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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação – FEEC


Departamento de Sistemas de Controle e Energia – DSCE

Guia Resumido do ATP – Alternative Transient Program

Profa. Maria Cristina Dias Tavares – FEEC / DSCE


Paulo Guidetti Campos – EESC / USP
Paulo Prado – EESC / USP

Campinas - Novembro/2003
ÍNDICE
1. Introdução _________________________________________________________5
2. Histórico ___________________________________________________________6
3. Estrutura de um caso genérico no ATP __________________________________7
4. Princípios básicos de utilização do ATP __________________________________9
5. Estrutura do arquivo principal de dados_________________________________10
5.1. Primeiro conjunto de instruções __________________________________________ 10
5.2. Primeiro cartão de dados miscelâneos______________________________________ 10
5.3. Segundo cartão de dados miscelâneos ______________________________________ 11
5.4. Cartões para ramos lineares e linhas de transmissão__________________________ 12
5.4.1. Introdução_________________________________________________________________12
5.4.2. Conectividade dos elementos __________________________________________________13
5.4.3. Cartão para Elementos não acoplados, com parâmetros RLC concentrados e em série (Tipo 0)13
5.4.4. Cartão para elementos RLC mutuamente acoplados (Tipo 1, 2, 3) _____________________16
5.4.5. Cartões para ramos RL mutuamente acoplados (Tipo 51, 52, 53, …) ___________________20
5.4.6. Cartões para ramos com elementos de parâmetros distribuídos ________________________23
5.5. Chaves________________________________________________________________ 28
5.5.1. Chave controlada por tempo___________________________________________________28
5.5.2. Chave controlada por tensão___________________________________________________29
5.5.3. Chave de medida ___________________________________________________________30
5.6. Dados referentes às fontes________________________________________________ 31
5.6.1. Fonte degrau ou CC _________________________________________________________31
5.6.2. Fonte rampa com subida linear_________________________________________________32
5.6.3. Fonte tipo rampa com duas inclinações lineares____________________________________33
5.6.4. Fonte cossenoidal ___________________________________________________________34
5.7. Cartões para especificações de saída _______________________________________ 36
5.7.1. Tensões nos nós ____________________________________________________________37
5.7.2. Saídas nos ramos ou chaves ___________________________________________________37
6. Estrutura da rotina LINE CONSTANTS ________________________________39
6.1. Introdução ____________________________________________________________ 39
6.2. Primeiro cartão de informação ___________________________________________ 39
6.3. Instrução para se adicionar a rotina de cálculo de parâmetros _________________ 39
6.4. Instruções para definição de unidades _____________________________________ 39
6.5. Dados referentes ao condutor_____________________________________________ 40
6.5.1. Cartão para condutores individuais _____________________________________________40
6.5.2. Cartão para a entrada dos dados dos condutores em conjunto _________________________42
6.6. Cartão de fechamento da descrição dos dados referentes aos condutores ________ 44
6.7. Informações referentes à freqüência _______________________________________ 44
6.8. Instruções para o término do caso _________________________________________ 47
2

7. Dados para a rotina especial SATURATION _____________________________48


Parâmetros para o transformador ____________________________________________ 49
Divisão dos enrolamentos do transformador para a simulação de faltas internas______ 50
Parâmetros para os transformadores de corrente________________________________ 51
8. EXEMPLO DE ESTUDO ____________________________________________53
8.1. Características gerais da simulação________________________________________ 53
8.2. Características do sistema elétrico_________________________________________ 53
8.3. Estrutura da rotina LINE CONSTANTS ___________________________________ 56
8.3.1. Primeiro cartão de informação _________________________________________________56
8.3.2. Cartão de comentário ________________________________________________________57
8.3.3. Instrução para se adicionar a rotina de cálculo de parâmetros _________________________57
8.3.4. Instruções para definição de unidades ___________________________________________57
8.3.5. Uso de régua no arquivo______________________________________________________57
8.3.6. Dados referentes ao condutor __________________________________________________58
8.3.7. Cartão de fechamento da descrição dos dados referentes aos condutores ________________60
8.3.8. Informações referentes à freqüência_____________________________________________60
8.3.9. Instruções para o término do caso ______________________________________________61
8.3.10. Arquivo de saída da rotina LINE CONSTANTS __________________________________61
8.3.11. Cálculos dos parâmetros de linha a serem inseridos no arquivo principal de dados _______63
8.4. Estrutura do arquivo principal de dados ___________________________________ 65
8.4.1. Primeiro conjunto de instruções ________________________________________________66
8.4.2. Primeiro cartão de dados miscelâneos ___________________________________________66
8.4.3. Segundo cartão de dados miscelâneos ___________________________________________68
8.4.4. Entrada dos dados referentes às resistências de falta ________________________________69
8.4.5. Descrição da linha __________________________________________________________70
8.4.6. Equivalente de geração_______________________________________________________72
8.4.7. Cartão de término dos dados sobre a rede ________________________________________75
8.4.8. Dados sobre os interruptores e chaves ___________________________________________75
8.4.9. Encerramento dos dados sobre interruptores ______________________________________76
8.4.10. Dados sobre as fontes de potência do sistema ____________________________________76
8.4.11. Encerramento dos dados sobre as fontes ________________________________________78
8.4.12. Saída dos dados ___________________________________________________________78
8.4.13. Encerramento dos dados de saída ______________________________________________79
8.4.14. Fechamento do arquivo de dados ______________________________________________79
8.5. Saída dos dados ________________________________________________________ 79
9. Conclusão _________________________________________________________82
10. Bibliografia _____________________________________________________83
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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1. Cartão de dados miscelâneos, com a indicação de seus campos. ________________________10


Figura 2. Segundo cartão de dados miscelâneos. ____________________________________________11
Figura 3. Esquema de representação para elementos RLC concentrados e não acoplados. ___________13
Figura 4. Cartão para ramos RLC concentrados não acoplados, formato normal. __________________14
Figura 5. Cartão para ramos RLC concentrados não acoplados, formato de precisão estendida. ______15
Figura 6. Esquema de ramos RLC acoplados com capacitâncias “SHUNT”. ______________________16
Figura 7. Cartão indicando que o formato RL será usado em seguida. ___________________________17
Figura 8. Cartão de dados em formato normal para elementos RLC mutuamente acoplados. _________18
Figura 9. Cartão de dados em formato de precisão estendida.__________________________________18
Figura 10. Esquema de preenchimento dos cartões mostrando os elementos dispostos em ordem matricial20
Figura 11. Mesmo que na figura 10 acima para dados com precisão estendida ($VINTAGE, 1). _______20
Figura 12. Cartão para elementos RL acoplados, em notação RL , com valores de fase e precisão normal.22
Figura 13. Cartão de dados para formato em alta precisão ($VINTAGE, 1) para ramos RL mutuamente
acoplados. __________________________________________________________________________23
Figura 14. Cartão para entrada de dados em parâmetros de seqüência. __________________________23
Figura 15. Modelo utilizado para o cálculo das equações diferenciais para a obtenção dos parâmetros
distribuídos de linhas de transmissão. _____________________________________________________24
Figura 16. Esquema de linha de transmissão com parâmetros distribuídos. _______________________25
Figura 17. Representação do modelo de resistências concentradas. _____________________________25
Figura 18. Esquema do cartão de dados para parâmetros distribuídos em formato de precisão normal. _26
Figura 19. Esquema do cartão de dados para parâmetros distribuídos em formato de precisão estendida.26
Figura 20. Cartão de dados para a chave controlada por tempo. _______________________________28
Figura 21. Esquema do cartão de dados para chaves controladas por tensão._____________________29
Figura 22. Esquema do cartão de dados referente à chaves de medida. __________________________30
Figura 23. Estrutura do cartão de dados para fonte tipo degrau.________________________________31
Figura 24. Comportamento de uma fonte tipo rampa linear. ___________________________________32
Figura 25. Estrutura do cartão para fonte tipo rampa linear. __________________________________32
Figura 26. Gráfico do comportamento da fonte tipo rampa com inclinação dupla. __________________33
Figura 27. Formato do cartão de dados para fonte tipo rampa com inclinação dupla. _______________34
Figura 28. Forma de onda gerada pela fonte cossenoidal. _____________________________________35
Figura 29. Cartão de dados para a fonte tipo cossenoidal. ____________________________________35
Figura 30. Cartão para pedido de tensões nos nós. __________________________________________37
Figura 31. Cartão de dados para condutores individuais. _____________________________________40
Figura 32. Esquema do cartão referente aos condutores com alternativa para a redução automática dos
condutores geminados _________________________________________________________________42
Figura 33. Esquema mostrando a posição no conjunto de condutores, dos parâmetros ALPHA e SEPAR.43
Figura 34. Cartão de dados referentes à freqüência _________________________________________44
Tabela 1. Dados de tensão e corrente para a rotina SATURATION______________________________48
Figura 5. Curva de saturação do transformador de potência ___________________________________49
Figura 6. Divisão do transformador para a simulação de faltas a 10%, 50% e 90% da fase A do enrolamento
primário ____________________________________________________________________________51
Tabela 2. Divisão do enrolamento primário em 10%, 50% e 90%, para a aplicação de faltas internas __51
Figura 7. Curva de saturação dos transformadores de corrente do sistema elétrico _________________52
Figura 35. Silhueta da torre ____________________________________________________________54
Figura 36. Esquema da rede elétrica em estudo._____________________________________________55
Figura 37. Arquivo de dados para a rotina LINE CONSTANTS_________________________________56
Figura 38. Cartões de condutores escolhidos como exemplo para que seus campos sejam detalhados. __58
Figura 39. Dois cartões isolados representando a entrada de dados para os cabos pára-raios.________59
Figura 40. Cartão de freqüência. ________________________________________________________60
Figura 41. Arquivo principal de dados.____________________________________________________66
4

Figura 42. Primeiro cartão de dados miscelâneos. ___________________________________________67


Figura 43. Segundo cartão de dados miscelâneos. ___________________________________________68
Figura 44. Dados referentes às resistências de falta._________________________________________69
Figura 45. Dados sobre as linhas de transmissão com parâmetros distribuídos. ___________________71
Figura 46. Cartão de dados para elementos mutuamente acoplados._____________________________74
Figura 47. Dados sobre os interruptores. __________________________________________________75
Figura 48. Dados referentes aos geradores. ________________________________________________77
Figura 49. Pedido de tensões nas chaves de medida. _________________________________________78
5

1. Introdução

Este material constitui-se em um guia básico de utilização do programa ATP -


Alternative Transient Program.
A idéia deste guia é a de fornecer procedimentos básicos de como gerar um arquivo de
dados do ATP, ou seja, o arquivo que o programa utiliza para efetuar os cálculos e simulações
de um sistema elétrico em estudo.
Deve-se ressaltar que a utilização do ATP requer um certo grau de experiência, e o
manual que acompanha o programa, chamado ATP Rule Book é extenso (mais de 800 páginas).
Pode-se dizer então que este guia é um tanto modesto no que se refere a um manual de uso,
podendo ser considerado um material de referência.
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2. Histórico

A partir da década de 60 iniciou-se o desenvolvimento do programa EMTP


(Eletromagnetic Transient Program) por Herman W. Dommel, para a Bonneville Power
Administration (BPA). O programa inicial trabalhava com simulação de circuitos monofásicos
através de modelos de indutâncias, capacitâncias e resistências em linhas sem perdas, incluindo
uma chave e uma fonte de excitação. Os elementos concentrados utilizavam a regra de
integração trapezoidal e as linhas de transmissão, o método Bergeron.
Com o passar dos anos, o programa foi sofrendo alterações de diversos colaboradores
do mundo todo. A partir de 1973 Scott Meyer assumiu a coordenação e o desenvolvimento do
programa na BPA, estabelecendo um processo de desenvolvimento articulado com os usuários
do EMTP, que o tornou uma ferramenta poderosa em estudos de transitórios em sistemas
elétricos.
Divergências entre Scott Meyer e o EPRI (Electric Power Research Institute, que
investiu no projeto do EMTP a partir de 1984) levaram à criação de uma nova versão do EMTP
(baseada na versão M39), a qual foi enviada para a Bélgica, onde foi instalado o Leuven EMTP
Center (LEC). Esta nova versão é denominada ATP - Alternative Transient Program, que
constitui a continuação das versões anteriores do programa.
7

3. Estrutura de um caso genérico no ATP

O programa ATP trabalha com um arquivo de dados em formato texto, que pode ser
editado em qualquer editor de textos, tais como o EDIT do MS-DOS, NOTEPAD, ou qualquer
outro editor, desde que o arquivo de dados seja “salvo” em formato ASC II .
De um modo geral, o programa ATP lê este arquivo de dados e, após efetuar o
processamento desse arquivo, gera outro arquivo geral com todo o estudo efetuado, cujo nome
possui extensão .LIS. Também há a possibilidade da geração, pelo ATP, de um outro arquivo
com a extensão .PL4, que apresenta os resultados obtidos na simulação de tensão, corrente,
potência e energia, na forma de vetores coluna. Estes arquivos são gravados no computador de
acordo com instruções previamente informadas no início da execução do processamento do
caso.
Devido a estrutura de sua concepção, o arquivo de dados fornecido para o ATP tem um
formato rigidamente preestabelecido, de modo que os dados são alocados em posições
definidas, que se não forem seguidas resultarão em erro de processamento.
O ATP possui uma crítica do arquivo de dados de entrada. Assim sendo, caso haja a
ocorrência de erros, muitas vezes é possível corrigi-los apenas através da análise da crítica
presente no arquivo de saída
Ainda, dependendo do caso estudado, existem instruções que podem ou não estar
presentes nesse arquivo de dados.
Existe também a possibilidade de se utilizar um módulo gráfico fornecido com o
próprio ATP.
Apresenta-se em seguida uma lista genérica de instruções que constam de um típico
arquivo de dados do ATP.

BEGIN NEW DATA CASE

Todo caso de estudo deve ser iniciado por esta instrução, que também representa um
“flag” para o programa quando um caso é interrompido por qualquer problema durante sua
execução.

