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Cart Ilha Do Enc As Graves
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U:\Tributário\4 - Projetos, Apuração de créditos\Cartilha do Deficiente\CARTILHA DIREITOS DO DEFICIENTE E DO PORTADOR DE DOENÇAS GRAVES - GARRASTAZU
2012
2012
Introdução
Atenciosamente,
Introdução, 1;
Sobre a Garrastazu Advogados, 4;
1. Conceitos preliminares, 5;
2. Isenção do Imposto de Renda a contribuintes portadores de moléstias graves, 7;
Alternativas Judiciais, 11;
3. Dedutibilidade das despesas de instrução do deficiente físico ou mental, 24;
4. Isenção Especial para aquisição de veículo por deficiente e pessoas com limitações
físicas, 26;
Alternativas Judiciais, 38;
5. Isenção Especial de IPVA a deficientes físicos, 42;
Alternativas Judiciais, 44;
6. Isenção especial de IPTU a deficientes, 48;
7. Imunidade de Contribuição Previdenciária a portadores de doença incapacitante, 49;
Alternativas Judiciais, 51;
Embora seja possível a existência de decisões judiciais conflitantes com estes preceitos,
este é o entendimento dominante.
Naturalmente, a lei e, especialmente, a Administração Pública não estão livres para dispor
dos direitos do contribuinte. O Judiciário tem atuado de diversas formas para corrigir desvios
– o exemplo mais singelo é a exigência de laudo médico oficial para a concessão de isenção
ao portador de câncer, que o Judiciário quotidianamente afasta sob o argumento de que a
condição médica do paciente pode ser demonstrada de outras formas.
(STJ, AgRg no Ag 1194807/MG, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em
17/06/2010, DJe 01/07/2010)
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Jurisprudência. “O conjunto de acórdãos [decisões] de um tribunal forma a sua jurisprudência, que se diz
mansa e pacífica quando se verifica repetida e uniforme para os mesmos casos e iguais relações, submetidos a
seu veredicto.” De Plácido e Silva. Vocabulário Jurídico. Atualizadores Nagib Slaibi Filho e Gláucia Carvalho. 28.
ed. Rio de Janeiro: Forense; GEN, 2010, p. 807.
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jurídica ideal busca o reconhecimento da vantagem legal pretendida na via administrativa
(sem ação judicial) sempre que possível. Contudo, se a Administração comete alguma
arbitrariedade, o Judiciário é uma alternativa, caso a vantagem pretendida pelo contribuinte
justifique o desgaste de uma ação judicial.
O Tributo
Beneficiários da isenção:
Portanto, são condições para o gozo da isenção (i) ser o rendimento derivado de
aposentadoria ou pensão e (ii) ser a pessoa física portadora de alguma das doenças
relacionadas acima.
Procedimento
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Questão que pode ser objeto de questionamento judicial. Ver item “c)” das Alternativas judiciais.
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Aconselhamos que seja procurado o serviço médico oficial da própria fonte pagadora
para a elaboração do laudo oficial, pois desta forma as retenções do imposto de renda na
fonte cessarão com mais rapidez. Se não for possível proceder ao exame junto à fonte
pagadora, o laudo oficial deverá ser apresentado à fonte pagadora que verificará se estão
presentes as condições para a concessão da isenção e deixará de realizar as retenções.
A isenção do Imposto de Renda Pessoa Física não exclui, por si só, a obrigatoriedade
de o contribuinte apresentar a Declaração de ajuste anual.
Para buscar a restituição de tributo pago após a doença, sem a necessidade de ação
judicial, é preciso que o laudo médico oficial aponte a data em que a doença foi contraída.
Caso 1: O laudo pericial aponta que a doença grave foi contraída em mês do exercício
corrente (no ano corrente). O contribuinte poderá solicitar a restituição na Declaração de
Ajuste Anual apresentada no ano seguinte, bastando declarar os rendimentos como isentos à
partir do mês de concessão do benefício. Por exemplo: em novembro a fonte pagadora
reconhece o direito a partir de fevereiro – neste caso o contribuinte apenas declarará em
abril do ano seguinte o rendimento auferido a partir de fevereiro como isento ou não
tributável.
