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232 Fundamentos de Gestão Tema 1
232 Fundamentos de Gestão Tema 1
Administrativo
1. A História da Administração
A história da Administração iniciou-se num tempo muito remoto, mais preci-
samente no ano 5.000 a.C., na Suméria, quando os antigos sumerianos procu-
ravam melhorar a maneira de resolver seus problemas práticos, exercitando,
assim, a arte de administrar. Depois no Egito, Ptolomeu dimensionou um sis-
tema econômico planejado que não poderia ser operacionalizado sem uma
administração pública sistemática e organizada.
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Apontam-se, ainda, outras raízes históricas. As instituições otomanas (Esta-
do turco que existiu entre 1299 e 1922), pela forma como eram administra-
dos seus grandes feudos. Os prelados (autoridade eclesiástica) católicos, já
na Idade Média, destacando-se como administradores natos. A Alemanha e
a Áustria, de 1550 a 1700, através do aparecimento de um grupo de professo-
res e administradores públicos, chamados de “fiscalistas” ou “cameralistas”.
Os mercantilistas ou fisiocratas1 franceses valorizavam a riqueza física e o Es-
tado, pois ao lado das reformas fiscais recomendavam uma administração
sistemática, especialmente no setor público.
2. Revolução Industrial
O fenômeno que provocou o aparecimento da empresa e da moderna admi-
nistração ocorreu no final do século XVIII e se estendeu ao longo do século
XIX, chegando ao limiar do século XX. Esse fenômeno, que trouxe rápidas e
profundas mudanças econômicas, sociais e políticas, foi chamada de Revolu-
ção Industrial.
1. Fisiocracia
(do grego “Governo da Natureza”) é uma teoria econômica desenvolvida por um grupo
de economistas franceses do século XVIII, que acreditavam que a riqueza das nações era
derivada unicamente do valor de “terras agrícolas” ou do “desenvolvimento da terra” e que
produtos agrícolas deveriam ter preços elevados.
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tarefas que são executadas de maneira repetitiva e monótona e finalmente, a
administração científica, faz uso da exploração dos funcionários em prol dos
interesses particulares das empresas.
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Primeiro de maio foi a data escolhida na maioria dos países industrializados para
comemorar o Dia do Trabalho e celebrar a figura do trabalhador. A data tem origem em
uma manifestação operária por melhores condições de trabalho, iniciada no dia 1º de maio
de 1886, em Chicago, nos EUA. No dia 4, vários trabalhadores são mortos em conflitos com
as forças policiais.
Em consequência, a polícia prende oito anarquistas e os acusa pelos distúrbios. Quatro
deles são enforcados, um suicida-se e três, posteriormente, são perdoados. Por essa razão,
desde 1894, o Dia do Trabalho, nos Estados Unidos, é comemorado na primeira segunda-
feira de setembro.
3. Administração Científica
Em 1911, Taylor publicou o livro considerado como a “bíblia” dos organiza-
dores do trabalho: Princípios da Administração Científica, que se tornou um
best-seller no mundo inteiro. Reconhece-se hoje que as propostas pioneiras
de Taylor deflagraram uma “febre” de racionalização, que prepararam o ter-
reno para o advento do TQC (Total Quality Control), ocorrido ao longo do pós-
-guerra.
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Paralelamente aos estudos de Taylor, Henri Fayol, que era francês, defendia
princípios semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta ad-
ministração. Enquanto os métodos de Taylor eram estudados por executivos
europeus, os seguidores da Administração Científica só deixaram de ignorar
a obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos Estados Unidos.
O atraso na difusão generalizada das ideias de Fayol fez com que grandes
contribuintes do pensamento administrativo desconhecessem seus princí-
pios. Fayol relacionou 14 (quatorze) princípios básicos que podem ser estuda-
dos de forma complementar aos de Taylor. São eles:
1.Divisão do trabalho
2.Autoridade e responsabilidade
3.Disciplina
4.Unidade de comando
5.Unidade de direção
6.Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais.
