Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(PT) Corà à O, Gustavo - Trà S Alqueires e Uma Vaca
(PT) Corà à O, Gustavo - Trà S Alqueires e Uma Vaca
GUSTAVO C O R £ Á O
TRÉS ALQUEIRES
E UMA VACA
CAPA COM DESENHO DE
G. K. CHESTERTON
6.a edigáo
1 9 6 1
^7/vrar/o AGIR S'c/z/ora
RIO DE JANEIRO
Copyright de
ARTES GRAFICAS INDÚSTRIAS REUNIDAS S A
(AGIR )
PARTE I
O HUMANISMO DE CHESTERTON
Um grande escritor .................................................................. 11
Reflexóes inúteis sóbre escritores inúteis .............................. 14
O falso e o genuino ................................................................. 16
Há um enigma cm cada carta ................................................... 20
Há urna carta em cada livro .................................................... 24
“Ecce Homo” ........................................................................... 30
O homem que nao quis urna ilha............................................. 35
Reflexóes sóbre a quantidade.................................................. 39
A variedade na unidade .......................................................... 41
Urna apariQáo e urna objecáo................................................. 43
Pés e polegadas ...................................................................... 48
Acróbata do bom-senso .......................................................... 50
O paradoxo contra o lugar-comum ........................................ 56
O combate e o conflito ........................................................... 60
>
PARTE II
PARTE IV
P A RA N A O SF.R B Á RBA RO ...
PARTE V
P A RA N A O S ER E S C RA VO . ..
HUMANISMO DE CHESTERTON
Salmo XX.
CAMPEÁO DE IDÉIAS
Disse eu atrás, a fólhas tantas, que Ches-
terton explorou muitos géneros literários, e
que além de ensaios e artigos polémicos escre-
veu romances e novelas. Na realidade, porém,
éle foi sempre um campeáo de idéias. Seus
romances nao sao romances. Suas biografías
nao sao rigorosamente biográficas. Na hagio-
grafía, também, deixa o santo durante pági-
nas e páginas para assistir á luta das idéias.
Éle mesmo reconhece o fato quando diz na
Autobiografía (que também nao é perfeita-
mente autobiográfica) que nunca escreveu
romances e que julga ter estragado algum
bom material mais de uma vez. E acrescenta
que seu maior desejo era o de assistir as lutas
das idéias nuas.
Seria entretanto um erro supor que suas
novelas alegóricas, como por exemplo The
Ball and the Cross, sao constituidas com puros
símbolos, sendo os personagens meras idéias.
Os personagens sao realmente personagens,
as cenas sao dotadas de uma grande visibili-
dade, e nesse ponto eu posso dizer que suas
lutas de idéias sao mais plásticas e mais hu-
manas do que a maior parte dos romances
onde se tem a impressáo de que os escritores
nasceram cegos. Chesterton era desenhista
e tinha alta estima pelas cores. Sabia que
68 TRES ALQUEIRES E UMA VACA
C. K. Chesterton — Orthodoxy.
APOLO
* Salmo CIII.
A MONOTONIA
N
PARTE IV
BERNARDO
GILBERTO
BERNARDO
GILBERTO
BERNARDO
BERNARDO
GILBERTO
BERNARDO
GILBERTO
BERNARDO
GILBERTO
BERNARDO
GILBERTO
BERNARDO
GILBERTO
BERNARDO
GILBERTO
*
“Há dias atrás certos médicos e técnicos, licenciados
pelas leis modernas para ditar alvitres aos seus conci-
dadáos mais andrajosos, emitiram uma ordem para que
todas as meninas tivessem cábelos cortados a máquina.
Quero dizer, todas as meninas pobres. E’ claro. Entre
as meninas ricas há diversos hábitos anti-higiénicos, mas
os sáculos passaráo antes que um désses doutóres se
lembre de usar autoridade para os reprimir. No caso
presente alegam que os pobres, estando comprimidos e
imprensados em táo fétido e sufocante submundo de
sordidez, nao tém direito ao cábelo; pois nesse caso es-
pecífico, o do pobre, cábelo quer dizer piolho. Aparente-
mente nunca lhes ocorreu a idéia de suprimir o piolho.
o que é possível. Como sempre acontece na maioria
das discussóes modernas, o ponto silenciado é o eixo
PARA NÁO SER ESCRAVO.
311
(continua na 2. a orelha)
H
rS
(continuaba» da 1. a orelha)
a 1936, data de seu desnparecimento
vida e de seu aparecimiento para o 1
grafo : "náo dei pelo seu desaparecímei
mas senti, com a impetuosa evidencia
uma janela «berta, o seu apareeimen!
E ae o leitor apenas fular
ouviu
Chesterton aqui o encontrará vivo e
ruante e só fechará a última página
TRÉS ALQUEIRES E UMA VACA, y
correr imediatarnente á experiéncia a
foi convidado por GUSTAVO CORC-
Esta é sobretodo uma biografía
Chesterton, escrita á maneira de O
terton.
A partir das idéias centrals do pen
mentó désse exuberante e humanín«i
escritor — a do mistério, a da fidelid
e a da propriedade — ("O humanis
de Chesterton”, “O homem e suas idé¡»
“Para náo ser doido", “Para nao
bárbaro”, “Para náo ser escravo”,
as cinco partes do livro), GUSTA
CORQAO faz, a propósito de seu bi»fl
lado, o mesmo que féz Chesterton a p
pósito de Sáo Francisco de Ashíb ou
Sto. Tomás, de Dickens, de William IIli
ou de Robert Browning, i*to é, preocu
se menos com os incidentes de sua v
do que com a explorado e aplica-
exuustiva de suas idéias. donde ene
tramos neste TRÉS ALQUEIRES E U1
VACA um riquissimo e fecundíssirno r
terial de penaamento. Enxaineiam
enaaios de estética, de psicología, de 1
tória. de rellgiáo, de polities remix
:
concias pessoais e páginas de critica (
bre Poe, BÓbre Nietzsche, sóbre Gide, et
aáo misturadas a conceitos sóbre lib
dade, democracia. Estado, Nacáo, soí
lismo, capitalismo...
GUSTAVO CORCAO atinge em seu
vro — o próprio autor o verificará
o ideal que se fmpós, embora com ce
ar desconfiado: **eu queria ser um gt>
para convencer ao leitor que a idéia m
poética e mais maravilhosa do muí
está ligada ii posse de trés alqueires
uma vaca. Ou entfio, o que é mu
mais fácil, eu quería que o leitor ÍO
um homem extremamente simples, pi
descubrir lato aózinho. ”
/ ,
OUTRAS OBRAS DE
GUSTAVO CORCAO
A DESCOBERTA DO OUTRO (8. a edl^ao)
Um peasamento e um estilo que bruscamente atore
uma nova janela em nossa,s letras * — Alceu Amoroso
: Lima.
•-
DEZ ANOS (2.® edlc&o)
«Trés dúzias de crónicas respigadas em 10 anos de
jornallsmo, e arrumadas em desordem cronológica . 8?;
Pedidos k livrarla de sua preferencia ou á.
.Z7 vror/o
Rila Braulio Oomn, 126
AGIR cTc///órü
Rúa México. 98-B Av. Afooao Pena. »\V
(«o lado da HIM. Mun. i Tel.: «4J« Tel.: J-30S8
Tel.: 34-8300 Caixa Poatal 8291 Caixa Postal T3S
Caixa Postal 6040 Rlu de Janeiro Brio Horixunte
Sáo Paulo, S.T. Guanabara Mina* Geraia
IPMPl
Atendemos a pedidos pelo Reembólse Postal
mm