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Caso 2: O laudo pericial aponta que a doença grave foi contraída em mês de exercício
anterior (em ano anterior).
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Constituição Federal de 1988, Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável
por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
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AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA.
MOLÉSTIA GRAVE. LAUDO PERICIAL OFICIAL. PRESCINDIBILIDADE. PRECEDENTES.
- Conforme jurisprudência assente no STJ, o laudo pericial oficial pode ser
dispensado quando, pelas demais provas dos autos, ficar suficientemente
demonstrada a moléstia grave, ensejadora da isenção do imposto de renda.
Agravo regimental improvido.
(STJ, AgRg no REsp 1252825/MG, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA, SEGUNDA TURMA,
julgado em 15/09/2011, DJe 30/09/2011)
(STJ, AgRg no REsp 1160742/PE, Rel. Ministro HAMILTON CARVALHIDO, PRIMEIRA TURMA,
julgado em 13/04/2010, DJe 29/04/2010)
(STJ, REsp 907.158/PE, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em
26/08/2008, DJe 18/09/2008)
A Administração Fazendária muitas vezes exige que o laudo oficial contenha o prazo
de validade para os casos de moléstias passíveis de controle. Geralmente, é atribuída
validade de cinco anos ao laudo que diagnostica o câncer. Caso a doença não manifeste
sintomas ao final do prazo de validade é possível que o benefício fiscal seja suprimido pela
Administração. Isso é uma arbitrariedade.
Segundo a interpretação dos Tribunais, uma vez reconhecida a neoplasia maligna (por
qualquer meio convincente de prova), não se exige a demonstração da contemporaneidade
dos sintomas, nem a indicação de validade do laudo pericial, ou a comprovação de recidiva
do câncer para que o contribuinte faça jus à isenção.
(STJ, REsp 1235131/RS, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em
22/03/2011, DJe 25/03/2011)
(STJ, RMS 32.061/RS, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em
10/08/2010, DJe 20/08/2010)
(STJ, REsp 1196500/MT, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
02/12/2010, DJe 04/02/2011)
(TRF 2ª R.; AC 0507300-79.2003.4.02.5101; Terceira Turma Especializada; Rel. Juiz Fed. Conv.
Theophilo Miguel; DEJF 05/09/2011)
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Conselho de Contribuintes é a antiga denominação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. É órgão
não integrante do Poder Judiciário com competência para decidir processos administrativos da Administração
Fiscal Federal.
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1. A hipótese é de Remessa Oficial e Apelações interpostas contra sentença que
declarou o direito do autor à isenção do imposto de renda incidente sobre os seus
proventos, nos termos do art. 6º, XIV, da Lei nº 7.713/88, condenando a União a
restituir todos os valores pagos indevidamente, observada a prescrição decenal.
[...] 5. Diante da comprovação de que o autor é portador de cardiopatia grave e
alienação mental, é de se conceder o benefício da isenção tributária e de se
devolver os valores indevidamente recebidos.
6. O autor é interditado por sentença judicial desde agosto de 1991 e, no processo
de interdição, foi submetido a perícia médica judicial nos termos do artigo 1.183
do CPC, a qual substitui o laudo pericial a ser emitido por serviço médico oficial.
7. O demandante trouxe aos autos declarações médicas que atestam a
permanência das moléstias que lhe assegurariam a isenção pretendida. A
cardiopatia grave foi ainda atestada por outros documentos apresentados nos
autos.
[...] 9. Remessa oficial e apelação improvidas.
(TRF 5ª R.; APELREEX 14488; Proc. 0008050-19.2010.4.05.8300; PE; Segunda Turma; Rel. Des.