Cartões de comentário que podem ser inseridos em qualquer ponto do arquivo de dados
em que se deseje fazer uma observação de qualquer natureza. Deve-se respeitar a sintaxe que
consiste em um C maiúsculo na primeira coluna, seguido por um espaço em branco, após o
qual escreve-se o que deseja.

Cartão para rotinas especiais

Esta instrução contém a palavra-chave que desvia o processamento normal do


programa, que seria um caso de simulação de transitórios, para uma rotina auxiliar do ATP, tal
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como LINE CONSTANTS, SATURATION, etc. Esta palavra-chave não deve aparecer
juntamente com a simulação de um caso de transitórios.

Cartões de dados miscelâneos e extensões (cartões de controle)

Este cartão de dados refere-se a duas linhas de instruções que obrigatoriamente devem
aparecer em todos os casos de transitórios. Dependendo do que for apresentado no cartão de
dados, pode ser que sejam necessários mais alguns cartões adicionais.

Cartões para ramos lineares e não lineares, transformadores e linhas de transmissão

As informações deste cartão são obrigatórias para o caso de simulação de transitórios,


contendo os dados que definem a rede elétrica, tais como ramos lineares e não lineares,
transformadores e linhas de transmissão. Após a disposição dos dados no arquivo, este cartão
deve ser encerrado com um cartão em branco, que consiste da palavra BLANK, escrita a partir
da primeira coluna.

Cartões para dados referentes aos interruptores

As informações deste cartão referem-se às alterações topológicas na rede, e


normalmente fazem parte de um caso de transitórios. Referem-se à chaves, diodos, tiristores, e
só tem sentido sua presença no caso do circuito sofrer alterações topológicas (chaveamento).
Também deve ser seguido por um cartão em branco (BLANK) após seu término.

Cartões para fontes

Este cartão contém informações sobre as fontes de excitação da rede elétrica em estudo,
correspondendo geralmente a fontes de tensão e corrente e também máquinas elétricas. Deve
ser encerrado com um cartão em branco.

Cartões de especificação das variáveis de saída

Indica quais dados devem ser enviados para a saída do programa, tal como tensões nos
elementos do sistema elétrico. Deve ser encerrado com BLANK.

Cartões de pedidos de gráficos

Dados para a especificação de gráficos das variáveis de saída através de impressoras ou


“plotadoras”, terminado por um cartão em branco.

BEGIN NEW DATA CASE

Finaliza o arquivo de dados do ATP.


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4. Princípios básicos de utilização do ATP

Após a elaboração do arquivo de dados do ATP, o programa deve ser iniciado através
do prompt de comando do MS-DOS. A partir daí haverá uma série de instruções que o
programa solicitará ao usuário, na seguinte ordem:

EMTP begins. Send (SPY, file_name, DISK, HELP, GO, KEY, STOP,
BOTH, DIR) :
DISK

Para visualizar cada opção deste “menu”, deve ser digitado HELP na linha de comando.
Usualmente se digita apenas DISK, que significa que o arquivo de saída será enviado para a
unidade de disco.
Em seguida o programa pergunta qual o caminho e o nome do arquivo de entrada,
através da instrução em seguida:

Ok, output goes to disk. Send input data file name:


EMTP begins. Send (SPY, file_name, DISK, HELP, GO, KEY, STOP,
BOTH, DIR) :
\ATPFILES\EXEMPLO1.DAT

Neste exemplo em particular, o arquivo de dados está localizado no subdiretório


ATPFILES e se chama EXEMPLO1. DAT, conforme foi destacado acima.
Após esta instrução, o programa pergunta o nome do arquivo de saída para o usuário. Se
for selecionada a opção -r, o arquivo de saída terá o mesmo nome do arquivo de entrada, e se já
houver um arquivo com o mesmo nome, o programa o substituirá pelo novo arquivo gerado
(replace).

That was just for next subcase. Remainder has N22 = 4


cards. MAXCRD =
3000
Send desired disk file name for LUNIT6 [ <CR>, -R ]:
-r
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5. Estrutura do arquivo principal de dados

5.1. Primeiro conjunto de instruções

BEGIN NEW DATA CASE

Serve como um “flag” para o ATP, indicando que um novo caso de simulação se inicia.
Todo caso de simulação começa com esta sentença, cuja presença é obrigatória no início de
cada arquivo de dados. Deve ser escrito com caracteres maiúsculos, como todo o restante do
arquivo de dados.

5.2. Primeiro cartão de dados miscelâneos

Na figura 1 abaixo é mostrada a régua com os dados do primeiro cartão de dados


miscelâneos.

Figura 1. Cartão de dados miscelâneos, com a indicação de seus campos.

O primeiro campo do cartão, DELTAT, refere-se ao intervalo de integração, em


segundos.

O campo TMAX refere-se ao tempo total de estudo, em segundos.

XOPT indica que as indutâncias serão dadas em mH ou reatância indutiva em Ω. Se


XOPT for igual a zero ou branco, as indutâncias serão colocadas em mH, e se XOPT > 0, então
o valor da freqüência será XOPT (em Hz) e a indutância será dada em Ω. (reatância indutiva).
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COPT indica que as capacitâncias serão dadas em µF ou µS. Se COPT for igual a zero
ou branco, as capacitâncias serão colocadas em µF, e se COPT > 0, então o valor da freqüência
será COPT (em Hz) e a capacitância será dada em µS (reatância capacitiva).

EPSILN é o campo destinado à tolerância próxima de zero que é usada para testar a
singularidade das matrizes de coeficientes reais em cada passo. Se o campo estiver em branco
ou for preenchido com o algarismo zero indica que será utilizado o valor “default” presente no
arquivo STARTUP.

TOLMAT é o campo destinado à tolerância próxima de zero que é usada para testar a
singularidade da matriz admitância para a solução fasorial. Branco ou zero neste campo
indicam que o valor de EPSILN é usado em TOLMAT. Note que o valor de TOLMAT não
pode ser especificado no arquivo STARTUP.

TSTART indica o momento do início da simulação, em segundos. Normalmente,


TSTART será zero ou branco.

5.3. Segundo cartão de dados miscelâneos

O ATP RULE BOOK trata este cartão pelo nome de cartão de dados miscelâneos
inteiros, pelo fato de todos os campos deste cartão serem preenchidos por dados inteiros. Sua
estrutura segue na figura 2, e em seguida é dada uma descrição de seus campos.

Figura 2. Segundo cartão de dados miscelâneos.

Os dados do segundo cartão elementos que controlam as saídas dos arquivos de


dados do programa e são assim distribuídos, por colunas:

IOUT, que lista a quantidade de pontos para impressão;

IPLOT, que contém a quantidade de pontos para gráfico;


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IDOUBL, que representam “flags” para impressão da tabela conexões na rede;

KSSOUT, que é um “flag” para impressão dos fluxos nos ramos da rede;

MAXOUT, “flag” para impressão dos valores máximos das variáveis;

IPUN, “flag” para as mudanças de freqüência de impressão;

MENSAV, que é um “flag” para controle de gravação da memória do ATP em disco para
uso subsequente;

ICAT, “flag” para gravação permanente de pontos para posterior plotagem;

NENERG, “flag” do número de energização em casos de chaves estatísticas ou


sistemáticas.

IPRSUP normalmente é colocado como zero ou branco. Se selecionado um valor positivo, este
“flag” controla saída da impressão por parâmetros do arquivo STARTUP.

5.4. Cartões para ramos lineares e linhas de transmissão

5.4.1. Introdução

Os cartões para ramos lineares definem diferentes tipos de ramos do sistema elétrico,
podendo representá-los em formas variadas. Serão discutidos os seguintes modelamentos:

1. Elementos não acoplados, com parâmetros RLC concentrados e em série (Tipo 0);
2. Elementos mutuamente acoplados, com parâmetros RLC concentrados (Tipo 1, 2, 3…)

• Circuito PI-equivalente, fase única;


• Circuito PI-equivalente, multifásico;

3. Elementos RL mutuamente acoplados (Tipo 51, 52, 53…);


4. Elementos com parâmetros distribuídos;

Para todos estes tipos de modelamento existem formatos de baixa e alta precisão para a
entrada dos dados referentes aos ramos do sistema, que obedecem a seguinte sintaxe:
Se o cartão com os dados referentes aos ramos for precedido por um cartão com a
instrução $VINTAGE, 1 , o formato permitido será de alta precisão (E16.0). Após essa
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representação, se for inserida a instrução $VINTAGE, 0 , o formato de entrada dos dados


retorna para o formato de baixa precisão.
Ainda, vários tipos de representações podem ser unidas e compor um mesmo sistema, e
os diferentes tipos de ramos podem estar dispostos em qualquer ordem.

5.4.2. Conectividade dos elementos

Cada ramo é definido pelo nome de seus nós terminais (BUS1, BUS2).
Quando há uma coincidência de valores dos parâmetros (RLC) de dois ou mais ramos
diferentes, pode-se utilizar a opção de ramos de referência. Para isso define-se um cartão com
os dados de referência. Quando se for utilizar os mesmos dados para um novo ramo, coloca-se
o nome dos seus nós no campo destinado a eles (BUS1, BUS2) e preenche-se o campo dos nós
de referência com o nome dos nós do outro ramo previamente determinado, sendo que o
restante do cartão permanece em branco.

5.4.3. Cartão para Elementos não acoplados, com parâmetros RLC


concentrados e em série (Tipo 0)

Os elementos com parâmetros concentrados podem ser representados por uma


resistência, uma indutância e uma capacitância conectadas em série. Observa-se que não há a
obrigatoriedade de os três elementos estarem representados, podendo haver apenas dois deles,
ou ainda um só.

Figura 3. Esquema de representação para elementos RLC concentrados e não acoplados.

Formato normal ($VINTAGE, 0)


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A estrutura do cartão de dados referente ao formato normal para elementos não


acoplados é mostrado na figura 4. Em seguida há uma explanação dos parâmetros utilizados.

Figura 4. Cartão para ramos RLC concentrados não acoplados, formato normal.

Formato de alta precisão ($VINTAGE, 1)

A estrutura do cartão de dados em formato de alta precisão está representado na figura


5.

Formato Livre

Existe ainda uma opção de entrada dos dados referentes aos ramos que é feita através de
separação dos campos por vírgulas, mas sua utilização é um relativamente complicada. O
preenchimento obedece basicamente ao seguinte:

•Campos separados por vírgulas;


• Brancos são totalmente ignorados;
• Nomes dos nós ajustados à esquerda;
• Não haver entrada de nomes de nós após a coluna 26;
• Não haver entrada de dados antes da coluna 27;
• Cinco vírgulas separando seis campos antes da coluna 26;
• Oito vírgulas separando nove campos após a coluna 27;
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Figura 5. Cartão para ramos RLC concentrados não acoplados, formato de precisão estendida.

Parâmetros gerais para o preenchimento dos cartões de dados

Em seguida há uma explanação dos parâmetros utilizados.

BUS1, BUS2: nomes dos dois extremos do ramo. O nome dos nós devem ser escritos em até
seis caracteres e alinhados à esquerda do campo. Para representar ligação entre um nó e a terra,
deve-se escrever em um dos campos o nome deste nó, e o outro campo é deixado em branco
(terra).

BUS3 BUS4: Nomes dos nós de referência, que normalmente são deixados em branco.

R resistência em Ω.

L ou ωL indutância em mH se XOPT = 0 ou branco, ou reatância em Ω na freqüência


XOPT.

C ou ωC capacitância em µF, se COPT = 0 ou branco, ou então susceptância em µS na


freqüência COPT.

IOUT 1, pedido de corrente no ramo;


2, pedido de ddp;
3, pedido de corrente e ddp no ramo;
4, saídas de potência e consumo de energia no ramo.
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5.4.4. Cartão para elementos RLC mutuamente acoplados (Tipo 1, 2, 3)

A representação dos elementos RLC acoplados prevê capacitâncias SHUNT


conectadas, sendo seus valores alocados metade no início e metade no final de cada ramo, de
acordo com a figura 6.

Figura 6. Esquema de ramos RLC acoplados com capacitâncias “SHUNT”.

Esta classe de ramos representa as matrizes [R], [L], e [C], em regime permanente, de
acordo com o seguinte:

1) A diagonal Rii + jωLii representa a impedância própria do ramo i (impedância do laço


“ramo i - retorno pelo solo);
2) Os elementos Rik + jωLik representam a impedância mútua entre os ramos i e k (R ik ≠ 0 com
resistividade do solo não nula).
3) A diagonal Cii é a soma de todas as capacitâncias conectadas aos nós em ambos os
terminais do ramo i;
4) Elementos Cik são os negativos dos valores de capacitâncias do ramo i para o ramo k.
Todas as matrizes são consideradas simétricas e a matriz de capacitância é dividida em
duas, com metade do total em cada extremidade do ramo. Pode-se fazer uso da rotina LINE
CONSTANTS para a obtenção dos dados referentes aos ramos, uma vez que seu cálculo
manual é relativamente complicado.
Outro aspecto importante é o modelamento simplificado de transformadores utilizando
PI-equivalentes. Uma vez que a maioria dos transformadores possui uma baixa corrente de
excitação, a matriz admitância é aproximadamente singular. A impedância de saída é baixa e
pode ser obtida pela subtração entre a impedância mútua e a própria. Deve-se utilizar neste
modelamento um cartão de alta precisão para a devida acurácia dos dados.
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Uso especial

Uma situação especial ocorre quando [C] = [0]. Este caso representa ramos RL
acoplados para os quais é dada uma entrada separada para os dados. Esta é a situação normal
para modelamento de transformadores.

Formato dos cartões

Há três diferentes formatos para os cartões de dados:

•Formato normal ($VINTAGE, 0);


•Formato de precisão estendida ($VINTAGE, 1);
•Formato livre.

