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DIREITO CONSTITUCIONAL

Profª.: Nelma Fontana


(FGV / DPE-RJ / 2019)
“Nenhum homem livre será preso, aprisionado ou privado de uma propriedade,
ou tornado fora da lei, ou exilado, ou de maneira alguma destruído, nem
agiremos contra ele ou mandaremos alguém contra ele, a não ser por
julgamento legal dos seus pares, ou pela lei da terra.”
Essa é a cláusula 39 da Magna Carta que foi aprovada na Inglaterra em 1215
para impedir o exercício do poder absoluto do monarca. O direito consagrado
na Constituição da República de 1988, que é a expressão daquilo que está
afirmado nessa cláusula, é o:

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A) direito à igualdade;
B) direito à não discriminação;
C) direito de petição;
D) direito ao devido processo legal;
E) direito à nacionalidade.

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(FGV / DPE-RJ / 2019)
Maria procurou a Defensoria Pública e informou que foi surpreendida, às
12h, com o ingresso de agentes públicos armados em sua residência,
contra a sua vontade, sob a alegação de que estavam procurando um
criminoso.
Considerando a sistemática constitucional, o Defensor Público informou
corretamente que a conduta dos agentes públicos era:

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A) ilícita, pois os agentes públicos nunca podem ingressar na casa alheia sem o
consentimento do morador;
B) lícita, pois os agentes públicos sempre podem ingressar na casa alheia, sem
o consentimento do morador, para procurar um criminoso;
C) lícita, pois os agentes públicos podem ingressar na casa alheia, sem o
consentimento do morador, sempre que entenderem necessário;
D) ilícita, pois os agentes públicos não podem ingressar na casa alheia, sem o
consentimento do morador, para procurar um criminoso, sem ordem judicial;
E) lícita, pois os agentes públicos somente podem ingressar na casa alheia,
sem o consentimento do morador, se estiver sendo praticado um crime no
local.

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(FGV / Prefeitura de Niterói / 2018)
Augusto Silva, candidato a vereador pelo Partido Ômega, ingressou na justiça
para impedir a veiculação de matéria, em jornal de grande circulação, que
relembra as acusações de desvio de verbas que lhe foram imputadas. O fato
lhe rendeu um processo criminal, do qual foi inocentado por falta de provas, há
mais de seis meses.
O candidato alega que, com o trânsito em julgado da sentença, não há mais
interesse na divulgação da informação e que a matéria pode prejudicar sua
campanha.
Sobre a hipótese narrada, assinale a afirmativa correta.

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A) Augusto Silva pode impedir a circulação da matéria, em razão da proteção
constitucional à intimidade, à honra e à imagem do indivíduo.
B) Augusto Silva pode impedir a circulação da matéria, uma vez que não há
interesse público envolvido na divulgação de denúncia da qual foi inocentado.
C) Augusto Silva não pode impedir a circulação da matéria, em razão da
liberdade jornalística e de comunicação, bem como da liberdade de informação.
D) Augusto Silva não pode impedir a circulação da matéria, uma vez que a
inocência por falta de provas no processo criminal não afasta a possibilidade de
ajuizamento de ação de improbidade.
E) Augusto Silva pode impedir a circulação da matéria, desde que consiga
demonstrar minimamente que sua divulgação é capaz de alterar o resultado da
eleição.

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(FGV / DPE-RJ / 2019)
João requereu a matrícula do seu filho de dez anos em determinada escola
pública, o que foi indeferido pelo respectivo diretor, por escrito, de modo
arbitrário, ilegal e sem qualquer fundamentação.
Considerando a sistemática constitucional, o instrumento constitucional passível
de ser utilizado para se obter a matrícula do filho de João, que teve o seu direito
líquido e certo à educação violado, é:

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A) o habeas data;
B) o habeas corpus;
C) o mandado de injunção;
D) o mandado de segurança;
E) a reclamação constitucional.