Fed. Barros Dias; DJETRF5 03/03/2011)
(TJGO; DGJ 249713-34.2007.8.09.0051; Goiânia; Rel. Des. Leobino Valente Chaves; DJGO
07/07/2011)
Decretada a interdição de determinado pensionista, ainda que não exista laudo oficial
atestando a alienação mental, é alternativa o ajuizamento de ação visando o
reconhecimento – conforme o tópico “f)”, anterior. Nestes casos é muito comum que exista
longo período de tempo em que houve recolhimentos indevidos, caso em que é importante
(TRF 2ª R.; Rec. 2007.51.03.001345-1; RJ; Quarta Turma Especializada; Rel. Des. Fed. Luiz
Antonio Soares; DEJF2 01/03/2011)
(TRF 2ª R.; Ap-RN 2006.51.01.0031777; Quarta Turma Especializada; Rel. Des. Fed. Alberto
Nogueira; Julg. 10/02/2009; DJU 04/05/2009; Pág. 82)
(TRF 4ª R.; AC 2004.71.00.027349-0; RS; Segunda Turma; Rel. Des. Fed. Otávio Roberto
Pamplona; Julg. 20/11/2007; DEJF 12/12/2007; Pág. 59)
Quando laudo pericial oficial apontar que a doença grave foi contraída em mês de
exercício anterior ao corrente (em ano anterior) e no respectivo ano-calendário houve saldo
de imposto a pagar, é preciso requerer administrativamente a restituição. Neste caso,
alertamos que há posicionamento assentado no Judiciário de que a Fazenda tem até 360 dias
para a sua conclusão – se superado este prazo é possível o ajuizamento de ação visando
apressar a decisão administrativa.
(REsp 1138206/RS, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/08/2010, DJe
01/09/2010)
Pode ser declarado como deficiente dependente, para efeito do imposto sobre a
renda, filho ou enteado, em qualquer idade, quando incapacitado física ou mentalmente
para o trabalho; irmão, neto ou bisneto, sem arrimo dos pais, de quem o declarante detenha
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a guarda judicial, em qualquer idade, quando incapacitado física ou mentalmente para o
trabalho; ou pessoa absolutamente incapaz, da qual o contribuinte seja tutor ou curador.
Caso em anos anteriores não tenham sido declaradas despesas de instrução como
despesas médicas e não tenha sido aproveitado o benefício fiscal, é possível realizar a
restituição do imposto recolhido a maior – desde que exista (i) laudo médico atestando o
estado de deficiência e (ii) comprovação de que a despesa foi efetuada em entidade
destinada a deficientes físicos ou mentais. Esta restituição, em princípio pode ocorrer
administrativamente, mediante a apresentação de Declarações Retificadoras. Caso a Fazenda
não defira o pedido, a perspectiva de êxito judicial é muito favorável.
O benefício fiscal de IPI que trata este tópico é destinado a pessoas portadoras de
deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas. Portadores de câncer
podem ser beneficiados em determinados casos. A legislação federal considera pessoa
portadora de deficiência física também o contribuinte que apresenta alteração completa ou
parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da
função física. São relacionadas as seguintes moléstias:
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• Paraplegia • Triparesia
• Paraparesia • Hemiplegia
• Monoplegia • Hemiparesia
• Monoparesia • Amputação ou ausência de membro
• Tetraplegia • Paralisia cerebral
• Tetraparesia • Membros com deformidade congênita ou
• Triplegia adquirida
A isenção de ICMS somente se aplica a veículo automotor novo cujo preço de venda
ao consumidor sugerido pelo fabricante, incluídos os tributos incidentes, não seja superior a
R$ 70.000,00 (setenta mil reais). A isenção não é concedida se o adquirente tiver débitos
para com a Fazenda Pública Estadual.
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Deficiência mental
Dispõe a legislação tributária, para fins de isenção de que trata este tópico, que a
condição de pessoa com deficiência mental severa ou profunda, ou autismo deve ser
atestada em conjunto por médico e psicólogo, seguindo os seguintes critérios diagnósticos.
Considera-se pessoa portadora de deficiência mental a que apresentar funcionamento
intelectual significativamente inferior à média, com manifestação anterior aos dezoito anos e
limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:
• comunicação; • saúde e segurança;
• cuidado pessoal; • habilidades acadêmicas;
• habilidades sociais; • lazer;
• utilização da comunidade; • trabalho.
(Agravo Nº 70045078474, Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Denise Oliveira Cezar, Julgado em 27/10/2011)
Portadores de câncer
Portadores de câncer podem fazer jus aos benefícios fiscais, dependendo das
dificuldades físicas que o tratamento da doença provocar. Mulheres que sofreram
mastectomia total ou parcial, em princípio, podem pleitear o benefício. Isso porque a
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extração de glândulas dificulta a direção, bem como limita a possibilidade de realizar
esforços ao dirigir. O procedimento cirúrgico, em regra, deixa seqüelas decorrentes da
extração de gânglios da região axilar, responsáveis pela drenagem linfática do membro
superior – ainda que de apenas um dos braços.
