Você está na página 1de 71

ESTRUTURAS

DE
MADEIRA

Marcio Varela
Propriedades da Madeira

A madeira é um material anisotrópico, ou seja, possui diferentes


propriedades em relação aos diversos planos ou direções
perpendiculares entre si. Não há simetria de propriedades em torno
de qualquer eixo.
Propriedades das Madeira
E = módulo de elasticidade
É uma constante de proporcionalidade referente a cada material. Este é o
coeficiente angular da parte linear do diagrama tensão x deformação.

Exemplo:

σ
E = tgα =
ε
σ (Kg/cm2)

ε
Propriedades das Madeira
A resistência da madeira depende da DIREÇÃO do esforço em
relação às fibras.

ρap(12%) → peso específico médio aparente (umidade 12%);


fc0,k → resistência à compressão na direção das fibras;

ft0,k → resistência à tração na direção das fibras;

ft90,k → resistência à tração perpendicular (normal) às fibras;

Ec0,m → mód. elasticidade médio na direção das fibras;


fv,k → resistência ao cisalhamento na direção das fibras;
Propriedades das Madeira
Resistência da Madeira
No cálculo de uma estrutura de madeira, podem ser utilizados valores de
resistências obtidos em ensaios, realizados em laboratório, ou fornecidos pela
norma brasileira para o projeto de estruturas de madeira.
ρap(12%)1) fc0 2) ft0 3) ft90 4) fv 5) Ec0 6)
Nome comum (dicotiledôneas) n7)
(kg/m³) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa)
Angelim araroba 688 50,5 69,2 3,1 7,1 12876 15
Angelim ferro 1170 79,5 117,8 3,7 11,8 20827 20
Angelim pedra 694 59,8 75,5 3,5 8,8 12912 39
Angelim pedra verd 1170 76,7 104,9 4,8 11,3 16694 12
Branquilho 803 48,1 87,9 3,2 9,8 13481 10
Cafearana 677 59,1 79,7 3,0 5,9 14098 11
Canafistula 871 52,0 84,9 6,2 11,1 14613 12
Casca grossa 801 56,0 120,2 4,1 8,2 16224 31
Castelo 759 54,8 99,5 7,5 12,8 11105 12
Cedro amargo 504 39,0 58,1 3,0 6,1 9839 21
Cedro doce 500 31,5 71,4 3,0 5,6 8058 10

Champagne 1090 93,2 133,5 2,9 10,7 23002 12

Cupiúba 838 54,4 62,1 3,3 10,4 13627 33

Catiúba 1221 83,8 86,2 3,3 11,1 19426 13


Propriedades das Madeira
Resistência da Madeira

Nome comum ρap(12%)1 fc,0 2) ft, 0 3) ft, 90 4) fv 5) Ec, 0 6)


) n7)
(dicotiledôneas) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa)
(kg/m³)

Guará Roraima 892 78,4 108,0 6,9 11,9 18359 12


Guaiçara 919 62,4 70,9 5,5 15,5 17212 13
Ipê 1068 76,0 96,8 3,1 13,1 18011 22
Jatobá 1074 93,3 157,5 3,2 15,7 23607 20
Louro preto 684 56,5 111,9 3,3 9,0 14185 24
Maçaranduba 1143 82,9 138,5 5,4 14,9 22733 12
Mandioqueira 856 71,4 89,1 2,7 10,6 18971 16
Oiticica amarela 756 69,9 82,5 3,9 10,6 14719 12
Quarubarana 544 37,8 58,1 2,6 5,8 9067 11
Sucupira 1106 95,2 123,4 3,4 11,8 21724 12
Tatajuba 940 79,5 78,8 3,9 12,2 19583 10
Propriedades das Madeira
Umidade
A norma brasileira para o projeto de estruturas de madeira define como condição-
padrão de referência o teor de umidade de 12%. Assim, os resultados dos ensaios
devem ser fornecidos para este teor de umidade.

