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Ens in Are Aprender Por Proje To S
Ens in Are Aprender Por Proje To S
EDSON GRANDISOLI
ENSINAR E
APRENDER
POR PROJETOS:
DA TEORIA
À PRÁTICA
TRANSFORMADORA
TEMAS TRANSVERSAIS
A expansão do Ensino Técnico no Brasil, fator importante para melhoria
de nossos recursos humanos, é um dos pilares do desenvolvimento
do País. Esse objetivo, dos governos estaduais e federal, visa à melhoria da
competitividade de nossos produtos e serviços, vis-à-vis com os dos países com
os quais mantemos relações comerciais.
Em São Paulo, nos últimos anos, o governo estadual tem investido de forma
contínua na ampliação e melhoria da sua rede de escolas técnicas - Etecs e Classes
Descentralizadas (fruto de parcerias com a Secretaria Estadual de Educação e com
Prefeituras). Esse esforço fez com que, de agosto de 2008 a 2011, as matrículas
do Ensino Técnico (concomitante, subsequente e integrado, presencial e a distância)
evoluíssem de 92.578 para 162.105. Em 2017, no segundo semestre, somam 186.564.
Diretora Superintendente
Laura Laganá
Vice-Diretor Superintendente
Emilena Josimari Lorenzon Bianco
REALIZAÇÃO
Unidade do Ensino Médio e Técnico
Coordenador
Almério Melquíades de Araújo
Parecer Técnico
Sheila Marques Marrinhas
Revisão de Texto
Fernando de Oliveira Souza
(....) a educação ambiental na escola ou fora dela continuará a ser uma concepção
radical de educação, não porque prefere ser a Tendência rebelde do pensamento
educacional contemporâneo, Mas sim porque nossa época e nossa herança históri-
ca e Ecológica exigem alternativas radicais justas e pacificas.” (REIGOTA, 1998).
Paulo Freire
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
ANEXOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
INTRODUÇÃO
A escola tem sido considerada um dos principais centros de transformação so-
cial, tendo a fundamental (e monumental) tarefa de formar os cidadãos do pre-
sente e do futuro portadores de habilidades e competências para compreender
e intervir no mundo de forma responsável, a fim de torná-lo um melhor lugar
para todos e todas vivermos.
Dentro do dia a dia da escola, esses temas podem ser trabalhados considerando-
-se diferentes estratégias e metodologias, graças à sua riqueza natural de inter-
conexões entre diversas áreas do conhecimento.
Esse curso de capacitação tem como objetivo dar destaque a diferentes meto-
dologias de ensino-aprendizagem ligadas ao mundo das metodologias ativas 11
como, por exemplo, a aprendizagem baseada em projetos e/ou a aprendizagem
baseada em problemas. Nesta instância, utilizaremos um termo que parece mais
proativo: a aprendizagem baseada em desafios.
Boa jornada!
CAPÍTULO 1
UM POUCO SOBRE
SUSTENTABILIDADE
Sem ter acesso às suas anotações anteriores, é razoável imaginar que muitas das
visões sobre sustentabilidade possuam relação com:
12 1. Conservação ou preservação da natureza;
2. Uso racional de recursos naturais;
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Após essa etapa, compare ambos os resultados e reflita como eles podem ser
trabalhados de forma complementar com seus estudantes e com sua comuni-
dade. O aumento da complexidade e da visão sistêmica de mundo, mesmo que
seja somente dentro de sua instituição de ensino, pode descortinar uma série de
possibilidades de planos de aulas, sequências didáticas, projetos e programas
em educação para a sustentabilidade, os quais devem proporcionar desafios re-
ais de seu território, contribuindo com a melhoria da qualidade de vida de toda
comunidade.
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ENSINAR E APRENDER POR PROJETOS:
DA TEORIA À PRÁTICA TRANSFORMADORA
CAPÍTULO 2
Há cada vez mais evidências de que a atividade humana tem causado sérios
desequilíbrios considerando-se diferentes dimensões planetárias. O artigo de
Steffenet al. (2015), publicado na Revista Science, apresenta uma contribuição
extremamente significativa dentro desse olhar voltado à compreensão dos im-
pactos humanos globais. O trabalho aponta que já atingimos níveis críticos de
risco em diferentes parâmetros planetários. (Figura 1)
Figura 1. Status recente dos limites planetários para sete variáveis monitoradas.
