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RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO-


AEE

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO:

Nome: Pedro Marçal de Vasconcelos Data de Nascimento: 03/01/2008


Série/turma: 9º ano B Turno: Mçanhã
Professora de AEE: Aline Vieira Batista
Deficiência/ Eficiência/ Transtorno: Transtorno Espectro Autista- TEA e TDAH
Data da observação: 26/08/2022
INTRODUÇÃO

O presente relatório constam com informações da observação realizada no dia 11 de


agosto de 2022.
O relatório de observação não tem como objetivo criticar ou desfazer do trabalho
realizado pelos professores, e sim em observar os comportamentos do aluno em sala de aula e
com isso trazer orientações a partir dos pontos observados.
A observação aconteceu antes da entrada da professora mediadora Gabriela, mas as
orientações abaixos se dirigem a mediadora e aos professores das matérias regulares.
Orientações essas que foram discutidas e alinhadas com a equipe terapêutica do aluno.
RELATO E ORIENTAÇÕES

Na manhã da quinta-feira (11/08), ocorreu a observação na sala do 9º ano “B”, na qual o


aluno Pedro Marçal estuda. A observação aconteceu durante cinco horas, das 07h00min ás
12h00min.
Os dois primeiros horários foram da disciplina de história e nessa aula a professora
ministrou a matéria sobre alguns acontecimentos durante a segunda guerra mundial. Pedro
chegou um pouco atrasado, se sentou e logo em seguida a aula iniciou e a professora começou
a explicar, Pedro imediatamente interrompeu a aula para fazer perguntas. As perguntas que o
aluno faz é sobre a matéria, no entanto são perguntas que não agregam curricularmente e
mesmo não respondendo ou ignorando, Pedro retorna a repetir até que seja respondido algo
que chegue próximo ao que ele quer ouvir, por exemplo, a professora estava explicando sobre
os carros-anfibios usados durante a segunda guerra, carros esses que andavam na terra e na
água, e Pedro insistiu muito na pergunta de como esses carros funcionavam, qual era a
mecânica usada, tipo de combustível, o porquê desse nome e etc.
A ministração dessa matéria durou 30 minutos e Pedro interrompeu a explicação por 25
vezes, em certo momento os colegas do aluno se irritaram com ele e pediram para que
deixasse a professora dar aula.
Durante a aula Pedro também estava desenhando, ele dividia sua atenção entre
desenhar e assistir a aula, esse comportamento também foi repreendido pela professora e
pelos colegas, mas ele tornava a repetir.
Minha orientação diante desses 2 (dois) comportamentos são os seguintes:
1. Pedir para o aluno anotar suas perguntas e após finalizar sua apresentação o
professor irá responder;
2. Jogar a pergunta de volta para o aluno, por exemplo: ao aluno pergunta “o que é
isso?” e o professor responde “o que você acha que é?”;
3. Caso a pergunta seja algo que o professor não saiba responder, por exemplo,
uma curiosidade o aluno quer saber, peça para ele anotar, pesquisar e na próxima
aula ele terá a oportunidade de 5 minutos para apresentar aos demais colegas
aquela curiosidade;
4. Orientar o aluno a levantar a mão para fazer uma pergunta, se interromper sem
levantar a mão antes, não responder, só responda se o aluno levantar a mão e
aguardar sua vez para tirar dúvida;
5. Fazer um combinado com Pedro para entregar o caderno de desenho para o
professor/mediador e ele só pode pegar de volta quando finalizar a
atividade/correção.
Na aula de português a professora inicou a aula passando visto em uma atividade
que era para casa e Pedro havia feito apenas uma parte da atividade, logo após a
professora iniciou a correção das atividades e o aluno pediu algumas vezes para falar a
sua resposta e sempre que estava correto a professora o reforçava com palavras, as
resposta que estavam erradas a professora pedia ao aluno que corrigi-se mas isso não
foi feito e ele retornava ao caderno de desenho. A partir dessa observação, oriento a
professora mediadora Gabriela os seguintes pontos:
1. Conduzir o aluno a corrigir as atividades, copiar do quadro ou tirar foto (quando
não der tempo de copiar);
2. Lembrar/reforçar ao aluno que ele tem que anotar na agenda as
atividades/trabalhos para casa;
3. Incentivar sempre o aluno a ser independente, não fazer tudo por ele.

A última aula do dia foi de inglês, o professor revisou uma matéria que tinha
ministrado na aula anterior e o aluno só participou quando o professor chamava sua
atenção e perguntava algo, o aluno respondia e logo depois retornava a desenhar.
Após a revisão, o professor iniciou uma explicação sobre folclores e pediu para
que os alunos formassem 5 grupos e pesquisassem sobre folclores de outros países,
todos os colegas se organizaram, no entanto Pedro permaneceu na sua carteira e
desenhando até que o professor o colocasse o aluno no grupo junto com seu primo Davi,
mas mesmo assim o aluno não participou da pesquisa, foi chamado sua atenção pois
não estava ajudando no entanto ele continuou desenhando e na apresentação não falou
nada.
A orientação da professora do AEE e da psicológa Leticia Cardoso é orientar o
aluno a se organizar nos grupos e auxiliar, incentivar Pedro a participar de outros grupos
além dos grupos com o primo Davi, por exemplo: “Olha em volta Pedro, o professor
passou um trabalho e está todo mundo se organizando e você tem que fazer isso
também, procura um grupo pra você e pergunta se você pode participar”.
Sempre auxiliar o aluno a pensar no que ele tem que fazer e a chegar em uma
solução.
Pois a inclusão dos alunos público-alvo da educação especial deve estar muito
além da sua presença na sala de aula, deve almejar, sobretudo, a aprendizagem e o
desenvolvimento das habilidades e potencialidades.
A partir dessas observações fico disponível para qualquer dúvida ou orientação
que a equipe e coordenação do ensino médico necessitar.

Rio Branco, AC,___ de __________ de 2022.

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Aline Vieira Batista
Professora AEE
Pedagoga

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