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Educação Literária
Ficha 2 · Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa (p. 97)

1. O excerto faz parte da cena II do primeiro ato de Frei Luís de Sousa, pelo que corresponde ao momento
da Exposição da obra. Nesta cena, é preparado o conflito que se desencadeará em torno do regresso de
D. João de Portugal, através da apresentação quer das personagens implicadas, quer dos factos que
antecederam o início da ação e que permitirão a compreensão dos acontecimentos que envolverão a
família de D. Madalena.
2. Primeira parte – Linhas 1 a 24 (“Minha rica senhora!”): diálogo entre D. Madalena e Telmo acerca de
Maria, com alusões à sua possível ilegitimidade.
Segunda parte – Linhas 25 até ao final do excerto: repreensão de D. Madalena a Telmo, seguida de
diálogo entre ambos acerca dos acontecimentos passados que os envolveram.
3. D. Madalena reage com dor e mágoa às palavras em que Telmo procura destacar a ilegitimidade de
Maria. Solicita a Deus perdão para o escudeiro, ao mesmo tempo que, com as suas lágrimas, dá a
entender que se trata de um assunto que, por não se encontrar verdadeiramente resolvido entre os dois,
lhe provoca sofrimento.
4. As personagens falam sobre o segundo casamento de D. Madalena, com Manuel de Sousa Coutinho.
Não seguindo o conselho de Telmo, pela única vez na sua vida, D. Madalena confessa ter sido objeto de
um “poder maior” (l. 48) que sobre ela agiu, ou seja, o amor. Telmo desejaria que D. Madalena tivesse
esperado mais tempo pelo primeiro marido, D. João de Portugal.
5. Telmo revela-se, nesta cena, crítico e incisivo (“De nascer em melhor estado. Quisestes ouvi-lo… está
dito.”, l.12), afetuoso para com D. Madalena (“Minha rica senhora!…”, l. 24) e humilde (“Emendai-o,
senhora.”, l. 39). D. Madalena caracteriza-o como culto e conhecedor (“O que sabeis da vida e do
mundo, o que tendes adquirido na conversação dos homens e dos livros […]”, ll. 34-35) e sensível e
bondoso (“[…] o que de vosso coração fui vendo e admirando cada vez mais […]”, l. 36; “[…] em vós só
achei o carinho e proteção, o amparo que eu precisava.”, ll. 43-44).

OEXP11 © Porto Editora

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