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(FGV / Prefeitura de Salvador / 2019)
Anastácio, brasileiro nato, após completar dezoito anos de idade, alistou-se
como eleitor junto ao órgão competente da Justiça Eleitoral.
À luz da sistemática constitucional afeta aos direitos e garantias fundamentais,
a condição de eleitor de Anastácio era imprescindível para que ele pudesse
ajuizar
A) mandado de segurança.
B) mandado de injunção.
C) habeas corpus.
D) ação popular.
E) habeas data.
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(FGV / Prefeitura de Salvador / 2019)
Antônio, servidor público municipal, analisou o regime jurídico da categoria e
constatou que determinado direito afeto aos servidores públicos, previsto na
Constituição da República desde a sua promulgação, não havia sido objeto de
disciplina pela legislação infraconstitucional.
Por entender que esse estado de coisas não poderia comprometer a eficácia da
norma constitucional, formulou requerimento administrativo para que o direito
fosse concedido. O requerimento, no entanto, foi indeferido, sob o argumento
de que eram ignorados os requisitos a serem preenchidos por Antônio, já que a
lei ainda não os estipulara. Ato contínuo, ele procurou um advogado para que
ingressasse com a medida judicial cabível.

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À luz da narrativa acima, assinale o instrumento constitucional passível de ser
utilizado pelo advogado de Antônio.
A) Mandado de Injunção
B) Mandado de Segurança
C) Ação Popular
D) Habeas Data
E) Ação Estatutária

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(FGV / DPE-RJ / 2019)
Maria procurou atendimento no órgão da Defensoria Pública, pretendendo
ajuizar ação de revisão de alimentos, para majorar o valor da pensão
alimentícia que seu ex-marido Mário paga para os filhos menores em comum.
Para provar que o pai das crianças possui elevada renda não declarada, Maria
apresentou ao Defensor Público pen-drive contendo áudio de ligação telefônica
interceptada diretamente por ela, no qual Mário conversa com uma mulher,
confessando auferir 50 mil reais por mês mediante trabalho informal.
No caso em tela, com base no texto constitucional, o Defensor Público:

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A) deve elaborar petição inicial com o pleito de Maria de majoração dos
alimentos, com fundamento no áudio trazido, que será imediatamente juntado
aos autos, para fins de comprovação do alegado, diante da indisponibilidade do
direito dos filhos menores;
B) deve elaborar petição inicial com o pleito de Maria de majoração dos
alimentos, e requerer ao Juízo de Família a interceptação de futuras
comunicações telefônicas de Mário, para tentar obter nova prova de sua ampla
possibilidade de prestar alimentos aos filhos menores;
C) deve elaborar petição inicial com o pleito de Maria de majoração dos
alimentos, e requerer ao Juízo de Família a juntada do áudio contendo a
interceptação feita por ela da conversa telefônica em que Mário confessou
possuir renda extra não contabilizada;

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D) não deve requerer a juntada do áudio ao processo, por se tratar de prova
ilícita, eis que a Constituição da República de 1988 garante a inviolabilidade do
sigilo das comunicações telefônicas, salvo por prévia ordem judicial, para fins
de instrução de qualquer tipo de processo;
E) não deve requerer a juntada do áudio ao processo, por se tratar de prova
ilícita, eis que a Constituição da República de 1988 garante a inviolabilidade do
sigilo das comunicações telefônicas, salvo por prévia ordem judicial, para fins
de investigação criminal ou instrução processual penal.

