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DESENVOLVIMENTO DIGITAL
DOCUMENTO DE APOIO
I. ENQUADRAMENTO
O Plano de Ação para o Desenvolvimento Digital (PADD) pretende ser um instrumento orientador e facilitador
da adaptação e implementação das tecnologias digitais nos processos de ensino e de aprendizagem, tendo por
base os princípios definidos no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Pretende, ainda, apoiar
as escolas a refletir e definir estratégias que permitam a exploração do potencial do digital integrando-o de
forma holística na organização.
Nos contextos emergentes da educação é fundamental dar enfoque à utilização das tecnologias digitais,
devendo este enfoque tornar-se uma ação partilhada pelos diversos membros das comunidades educativas.
O desenho de um PADD numa escola / agrupamento concretiza-se com a descrição do conjunto de objetivos
e ações a desenvolver, ao longo de um período de vigência, nas áreas/dimensões consideradas prioritárias.
Numa perspetiva de sustentabilidade, deverá considerar o habitual ciclo de vida de um projeto de médio-longo
prazo, incluindo: i) o diagnóstico inicial ao modo como as tecnologias digitais estão integradas na organização
e/ou às competências digitais dos docentes, no ensino e na aprendizagem; ii) a reflexão acerca dos resultados
do diagnóstico; iii) o planeamento de ações que contribuam para superar eventuais fragilidades, nas áreas
consideradas prioritárias; iv) a sua implementação; v) a monitorização e vi) a avaliação.
São referências fundamentais, para que as Escolas desenvolvam o seu PADD, o Quadro Europeu de
Competência Digital para Educadores (DigCompEdu, 2018) e/ou o Quadro Europeu de Organizações
Digitalmente Competentes (DigCompOrg, 2018), desenvolvidos pelo Joint Research Center (JRC) da Comissão
Europeia. O DigCompEdu centra-se, essencialmente, nas competências digitais dos docentes e o DigCompOrg
na integração das tecnologias digitais no ensino, na aprendizagem e na organização educativa.
Sugere-se uma possível integração das áreas abrangidas pelas ferramentas de diagnóstico dos dois
referenciais, sendo que estas são organizadas em 3 dimensões:
1. Dimensão tecnológica:
1.1 Infraestrutura e equipamento
Existência de infraestruturas adequadas, fiáveis e seguras (como equipamentos, software, recursos de
informação, ligação à Internet, apoio técnico ou espaço físico), que podem permitir e facilitar a inovação no
ensino, na aprendizagem e nas práticas de avaliação.
2. Dimensão pedagógica:
2.1 Recursos digitais
Seleção, criação, e utilização de recursos digitais para apoiar práticas pedagógicas adequados aos objetivos dos
processos de ensino e de aprendizagem. Gestão, proteção e partilha responsável de recursos respeitando direitos
autorais.
3. Dimensão organizacional:
3.1 Envolvimento e desenvolvimento profissional contínuo
Analisa se a escola facilita e investe no desenvolvimento profissional contínuo, que pode apoiar o
desenvolvimento e a integração de novas formas de aprender e de ensinar, que exploram as tecnologias digitais
para obter melhores resultados de aprendizagem.
3.2 Liderança
Papel das lideranças na integração das tecnologias digitais na escola e na sua utilização eficaz no trabalho
desenvolvido na organização.
As áreas a considerar no PADD devem resultar da utilização das ferramentas de diagnóstico adotadas pela
escola (Check-in, SELFIE ou outra). De salientar que as Escolas podem acrescentar novas dimensões e áreas
que considerem necessárias de acordo com as questões próprias criadas no SELFIE ou outras que entendam
adequadas.
Apesar dos resultados do diagnóstico serem obtidos através da ferramenta Check-in (resultados globais por
áreas de competência facultados às escolas pelo CFAE), recomenda-se que as escolas complementem o
diagnóstico com os resultados da ferramenta SELFIE (resultados de acesso exclusivo pela própria escola).
No caso de utilização de apenas uma das ferramentas de diagnóstico, poderão existir áreas de difícil aferição,
por apenas se encontrarem suportadas por uma delas.
Nota: a ferramenta Check-in não considera as áreas “Liderança” e “Infraestrutura e Equipamento” que estão
presentes na SELFIE. Já a SELFIE não considera, na totalidade, as competências presentes na área
“Envolvimento profissional” nem a área “Recursos Digitais”, presentes no Check-in. Este aspeto não
invalida que, ainda assim, estas áreas não sejam consideradas pelas Escolas na elaboração do PADD.
As escolas poderão, ainda, adicionar ao PADD outros elementos adequados às suas características e contextos
específicos.