(Steffenet al., 2015)
15
Apesar de seu status seguro (safe), como apresentado pela Figura 1, a água tem
se tornado cada vez mais escassa. No ano 2050, calcula-se que meio bilhão de
pessoas estarão sujeitas a um estresse hídrico, o que aumentará a pressão de
intervenções sobre os sistemas hídricos. (Stockholm resilience Center1)
APRENDIZAGEM E AÇÃO.
1-https://www.stockholmresilience.org/research/planetary-boundaries/planetary-boundaries/about-the-research/the-nine-
-planetary-boundaries.html. Acesso em 21 de janeiro de 2018.
A aprendizagem pode ser considerada ativa quando
“[...] avançamos em espiral, de níveis mais simples para mais complexos
de conhecimento e competência em todas as dimensões da vida. [...] exi-
ge do aprendiz e do docente formas diferentes de movimentação interna
e externa, de motivação, seleção, interpretação, comparação, avaliação,
aplicação.” (Moran, 2018)
competencias-gerais-da-bncc/
Desse ponto em diante, trataremos mais detidamente de apenas uma das meto-
dologias ativas de aprendizagem apresentadas: a metodologia de aprendizagem
baseada em projetos, que chamaremos de aprendizagem baseada em desa-
fios, a qual pode ser considerada uma das mais ricas e apropriadas para o traba-
lho com foco nos desafios socioambientais locais, regionais e globais.
CAPÍTULO 3
A APRENDIZAGEM
BASEADA EM DESAFIOS
Inicialmente, vale a pena esclarecer que a opções pela palavra “desafios” no lugar
de “problemas” ou “projetos” tem como objetivo uma unificação de duas meto-
dologias muito similares do ponto de vista teórico e prático. Dessa forma, “desa-
fios”, além de ser uma palavra que remete à necessidade de análise e ação, busca
criar um caminho mais claro e simplificado para outras já citadas anteriormente.
Estudante Docente
Apesar de parecer natural a busca por soluções aos problemas cotidianos, essa
realidade, quando transportada para a sala de aula enquanto metodologia de
trabalho, gera, em muitos casos, desconfortos tanto por parte dos professores
quanto dos estudantes. É importante reconhecer a importância dessa metodolo-
gia de trabalho, uma vez que ela pode, entre outros:
• mobilizar conhecimentos prévios;
• estimular o desejo por atividades mais coletivas;
• gerar movimentos que valorizam o diálogo e a empatia;
• despertar a curiosidade e a criatividade;
• criar redes de trabalho e ação;
• deslocar a escola e comunidade de seu papel passivo frente a seus pró-
prios desafios.
Vale o adendo de que esse modelo de trabalho dialoga diretamente com a cria-
ção dos chamados itinerários formativos propostos na nova BNCC do Ensino
Médio, homologada em 2018, mas que também dialoga com o ensino de com-
petências gerais que norteia todo o ensino básico.
Por fim, outro ponto que merece destaque diz respeito à estrutura da ABD, ou
seja, quais são as etapas que devem ser seguidas e respeitadas para que estudan-
tes e professores estejam realmente percorrendo trilhas de aprendizagem ativa,
caraterística que foge do escopo de um simples trabalho em equipe. Apesar dis-
20 so, não existe um “manual” ou uma rigidez nas etapas a serem seguidas. Uma
vez dentro de um cenário ideal, a busca por soluções a desafios reais da escola e
comunidade deve assumir um caráter circular, ou seja, muitas vezes será neces-
sário regressar a etapas de trabalho anteriores para a realização de ajustes e, ao
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Dessa forma, o item seguinte traz apenas uma sugestão de trabalho dentro da
ABD, a qual parte, grosso modo, da importância da observação, contextualização
e do método científico.
