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Guia de Leitura de A Profecia Celestina - A Criação Dos Filhos
Guia de Leitura de A Profecia Celestina - A Criação Dos Filhos
A Necessidade de uma Energia Disponível e Incondicional. A Oitava Visão enfatiza que as crianças, corno os pontos terminais
na evolução, precisam de que urna energia incondicional flua na direção delas a fim de poderem evoluir. Para se desenvolver,
elas precisam estar ao redor de adultos capazes de lhes proporcionar alimento físico, mental e emocional. Corno salienta a
Visão, exaurir a energia delas ao mesmo tempo que as disciplinamos cria dramas de controle. Para se tornarem adultos bem-
sucedidos, elas precisam manter relações individuais com pessoas de níveis mais elevados de maturidade. As crianças
aprendem a confiar no mundo e no lugar que ocupam nele quando são tratadas com sinceridade, e incluídas em conversas e
deliberações apropriadas ao seu nível de entendimento.
Um bom relacionamento tem um padrão semelhante a uma dança e se baseia em algumas das mesmas regras. Os
parceiros não precisam se segurar com muita força, porque se movem confiantemente segundo o mesmo padrão, intricado
porém alegre, rápido e livre... tocar pesadamente significaria prender o padrão e paralisar o movimento, impe dir a
infinita beleza de desabrochar. (...) eles sabem que são parceiros movendo-se ao mesmo ritmo, criando juntos um padrão
e sendo invisivelmente alimentados por ele.
ANNE MORROW LINDBERGH, Gift from the Sea)
Os problemas que as crianças estão vivenciando hoje são resultado de uma profunda mudança na maneira de criar os
filhos. Nas seis últimas décadas, a urbanização da nossa sociedade alterou completamente o princípio de como as crianças
aprendem a se tornarem adultas. Até a década de trinta, as crianças eram predominantemente criadas em famílias com uma
gama de adultos em vários estágios da vida - tios, primos, pai, mãe e avós - que passavam três ou quatro horas juntos. Cerca de
70 por cento das crianças eram criadas no campo. Elas trabalhavam junto com os pais e participavam dos assuntos cotidianos da
vida. Nos dias de hoje, a interação entre filho e pais reduziu-se a poucos minutos, durante os quais normalmente são designadas
tarefas ou tem lugar um diálogo negativo e acusador ("Onde você esteve?" "Por que você não faz seu dever de casa?" "Guarde
suas roupas no armário"). Em muitos casos, a criança não sente um amor ou aceitação incondicional, e, na melhor das
hipóteses, precisa disputar a atenção de seus irritados pais.
No, livro Raising Self-Reliant Children in a Self-Indulgent World, os autores H. Stephen Glenn e Jane Nelsen ajudam a
identificar as raízes do nosso atual dilema: "As pesquisas estão confirmando que o diálogo e a colaboração formam os alicerces
do desenvolvimento moral e ético, do pensamento crítico, da maturidade perspicaz e da eficácia no ensino. Inversamente, a
falta de diálogo e colaboração entre os mais e os menos amadurecidos ameaça os vínculos de intimidade, confiança, dignidade
e respeito que sustentam nossa sociedade."
Estas idéias, repercussões da Sétima Visão, reiteram a importância do fato de as crianças aprenderem com os adultos, e
de que devemos estar dispostos a dar a elas uma atenção individual.
OValor Pessoal. Não apenas as crianças são com freqüência deixadas entregues a si mesmas enquanto os pais trabalham,
como sua auto-estima também sofre de uma falta de atividade significativa. Antigamente, meninos e meninas tinham funções
que representavam importantes contribuições para o sustento global da família. A jardinagem, cuidar de animais, cozinhar,
lavar e pendurar roupas, tomar conta dos irmãos e cortar feno eram atividades que tinham conseqüências se deixassem de ser
feitas. Sua execução gerava automaticamente uma sensação de competência e ensinava o valor de executar as tarefas até o fim.
As crianças de hoje são geralmente criadas de uma forma passiva com pouca ou nenhuma oportunidade de descobrir sua
identidade e reconhecer seus talentos antes de serem lançadas numa sociedade cada vez mais especializada e técnica. Através
da televisão, dos filmes e dos vídeo games elas participam da vida apenas como espectadores ou consumidores de divertimento.
Suas idéias a respeito da resolução de problemas e de como enfrentar a vida são aprendidas com heróis exagerados que
mergulham nas experiências com arrogância, violência e magia.
No passado, com a família prolongada, as crianças tinham mais oportunidades de aprender a respeito do sexo oposto e
integrar os dois aspectos da sua natureza. Sem essas opções, as crianças afastam-se das ligações adultas inadequadas e voltam-
se para seus companheiros, junto de quem se sentem importantes e energizadas. Não obstante, elas não podem aprender como
ser um adulto com quem não sabe mais do que elas.
