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LAVANDERIA

1. O que é a Lavanderia Hospitalar


É uma central de processamento de roupas hospitalares. Sua função vai muito além da
simples limpeza das roupas. A lavanderia hospitalar é um setor de apoio aos serviços
de saúde responsável pelo gerenciamento de itens patrimoniais importantes. Nela,
cada roupa do hospital é classificada, pesada, lavada, seca, consertada, embalada e
distribuída, com a qualidade e no tempo adequados ao bom funcionamento do EAS.

A eficiência do funcionamento da lavanderia hospitalar se reflete em vários aspectos da


qualidade hospitalar, tais como:

- controle de infecções;
- recuperação, conforto e segurança do paciente;
- facilidade, segurança e conforto da equipe de trabalho;
- racionalização de tempo, material e energia e
- redução de custos operacionais.

Lavanderiais hospitalares são consideradas áreas críticas de um hospital, exigem


tecnologia pesada, grande variedades de insumos, profissionais capacitados e controle
de riscos operacionais.

2. Como funciona
A principal diferença entre lavanderias comerciais e hospitalares está no fato de que
nessa última é dividida em dois espaços distintos:

- área suja ou contaminada, que recebe, classifica, pesa e lava as


roupas e
- área limpa, onde é feito o processamento da roupa lavada e sua
distribuição.

Não há comunicação direta entre as duas áreas. A separação tem que ser hermética
para manter a pressão positiva da área limpa e negativa na área suja, impedindo
assim que impede que a roupa limpa seja contaminada por microorganismos e
resíduos da roupa suja. Os profissionais de cada área devem se comunicar através
visores e interfones. Estas exigências valem tanto para a lavanderia hospitalar quanto
para as terceirizadas que prestam serviços ao hospital.
As lavadoras têm portas duplas e são instaladas na barreira que separa as duas áreas
limpa e suja. A roupa suja é colocada por uma porta, do lado da sala de separação e
classificação, e depois de lavada é retirada por outra porta, e por outro funcionário,
que ficam na área limpa.
A área suja é um ambiente extremamente contaminado, onde são manipuladas as
roupas vindas de todas as áreas do hospital. Devem ser tomadas precauções estritas
para os trabalhadores com o uso de equipamentos de proteção individual (EPI), como
máscaras, luvas, aventais, botas etc. Banheiro e vestiários devem ter saídas separas,
uma para a área suja e outra para a área externa. Ao deixar o turno, os profissionais
tomam banho o e trocam de roupa e não circulam mais pela área suja.
A área suja deve contar com um sistema de ventilação por exaustão, que mantém a
pressão interna negativa (cerca de -0,5 mmHg). Isso é suficiente para evitar que o ar
contaminado atinja áreas limpas do hospital. O ar exaurido deve ser lançado na
atmosfera, suficientemente longe para que não possa ser captado novamente pelo
sistema de ar condicionamento. É necessária uma torneira, de preferência de alta
pressão, para lavagem de toda a área suja. Todos os pisos e paredes devem ser
revestidos com material lavável.
A roupa suja é recolhida em todas as áreas do hospital, em horários pré-determinados.
É acondicionada em sacos fechados e transportada em carrinhos também fechados. O
acesso da roupa à lavanderia pode ser feito por tubulações, dependendo da
particularidades arquitetônicas do EAS.
O roteiro dos carrinhos deve ser único e nunca incluir áreas de grande circulação de
pessoas, elevadores de serviço que também transportem limpa, medicamentos ou
alimentos. Deve haver carrinhos exclusivos para ambos os tipos de roupas, e os que
levam roupa suja precisam ser lavads depois de cada transporte.
A roupa suja úmida deve ser acondicionada em sacos plásticos descartáveis, fechados
no local da coleta. Quando seca, pode ser transportada em sacos de pano, que devem
receber os mesmos tratamentos da roupa suja.
Roupas de diversos áreas do hospital geralmente são marcadas para retornarem à
origem sem extravios. Quando chegam à área suja da lavanderia, podem ser pesadas
para fins de controle da demanda por serviço, e em seguida são separadas e
classificadas para a lavagem.
Esta classificação se dá de acordo com os seguintes critérios: grau e tipo de sujidade,
coloração do tecido e tipos de roupa e tecido. Durante a separação deve se inspecioná-
la cuidadosamente para detectar a presença de objetos pérfurocortantes, como
seringas com agulhas, ampolas de medicamentos, agulhas de suturas e outros
instrumentos cirúrgicos.
Em seguida a roupa classificada é pesada para preparar o programa de carga das
lavadoras. Deve-se sempre buscar o programa mais eficiente na lavagem, o que inclui
determinar para cada carga de roupas as seguintes variáveis: capacidade da máquina,
nível de enchimento, temperatura, tempo do processo e tipo de produto de lavagem.
O processamento da roupa segue geralmente o fluxograma.

