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TEORIA DA

ADAPTAÇÃO

DE SISTER CALLISTA ROY


INTRODUÇÃO
Roy descreve a enfermagem como “arte humanitária e
ciência em expansão que manipula e modifica os estímulos
de modo a promover e facilitar a capacidade adaptativa do
homem”. Sendo assim, este trabalho tem a tentativa de
abordar sucintamente o que é a teoria da adaptação e como
deve ser implementada pelos enfermeiros no dia a dia.
SISTER CALLISTA ROY
Sister Callista Roy nasceu em 14 de outubro de
1939 em Los Angeles, Califórnia. Em 1966, ela era um
membro das Irmãs de José de Carondelet. Então, em
1968, começou seu Modelo de Adaptação quando Saint
Mary's College Adaption adotou o quadro para a base
filosófica do currículo de enfermagem.
Publicou vários livros,
capítulos e
periódicos, e tem
dado palestras e
oficinas que
destacam a sua
teoria de
enfermagem.
Recebeu o National Fundador, Prêmio de
Excelência na promoção de Normas Profissionais de
Enfermagem, em 1981, um doutoramento honorário da
Humane Letters em 1984, e Doutorado honorário e do
Leste Michigan University em 1986. Hoje é um
membro da academia americana para
enfermeiras, e membro da associação norte
americana de diagnóstico de enfermagem
(NANDA).
O livro The Roy Adaption Model oferece
uma classificação para estressores que
podem afetar a adaptação.

Seu sistema concentra-se em


comportamentos adaptativos e no conjunto
de processos pelos quais uma pessoa se
adapta ao ambiente estressor.

É composto de suposições filosóficas e


classes de estímulos e mecanismos.
TEORIA DA ADAPTAÇÃO

O modelo é composto de quatro domínios conceituais de pessoa, saúde, meio


ambiente, e de enfermagem:
Pessoa é "um ser biopsicossocial em constante interação com um
ambiente em mudança“. A pessoa é um processo aberto, que utiliza sistema
adaptativo e o enfrentamento e habilidades para lidar com estressores.
Ambiente são “todas as condições, circunstâncias e influências que
circundam e afetam o desenvolvimento e o comportamento da pessoa”.
Saúde é a capacidade do indivíduo para adaptar-se a mudanças no
ambiente.
Enfermagem é a arte humanitária e ciência em expansão que manipula e
modifica os estímulos de modo a promover e facilitar a capacidade
adaptativa do homem.
Os elementos do processo de enfermagem de Roy incluem investigação
do comportamento do estímulo, o diagnóstico de enfermagem, o
estabelecimento de metas, a intervenção e avaliação.
A adaptação compreende todas as
formas conscientes e inconscientes de
ajustamento à condições do ambiente que o
homem confronta.

As adaptações nocivas inicialmente são


maiores que as adaptações positivas, no
entanto, no decorrer dos acompanhamentos
e dos cuidados de enfermagem obtêm-se as
adaptações positivamente compensatórias.
Roy acredita que os cuidados de enfermagem
são necessários quando fatores de stress não
comuns ou mecanismos enfraquecidos fazem com
que as defesas das pessoas se tornem ineficazes.
Assim, o objetivo dos cuidados de enfermagem é
promover a adaptação do paciente, conduzindo-o a
um mais elevado nível de bem-estar.
A pessoa é vista como um sistema que tem a
capacidade de criar mudanças para se adaptar ao
ambiente, onde a habilidade e a capacidade de
criação dessas mudanças é o nível de adaptação
da pessoa.
INVESTIGAÇÃO
COMPORTAMENTAL
Esses dados serão obtidos pelo enf. (a)
através de observação, medição e técnicas
habilidosas de entrevista. Essa investigação
deixará claro o enfoque que o enf.(a) e a equipe
dará ao tratamento.
Nessa fase o enf.(a) investiga a resposta e os
estímulos adaptativos, e de que forma os
estímulos internos e externos estão agindo sobre
o indivíduo. Nesta fase o enf.(a) avalia qual dos
estímulos causam maior impacto e quais os mais
influentes sobre esse indivíduo.
PROCESSO DE ENFERMAGEM
DE ROY APLICADO