7.Remuneração do pessoal
8.Centralização
9.Cadeia escalar
10.Ordem
11.Equidade
12.Estabilidade do pessoal
13.Iniciativa
14.Espírito de equipe
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A experiência de Hawthorne foi realizada em 1927, pelo
Conselho Nacional de Pesquisas dos Estados Unidos
(National Research Council), em uma fábrica da Western
Electric Company, situada em Chicago, no bairro de
Hawthorne, e sua finalidade era determinar a relação
entre a intensidade da iluminação e a eficiência dos
operários medida através da produção. A experiência foi
coordenada por Elton Mayo e colaboradores, e estendeu-
se à fadiga, acidentes no trabalho, rotatividade do
pessoal (turnover) e ao efeito das condições de trabalho
Figura 2 – Hawthorne/1925.
sobre a produtividade do pessoal.
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Dica de Cinema
Para entender como era o processo de produção repetitivo e desgastante na produção,
no qual gerava perdas e doenças ao trabalho, assista a “Tempos Modernos”, de 1936,
com Charlie Chaplin. O filme relata a evolução e a importância do capital humano na
linha de produção.
A teoria de Max Weber teve grande importância em sua época e assim per-
manece até os dias atuais, tendo em vista o seu pioneirismo. Várias pesqui-
sas posteriores reportam-se à Teoria da Burocracia de Max Weber ou para
apoiar-se nela, ou ainda para criticá-la. Importante salientar também que a
teoria da burocracia de Max Weber tem alguns traços mais ligados à sociolo-
gia do que a administração em si.
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já atuavam na Administração Pública e para os egressos daquelas escolas,
bem como defender a sociedade de pessoas inabilitadas e na maioria des-
preparadas.
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O nome “Administração Científica” se deve ao esforço de se aplicarem métodos científicos
aos problemas da Administração. Taylor ficou conhecido por ter sido o primeiro a fazer
isso de forma sistemática. Não é à toa, portanto, que é chamado de “o pai da Administração
Científica”.
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disposição dos departamentos e das suas inter-relações estruturais. Daí a
ênfase na estrutura e no funcionamento da organização.
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Na filosofia, entende-se por empirismo como uma teoria do conhecimento em que
o conhecimento vem apenas, ou principalmente, a partir da experiência sensorial,
enfatizando o papel da experiência e da evidência, experiência sensorial, especialmente, na
formação de ideias, sobre a noção de ideias inatas ou tradições.
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O objetivo de ambas as teorias era o mesmo: a busca da eficiência das organi-
zações. Segundo a Administração Científica, essa eficiência era alcançada por
meio da racionalização do trabalho do operário e na somatória das eficiên-
cias individuais. Tratava-se de uma microabordagem ao nível individual de
cada operário em relação à tarefa em uma visão analítica e detalhista.
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sua Teoria de Administração no livro Administration lndustrielle et Générale,
publicado em 1916, que o elevou à condição de um dos maiores colaboradores
da teoria administrativa.
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Lyndall F. Urwick foi um autor que procurou divulgar os pontos de vista dos
autores clássicos de sua época. Quatro princípios de Administração foram
propostos por ele:
a) Princípios da especialização: uma pessoa deve preencher uma só
função o quanto for possível, o que determina uma visão especializada
do trabalho. Este princípio dá origem à organização de linha, de staff
(quadro de funcionários de uma empresa) e funcional. A coordenação das
especializações, segundo Urwick, deve ser efetuada por especialistas de
staff.
b) Princípios de autoridade: deve haver uma linha de autoridade claramente
definida, conhecida e reconhecida por todos, desde o topo da organização
até cada indivíduo da base.
c) Princípio da amplitude administrativa: este princípio salienta que cada
superior não deve ter mais do que certo número de subordinados. O
superior não tem apenas pessoas para supervisionar, mas também e
principalmente as relações entre as pessoas que supervisionar.
d) Princípio da definição: os deveres, autoridade e responsabilidade de
cada cargo e suas relações com os outros cargos devem ser definidos por
escrito e comunicados a todos.
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A teoria do Fordismo era revolucionária para a época, pois, pela primeira vez,
o bem-estar social foi levado em conta para se atingir o sucesso financeiro.
Para poder ganhar mais dinheiro, Ford desenvolveu um sistema onde pagava
melhor os empregados e também onde vendia produtos mais baratos.
Foi nesse cenário que Ford visualizou a sua grande chance de se destacar na
administração de empresas e mudar para sempre o mundo ocidental.