(Apelação Cível Nº 70043047497, Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Almir Porto da Rocha Filho, Julgado em 10/08/2011)
Diabetes/AIDS
Procedimento
Sugerimos ao contribuinte que pretende fazer jus às isenções de IPI, IOF e ICMS na
aquisição de veículos, no Rio Grande do Sul, o seguinte procedimento (passos são explicados
a seguir): (i) submeter-se a exame médico através das entidades associadas ao DETRAN, (ii)
proceder o requerimento administrativo federal, visando a isenção de IPI e IOF e, após o
deferimento, requerer administrativamente a isenção de ICMS à Fazenda Estadual. (iii) Após
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ambos os deferimentos, encaminhar a documentação à concessionária e adquirir o veículo.
(iv) Então, após a aquisição do automóvel, apresentar a documentação que formaliza a
compra do veículo junto à Receita Federal e à Fazenda Estadual.
No Rio Grande do Sul, o DETRAN realiza exames médicos e emite o respectivo laudo a
ser protocolizado conjuntamente a requerimento na Receita Federal.
Para fins de IPI, deferido o pedido administrativo junto à Receita Federal, são
entregues duas primeiras vias do despacho ao contribuinte, que deverá entregá-las ao
distribuidor do veículo (concessionária de veículos). A primeira via deve ser remetida pelo
distribuidor autorizado ao estabelecimento industrial ou equiparado a industrial que
industrializou o veículo e a segunda via permanecerá em poder do distribuidor do veículo
(concessionária).
Para fins de IOF, são isentas do tributo as operações financeiras para aquisição de
automóveis de passageiros de fabricação nacional de até 127 HP de potência bruta para
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pessoas portadoras de deficiência física, atestada pelo DETRAN onde residirem em caráter
permanente, cujo laudo de perícia médica especifique o tipo de defeito físico e a total
incapacidade do requerente para dirigir automóveis convencionais e a habilitação do
requerente para dirigir veículo com adaptações especiais, descritas no referido laudo
Deferido o pedido, os originais das duas primeiras vias serão entregues pelo
interessado ao distribuidor autorizado (concessionária de veículos), com a seguinte
destinação:
A aquisição do veículo com o benefício fiscal, realizada por pessoa que não preencha
as condições exigidas, bem como a utilização do veículo por pessoa que não seja a
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beneficiária da isenção, salvo o condutor autorizado, sujeitará o adquirente ao pagamento
do tributo dispensado, acrescido de juros e multa de mora, sem prejuízo das sanções penais
cabíveis.
Para fins de ICMS, no Rio Grande do Sul, deverá ser apresentado requerimento na
repartição fiscal do domicílio do interessado. O requerimento deve ser acompanhado dos
seguintes documentos:
Informações complementares
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Constituição Federal de 1988, Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável
por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
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impõe-se a concessão da isenção de IPI para aquisição de automóvel, conforme
previsto na Lei 8.989/95.
2. No caso, a deficiência da autora amolda-se à figura de alteração parcial de um
segmento do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física,
conforme exige o parágrafo 1º do artigo 1º da Lei 8.989/95.
(TRF4, APELREEX 2008.72.05.002230-6, Primeira Turma, Relator Joel Ilan Paciornik, D.E.
12/01/2011)
(Apelação Cível Nº 70043047497, Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Almir Porto da Rocha Filho, Julgado em 10/08/2011)
Ainda quando a única modificação do veículo seja item de série, é aplicável a isenção.
(Apelação Cível Nº 70043047497, Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Almir Porto da Rocha Filho, Julgado em 10/08/2011)
c) Obtenção da isenção especial por meio de laudo não emitido por junta oficial.
O tributo
Procedimento
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Constituição Federal de 1988, Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável
por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
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Contudo, a jurisprudência7 afirma ter o deficiente o direito à isenção também quando
o veículo é conduzido por terceiro – em razão da impossibilidade de o deficiente guiar o
automóvel.
