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Obaluaê Omolu
Obaluaê Omolu
No intuito de melhor entender esse Orixá, constata-se que podem existir diferenças
entre Omulu e Obaluaê. Essas divergências podem ser muitas vezes mais acentuadas ou, em
sua grande maioria, sutis, e, para algumas vertentes de Umbanda, até inexistentes. Essas
discrepâncias se originam das diversas nações e cultos aos Orixás, bem como sua assimilação
pela Umbanda, a qual também se divide em diversas crenças e terreiros. Em Terreiros mais
tradicionais, ambos são aglutinados em apenas um Orixá. Há casos em que um dos dois é
aceito ou até ambos, sendo uma espécie de Orixá dual. Há também Terreiros que consideram
que ambos derivam do Orixá Xapanã, de onde Omulu seria o Orixá mais velho e Obaluaê o
mais jovem.
Com origem na linhagem daomeana e posteriormente absorvida vagarosamente pela
cultura iorimá, Orixá muito respeitado, Obaluaê/Omolu é o senhor da terra, dos mistérios da
vida e da morte, do ocultismo, da sabedoria, da saúde e da doença. Representa o término de
algo, bem como o começo de um novo ciclo. Regente da calunga pequena (cemitérios).
Possuidor de uma grande falange de espíritos que desempenham papéis de médicos, cientistas
e enfermeiros entre outros mais, com o objetivo de curar doenças e preparar aqueles que
estão com a hora chegada de sua passagem (suavizando a conexão carnal e desamarrando os
fios de agregação astral-físico) e posteriormente sua reencarnação.
Há diversas versões acerca de seu nascimento conforme vários mitos e itãs. Em sua
maioria é dito que Nanã lhe deu a luz e o rejeitou por ser muito feio e cheio de chagas;
Iemanjá, ao escutar um choro de um bebê abandonado, alimentou-o e curou suas feridas
fazendo dele seu filho. Tem o corpo e rosto coberto por palha-da-costa, a fim de esconder as
marcas de varíola, ou segundo outras lendas, por ter o brilho do próprio sol e não poder ser
olhado de frente.
Ademir Barbosa Júnior, presidente da Associação dos Escritores Afrorreligiosos, em sua
obra “O Livro Essencial da Umbanda”, nos traz a visão do Orixá dual, em que Obaluaê é sua
forma mais jovem, enquanto Omolu é sua versão mais velha, embora em sua maioria esses
arquétipos sejam idênticos. Obaluaê/Omolu é retratado como aquele responsável pelas
passagens, de plano para plano, de dimensão para dimensão, da carne para o espírito, do
espírito para a carne. Responsável pela saúde e pela doença, possui estreita ligação com a
morte. É ele que estabelece o cordão energético que une espírito e feto.
É conhecido como o médico dos pobres, com seu xaxará (feixe de piaçavas ou maço de
palha-da-costa, enfeitado com búzios e miçangas) afasta as enfermidades, trazendo a cura. É o
guardião das almas que ainda não se libertaram do corpo físico e senhor do cemitério. Seus
falangeiros são responsáveis por cortar o cordão de prata que ligam o periespírito ao corpo
físico, atuando em locais de manifestação do pré e do pós morte, tais como hospitais,
necrotérios e outros, com vista a não permitir que espíritos vampirizadores se alimentem do
duplo etérico dos desencarnados ou daqueles próximos ao desencarne.
Dentre mais, esse Orixá auxilia os profissionais da área da saúde, de terapias holísticas e
afins, bem como aliviam as dores dos que padecem.
Características:
Pontos
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