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APOIO À
APRENDIZAGEM 2020
LÍNGUA PORTUGUESA
2º ano/série do Ensino Médio
Nome do estudante
Caro estudante,
Você está participando do Projeto Apoio à Aprendizagem. Sua participação é muito importante.
• Este Caderno é composto de atividades de Língua Portuguesa.
• Responda com calma, procurando não deixar nenhuma questão em branco.
Boa Atividade!
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Entregar currículos na porta das empresas? Enviá-los por e-mail e ficar esperando uma
resposta? Participar de um processo seletivo que se resuma a uma entrevista? Essas
práticas estão sendo substituídas pelo uso da inteligência artificial, que incluem até jogos,
desafios de lógica e robôs na seleção dos candidatos. [...]
5 Essa tendência de usar a tecnologia como método de seleção representa também uma
mudança de perspectiva das empresas: elas não querem só saber a universidade onde
alguém se formou. “O diploma mostra qual graduação você fez. Mas, quando algum game
é proposto, por exemplo, consigo ter acesso a muitas outras informações – um jogo propõe
desafios e o candidato mostra quais estratégias usa diante de dificuldades”, explica Márcia
10 Ballariny, professora [...] da ESPM-Rio. [...]
As empresas também têm a ganhar: além de avaliarem mais habilidades dos candidatos,
conseguem ganhar tempo – a inteligência artificial filtra os currículos que têm mais a ver com
o perfil da vaga. Deixa de ser necessário avaliar páginas e mais páginas de inscrições. [...]
TENENTE, Luiza. Adeus aos currículos: empresas usam robôs e games em seleção de vagas de emprego. In: G1. 2019.
Disponível em: <https://glo.bo/2SVSCG5>. Acesso em: 29 mar. 2019. Fragmento.
Texto 2
Robôs poderão fazer entrevistas de emprego em 2020
Leia novamente o texto “Robôs poderão fazer...” para responder à questão abaixo.
02) (P100454I7) No Texto 2, no trecho “Segundo as empresas, a ideia é erradicar os preconceitos...” (ℓ. 8-9),
a palavra destacada estabelece uma relação de
A) comparação.
B) conformidade.
C) finalidade.
D) proporção.
E) temporalidade.
Cidadezinha qualquer
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Liana segurou a moedinha entre os dedos, pressionando com força a pele contra o
metal. [...] Virou de costas para a fonte no centro da praça, prendeu a respiração, beijou a
moeda e antes de jogá-la para trás disse baixinho para que só ela mesma, a moedinha e a
fonte pudessem ouvir: “eu quero ser feliz”.
5 Mal Liana abriu os olhos, antes que pudesse se virar de volta para a fonte, foi surpreendida
com algo duro que lhe atingira na cabeça e um barulho de metal batendo no chão. Olhou
para baixo e deparou-se com uma gorda moeda de cinquenta centavos, tal qual a que
acabara de jogar no chafariz.
Liana olhou em volta procurando quem poderia ser o autor daquela gracinha. Entretanto,
10 estava sozinha na praça. A mulher abaixou e apanhou a moeda, que estava úmida e gelada.
Olhou em volta mais uma vez e para a moedinha em sua mão. [...]
Dessa vez o reflexo foi ainda mais rápido e, além da moeda, Liana recebeu um jato
d’água na cabeça.
– Quem está aí? – Liana perguntou apanhando o dinheiro e olhando em volta apreensiva.
15 – Não há ninguém além de nós, Liana. – A voz grave veio da direção da fonte. [...]
– N-Nós quem?
– Você e eu.
– E quem é você? [...]
– Mas você vem aqui há tantos anos e não sabe quem sou? Eu sou a fonte dos desejos,
20 ora! [...]
– Mas eu achei que… Os desejos nem se realizam, então eu pensei que…
– É você pensou, você achou… Eu sei. Pois é por isso mesmo que seus desejos não se
realizam.
– Como assim?
25 – Se não acredita em mim, por que todo ano insiste em vir aqui me pedir as coisas mais
absurdas? [...]
– Mas a minha avó sempre disse que os desejos dela eram atendidos…
– Sua avó foi uma das minhas clientes mais fiéis. Mas ela nunca deixou de correr atrás
do que queria esperando que eu resolvesse seus problemas. [...]
PAIVA, Bruna. A fonte de desejos. In: Adolescente demais. 2019. Disponível em: <https://adolescentedemais.com.br/2019/01/07/a-fonte-dos-desejos/>.
Acesso em: 11 nov. 2019. Fragmento. (P090393I7_SUP)
05) (P090396I7) Nesse texto, no trecho “... que estava úmida e gelada...” (ℓ. 10), a palavra destacada se
refere à
A) fonte.