Para estes tipos de cartões, há duas notações: A notação RL e a notação AR. A notação
RL é “default”. Se previamente a notação AR for utilizada, então, antes da utilização da
notação RL, deve-se inserir a seguinte linha de instrução, mostrada na figura 7.

Figura 7. Cartão indicando que o formato RL será usado em seguida.

Cartão para formato normal ($VINTAGE, 0)

Se não há um pedido anterior de uso do formato de precisão estendida, então o formato


do cartão é o formato normal e a acurácia dos dados é limitada (E6.2). Este cartão é mostrado
na figura 8.

Cartão para formato precisão estendida ($VINTAGE, 1)

O cartão para dados em formato de precisão estendida (E16.0) é mostrado na figura 9.


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Figura 8. Cartão de dados em formato normal para elementos RLC mutuamente acoplados.

Cartão para dados em formato livre

Para a utilização de formato livre, os campos devem ser separados por vírgulas, os
espaços em branco são totalmente ignorados pelo ATP, os nomes devem ser ajustados à
esquerda. Ainda, não se deve entrar com nomes de nós após a coluna 26, nem com dados
numéricos antes da coluna 27, e deve haver o número exato de campos entre as virgulas, ou
seja, cinco virgulas separando seis campos antes da coluna 26 e oito vírgulas separando nove
campos após a coluna 27. Se houver um estouro dos campos em uma linha, o caracter de
continuação “$” deve ser usado na linha posterior.

Figura 9. Cartão de dados em formato de precisão estendida.

Notação AR

Em alguns casos a matriz [L]-1 é mal-acondicionada ou singular, tal que [L] não existe.
Então a notação AR é utilizada, no mesmo formato da figura 7, onde RL deve ser substituído
19

por AR. Deve-se ter cuidado quando do preenchimento dos dados. A matriz [L]-1 substitui R
no formato de entrada. Do mesmo modo, a matriz [R] substitui L no formato de entrada.

Parâmetros

ITYPE : Número do condutor 1, 2, 3, ... N, para N condutores mutuamente acoplados

BUS1, BUS2: nomes dos dois extremos do ramo. Os nomes dos nós devem ser escritos em até
seis caracteres e alinhados à esquerda do campo. Para representar ligação entre um nó e a terra,
deve-se escrever em um dos campos o nome deste nó, e o outro campo é deixado em branco
(terra).

BUS3 BUS4: Nomes dos nós de referência, que normalmente são deixados em branco

R: Elementos da matriz de resistências com valores em Ω.

L: Elementos da matriz de indutâncias, cujos valores podem ser dados em mH ou Ω,


dependendo de XOPT. Caso XOPT for 0 ou em branco, a indutância será em mH. Se XOPT for
igual ao valor de freqüência f, o valor do campo será 2π f * L, em Ω.

C: Elementos da matriz de capacitâncias, cujos valores podem ser dados em µF ou µS,


dependendo de COPT. Se COPT = 0 ou branco, a capacitância é dada em µF. Caso contrário,
se COPT for preenchido com a freqüência f, o valor do campo é dado por
2π f * C, em µS.

OUT: Deve ser preenchido com 2 para pedido de ddp, se a coluna 80 não estiver sendo usada.
Observações:

• As matrizes [R], [L] e [C] são simétricas, devendo ser especificados apenas os elementos da
diagonal e abaixo dela.
• Quando um cartão não é suficiente para a representação das linhas da matriz, devem ser
inseridas linhas de continuação abaixo destas, sendo que as colunas de 1 a 26 permanecem
em branco.
• A ordem de preenchimento dos cartões obedece a disposição dos dados de forma matricial,
de acordo com as figuras 10 e 11 abaixo.
20

Figura 10. Esquema de preenchimento dos cartões mostrando os elementos dispostos em ordem matricial

Figura 11. Mesmo que na figura 10 acima para dados com precisão estendida ($VINTAGE, 1).

5.4.5. Cartões para ramos RL mutuamente acoplados (Tipo 51, 52, 53, …)

Este tipo de representação não difere muito do tipo de representação anterior, exceto
pelo fato que não existe entrada para dados da matriz de capacitâncias Shunt ( [C]= [0] ). Deste
modo, o campo reservado para as indutâncias possui 12 colunas ao invés de 6, proporcionando
grande precisão. Este tipo de modelamento foi concebido para a representação do acoplamento
das impedâncias de transformadores. Ainda, podem-se representar redes equivalentes pela
associação de elementos RL mutuamente acoplados.
21

Usos especiais

Valores de seqüência

Para linhas equilibradas (transpostas), a estrutura das matrizes R e L obedece ao


seguinte esquema: Os elementos da diagonal principal possuem um mesmo valor Zs e os
elementos fora desta diagonal possuem valor igual Zm. Para linhas trifásicas, utilizando-se a
decomposição de Fortesque, são necessários apenas os valores associados de seqüência zero e
positiva da diagonal da matriz de impedância.

 Zs Zm Zm  Z 0 0 0
   
Z m Zs Z m  ⇐ Fortesque ⇒ 0 Z1 0
 Z m Zm Z s   0 0 Z 1 

onde Z0 = Zs + 2 Zm e Z1 = Zs - Zm.

Os valores de seqüência podem ser calculados utilizando-se diretamente a rotina LINE


CONSTANTS.

Notação AR

Como descrito no caso anterior para elementos RLC mutuamente acoplados, a notação
RL é “default”, sendo que no caso de transformadores ideais que possuem baixas correntes de
excitação, a matriz de indutância deixa de existir, e a notação AR é recomendada. Deve-se ter
cuidado quando do preenchimento dos dados. A matriz [L]-1 substitui R no formato de entrada.
Do mesmo modo, a matriz [R] substitui L no formato de entrada. A instrução USE AR e USE
RL precedendo os cartões de dados obedecem ao mesmo procedimento descrito para ramos
RLC mutuamente acoplados.

Formato dos cartões

Existem dois tipos de formulação neste caso: valores de fase e valores de seqüência.
Para cada uma destas formulações, existem ainda duas diferentes notações: notação RL e
notação AR. Em ambas as notações, existem três diferentes formatos de cartões para serem
usados:

• Formato normal ($VINTAGE, 0);


• Formato em precisão estendida ($VINTAGE, 1);
• Formato livre.
22

Valores de fase

Cartão em formato normal ($VINTAGE, 0)

Para especificar N elementos RL mutuamente acoplados, o formato do cartão utilizado


é mostrado na figura 12.

Figura 12. Cartão para elementos RL acoplados, em notação RL , com valores de fase e precisão normal.

Formato de alta precisão

Na figura 13 é mostrado o cartão em formato de alta precisão. Todos os valores são agoira
inseridos com formato E16.0.

Formato livre

Para a utilização de formato livre, os campos devem ser separados por vírgulas, os
espaços em branco são totalmente ignorados pelo ATP, os nomes devem ser ajustados à
esquerda. Ainda, não se deve entrar com nomes de nós após a coluna 26, nem com dados
numéricos antes da coluna 27, e deve haver o número exato de campos entre as virgulas, ou
seja, cinco virgulas separando seis campos antes da coluna 26 e oito vírgulas separando nove
campos após a coluna 27. Se houver um estouro dos campos em uma linha, o caracter de
continuação “$” deve ser usado na linha posterior.

Valores de seqüência

Quando são utilizados os valores de seqüência, apenas um formato de cartão existe.


Este formato é como mostrado na figura 14 abaixo.
23

Figura 13. Cartão de dados para formato em alta precisão ($VINTAGE, 1) para ramos RL mutuamente acoplados.

Figura 14. Cartão para entrada de dados em parâmetros de seqüência.

5.4.6. Cartões para ramos com elementos de parâmetros distribuídos

Dependendo da geometria dos portadores de carga, existem diversos modelamentos


disponíveis
24

Modelo geral

A rotina LINE CONSTANTS provê os resultados necessários para a entrada de dados


para ramos com parâmetros distribuídos, tais como as matrizes [R], [L] e [C]. O modelo
utilizado para a aquisição desses dados é mostrado na figura 15 abaixo.

Figura 15. Modelo utilizado para o cálculo das equações diferenciais para a obtenção dos parâmetros distribuídos
de linhas de transmissão.

Notação em valores modais

Para linhas não transpostas, o modelo utilizado é análise modal (com cálculo de
autovalores e autovetores). Os dados de entrada utilizam a matriz de transformação modal [Ti]
e o número de modos é igual ao número de fases. Existe ainda a possibilidade de utilizar este
modelo para linhas transpostas.

Notação para valores de seqüência

Podem ser utilizados como entrada valores de seqüência do ramo em estudo, dados
pela aplicação da seguinte transformação:

 Zs Zm Zm Zm Zm Zm   Zc . . . . 0
Z Zs Zm Zm Zm Zm   0 ZL . . . 0
 m   
 Zm Zm Zs Zm Zm Zm   . . . . . . 
 ⇒ 
 Zm Zm Zm Zs Zm Zm   . . . . . . 
 Zm Zm Zm Zm Zs Zm   . . . . . 0
   
 Zm Zm Zm Zm Zm Zs   0 . . . . ZL 
onde:
Zc = Zs + (n-1)Zm
ZL = Zs - Zm ,
e n é o número de fases do sistema.
25

Parâmetros constantes utilizando matriz de transformação constante

O esquema das linhas de transmissão com parâmetros distribuídos é mostrado na figura


16

Figura 16. Esquema de linha de transmissão com parâmetros distribuídos.

Todos os valores de entrada são previamente transformados em quantidades modais,


através da rotina LINE CONSTANTS. Dependendo da representação dos parâmetros, podemos
distinguir entre modelos de linhas sem distorção, modelos de linhas com resistências
concentradas ou ainda modelos de linhas através de PI-equivalentes exatos.
Para se usar modelos de linhas sem distorção, fica presumido que o valor de entrada de
R’ significa a medida de todas as perdas da linha.
No modelo de resistências concentradas, as resistências são tomadas como sendo um
quarto de seu valor em cada porção terminal da linha, e metade de seu valor no meio da linha,
como mostra a figura 17.

Figura 17. Representação do modelo de resistências concentradas.

Para a solução fasorial, as resistências são concentradas (1/4 em cada porção terminal
da linha e 1/2 em sua metade). Algumas vezes isso requer a utilização de longas fórmulas.
26

Então faz-se uso da expressão EXACT PHASOR EQUIVALENT para a obtenção desta
solução fasorial.

Formato dos cartões

Há dois formatos de cartões: precisão normal e estendida, mostrados respectivamente nas


figuras 18 e 19.

Figura 18. Esquema do cartão de dados para parâmetros distribuídos em formato de precisão normal.

Figura 19. Esquema do cartão de dados para parâmetros distribuídos em formato de precisão estendida.

Parâmetros

ITYPE: número dadas fases -1, -2, ... -N. Cada número corresponde a uma fase;

BUS1, BUS2: nomes dos nós onde estão fixados os terminais das linhas (barramento);
27

Resistência: Resistência modal em Ω por unidade de comprimento.

A: Dependente do parâmetro ILINE, de acordo com a tabela 1 abaixo.

B: Dependente do parâmetro ILINE, de acordo com a tabela 1 abaixo.

ILINE COLUNAS 27 A 38 COLUNAS 51 A 62


(COLUNA A B
S 75 E 76)
0 (não • XOPT = 0 • COPT = 0
branco) A = indutância modal B = capacitância
[mH / comprimento] modal [mH / comprimento]

• XOPT = freqüência • COPT = freqüência


A = reatância modal B = susceptância modal
[Ω / comprimento] [Ω / comprimento]

1 impedância característica Velocidade de propagação


em Ω. Zs = SQRT ( L´ / modal em comp. / s.
C´), onde SQRT significa
raiz quadrada.
2 impedância característica Tempo de propagação
em Ω. Zs = SQRT ( L´ / modal da onda na linha,
C´) em segundos.

Tabela 1. Preenchimento dos dados do cartão de acordo com o “flag” ILINE.

Comprimento: Valor do comprimento total da linha examinada.

IPUNCH: Especifica que tipo de modelamento é utilizado para o cartão em questão:


0: modelo de resistências concentradas (caso usual);
1: modelo sem distorção.

IPOSE: Identifica se a linha é assumida como transposta ou não transposta:


1: Linha transposta, sem matriz de transformação;
N: Linha não-transposta, com N fases.

IOUT: 1, pedido de corrente no ramo


2, pedido de ddp
4, saídas de potência e consumo de energia no ramo.
28

Obs.:: Os elementos de seqüência devem ser posicionados da seguinte maneira: Primeira linha:
seqüência zero; segunda linha: seqüência positiva.

5.5. Chaves

Nesta seção serão descritos apenas três tipos de chaves: chaves controladas por tempo; chaves
controladas por tensão e chaves de medida.

5.5.1. Chave controlada por tempo

Este tipo de chave é inicialmente aberta (a não ser que Tclose < 0). Seu fechamento e
abertura são controlados por tempo e corrente. A chave fecha em t = Tclose e tenta abrir
novamente em t ≥ Topen , sendo que a condição de corrente é observada. Para diferentes valores
de Iε (corrente de margem) esta condição extra é diferente. Os valores para Iε são Iε =0 ou Iε ≠
0.
Na figura 20 abaixo é mostrado o esquema do cartão de dados para este tipo de chave, e
em seguida seus campos são descritos.

Figura 20. Cartão de dados para a chave controlada por tempo.

Parâmetros:

ITYPE: 00 ou branco, para este tipo de chave.

BUS1, BUS2: nomes dos dois extremos da chave. Nó terra é identificado por branco.

TCLOSE: tempo que a chave deverá fechar (s).

TOPEN : tempo antes do qual a chave não poderá abrir. (s)

IMARGEM:
Iε= 0, a chave abre quando sua corrente passa por zero.
Iε, ≠ 0, a chave abre quando |Ichave| < Iε
29

IOUT: 1, pedido de corrente


2, pedido de ddp
3, pedido de corrente e ddp
4, saídas de potência e fluxo de energia na chave.