Classe de Umidade relativa do ambiente Umidade de equilíbrio


umidade (Uamb) da madeira (Ueq), em %

1 ≤ 65% 12

2 65% < Uamb ≤ 75% 15

3 75% < Uamb ≤ 85% 18

Uamb > 85% durante longos


4 ≥ 25
períodos
Dimensionamento à Tração na direção das fibras

EXIGÊNCIAS
Td Td

1. O COMPRIMENTO DA BARRA, dividido pela MENOR dimensão da seção transversal, NÃO deve
exceder 50.
2. PARA AS BARRAS PRINCIPAIS:

2
As ≥ 50 cm e b ≥ 5,0 cm
mín mín

3. PARA AS BARRAS SECUNDÁRIAS:


2
As ≥ 18 cm e b ≥ 2,5 cm
mín mín
Dimensionamento à Tração na Direção das Fibras

A CONDIÇÃO DE SEGURANÇA É EXPRESSA POR:

σ = f Td Td
td td

σt0,d → é a tensão de cálculo, obtida dividindo-se a força de tração de


dimensionamento pela área útil da seção transversal;

ft0,d → é a resistência de cálculo, obtida pela expressão abaixo:

f t0,k
f t0,d = k mod ×
1,8

kmod = kmod1.kmod2.kmod3
Valores de Cálculo das Propriedades da
Madeira
ft,d = (kmod1.kmod2.kmod3). ft,k
γw

Classe carregamento
Coef.
Classe umidade Minoração
Categoria
kmod,1
TIPOS DE MADEIRA

MADEIRA SERRADA
Classe de
MADEIRA LAMINADA MADEIRA
Carregamento COLADA RECOMPOSTA
MADEIRA COMPENSADA

Permanente 0,60 0.30


Longa Duração 0,70 0,45
Média Duração 0,80 0,65
Curta Duração 0,90 0,90
Instantânea 1,10 1,10
kmod,2
TIPOS DE MADEIRA
MADEIRA SERRADA
MADEIRA
Classe de Umidade MADEIRA
LAMINADA COLADA
RECOMPOSTA
MADEIRA
COMPENSADA

(1) e (2) 1,00 1,0


(3) e (4) 0,80 0,9
kmod,3
Categoria da madeira
CATEGORIA DEFINIÇÃO
Kmod,3
Todas as peças classificadas como isentas de
defeitos, por meio de um método visual
Primeira normalizado, e submetidas à classificação 1,00
mecânica que garante a homogeneidade da
rigidez das peças que compõem o lote.

Madeira não classificada ou de classificação


Segunda inferior a descrita para madeira de primeira 0,80
categoria
Coeficientes de Ponderação (γw)
Valores de γw
Coef. de ponderação

γw
Situação

PARA ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS

• Compressão Paralela às fibras 1,4


• Tração Paralela às fibras 1,8
• Cisalhamento paralela às fibras 1,8
PARA ESTADOS LIMITES DE UTILIZAÇÃO

• Adota-se o valor básico 1,0


Exemplo:

Calcule a resistência de dimensionamento a tração do: IPÊ, JATOBÁ,


OITICICA, na direção das fibras, supondo madeira de primeira, em
Natal (Classe de umidade 3) e carga de longa duração.

f t0,k
f t0,d = kmod .
γw
f = 96,8 MPa = 968 kgf/cm²
IPÊ t0,k
Tabelado
(Norma7190:1997)

f t0,k
f t0,d = kmod .
γw
968
f = (0,7 × 0,8 × 1,0) × ≅ 301 kgf/cm²
t0,d 1,8
f = 157,5 MPa = 1575 kgf/cm²
JATOBÁ t0,k
Tabelado
(Norma7190:1997)

f t0,k
f t0,d = k mod .
γw

1575
f = (0,7 × 0,8 × 1,0) × ≅ 490 kgf/cm²
t0,d 1,8
f = 82,5 MPa = 825 kgf/cm²
OITICICA t0, k
Tabelado
(Norma7190:1997)

f t0,k
f t0,d = kmod .
γw
825
f = (0,7 × 0,8 × 1,0) × ≅ 257 kgf/cm²
t0,d 1,8
IPÊ f = 96,8 MPa = 968 kgf/cm²
t0,k
Tabelado
(Norma7190:1997)