Por meio das experiências que tenho tido como formador de professores na área
de projetos para a sustentabilidade, é muito comum constatar a frustração dos
professores, diretores, coordenadores e estudantes relacionada à pouca perma-
nência e engajamento da comunidade de propostas relacionadas à coleta sele-
tiva, economia de água, energia, papel, mobilidade, entre outros temas comu-
mente associados à ideia de sustentabilidade.
Os motivos que levam ao abandono das iniciativas são muitos e vão desde a
falta de verba, tempo e estrutura para realização das atividades até a marcada
indiferença da comunidade relacionada a esses temas. É comum no último caso
ouvir-se a frase: “o que isso tem a ver comigo?”
Fonte: www.tirasarmandinho.tumblr.com
CAPÍTULO 4
GERANDO TRANSFORMAÇÃO:
PASSO A PASSO DA ABD
Como colocado anteriormente, não existe apenas um único caminho para o tra-
balho com a ABD. É possível encontrar na literatura a menção a mais ou menos
etapas, de maneira razoavelmente detalhada, considerando-se os requisitos a se-
rem cumpridos em cada uma delas. Apesar disso, é importante destacar que os
resultados (ou produtos) a serem atingidos em cada etapa possibilitam o desdo-
bramento das demais, bem como as caraterísticas de cada uma delas que devem
dialogar e seguir certas premissas dessa metodologia.
A definição do desafio a ser enfrentado pela escola e comunidade é uma das eta-
pas mais importantes da ABD. Desta definição, devem emergir objetivos claros,
assertivos, factíveis e mensuráveis (quali ou quantitativamente).
Ainda existe uma prática muito comum nas escolas de a definição de temas e
desafios a serem trabalhados por projetos serem determinados por um ou dois
professores, sem a preocupação da realização de um diagnóstico mais amplo
que pode levar em conta olhares e desejos da comunidade escolar e do território
de forma mais ampla.
vo a ser conquistado por meio das intervenções que serão ainda criadas.
Dentro de um ponto de vista que considera, entre outros aspectos, o dia a dia da
atividade pedagógica, um objetivo claro, conciso, assertivo e factível poderia ser
redigido da seguinte forma:
indicador;
2. Coletando os resíduos e considerando o volume que ocupam. Nesse caso,
o volume (em L) dos sacos de lixo podem servir como indicador;
3. Coletando os resíduos e contando o número de sacos de lixo preenchi-
dos. Nesse caso falamos de número absoluto de sacos;
4. Medindo a área do pátio coberta por resíduos. Nesse caso, a área (em m2)
pode ser o indicador.
Note que nos quatro casos, os indicadores são numéricos, portanto, quantitati-
vos. Entretanto, vale a pena considerar que outra forma de aferir os resultados
poderia ser, por exemplo, por meio de fotos do pátio, as quais poderiam ser com-
paradas dia a dia ou semana a semana. Nesse caso, entretanto, o resultado não
é numérico (quantitativo), mas sim baseado em uma observação. Nesse caso, a
aferição do resultado é qualitativa.
Nessa etapa, todas as ideias iniciais são bem-vindas. É importante que o profes-
sor colabore como catalisador das ideias, estimulando a participação e a criativi-
dade. Nenhuma ideia é melhor ou pior inicialmente. Todas devem ser acolhidas
e consideradas. Entretanto, do ponto de vista prático, somente algumas serão
efetivamente colocadas em prática e as demais podem compor um banco cole-
tivo de ideias.
Nesse momento, vale a pena entrar em contato com as principais etapas de uma
metodologia de criação que vem sendo amplamente utilizada na educação: o
design thinking. (Figura 5)
27
Fonte: http://blog.apponte.me
Figura 6. Exemplos de protótipos: carro, turbina eólica sem pás e filtro de água.
Talvez essa seja a etapa mais prazerosa e desafiadora da ABD, uma vez que fo-
menta o pensamento “fora da caixa” e desafia a construção de uma nova visão
de mundo e de uma nova realidade que deve ter como caraterística a busca, não
somente da superação de um desafio, mas de mais qualidade de vida para todos.
29
Fonte: http://www.girlfashionpink2.blogspot.com
Lenoyr (2006).
