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Amendoeira Triste - Oficina de Otimismo Claudine Bernardes
Amendoeira Triste - Oficina de Otimismo Claudine Bernardes
A Amendoeira Triste
Claudine Bernardes
Joinville, 2019
Educar a mente sem educar o coração não é educação.
(Aristóteles)
Fico feliz em compartilhar com você este material que poderá ser utilizado tanto na
educação como na terapia de crianças, adolescentes, adultos ou idosos, em grupo ou individu-
almente.
Nas seguintes páginas você encontrará informação sobre:
2 Contoexpressão 7
4 Sobre a autora 21
5 Referências Bibliográficas 23
6 Anexos 25
1 - Modelos de Crachá com desenhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2 - Modelo de Crachá sem desenhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3 - Agenda da Gratidão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4 - Modelo de frases otimistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
5 - Amendoeira para colorir 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
6 - Amendoeira para colorir 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
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1 A importância dos contos na educação e terapia
“A alma humana tem a necessidade inextinguı́vel de que a substância dos contos flua
através de suas veias; assim como o corpo necessita ter substâncias nutritivas que circulam
através dele.” (Rudolf Steiner)
A linguagem simbólica transporta-nos para o nosso interior pela força do seu sentido, do
seu apelo emotivo e afetivo, sem nos persuadir ou convencer com argumentos e provas.
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Segundo Bruno Bettelheim (2013), o conto tem um efeito terapêutico, pois a criança
encontra uma solução para as suas incertezas através da contemplação do que a história
parece implicar acerca dos seus conflitos pessoais atuais. O conto de fadas não informa sobre
as questões do mundo exterior, mas sim, sobre processos internos que ocorrem no cerne do
sentimento e do pensamento.
Os contos garantem à criança que as dificuldades, os perigos, as fatalidades, podem
ser vencidas por todos os que pretendem vencer na vida. E a criança que é desprotegida
por natureza, sente que também ela pode ser capaz de superar os seus medos, angústias e
desconhecimentos. Portanto, ela poderá aceitar com otimismo as decepções e desilusões que
vai encontrando, pois sabe que, tal como acontece nos contos, os esforços por vencer darão a
recompensa desejada.
“É exatamente esta a mensagem que os contos de fadas trazem à criança, por múltiplas
formas: que a luta contra graves dificuldades na vida é inevitável, faz parte intrı́nseca da
existência humana – mas que se o homem não se furtar a ela, e com coragem e determinação
enfrentar dificuldades, muitas vezes inesperadas e injustas, acabará por dominar todos os
obstáculos e sair vitorioso.” (Bettelheim, 2013, p.16).
Sendo assim, os contos possuem ao menos cinco funções ou utilidades que influenciam a
vida do ser humano:
1. Mágica: Estimular a imaginação e a fantasia;
2. Lúdica: entreter e divertir;
3. Ética: transmitir ensinamentos morais e identificar valores;
4. Espiritual: Compreensão de verdades metafı́sicas e filosóficas;
5. Terapêutica: encontrar nas personagens e situações, referências para a nossa vida.
Encontrar também orientação para compreender nosso mundo interior e nossos conflitos.
O presente material, juntamente com o meu conto “A Amendoeira Triste” (Publicado em
Português pela Editora Grafar), atuarão nestas cinco importantes esferas.
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2 Contoexpressão
Agora falaremos um pouco sobre a metodologia que serviu de norte para a criação da
oficina que você encontrará neste material, esta metodologia se chama contoexpressão.
Antes de explicar o que é a contoexpressão, gostaria de compartilhar com você como
e porque criei esta metodologia. Como mãe de uma criança com TDAH (Transtorno ...)
encontrei-me em uma situação muito complicada, já que diante do grande desafio de educar
o meu filho, percebi que não possuı́a as ferramentas necessárias para ajudá-lo. Ao mesmo
tempo percebi que era necessário investir na sua educação emocional. Na minha necessidade
de encontrar uma maneira de comunicar-me com ele, observei que ao utilizar contos a nossa
comunicação era mais fluida, além disso ele entendia melhor o que eu queria ensinar-lhe.
