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Basta uma espiadinha no noticiário para ver


uma referência sobre a Bolsa de Valores.

Depois de bater recordes (nominais) e


superar os 100 mil pontos (Ibovespa) no
início de 2019, a bolsa brasileira ganhou
os holofotes da imprensa nacional e
internacional.

Mas o assunto não ficou restrito às


editorias de economia.

Em redes sociais, blogs e vídeos, o conteúdo sobre ações e renda variável


nunca foi tão comentado, curtido e compartilhado.

O resultado?

Outro recorde: mais de 1 milhão de investidores pessoa física em abril,


segundo a B3 (a Bolsa de Valores brasileira).

O interesse crescente, claro, se deve ao potencial de valorização do


patrimônio proporcionado pela renda variável, muito superior ao
oferecido pela poupança, onde a maioria da população deixa seu dinheiro.

Enquanto a poupança apresentou ganho real de 0,84% em 2018 (com


o desconto da inflação do período), o Ibovespa (principal índice da bolsa
brasileira) cresceu 11,28% acima da inflação.

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Mas é importante saber que esse ganho nem sempre é fácil. A Bolsa de
Valores envolve renda variável, ou seja, não há uma predefinição de
valorização nem garantia de retorno.

Por isso, o primeiro investimento que você deve fazer para ganhar dinheiro
no longo prazo é justamente buscar conhecimento.

Neste guia completo, vamos trazer tudo que você precisa saber sobre a
Bolsa de Valores, os principais conceitos da renda variável e sugestões
para o início de uma jornada de construção, proteção e ampliação do
patrimônio.

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O que é Bolsa de Valores?

A Bolsa de Valores é um espaço de negociação de ações de empresas de


capital aberto, além de outros valores, como títulos imobiliários, opções
(um tipo específico de investimento), commodities etc.

Vale a pena concentrar-se um pouquinho no termo “ações”.

Elas são os ativos mais famosos da Bolsa e se referem a “papéis” ou


parcelas do capital social de uma empresa de capital aberto.

Ou seja, quando você compra uma ação, você está comprando uma
pequena parte de uma empresa. Logo, ao aplicar seu dinheiro em uma ação,
você se torna sócio da empresa na qual está investindo.

E a Bolsa de Valores é o espaço que reúne essas negociações.

É onde empresas captam recursos do mercado e onde investidores


(pessoas físicas e jurídicas) aplicam seu dinheiro para se tornarem sócios
das organizações com maior potencial de lucratividade.

Quem não conhece como funciona a Bolsa, pode se lembrar de filmes


antigos e imagens de centenas de investidores em um grande salão, falando
ao telefone, gesticulando e gritando ordens de “compra” e “venda”.

Na verdade, já não existe esse tipo de cena há algum tempo. A maioria das

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negociações ocorre virtualmente, por meio de computadores, tablets e
smartphones.

No Brasil, a Bolsa de Valores é a B3 (que se refere a Brasil, Bolsa e Balcão),


que tem sede em São Paulo (SP).

A B3 se originou em 2017, com a fusão entre a Bolsa de Valores, Mercadorias


e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA) e a Central de Custódia e de
Liquidação Financeira de Títulos (CETIP).

Agora que você já entende um pouquinho melhor o que é a Bolsa de


Valores, que tal compreender em detalhes como ela funciona?

É o que veremos a seguir.

Como é
a Bolsa de
Valores do
Brasil
Em 1817, foi inaugurada na cidade de
Salvador (BA) a primeira Bolsa de
Valores do Brasil.

A Bovespa, como ficou conhecida,


funcionou como Bolsa até o fim
da década de 1990 e, hoje, atua

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como uma organização regional de apoio para promover e popularizar o
mercado de ações.

Durante décadas, o principal mercado para negociação de ações no


país foi a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, conhecida como BVRJ ou
simplesmente Bolsa do Rio.