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(FGV / Câmara de Salvador / 2018)
Pedro formulou requerimento administrativo ao Município Beta solicitando a
fruição de diversos direitos sociais contemplados na Constituição da República
de 1988, o que foi negado sob o argumento de que esses direitos pertencem à
coletividade, impedindo, assim, que a sua fruição seja requerida por apenas
uma pessoa. O Município ainda acresceu que muitos direitos sociais estão
previstos em normas constitucionais que não possuem eficácia plena,
dependendo de integração pela legislação infraconstitucional.
À luz da sistemática constitucional, a decisão do Município Beta está:
A) totalmente certa, pois os direitos sociais não podem ser fruídos
individualmente e dependem, em muitos casos, de integração do seu conteúdo
pela lei;
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B) parcialmente certa, pois os direitos sociais não podem ser fruídos
individualmente, mas jamais dependem de integração do seu conteúdo pela lei;
C) parcialmente certa, pois os direitos sociais podem ser fruídos
individualmente, mas dependem, em muitos casos, de integração do seu
conteúdo pela lei;
D) parcialmente certa, pois os direitos sociais devem ser postulados pela
sociedade, mas serão fruídos individualmente, e não dependem de lei;
E) totalmente errada, pois os direitos sociais podem ser fruídos individualmente
e jamais dependem de integração do seu conteúdo pela lei.

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(FGV / DPE-RJ /2019)
Antônio, pessoa hipossuficiente no plano econômico e morador de uma área
carente do Estado, procurou a Defensoria Pública e solicitou que fosse ajuizada
uma ação judicial para obrigar o Poder Público a lhe fornecer certo
medicamento indispensável à sua sobrevivência.
À luz da sistemática constitucional, a ação a ser ajuizada buscará tutelar:
A) um direito social;
B) um direito coletivo;
C) uma garantia coletiva;
D) uma garantia individual;
E) uma liberdade individual.
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(FGV / TJ-SC / 2018)
François nasceu no território brasileiro durante o período em que seus pais,
nacionais franceses, aqui estavam por se encontrarem em gozo de licença na
fábrica de bijuterias em que trabalhavam na França.
À luz da sistemática constitucional, François:
A) é brasileiro nato, desde que seus pais tenham requerido;
B) é brasileiro nato, desde que o requeira aos dezoito anos;
C) é brasileiro nato, independente de requerimento;
D) é apenas nacional francês, não brasileiro;
E) pode naturalizar-se brasileiro.

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(FGV / TJCE / 2019)
Com vistas a permitir que as pessoas se defendam do crescimento vertiginoso
da violência na Cidade Alfa, algumas dezenas de pessoas decidem criar, com
esse objetivo social, a Associação Beta. Foram estabelecidos como requisitos,
para o ingresso na associação, que a pessoa tivesse direito ao porte de arma,
que seria usada diariamente nas atividades internas e externas dos associados,
e aceitasse vestir o uniforme da associação.
Considerando a sistemática constitucional, a Associação Beta:
A) não poderia funcionar, em razão do seu nítido caráter paramilitar;
B) só poderia funcionar mediante prévia autorização do Poder Público;
C) poderia funcionar independentemente de prévia autorização, pois é
assegurada a liberdade de associação;
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D) não poderia funcionar, pois a ordem constitucional atualmente não
reconhece o direito de associação;
E) só poderia funcionar caso fosse previamente editada lei disciplinando o
funcionamento de associações como essa.

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(FGV / TJCE / 2019)
O Deputado Federal João apresentou projeto de lei dispondo sobre a prestação
de assistência religiosa em prisões, a ser ofertada pelas confissões religiosas e
sem custo para o Poder Público. Após o curso regular do processo legislativo,
foi promulgada a Lei nº XX/2019.
À luz da sistemática estabelecida pela Constituição da República de 1988, a
referida Lei é:
A) incompatível com a ordem constitucional, pois o caráter laico do Estado
impede a assistência religiosa nas prisões;
B) compatível com a ordem constitucional, pois esse tipo de assistência
religiosa, nos termos da lei, é um direito fundamental;

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C) incompatível com a ordem constitucional, pois o projeto de lei somente
poderia ter sido apresentado pelo Presidente da República;
D) compatível com a ordem constitucional, desde que a assistência religiosa
seja simultaneamente oferecida, a cada preso, por todas as religiões existentes;
E) incompatível com a ordem constitucional, pois as pessoas privadas de
liberdade em estabelecimentos de internação coletiva não têm direito a
assistência religiosa.