Por essa razão, resolvi estudar profundamente tanto educação emocional, como os contos
terapêuticos. Ao fazer um mestrado nessa área, e vários estudos posteriores, percebi o poder
dos contos na educação emocional, porém, me deparei com a falta de ferramentas práticas
que ajudassem a alcançar resultados palpáveis.
Dediquei-me, então, a partir de tudo o que eu havia estudado, a construir uma me-
todologia prática, formada por 4 ferramentas, para aplicação dos contos na educação e
terapia.
Esta metodologia foi abraçada pela EpsiHum (Escuela de Terapia Psicoexpresiva Hu-
manista del Instituto IASE), onde leciono e para a qual desenvolvi o Mestrado em Contoex-
pressão: contos, mitos e fábulas terapêuticas como ferramentas psicoeducativas.
O que é contoexpressão?
Contoexpressão é a arte de compartilhar, provocar e despertar conhecimento de forma
sensorial e simbólica através de contos. É uma técnica que busca produzir mudanças de
pensamento, que culminarão em mudanças de conduta auxiliando o ser humano no árduo
processo de buscar uma melhor versão de si.
A contoexpressão é considerada uma arte, já que partimos do ponto de vista de que o
educador (dentro desse conceito integramos todos aqueles que de alguma forma compartilham
conhecimento) é um artista. A educação é a arte de inspirar no outro o desejo de aprender e
transcender, é a arte de comunicar e despertar conhecimento de forma consciente e respeitosa.
Você poderá observar (na estrutura da oficina), que utilizamos esta técnica não com o ob-
jetivo de impor conhecimento, mas sim, de compartilhar, despertar e provocar conhecimento
através do uso dos sı́mbolos existentes no conto. Será uma experiência sensorial, utilizando a
experimentação corporal desses sı́mbolos que serão transportados do mundo das ideias e do
inconsciente, ao mundo material. Os participantes expressarão os seus sı́mbolos internos de
forma material, podendo observá-los e comunicar-se com eles, interpretando-os para poder
conhecer-se melhor.
Tudo isso será feito utilizando quatro ferramentas contoexpressivas, que estarão inseri-
das na oficina, ou seja:
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3. Método Socrático. Mayêutica era o método utilizado pelo filósofo Sócrates e difundido
por Platão, no qual o professor deveria guiar o aluno, ajudando-o a parir determinado
conhecimento através de perguntas. Você verá que utilizaremos muitas perguntas.
4. Atividade didática. Teremos diversas atividades didáticas que servirão para fortale-
cer o conhecimento que desejamos compartilhar ou despertar.
Como você pode observar, estamos diante de uma metodologia que respeita os processos
internos de cada pessoa, despertando o conhecimento sobre alguma circunstância especı́fica
que esteja “madura para a colheita”.
Recomendamos que a oficina que compõem o presente material seja aplicada de forma
consciente e respeitosa, sempre objetivando o crescimento pessoal de cada participante.
Você também pode aprender a desenvolver oficinas de contoexpressão e aprender mais
sobre o uso dos contos na educação e terapia. Basta participar do meu curso online; informe-se
sobre os cursos disponı́veis, escrevendo para: claudinebernardes@acaixadeimaginacao.
com
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3 Oficina da resiliência “A Amendoeira Triste”
Uma alma triste pode matar mais rapidamente que uma bactéria
(John Steinbeck)
Quando lancei o meu primeiro livro “Carlota não quer falar”, juntamente com o “Projeto
de Educação Emocional com Carlota” recebi diversas mensagens perguntando porque não
havia introduzido a tristeza entre as emoções trabalhadas no citado material. Não o fiz
porque desejava trabalhar a tristeza de forma mais profunda, e aqui estou para cumprir esse
propósito.