Tudo começa a mudar nos anos 1970 com dois grandes crashs - quedas
abruptas da Bolsa que causam um “derretimento” de mercado. Eles
fizeram com que o Rio de Janeiro perdesse espaço para a Bolsa de São
Paulo, então denominada Bovespa.

No ano de 2000, um acordo liderado pela Bovespa e pela BVRJ e assinado


por outras nove Bolsas brasileiras consolidou de vez o monopólio paulista,
com o estado passando a concentrar toda negociação de ações no Brasil.

Seis anos depois, a Bovespa anunciava sua fusão com a Bolsa de Mercados
e Futuros (BM&F), organização referência na negociação de contratos
futuros e commodities, passando a se chamar BM&FBovespa.

Em 2017, depois de uma fusão com a Central de Custódias e de Liquidação


Financeira de Títulos (CETIP S.A.), a Bovespa passa a se chamar B3 (uma
alusão às iniciais de Bolsa, Brasil, Balcão).

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O que é
o Ibovespa?

Cada Bolsa de Valores do mundo tem seus próprios índices, com regras e
parâmetros de sua responsabilidade.

Esses índices são calculados em tempo real e funcionam como


demonstrativos do desempenho médio das ações negociadas na casa.

Desde 1968, a B3 usa no Ibovespa uma metodologia desenvolvida pelo Prof.


Mário Henrique Simonsen, aplicada pela primeira vez na Bolsa do Rio.

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Entenda como funciona a
Bolsa de Valores na prática

Agora que você já sabe o que é uma Bolsa de Valores e conhece a história
da negociação de ações, está pronto para aprender como ela funciona na
prática.

Vamos lá?

Mercado de Ações
O mercado de ações é o ambiente de negociação das ações propriamente
dito, um local público e organizado para ser o cenário da compra e vendas
de títulos.

Lembra a cena que citamos no início, de executivos aglutinados em um


salão, em uma negociação que parece mais uma grande bagunça?

Essa imagem é coisa do passado, e os mercados de ações já não contam


mais com pessoas gritando que compram ou vendem ações dessa ou
daquela empresa no saguão.

Todo esse processo de negociação foi automatizado e hoje é feito em


sistemas conectados à internet.

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Mercado de Opções
São chamados opções os contratos em que se negocia o direito de venda
ou de compra de um lote de ações por um preço prefixado, durante um
período determinado.

Essa modalidade é interessante para quem deseja investir protegendo-se


dos riscos, mas também pode servir para aqueles mais ambiciosos que
buscam expandir a carteira de investimentos.

O mercado de opções, portanto, é o ambiente desse tipo de negociação.


Você pode pensar na negociação de opções como um seguro de carro, por
exemplo, no qual você negocia (e compra) o direito de vender o automóvel
ao final do contrato por um valor prefixado, protegendo-se de possíveis
desvalorizações do bem.

Mercado Futuro
Na Bolsa de Valores, também é possível operar o Mercado Futuro, que
trabalha com a negociação de contratos de compra e venda de valores que
só serão entregues posteriormente.

Esse mercado é muito usado pela agropecuária, por exemplo, que pode
negociar em cima de produtos diversos ainda na fase de produção como
milho, café, soja, boi gordo, entre outros.

É importante dizer que, nesse ambiente, não se vendem os produtos em si.

Na prática, é uma boa maneira para o setor agropecuário se proteger de


oscilações negativas do valor final de sua produção, embora esse tipo de
investimento também seja usado para o ganho de capital.

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FIIs
Muitos brasileiros optam por investir na compra de imóveis sem saber que
os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) pode ser uma das formas
mais rentáveis de se investir no setor.

Eles trazem rentabilidade condizente à valorização dos imóveis que fazem


parte do portfólio dos fundos e oferecem maior liquidez (capacidade de se
transformar em dinheiro) e menor risco do que o investimento direto em
um imóvel.

ETFs
De origem na língua inglesa, a sigla ETF significa Exchange Traded Funds, e
pode ser uma boa maneira de começar a investir na Bolsa.