5.5.2. Chave controlada por tensão

Esta chave é inicialmente aberta. O seu fechamento ocorre em t ≥ Tclose, sempre que a
tensão de disrupção seja atingida. Após um intervalo de tempo a chave tenta fechar-se
novamente.
A abertura da chave ocorrerá sempre que a condição da corrente de margem for
atingida.
A figura 21 mostra o esquema do cartão referente a esse tipo de chave.

Figura 21. Esquema do cartão de dados para chaves controladas por tensão.

Parâmetros:

ITYPE: 00 ou branco

BUS1, BUS2: nomes dos dois extremos da chave. Nó terra é identificado por branco.

TCLOSE: tempo antes do qual a chave é proibida de disparar (s).

TDELAY: tempo decorrido depois da disrupção, antes do qual a chave não poderá abrir (s).

Iε = 0, a chave abre quando sua corrente passa por zero.


Iε ≠ 0, a chave abre quando |Ichave| < Iε

VFLASH: tensão que deverá ser excedida para a chave fechar (V).
30

IOUT: 1, pedido de corrente


2, pedido de ddp
3, pedido de corrente e ddp
4, saídas de potência e fluxo de energia na chave.

5.5.3. Chave de medida

Por definição, uma chave de medida é permanentemente fechada durante todo o tempo
de simulação. Ela é usada para o monitoramento de corrente ou potência em locais onde essas
quantidades não são disponíveis de alguma outra forma.
A figura 22 mostra o esquema do cartão de dados referente a esse tipo de chave.

Figura 22. Esquema do cartão de dados referente à chaves de medida.

Parâmetros:

ITYPE: 00 ou branco

BUS1, BUS2: nomes dos dois extremos da chave. Nó terra é identificado por branco.

IOUT: 1, pedido de corrente


2, pedido de ddp
3, pedido de corrente e ddp
4, saídas de potência e fluxo de energia na chave.
31

5.6. Dados referentes às fontes

Existem disponíveis no ATP diversos tipos de fontes de excitação, o que permite uma
certa versatilidade no modelamento deste tipo de elemento. As fontes de excitação geralmente
têm um terminal aterrado. Portanto, na maioria dos casos, apenas o nome de um dos nós deve
ser especificado. Neste guia serão detalhadas os seguintes tipos de fonte:
• Fonte Degrau ou CC;
• Fonte rampa com subida linear;
• Fonte rampa com duas inclinações lineares;
• Fonte cossenoidal.

5.6.1. Fonte degrau ou CC

Este tipo de fonte assume o valor zero até um determinado tempo especificado, e
assume um valor constante após esse instante. A estrutura de seu cartão é mostrada na figura
23, e seu detalhamento é feito a seguir.

Figura 23. Estrutura do cartão de dados para fonte tipo degrau.

Parâmetros:

ITYPE: 11 - Fonte degrau.

ST: Branco ou zero para fontes de tensão e negativo inteiro (como -1) para fontes de corrente.

AMPLITUDE: valor da amplitude do degrau.

TSTART:
TSTART > 0, para fontes que começam a operar com atraso.
32

TSTOP:
TSTOP > 0 para desligar a fonte.

5.6.2. Fonte rampa com subida linear

Este tipo de fonte provê uma subida do valor zero até um valor de tensão ou corrente
limite, como mostra o gráfico na figura 24 abaixo. Na figura 25 segue o esquema do cartão de
dados para este tipo de fonte, e posteriormente é feito um detalhamento de seus campos.

Figura 24. Comportamento de uma fonte tipo rampa linear.

Figura 25. Estrutura do cartão para fonte tipo rampa linear.


33

Parâmetros:

ITYPE: 12 - Fonte tipo rampa linear

ST: Branco ou zero para fontes de tensão e negativo inteiro (como -1) para fontes de corrente.

TIME-0: tempo final da subida (s).

AMPLITUDE: valor da amplitude da rampa depois de estabilizada.

TSTART:
TSTART > 0, para fontes que começam a operar com atraso.

TSTOP:
TSTOP > 0 para desligar a fonte.

5.6.3. Fonte tipo rampa com duas inclinações lineares

Este tipo de fonte provê duas diferentes variações lineares. Primeiro há uma variação
entre o zero e um valor limite, com a inclinação controlada pela duração do tempo de subida.
Em seguida a função muda sua inclinação e atinge outro valor limite. A figura 26 mostra o
gráfico com o comportamento deste tipo de fonte, e a figura 27 descreve a estrutura de seu
cartão de dados. Em seguida seus campos são detalhados.

Figura 26. Gráfico do comportamento da fonte tipo rampa com inclinação dupla.
34

Figura 27. Formato do cartão de dados para fonte tipo rampa com inclinação dupla.

Parâmetros:

ITYPE: 13 - Fonte tipo rampa com duas inclinações lineares

ST: Branco ou zero para fontes de tensão e negativo inteiro (como -1) para fontes de corrente.

TIME-0: tempo final da primeira inclinação (s). ( este valor pode ser nulo ).

TIME-1: tempo associado a amplitude A1 (s).

AMPLITUDE: valor da amplitude da rampa quando começa a segunda inclinação.

TSTART:
TSTART > 0, para fontes que começam a operar com atraso.

TSTOP:
TSTOP > 0 para desligar a fonte.

5.6.4. Fonte cossenoidal

Este tipo de representação simula uma fonte tipo cossenoidal, com amplitude
determinada e ângulo de fase em graus ou segundos, dependendo da opção A1. A forma de
onda representada por esta fonte está mostrada na figura 28 abaixo. A estrutura do cartão para
este tipo de fonte é dado pela figura 29, e seus campos são descritos em seguida.
35

Figura 28. Forma de onda gerada pela fonte cossenoidal.

Figura 29. Cartão de dados para a fonte tipo cossenoidal.

Parâmetros:

ITYPE: 14 - Fonte tipo cossenoidal

TSTART: negativo em todas as fontes que estão ativas em regime

ST: Branco ou zero para fontes de tensão e negativo inteiro (como -1) para fontes de corrente

AMPLITUDE: valor da amplitude (não EFICAZ) da fonte

PHASE: Dada em graus ou segundos, de acordo com A1.


36

Existem duas alternativas:


Se A1 = 0: Fase dada em graus, de acordo com a expressão
f(t) = amplitude * cos (2πft + φ0)
onde f = freqüência (Hz)
φ0 (°)
Se A1 > 0 : Fase dada em segundo de acordo com a expressão
f(t) = amplitude * cos[ 2πf(t +T0)]
onde f = freqüência (Hz)
T0 (s)
TSTART:
TSTART > 0, para fontes que começam a operar com atraso.
TSTOP:
TSTOP > 0 para desligar a fonte.

5.7. Cartões para especificações de saída

A resposta no tempo da rede elétrica resolvida é disponível para a análise via um dos
procedimentos abaixo:

• Saída em números decimais tabulados, na impressora;


• Saída em impressora gráfica. Esta opção é dependente do equipamento utilizado;
• Arquivo com extensão .PL4, que pode ser utilizado para processamento posterior em
impressoras, plotadoras, ou outro tipo de dispositivo (como por exemplo, a utilização
do “software” Origin, para a análise gráfica).

Os valores de tensão, corrente e potência são processados pelo ATP no domínio


discreto do tempo, com passos determinados no cartão de dados miscelâneos.
Para a saída estão disponíveis os seguintes dados:

• Saída de tensões nos nós;


• Saídas referentes aos ramos (ddp nos ramos, correntes nos ramos, potência ou
energia).
37

5.7.1. Tensões nos nós

O cartão para pedidos de saídas é inserido logo após o cartão BLANK que sucede os
dados relativos às fontes.
Para o pedido de tensões nos nós, basta especificar no cartão o nome dos nós em que se
quer explicitar a tensão. Em seguida deve ser colocado o cartão BLANK.
Para se pedir a tensão em todos os nós, basta colocar apenas o número 1 na coluna 2 do
cartão. Este cartão não deve ser seguido pelo cartão BLANK.
A seguir é mostrado o cartão genérico para pedido dos nós (Figura 30).

Figura 30. Cartão para pedido de tensões nos nós.

BUS1, ...BUS(N): Nomes dos nós onde se quer a especificação da tensão.

5.7.2. Saídas nos ramos ou chaves

São possíveis os seguintes pedidos de saída para ramos ou chaves:

• Tensão nos ramos (diferença de tensão entre o nó inicial e terminal do ramo);


• potência no ramo;
• corrente no ramo;
• energia no ramo.

Há dois modos de se pedir esta saída: o primeiro modo já foi visto e consiste no
preenchimento da coluna 80 do cartão de dados referentes aos ramos, com um número de
acordo com o que se deseja para a saída; o outro modo consiste em se utilizar o pedido de
tensão em cada nó, utilizando-se as duas primeiras colunas do cartão para pedido de saída de
tensão, da seguinte forma:

-1: pedido apenas para corrente;


-2: pedido apenas para tensão;
-3: pedido para ambos, tensão e corrente;
38

-4: pedido para potência e energia;


-5: pedido para o cálculo da diferença de voltagem entre dois nós.
39

6. Estrutura da rotina LINE CONSTANTS

6.1. Introdução

A rotina LINE CONSTANTS foi desenvolvida como uma rotina auxiliar no cálculo dos
parâmetros das linhas de transmissão para uma determinada freqüência, e o resultado de seu
processamento é utilizado para alimentar o arquivo principal de dados.

6.2. Primeiro cartão de informação

BEGIN NEW DATA CASE

Serve como um “flag” para o ATP, indicando que um novo caso de simulação se inicia. Mesmo
sendo uma rotina auxiliar, deve ser utilizada essa instrução, por se tratar de um caso do ATP.

6.3. Instrução para se adicionar a rotina de cálculo de parâmetros

LINE CONSTANTS

Esta instrução é uma palavra-chave para transferir o controle de processamento do


programa principal para a rotina auxiliar de cálculo de parâmetros de linhas de transmissão.

6.4. Instruções para definição de unidades

METRIC

Esta instrução é opcional e define as unidades de medidas em unidades métricas ou


inglesas, sendo que o ‘default’ é ENGLISH (unidades inglesas).
40

6.5. Dados referentes ao condutor

Devem constar tantas instruções referentes a dados dos condutores quantos forem os
condutores, ou quantos forem os conjuntos de cabos geminados, dependendo da opção para a
entrada de dados.
No cartão de dados sobre o condutor existem duas possibilidades de disposição desses
dados, que são:

• Uma instrução para cada condutor, mesmo que pertença ao conjunto de cabos
geminados( figura 30);
• Uma instrução para cada conjunto de cabos geminados (Figura 31).

Cabos múltiplos ou geminados são utilizados como forma de se reduzir o gradiente de


potencial nos condutores e, conseqüentemente, se evitar perdas de potência das linhas de
transmissão de extra-alta-tensão.

Também devem constar dados sobre a localização espacial dos condutores e suas
características geométricas (Relação T/D - onde T é a espessura do condutor tubular e D é o
diâmetro externo do condutor, resistência DC, etc…).

6.5.1. Cartão para condutores individuais

Na figura 31 está esquematizado a estrutura do cartão para entrada de dados dos


condutores de forma individual.

Figura 31. Cartão de dados para condutores individuais.


41

Parâmetros:

IP: número de fase do condutor


O parâmetro IP indica a numeração de fase de cada condutor. Todos os condutores com
o mesmo número serão considerados pertencentes a um conjunto de cabos geminados.

SKIN: Flag para identificação do efeito SKIN, associado ao parâmetro RESIS. O campo
relacionado a essa informação deve ser selecionado de acordo com o parâmetro RESIS.

Este parâmetro deve ser escolhido de acordo com as seguintes regras:

• Para não incluir o efeito pelicular, o parâmetro deve ser igual a 0.0 e o parâmetro
RESIS igual a resistência CA do condutor, em Ω/km (METRIC) ou Ω/mi (ENGLISH).
• Para incluir o efeito pelicular, o parâmetro SKIN deve ser igual a relação T/D do
condutor e o parâmetro RESIS deve ser igual ao valor da resistência CC do condutor.

IX: “flag” para a indutância própria do condutor, associado com o parâmetro REACT
Este campo pode assumir diversos valores, de acordo com a escolha do parâmetro
REACT.

• IX = 0, REACT deve ser o valor da reatância do condutor, em Ω/Km (METRIC) ou


Ω/mi (ENGLISH), para uma unidade de espaçamento (m ou foot), e será válido na
freqüência especificada. A indutância interna não é corrigida para o efeito pelicular.

• IX = 1, REACT deve ser o valor da reatância do condutor, em Ω/Km (METRIC) ou


Ω/mi (ENGLISH), para uma unidade de espaçamento (m ou foot), para a freqüência
de 60 Hz. Caso outra freqüência seja especificada, a reatância será corrigida
proporcionalmente. A indutância interna não é corrigida para o efeito pelicular.

• IX = 2, REACT deve ser o valor do raio médio geométrico do condutor, em cm


(METRIC) ou polegadas (ENGLISH). A indutância interna não é corrigida para o
efeito pelicular.

• IX = 3, REACT deve ser o valor do raio médio geométrico do condutor dividido pelo
valor do raio do condutor. A indutância interna não é corrigida para o efeito
pelicular. Para cabos sólidos, a relação descrita acima é de 0.7788 para um condutor
sólido.

• IX = 4, REACT deve ser deixado em branco. A indutância interna será corrigida para
o efeito pelicular e o cálculo da indutância própria será baseado na geometria tubular
do condutor. Esta é a opção mais utilizada normalmente.

DIAM: diâmetro do condutor


42

É o diâmetro externo do condutor tubular, em centímetros ou polegadas, dependendo


das unidades definidas pelo usuário (METRIC ou ENGLISH).

HORIZ: Distância horizontal do condutor


Este campo tem seu valor dado em metros ou pés, dependendo da unidade escolhida.
Nele se relaciona a distância horizontal entre o centro do condutor (ou do conjunto de
cabos geminados) a um referencial especificado pelo usuário. Este referencial pode ser
qualquer ponto da silhueta da torre, mas deve ser o mesmo para todos os cabos.