Como disse o escritor John Steinbeck, na frase que abre este material, a tristeza é uma
emoção que tem um grande impacto nas nossas vidas. Por essa razão é muito importante
saber compreendê-la e administrá-la. Existem diversas pesquisas cientı́ficas em curso, tanto
na área da psicologia como da neurociência, que objetivam avaliar como aparece este estado
emocional e o que pode ser feito para que ele não afete tão negativamente a nossa qualidade
de vida. Porém, não podemos negar o fato de que, apesar de não ser uma emoção muito
agradável, ela é necessária para o nosso desenvolvimento integral.
Khalil Gibran disse que “A tristeza não é mais que um muro entre dois jardins”. Para
mim, a tristeza é um tempo de recolhimento, de repor forças, de fazer uma autoavaliação e
também aprender a confiar na ajuda de outros.
Assim como cada estação do ano é importante e cumpre a sua função no ciclo vital,
ajudando no crescimento das plantas, cada emoção também cumpre a sua função, auxiliando
no desenvolvimento integral do ser humano. A tristeza é o inverno na alma, como vemos no
Mito de Perséfone1 . Viver num constante inverno é inviável para a vida, como também viver
constantemente triste. É necessário que o inverno dê lugar à primavera, que floresça a vida
na alma.
Esta oficina utiliza como instrumento principal o conto “A amendoeira triste” escrito por
Claudine Bernardes e publicado no Brasil pela Editora Grafar (Edição original em espanhol
pela Editorial Sar Alejandrı́a).
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Objetivo
Através do conto “A amendoeira triste”, junto a diversas atividades, esta oficina tem
como objetivo apresentar a tristeza como um degrau na escada da vida. Os sı́mbolos e
metáforas utilizadas ajudarão os participantes a compreender a tristeza, como ela atua e a
importância de que ela siga o seu curso natural, para que possa surgir a primavera interior,
com o florescimento da alma.
Os participantes refletirão sobre os métodos de gestão da tristeza, compreenderão o que
é resiliência e como utilizá-la para ser uma pessoa mais otimista e automotivada.
Público
Esta oficina pode ser aplicada a todos os grupos etários: crianças, adolescentes e adultos.
Pode ser aplicada em grupos terapêuticos de dependentes quı́micos; associação de pais e
filhos, em crianças com TDAH, pode aplicar-se em grupos terapêuticos, grupos religiosos, em
terapia grupal ou individual, na sala de aula, sala de recursos, etc. A presente oficina foi
aplicada e testada em muitas ocasiões com diversos grupos de idades diferentes.
Tempo de duração: 1h30 minutos (podendo ser dividida em duas sessões de 45 minutos,
conforme se explicará mais adiante).
Embora esta oficina tenha sido criada para ser aplicada com uma duração de
1h30 – 2h, compreende-se que em ocasiões não dispomos desse tempo. Para resolver este
problema, podemos dividi-la em duas sessões de 45 minutos. Primeira sessão: Partes 1, 2, 3
e 5. Segunda sessão: Partes 2, 4 e 6.
Agora passaremos as instruções de como aplicar cada parte da oficina.
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Parte 1 - Abertura
A primeira atividade é a recepção do grupo. É possı́vel que o facilitador conheça o grupo,
porém, mesmo assim esta parte deve acontecer porque o objetivo é conectar cada pessoa
com os sı́mbolos trabalhados durante a oficina. Isso ajudará na compreensão e introjeção do
significado da tristeza. Além disso, caso o facilitador e grupo não se conheçam, ela servirá de
quebra gelo.
Prepararemos previamente os crachás que conterão diferentes desenhos que expressam
tristeza. Haverá também crachás sem ilustração, para que o participante que não se
identifique com os crachás ilustrados, possa fazer o seu próprio desenho, conforme se observa
na fotografia abaixo:
Material necessário:
• Diversos crachás (Você encontrará Modelos de Crachás no Anexo 1 e no Anexo 2);
• cordas ou lã colorida;
• lápis de cores ou giz de cera.