Considerando barra de 3” x 4” submetida a esforço de tração

Td Td

σ ≤ f
t0, d t0, d

σ → tensão de cálculo atuante


t0,d

f → tensão resistente de cálculo


t0,d
f = 96,8 MPa = 968 kgf/cm²
IPÊ t0,k
Tabelado
(Norma7190:1997)

Considerando barra de 3” x 4” submetida a esforço de tração, calcule a


força máxima resistida pela peça.

Td Td

T
σ = d≤f ∴ T =f ×A
t0, d A t0,d d t0,d
f ≅ 301 kgf/cm²
t0,d
T = (7,5 × 10) × 301 ≅ 22575 kgf
d
Dimensionamento de barras com tração
paralela às fibras f = 96,8 MPa = 968 kgf/cm²
IPÊ t0,k
Tabelado (Norma7190:1997)

Td Td

3cm
6"
3"

4 parafusos
Ø 16 mm

Seção 1

R = (7,5 × 15) × 301 ≅ 33862 kgf


d1
Dimensionamento de barras com tração
paralela às fibras

Td Td

3cm
6"
3"

4 parafusos
Ø 16 mm

Seção 2

R = (7,5 × 12) × 301 ≅ 27090 kgf


d2
Dimensionamento de barras com tração
paralela às fibras

Td Td

3cm
6"
3"

4 parafusos
Ø 16 mm

Seção 3

R = (7,5 × 11,8) × 301 ≅ 26673 kgf


d3
Resistência (NBR 7190:1997)

Nome comum ρap(12%)1) fc0 2) ft0 3) ft90 4) fv 5) Ec0 6)


(dicotiledôneas) (kg/m³) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa)
Guará Roraima 892 78,4 108,0 6,9 11,9 18359
Guaiçara 919 62,4 70,9 5,5 15,5 17212
Ipê 1068 76,0 96,8 3,1 13,1 18011
Jatobá 1074 93,3 157,5 3,2 15,7 23607
Louro preto 684 56,5 111,9 3,3 9,0 14185
Maçaranduba 1143 82,9 138,5 5,4 14,9 22733
Mandioqueira 856 71,4 89,1 2,7 10,6 18971
Oiticica amarela 756 69,9 82,5 3,9 10,6 14719
Quarubarana 544 37,8 58,1 2,6 5,8 9067
Sucupira 1106 95,2 123,4 3,4 11,8 21724
Tatajuba 940 79,5 78,8 3,9 12,2 19583
MAÇARANDUBA
Tk Tk

Calcular TRAÇÃO DE CÁLCULO para: 3” x 3”


3” x 4”
3” x 5”
3” x 6”
Dimensionamento
CONSTRUINDO SEU TELHADO

Construção do Apoio
Dica: Quando terminar de levantar as paredes, faça um bom arremate.
CONSTRUINDO SEU TELHADO
CONSTRUINDO SEU TELHADO

Quando isso não é obedecido, haveráconcentração de esforços fora


do ponto de apoio e pode acontecer coisas como a da foto abaixo.

Detalhe construtivo a ser


respeitado.

Apoio
CONSTRUINDO SEU TELHADO

Construção da Linha
A linha é confeccionada com uma viga 6X12 e deve ter um comprimento maior que o Vão.
Recebe 2 entalhes, um em cada lado, onde vão ser encaixadas as Empenas.