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(FGV / Prefeitura de Paulínia / 2016)
Determinado Prefeito Municipal tinha a intenção de encaminhar projeto de lei à
Câmara dos Vereadores disciplinando a concessão de direitos sociais a certa
camada da população. No entanto, tinha dúvidas a respeito da compatibilidade
dessa iniciativa com a ordem constitucional, mais especificamente com o
princípio da igualdade, consagrado no Art. 5º, caput, da Constituição da
República Federativa do Brasil. Em seu entender, a igualdade exigiria que os
direitos sociais fossem igualitariamente oferecidos a todos, independentemente
de suas características pessoais. Para sanar suas dúvidas, solicitou o
pronunciamento da Procuradoria do Município, que exarou alentado parecer a
respeito dessa temática.

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À luz da presente narrativa, assinale a opção que se harmoniza com as
construções teóricas em torno da igualdade.
A) Os conceitos de igualdade formal e de igualdade material apresentam uma
relação de sobreposição, de modo que a ideia do Prefeito não seria harmônica
com a Constituição.
B) O conceito de igualdade, tal qual consagrado na Constituição, não se projeta
sobre as políticas públicas a cargo do Poder Executivo.
C) As ações afirmativas excepcionam a igualdade formal em prol da construção
da igualdade material, sendo incorreto afirmar que sempre serão incompatíveis
com a Constituição.

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D) O conceito constitucionalmente adequado de igualdade é somente aquele de
ordem formal, de modo que qualquer tratamento diferenciado entre as camadas
da população é inconstitucional.
E) As ações afirmativas jamais acarretam o surgimento da denominada
“discriminação reversa”, logo, a ideia do Prefeito não se mostra incompatível
com a Constituição.

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(FGV / SEPOG – RO / 2017)
Cidadão é aquele que se identifica culturalmente como parte de um território,
usufrui dos direitos e cumpre os deveres estabelecidos em lei, ou seja, tem
consciência de suas obrigações e luta para que o que é justo e correto seja
colocado em prática. Os direitos e deveres não podem andar separados, afinal,
só quando cumprimos com nossas obrigações permitimos que os outros
exercitem seus direitos.
As afirmativas a seguir listam direitos do cidadão, à exceção de uma.
Assinale-a.
A) Cumprir as leis.
B) O sigilo da correspondência é inviolável.

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C) Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei.
D) A liberdade de consciência e de crença é inviolável, sendo assegurado o
livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção
aos locais de culto.
E) Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações.

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(FGV / AL-RO / 2018)
Peter nasceu na Áustria no período em que sua mãe, Maria, brasileira nata,
servidora da União, fora designada para trabalhar na embaixada brasileira
naquele país. Como Maria era casada com Hans, de nacionalidade austríaca,
Peter também tinha a nacionalidade do pai, jamais tendo residido no território
brasileiro.
Ao completar trinta anos de idade, Peter consultou um advogado sobre a
possibilidade de se candidatar a um mandato eletivo no Brasil, na eleição a ser
realizada no ano seguinte, tendo sido informado, corretamente, que
A) os estrangeiros, como Peter, não podem concorrer a um mandato eletivo.
B) sendo brasileiro nato, pode concorrer aos cargos eletivos privativos de
brasileiro nato.
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C) somente teria nacionalidade brasileira se a lei da Áustria não reconhecesse
a sua nacionalidade austríaca originária.
D) pode optar pela nacionalidade brasileira caso venha a residir no país,
podendo concorrer a todos os cargos eletivos.
E) caso venha a se naturalizar brasileiro, poderá concorrer a todos os cargos
eletivos não privativos de brasileiro nato.

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(FGV / TJ-SC / 2018)
Jean, brasileiro naturalizado, que adquiriu grande popularidade em razão de
suas atividades filantrópicas, decidiu concorrer a um cargo eletivo. No entanto,
estava em dúvida se concorreria ao cargo de Vice-Presidente da República, de
Governador ou Senador.
À luz da sistemática constitucional, Jean poderia concorrer apenas ao(s)
cargo(s) de:

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A) Vice-Presidente e Governador;
B) Governador e Senador;
C) Vice-Presidente;
D) Governador;
E) Senador.

