝜏 𝑛𝑒𝑐
𝑒𝐵𝜏 𝑗N = 𝐸 𝐸N 𝐵
𝐸O = − 𝐸 𝑚 N 𝑚
𝑚 N
Aplicações para o Efeito Hall e
39 Magnetorresistência
𝐸N Magnetorresistência
𝜌(𝐻) =
𝑗N

1
𝑅Q = − Coeficiente Hall
𝑛𝑒𝑐
Magnetorresistência
Gigante

Um fenômeno da spintrônica
Por que a
GMR é útil? A descoberta e aplicação
do fenômeno GMR é
Os leitores de MP3
compactos de 160 GB e os
responsável pela discos rígidos de 1 TB, agora
disponibilidade onipresente amplamente disponíveis,
de armazenamento de devem sua existência ao
informações econômicas e GMR e aos avanços
de alta densidade em relacionados subsequentes.
nossa sociedade.
Magnetorresistência Anisotrópica - Relatada em 1857 pelo
físico britânico Lord Kelvin.

Quando uma corrente passa através de um condutor


magnético, a resistência muda com base no ângulo relativo
entre a corrente e a magnetização do condutor.

A resistência aumenta quando a corrente é perpendicular à


As ideias da magnetização e diminui quando a corrente é paralela à
magnetização.
Magnetorresitência
Anisotrópica

Causa: acoplamento spin-órbita de elétrons

Usado como a base da leitura do disco rígido antes da


descoberta do GMR.
A ciência da
magnetorresistência gigante

´ Sistema:
´ uma fina camada de material não
magnético imprensada entre duas
camadas de material magnético.
´ Esquerda: uma camada tripla de Fe-Cr-
Fe usada no experimento original de
Grünberg.
Ciência da GMR
Modelo de Mott

A condutividade elétrica em metais pode ser descrita em termos de dois


canais condutores independentes, correspondendo aos elétrons spin up e
spin down, e a condução elétrica ocorre em paralelo para os dois canais.

Nos metais ferromagnéticos, as taxas de espalhamento dos elétrons spin up


e spin down são diferentes.

Admitimos que o espalhamento é forte para os elétrons com spin


antiparalelo à direção de magnetização e fraca para os elétrons com spin
paralelo à direção de magnetização.
A ciência da magnetorresistência gigante

´ Magnetização paralela
´ Elétrons de spin superior
sofrem pequena
resistência, e elétrons de
spin down experimentam
grande resistência.
´ A resistência total é

2 R­ R¯
R para =
R­ + R¯
A ciência da magnetorresistência gigante

´ Magnetização
antiparalela
´ Ambos os spins de
elétrons apresentam
pequena resistência
em uma camada e
grande resistência na
outra.
´ A resistência total é

Rantpara = 12 ( R­ + R¯ )
A ciência da magnetorresistência gigante

´A diferença de resistência é dada por:

1 ( R­ - R¯ )
2
DR = R para - Rantipara =-
2 ( R­ + R¯ )
Descoberta independente pelo
professor Albert Fert, da Université Paris-
Sud, na França, e pelo professor Peter
Grünberg, do Forschungszentrum, em
Jülich, Alemanha.
Descoberta
da GMR por
Fert and Ambos os grupos enviaram artigos para
Grünberg a Physical Review no verão de 1988.
Descoberta da GMR por Fert et al.

´Estrutura de Fe-Cr de 60
camadas em 4,2 K
´Quase 50% de queda na
resistência observada!!

M. N. Baibich et. al. Giant Magnetoresistance of (001)Fe/(001)Cr


Magnetic Superlatices. Physical Review Letters, 39, 4828 (1988).
Descoberta da GMR por Grünberg et al.

´Camada de Fe-Cr-Fe à
temperatura ambiente
´Queda de 1,5% na
resistência relatada

G. Binasch et. al. Enhanced magnetoresistance in layered


magnetic structures with antiferromagnetic interlayer exchange.
Physical Review B, 61, 2472 (1989).
Stuart Parkin, da IBM, tentou reproduzir o
efeito usando a técnica de sputtering

Fert e Grünberg usaram epitaxia por feixe


molecular, um método mais preciso, porém
mais lento e mais caro.