Zoom - Esquema de funcionamento de uma lavanderia.


Processamento
As etapas de separação na área limpa possibilitam verificar se a roupa ainda apresenta
sujidades ou se, depois de seca, necessita ser costurada. Se isso for confirmado a
roupa deve retornar à área suja para ser lavada e passada.
Este fluxograma pode sofrer modificações em função do sistema de lavagem, que por
sua vez, depende do tipo de equipamento disponível na lavanderia. É possível ter:

- lavagem em cargas individuais de lotes de roupas e


- lavagem em fluxo contínuo.

No primeiro caso, cada lote de roupa é lavado separadamente, com o uso de uma nova
solução para cada operação (pré-lavagem, acidulação e amaciamento).
Na lavagem de fluxo contínuo, a roupa atravessa as fases do processo de lavagem de
forma contínua, usa-se a mesma solução para vários lotes. As lavadoras contínuas
funcionam pelo processo de contracorrente.
Independentemente do sistema adotado e do tipo de lavadora, o processo de lavagem
é uma seqüência de operações ordenadas, que leva em consideração a dosagem de
produtos químicos, a ação mecânica promovida pelo batimento e esfregação das
roupas, a temperatura e o tempo de contato entre estas variáveis. O perfeito
balanceamento entre todos os fatores é o que define o bom resultado final da lavagem.
A última etapa do processamento é a distribuição. As roupas limpas e passadas são
colocadas em carrinhos do tipo “prateleira”, de preferência embaladas, e são levadas
para a rouparia onde são guardadas. As roupas podem ser embaladas em conjuntos
(“kits” para uma mesma aplicação) ou separadas individualmente.
O tipo de embalagem depende do destino: se as roupas forem para a central de
esterilização, estas são embaladas em papel ou pano; se forem destinadas às áreas de
internação, devem ser embaladas em sacos plásticos, pois além da melhor
apresentação, evita-se a contaminação no transporte.

3. Equipamentos

3a - Lavadoras convencionais
3b - Lavadoras com ozônio
3c - Lavadoras contínuas
3d - Centrífuga ou extratora
3e - Calandra
3f - Secadora
3g - Prensa
3h - Ferro elétrico
3i - Balança
3j - Máquina de costura
3l - Carrinho de transporte

3a - Lavadoras convencionais
São máquinas geralmente construídas com dois cilindros montados um
dentro do outro: o externo funciona como um tambor fixo e hermético,
que mantém o nível da água e dos agentes químicos; o interno tem a
forma de um cesto (de paredes perfuradas) e com obstáculos (pás fixas)
em seu interior. O tambor interno gira em torno do eixo horizontal,
alternadamente para um lado e para outro, a fim de evitar que a roupa
fique totalmente torcida no final da lavagem. Este processo de lavagem
também é conhecido como tombamento, pois a roupa é batida nas pás
do cesto pela ação da gravidade.

Imagem interna de uma lavadora convencional.

As lavadoras hospitalares são montadas na barreira entre as áreas suja


e limpa. As roupas são colocadas do lado sujo e, depois de lavadas, são
retiradas pelo lado limpo. São máquinas que dispõem, portanto, de duas
portas com aberturas controladas pelos dispositivos de segurança e pelo
programa de lavagem.
Vista da área suja. Vista da área limpa.

As lavadoras atuais são programáveis em função de parâmetros de


carga (tipo e quantidade de roupa, tipo e cor do tecido, grau de
sujidade), e definem, para cada uma das etapas do processo, o tempo, a
temperatura e a quantidade de água e de produtos químicos. Existem
programas de controle das lavadoras que armazenam os dados de cada
lavagem para fins de registro dos materiais e insumos usados, bem
como dos ciclos de manutenção preventiva. Alguns programas podem
ser ativados por rede de computador, controlando várias máquinas
simultaneamente.

Modelos de lavadora.

Para satisfazer as exigências normativas, as lavadoras devem estar


equipadas com registros de fecho rápido (para economizar tempo da
mão-de-obra), ter a entrada da água controlada por nível automático,
termômetro, termostato e cronômetro.
Modelo de lavadora.

Modelo de lavadora.

3b - Lavadoras com ozônio


O processo de lavagem de roupas com ozônio consiste na injeção
controlada deste gás na lavagem, o que reduz e substitui detergentes ou
misturas tensoativas usados no processo tradicional, com vantagens
econômicas e, sobretudo, ambientais.

O ozônio é um gás incolor, com odor característico, constituído por três


átomos de oxigênio. Extremamente reativo, é o mais poderoso e rápido
agente oxidante disponível na natureza. Quando entra em contato com
sujidades orgânicas, reage rapidamente destruindo-as e tornando mais
fácil e rápida sua remoção pela ação mecânica da lavagem. As sujidades
não oxidáveis (cerca de 15% do total), devem ser tratadas com os
produtos químicos tradicionais (detergentes).