Linha

Como fazer?
O segredo da estabilidade da tesoura está no encaixe perfeito entre a Empena e a Linha. Se esse
encaixe for mal realizado, o telhado ficará torto. Isso significa uma telhado feio e também um
telhado que poderá permitir a infiltração da água nos dias de chuva forte. Por isso deve-se dar
uma atenção especial nesse encaixe.
Veja a seguir, etapa por etapa, como proceder para que o entalhe na Linha seja bem feito.
CONSTRUINDO SEU TELHADO
CONSTRUINDO SEU TELHADO

Etapa 3: Marcar a linha de corte do apoio.


CONSTRUINDO SEU TELHADO
CONSTRUINDO SEU TELHADO

Etapa 5: Cortar a Empena e marcar as linhas de Corte na Linha.


CONSTRUINDO SEU TELHADO
CONSTRUINDO SEU TELHADO
CONSTRUINDO SEU TELHADO
Construção do Pendural
O Pendural é peça estratégica da tesoura e serve para segurar a linha para que ela não fique abaulada.
Cuidado! algumas pessoas pensam que o Pendural serve para apoiar as Empenas mas é

justamente o contrário: O Pendural é que se apoia das Empenas.


CONSTRUINDO SEU TELHADO

Na montagem do Pendural tomar os seguintes cuidados:


CONSTRUINDO SEU TELHADO
Construção da Empena
A Empena é também uma peça estratégica da tesoura, serve para segurar as terças e deve ficar bem

encaixada entre o Pendural e a Linha.


CONSTRUINDO SEU TELHADO
CONSTRUINDO SEU TELHADO

Travamento da Empena.
CONSTRUINDO SEU TELHADO
Construção da Diagonal
A Diagonal é também uma peça estratégica da tesoura, serve para segurar as terças e deve ficar bem

encaixada entre o Pendural e a Empena.


CONSTRUINDO SEU TELHADO
Construção do Chapuz
O Chapuz é a peça que apoia a terça.
CONSTRUINDO SEU TELHADO
Construção das Terças
As Terças são peças que servem para apoiar os caibros. Sem as terças, os caibros ficariam muito
abaulados.
CONSTRUINDO SEU TELHADO
CONSTRUINDO SEU TELHADO
CONSTRUINDO SEU TELHADO
CONSTRUINDO SEU TELHADO
Construção dos Caibros
Os caibros são as peças que apoiam as Ripas. Deve-se tomar o cuidado de não deixar vãos muito

grandes, pois o caibro não vai aguentar o peso das telhas e vai envergar.
CONSTRUINDO SEU TELHADO
CONSTRUINDO SEU TELHADO
CONSTRUINDO SEU TELHADO
CONSTRUINDO SEU TELHADO
CONSTRUINDO SEU TELHADO
Construção das Ripas
As Ripas são as peças que apoiam as Telhas.

A distância entre uma Ripa e outra vai depender do fabricante da Telha. infelizmente os fabricantes não seguem um
padrão único de tamanho de Telha.
Aliás, é por causa disso que devemos guardar algumas telhas no sótão pois quando alguma telha quebrar,
dificilmente encontraremos telhas exatamente do mesmo tamanho.
CONSTRUINDO SEU TELHADO
Meça a distância necessária montando um trecho de telhado. Confeccione um Gabarito com a distância

determinada. Pregue as Ripas usando o Gabarito.

CUIDADOS: Na montagem das telhas, tomar o cuidado para que cada telha fique bem incaixada nas
demais. Não deixar muito apertado. Veja na foto abaixo um erro muito comum:

As telhas estão mal encaixadas. Então, a água da chuva vai cair bem no meio do vão entre uma telha e outra.
CONSTRUINDO SEU TELHADO
Construção das Ferragens
Algumas peças precisam de Ferragens para complementar a rigidez do conjunto.
CONSTRUINDO SEU TELHADO
Cálculo das Calhas
Ler a norma brasileira NBR-10.844 - Instalações Prediais de Águas Pluviais. Para o cálculo das Calhas
devemos calcular, antes, a quantidade de chuva que vai cair no telhado.
CONSTRUINDO SEU TELHADO

