ESCOLA MUNICIPAL ___________________________________________________________________

TERESINA, _________ DE ________________________________________________________ DE 2021.

ALUNO (A): _____________________________________________________________________________
PROFESSOR (A): _________________________ TURMA: ___________ TURNO: __________________

ATIVIDADE DE LÍNGUA PORTUGUESA / 8º ANO

Semana 1
• LEITURA

• Leia o texto a seguir e responda às questões de 1 a 7.

Deméter e Perséfone

Hades aproveitou um dia em que Perséfone passeava sozinha. Quando ela se inclinou para aspirar o perfume de
uma flor, a terra tremeu com grande estrondo. Uma falha se abriu bruscamente na terra, ele a agarrou pela cintura e a
levou consigo. [...].
Os gritos desesperados de Perséfone foram ouvidos por sua mãe, Deméter. Ela acudiu, mas tarde demais. Nada
assinalava a passagem do deus. Somente o ar agitado conservava o vestígio dessa aparição súbita, e as flores caídas
atestavam silenciosas uma agitação recente.
Apavorada, a pobre mãe não sabia mais aonde ia. Errava pelo lugar, esquecendo seus deveres para com os homens.
Normalmente, sua função de deusa da colheita, do trigo e de todas as plantas lhe impunha vigiar a produção agrícola.
Na ausência de Deméter, o trigo se recusou a germinar, as plantas cessaram de crescer, e a terra inteira se tornou estéril.
Então os deuses resolveram intervir.
O Sol, que tudo viu, revelou a Deméter onde estava sua filha. A princípio ela ficou aliviada por Perséfone estar
viva, mas quando soube quem a detinha, exigiu que Zeus obtivesse sua libertação.
"Entendo sua dor de mãe", o deus lhe respondeu. "Intercederei por você junto a Hades. Ele vai devolver sua filha,
ou não me chamo Zeus!"
Mas Hades se negou a deixar a doce companheira partir. Deméter decidiu então abandonar suas funções. [...]
Iniciou-se então um período cruel para os homens. De novo o solo secou, e a fome ameaçou a espécie humana.
Essa situação não podia mais persistir. Os deuses se reuniram no palácio de Zeus e concordaram em persuadir Hades
a devolver Perséfone à mãe. [...]
"Está bem!", disse o deus esperto. "Mas antes preciso verificar se ela não comeu ou bebeu alguma coisa durante
sua estada, senão ela não pode mais voltar à terra. É a lei."
Interrogada, Perséfone respondeu com candura que tinha experimentado as sementes de uma romã. Hades exultou.
Mas acabaram fazendo um trato: Deméter teve que aceitar que sua filha permanecesse três meses ao lado de Hades e
subisse para ficar com ela o resto do ano.
Assim é que, durante três meses, a terra se entristece, junto com Deméter, pela ausência de Perséfone. Por isso no
inverno, o solo se torna improdutivo. Logo que a moça volta, a vida renasce, e a natureza inteira festeja o encontro
entre mãe e filha. Somente Hades acha demorada essa primavera que o separa de sua companheira.

POUZADOUX, Claude. Contos e lendas da mitologia grega. São Paulo, Cia. das Letras, 2001, p. 77-80.

1. O gênero do texto é
(A) crônica, pois aborda fatos do cotidiano.
(B) memória, pois traz uma experiência de vida.
(C) conto, pois é um texto ficcional com personagens reais.
(D) mito, apresenta um enredo ficcional e personagens sobrenaturais.

2. No trecho: “Uma falha se abriu bruscamente na terra, ele a agarrou pela cintura e a levou consigo”, os termos
destacados se referem, respectivamente,
(A) a Hades e a Zeus.
(B) à Deméter e a Zeus.
(C) a Hades e à Perséfone.
(D) à Deméter e à Perséfone.
3. De acordo com o texto, qual era a função de Deméter como deusa?
(A) Ela era deusa das plantas e responsável por enviar os ventos para as plantações.
(B) Como deusa da colheita, ela vigiava a produção agrícola dos seres humanos.
(C) Ela era deusa do trigo e fazia a colheita das plantações dos homens.
(D) Como mãe de Perséfone, ajudava a filha a colher as flores da terra.
4. Ao saber que não teria sua filha de volta, Deméter abandonou suas funções. Quais as consequências desse
abandono para os seres humanos?
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5. Perséfone não podia sair do mundo dos mortos porque
(A) amava muito Hades.
(B) estava fugindo de Zeus.
(C) sua mãe deveria exercer a função sozinha.
(D) havia se alimentado de algo naquele lugar.
6. O que o mito de Deméter e Perséfone procura explicar?
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7. A linguagem empregada pelo locutor do texto evidencia que ele
(A) faz bastante uso da linguagem coloquial.
(B) é bastante familiarizado com a linguagem padrão.
(C) prefere fazer uso de gírias a usar a linguagem padrão.
(D) gosta de uma linguagem mais descontraída, como a informal.
Semana 1
• ANÁLISE LINGUÍSTICA