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(FGV / TJCE / 2019)
Maria, esposa do Prefeito João, que exercia a chefia do Poder Executivo no
Município Gama, foi informada pelo advogado da família que, de acordo com a
ordem constitucional, não poderia candidatar-se ao cargo eletivo de Vereador
no mesmo Município.
Essa vedação é denominada:
(A) perda dos direitos políticos;
(B) vedação eleitoral;
(C) inabilitação;
(D) suspensão dos direitos políticos;
(E) inelegibilidade.
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(FGV / TJCE / 2019)
Pedro, após o trâmite do processo judicial de interdição, teve a sua
incapacidade civil absoluta reconhecida. Apesar disso, tinha o sonho de infância
de concorrer ao cargo eletivo de vereador. Por tal razão, procurou o seu
advogado e perguntou se haveria óbice a que se candidatasse nas próximas
eleições. À luz da sistemática constitucional, o advogado respondeu
corretamente que Pedro:

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A) somente poderia concorrer se tivesse autorização expressa do seu curador;
B) poderia concorrer, pois as instâncias civil e política são independentes;
C) embora pudesse votar, não poderia concorrer nas eleições, pois estava
inelegível;
D) embora pudesse votar, não poderia concorrer nas eleições, pois estava
inabilitado;
E) não poderia concorrer nas eleições, pois não estava no exercício dos seus
direitos políticos.

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(FGV / Câmara de Salvador – BA / 2018)
Eraldo, adolescente de quinze anos, nascido em território brasileiro, tinha o
sonho de seguir carreira política. Para planejar o seu futuro, procurou um amigo
advogado e pediu algumas orientações iniciais. Foi-lhe informado que, para se
candidatar a um cargo eletivo no Poder Legislativo, era preciso preencher uma
série de requisitos, dentre os quais o de ser cidadão e não ser alcançado por
uma causa de inelegibilidade.
À luz da sistemática constitucional e da narrativa acima, Eraldo:
A) já é cidadão, por ter nacionalidade brasileira;
B) não poderá votar ou ser votado caso se torne inelegível;

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C) somente se tornará cidadão com o alistamento eleitoral;
D) caso se torne inelegível, terá a sua cidadania afastada;
E) caso se torne inelegível, terá a sua nacionalidade suspensa.

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(FGV / TRT - 12ª Região / 2017)
Joaquim, servidor público estadual, praticou um ato que foi considerado, por
muitos, como contrário aos princípios da legalidade e da moralidade. Daí
resultou o ajuizamento, em face de Joaquim, (1) de uma ação popular, com o
objetivo de anular o ato praticado e impor a obrigação de ressarcimento dos
danos causados; (2) uma ação penal; (3) uma ação civil por ato de
improbidade; bem como (4) a instauração de um processo administrativo
disciplinar.
Joaquim, que tinha pretensões políticas, procurou um advogado para saber se
os processos a que respondia, nos planos judicial e administrativo, poderiam
acarretar a suspensão dos seus direitos políticos.

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À luz da sistemática constitucional, a(s) instância(s) de responsabilização que
pode(m) acarretar, como sanção ou consequência da condenação, uma vez
ocorrendo o exaurimento dos recursos cabíveis, a suspensão dos direitos
políticos de Joaquim é/são aquela(s) referida(s) em:
A) (1) e (3), não referidas em (2) e (4);
B) (1), (3) e (4), não referida em (2);
C) (2) e (3), não referidas em (1) e (4);
D) (2) e (4), não referidas em (1) e (3);
E) (2), não referidas em (1), (3) e (4).