Em muitos casos temos a impressão de que as causas da delinqüência, violência e deterioração intelectual estão
misteriosamente fora do nosso controle. Mas se estivermos dispostos a oferecer nosso tempo e energia para acalentar
adequadamente as crianças, para apoiar sua evolução em direção à totalidade, a Oitava Visão prevê que reduziremos enorme-
mente o processo destrutivo da nossa sociedade atual. Precisamos compartilhar com nossos filhos nosso processo espiritual -
ensinar-lhes a maneira como compreendemos o mundo. Afinal de contas, precisamos deixar que sigam seu caminho. Às vezes,
pode parecer que eles estão se excedendo. Não obstante, se tivermos feito nosso trabalho de ajudá-los a acreditar em si mesmos
e em sua capacidade de viver a vida de acordo com seus próprios valores, precisamos acreditar que eles vão encontrar o
equilíbrio.
O Manuscrito nos lembra que estamos trazendo ao mundo urna nova geração espiritual e que precisamos aumentar nossa
consciência dos aspectos espirituais da paternidade e da maternidade. É importante lembrar que cada criança traz consigo as
questões individuais com as quais irá trabalhar durante a vida. Elas não nascem para serem simplesmente moldadas pelas
influências dos pais.
O Manuscrito nos ensina que a nova maneira de criar os filhos envolve acrescentar as dimensões que não tínhamos
quando estávamos crescendo. À medida que aprendemos a trabalhar com a energia e aceitar o fluxo de coincidências e
mensagens, nossos filhos serão capazes de apreender esses insights ainda mais rapidamente porque serviremos de exemplo para
eles. Certa mãe no final da casa dos quarenta anos disse: "Venho estudando metafísica desde a década de sessenta e sempre
conversei com meus filhos sobre idéias diferentes - particularmente a respeito do pensamento positivo e da sincronicidade. Era
comum fazermos urna lista do tipo exato de casa que gostaríamos de ter sempre que precisávamos nos mudar. Meu filho de
vinte e poucos anos me telefonou outro dia exultante a respeito de um novo apartamento que encontrara. Apreciei seu
entusiasmo e perguntei como ele achara o apartamento, e ele respondeu, corno se fosse a coisa mais óbvia do mundo: 'Bem,
mamãe, eu simplesmente fiz minha lista, e consegui tudo - até urna portinhola para os gatos encaixada na porta da rua.' "
Segundo os educadores Glenn e Nelsen, existem sete fatores significativos que são fundamentais para que as crianças
tenham sucesso e sejam produtivas e capazes.12 Estes atributos são as habilidades e percepções de uma criança:
Não precisamos esperar o amanhecer de um dia especial em que todos estaremos praticando esse novo comportamento com as
crianças. Oferecemos as seguintes sugestões para os pais, mas estas idéias podem ser usadas por qualquer pessoa. Mesmo que
você não tenha filhos, você terá, sem dúvida, amigos que têm filhos com os quais você pode se envolver.
٠ Esteja presente para elas. Planeje ter apenas o número de filhos a quem você possa dar uma atenção individual
constante e de qualidade. Lembre-se de que seu objetivo é dar a eles energia suficiente para que façam sozinhos, como adultos,
a transição para a totalidade.
٠ Trate essas pequenas pessoas como seres espirituais com um destino a realizar. Você pode dar a elas uma ajuda inicial
na vida, mas não pode controlar o destino delas.
٠ Respeite-as. Fale com elas como seres humanos possuidores de um eu superior. "Oi, Molly. Parece que você está se
divertindo hoje. Tudo bem com você?"
٠ Reconheça que as crianças têm direitos: saber a verdade, ser protegida, aprender a ser um adulto.
٠ Insista em ensinar a elas os comportamentos que beneficiam a saúde e a segurança delas. "Sempre devemos usar o
cinto de segurança."
٠ Estabeleça limites claros enquanto elas estão sob seus cuidados e supervisão. "Se algo inesperado acontecer, telefone
imediatamente para mim, não importa o que seja."
٠ Seja claro a respeito da sua opinião sobre determinados assuntos. Por exemplo: "Acho que é importante lembrar que as
outras pessoas têm o direito de viver a vida delas de uma maneira diferente da nossa."
٠ Seja receptivo às necessidades individuais delas, sabendo que elas nasceram com questões individuais para serem
trabalhadas. Embora a proteção e o carinho dos pais sejam a influência mais significativa sobre a criança, certamente não é a
única. Certa mãe nos contou: "As professoras do jardim-de-infância do colégio onde meu filho de quatro anos estuda acham
que ele talvez precise de uma educação especial porque não está se relacionando com as outras crianças nem se comunicando
com facilidade. Acho que ele é até mais retraído e tímido do que eu era na idade dele. Meus pais estavam sempre me forçando a
sorrir mais e a ser mais extrovertida. Eles faziam eu me sentir que eu ser eu não era adequado. Não quero repetir aquele ciclo."