B) moeda.
C) praça.
D) respiração.
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Com o tempo aprendemos que não há caminhos errados ou os famosos “e se” da vida.
Quando uma coisa tem que ser, ela é.
Por muito tempo eu me peguei pensando e vivendo uma vida de achar que eu estava
sempre atrasada ou no lugar errado, não fluindo e me equivocando nos caminhos que
5 tomava. [...]
Estava eu lá, sempre vacilante com a minha cabeça me dizendo que eu poderia estar
fazendo tudo diferente.
Mas o meu engano estava aí!
A vida segue da forma como tem de ser e exatamente cada passo dado é o que nos
10 leva ao propósito maior da nossa vida. Nunca estamos atrasados ou adiantados para algo,
estamos no tempo e no agora certos. [...]
Na verdade, não existe certo e errado, existe o “fluir”. Estar em consonância com a vida
e alinhados com o ser que somos. O segredo, muitas vezes, é a nossa autoconfiança para
reconhecer que somos e agimos com o nosso melhor. E o que tem de ser, sinceramente,
15 é! Sinceramente, será! Se for de acordo com a sua energia e para o seu bem, as coisas
acontecem. [...]
Existe beleza em ser você. Existe beleza em ser. Existe segurança em estar nesse
universo lindo e maravilhoso que sempre arruma uma forma de nos mostrar que tudo está
em seu devido lugar, mesmo quando não parece, mesmo quando dói dentro da gente.
20 Sempre estamos caminhando para um bem maior, em nós e no mundo.
FANTIN, Ana Paula. O poder da autoaceitação. Está tudo bem em ser você mesmo! In: Espaço conectando o ser. 2018.
Disponível em: <https://bit.ly/2OmoiEP>. Acesso em: 26 nov. 2019. Fragmento. (P100696I7_SUP)
07) (P100910I7) No penúltimo parágrafo desse texto, as palavras “lindo” e “maravilhoso” estabelecem uma
relação de concordância com
A) engano.
B) lugar.
C) segredo.
D) tempo.
E) universo.
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Overdose de lã
O que acontece com uma ovelha que passa anos sem tosa? Os australianos descobriram
isso em setembro ao encontrar o exemplar [...] que provavelmente se perdeu do rebanho e
vagou dois ou três anos na natureza. Sua lã cresceu tanto que tampava os olhos e ameaçava
sua vida. [...] Um campeão nacional de tosa, Ian Elkins, levou 42 minutos para retirar os 40
kg de lã que cobriam o animal. A ovelha superlanuda é um exemplo da intervenção humana
na espécie: por séculos escolhemos os exemplares que produzem mais lã, usando-os como
reprodutores. Desse modo, o animal já não sobrevive sem a ajuda de quem o cria.
Disponível em: <http://www.revistaplaneta.com.br/overdose-de-la/>. Acesso em: 28 dez. 2015. Fragmento. (P090813H6_SUP)
As três experiências
Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para
amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O “amar os outros” é
tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão
importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não
5 posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. [...]
E nasci para escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo. Eu tive desde a infância
várias vocações que me chamavam ardentemente. Uma das vocações era escrever. E não
sei por que, foi esta que eu segui. Talvez porque para as outras vocações eu precisaria de um
longo aprendizado, enquanto que para escrever o aprendizado é a própria vida se vivendo
10 em nós e ao redor de nós. É que não sei estudar. E, para escrever o único estudo é mesmo
escrever. Adestrei-me desde os sete anos de idade para que um dia eu tivesse a língua em
meu poder. E no entanto cada vez que vou escrever, é como se fosse a primeira vez. [...]
Quanto a meus filhos, o nascimento deles não foi casual. Eu quis ser mãe. Meus dois
filhos foram gerados voluntariamente. Os dois meninos estão aqui, ao meu lado. Eu me
15 orgulho deles, eu me renovo neles, eu acompanho seus sofrimentos e angústias, eu lhes
dou o que é possível dar. [...]
Sempre me restará amar. Escrever é alguma coisa extremamente forte mas que pode
me trair e me abandonar: posso um dia sentir que já escrevi o que é o meu lote neste mundo
e que eu devo aprender também a parar. Em escrever eu não tenho nenhuma garantia.
20 Ao passo que amar eu posso até a hora de morrer. Amar não acaba. É como se o mundo
estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera. [...]
LISPECTOR, Clarice. As três experiências. In: Revista Prosa Verso e Arte. Disponível em: <https://www.revistaprosaversoearte.com/as-tres-
experiencias-uma-belissima-cronica-de-clarice-lispector/>. Acesso em: 31 jan. 2019. Fragmento. (P100271I7_SUP)
09) (P100285I7) Qual trecho desse texto apresenta uma relação de causa e consequência?