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Parte 2 - Contação “A amendoeira triste”
Material utilizado: Livro “A amendoeira triste”.
Assim começa este conto que escrevi para ensinar sobre a tristeza, a importância de
compreendê-la e aceitar que se trata de uma emoção natural que deve seguir o seu curso,
dando passo ao florescimento da árvore. Trata-se de um conto em verso, escrito a partir
da minha experiência pessoal como mãe num momento de dificuldade, mas que iniciou um
grande despertar de consciência e crescimento pessoal. A princı́pio não tinha pensado em
publicar este conto, porém, como eu o utilizava nos diversos cursos e oficinas que ministrava,
pude observar o impacto que tinha sobre aqueles que o escutavam.
Cada pessoa se conectava à sua maneira com os sı́mbolos e metáforas existentes no
conto, porém, de forma geral todos se sentiam mais leves depois de tê-lo escutado; como
se pudessem acolher os seus próprios sentimentos de dor e tristeza, abraçá-los e depois
despedir-se desses sentimentos que faziam pesar os seus corações. Também compreendiam
que a sua tristeza e amargura influenciava aqueles que estavam ao seu redor, principalmente
os seus filhos.
Este conto é uma metáfora da vida de cada pessoa, porque todos temos nossas próprias
dificuldades, sendo que às vezes nos deixamos dominar pela tristeza e a insegurança, como
se somente nós passássemos por dificuldades. Assim, quem vive como a Amendoeira Triste
deixa de ver as coisas belas da vida e se centra em todas as coisas desagradáveis do dia a dia,
aumentando de forma exponencial o seu poder.
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Muitas vezes esquecemos que também nós somos um exemplo para aqueles que estão
sob nosso cuidado ou, simplesmente, dentro do nosso cı́rculo social como filhos, amigos,
alunos, etc. A verdade é que a conduta de outros influencia a nossa vida, incidindo sobre
a construção da nossa personalidade, e também é verdade que a nossa conduta influencia
outras pessoas.
Todas as personagens deste conto (Amendoeira, Montanha e a menina), como cada
situação (tristeza, pesar, egoı́smo, os conselhos e a mudança de pensamento), ajudarão a
compreender um pouco melhor a tristeza, os seus efeitos e como a tristeza deve seguir o seu
processo. É importante que, ao aplicar a oficina, você NÃO EXPLIQUE O CONTO. O conto
deve ser contado e as perguntas feitas, para que o processo de despertar do conhecimento
seja respeitoso, sem que o facilitador imponha a sua interpretação. Cada participante
compreenderá e receberá a mensagem que está pronto para receber, dentro de sua capacidade
pessoal e circunstâncias próprias. Assim, cada ouvinte receberá a mensagem que necessita
receber para o momento que está vivendo.
Conte o conto olhando os ouvintes nos olhos, com as pausas necessárias de forma que
eles sintam que você realmente compreende o que está dizendo.
Não há respostas certas ou erradas, por isso não julgue as respostas recebidas. Porém, se
você observar que deve ampliar o conhecimento do grupo, conduza-o à compreensão através
de mais perguntas.
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• 1 Pedra um pouco maior (10 cm) e pesada;
• 1 Bola de borracha (tamanho de uma bola de tênis);
• 1 Objeto de vidro.
Depois das perguntas utilizaremos uma metáfora muito poderosa para ensinar sobre
o que é a resiliência. Se você seguir as indicações, garanto que a resposta do grupo será
incrı́vel. Sabemos que a resiliência é a capacidade de voltar ao estado natural depois de
enfrentar uma situação crı́tica. Como estaremos ensinando ao grupo a criar ferramentas
para gerir a tristeza, é muito importante que eles compreendam o que é resiliência e como é
importante desenvolver essa capacidade.