A lavagem com ozônio minimiza o uso de insumos, reduzindo custos


operacionais com aumento da qualidade, além de proporcionar um
efluente menos agressivo ao meio ambiente. Em conseqüência da
redução do tempo de lavagem, aumenta-se consideravelmente a
produtividade das lavadoras, o que possibilita o uso de equipamentos de
menor porte.

O ozônio também é um potente branqueador e germicida e não


apresenta os inconvenientes dos produtos químicos tradicionais, como
desgaste dos tecidos. Com o ozônio, as roupas são submetidas a menor
ação mecânica, térmica e química, o que aumenta a vida útil dos
tecidos.
Por ser volátil e muito instável, o ozônio tende a reduzir-se rapidamente
à forma natural mais estável, que é o oxigênio atmosférico, devendo,
portanto, ser produzido no local de consumo, por geradores próprios.
São necessários investimentos consideráveis para implantação desta
tecnologia, com a instalação do gerador, bombas, filtros, além de
treinamento específico para operadores.

3c - Lavadoras contínuas
Também conhecidas como túnel de lavagem, é uma máquina de elevada
sofisticação tecnológica. São compostas por módulos seqüênciais onde a
roupa é processada continuamente através da diluição progressiva da
sujidade. São máquinas de grande porte, com capacidade de 300 kg a
1.000 kg de roupa seca processada.

Modelo de lavadora contínua.

Modelo de lavadora contínua.

3d - Centrífuga ou extratora
É usada para extrair a água da roupa que foi retirada da lavadora. É
constituída por um cilindro de aço inox perfurado em forma de cesto,
que gira em alta velocidade dentro de outro cilindro, esse fixo e
hermético. Cerca de 60% da água pode ser retirada por centrifugação,
deixando as roupas prontas para serem enviadas para a calandra
(lençóis, fronhas, campos cirúrgicos), ou para a secadora (cobertores,
toalhas e outras peças de tecidos felpudos).

Existem lavadoras que incorporam a centrifugação, economizando


espaço, tempo e mão-de-obra, embora nem sempre com a mesma
eficiência das centrífugas de alta rotação.

Modelos de centrífugas.

3e - Calandra
É o equipamento que, ao mesmo tempo, seca e passa a roupa plana. É
constituída por dois ou mais cilindros de metal, perfurados ou não e
revestidos de estopa, feltro e algodão. Os cilindros giram dentro de
calhas fixas aquecidas por vapor, eletricidade ou gás. As roupas são
tracionadas e comprimidas entre os cilindros, que as seca e desenruga.

Geralmente a calandra é complementada por uma coifa, a fim de


melhorar as condições ambientais, protegendo os operadores de calor e
vapor excessivos. É uma máquina perigosa, responsável por muitos
acidentes nas lavanderias. Por isso são adotados diversos dispositivos de
proteção que desligam automaticamente a tração no caso de as mãos
dos operadores ficarem presas ou serem puxadas pelos cilindros
quentes.
Modelos de calandras.

3f - Secadora
Faz a secagem das roupas que não vão à calandra, como paramentos de
cirurgia, compressas, fraldas e outros tecidos felpudos. Sua construção
se assemelha à das lavadoras, mas em lugar da água com os produtos
químicos, se usa um fluxo de ar quente que circula pelo cesto rotativo,
secando a roupa em seu interior. Possui também uma programação
automática e dispositivos de segurança, como trava da porta termostato
etc.

Zoom - Modelo de secadora. Zoom - Modelo de secadora. Zoom - Modelo de secadora.

Zoom - Modelo de secadora. Zoom - Modelo de secadora. Zoom - Modelo de secadora.

3g - Prensa
Aquecida por vapor ou eletricidade, a prensa é usada para passar a
roupa pessoal. Geralmente é constituída por uma mesa estreita
revestida de feltro e algodão, onde a roupa é estendida.. A parte
superior, aquecida, desce exercendo pressão sobre a roupa. Substitui
com alguma vantagem, principalmente econômica e de mão-de-obra, o
ferro de passar convencional.

Zoom - Prensa.
3h - Ferro elétrico
É usado eventualmente, quando são necessários retoques e
acabamentos de roupas pessoais.

Representação de uso do ferro elétrico.

3i - Balança
É usada na sala de separação entre as lavanderias para pesagem das
roupas, o que permite o controle das quantidades enviadas pelas
unidades de origem. São geralmente do tipo plataforma, para
permitirem a pesagem de grandes volumes, sacos, etc. Outro tipo de
balança também é usado para a dosagem de produtos químicos na
preparação dos ciclos de lavagem.

3j - Máquina de costura
Muito semelhante às máquinas domésticas, é usada no reparo de roupas
defeituosas.