A) “Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida.”. (ℓ. 1)
B) “Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos.”. (ℓ. 1-2)
C) “As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto.”. (ℓ. 3-4)
D) “Eu tive desde a infância várias vocações que me chamavam ardentemente.”. (ℓ. 6-7)
E) “E no entanto cada vez que vou escrever, é como se fosse a primeira vez.”. (ℓ. 12)
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Leia novamente o texto “As três experiências” para responder à questão abaixo.
10) (P100291I7) Nesse texto, no trecho “... para que um dia eu tivesse a língua em meu poder.” (ℓ. 11-12), o
recurso estilístico da substituição da parte pelo todo foi usado para
A) apontar que a autora desejava adquirir diversas obras literárias.
B) indicar que a autora preparava-se para dominar as técnicas de escrita.
C) mostrar que a autora preparava-se para apresentar seus textos oralmente.
D) revelar que a autora tinha dificuldade durante o processo de sua alfabetização.
E) sugerir que a autora tinha dificuldade em pronunciar as palavras.
Texto 1
Vovó tartaruga
MOUTINHO, Sofia. Vovó tartaruga. In: CHC. 2014. Disponível em: <http://chc.org.br/vovo-tartaruga/>. Acesso em: 8 abr. 2019. Fragmento.
Texto 2
Descoberto o fóssil animal mais antigo do mundo
GALILEU. Descoberto o fóssil animal mais antigo do mundo. Disponível em: <https://glo.bo/2UnZMaR>. Acesso em: 8 abr. 2019. Fragmento.
(P070035I7_SUP)
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Procrastinação
Escreve o texto agora. Calma. Eu vou escrever o texto agora. O prazo era quinta. E já
é sábado. Eu sei. Eu vou escrever agora. Então senta e escreve. Agora? Agora. Sobre o
que? Escreve sobre isso: essa mania de não fazer as coisas que você tem que fazer. Boa,
cara. Eu não sei quem é você, mas você me dá boas ideias. Só preciso de um café coado.
5 Expresso não serve? Não. Enquanto eu me concentro em coar o café, a ideia vem vindo.
Café expresso não dá tempo da ideia chegar. O café coado é uma arte que rende textos
grandes, romances, até. Se Tolstói tivesse uma máquina de café expresso, ele nunca teria
escrito “Guerra e Paz”. Ele seria tuiteiro. Pronto. Já coou. Já bebeu. Só falta escrever. Puts,
acho que me concentrei demais no café. Mas se eu sentar na frente da tela, o texto vem.
10 Cadê? Calma. Também não é só sentar, tem que abrir o Word. Pronto. Calma aí, a fonte
não tá boa. Esse texto eu quero escrever em Helvetica. [...] Posso saber por que você tá
mudando a fonte? [...] Ei! Por que você tá no Facebook? Foi inconsciente, eu juro. [...] Sai
antes que seja tarde. Espera. Os 23 pratos de comida mais perfeitos do universo? Preciso
ver isso. Pronto. Já é tarde. Biscoito empanado. Eu preciso comer isso agora. Não precisa,
15 não. Sabe o que você precisa? Precisa escrever o texto dessa semana. Olha só: os 30 fatos
mais alegres de todos os tempos. Isso vai ser inspirador. Uau. Os dubladores do Mickey e a
da Minnie são casados na vida real. Sai daí agora. Nenhuma lista mais. Acabou. Calma aí.
A Ellen DeGeneres tem um texto bom sobre procrastinação¹. Preciso assistir no YouTube
antes de escrever o meu texto, pra eu não copiar involuntariamente. Tá bom. Vai lá. Puts.
20 O texto dela é muito bom. Agora não dá mais pra eu fazer o meu. Melhor desistir e fazer
outro café. Não. Senta e faz o teu. E faz diferente do dela. De repente põe dois personagens
falando. Um que quer fazer o texto e o outro que não. Boa. Vou fazer isso. Vai. Pode parar.
O que é que você tá fazendo de novo no Facebook?
*Vocabulário:
¹procrastinação: ato de atrasar; deixar para depois.
DUVIVIER, Gregório. Procrastinação. In: Folha de São Paulo. 2014. Disponível em: <https://goo.gl/6qDMGB>.
Acesso em: 5 mar. 2018. Fragmento. (P110480H6_SUP)
12) (P110593H6) Nesse texto, no trecho “Calma aí, a fonte não tá boa.” (ℓ. 10-11), a palavra destacada significa
A) letra.