A quantidade de água que uma chuva joga sobre um telhado varia em função de diversos fatores como o
clima (tropical, equatorial, etc.), a estação do ano (primavera, verão, etc.) e a localização geográfica (norte,
nordeste, sul, etc.).
Para o cálculo da quantidade de água, não se leva em consideração tais fatores mas apenas a maior
intensidade da chuva. Mesmo em regiões de poucas chuvas como no nordeste brasileiro, quando chove a
chuva pode ter uma intensiade pluviométrica tão grande como uma chuva em São Paulo. Não é a quantidade
total de água que cai mas sim a quantidade em um determinado tempo.
Um bom número para quantidade de chuva é o seguinte:

Este número corresponde a uma chuva com período de recorrência de 100 anos e com intensidade
pluviométrica de 240 milímetros por hora aplicável na maior parte do território brasileiro. Entretanto deve-se
tomar o cuidado em determinadas regiões que podem apresentar valores bem acima. Veja na norma NBR-
10.844 uma tabela com as intensidades pluviométricas em diversas regiões do Brasil. Para um valor mais
preciso consulte o serviço de meteorologia mais próximo.
CONSTRUINDO SEU TELHADO
Exemplo Prático

Vejamos como calcular a quantidade de água nas calhas de um exemplo como o da figura abaixo.
CONSTRUINDO SEU TELHADO

Essa casa tem apenas uma água (para facilitar a compreensão). O telhado mede 8 X 11,70 metros.

Primeiro você deve determinar os pontos de descida de água. Vamos colocar 3 condutores de
descida nas posições indicadas na figura acima. Observe que o telhado ficou dividido em 2 áreas. A
Área 1 de 7,20 X 8,00 e a Área 2 de 4,50 X 8,00 m.

A água da chuva que cair na Área 1 será recolhida pela Calha 1. A Calha 1 tem duas caídas,
metade da água corre para o Condutor 1 e a outra metade para o Condutor 2. Vamos chamar de
V1 a vazão que corre para cada lado na Calha 1.

DETERMINAÇÃO DAS CALHAS:


V1 = 0,067 X 8,00 X 7,20/2 = 1,93 litros por segundo
Com o mesmo raciocínio, temos a vazão V2 que corre para cada lado da Calha 2.
V2 = 0,067 X 8,00 X 4,50/2 = 1,21 litros por segundo
CONSTRUINDO SEU TELHADO
Consultando a tabela acima, vemos que a Calha 1 pode ter o diâmetro de 100 mm podendo conduzir até
7,1 litros por segundo. Da mesma forma, vemos que a Calha 2 pode ter tembém um diâmetro de
100 mm. Estamos com bastante folga e podemos até pensar em algum obstáculo para o
escoamento dentro da calha. Por exemplo, caso haja um entupimento dos condutores 1 e 3, toda
a água deverá ser conduzida pelo condutor 2. Neste caso, a vazão total será de 2(1,93+1,21) =
6,28 litros por segundo, ainda dentro da capacidade da calha.

DETERMINAÇÃO DOS CONDUTORES VERTICAIS:


Pela figura, observa-se que o condutor mais solicitado é o Condutor 2 pois deve conduzir a vazão V1 e
também a vazão V2.

VC2 = V1 + V2 = 1,93 + 1,21 = 3,14 litros por segundo.