Quantitativos Qualitativos
Objetivos Subjetivos
Reciclagem 12 (39%)
Planeta 7 (22%)
Consumo 5 (16%)
Bicicleta 4 (13%)
Conservação 2 (7%)
TOTAL 31 (100%)
Nesse caso, os dados quantitativos são muito importantes, mas sua compreen-
são pode ser aumentada por meio, por exemplo, de uma roda de conversa, ou
mesmo uma entrevista pessoal, com os estudantes, a fim de esclarecer suas op-
ções, pensamentos e compreensões de sustentabilidade.
Por meio desse segundo momento, que se configura como uma análise quali-
tativa, haverá um aprofundamento dos olhares dos participantes, o que pode
ajudar a nortear com mais precisão os resultados do trabalho realizado. Note
que essas etapas também podem ser utilizadas na realização dos diagnósticos
participativos.
2-Essa atividade pode ser facilmente realizada por meio de duas ferramentas gratuitas online: o Google Forms ou o Mentimeter.
ideias e conceitos. Um dos caminhos para essa análise é a utilização da Escala de
Likert que pode ser aplicada antes e depois da vivência proposta.
( ) Discordo em parte
( ) Concordo em parte
( ) Discordo totalmente
( ) Discordo em parte à +1
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( ) Não concordo, nem discordo à 0
( ) Concordo em parte à -1
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( ) Concordo totalmente à -2
Essa mesma questão pode ser utilizada antes e depois de uma atividade envol-
vendo o tema, por exemplo, avaliando como (e se) a visão do participante mu-
dou. A avaliação pode ser individual (participante a participante) ou do grupo.
Nesse caso, soma-se o valor das respostas de todos, tira-se uma média e compa-
ra-se os valores antes e depois.
33
Uma vez que esses resultados, efeitos e impactos dizem respeito diretamente a
mudanças no espaço escolar, no território, consequentemente, nas pessoas que
frequentam esses espaços, pode-se considerar muito importante que essas mes-
mas pessoas tenham ciência do andamento, das dificuldades, das conquistas e
das barreiras relacionadas ao andamento das ações.
Dessa forma, a comunicação, além de ser uma ação que se apoia no respeito e na
democratização das informações, busca um ponto ainda mais fundamental que
é o procurar envolver diferentes atores da comunidade em diferentes níveis. A
ausência de mecanismos de comunicação tende, com o tempo, a isolar as ações
e levar à indiferença da comunidade, fatos que estão diretamente relacionados
às baixas taxas de permanência e continuidade de projetos socioambientais (e
outros) na escola.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Após a leitura desse material, a impressão que pode ficar é de que trabalhar a
ABD nas escolas é um grande desafio, uma vez que envolve uma grande mu-
dança de mindset (mentalidade) por parte de todos os envolvidos. Além disso, a
carência de verba, estrutura física e tempo parecem não comportar esse tipo de
trabalho.
Apesar disso, deixo meu depoimento como educador que nenhuma barreira é
maior do que o desejo de transformar. A informação está disponível em todos os
lugares e, além disso, as pessoas desejam e projetam, sempre, um futuro melhor
para si e para sua comunidade.
PARA IR ALÉM
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Ministério da
Educação, Secretaria de Educação Básica, Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Conselho Nacional de Educação, Câmara
Nacional de Educação Básica. Brasília, 2013.
BRASIL. Educação na diversidade: o que fazem as escolas que dizem que fazem
educação ambiental. Organização: Rachel Trajber, Patrícia Ramos Mendonça. –
Brasília: Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2007a.
GRANDISOLI, E., TELLES, R., MATTOS ASSUMPÇÃO, C.; CURI, D. The concept of
sustainability among elementary students in Brazil. LiteracyInformationand
Computer EducationJournal (LICEJ) 2(1): 310–316, 2011.
MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2005.
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ANEXO
TEXTO 1
“Sustentabilidade”, somente, tem relação com o verbo “sustentar” (do latim sus-
tentare) que, no dicionário Michaelis, está relacionado com manutenção, ampa-
ro, equilíbrio, conservação da vida, etc.