B) motivação.
C) origem.
D) pesquisa.
E) sugestão.
13) (P110484H6) Nesse texto, a linguagem utilizada no trecho “Boa, cara.” (ℓ. 3-4) é geralmente encontrada em
A) consultas médicas.
B) conversas entre amigos.
C) documentos oficiais.
D) entrevistas de emprego.
E) notícias jornalísticas.
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Poucos fenômenos culturais podem ser comparados à estreia de Frozen, uma das
animações de maior sucesso de todos os tempos. Depois de uma espera de nada menos
que seis anos, a sequência finalmente está próxima de desembarcar nos cinemas, e as
primeiras impressões já estão sendo divulgadas.
5 Repetir, ou uma tarefa ainda mais complicada, superar o original, parecia uma ideia
ousada demais; mas segundo a opinião da crítica internacional, que já teve a oportunidade
de conferir o novo longa, a experiência vale a pena.
“Adorei Frozen 2. É uma história mais madura emocionalmente, mais sombria e mais
complexa, continuando tudo o que você gosta sobre o primeiro filme e mais, ao mesmo
10 tempo que mantém a intimidade do original. Linda animação, incríveis novos personagens
e FINALMENTE uma canção do Kristoff”, Drew Taylor.
“Frozen 2 é tão bom, senão melhor. É muito engraçado, tão doce e emocionante quanto
você poderia esperar. A música do Kristoff me fez morrer de rir”, Kevin Polowy. [...]
DIANE, Evie. Confira as primeiras impressões e saiba se vale a pena ver Frozen 2. In: Spinoff. 2019. Disponível em: <https://bit.ly/3bXiUkl>.
Acesso em: 6 jan. 2020. Fragmento. (P110708I7_SUP)
14) (P110708I7) Qual trecho apresenta um argumento que sustenta a ideia de que vale a pena assistir ao
filme Frozen 2?
A) “Depois de uma espera de nada menos que seis anos,...”. (ℓ. 2-3)
B) “... a sequência finalmente está próxima de desembarcar nos cinemas,...”. (ℓ. 3)
C) “Repetir, ou uma tarefa ainda mais complicada, superar o original,...”. (ℓ. 5)
D) “... parecia uma ideia ousada demais;...”. (ℓ. 5-6)
E) “‘É muito engraçado, e tão doce e emocionante quanto você poderia esperar.’”. (ℓ. 12-13)
Um fazendeiro australiano teve a ideia de fazer com que seus cachorros protegessem os
pinguins de Middle Island, uma pequena ilha australiana – e funcionou muito bem. [...] o local
é a casa de uma colônia de pinguins-azuis, a menor espécie do animal de que se tem notícia.
Antigamente havia centenas deles, que têm entre 30 e 40 centímetros de altura, na ilha. Isso
5 até 2005, quando os pinguins-azuis se tornaram as principais presas das raposas da região. [...]
Não surpreende que os pinguins-azuis estivessem muito perto da extinção total na
ilha. Isso só não ocorreu por conta de um fazendeiro local chamado Swampy Marsh. Ele
sugeriu que cachorros da raça pastor-maremano-abruzês, que na Austrália são usados
para proteger galinhas e cabras, também fossem escalados para cuidar dos pinguins-azuis.
10 O primeiro cachorro a ser convocado para a tarefa foi um chamado Oddball. Os moradores
da região logo perceberam que os pinguins pararam de desaparecer e que as raposas não
voltaram mais. A história foi tão inspiradora que foi adaptada para os cinemas em 2015 [...].
MOREIRA, Isabela. Cachorros estão sendo usados para proteger pinguins na Austrália. In: REVISTA GALILEU. Disponível em: <goo.gl/vQfSQp>.
Acesso em: 15 fev. 2016. Fragmento. (P090786H6_SUP)
15) (P090890H6) O objetivo desse texto é
A) dar uma informação.
B) defender uma opinião.
C) divulgar uma pesquisa.
D) ensinar uma tarefa.
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Kanzi
Kanzi, um bonobo1 (Pan paniscus) de 35 anos de idade que vive no santuário para primatas
Great Apes Trust, em Des Moines (Iowa), já era mundialmente famoso por possuir uma grande
habilidade de comunicação com humanos através da linguagem de sinais (ele “diz” cerca de
500 palavras, através de um teclado especial, e entende 3.000 palavras faladas).
5 Mas ele não para de impressionar seus tratadores e pesquisadores: Kanzi, também um
hábil criador de ferramentas, aprendeu a… cozinhar!
O primata aprendeu há alguns anos a acender fogueiras. Segundo sua tratadora, a Dra.