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Jurisprudência. “O conjunto de acórdãos [decisões] de um tribunal forma a sua jurisprudência, que se diz
mansa e pacífica quando se verifica repetida e uniforme para os mesmos casos e iguais relações, submetidos a
seu veredicto.” De Plácido e Silva. Vocabulário Jurídico. Atualizadores Nagib Slaibi Filho e Gláucia Carvalho. 28.
ed. Rio de Janeiro: Forense; GEN, 2010, p. 807.
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de vida dos portadores de deficiência, buscando meios que atenuem as
dificuldades por eles encontradas, como, no caso, facilitando a locomoção dessas
pessoas para melhor integrá-las ao convívio social. Assim, não se sustenta a
limitação imposta pela legislação antes referida, a uma porque vai de encontro ao
espírito da lei e a duas porque fere os princípios da igualdade e da dignidade da
pessoa humana, na medida em que, criando distinção entre os portadores de
deficiência com a concessão de benefício apenas àqueles que são portadores de
deficiência física ou paraplegia gera desigualdade e indiferença para com outras
pessoas que possuem mais limitações ainda, dependendo completamente de
terceiros para poderem se locomover e se inserir na vida em sociedade. Assim,
em respeito à razão pela qual a lei foi criada, deve o benefício fiscal ser estendido
ao autor, portador de deficiência visual que, por não ter capacidade de conduzir
seu automóvel, necessita que terceira pessoa o faça, porém, em seu proveito
próprio, homenageando os princípios da igualdade e da dignidade da pessoa
humana. Sentença de procedência da ação que vai mantida. [...]
APELAÇÃO DESPROVIDA. SENTENÇA EXPLICITADA.
Porto Alegre, por exemplo, isenta desde 1987 deficientes físicos e mentais, em
determinados casos. Xangri-lá isenta de IPTU o prédio de ocupação residencial, ocupado pelo
proprietário, incapaz fisicamente e maior de 65 anos. O município de Caxias do Sul não
confere benefício fiscal de IPTU a incapazes.
Dispõe a Lei Complementar nº 7/73, que são isentos do pagamento do Imposto Sobre
a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), dentre outras hipóteses, (i) pessoas
portadoras do “mal de Hansen”, uma vez comprovada a moléstia por atestado médico
sanitarista oficial, (ii) aposentados por motivo de doença contraída em local de trabalho e
incapacitados para o exercício de qualquer outra atividade, reconhecidamente pobres, e (iii)
deficientes físico, deficiente mental, ou seus responsáveis legais, reconhecidamente pobre.
Em qualquer destes casos, o valor venal do imóvel não pode superar 5.463 UFM´s, o
que corresponde em 2012 a R$ 15.175,12. Para fins de fixação deste valor, é razoável eleger
como referência o valor venal atribuído ao imóvel junto ao cadastro da prefeitura. A isenção
objeto deste tópico cessa no caso de falecimento do beneficiário.
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7. IMUNIDADE DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA A PORTADORES DE DOENÇA
INCAPACITANTE
O Tributo
Diz-se haver imunidade, não isenção, uma vez que a disposição que resulta na
desoneração é constitucional. Ou seja, enquanto as isenções são dispostas em lei e podem
ser revogadas pelo legislador, as imunidades são dispostas na Constituição Federal e
somente podem ser suprimidas mediante emenda constitucional.
Isto é, enquanto os aposentados e pensionistas tem imunidade até uma vez o teto de
benefícios do RGPS (R$ 3.912,20 em 2012) – o aposentado e pensionista portador de doença
incapacitante tem imunidade equivalente a duas vezes o teto de benefícios do RGPS (R$
7.824,40 em 2012). Assim, em relação ao portador de doença incapacitante a alíquota
Requisitos
A legislação não fixa quais os requisitos para o gozo da isenção, sendo possível que a
Administração Fazendária deixe de conceder a desoneração ante a ausência normativa. É
necessário consultar a fonte pagadora.
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Constituição Federal de 1988, Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável
por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
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Em síntese, há grande expectativa de êxito na busca da imunidade através de ação
judicial.
(RMS 27.064/RS, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado
em 23/04/2009, DJe 11/05/2009)