VTOWER: Altura vertical do condutor


O campo VTOWER representa a altura vertical do centro do condutor ou conjunto de
cabos geminados, em metros ou pés, dependendo da unidade selecionada, medida na torre e a
partir do solo.

VMID: Altura vertical do centro do cabo condutor ou conjunto de cabos geminados, medidos
no meio do vão a partir do solo.

6.5.2. Cartão para a entrada dos dados dos condutores em conjunto

Na figura 32 abaixo se encontra o modelo do cartão para a redução automática dos


condutores geminados.

Figura 32. Esquema do cartão referente aos condutores com alternativa para a redução automática dos condutores
geminados

Observações:

• As variáveis SKIN, RESIS, IX, REACT e DIAM se aplicam a um dos condutores


que formam o conjunto dos condutores geminados. Todos os outros condutores são
assumidos com as mesmas características.
43

• As variáveis HORIZ, VTOWER, e VMID se aplicam à posição do centro


geométrico do conjunto de condutores com relação ao solo.

• As variáveis SEPAR, ALPHA, e NBUND descrevem a geometria do conjunto de


cabos geminados.

Os elementos deste cartão são descritos a seguir.

IP: número de fase do condutor equivalente


Todos os condutores pertencentes a um conjunto de cabos são substituídos por um
único condutor fictício. A numeração deve ser 1, 2, 3, ... e 0 para cabos pára-raios.

SKIN, IX, REACT, DIAM: mesmo do item anterior

HORIZ: Distância horizontal do condutor


Este campo tem seu valor dado em metros ou pés, dependendo da unidade escolhida.
É a distância entre o centro do conjunto de condutores geminados e uma referência
especificada pelo usuário. Esta mesma referência deve ser utilizada para todos os feixes em um
mesmo caso. Este referencial pode ser qualquer ponto da silhueta da torre.

VTOWER: Altura vertical do condutor


O campo VTOWER representa a altura vertical do centro do conjunto de condutores
geminados, em metros ou pés, dependendo da unidade selecionada, medida na torre e a partir
do solo.

VMID: Altura vertical do centro conjunto de condutores geminados, medidos no meio do vão a
partir do solo.

Figura 33. Esquema mostrando a posição no conjunto de condutores, dos parâmetros ALPHA e SEPAR.
SEPAR: É a distância de separação, em cm ou polegadas, entre os centros de dois condutores
adjacentes de um conjunto de condutores geminados.

ALPHA: É a posição angular do centro de um dos condutores do conjunto de condutores


geminados em relação ao eixo horizontal, que é tomado como referência. Os ângulos positivos
são definidos no sentido anti-horário.
44

6.6. Cartão de fechamento da descrição dos dados referentes aos condutores

BLANK card ending conductor cards within "LINE CONSTANTS"


data

O cartão acima indica para o programa que os dados referentes aos condutores estão
encerrados, fazendo com que seu processamento passe a etapa seguinte.

6.7. Informações referentes à freqüência

Após as informações sobre todos os condutores, devem ser especificadas as


informações sobre a freqüência, resistividade do solo, tipo de correção de Carson e modos de
impressão dos parâmetros da linha de transmissão. A figura 34 mostra a representação deste
cartão de dados.

Figura 34. Cartão de dados referentes à freqüência

Parâmetros:

RHO: Resistividade em Ω/m do solo homogêneo


Este campo corresponde ao valor da resistividade de solo homogêneo em Ω/m.

FREQ: Freqüência de operação da linha, em Hertz.

FCAR: “Flag” utilizado para controlar a quantidade de termos na fórmula de Carson, que
corrige a impedância considerando o retorno pelo solo.
• Se o valor de FCAR for 0 ou branco, nenhum termo é acrescentado para considerar o
retorno pelo solo;
45

• Se o valor for 1 na coluna 28, os cálculos são efetuados com precisão, considerando
todos os termos da fórmula de Carson;

ICPR: “Flag” para controlar o tipo de impressão para a matriz de capacitâncias da linha de
transmissão, associado ao parâmetro ICAP.
Para ICAP, há duas opções básicas: 0 ou 1, na coluna 44. Dependendo dessa opção e do
valor de ICPR, as seguintes matrizes de capacitâncias são impressas:

Para ICAP = 0

ICPR Matriz Impressa


100000 inversa de ω [C]
010000 inversa de ω [Ce]
001000 inversa de ω [Cs]
000100 ω [C]
000010 ω [Ce]
000001 ω [Cs]

Tabela 1. Possíveis valores para ICPR e seus resultados na impressão da matriz de capacitâncias, quando
ICAP = 0 .
46

Para ICAP = 1

ICPR Matriz Impressa


100000 inversa de [C]
010000 inversa de [Ce]
001000 inversa de [Cs]
000100 [C]
000010 [Ce]
000001 [Cs]

Tabela 2. Possíveis valores para ICPR e seus resultados na impressão da matriz de capacitâncias, quando
ICAP = 1.

A nomenclatura utilizada nas tabelas tem o seguinte significado:

• [C] significa que a matriz de capacitâncias é para o conjunto completo de


cabos da linha de transmissão, sem nenhuma redução, incluindo todos os cabos
físicos (fases e pára-raios);
• [Ce] significa que a matriz de capacitâncias é para o conjunto de fases da linha
de transmissão, depois da eliminação dos cabos geminados e pára-raios;
• [Cs] significa que a matriz de capacitâncias se encontra em componentes
simétricas e para o conjunto de fases da linha de transmissão, depois da
eliminação dos cabos geminados e pára-raios.

IZPR: Parâmetro para a impressão das matrizes de impedância, de acordo com o


seguinte:

IZPR Matriz Impressa


100000 [Z]
010000 [Ze]
001000 [Zs]
000100 inversa de [Z]
000010 inversa de [Ze]
000001 inversa de [Zs]

Tabela 3. Possíveis valores para IZPR e seus resultados na impressão da matriz de impedância.
47

6.8. Instruções para o término do caso

BLANK card ending frequency cards of "LINE CONSTANTS" data


BLANK card ending "LINE CONSTANTS" data cases
BEGIN NEW DATA CASE
BLANK

O primeiro cartão em branco indica o fim do cartão com os dados de freqüência. O


segundo, finalizando a rotina LINE CONSTANTS. A instrução BEGIN NEW DATA CASE
seguida por BLANK finaliza o caso rodado no programa ATP.
48

7. Dados para a rotina especial SATURATION


Para o arquivo principal de dados, é necessária a curva de saturação do transformador, que é
obtida através da rotina SATURATION.
Inicialmente é fornecida uma tabela com dados de tensão e corrente medidos no
transformador. Esses dados são inseridos em um arquivo de dados especialmente construído
para gerar dados de corrente e fluxo, através de uma rotina especial do ATP, chamada de
SATURATION.
Esses dados de corrente e fluxo são então inseridos no arquivo principal de dados, para
o modelagem do transformador propriamente dito.

Os cálculos realizados são os seguintes:


Potência do transformador: 25 MVA
Potência-Base: S Transformador 25
S Base = = = 8,33 MVA (3.5)
3 3
13,8kV (3.6)
Tensão-Base: VBase = = 7,968kV
3

S Base (3.7)
Corrente-Base: I Base = = 1,0459 kA
V Base
Os dados de tensão e corrente, medidos no secundário do transformador são fornecidos,
e os valores de corrente em p.u. são calculados, dividindo-se o valor da corrente em ampère
pelo valor da corrente-base (Ibase). Esses valores são mostrados na tabela 1 abaixo.
Tabela 1. Dados de tensão e corrente para a rotina SATURATION

Tensão (p.u.) Corrente (A) Corrente (p.u.)


0,90 0,75 0,717 x 10-03
1,00 1,51 1,450 x 10-03
1,10 8,34 7,978 x 10-03
1,50 43 41,112 x 10-03
1,80 119 113,777 x 10-03

De posse dos dados de tensão e corrente, os campos da rotina SATURATION são


preenchidos e a curva de saturação (corrente – fluxo) é calculada ponto a ponto, alimentando o
arquivo principal de dados da simulação. A figura 5 mostra a curva de saturação calculada para
o transformador de potência do sistema elétrico.
49

36

34

32

Fluxo (V.s)
30

28

26
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400

Corrente (A)

Figura 5. Curva de saturação do transformador de potência

Parâmetros para o transformador


Para o transformador, os cálculos realizados são os seguintes:

Impedância-Base do Primário: Z Base − Pr imario =


(V Base )2
(3.8)
S Base

Z Base − Pr imario =
(138000 )2 = 761 ,76 Ω
25 x10 6

(VBase )2 (3.9)
Impedância-Base do Secundário: Z Base − Secunario =
S Base

Z Base − Secunario =
(13800)2 = 7,6176Ω
25 x10 6

O valor da reatância por-unidade foi fornecido para o primário e secundário, e ambas são iguais
a 0,04495.
Deste modo, os valores de reatância no primário e secundário são encontrados pelos cálculos
abaixo.

X = X x Z Base (3.10)
p .u .

Multiplicando-se os valores da impedância-base do primário e secundário pelo valor da


reatância em por-unidade, obtemos os valores de reatâncias para o primário e secundário.

X P r im ario = 761 , 76 x 0 , 04495 = 34 , 241112 Ω

X Secundario = 7 ,6176 x 0 ,04495 = 0,34241112 Ω


50

A relação entre as reatâncias e resistências no primário e secundário do transformador é


fornecida, e é dada por
X (5.11)
= 32 ,68
R
Utilizando-se as relações (3.10) e (3.11), encontramos os valores para as indutâncias e
resistências no primário e secundário do transformador.
X Pr imario 34,241112
LPr imario = = = 0,9082763999 H ou 90,82763999 mH
ω 376,99

X Secundario 0,34241112
LSecundario = = = 9,082763999 x 10 − 4 H ou 0,9082763999 mH
ω 376,99

X Pr imario
RPr imario = = 1,0477696450 Ω
32,68

X Secundario
RSecundario = = 0,0104776964 Ω
32,68
Os dados obtidos são então inseridos no arquivo principal de dados para o modelagem do
transformador.

Divisão dos enrolamentos do transformador para a simulação de faltas internas


Na simulação de faltas internas ao transformador, o enrolamento primário entre as fases
A e B foi subdividido em parcelas correspondentes à 10%, 50% e 90% do total, para valores
de resistência, indutância e tensão relativa à terra, como mostra a figura 6. A tabela 2 mostra os
valores calculados na proporção da divisão.
51

Figura 6. Divisão do transformador para a simulação de faltas a 10%, 50% e 90% da fase A do enrolamento
primário

Tabela 2. Divisão do enrolamento primário em 10%, 50% e 90%, para a aplicação de faltas internas

Nome dos Nós Porcentagem do Resistência Indutância Tensão


enrolamento (Ω) (mH)
primário (kV)

TPRA - N10A 10% 0,104777 9,0828 13.80

N10A - N40A 40% 0,419108 36,3312 55.20

N40A - N90A 40% 0,419108 36,3312 55.20

N90A - TPRB 10% 0,104777 9,0828 13.80

A aplicação de falta em N10A corresponde a uma falta aplicada em 10% do enrolamento; do


mesmo modo, a aplicação de falta em N40A corresponde em falta aplicada em 50% do
enrolamento, e, finalmente, a aplicação de falta em N90A corresponde a uma falta aplicada em
90% do enrolamento.

Parâmetros para os transformadores de corrente


Ao contrário do transformador de potência, que teve a sua curva de saturação calculada através
da subrotina SATURATION, os dados para a modelagem da curva de saturação e dos demais
parâmetros relacionados aos transformadores de corrente foram fornecidos pela concessionária
de energia elétrica, e adaptados diretamente ao sistema em estudo.
52

A figura 10 mostra a curva de saturação utilizada para modelar a não-linearidade do núcleo do


transformador.
1,4

1,2

1,0

0,8

Fluxo (V.s)
0,6

0,4

0,2

0,0

-5 0 5 10 15 20 25 30 35 40

Corrente (A)

Figura 7. Curva de saturação dos transformadores de corrente do sistema elétrico


Os demais parâmetros para os TCs são listados a seguir.
Indutância de dispersão do primário: 1,0 x 10-4H
Resistência de dispersão do primário: 0,85Ω
Indutância de dispersão do secundário: 1,0 x 10-4H
Resistência de dispersão do secundário: 1,0 x 10-4Ω
Relação de transformação: 1:40
53

8. EXEMPLO DE ESTUDO

8.1. Características gerais da simulação

A idéia básica do estudo em questão consiste em se fazer uma simulação da falta (curto-
circuito) em um sistema elétrico.
O caso apresentado simula um sistema com três linhas de transmissão com seus
equivalentes de rede formados por um circuito RL acoplado mais fonte ideal. Este sistema foi
utilizado para representar vários tipos de falta ao longo das três linhas, sendo por isso um
pouco complexo. Cada linha foi dividida em duas partes, para que a localização da falta
pudesse ser variada ao longo da linha, no estudo.
Para a simulação de linhas de transmissão longas, a melhor representação que se pode
obter para o sistema é utilizar cálculos com parâmetros de resistência, capacitância e indutância
distribuídos ao longo da linha, uma vez que essa situação fornece a melhor solução para os
cálculos do sistema em estudo.
Para se efetuar o cálculo dos parâmetros distribuídos da linha de transmissão, utiliza-se
a rotina auxiliar LINE CONSTANTS, e os resultados obtidos após seu processamento são
devidamente inseridos no arquivo de dados de simulação dos transitórios do sistema elétrico.