3l - Carrinho de transporte
Transporta a roupa hospitalar. Pode ser de vários tipos:

- prateleira ou estante, transporta da secadora ou


calandra para a rouparia;
- tipo mesa, transporta da centrífuga para a secadora ou
auxilia no preparo para a calandra;
- cesto com tampa, transporta a roupa suja.

Todos os tipos são laváveis e não podem ser feitos de materiais porosos,
como madeira.
Modelos de carrinhos de transporte

Modelos de carrinhos de transporte

4. Instalações
A lavanderia hospitalar é um local provido de infra-estruturas essenciais para o
funcionamento das máquinas fixas. Os componenetes mais importantes das
instalações são:
- abastecimento de água: é o insumo mais importante já que metade de toda água
consumida em um hospital é destinada à lavanderia. A qualidade da água deve ser
analisada periodicamente, sobretudo em relação à dureza (que inibe a ação dos
sabões), à presença de ferro e manganês (que amarelam a roupa e danificam
máquinas e tubulações) e à concentração de matéria orgânica (que favorece a
contaminação);
- esgoto: é a lavanderia que gera a maior quantidade de efluentes líqüidos do
hospital. Devem ser observada as normas que regulamentam a construção e a
manutenção dos esgotos da lavanderia, assim como as que regulamentam os efluentes
que retornam à rede pública;
- vapor: é a principal forma de aquecimento da água e das máquinas usadas na
lavanderia, principalmente nas que processam grandes volumes de roupas.
Geralmente o vapor é distribuído a alta pressão e gerado em caldeiras que abastecem
também outras áreas do hospital. Existem normas sobre tubulações e dispositivos de
controle e segurança em linhas de vapor que devem ser observadas;
- ar comprimido: é usado na lavanderia para o acionamento de prensas e os
controles automáticos das lavadoras. Como o consumo não é grande, pode ser
fornecido pela rede principal de ar comprimido do hospital ou por compressores locais;
- energia elétrica: é consumida principalmente pelos motores, dispositivos de
controle e iluminação. É uma opção aceitável usar eletricidade para aquecimento
somente em pequenas máquinas, e
- ventilação e exaustão: são itens essenciais nas lavanderias, não só para melhoria
do conforto e eficiência do trabalho dos operadores, mas também como item de
segurança contra incêndios e contaminação da área limpa. Em locais de clima quente é
essencial promover a evacuação do calor emanado por todas as máquinas que
funcionam aquecidas. É necessário que a área contaminada esteja sempre a pressão
inferior às demais e que a evacuação desta área seja independente e distante das
tomadas de ar para qualquer área do hospital.

5. Manutenção
As lavanderias hospitalares compreendem dois tipos de manutenção: a das instalações
e a dos equipamentos, que nem sempre são feitas pelas mesmas equipes.
As instalações, pela vinculação estreita com a estrutura física do edifício, geralmente
são atendidas pela equipe de manutenção e reformas prediais, composta por
engenheiros civis, pedreiros, encanadores, eletricistas etc. A manutenção dos
equipamentos, pela maior especialização e diversidade tecnológica exigida, pode ser
feita pela equipe de engenharia biomédica, através de contratos com os
representantes, de contratos terceirizados, ou ainda em uma solução mista, que inclua
contribuições internas e externas, em função do tamanho e da capacitação da equipe
local.

Os equipamentos da lavanderia hospitalar incorporam diversas tecnologias, com


predomínio da engenharia mecânica. Em geral, são máquinas grandes e pesadas,
muitas vezes fixas, cuja manutenção, sobretudo as preventivas, é freqüentemente
feita na própria lavanderia.

Como já foi mencionado, a lavanderia é um ambiente de risco para os profissionais por


causa da presença de contaminação microbiológica e química, das altas temperaturas,
do ruído e por incluir máquinas rotativas. Esses riscos devem receber o máximo de
atenção por parte da equipe de manutenção, através de treinamentos específicos e
periódicos, uso de EPI e planejamento da manutenção em conjunto com a equipe de
trabalhadores da lavanderia.

A freqüência de manutenções preventivas geralmente é indicada pelo fabricante. Na


ausência de tal informação, recomenda-se proceder uma inspeção geral a cada seis
meses, observando itens qualitativos, testes quantitativos e procedimentos de
manutenção.
Estes resultados devem ser lançados em uma planilha para controle e informação no
momento da substituição ou aquisição de novos equipamentos. Um estoque de peças
para pequenos reparos de emergência deve ser obtido junto ao fabricante, para evitar
paradas longas por pequenos defeitos. Merece atenção particular a inspeção das
instalações e dos equipamentos em relação à presença de fiapos de tecidos, que
podem obstruir tubulações, drenagem, ralos, ventilação e filtros, e precisam ser
removidos periodicamente pelas manutenções preventivas.

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