✓ FLEXÕES DO VERBO:
O verbo é uma palavra variável que se flexiona em: pessoa (1ª, 2ª e 3ª); número (singular e plural); tempo (passado, presente,
futuro) e modo (indicativo, subjuntivo e imperativo).
FLEXÃO EM NÚMERO E PESSOA
Um ato de comunicação envolve três elementos – as pessoas do discurso – que são representadas pelas pessoas gramaticais: 1ª,
2ª e 3ª. Associado ao conceito de pessoa gramatical está o conceito de número (singular e plural), que expressa a quantidade de seres
referentes a cada uma das três pessoas. Assim, há três pessoas verbais no singular (eu, tu, ele ou ela) e três pessoas verbais no plural (nós,
vós, eles ou elas). Veja:
Número
Pessoa gramatical
Singular Plural
1ª pessoa (quem fala) Eu penso Nós pensamos
2ª pessoa (com quem se fala) Tu pensas Vós pensais
3ª pessoa (de quem se fala) Ele/ela pensa Eles/elas pensam
FLEXÃO EM MODO:
Suponha esta conversa entre três colegas de escola:
Renata: – Viajarei com meus pais na quarta...
Pedro: – Mas seria legal se você voltasse antes da festa...
André: – Ah... volte antes da festa!
Os três interlocutores usaram formas de modos verbais diferentes para expressar suas atitudes em relação aos dois fatos verbais
(viajar e voltar). Assim:
• viajarei – exprime uma atitude de certeza: MODO INDICATIVO
• voltasse – exprime uma atitude de hipótese: MODO SUBJUNTIVO
• volte – exprime pedido: MODO IMPERATIVO
FLEXÃO EM TEMPO
Se tomarmos como ponto de referência o momento em que falamos (ou escrevemos), podemos subdividir o transcorrer do tempo
em três partes e localizar nelas as ocorrências expressas pelos fatos verbais. Assim:
Tempo anterior ao momento da fala Momento da fala Tempo posterior ao momento da fala
PASSADO PRESENTE FUTURO
Pretérito perfeito
Futuro do presente
Pretérito imperfeito [Não tem subdivisões]
Futuro do pretérito
Pretérito mais-que-perfeito

8. Analise o seguinte trecho quanto à flexão verbal: “O Sol, que tudo viu, revelou a Deméter onde estava sua filha.”
e faça o que se pede.
a) Identifique os verbos, os tempos e o modo verbal em que eles estão conjugados.
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 b) Explique qual o efeito de sentido que essas flexões verbais provocam nesse trecho, de acordo com o texto.
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9. Leia o trecho a seguir para responder ao que se pede:

“Nada assinalava a passagem do deus. Somente o ar agitado conservava o vestígio dessa aparição súbita,
e as flores caídas atestavam silenciosas uma agitação recente.”

a) Localize os verbos que compõem esse trecho.

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b) Os verbos no trecho foram empregados no tempo

(A) presente.
(B) pretérito perfeito.
(C) futuro do presente.
(D) pretérito imperfeito.

c) Os verbos exprimem, em relação ao momento da fala, ações

(A) habituais.
(B) concluídas.
(C) hipotéticas.
(D) inacabadas.

d) Identifique em que número e pessoa foram empregados os verbos no trecho da questão.

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Semana 1
• PRODUÇÃO TEXTUAL
Vamos continuar na produção da lenda iniciada na quinzena passada! Nesta etapa, serão revisados alguns pontos
que fazem parte da estrutura do texto que está sendo produzido.