Primeiro pergunte ao grupo se alguém sabe o que é resiliência. Deixe que eles se
expressem. Depois diga que você irá explicar o que é resiliência utilizando três materiais,
sendo que alguns são mais resilientes que outros. Diga que estes três materiais estão dentro
da caixa.
2. Pedra: Mostre a pedra, peça que alguns toquem a pedra e sintam como é dura e pesada.
Pergunte se a pedra é feita de um material resiliente. Muitos dirão que sim, então
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você pode dizer: “É verdade, resiliência é a capacidade de suportar golpes, e essa pedra
pode suportar golpes. Porém, um material resiliente também deve suportar a pressão
externa e adaptar-se se for necessário. Agora imaginem, se eu deixar cair esta pedra
de uma grande altura e ela cair sobre o asfalto. O que vocês acham que vai acontecer?
Exatamente, ou ela quebra o asfalto ou o asfalto a quebra. A pedra não possui o poder
de adaptar-se, e ela possivelmente não poderia suportar a pressão de um grande golpe.
Na foto abaixo você pode observar que também utilizo um cubo, no qual introduzo a bola
para mostrar que a resiliência é a capacidade de se adaptar a situações crı́ticas, inclusive
mudando temporariamente de forma (a bola, para entrar no cubo deve adaptar-se à forma
deste, deixando de ser redonda). Porém, ao ser retirada do cubo ela regressa à sua forma
original e nunca perde a sua essência, porque, mesmo dentro do cubo, ela continua sendo de
borracha. Caso não tenha um cubo, pode excluir esta parte.
Assim também será uma pessoa resiliente: ela não será dura como uma pedra, nem
frágil como o vidro. Ela buscará uma oportunidade para sobreviver, até mudando de forma
temporariamente se for necessário, mas sem perder a sua essência. Uma pessoa resiliente é
como esta bola, ela sabe que chocar-se contra o chão é a melhor forma de conseguir impulso
para novamente subir.
Eu termino esta parte perguntando: O que vocês preferem ser? Uma pessoa cristal, que
se quebra diante de qualquer dificuldade? Uma pessoa pedra, que é dura, que pode fazer
dano a outros e que não se adapta às dificuldades? E se somos como a bola de borracha, que
suporta as pressões, adapta-se e que quando cai no chão quica, buscando voltar para o alto?
Finalmente todos juntos gritamos: “Somos bola”. Pergunto: O que somos? “Somos bolas”
e repetimos algumas vezes. É uma atividade gostosa e liberadora, onde nos movimentamos e
gritamos juntos, interiorizando a mensagem que acabamos de aprender.
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Parte 4 - Atividade didática 1
Mural do otimismo
Material necessário:
• Cola;
• Canetinhas;
Siga as instruções:
1. Distribua três flores de Amendoeiras por participante (uma de cada cor), os quais devem
montá-las e escrever em cada flor a resposta de uma das seguintes perguntas:
• Quem é a pessoa que te faz feliz? Pense em alguém com a qual te sentes bem, que
pelo simples fato de existir te faz sorrir; escreva o nome dela numa das flores.
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• Existe algum acontecimento na tua vida que tenha sido especial e importante?
Pense num acontecimento que tenha sido muito especial: uma viagem; ter co-
nhecido alguém; uma pessoa que entrou na sua vida; um sonho que realizou
etc.
• Que sonhos desejas realizar? Pensa em algo que desejas muito conseguir, um sonho
por alcançar: uma viagem; uma atividade muito interessante; profissão; conseguir
algo, etc.
2. Agora chegou o momento de montar o Mural. Para isso, entregue uma folha sulfite
em branco para cada participante. Peça-lhes que escolham um tronco (os quais você
já trouxe cortados e dispôs previamente num lugar determinado). Eles devem colar o
tronco no centro da folha, que deve estar na posição horizontal. Depois, sobre o tronco
devem colar as suas flores de amendoeira.