8.2. Características do sistema elétrico

O caso particular estudado consiste em uma linha de transmissão de energia elétrica,


cujo valor eficaz de tensão é de 400 kV. Esta tensão é tomada como tensão de referência para a
expressão dos valores em por-unidade (Stevenson, 1986). O sistema consiste em uma linha
trifásica com dois condutores por fase. As características dos condutores são:
54

Condutores de Fase
• Bluejay 45x7 - ACSR
• T/D = 0,231 T
• resistência CC = 0,051370 Ω/Km
• diâmetro externo = 31,98 mm
• diâmetro interno = 7,98 mm

Pára-raios
• Guinea 12x7 ACSR D
• T/D = 0,5
• resistência CC = 0,35961 Ω/Km
Diâmetro externo = 14,6 mm
T: Espessura do condutor tubular
D: Diâmetro do condutor externo

Para a obtenção dos parâmetros de linha, os cálculos são efetuados independentemente da


freqüência da rede, uma vez que esses parâmetros permanecem constantes em relação à mesma.
Também considera-se que as linhas de transmissão são transpostas, tornando os parâmetros
equilibrados.
A silhueta da torre (perfil de cada torre utilizada como sustentação dos cabos de
transmissão de energia elétrica e cabos de proteção contra descargas atmosféricas) é mostrada
na figura 35, ilustrando a disposição dos condutores no espaço.

Figura 35. Silhueta da torre


55

Figura 36. Esquema da rede elétrica em estudo.

Na figura 36 é apresentado um esquema do sistema elétrico como um todo, incluindo os


geradores, com valores especificados em p.u., as resistências e indutâncias das linhas e
resistências de falta com respectivos interruptores de falta, os barramentos, nos quais se pode
obter valores de tensão para o sistema e chaves de medida (simbolizadas por • ) para obtenção
de corrente nos pontos indicados. Ainda de acordo com a figura 35, segue a legenda abaixo:

- Rfi, Lfi indicam as resistências e indutâncias relacionadas com a fonte i, para i=1,2,3.
- Ltij indicam as porções da linha segmentadas pelo nó contendo as resistências de falta.
- P, T, e Q são os barramentos tomados como referência do sistema estudado.
- FPT, FTQ e FTR indicam os interruptores controlados por tempo (especificado em campos
definidos no arquivo de dados), que são fechados quando se quer determinar a ocorrência de
uma falta na linha de transmissão.
- Rfi representam as resistências de falta.
56

8.3. Estrutura da rotina LINE CONSTANTS

Na figura 37 é listado o arquivo completo da rotina LINE CONSTANTS, e em seguida


cada cartão é especificado, de acordo com o tipo e valor de dados de cada campo.

8.3.1. Primeiro cartão de informação

BEGIN NEW DATA CASE

Serve como um “flag” para o ATP, indicando que um novo caso de simulação se inicia.
Mesmo sendo uma rotina auxiliar, deve ser utilizada essa instrução, por se tratar de um caso do
ATP.

BEGIN NEW DATA CASE


C parâmetros calculados para 600 Hz
LINE CONSTANTS
METRIC
C 345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
1 .231 .05137 4 3.198 -12.2 21.63 9.83
1 .231 .05137 4 3.198 -11.8 21.63 9.83
2 .231 .05137 4 3.198 -0.2 21.63 9.83
2 .231 .05137 4 3.198 0.2 21.63 9.83
3 .231 .05137 4 3.198 11.8 21.63 9.83
3 .231 .05137 4 3.198 12.2 21.63 9.83
0 .5 .35961 4 1.46 -8.05 30.5 23.2
0 .5 .35961 4 1.46 -7.65 30.5 23.2
0 .5 .35961 4 1.46 7.65 30.5 23.2
0 .5 .35961 4 1.46 8.05 30.5 23.2
BLANK card ending conductor cards within "LINE CONSTANTS" data
C 1 2 3 4 5 6 7
C 345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
250. 600.0 1 1
BLANK card ending frequency cards of "LINE CONSTANTS" data
BLANK card ending "LINE CONSTANTS" data cases
BEGIN NEW DATA CASE
BLANK

Figura 37. Arquivo de dados para a rotina LINE CONSTANTS


57

8.3.2. Cartão de comentário

C parâmetros calculados para 600 Hz

Este cartão indica apenas um comentário, pois inicia-se com a letra C na primeira
coluna, seguido por um espaço em branco, como foi especificado no item 3.

8.3.3. Instrução para se adicionar a rotina de cálculo de parâmetros

LINE CONSTANTS

Esta instrução é uma palavra-chave para transferir o controle de processamento do


programa principal para a rotina auxiliar de cálculo de parâmetros de linhas de transmissão.

8.3.4. Instruções para definição de unidades

METRIC

Esta instrução é opcional e define as unidades de medidas em unidades métricas ou


inglesas, sendo que o ‘default’ é ENGLISH (unidades inglesas).

8.3.5. Uso de régua no arquivo

Após a instrução METRIC, explicada no item anterior, segue-se uma linha de


comentário, na qual estão enfileirados números em ordem crescente, assim:
1234567890123456… . Essa linha representa uma régua que visa facilitar a inserção dos
dados abaixo dela, numerando as colunas. Se observada cuidadosamente, pode-se ver que a
régua marca até a coluna 80.
A inserção de uma régua é útil quando se vai escrever o arquivo de dados , facilitando
sua construção.
58

8.3.6. Dados referentes ao condutor

Neste caso particular, a opção foi feita para detalhamento individual dos condutores, o
que pode ser visto nas linhas 6 a 15 do arquivo de dados.
Para efeito de simplicidade, serão detalhados apenas dois condutores e dois pára-raios.
Os demais cabos podem ter suas configurações deduzidas por analogia, bastando apenas
observar a figura 37 e as considerações tecidas posteriormente.
Na figura 38 observa-se os dois cartões com as características dos cabos condutores
escolhidos como exemplo para detalhamento. Observa-se que estes cartões correspondem às
linhas 6 e 10 do arquivo de dados da figura 37.

Condutores de fase

1 2 3 4 5 6 7 8
12345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
1 .231 .05137 4 3.198 -12.2 21.63 9.83
3 .231 .05137 4 3.198 11.8 21.63 9.83

Figura 38. Cartões de condutores escolhidos como exemplo para que seus campos sejam detalhados.

IP: número de fase do condutor


Nos cartões exemplificados, observa-se que o parâmetro IP é 1 para o primeiro
condutor e 3 para o segundo condutor, indicando que os mesmos pertencem respectivamente às
fases 1 e 3.

SKIN:
No caso aqui estudado, optou-se pela inclusão do efeito pelicular, e o valor dos
campos 4 a 8 do cartão foram preenchidos com o valor da relação T/D = 0,231. O
parâmetro RESIS, nos campos 9 a 16 do cartão foram preenchidos com o valor da
resistência CC do condutor que é de 0,5137 Ω/km, em ambos os cartões exemplificados
acima.
59

IX:
Na grande maioria dos casos, o campo IX é preenchido com o valor 4, como neste
exemplo em particular, nos dois cartões exemplificados, indicando que o parâmetro REACT
não deve ser especificado e o campo deve ser deixado em branco.

DIAM:
Como os dois condutores têm o mesmo diâmetro, o valor 3,198 (centímetros) foi
especificado para os mesmos.

HORIZ:
Observamos que os valores deste campo são diferentes para os dois cartões
exemplificados acima, uma vez que a distância horizontal dos condutores ao referencial é
diferente para cada condutor (observando o arquivo de dados na figura 37 e a figura34, conclui-
se que o referencial horizontal é tomado como sendo o centro da torre).

VTOWER:
Nestes dois casos, a altura vertical dos cabos exemplificados é a mesma, ou seja ,
21,63 metros.

VMID:
Neste caso, a medida para ambos os condutores exemplificados na figura 38 é de 9,83
metros.

Cabos pára-raios

Na figura 39 encontram-se instruções referentes a dois cabos pára-raios.

1 2 3 4 5 6 7 8
12345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
0 .5 .35961 4 1.46 -8.05 30.5 23.2
0 .5 .35961 4 1.46 -7.65 30.5 23.2

Figura 39. Dois cartões isolados representando a entrada de dados para os cabos pára-raios.

Para os dois cartões exemplificados na figura 39, todas as explicações feitas


anteriormente permanecem as mesmas com relação ao formato e posicionamento dos dados nas
colunas dos cartões, sendo que apenas seus valores se alteram.
O valor de IP = 0 é aplicado nos casos de cabos pára-raios. A relação T/D é 0,5, uma
vez que os cabos de proteção são sólidos. Os valores referentes às posições espaciais dos
condutores podem ser observadas em conjunto com a figura 34.
60

8.3.7. Cartão de fechamento da descrição dos dados referentes aos condutores

BLANK card ending conductor cards within "LINE CONSTANTS"


data

O cartão acima indica para o programa que os dados referentes aos condutores estão
encerrados.

8.3.8. Informações referentes à freqüência

A figura abaixo contém o cartão dos dados referentes à freqüência. Posteriormente há


um detalhamento de seus campos.

1 2 3 4 5 6 7 8
12345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
250. 600.0 1 1 0

Figura 40. Cartão de freqüência.

RHO:
Segundo as informações do sistema elétrico, este valor é de 250 Ω/m.

FREQ:
Neste caso particular tem o valor de 600 Hz. Como o cálculo dos parâmetros da linha é
feito para uma única freqüência, ao se utilizar 600 Hz ao invés de 60 Hz, pretendeu-se utilizar
uma correção simplificada da dependência dos parâmetros R e L com a freqüência.

FCAR:
Neste caso em particular o campo FCAR está em branco, indicando que nenhum termo
é acrescentado para considerar o retorno pelo solo;
ICPR:
61

No caso aqui estudado, o valor de ICAP é 0, e o valor de ICPR é 000001 (pois há o


número 1 na coluna 35), que fornece a opção ω [Cs] da tabela 1.

IZPR:
No arquivo de dados aqui estudado, notamos que o valor de IZPR é 001000,
imprimindo a opção [Zs]. (matriz de impedâncias se encontra em componentes simétricas para
o conjunto de fases da linha de transmissão, depois da eliminação de cabos geminados e pára-
raios).

8.3.9. Instruções para o término do caso

BLANK card ending frequency cards of "LINE CONSTANTS" data


BLANK card ending "LINE CONSTANTS" data cases
BEGIN NEW DATA CASE
BLANK

8.3.10. Arquivo de saída da rotina LINE CONSTANTS

Em seguida é mostrado o arquivo de saída da rotina LINE CONSTANTS para este caso
de simulação, sendo destacados os resultados de interesse, que posteriormente serão utilizados
em cálculos dos parâmetros das linhas de transmissão. Esses parâmetros serão futuramente
inseridos no arquivo principal de dados.

--- 22 cards of disk file read into card cache cells 1 onward.
Alternative Transients Program (ATP), Salford 80386 translation. All rights reserved by Can/Am
user group of Portland, Oregon, USA.
Date (dd-mth-yy) and time of day (hh.mm.ss) = 13-Apr-97 16.56.56 Name of disk plot file,
if any, is C:\USERS\PAULO
Consult the 800-page ATP Rule Book of the Can/Am EMTP User Group in Portland, Oregon, USA.
Program is no older than November,
1995.
Total size of LABCOM tables = 232564 INTEGER words. VARDIM List Sizes follow : 752
900 1500 150 7500 120
2100 5250 225 480 150 150 15000 60 10800 120 12 15 4800 2580 300 1050
12000 9 1200 252 76 21000
--------------------------------------------------+--------------------------------------------
------------------------------------
Descriptive interpretation of input data cards. | Input data card images are shown below,
all 80 columns, character by character
0 1 2 3 4
5 6 7 8

012345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
--------------------------------------------------+--------------------------------------------
------------------------------------
Comment card. KOMPAR = 1. |C data:\USERS\PAULO\ATPFILES\LINECON.DAT
Marker card preceding new EMTP data case. |BEGIN NEW DATA CASE
Comment card. KOMPAR = 1. |C parâmetros calculados para 600 Hz
Compute overhead line constants. Limit = 100 |LINE CONSTANTS
Request for metric (not English) units. |METRIC
62

Comment card. KOMPAR = 1. |C


345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
Line conductor card. 2.310E-01 5.137E-02 4 | 1 .231 .05137 4 3.198 -12.2
21.63 9.83
Line conductor card. 2.310E-01 5.137E-02 4 | 1 .231 .05137 4 3.198 -11.8
21.63 9.83
Line conductor card. 2.310E-01 5.137E-02 4 | 2 .231 .05137 4 3.198 -0.2
21.63 9.83
Line conductor card. 2.310E-01 5.137E-02 4 | 2 .231 .05137 4 3.198 0.2
21.63 9.83
Line conductor card. 2.310E-01 5.137E-02 4 | 3 .231 .05137 4 3.198 11.8
21.63 9.83
Line conductor card. 2.310E-01 5.137E-02 4 | 3 .231 .05137 4 3.198 12.2
21.63 9.83
Line conductor card. 5.000E-01 3.596E-01 4 | 0 .5 .35961 4 1.46 -8.05
30.5 23.2
Line conductor card. 5.000E-01 3.596E-01 4 | 0 .5 .35961 4 1.46 -7.65
30.5 23.2
Line conductor card. 5.000E-01 3.596E-01 4 | 0 .5 .35961 4 1.46 7.65
30.5 23.2
Line conductor card. 5.000E-01 3.596E-01 4 | 0 .5 .35961 4 1.46 8.05
30.5 23.2
Blank card terminating conductor cards. |BLANK card ending conductor cards within
"LINE CONSTANTS" data
Comment card. KOMPAR = 1. |C 1 2 3 4
5 6 7
Comment card. KOMPAR = 1. |C
345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
Frequency card. 2.500E+02 6.000E+02 0.000E+00 | 250. 600.0 1 1

Line conductor table after sorting and initial processing.