Atribuir um significado, uma conexão, é muito mais relevante que a busca por uma
definição. Para alguns, essa conexão está no ato de economizar água e energia; para
outros ela está na preservação da cultura de povos tradicionais e na busca por mo-
delos econômicos mais justos e inclusivos; para outros ainda ela reside em um plano
espiritual, de autoconhecimento e busca da felicidade. Tudo bem, seja qual for a as-
sociação, o importante é que ela descortine um caminho que leve a ação, ao pensar
e fazer diferente, e que esse pensar e fazer gere o bem para muitos.
Sendo assim, mãos à obra. Mais importante que teorizar é buscar a sustentabili-
dade, seja ela o que for para você.
TEXTO 2
MAS AFINAL DE CONTAS, O QUE É SUSTENTABILIDADE?
Disponível em: http://autossustentavel.com/2017/08/o-que-e-sustentabilidade-2.html
Mas enfim, se a definição se faz tão necessária, acho que eu definiria sustentabili-
dade como “a busca permanente da manutenção dos processos tipicamente hu-
manos (culturais, políticos, econômicos, sociais, etc.) sem que estes prejudiquem
e, idealmente, melhorem, os processos biogeoquímicos, garantindo a manuten-
ção e aumento da diversidade e da biodiversidade”.
40 Toda definição, por definição, engessa as possibilidades, por isso, tenho seguido
a linha de que sustentabilidade é um valor, e não um conceito.
Ao ler essa definição, a contra argumentação lógica está ligada à utopia. Ou seja,
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TEXTO 3
APRENDER JUNTO: PRÁTICAS COLABORATIVAS
E APRENDIZAGEM SOCIAL.
Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1218251/mod_resource/content/1/
bacci%20Aprendizagem%20social%20e%20práticas%20colaborativas.pdf
GRUPO FOCAL
O grupo focal é muito utilizado para explorar os olhares e as opiniões das pes-
soas sobre diferentes assuntos. É útil para colher informações que ampliem as
percepções, crenças e atitudes sobre um tema, produto ou serviço.
Como fazer?
Número de participantes: 6-15
LINHA DO TEMPO
Como fazer?
Número de participantes: 10-20
Material: local tranquilo, papéis de diferentes tipos, fita crepe, cola branca,
régua, tesoura, cartolinas ou papel kraft, canetinhas, giz de cera, Post-its,
fotos antigas da região.
MAPA FALANTE
Material: local tranquilo, fita crepe, cartolinas ou rolos de papel kraft, ca-
netinhas e giz de cera de diferentes cores.
MAPA MENTAL
Como fazer?
Número de participantes: 5-10
TEXTO 4
APRENDIZAGEM POR DESAFIOS: CONECTADO
PESSOAS E CONTEXTOS.
Disponível em: https://respostasparaoamanha.com.br/noticias/categoria/4/tudo-sobre-o-premio/
noticia/25/aprendizagem-por-desafios-conectando-pessoas-e-contextos/
Escreveu?
Apesar do foco no meio ambiente ser natural entre os educadores (e não há nada
de errado nisso) é fundamental lembrar que a busca pela sustentabilidade não
passa somente pela conservação. Meio ambiente, sociedade, política, economia,
cultura são elementos, ou critérios como tratado pelo economista Ignacy Sachs5,
formam um conjunto interligado e complexo, o qual deve caminhar sempre na
direção da construção de sociedades mais sustentáveis.
Certamente essas são questões que fazem parte da vida e do dia a dia dos edu-
cadores e, muitas vezes, nos vemos impotentes frente a elas. E vale lembrar que
não há caminho único ou resposta pronta para enfrentar esse desafio.
3-Disponível em https://periodicos.furg.br/remea/article/view/7143
4- Vale destacar que não foi possível classificar 40% dos trabalhos apresentados.
5-SACHS, I. Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável. Rio de Janeiro:Garamond, 2002.
Da mesma forma que a vida imita a arte, a escola deve imitar a vida e um dos
possíveis caminhos para isso é ensinar e aprender por projetos.
Se você concorda com alguns desses pontos de vista, é preciso buscar parceiros
de sonhos e realizações. Ousar dentro do possível (ou do impossível) e ressignifi-
car nossa atuação não somente como educadores, mas como cidadãos.
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