CONSTRUINDO SEU TELHADO
Para atender à vazão de 3,14 litros por segundo, teremos que instalar um tubo de 100 mm com
capacidade de 3,83 litros por segundo.
Algumas peças precisam de Ferragens para complementar a rigidez do conjunto.
A montagem das calhas começa pela peça chamada bocal de descida que deve ser firmemente fixada:

Depois que terminar a fixação de todos os bocais de saída, começa a instalar as calhas. Tomar sempre o cuidado
de deixar um caimento de pelo menos 2% para garantir que a poeira, terra e areia que forem depositadas serão
lavadas na primeira chuva.
CONSTRUINDO SEU TELHADO
DETERMINAÇÃO DOS CONDUTORES HORIZONTAIS:
Chamamos de horizontais mas na verdade precisam ter um certa declividade. Com um caimento de
apenas 1% já se consegue um bom escoamento de água. Entretanto, devemos sempre considerar
que haverá partículas sólidas como terra e areia na água da chuva. Então o mínimo necessário
será de 2%. Com esse caimento, consegue-se uma boa velocidade da água e essa velocidade é
suficiente para carregar a areia junto.

A tabela acima leva em consideração a declividade mínima de 2%, tubo de PVC (rugosidade = Lisa). Para
outros tipos de materiais não vale. Para tubo de cerâmica, barro, ferro fundido e canaletas feitas com concreto,
consultar outras tabelas.
CONSTRUINDO SEU TELHADO
Caimento de 2% significa que em um trecho de 1 metro ou 100 centímetros, o desnível deverá ser de 2
centímetros.
As calhas de PVC possuem um encaixe tipo macho/fêmea com anel de borracha que garante a
estanqueidade.
As calhas de chapa de ferro galvanizados deverão ser rebitadas para garantia da resistência mecânica e
estanhadas para garantir a estanqueidade.

NOTA: As tabelas de calhas e condutores acima já levam em consideração o envelhecimento das peças.
CONSTRUINDO SEU TELHADO

A Calha tipo Moldura é aquela que tem um perfil parecido com o desenho seguinte:

Sua instalação se faz com o auxílio de Suportes de Ferro conforme o desenho seguinte:

Deve-se tomar o cuidado da telha não invadir


muito a seção da calha. É necessário fazer
a manutenção periódica, removendo folhas
e galhos de árvores. O caimento da calha
deve ser de pelo menos 2%. Com um
caimento menor que isso, começa a

acumular terra e areia.


CONSTRUINDO SEU TELHADO

A Calha tipo Moldura é aquela que tem um perfil parecido com o desenho seguinte:

Sua instalação se faz apoiando as abas sofre sarrafos conforme o desenho seguinte:
CONSTRUINDO SEU TELHADO

Deve-se tomar o cuidado da telha não invadir muito a seção da calha. É necessário fazer a
manutenção periódica, removendo folhas e galhos de árvores. O caimento da calha deve ser de pelo

menos 2%. Com um caimento menor que isso, começa a acumular terra e areia.
CONSTRUINDO SEU TELHADO

A Calha tipo Moldura é aquela que tem um perfil parecido com o desenho seguinte:

Sua instalação se faz apoiando-a sobre as ripas que se encontram na água furtada conforme o desenho seguinte:
CONSTRUINDO SEU TELHADO

O Rufo tipo Moldura é aquele que tem um perfil parecido com o desenho seguinte:

Sua instalação se faz com o auxílio de pregos que o prendem na parede lateral conforme o desenho em
perspectiva seguinte:

Veja um corte esquemático:


CONSTRUINDO SEU TELHADO

Corte esquemático:
CONSTRUINDO SEU TELHADO

O Rufo tipo Pingadeira é aquele que tem um perfil parecido com o desenho seguinte:

Sua instalação se faz mediante o emprego de pressão, ficando "encaixado" na parte de cima da parede ou
mureta.
CONSTRUINDO SEU TELHADO

Não é recomendável o emprego de pregos ou parafusos para a fixação do rufo pingadeira, mesmo porque
o furo será um ponto fraco, com tendência a enferrujar com mais facilidade. Além disso, ao furar, a
chapa vai ficar levemente encurvada para baixo, favorecendo o empoçamento de água da chuva.

Deixar um caimento de pelo menos 2% para um dos lados para evitar o acúmulo de poeira.

Você também pode gostar