3. Unir a Agenda da Gratidão com a colagem da amendoeira (para unir utilize durex,
grampeador ou cola). Depois cada participante deve escolher uma frase entre as que
estão nos cartazes que o facilitador previamente colocou na parede (sugestão de frases
no Anexo 4). Em um dos cartazes coloque papéis em branco, para que os participantes
tenham a opção de escrever uma frase distinta das sugeridas; você pode colocar no
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cartaz a seguinte frase: “Escreva a sua própria frase otimista no papel abaixo”. Colar a
frase debaixo da amendoeira ou onde considerar melhor.
4. O resultado será o belo Mural do Otimismo. Instrução ao grupo: explique aos partici-
pantes que eles devem levar o mural para casa, colocá-lo em um lugar visı́vel e, durante
cada dia do mês, devem anotar na Agenda da Gratidão algo pelo qual estão agradecidos.
Insista nisso! Esta atividade continuará ressoando na vida deles durante bastante
tempo, produzindo uma visão mais grata e otimista da vida.
Como você pode observar na foto, na atividade original que preparei para Espanha, ao
invés da Agenda da Gratidão coloquei um Calendário. Porém, posteriormente pensei que a
agenda seria mais útil e o resultado mais positivo. Você também pode utilizar um calendário
se quiser, basta buscar um calendário anual na internet e imprimir.
O livro “A amendoeira triste” vem com um jogo de tabuleiro. Este jogo utiliza 30 cartas
que contêm frases que fomentam o otimismo e a resiliência. Você encontrará o material
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necessário para esta atividade no livro “A amendoeira triste”, o qual também contém as
regras do jogo.
Parte 6 - Finalização
Para terminar a oficina peça aos participantes que digam frases que contenham uma
mensagem otimista e resiliente. Não é necessário que todos digam uma frase, basta propor ao
grupo e os que quiserem dirão uma frase, os que não se sentem à vontade para se manifestar,
devem ser respeitados.
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4 Sobre a autora
Claudine Bernardes é escritora e Especialista em Contos e Fábulas Terapêuticas. Autora
dos livros “Carlota não quer falar”, “A amendoeira triste” e “Contos que Curam: Oficinas de
Educação Emocional por meio de contos”, com publicação tanto na Europa como no Brasil.
Professora de Técnicas Narrativas e Contoexpressão na EpsiHum (Escuela de Terapia
Psicoexpresiva Humanista del Instituto IASE) com sede em Valência, Espanha, paı́s onde
vive há 15 anos. Também é Diretora da Coleção Infantil do Grupo Editorial Sar Alejandrı́a
(Selos: Sanguina Ediciones e Editorial Sar Alejandrı́a).
Seu Blog “A Caixa de Imaginação” é uma referência nacional, sendo o primeiro blog a
distribuir, gratuitamente, material psicopedagógico para o desenvolvimento de habilidades
emocionais por meio de contos.
Além disso, Claudine Bernardes é a criadora da metodologia denominada contoexpressão,
realizando cursos (online e presencial) e palestras para ensinar e difundir esta metodologia.
Conheça mais sobre o seu trabalho e cursos no site www.acaixadeimaginacao.com
E-mail: claudinebernardes@acaixadeimaginacao.com
Instagram: @claudine.bernardes
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5 Referências Bibliográficas
BETTELHEIM, Bruno. Psicanálise dos Contos de Fadas. Lisboa: Bertrand Editora, 2013.
GRIMM, Jacob e Wilhelm. Contos de Grimm. Trad. David Jardim Jr. Belo Horizonte / Rio
de Janeiro: Villa Rica, 1994 (Grandes Obras da Cultura Universal, 16).
JUNG, Carl Gustav. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. 2. ed. Petrópolis: Editora Vozes,
2000.
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6 Anexos
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Anexo 2 - Modelo de crachá sem desenhos
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Anexo 3 - Agenda da Gratidão
29
Anexo 4 - Modelo de frases otimistas
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Anexo 5 - Amendoeira para colorir 1
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Anexo 6 - Amendoeira para colorir 2
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