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(FGV / Prefeitura de Niterói / 2018)
A Lei X do Estado Delta dispôs sobre os requisitos a serem observados na
celebração de contratos de transporte no seu território.
A Associação das Empresas de Transporte, insatisfeita com os efeitos
práticos da Lei X, procurou um advogado e solicitou que fosse esclarecido
se o Estado teria competência para legislar sobre essa matéria.
À luz da sistemática constitucional, a Lei X

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A) foi corretamente editada pelo Estado Delta, que pode legislar
concorrentemente com a União sobre Direito Civil.
B) jamais poderia ter sido editada pelo Estado Delta, pois compete
privativamente à União legislar sobre a matéria.
C) somente poderia ser editada pelo Estado Delta se existisse lei
complementar da União autorizando.
D) foi corretamente editada pelo Estado Delta, nos limites de sua
competência legislativa suplementar.
E) poderia ser editada pelo Estado Delta, mas sua eficácia cessaria com a
superveniência de lei federal em sentido diverso.

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(FGV / Prefeitura de Niterói / 2018)
A população do norte do estado Alfa, insatisfeita com a grave crise econômica e
a notória incompetência do governador do estado, aprovou, em plebiscito, o
desmembramento do referido território do estado Alfa e sua incorporação ao
estado Beta, o que também foi aprovado pela população deste último.
Ato contínuo, os governadores dos estados Alfa e Beta editaram ato conjunto
sacramentando o desmembramento e a correlata incorporação.
À luz da sistemática constitucional, o referido procedimento está

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A) incorreto, pois o princípio da indissolubilidade da Federação afasta qualquer
mobilidade interna, de ordem territorial, entre os estados.
B) correto, pois as populações interessadas foram ouvidas, e sua vontade foi
chancelada por agentes democraticamente legitimados.
C) incorreto, pois a questão federativa é estranha à vontade popular e deve ser
integralmente resolvida no âmbito do Senado, que conta com representação
paritária dos estados.
D) correto, desde que, após a aprovação pelas populações interessadas e a
edição do ato conjunto, cada Assembleia Legislativa edite a lei de sua
competência.
E) incorreto, pois, além da aprovação pela população diretamente interessada,
é necessária a aprovação do Congresso Nacional, por lei complementar, não
dos governadores.
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(FGV/AL-RO/2018)
O Estado Alfa aprovou a Lei nº 123, dispondo sobre “organização,
garantias, direitos e deveres das polícias civis”, temática até então ainda
não disciplinada em lei da União.
Pouco tempo depois, a União, no exercício de sua competência legislativa,
editou a Lei nº 456, de caráter nacional, que dispunha em sentido
diametralmente oposto aos artigos 10 a 20 da Lei nº 123.
Considerando a narrativa acima, é correto afirmar que os artigos 10 a 20

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A) foram revogados.
B) tiveram a sua eficácia suspensa.
C) permaneceram em pleno vigor, independente de qualquer previsão
específica na Lei nº 456.
D) permaneceram em vigor, desde que tal tenha sido expressamente
previsto na Lei nº 456.
E) coexistirão com as normas editadas pela União, cabendo ao intérprete
identificar a mais adequada ao caso concreto.

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(FGV / AL-RO / 2018)
Com o objetivo de uniformizar o atendimento ao público nas agências da rede
bancária, foi promulgada Emenda à Constituição do Estado Alfa dispondo que o
tempo máximo de espera, nas agências situadas em todos os Municípios
situados na esfera territorial do Estado, não deverá superar cinquenta minutos.
À luz da divisão de competências estabelecida na Constituição da República,
sobre o referido comando normativo assinale a afirmativa correta.

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A) É inconstitucional, por usurpar competência legislativa da União.
B) É inconstitucional, por usurpar competência legislativa dos Municípios.
C) É constitucional, por estar abrangido pela competência legislativa estadual.
D) É constitucional, desde que lei nacional, editada pela União, não disponha
em sentido diverso.
E) É inconstitucional, pois, embora esteja abrangido pela competência estadual,
deveria ser veiculado em lei.