Table Phase Skin effect Resistance Reactance data specification Diameter
Horizontal Avg height
Row Number R-type R (ohm/km) X-type X(ohm/km) or GMR ( cm ) X
(mtrs) Y (mtrs) Name
1 1 0.23100 0.05137 4 0.000000 3.19800 -
12.200 13.763
2 2 0.23100 0.05137 4 0.000000 3.19800 -
0.200 13.763
3 3 0.23100 0.05137 4 0.000000 3.19800
11.800 13.763
4 1 0.23100 0.05137 4 0.000000 3.19800 -
11.800 13.763
5 2 0.23100 0.05137 4 0.000000 3.19800
0.200 13.763
6 3 0.23100 0.05137 4 0.000000 3.19800
12.200 13.763
7 0 0.50000 0.35961 4 0.000000 1.46000 -
8.050 25.633
8 0 0.50000 0.35961 4 0.000000 1.46000 -
7.650 25.633
9 0 0.50000 0.35961 4 0.000000 1.46000
7.650 25.633
10 0 0.50000 0.35961 4 0.000000 1.46000
8.050 25.633

Matrices are for earth resistivity = 2.50000000E+02 ohm-meters and frequency 6.00000000E+02
Hz. Correction factor =
1.00000000E-06

Susceptance matrix, in units of [mhos/kmeter ] for symmetrical components of the equivalent


phase conductor
Rows proceed in the sequence (0, 1, 2), (0, 1, 2), etc.; columns proceed in the sequence
(0, 2, 1), (0, 2, 1), etc.

0 3.141478E-05
0.000000E+00

1 4.389618E-07 -1.288120E-06
-7.603041E-07 -2.231089E-06

2 4.389618E-07 4.158575E-05 -1.288120E-06


7.603041E-07 3.508812E-22 2.231089E-06
63

Impedance matrix, in units of [ohms/kmeter ] for symmetrical components of the equivalent


phase conductor
Rows proceed in the sequence (0, 1, 2), (0, 1, 2), etc.; columns proceed in the sequence
(0, 2, 1), (0, 2, 1), etc.

0 5.086211E-01
7.649663E+00

1 -8.439464E-02 -2.807830E-01
-5.514664E-02 1.642258E-01

2 8.995571E-02 4.695996E-02 2.826152E-01


-4.551458E-02 3.967639E+00 1.610523E-01

Sequence Surge impedance Attenuation velocity Wavelength Resistance


Reactance Susceptance
magnitude(ohm) angle(degr.) db/km km/sec km ohm/km
ohm/km mho/km
Zero : 4.94007E+02 -1.90198E+00 4.47389E-03 2.43054E+05 4.05091E+02 5.08621E-01
7.64966E+00 3.14148E-05
Positive: 3.08894E+02 -3.39053E-01 6.60253E-04 2.93484E+05 4.89141E+02 4.69600E-02
3.96764E+00 4.15858E-05
Blank card terminating frequency cards. |BLANK card ending frequency cards of "LINE
CONSTANTS" data
Blank card ending "LINE CONSTANTS" cases. |BLANK card ending "LINE CONSTANTS" data
cases
Total case timing (CP, I/O, tot), sec: 4.011 0.000 4.011

Listagem do arquivo de saída da rotina LINE CONSTANTS

8.3.11. Cálculos dos parâmetros de linha a serem inseridos no arquivo principal


de dados

Em seguida estão listados os cálculos efetuados com os dados do arquivo de saída da


rotina LINE CONSTANTS (sombreados na listagem acima). Os valores obtidos serão inseridos
no arquivo principal de dados, como será mostrado posteriormente.

Resistência:
Seqüência zero: 5,08621 x 10-1 Ω / Km
Seqüência positiva: 4,69600 x 10-2 Ω / Km

Reatância (XL):
Seqüência zero: 7,64966 Ω / Km
Seqüência positiva: 3,96764 Ω / Km

Susceptância (XC):
Seqüência zero: 3,14148 x 10-5 S / Km
Seqüência positiva: 4,25858 x 10-5 S / Km

Como ω = 2 * π * freqüência, para 600 Hz, temos ω = 3769,91 rad / s.


64

Temos que

X L0 X L+
L0 = L+ =
ω e ω
Portanto
7,64966
L0 = = 2,02913 mH / Km
3769,91 e

3,96764
L+ = = 1,05244 mH / Km
3769,91

Da mesma maneira, temos que:

X C0 XC+
C0 = C+ =
ω e ω
Portanto:

3,14148 x10−5
C0 = = 8,3303x10−3 µF / Km
3769,91

4,25858 x10−5
C+ = = 112962
, x10−2 µF / Km
3769,91
65

8.4. Estrutura do arquivo principal de dados

Na figura 41 está listado o arquivo referente ao estudo do sistema elétrico em questão, e


posteriormente segue o seu detalhamento.

BEGIN NEW DATA CASE


2.0000-5.1000000
1 1 1 1 1 1
$VINTAGE, 1
FTQA 1.000000000E+00 0.000000000E+00 0.000000000E+00 0
FTQB 1.000000000E+00 0.000000000E+00 0.000000000E+00 0
FTQC 1.000000000E+00 0.000000000E+00 0.000000000E+00 0
FPTA 1.000000000E+00 0.000000000E+00 0.000000000E+00 0
FPTB 1.000000000E+00 0.000000000E+00 0.000000000E+00 0
FPTC 1.000000000E+00 0.000000000E+00 0.000000000E+00 0
FTRA 1.000000000E+00 0.000000000E+00 0.000000000E+00 0
FTRB 1.000000000E+00 0.000000000E+00 0.000000000E+00 0
FTRC 1.000000000E+00 0.000000000E+00 0.000000000E+00 0
-1T1A 90A 5.08621E-01 2.02913E+00 8.33303E-03 4.00000E+01 0 00
-2T1B 90B 4.69600E-02 1.05244+00 1.12962E-02 4.00000E+01 0 00
-3T1C 90C
-190A QA 5.08621E-01 2.02913E+00 8.33303E-03 4.00000E+01 0 00
-290B QB 4.69600E-02 1.05244+00 1.12962E-02 4.00000E+01 0 00
-390C QC
$VINTAGE, 0
51Q1A GERQA .35350 1.06896E+01
52Q1B GERQB 1.5595 4.71560E+01
53Q1C GERQC
$VINTAGE, 1
$VINTAGE, 0
51GERPA PA .31820 9.62069E+00
52GERPB PB 1.4035 4.24403E+01
53GERPC PC
$VINTAGE, 1
-1P1A 166A 5.08621E-01 2.02913E+00 8.33303E-03 7.50000E+01 0 00
-2P1B 166B 4.69600E-02 1.05244+00 1.12962E-02 7.50000E+01 0 00
-3P1C 166C
-1166A T0A 5.08621E-01 2.02913E+00 8.33303E-03 7.50000E+01 0 00
-2166B T0B 4.69600E-02 1.05244+00 1.12962E-02 7.50000E+01 0 00
-3166C T0C
-1T2A 210A 5.08621E-01 2.02913E+00 8.33303E-03 5.00000E+01 0 00
-2T2B 210B 4.69600E-02 1.05244+00 1.12962E-02 5.00000E+01 0 00
-3T2C 210C
-1210A RA 5.08620E-01 2.02913E+00 8.33303E-03 5.00000E+01 0 00
-2210B RB 4.69600E-02 1.05244+00 1.12962E-02 5.00000E+01 0 00
-3210C RC
$VINTAGE, 0
51R1A GERRA .33490 1.01273E+01
52R1B GERRB 1.4774 4.46737E+01
53R1C GERRC
$VINTAGE, 1
$VINTAGE, 0
BLANK card terminating network
TA T1A MEASURING 0
TB T1B MEASURING 0
TC T1C MEASURING 0
90A FTQA 1.000E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
90B FTQB 1.000E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
90C FTQC 1.000E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
QA Q1A MEASURING 0
QB Q1B MEASURING 0
QC Q1C MEASURING 0
PA P1A MEASURING 1
PB P1B MEASURING 1
PC P1C MEASURING 1
166A FPTA 1.620E-02 1.000E+02 0.000E+00 0
166B FPTB 1.000E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
166C FPTC 1.000E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
66

T0A TA MEASURING 0
T0B TB MEASURING 0
T0C TC MEASURING 0
TA T2A MEASURING 0
TB T2B MEASURING 0
TC T2C MEASURING 0
210A FTRA 1.000E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
210B FTRB 1.000E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
210C FTRC 1.000E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
RA R1A MEASURING 0
RB R1B MEASURING 0
RC R1C MEASURING 0
BLANK card terminating switches
14GERQA 0 3.590E+05 6.000E+01 0.000E+00 0 -1.000E+00 1.000E+02
14GERQB 0 3.590E+05 6.000E+01-1.200E+02 0 -1.000E+00 1.000E+02
14GERQC 0 3.590E+05 6.000E+01 1.200E+02 0 -1.000E+00 1.000E+02
14GERPA 0 3.593E+05 6.000E+01 2.000E+01 0 -1.000E+00 1.000E+02
14GERPB 0 3.593E+05 6.000E+01-1.000E+02 0 -1.000E+00 1.000E+02
14GERPC 0 3.593E+05 6.000E+01 1.400E+02 0 -1.000E+00 1.000E+02
14GERRA 0 2.930E+05 6.000E+01 1.000E+01 0 -1.000E+00 1.000E+02
14GERRB 0 2.930E+05 6.000E+01-1.100E+02 0 -1.000E+00 1.000E+02
14GERRC 0 2.930E+05 6.000E+01 1.300E+02 0 -1.000E+00 1.000E+02
BLANK card terminating sources
PA PB PC
BLANK card terminating outputs
BLANK card terminating plots
BEGIN NEW DATA CASE

Figura 41. Arquivo principal de dados.

8.4.1. Primeiro conjunto de instruções

BEGIN NEW DATA CASE

“Flag” para o ATP, indicando que um novo caso de simulação se inicia.

8.4.2. Primeiro cartão de dados miscelâneos

Os dados listados no cartão exemplificado na fig. 42 são as primeiras instruções


obrigatórias no arquivo de dados. Acompanhe na figura 1, repetida abaixo, o
posicionamenamento dos dados no cartão.
67

1 2 3 4 5 6 7 8
12345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
2.0000-5.1000000

Figura 42. Primeiro cartão de dados miscelâneos.

DELTAT:
O campo DELTAT foi preenchido com o valor 20µS.

TMAX:
Este campo foi preenchido com 100 ms.

XOPT:
O campo COPT em branco indica a opção “default”, ou seja, os dados de indutâncias
serão dados em mH.

COPT:
O campo COPT é deixado em branco, o que indica a opção “default”, ou seja, os dados
de capacitâncias serão dados em µF.
Os campos EPSILN e TOLMAT próximos de zero indicam que os valores utilizados
serão os presentes no arquivo STARTUP.

O campo TSTART em branco indica que a simulação inicia-se no tempo zero.


68

8.4.3. Segundo cartão de dados miscelâneos

1 2 3 4 5 6 7 8
12345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
1 1 1 1 1 1

Figura 43. Segundo cartão de dados miscelâneos.

Os dados do segundo cartão mostrado na fig. 43 contém elementos que controlam


as saídas dos arquivos de dados do programa e são assim distribuídos, por colunas:

IOUT = 1: indica que a freqüência de saída dos dados será de 1 em 1 ponto;


IPLOT = 1: todos os pontos são disponíveis para a saída gráfica;
IDOUBL = 1: mostra que serão impressos a tabela de conexões dos ramos;
KSSOUT = 1: indica que serão impressos os fluxos nos ramos da rede;
MAXOUT =1: serão impressos os valores máximos das variáveis;
ICAT = 1: serão gravados pontos para a plotagem.

Uma análise do arquivo de saída poderá mostrar esses dados impressos. Os


demais dados do cartão permanecem em branco, o que normalmente acontece nos casos
de simulação.
69

8.4.4. Entrada dos dados referentes às resistências de falta

As linhas 5 a 13 do arquivo de dados representam o posicionamento das


resistências de falta. Para sua representação, utiliza-se o formato de alta precisão de
inserção de dados, que é marcado com a instrução $VINTAGE, 1 - que foi inserida na
linha 5 do arquivo de dados. Este formato de alta precisão fornece 16 casas decimais para
o preenchimento de dados de resistências, capacitâncias e indutâncias do sistema. Na fig.
44 abaixo estão listadas apenas as linhas 5 e 10 do arquivo, para seu detalhamento, visto
que todas as demais linhas (de 5 a 13 do arquivo) são semelhantes.
Abaixo é mostrado o cartão de dados para este tipo de representação.

1 2 3 4 5 6 7 8
12345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
FTQA 1.000000000E+00 0.000000000+E00 0.000000000E+00 0
FPTC 1.000000000E+00 0.000000000+E00 0.000000000E+00 0

Figura 44. Dados referentes às resistências de falta.

Os dados são assim distribuídos:

ITYPE :
Neste caso particular este campo é deixado em branco.

BUS1, BUS2:
Estes campos são reservados para o nome dos nós onde estão localizadas as
resistências de falta. BUS1 foi preenchido com FTQA para o primeiro cartão
exemplificado, e com FPTC para o segundo. O campo BUS2 foi deixado em branco em
ambos os cartões, indicando ligação com a terra.
Os campos BUS3 e BUS4 foram deixados em branco para esse caso.
70

O campo referente aos valores de resistência foram preenchidos com o valor da


resistência de falta, e os demais campos de cada cartão ficaram em branco, indicando
que não existem outros elementos acoplados ao ramo.

8.4.5. Descrição da linha

Através da rotina LINE CONSTANTS os parâmetros de linha foram calculados


para a freqüência de 600 Hz. Esses cálculos são mostrados no item 4.11. Os resultados
que foram obtidos neste item e serão utilizados são os seguintes:

Resistência:
Seqüência zero: 5,08621 x 10-1 Ω / Km
Seqüência positiva: 4,69600 x 10-2 Ω / Km

Reatância:
Seqüência zero:2,02913 mH / Km
Seqüência positiva:1,05244 mH/ Km

Susceptância:
Seqüência zero: 8,3303 x 10-3 µF / Km
Seqüência positiva: 1,12962 x 10-2 µF / Km

Desta maneira, esses valores são inseridos em seus respectivos campos.