ETAPA 3: REVISÃO

Observe o roteiro a seguir e revise sua LENDA:

INDICADORES SIM NÃO ÀS VEZES

Manutenção do narrador em primeira ou terceira pessoa.
Nomes e verbos estão concordando entre si, ambos no singular ou plural.
Repetição de palavras.
Houve diálogo entre os personagens.
Usou parágrafos
Atentou para a ortografia e nomes próprios (inicial maiúscula).
Pontuou adequadamente.
Verbos de enunciação (Ex: respondeu, disse, indagou, reclamou...)
O desfecho envolveu personagens principais e foi coerente com o conflito.
Há início, meio e fim.
 Semana 2
• LEITURA

• Leia o texto a seguir e responda às questões de 1 a 6.

A CAIXA DE PANDORA
Conta a história que o titã Prometeu (aquele que vê antes) e seu irmão Epimeteu (aquele que vê depois) criaram
os animais e os homens. Deram a cada animal um poder, como voar, caçar, coragem, garras, dentes afiados. O homem,
criado por Prometeu a partir da argila, ficou sem nada por ser o último a ser feito. Prometeu deu um pouco de cada
animal para o homem, mas faltava alguma coisa especial.
Prometeu ensinou diversas coisas ao homem. Ensinou a domesticar animais, fazer remédios, construir barcos,
escrever, cantar, interpretar sonhos e buscar riquezas minerais. Porém, irritou Zeus ao roubar o fogo dos deuses e dá-
lo aos homens. Zeus decidiu, então, vingar-se de Prometeu e da humanidade.
Prometeu foi acorrentado a uma montanha. Sua condenação foi passar a eternidade preso a uma rocha, onde uma
ave viria comer seu fígado. Toda noite seu fígado se regeneraria e a ave voltaria no dia seguinte pra lhe comer o fígado
novamente.
Para castigar os homens, Zeus ordenou que o Deus das Artes, Hefesto, fizesse uma mulher parecida com as deusas.
Hefesto lhe apresentou uma estátua linda. A deusa Atena lhe deu o sopro de vida, a deusa Afrodite lhe deu beleza, o
deus Apolo lhe deu uma voz suave e Hermes lhe deu persuasão. Zeus deu instruções secretas a seu filho Hermes que,
obedecendo às ordens do pai, ensinou Pandora a contar suaves mentiras. Com isso, a linda mulher passou a ter uma
personalidade dissimulada e perigosa. Assim, a mulher recebeu o nome de Pandora (aquela que tem todos os dons).
Pandora foi enviada para Epimeteu, que já tinha sido alertado por seu irmão a não aceitar nada dos deuses. Ele,
por “ver sempre depois”, agiu de forma precipitada e ficou encantado com a bela Pandora. Ela chegou trazendo uma
caixa fechada, um presente de casamento para Epimeteu.
Ao ver Pandora, Epimeteu esqueceu-se que Prometeu lhe havia recomendado muitas vezes para não aceitar
presentes de Zeus; e aceitou-a de braços abertos.
Certo dia, Pandora lembrou do presente que os deuses mandaram-na entregar a Epimeteu, e assim que se
aproximou da caixa Epimeteu alertou-a para se afastar, pois Prometeu lhe recomendara que jamais a abrisse, caso
contrário, os espíritos do mal recairiam sobre eles.
Mas, apesar daquelas palavras, a curiosidade da mulher aumentava; não mais resistindo, esperou que o marido
saísse de casa e correu para abrir a caixa proibida. Mal ergueu a tampa, Pandora deu um grito de pavor e do interior
da caixa saíram monstros horríveis: o Mal, a Fome, o Ódio, a Doença, a Vingança, a Loucura, a inveja, a violência, a
ganância e muitos outros espíritos maléficos…
Quando voltou a lacrar a caixa, conseguiu prender ali um único espírito, a Esperança. Assim, então, tudo
aconteceu exatamente conforme Zeus havia planejado. Usou a curiosidade e a mentira de Pandora para espalhar o mal
sobre o mundo, tornando os homens duros de coração e cruéis, castigando Prometeu e toda a humanidade. Ela ainda
tentou fechar a caixa, mas só conseguiu prender a esperança.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/mitologia/a-caixa-pandora.htm. Acesso em: 15/03/21.
1. Nesse texto, há presença de um narrador
(A) personagem, porque Epimeteu narra sua vida.
(B) personagem, pois Prometeu conta sua própria história.
(C) observador, porque, além de contar a história, ele faz parte dela.
(D) observador, pois ele apenas narra os fatos sem participar da história.
2. Qual a ideia principal (tema) desse texto?
(A) A vingança planejada pelos deuses.
(B) As relações conflituosas entre os deuses.
(C) A explicação para a origem dos males na Terra.
(D) O relacionamento harmonioso de Pandora e Epimeteu.
3. O termo destacado em “Hefesto lhe apresentou uma estátua linda.” pode ser substituído sem alterar o sentido por
(A) Zeus.
(B) Pandora.
(C) Afrodite.
(D) Prometeu.
4. Qual destas características não pertencia ao caráter de Pandora?
(A) curiosa
(B) perigosa
(C) cuidadosa
(D) dissimulada
5. Qual foi a única coisa que ficou dentro da caixa? Por quê?
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6. A linguagem presente no texto é
(A) culta.
(B) técnica.
(C) informal.
(D) coloquial.
Semana 2
• ANÁLISE LINGUÍSTICA
Para identificar as flexões verbais, é necessário observar as desinências presentes nas formas verbais, pois elas revelam o número, a
pessoa, o tempo e o modo em que os verbos estão conjugados. Veja:
MODO INDICATIVO MODO SUBJUNTIVO
- va / ia: caracteriza o pretérito imperfeito - e / a: caracteriza o presente
Ela cantava muito bem. Quero que ele trabalhe aqui.
Ela vivia em uma pequena cidade. Talvez ela aprenda.
- ra: caracteriza o pretérito mais-que-perfeito - sse: caracteriza o pretérito imperfeito
Ela me contou sobre a viagem que fizera. Se eles jogassem com raça, venceriam.
- re / rá: caracteriza o futuro do presente - r / -re: caracteriza o futuro.
Com certeza ela fará um bom trabalho. Quando se lembrarem, vai ser tarde demais.
- ria: caracteriza o futuro do pretérito
Ela entregaria o trabalho a tempo.