III. ESTRUTURA DO PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DIGITAL
O PADD deve ser um documento claro, concreto e orientador da ação da escola no sentido de desenvolver o
uso do digital na organização educativa, nomeadamente, nas áreas definidas como prioritárias. Neste sentido,
sugere-se que para a conceção do PADD, as escolas mobilizem os recursos e parceiros que considerem mais
adequados à concretização dos objetivos definidos, contemplando as seguintes dimensões:
1. Introdução
A introdução do PADD da escola deverá considerar os seguintes elementos:
i. breve contextualização e caracterização da escola;
ii. breve resumo das infraestruturas tecnológicas, conectividade, plataformas e serviços digitais
existentes, bem como serviços de manutenção disponíveis;
iii. justificação dos objetivos globais a atingir;
iv. processo de elaboração (instrumentos, metodologias a adotar, elementos a envolver, entre
outros);
v. contributo do PADD para o projeto educativo da escola.
Para apoiar as principais decisões, recomenda-se que as Escolas utilizem pelo menos uma das
ferramentas de autorreflexão (Check-in e SELFIE) de forma a obter um diagnóstico da sua situação atual.
A partir do(s) relatório(s), a escola deverá promover uma análise detalhada, criando um grupo de
trabalho específico para o efeito, que poderá refletir sobre os dados obtidos e elaborar o respetivo
PADD, definindo as suas prioridades, bem como os principais objetivos, indicadores de sucesso e ações
para os atingir.
Devem ser especificadas as ações necessárias para atingir cada um dos objetivos definidos, sendo que
algumas das ações poderão contribuir para diferentes objetivos.
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Por escolas entendemos Agrupamentos de Escolas e Escolas Não Agrupadas.
O planeamento das ações a realizar deve resultar de uma análise dos meios e recursos tecnológicos
disponíveis. Esta análise ajudará a definir com maior eficiência as principais Ações a desenvolver.
Sugere-se que cada ação deva apresentar: uma breve descrição; metodologias de execução; objetivos
a atingir; recursos tecnológicos, humanos e institucionais (parcerias); calendarização; avaliação e
respetivos instrumentos.
Objetivos e indicadores
Os objetivos e indicadores deverão ser formulados, tendo em conta os resultados obtidos no processo
de reflexão interna da escola, especificando as áreas de intervenção e o período de implementação
(anual, plurianual). Os objetivos e indicadores devem ser específicos, realistas e verificáveis.
Responsáveis
Recursos e parcerias
Importa indicar que recursos e parcerias a mobilizar para a realização de cada ação.
Cronograma
● É importante planear prazos razoáveis para que as ações realizadas tenham impacto na escola.
● Deve considerar-se as diversas tarefas que as ações implicam em todos os momentos e respeitar
a interação entre ações interdependentes.
● O planeamento do tempo deve ser flexível, devendo adequar-se às necessidades e contextos
específicos da escola.
Avaliação
Cada ação deverá apresentar uma breve descrição de como será avaliada e através de que
instrumentos.
4. Avaliação do PADD
A monitorização do progresso da implementação do PADD apresenta especial importância na aferição
do cumprimento dos seus objetivos.
Para este efeito, a Escola pode conceber os instrumentos de monitorização que considerar mais
adequados, como inquéritos por questionário, entrevistas semiestruturadas a realizar individualmente
ou em focus group, entre outros. Através desses instrumentos, poderão auscultar os diferentes atores
envolvidos no PADD como os coordenadores de equipa, dirigentes, professores, alunos, entre outros.
Desta forma, de acordo com os objetivos e indicadores definidos, será possível analisar a necessidade
de integrar novas ações ou proceder a reajustes.
Uma vez consolidadas as ações e os objetivos, recomenda-se que os diversos agentes educativos
voltem a realizar um diagnóstico de autorreflexão. As diferenças entre os resultados obtidos, no início
e no fim da implementação do PADD, ajudarão na sua reformulação e na identificação de novas áreas
prioritárias de intervenção.
Logótipo
da
Escola
« Identificação da Escola »
« Data »
Logótipo « Identificação da Escola »
da
Escola Plano de Ação para o Desenvolvimento Digital
I - INTRODUÇÃO
Síntese dos resultados da(s) ferramenta(s) de diagnóstico aplicada na Escola. Caso tenha sido aplicada
apenas uma ferramenta, ignore a outra.
No caso do Check-in (competências digitais dos docentes) solicite os resultados ao CFAE.
No caso do SELFIE a Escola é a única entidade com acesso aos dados através da respetiva plataforma.
1 – Liderança
2 – Infraestruturas e equipamento
3 – Desenvolvimento profissional contínuo
4 – Ensino e aprendizagem
5 – Práticas de avaliação
6 – Competências digitais dos alunos
4. Ações a realizar
Objetivos
Recursos e Parcerias Prazo Avaliação
Descrição e metodologia Indicação dos Responsáveis (como vão ser
objetivos da tabela (que recursos são (quando
(o que precisa ser feito e como) Objetivos da ação (quem irá fazer) avaliados os
III. 3. para os quais necessários) será feito)
resultados)
contribui
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Logótipo « Identificação da Escola »
da
Escola Plano de Ação para o Desenvolvimento Digital
Logótipo « Identificação da Escola »
da
Escola Plano de Ação para o Desenvolvimento Digital
IV – AVALIAÇÃO