Essa modalidade apresenta exposição a uma maior quantidade de ativos,


ou seja, não se trata de aplicação em apenas uma ação.

Os ETFs nada mais são do que fundos de ações negociados em Bolsa.

No Brasil, o BOVA11 é o ETF mais famoso e foi o primeiro dos quatro ETFs
que hoje seguem o desempenho do Ibovespa.

Ao aplicar nele, você investe, de uma vez só, em todas as ações mais
negociadas da Bolsa.
Assim como outros fundos, o BOVA11 cobra uma taxa de administração
(0,3% ao ano).

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Mitos da
Bolsa de
Valores

Muitos investidores, principalmente iniciantes, acabam desestimulados de


investir na Bolsa de Valores.

Esse estranhamento pode decorrer da falta de informações sobre o


processo e o funcionamento da compra e venda de ações.

Pensando nisso, vamos agora acabar com os principais mitos que podem
estar impedindo você de negociar na Bolsa.

Investir na Bolsa é
só para especialistas
Ainda que o mercado de ações pareça complicado à primeira vista,
é importante saber que ele é um espaço público.

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Por isso, não é obrigatório ser nenhum especialista para começar a investir.

Quem quer investir na Bolsa, precisa entender o funcionamento do


mercado escolhido e pesquisar sobre o histórico das empresas nas quais
pretende investir.

Além disso, também pode contar com as ferramentas disponíveis na nossa


plataforma e com as nossas carteiras recomendadas, que são elabora-
das por especialistas do mercado.

Investir na Bolsa
é contar com a sorte
Não caia no erro de acreditar que Bolsa de Valores é igual loteria
e que, por isso, você está sujeito aos riscos e nada pode fazer a
respeito deles.

Em primeiro lugar, entenda que, sim, os riscos fazem parte de


qualquer investimento - e não somente ao aplicar na Bolsa de
Valores.

Mas é possível reduzir os riscos com estudo, acompanhamento do


mercado, acessando as salas dos analistas da Rico e fazendo uso
de todas as ferramentas disponíveis na plataforma.

Não tem nada de sorte ou loteria, mas de planejamento.

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É preciso muito dinheiro
para investir na Bolsa
Esse é um daqueles mitos altamente difundidos sobre o investimento em
ativos da Bolsa.

Muitos pensam que a Bolsa de Valores é exclusiva para pessoas com muito
dinheiro, mas é possível começar mesmo com poucos recursos.

Nesses casos, é recomendado que a pessoa se certifique de que não


precisará daquele capital no futuro próximo.

Para aplicar em certos ativos, como ações, alguns especialistas


recomendam mirar também no longo prazo.

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Investir em ações
traz retorno rápido
Um mito comum é que quem investir em ações terá um retorno rápido ou
imediato.

É verdade que esse tipo de investimento tem oscilações diárias, para cima e
para baixo.

Mas essa dinâmica é quase imprevisível, e não é recomendado o foco no


curto prazo, especialmente para quem está começando.

Investir na Bolsa é ganhar


dinheiro sem esforço
Definitivamente, a renda variável não é um investimento sem esforço.

Muitas pessoas acabam cometendo esse engano, principalmente porque,


hoje em dia, é possível operar a compra e vendas de ações de qualquer
lugar.

Ainda que exista a mobilidade, sendo possível inclusive programar e


automatizar operações, esse é um tipo de investimento que requer
conhecimento e dedicação.

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Investindo na
Bolsa de Valores
Agora que você já conhece o funcionamento e já desvendou os mitos mais
comuns sobre a Bolsa de Valores, deve estar se perguntando como faz para
começar a investir.

Continue lendo para aprender o passo a passo para investir em ações e


dizer adeus à caderneta de poupança.

Por que você deve


investir na Bolsa de Valores?
Um dos argumentos mais fortes a favor do investimento em ações é a
rentabilidade, já que esse tipo de investimento apresenta potencial muito
maior do que a renda fixa no longo prazo.