Descoberta
GMR O grupo de Parkin teve sucesso, observando o
GMR na primeira amostra multicamada
produzida.
IBM
O grupo de Parkin começou a experimentar
várias composições de amostra e espessuras
de camada para entender melhor o GMR e
como integrá-lo ao armazenamento
magnético.
Aplicações práticas da GMR
Válvula de Spin
GMR’s effect on hard drive industry

´ 1o. Hard drive com GMR


desenvolvido [11]
´ Deskstar 16 GP by IBM
´ Data: 1997
´ Capacidade: 16.8 GB
´ 2.7 billion bits per square
inch.
´ Deskstar 7K1000 by Hitachi
´ Date: 2007 [12]
´ Storage: 1 TB
56 A CONDUTIVIDADE ELÉTRICA AC EM UM METAL

´ Para calcular a corrente induzida em um metal devido a


um campo elétrico dependente do tempo, temos:
A CONDUTIVIDADE ELÉTRICA AC EM UM
57
METAL
´ A partir do resultado calculado para a densidade de corrente, podemos
expressar:

*" &⃗
𝚥⃗ = − => 𝚥⃗ 𝑡 = 𝑅𝑒 𝚥⃗ 𝜔 𝑒 S%TU
/

𝑛𝑒 !z
𝑛𝑒𝑝⃗ 𝜔 𝑚
𝚥⃗ 𝜔 = − = 𝐸 𝜔
𝑚 1z − 𝑖𝜔
𝜏

𝚥⃗ 𝜔 = 𝜎 𝜔 𝐸 𝜔 ⇒

𝜎2 𝑛𝑒 ! 𝜏
𝜎 𝜔 = ⇒ 𝜎2 =
1 − 𝑖𝜔𝜏 𝑚
A CONDUTIVIDADE ELÉTRICA AC EM UM
58 METAL
´ Pode-se também considerar a introdução de um termo de
campo magnético, mas no caso AC torna-se despresível.
´ Para um campo dependente da posição, temos:

𝑗⃗(𝑟⃗, 𝜔) = 𝜎(𝜔)𝐸+⃗ (𝑟⃗, 𝜔) ⇒ ∇ ∙ 𝐸$⃗ = 0


∇∙𝐻 $⃗ = 0
É importante comparar o comprimento $⃗
1 𝜕𝐻
de onda associado ao campo ∇ × 𝐸$⃗ = −
eletromágnético (l) com o livre caminho 𝑐 𝜕𝑡
médio dos elétrons (l). 4𝜋 1 𝜕𝐸$⃗
∇×𝐻 $⃗ = +
Se l for grande, das equações de
𝑐 𝑐 𝜕𝑡
Maxwell teremos:
Considerando o campo E=Eeiwt
59 A CONDUTIVIDADE ELÉTRICA AC EM UM METAL

1 𝜕 ∇×𝐻
∇×∇×𝐸 = −∇! 𝐸 −∇7𝐸 =
𝑐 𝜕𝑡

) V #W ) VX %T #WY %T
−∇! 𝐸 = 0 VU 0
𝚥
⃗ + 0 VU
= 0 0
𝐸 − 0
𝐸

!
ω!
−∇ E = ! ϵ ω E
c

4𝜋𝑖𝜎
𝜖 𝜔 =1+
𝜔

𝜔&!
𝜖 𝜔 =1− !
𝜔
Para wt>>
#W*" '
𝜔&! = (frequência de plasma)
/
CONDUTIVIDADE TÉRMICA EM METAIS
Capacidade Térmica por
unidade de volume

A partir da Teoria Cinética dos Livre caminho médio


gases a expressão da 1 das partículas
condutividade térmica é na forma: 𝐾 = 𝐶𝑣𝑙
3

Velocidade da
partícula

Para um gás de de Fermi temos que:.

1 𝜋 ! 𝑛𝑘6! 𝑇 𝜋 ! 𝑛𝑘6! 𝑇
𝜖5 = 𝑚𝑣5! 𝐾"1 = 𝑣 𝑙= 𝜏 𝑙 = 𝑣5 𝜏
2 3 𝑚𝑣5! 5 3𝑚
Razão entre as condutividades
térmicas e elétricas
Definimos o número 𝐾
𝜋 ! 𝑛𝜏𝑘6! 𝑇 𝐿=
𝐾 𝜋 ! 𝑘6 ! de Lorentz como: 𝜎𝑇
= 3𝑚 = 𝑇
𝜎 𝑛𝑒 ! 𝜏 3 𝑒
𝑚 𝜋 ! 𝑘6 !
𝐿= = 2.45×10SZ 𝑤𝑎𝑡𝑡 − 𝑜ℎ𝑚 /𝑑𝑒𝑔2
3 𝑒

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