7. O verbo destacado em “... esperou que o marido saísse de casa...” está conjugado
(A) na 3ª pessoa do singular do pretérito imperfeito do modo subjuntivo.
(B) na 2ª pessoa do plural do pretérito imperfeito do modo subjuntivo.
(C) na 1ª pessoa do plural do presente do modo subjuntivo.
(D) na 3ª pessoa do singular do futuro do modo subjuntivo.
8. O trecho que apresenta um verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo é
(A) “...Prometeu lhe recomendara que jamais a abrisse, caso contrário…”.
(B) “... apesar daquelas palavras, a curiosidade da mulher aumentava…”.
(C) “Prometeu ensinou diversas coisas ao homem.”
(D) “Ela chegou trazendo uma caixa fechada...”.
9. Os verbos no modo subjuntivo exprimem ações
(A) claras e precisas.
(B) incertas e confiáveis.
(C) precisas e duvidosas.
(D) incertas e hipotéticas.
10. O verbo destacado foi flexionado no modo subjuntivo em
(A) Toda noite seu fígado se regeneraria.
(B) Prometeu ensinou diversas coisas ao homem.
(C) Zeus ordenou que o Deus das Artes, Hefesto, fizesse uma mulher.
(D) Mas, apesar daquelas palavras, a curiosidade da mulher aumentava.
11. Flexione os verbos destacados no tempo verbal indicado entre os parênteses, a fim de completar esta oração:
a) Pandora espera que os deuses ENTREGAR o presente a ela. (Presente do subjuntivo)
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b) Quando os espíritos do mal RECAIR sobre eles. (Futuro do subjuntivo)
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c) Toda noite se seu fígado se REGENERAR, ele viveria. (Pretérito imperfeito do subjuntivo)
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Semana 2
• PRODUÇÃO TEXTUAL

ETAPA 4: REESCRITA
Agora chegou o momento da finalização da sua produção do mês com o Gênero Lenda. Com base nos
elementos analisados por você na semana anterior, reescreva seu texto no seu caderno, levando em consideração as
modificações que você identificou e que julgou que são necessárias para tornar seu texto mais coeso e mais coerente.