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A acessibilidade também é outra vantagem, já que, atualmente, as Bolsas
contam com taxas menores e facilitam a entrada de novos investidores.

Mas talvez o melhor motivo para investir em Bolsa de Valores seja que esse
é um ótimo caminho para a construção e proteção do patrimônio.

Aqui, não estamos falando do lucro rápido, mas da elaboração de uma


carteira de investimentos com foco no longo prazo, que inclua a renda
variável sem se limitar a ela.

Como investir
na Bolsa de Valores
Quem deseja investir na Bolsa de Valores precisa estar sempre atento para
ter certeza de que está fazendo as escolhas certas.

O primeiro passo é achar uma corretora de valores de confiança.

Com a Rico, você pode fazer suas negociações na Bolsa com toda a
segurança, além de contar com um ambiente online com salas de
especialistas disponíveis para tirar todas suas dúvidas.

Depois de abrir uma conta na corretora, você vai transferir o valor que
deseja investir e começar a traçar seu mapa de investimento.

E quem quer investir em renda variável e não tem tempo de acompanhar o


mercado, também pode contar com o suporte da Rico em nossas carteiras
recomendadas de acordo com seu perfil.

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Nesses casos, oferecemos uma gama de investimentos combinados - e é
importante que o cliente invista em todos os ativos da carteira para garantir
o sucesso e a rentabilidade da aplicação.

Códigos das
ações das empresas
São chamados de tickers os códigos usados para a negociação de ações no
mercado.
Esses códigos, geralmente, são abreviações do nome da empresa com
poucas letras, e vão variar dependendo da Bolsa.

A B3 conta com mais de 300 tickers de empresas brasileiras listadas, e cada


um deles pode ser conferido em seu site.

No pregão, as ações são geralmente comercializadas em lotes de 100.

Ainda assim, o investidor que deseje, pode comprar fracionado, de 1 a 99


ações por vez.

Para fazer esse tipo de negociação, basta acrescentar a letra F ao fim do


ticker na hora de realizar a transação.

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Como ganhar
dinheiro na Bolsa
Agora que você já sabe tudo sobre o funcionamento da Bolsa, pode estar se
perguntando: mas como, afinal de contas, vou ganhar dinheiro?

Existem duas formas de lucrar com ações na Bolsa de Valores.


Vamos a elas!

Dividendos
Lembra quando dissemos que, ao comprar uma ação, você está
comprando uma parte da empresa?

Como passa a fazer parte da sociedade que tem a propriedade daquela


empresa, passa também a ter direito sobre os lucros do período, e a esse
valor é atribuído o nome de dividendos.

Mas atenção: não são todas as empresas que costumam distribuir


dividendos.

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Valorização da própria ação
Outra forma de ganhar dinheiro na Bolsa de Valores (talvez a mais óbvia) é a
valorização da ação em si.

Quando a percepção de valor sobre a ação cresce, os investidores tendem


a pagar mais por ela.

Assim, o preço sobe e, quem comprou quando estava barato, ganha


dinheiro.

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Conclusão
A tecnologia mudou muito as Bolsas de Valores pelo mundo todo e aquela
imagem de executivos apinhados em um saguão gritando que compram ou
vendem ações já não existe mais.

Hoje em dia, investir na Bolsa se tornou uma tarefa muito mais fácil, e já é
possível negociar pela internet em qualquer lugar do mundo.

Além da mobilidade, o mercado de ações é um investimento democrático,


acessível para todos os perfis de investidor.

E o que muitos não sabem é que até mesmo aqueles mais conservadores
podem e devem investir em ações. Basta apenas ajustar um percentual da
sua carteira que será dedicado a essa classe de ativos.

Não importa se você é um investidor iniciante ou experiente,


conservador ou arrojado: com a ajuda da Rico, você pode
conquistar a sua independência financeira com investimentos
rentáveis na Bolsa de Valores e com outras aplicações.

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