As linhas 14 a 19, e 30 a 41 do arquivo de dados representam as linhas de
transmissão com parâmetros distribuídos, conforme obtidos os dados da rotina LINE
CONSTANTS. Na fig. 45 são apresentados os dados referentes às linhas 14, 15 e 16
sendo que as demais linhas são semelhantes em sua estrutura. Ressalta-se que a linha de
transmissão foi dividida nos pontos de falta, sendo que o ponto de falta em cada porção
da linha representa um nó (90A, PT1B, etc...).
Como as linhas de transmissão estão equilibradas, apenas os elementos de
seqüência zero e positiva são colocados nos cartões de dados, sendo que o terceiro cartão
dá apenas os nomes dos nós.
71

1 2 3 4 5 6 7 8
12345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
-1T1A 90A 5.08621E-01 2.02913E+00 8.33300E-03 4.00000E+01 0 00
-2T1B 90B 4.69600E-02 1.05740E+00 1.12962E-02 4.00000E+01 0 00
-3T1C 90C

Figura 45. Dados sobre as linhas de transmissão com parâmetros distribuídos.

ITYPE:
O campo ITYPE, corresponde ao número de fase do condutor. Há 1 cartão por
fase.
As colunas 3 a 8 e 9 a 14 (BUS1, BUS2) correspondem aos nomes dos nós
terminais da linha.

Parâmetros distribuídos:
Nota-se que os dados estão dispostos em elementos de seqüência zero no primeiro
cartão e seqüência positiva no segundo, sendo que no terceiro cartão são citados apenas
os nomes dos nós.

LENGTH:
O comprimento da linha de transmissão em unidades de comprimento fica
especificado no campo LENGTH, entre as colunas 45 a 50.

IPUNCH:
As colunas 77 e 78 correspondem ao campo IPUNCH, cujo valor 0 corresponde a
uma linha de transmissão com resistência concentrada em metade se seu valor no meio da
linha e um quarto de seu valor em cada extremidade (caso usual).

IPOSE:
A coluna 79 corresponde ao campo IPOSE, onde o valor 0 corresponde ao modelo
de linhas transpostas.
Ressalta-se ainda que foi utilizado o formato de precisão estendida $VINTAGE,
1.

As linhas 21, 22, 23, 26, 27, 28, 43, 44, 45 do arquivo de dados correspondem aos
equivalentes das porções das linhas de transmissão entre os barramentos e as fontes. Uma
vez que apenas os valores de resistência e impedância de seqüência foram obtidos dos
cálculos dos parâmetros do sistema elétrico (Oleskovicz, 1996), utiliza-se o formato
alternativo de entrada onde ITYPE = 51, 52, 53... para elementos mutuamente acoplados.
72

8.4.6. Equivalente de geração

Para o cálculo dos parâmetros de seqüência dos geradores, foi utilizado o seguinte
esquema:
A relação entre as reatâncias de seqüência positiva e zero do gerador é tabelada, e
foi dada como sendo

X+
= 4.41 (I)
X0

O fator de qualidade Q é dado por

X
Q= =114
. (II)
R

A reatância de seqüência positiva do gerador pode ser calculada como abaixo:

V 2 
X + =   (III)
 Sg 

onde V é a tensão do gerador e Sg é a potência aparente do mesmo.

Para a fonte 1, a sua potência aparente é 10 GVA. Portanto

 ( 400 • 10 3 ) 2 
X+ =   = 16 Ω (IV)
 10 • 10 9 

Uma vez que a freqüência da rede é 60 Hz, a freqüência angular é dada


por
ω = 2 • π • 60 = 376.99Hz.

De
X L = ω L (V)
temos que
73

.
160
L f 1+ = = 00424413
. ≅ 42.44 mH (VI)
.
37699

De (I) e (III) obtemos que

16.0
X0 = = 3.62811 ≅ 3.63 Ω (VII)
4.41

De (V) obtemos que

3.63
L f 10 = = 0.00962 ≅ 9 .62 m H (VIII)
376.99

De (II) obtemos que

3.63
R f 10 = = 0.31825 ≅ 0.32 Ω (IX)
11.4

16
R f 1+ = ≅ 1,4035 Ω (X).
11.4

Para as demais fontes os cálculos foram efetuados de modo análogo.

Na fig. 46 a seguir são listadas apenas as linhas 26, 27 e 28, como referência para estudo.
74

1 2 3 4 5 6 7 8
12345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
51GERPA PA .31820 9.62069E+00
52GERPB PB 1.4035 4.24403E+01
53GERPC PC

Figura 46. Cartão de dados para elementos mutuamente acoplados.

ITYPE:
Foram preenchidos com os valores 51, 52, 53.

BUS1, BUS2:
Os campos 3 a 8 e 9 a 14 de cada cartão correspondem ao nome dos nós dos ramos em
cada fase.

Elementos RL mutuamente acoplados:


As colunas 27 a 32 foram preenchidos com os valores da matriz [R], em Ohms.
Entre as colunas 33 a 44 foram colocados os dados de [L], observando-se o “flag”
XOPT, como já descrito anteriormente.
Ainda observa-se que o terceiro cartão foi deixado em branco, devido ao fato das linhas
serem equilibradas.
75

8.4.7. Cartão de término dos dados sobre a rede

BLANK cards terminating network

Uma vez terminados os dados sobre as linhas de transmissão, um cartão em branco é


inserido (linha 48 do arquivo de dados) para delimitar este campo.

8.4.8. Dados sobre os interruptores e chaves

Apesar de haver vários cartões que indicam a colocação de interruptores que simulam
as faltas do sistema, apenas o cartão listado abaixo, que corresponde à linha 60 do arquivo de
dados realmente efetua alteração no estado do sistema, uma vez que apenas este interruptor se
fecha em um instante de tempo que está dentro do intervalo de tempo do estudo, sendo que
todas as demais chaves permanecem abertas durante todo o intervalo de simulação. Além
disso, há a colocação de chaves de medida para posterior pedido de saída. Estas chaves estão
permanentemente fechadas.
Em seguida, na fig.47, é mostrado este cartão, e seus campos descritos posteriormente.

1 2 3 4 5 6 7 8
12345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
166A FPTA 1.620E-02 1.000E+02 0.000E+00 1

Figura 47. Dados sobre os interruptores.

BUS1, BUS2:
representam os nomes dos nós onde estão ligados os interruptores.

TCLOSE:
momento em que a chave fecha, em segundos. Neste momento se estabelece
uma falta fase-terra, pois esta chave conecta a fase à terra através da resistência de falta.
TOPEN:
76

momento em que a chave abre, em segundos. Observe que este tempo é muito
maior que o tempo de simulação, fazendo com que a chave permaneça fechada durante
todo o estudo.

OUTPUT OPTION:
na coluna 80, o número 1 significa um “flag” para obtenção de corrente nesta
chave.

O Campo IMARGEM fica em branco, fazendo com que esta opção no cartão fique
desabilitada. Se forem observados os demais cartões correspondentes as chaves do circuito,
verifica-se que estas estão abertas durante todo o tempo de simulação, já que o seu fechamento
ocorre em t = 1 segundo, que é um tempo muito maior que o intervalo de simulação.
Já no cartão exemplificado acima, observa-se que o fechamento da chave entre os nós
PT1A e FPTA ocorre em 16 ms de simulação.

8.4.9. Encerramento dos dados sobre interruptores

A instrução abaixo, presente na linha 75 encerra os dados sobre os interruptores.

BLANK cards terminating switches

8.4.10. Dados sobre as fontes de potência do sistema

O sistema elétrico é composto por três fontes geradoras, cujos valores em por-unidade
foram expressos. Com base nos dados do sistema, é feito o preenchimento dos cartões
referentes a essas fontes, sendo um cartão preenchido por fase, constituindo um total de 9
cartões de dados, que correspondem às linhas 76 a 84 do arquivo de dados, sendo que os três
primeiros cartões correspondem ao gerador Q, os três seguintes ao gerador P, e os três últimos
ao gerador R.
Como exemplo, são listados na figura 48 apenas dois cartões, sendo o primeiro
referente ao gerador P e o segundo ao gerador R.
77

1 2 3 4 5 6 7 8
12345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
14GERPA 0 3.593E+05 6.000E+01 2.000E+01 0 -1.000E+01 1.000E+02
14GERRC 0 2.930E+05 6.000E+01 1.300E+02 0 -1.000E+01 1.000E+02

Figura 48. Dados referentes aos geradores.

As duas primeiras colunas correspondem ao tipo de fonte, quanto à natureza de sua


forma de onda. O número 14 indica que se trata de uma fonte cossenoidal, em ambos os casos.
O campo NAME é preenchido com o nome dos nós aos quais estão ligados os geradores
(GERPA e GERRC, na figura 48).
O campo ST está preenchido com 0, indicando que se trata de uma fonte de tensão.
O campo AMPLITUDE foi preenchido com a amplitude (valor de pico, não eficaz) da
onda gerada pela fonte (valor fase-terra). Esse cálculo pode ser feito da seguinte forma:

2 (pico)
amplitude = Unominal ×
3 (φ - terra)

Para o gerador P, temos que:

UNOMINAL = 400 kV x 1.1 (fator em por-unidade do gerador) = 440 kV.

440 kV 2
a m p litu d e = = 359 kV
3
Um cálculo mais preciso (UNOMINAL = 440.000 V) fornece o valor de amplitude igual a
3,593 x 105 V, que é o valor inserido no campo do cartão. Para o gerador R, o

o mesmo cálculo pode ser feito, observando os respectivos valores de tensão e o fator em por-
unidade na figura 36.
78

De 21 a 30 encontra-se o campo FREQUENCY, relacionado com a freqüência da fonte,


em Hertz. Neste caso o valor é 60 Hz.
O valor de A1(colunas 31 a 40) está preenchido com o valor 0, indicando o ângulo de
fase dado em graus, com cada fase separada de 120 graus em relação à referência. Deste modo
temos:

• fase A : φ = 0°
• fase B : φ = -120°
• fase A : φ = 120°

O campo TSTART, compreendido entre as colunas 61 a 70, de acordo com o


preenchimento dado neste caso para este campo, nota-se que o gerador está atuante desde antes
do início da simulação.

O campo TSTOP indica que o gerador está até o final da simulação.

8.4.11. Encerramento dos dados sobre as fontes

Na linha 86 do arquivo de dados, encontra-se a instrução referente ao encerramento dos


dados sobre os geradores.

BLANK cards terminating sources

8.4.12. Saída dos dados

1 2 3 4 5 6 7 8
12345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
PA PB PC

Figura 49. Pedido de tensões nas chaves de medida.


79

A linha 77 do arquivo de dados estabelece o pedido das tensões nas chaves de medida
PA, PB e PC, que foram requeridas na coluna 80 das linhas 58, 59 e 60 do arquivo de dados. A
figura 49 acima ilustra esta linha do arquivo de dados.

8.4.13. Encerramento dos dados de saída

A instrução abaixo encerra o campo de saída dos dados para o arquivo de saída gerado
pelo ATP.

BLANK cards terminating outputs

8.4.14. Fechamento do arquivo de dados

As instruções em seguida encerram o arquivo de dados.

BLANK cards terminating plots


BEGIN NEW DATA CASE

8.5. Saída dos dados

Como foi dito anteriormente, a saída dos dados dá-se em dois arquivos, um com a
extensão .pl4 e outro com a extensão .lis . Estes arquivos contém as instruções detalhadas da
simulação do caso descrito, de acordo com os pedidos relacionados no campo destinado a saída
dos dados.
O gráfico 1 a seguir foi obtido a partir do arquivo de extensão .pl4. Através do
“software” Origin, o arquivo foi importado em forma de planilha. Em seguida foi construído o
gráfico abaixo.

No gráfico em questão, observa-se que as três fases são equilibradas até o instante da
falta. Apesar da falta ocorrer apenas em uma das fases, ocorre a interferência nas três fases do
sistema elétrico.
80

FaseA
FaseB
400000
FaseC

200000
Tensão nas fases A,B,C em p.u.

-200000

-400000

-600000
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10
Tempo em segundos

Gráfico 1. Gráfico que ilustra o efeito da falta ocorrida no sistema elétrico, durante a
simulação.

O gráfico 2 abaixo ilustra as correntes nas fases A, B e C, ao longo do tempo de estudo.


81

FaseA
FaseB
8000
FaseC
6000

4000
Correntes nas fases A,B,C em p.u.

2000

-2000

-4000

-6000

-8000

0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10


Tempo em segundos

Gráfico 2. Correntes nos ramos do circuito, antes e depois da ocorrência da falta.


82

9. Conclusão

Este guia pretendeu dar uma visão básica da utilização do ATP.


O material não sofreu uma revisão acurada, portanto, alguns erros de digitação,
formatação e poucos erros conceituais ainda podem ser encontrados. O trabalho foi realizado
como parte das atividades de iniciação cientifica dos alunos Paulo Guidetti e Paulo Prado,
somente rotina de Saturation, na EESC / USP nos anos de 1998 e 2000, respectivamente.
Obviamente é muito difícil mostrar de modo genérico cada campo de acordo com seu
preenchimento, devido à enorme quantidade de possibilidades em sua utilização, uma vez que o
ATP é um programa extremamente abrangente no que se refere ao estudo de sistemas elétricos.
Todavia, através deste trabalho, foi dada uma amostra da utilidade e do poder do ATP em se
realizar simulações de sistemas elétricos de potência.
As informações completas da instalação, configurações e utilização de todos os recursos
do programa podem ser encontradas no ATP RULE BOOK, citado como referência na
bibliografia deste trabalho.
83

10. Bibliografia
LEUVEN EMTP CENTER (LEC), “Alternative Transient Program Rule Book”, 1987.

STEVENSON JR, W.D., “Elementos de Análise de Sistemas de Potência”, Ed. McGraw-Hill


do Brasil, Rio de Janeiro, 1974.

FILHO, J.A. & PEREIRA, M.P., “Curso Básico Sobre a Utilização do ATP”, São Paulo, 1994.

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