Sue Savage-Rumbaugh, quando era bem jovem, o bonobo adorava o filme “Guerra do
Fogo” (isso por si só já incrivelmente impressionante!), tendo assistido centenas de vezes
10 a luta dos personagens, homens primitivos, para controlar o fogo.
Fascinado pelas fogueiras que via algumas pessoas acenderem para preparar comida,
Kanzi não se fez de rogado: teve a iniciativa de copiar a atividade. Começou empilhando
varetas. Logo, aprendeu a riscar fósforos e a fazer fogo. E então, quando descobriu que a
comida preparada na fogueira era saborosa, tornou-se um mestre-cuca!
15 E Kanzi não se limita a preparar sua refeição. Ele também foi ensinado a apagar a
fogueira ao final da atividade, para evitar incêndios. [...]
*Vocabulário:
1
bonobo: tipo de chipanzé.
PAPO DE PRIMATA. Kanzi, o bonobo que cozinha sua própria refeição! 2015. Disponível em: <http://papodeprimata.com.br/kanzi-o-bonobo-que-
cozinha-sua-propria-refeicao/>. Acesso em: 8 abr. 2019. Fragmento. (P090073I7_SUP)
17) (P090078I7) Nesse texto, o termo “Pan paniscus” (ℓ. 1) é típico da linguagem
A) científica.
B) coloquial.
C) literária.
D) regional.
18) (P090073I7) No segundo parágrafo desse texto, as reticências foram utilizadas para
A) marcar desconfiança.
B) mostrar distração.
C) reforçar lamento.
D) sugerir suspense.
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Leia novamente o texto “Engenheiro dá aulas de física...” para responder à questão abaixo.
22) (P100490H6) Nesse texto, na palavra “pracinha” (ℓ. 8), a terminação “-inha” foi usada para
A) demonstrar futilidade.
B) indicar infantilidade.
C) marcar inferioridade.
D) mostrar intimidade.
E) sugerir informalidade.
23) (P091278H6) No segundo parágrafo desse texto, o autor utiliza como estratégia argumentativa
A) comentários de especialistas.
B) dados numéricos.
C) enumeração de fatos históricos.
D) relatos de experiências.
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A música escolhida
Então hoje poderia mostrar para todo o mundo o seu talento, a sua voz.
Edineia passara a infância inteira cantando e adorando música, em casa, nas festas da família,
nas reuniões de amigos, nos eventos da escola – e para si mesma. Para si mesma, sempre:
enquanto estudava, tomava banho, quando andava pela rua, lendo um livro, às vezes em que
5 tomava o ônibus; quando percebia, o passageiro ao lado a estava olhando, entre surpreso e
divertido, elogiando-a pela beleza da voz e da música que ela cantava sem perceber. [...]
Quando apareceu o concurso que se anunciava como a maior revelação de novos
talentos da música brasileira, ela tremeu e decidiu que ali estava a sua chance.
Escolhida a música, começaram os ensaios dias a fio e noite adentro, sem descanso e
10 sem cansar, abnegação apaixonada que pareceria loucura se não fosse tão bonita. Edineia
acordava pensando na música que cantaria, repassava no silêncio do café da manhã os
acordes que julgava mais difíceis, domando em palavras toda a melodia e assim ia até
quando todas as vozes da casa, com ares de madrugada insone, lhe pedissem para dormir.
Ensaiava no sono, aferrada à chance, e tão logo o dia amanhecesse, começava a cantar
15 ainda na cama. A música foi se amoldando à voz de Edineia, feliz em sua emocionante
beleza, pronta a que, no dia certo, todos descobrissem o talento de quem a cantava. Edineia
tinha a certeza: o concurso seria a sua porta. E se emocionava com isso.
Ela está ali, agora, em frente ao conjunto, enquanto o apresentador do concurso a
anuncia como a próxima concorrente da noite. Quando o homem lhe deseja boa sorte, [...]
20 ela suspira, fecha os olhos, sente um breve e indizível tremor [...].
Mas quando o conjunto começa a tocar os acordes iniciais da canção, uma névoa de pavor
tisna os olhos assustados de Edineia: como é mesmo a primeira frase da letra da música?
SCHNEIDER, Henrique. A música escolhida. Disponível em: <https://bit.ly/2wktaE5>. Acesso em: 7 jan. 2020. Fragmento.
(P100768I7_SUP)
24) (P100793I7) Nesse texto, no trecho “... nos eventos da escola – e para si mesma.” (ℓ. 3), o travessão foi
usado para
A) apontar indecisão.
B) apresentar explicação.
C) enfatizar uma informação.
D) introduzir uma crítica.
E) marcar discurso direto.
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