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(FGV / AL-RO/ 2018)
A federação é a forma de Estado composta pela associação de múltiplas
entidades territoriais autônomas, dotadas de governo próprio, que dividem
responsabilidades em diferentes âmbitos.
De acordo com o texto constitucional, o Brasil, considerado um exemplo de
Estado federado, não inclui como ente da federação
A) o Distrito Federal
B) os Estados
C) os Municípios
D) os Territórios federais
E) a União
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(FGV / AL-RO / 2018)
Com o objetivo de prestigiar a propriedade privada, a Lei estadual nº 123/2018
dispôs que as concessionárias de energia elétrica deveriam promover a
remoção gratuita dos postes de energia elétrica que estejam causando
transtornos aos proprietários dos respectivos terrenos.
À luz da divisão de competências prevista na Constituição da República, o
referido diploma normativo é

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A) constitucional, pois compete concorrentemente à União e aos Estados
legislar sobre energia e respectivas instalações.
B) inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre energia
e explorar as instalações de energia elétrica.
C) constitucional, pois o Estado tem competência para legislar sobre as
concessões de energia em seu território.
D) inconstitucional, pois compete privativamente aos Municípios legislar sobre
matérias de interesse local.
E) constitucional, pois compete aos Estados suplementar as normas gerais
editadas pela União.

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(FGV / Prefeitura de Niterói / 2018)
A Lei XX do Município Alfa dispôs sobre o horário limite de funcionamento dos
estabelecimentos comerciais, o que foi justificado pela necessidade de ser
disciplinada a circulação de pessoas e veículos, que tende a ser maior quando
esses estabelecimentos estão abertos ao público. À luz da sistemática
estabelecida pela Constituição da República, é correto afirmar que a Lei XX é
A) constitucional, pois o Município é competente para legislar sobre interesse
local, e o comando legal é razoável.
B) inconstitucional, pois, embora o Município possa legislar sobre a matéria, o
comando legal ofende a livre concorrência.

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C) constitucional, pois o Município está autorizado a legislar concorrentemente
com a União sobre direito comercial.
D) inconstitucional, pois o Município não possui competência legislativa para
legislar sobre direito comercial.
E) constitucional, pois o Município pode legislar em caráter suplementar sobre
trânsito.

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(FGV / TJ-SC / 2018)
Com o objetivo de ampliar a arrecadação e aprimorar as políticas públicas
afetas aos direitos prestacionais, o Município Alfa editou a Lei nº 123/2018,
disciplinando o funcionamento dos bingos no âmbito do seu território.
Foram previstos os requisitos a serem atendidos para a concessão da
licença de funcionamento e a parcela da arrecadação a ser transferida aos
cofres públicos.
À luz da sistemática constitucional de divisão de competências legislativas,
a Lei nº 123/2018 é:

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A) inconstitucional, pois compete concorrentemente à União e aos Estados
legislar sobre bingos;
B) constitucional, pois compete ao Município legislar sobre matérias de
interesse local;
C) constitucional, desde que a União tenha transferido aos Municípios
competência legislativa;
D) inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre
bingos;
E) constitucional, desde que observadas as normas gerais editadas pela
União.

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(2018/FGV/TJ-SC/ Técnico)
Maria, Deputada Estadual, almejava apresentar um projeto de lei sobre direito
financeiro, tendo constatado que competia à União, aos Estados e ao Distrito
Federal legislar concorrentemente sobre a matéria.
Com o objetivo de atuar de modo correto, solicitou que sua assessoria
esclarecesse o alcance da competência estadual nesse caso.
Com embasamento na sistemática constitucional, a assessoria informou,
corretamente, que o Estado, nesse tipo de matéria:

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A) pode legislar livremente sobre a matéria, já que as normas da União se
destinam ao plano federal;
B) enquanto a União não editar normas gerais sobre a matéria, possui
competência plena;
C) somente pode legislar nos limites em que seja autorizado pela União;
D) revogará as normas gerais da União ao editar normas específicas;
E) somente pode editar as normas de interesse local.

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GRATA!

Profª.: Nelma Fontana

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