٠ Compartilhe seu processo espiritual até onde for apropriado para a idade delas. "Mamãe precisa agora de quinze
minutos de silêncio. Preciso me sentar de olhos fechados e ter pensamentos tranqüilos."
٠ Forneça a elas explicações condizentes com o nível de maturidade delas sobre as escolhas que você estiver fazendo no
momento. Por exemplo: "Vamos nos mudar para uma outra cidade. Vamos procurá-la no mapa e conversar a respeito do que
podemos encontrar lá."
٠ Esteja aberto a permitir que elas modifiquem sua idéia da realidade - esteja disposto a aprender com elas.
٠ Discuta os assuntos ou problemas familiares. Guardar os problemas para si mesmo nega ao seu filho a verdade do que
está acontecendo e qualquer sabedoria que você seja capaz de partilhar sobre o assunto. O tom deste tipo de discussão deve
evitar quaisquer elementos de Coitadinho de Mim e ser apropriado à faixa etária da criança. Por exemplo: "Eu sei que você vem
nos pedindo sapatos novos. Ainda não os compramos porque estamos gastando todo nosso dinheiro com a casa. Vamos sentar
juntos e ver como podemos economizar dinheiro para comprar os sapatos e quanto tempo isso vai levar. Que tipo de sapato
você tem em mente?" Traga as crianças para o problema e dê a elas a oportunidade de participar da solução.
٠ Dê às crianças papéis e tarefas significativos no âmbito dos afazeres domésticos. Não faça tudo para elas. Estudos
demonstraram que as crianças que têm a experiência de serem capazes de dominar tarefas importantes têm uma saúde melhor e
desenvolvimento mais acelerado.
٠ Não vá rápido demais em socorro delas. É óbvio que não estamos nos referindo aqui a situações de vida ou morte! Mas
de um modo geral, as crianças são bem mais capazes do que achamos que elas são. Dê-lhes a oportunidade de aprender com os
próprios erros, sem fazer com que elas se sintam tolas ou inúteis. Estimule-as a perguntar o que aconteceu na situação, o que
elas sentiram ou aprenderam a respeito dela, e o que fariam diferente da próxima vez. Abstenha-se de exaurir a energia delas e
fazer comentários críticos. Reconheça que a vida depende de corrermos alguns riscos e termos alguns fracassos. A experiência
é com freqüência um melhor professor do que as explicações autoritárias dos pais.
٠ Lembre-se de que as pessoas só avançam em direção a novos níveis num ambiente onde encontram apoio.
Ridicularizar, humilhar e aplicar castigos físicos não são técnicas educativas aceitáveis.
٠ Seja receptivo ao ponto de vista da criança. Seja um bom ouvinte e não pressuponha que você já sabe do que ela está
falando.
٠ Encoraje seu filho a ter um senso de humor que não se baseie em ridicularizar os outros.
٠ Elogie e estimule com freqüência. "Você é realmente uma pessoa responsável. É ótimo ver você se levantar de manhã,
chegar ao colégio na hora e ainda ser capaz de preparar seu lanche."
٠ Não se esqueça de que seus filhos serão importantes reflexos das suas questões, e esteja disposto a reparar como o
comportamento deles pode estar lhe mostrando algo que você precisa saber a respeito de si mesmo.
٠ As coisas mais importantes que você pode fazer para apoiar seus filhos e a si mesmo é escutar o que eles dizem, levá-
los a sério e reconhecer o valor pessoal deles.
Tradicionalmente, os seres humanos têm sido seres tribais, formando comunidades para sobreviver. O Manuscrito prevê que
evoluiremos mais rapidamente se nos ligarmos a pessoas que pensam como nós, que estejam "evoluindo ao longo da mesma
linha de interesse".13 No decorrer das últimas décadas, a família nuclear vem se desintegrando, provocando, em muitos casos,
um isolamento e fragmentação debilitantes. Para substituir a recente tendência voltada para a família formada apenas pelos
filhos e pelo pai ou pela mãe, as pessoas terão que desenvolver novas abordagens como grupos de apoio aos pais e sistemas de
vizinhança que favoreçam o contato e o diálogo entre as pessoas.
Você se sente ligado aos seus vizinhos? A outros pais? O que poderia fazer para aumentar o apoio externo a você e aos seus
filhos? Se você não tem filhos, como se relaciona com as crianças da sua vizinhança ou da sua família?
Diariamente nos Estados Unidos: 270.000 armas são levadas para o colégio pelos alunos; 1.200.000 crianças que têm a
chave de casa porque os pais trabalham fora o dia inteiro voltam depois do colégio para lares nos quais existe urna arma.
Dados do Children’s Defense Fund e American Psychological Association.