O Diagnóstico de enfermagem tem como papel


facilitar a ação do enfermeiro diante da situação, já que
acompanhado a determinada patologia pode se
encontrar vários outros diagnósticos. Será então mais
fácil à ação do enfermeiro diante da situação, já que
este sabe quais são os problemas que acometem esse
paciente.
As metas são os comportamentos finais que
espera-se serem atingidas, indicam a resolução ou não
do problema de adaptação. O registro de metas deverá
conter a mudança que se espera e o tempo para que
elas ocorram.
Os Planos para Implementação tem como
finalidade alterar ou controlar os estímulos
focais e contextuais. A implementação pode
ainda enfocar a capacidade de enfretamento
da pessoa, ou seu nível de adaptação.
A Avaliação do processo de enfermagem
é então avaliada e se detecta uma ação ou
afastamento da obtenção das metas e, a
partir disso, é feita a readaptação, se
necessário.
COMO APLICAR A
TEORIA DA ADAPTAÇÃO
Os pressupostos do modelo fundamentam as
formulações sobre adaptação que ajudam o enfermeiro
e o cliente a esclarecer o que perturba essa adaptação
a fim de escolher quais ações são passíveis de serem
implementadas.
O processo de enfermagem auxilia os
clientes a enfrentarem e a superarem os
problemas de adaptação e a adequarem-se
melhor à nova condição, permitindo-lhes um
tratamento mais eficaz e, conseqüentemente,
uma melhor qualidade de vida.
O SAE obriga o enfermeiro a uma convivência mais
próxima para melhor conhecer o cliente, família, bem
como, acompanha a própria prescrição de enfermagem
para checar a evolução do estado geral.
O Modelo de Adaptação de Roy é um modelo
conceitual, permitindo que a pessoa seja vista como um
sistema composto por vertentes de ordens
biopsicossocial, as quais requerem respostas para a
adaptação da pessoa aos estímulos ambientais,
também chamados de mecanismos de
enfrentamento reguladores (fisiológico) e
cognatos (sentimentos e mobilizações
emocionais) os quais são subsistemas da
pessoa como um sistema adaptativo.
A pessoa é parte de um ambiente harmonioso e
relacional, o qual envolve diferentes pessoas -
enfermeiro, clientes, familiares e outros profissionais.
Essa integração, pessoa-pessoa e pessoa-mundo
espelha a abordagem holística tão evidente nas raízes
existenciais da enfermagem teórica, onde corpo, mente
e espírito são inseparáveis e partes constituintes da
pessoa que, submetida à cotidianidade, é um ser no
mundo.
Colocando-se a pessoa como receptora do
atendimento de enfermagem em relação ao ambiente,
à saúde e ao profissional da área de enfermagem, a
pessoa é vista entrelaçado entre o sistema e o
ambiente, ocorrendo uma troca de informações:
 O modo adaptativo fisiológico representa a resposta
física aos estímulos ambientais;
 O de autoconceito representa os aspectos psicológicos,
morais e espirituais;
 O modo de interdependência são os padrões de
interação social da pessoa em relação aos outros.
Os profissionais, ao analisarem os comportamentos
do cliente, buscam compreender como este reage aos
diversos estímulos aos quais está exposto para que
passe de comportamentos mal-adaptativos à mudança
nas habilidades para adaptar-se favoravelmente à
saúde.
Por meio da observação dos comportamentos das
pessoas, em relação aos modos adaptativos, o
enfermeiro pode identificar respostas adaptativas ou
ineficientes em situação de saúde e de doença.
EXEMPLO 1
Durante uma vivência no ensino clínico em
pediatria, tem-se a oportunidade de cuidar de uma
criança doente e hospitalizada e sua família, na qual
percebe-se que, além da criança, a família necessitava
de cuidados visando o atendimento de suas
necessidades e cura da doença.
Sendo um sistema, a pessoa recebe estímulos,
dentre eles o focal, que é o estímulo interno ou externo
que constitui o maior grau de mudança, gerando um
forte impacto.
Os estímulos residuais serão os demais estímulos,
os quais não se relacionam diretamente com a vivência
atual da doença e hospitalização, mas têm influência
sobre ela, como experiências anteriores com
hospitalização, doença na família.
Acredita-se que, criança e familiar, como um
sistema, têm a capacidade de se adaptar à nova
situação, a qual é permeada pela ocorrência de
inúmeros estímulos. O comportamento apresentado por
ambos, frente aos mesmos estímulos, dependerá dos
mecanismos de enfrentamento ou processos de
controle individuais e nem sempre, consegue-se chegar
à adaptação, tendo-se inúmeros comportamentos
ineficazes.
EXEMPLO 2
Na sala de recuperação o modelo de Roy é
aplicado a uma pessoa durante o período de sua
recuperação imediata, demonstrando sua adaptação a
tal situação, para isso são avaliados o modo fisiológico:
oxigenação, deficiência respiratória, perfusão, nutrição,
náusea, vômito, peso, eliminação, atividade e repouso,
etc.
O modelo de Roy identifica pontos chave para a
intervenção adequada da enfermagem. A pessoa é
vista como parte integrada ao ambiente, recebendo
assim os estímulos externos/internos e apresentando
ações ativas/reativas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Teoria de Roy permite reconhecer que as
pessoas, mediante estímulos, podem desencadear
respostas, ora positivas ora negativas, em situações
estressantes. Entretanto, cabe ao enfermeiro atuar
como mediador entre a objetividade técnica e a
subjetividade humana, a fim de elaborar estratégias
para as ações do cuidar. E, assim contribuir para
capacitar pessoas a criarem mecanismos de
enfrentamento capazes de diminuir respostas
negativas, favorecendo as vivências e facilitando a
realização dos procedimentos de saúde e enfermagem.
REFERÊNCIAS
http://www.scielo.br/pdf/ape/v18n3/a03v
18n3.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v10n6/v10
n6a12.pdf
http://www.inca.gov.br/rbc/n_48/v01/pdf
/artigo1.pdf
http://www.aben-
sc.com/downloads/processo_de_enferma
gem_fundamentado_-_bernadete.pdf
http://pt.scribd.com/doc/28618009/Calis
ta-Roy

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