Com alguns dólares no bolso (28.000 dólares, para ser mais exato) e umas
boas ideias na cabeça, Ford, juntamente com mais 11 investidores que acredi-
taram na teoria do Fordismo, fundou a Ford Motor Company, em 1903. Para
demonstrar que carros de alta qualidade tecnológica poderiam ser produzi-
dos a um preço barato (um dos princípios do Fordismo), um protótipo produ-
zido pela Ford Motor Company bateu em 1904 o recorde de velocidade ter-
restre, até então andando 1 milha (aproximadamente 1,6 quilômetros) em 39,4
segundos (quase 140 quilômetros por hora!).
Assim que iniciou as atividades da sua montadora de carros, uma das pri-
meiras medidas de Ford foi pagar cinco dólares por dia aos seus funcionários
(pagar bem aos funcionários era outro princípio básico do Fordismo). Apesar
de parecer pouco para os dias de hoje, na época, os especialistas em adminis-
tração de empresas ficaram assustados: ninguém nunca pagou um salário tão
alto para um operário de fábrica!
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5.2 O Projeto de uma Fábrica, segundo o Fordismo
Segundo a concepção Fordista, a fábrica, antes de mais nada, deve seguir o mo-
delo de administração de empresas vertical. Em outras palavras, tudo deve per-
tencer ao mesmo dono e deve ser controlado de maneira centralizada. Quando
construiu a fábrica da Ford Motor Company, Henry Ford projetou uma fábrica
gigantesca: basicamente entravam as matérias-primas de um lado (borracha,
aço, ferro, madeira, vidro) e saíam carros prontos do outro lado, tudo era fabri-
cado no mesmo local e seguindo uma ordem lógica específica.
Na fábrica fordista não são os operários que têm que ir atrás do trabalho, é o
trabalho que vem até eles. Os funcionários praticamente não precisavam se
mexer, as peças e componentes iam andando sobre esteiras e os funcionários
ficavam parados trabalhando em pequenas funções bem específicas.
Saída de
produtos
Entrada de prontos
matérias
prima
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De modo resumido, a fábrica ideal para o Fordismo tinha as seguintes carac-
terísticas de trabalho e administração de empresas:
• A fábrica deveria ser grande e centralizada, produzindo todos os
componentes necessários para a montagem do produto.
• Os produtos fabricados deveriam ser simples e de fácil fabricação. Assim
poderiam ser fabricados em grande escala e a um preço barato.
• Os funcionários deveriam trabalhar de um modo bem específico, fazendo
apenas uma única função.
• Os funcionários deveriam ganhar bem e ser valorizados para aumentar a
motivação e produzir mais.
O auge do modelo do Fordismo se deu nas décadas de 1950 e 1960. Nessa épo-
ca, diversas outras indústrias copiaram este modelo. A própria General Mo-
tors e a Volkswagen, concorrentes da Ford, cresceram aplicando os conceitos
do Fordismo. No entanto, a rigidez e a lógica do modelo fordista, que eram o
seu ponto forte, foram também o motivo da sua decadência: os consumido-
res já não se contentavam mais com a rigidez dos modelos padronizados dos
modelos de carros Ford.
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Atualmente, tem-se um novo conceito de administração: o endomarketing, que busca
adaptar estratégias e elementos do marketing tradicional, normalmente utilizado no
meio externo às empresas, para uso no ambiente interno das corporações. É uma área
diretamente ligada à área de comunicação interna, aliando técnicas de marketing a
conceitos de recursos humanos.
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6. Abordagem Humanística da Administração
6.1 Teorias Transitivas da Administração
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A organização técnica e a organização humana, a organização formal e a or-
ganização informal são subsistemas interligados e interdependentes. Qual-
quer modificação em algum deles provoca modificações nos demais. Esses
subsistemas são concebidos como permanecendo num estado de equilíbrio,
no qual uma modificação em alguma parte provoca reação das demais a fim
de restabelecer uma condição de equilíbrio preexistente, anterior àquela mo-
dificação.
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Figura 7 – Pirâmide de Maslow.
Exercícios Propostos
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3. Na Administração Científica, Taylor informa algumas propostas básicas.
São elas:
( ) a) Organização, Especialização, Controle e Remuneração.
( ) b) Padronização, Controle e Remuneração.
( ) c) Planejamento, Organização, Controle e Remuneração.
( ) d) Responsabilidade, Padronização, Capacitação, Controle e Remunera-
ção.
( ) e) Planejamento, Padronização, Especialização, Controle e Remuneração.
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