1) O documento discute como a história da América Latina foi ensinada, enfatizando a dominação cultural europeia e a inferiorização das culturas indígenas e africanas.
2) Eduardo Galeano descreve a história da região como exploração violenta dos latino-americanos aos interesses europeus, resultando na destruição de raízes culturais.
3) Os manuais escolares apresentam a aculturação desses povos de forma derrotista e inevitável, tratando a conquista como um ato de misericórd
1) O documento discute como a história da América Latina foi ensinada, enfatizando a dominação cultural europeia e a inferiorização das culturas indígenas e africanas.
2) Eduardo Galeano descreve a história da região como exploração violenta dos latino-americanos aos interesses europeus, resultando na destruição de raízes culturais.
3) Os manuais escolares apresentam a aculturação desses povos de forma derrotista e inevitável, tratando a conquista como um ato de misericórd
1) O documento discute como a história da América Latina foi ensinada, enfatizando a dominação cultural europeia e a inferiorização das culturas indígenas e africanas.
2) Eduardo Galeano descreve a história da região como exploração violenta dos latino-americanos aos interesses europeus, resultando na destruição de raízes culturais.
3) Os manuais escolares apresentam a aculturação desses povos de forma derrotista e inevitável, tratando a conquista como um ato de misericórd
lascasiana, diz muito sobre a forma com que o ensino era
visto na época de Batolomé de Las Casas reflete a forma com que se ensina historia até os dias de hoje. A ideia de domínio e exclusão ou substituição das culturas a traves da dominação. Nos escritos de Las Casas, o questionamento da dominação cultural, era feito primordialmente ela sua forma e não pela dominação em si. Las Casas se dedicou a entender de que forma poderia vencer a relutância dos índios, através da compreensão dos mecanismos de sua resistência a catequização. Não lhes importava, no entanto, sua cultura ou os aspectos fundadores desta sociedade. O que importava era que as comunidades pudessem ser catequizadas e que servissem as propósitos da igreja, dispensando a violência e a aniquilação dos mesmos, substituindo tais métodos pelo seu domínio intelectual e espiritual. Como padre dominicano, vertente do catolicismo fundada na ideia de espalhar a palavra de Cristo e promover a conversão ao cristianismo, Las casas descrevia a dominação dos espanhóis de forma grotesca e desgostosa. Las casa queria servos da igreja e não escravos. Também descreve a vulnerabilidades dos indígenas ao domínio violento dos espanhóis como relacionado a ausência de educação religiosa católica. Eduardo Galeano, em se livro as veias abertas da américa latina, descreve a historia da região, como uma extensiva exploração violenta e subjulgo do latino americano aos interesses e cultura europeias, resultando em destruição de suas raízes culturais e substituição das mesmas por estruturas de origem europeia, sempre inferiorizados pela sua natureza de cópia e perpetuamente atrasados em relação ao colonizador. Essa ideia de apresenta como método em livros escolares, cuja premissa é apresentar o processo de aculturação desses povos em uma postura derrotista e inevitável. O trunfo sobre os povos “inferiores” aparece nos manuais de história quase como um ato de misericórdia, que traria algum tipo de redenção a esses povos. Os laços culturais e econômicos sobrevivem em estruturas hierárquicas ate os dias atuais, onde o subdesenvolvimento é uma marca muito distinta da forma com que se foi ensinado esse tipo de submissão de um povo, cuja passividade foi alicerçada através dos tempos pelas práticas imperialistas de dominação, argumento que foi muito bem elaborado no já citado ‘as veias abertas da américa latina’, de Eduardo Galeano. A ideia de vencedores e vencidos não só é algo naturalizado, como encoraja uma perspectiva onde a derrota dos negros e índios, representa a inferioridade da cultura destes e dá para o aprendizado de historia um caráter de reverencia para com o vitorioso conquistador, negando assim a história dos povos, nesse caso, latinos de enxergar a sua própria historia como digna de reconhecimento pelo que é e representa e não apenas como reconhecimento de derrota. No entanto, o pensamento foi e ainda é muito disseminado em quase todos os materiais analisados. Quando há valorização e reconhecimento destas culturas, ainda há nas entrelinhas a vontade de se parecer com os conquistadores, causando assim formação de uma idealização de inferioridade para as culturas de origem indígenas e africanas e olhando para os colonizadores com algum ar de reverencia que se abriga a dar os vencidos. A castração da capacidade de se desenvolver pelos seus próprios méritos é imbuída nessa mentalidade e se torna quase unanime, no que diz respeito aos povos colonizados, perpetuando desta forma esta tão falada passividade diante das forças subjugantes dessas culturas. A busca de uma identidade que não esteja submetida a colonização não é apenas uma forma diferente de revisitar a historia de formação das américas. É uma forma de devolver a sua capacidade de pensar a si mesmo sem as amarras das teorias derrotistas que selaram o destino de diversos povos, como inferiores. Anular a importância dos eventos históricos não faz parte do objetivo. Reavivar a perspectiva de si mesmo diante das mesmas conquistas trazendo uma identidade própria não associada a derrota. Conceitos como ancestralidade e raízes culturais tornam-se cada vez mais em voga em um mundo onde as discussões se tornam mais diversas, saindo das perspectivas unicamente tradicionalistas, como a lascasiana e outras. Anula-las também não faz parte do objetivo, mas desgarrar-se delas como única perspectiva comparativa. A partir das visões colonizadoras, de opressão dos povos da américa, junto daquelas que romantizam tanto os porquês de suas vitorias, com a superioridade europeia, do homem branco detentor da razão e da divindade necessária para purificar o novo mundo, ate a visão derrotista de “necessidade” de dominação, nascem perspectivas mais modernas sobre a formação dessa sociedade a partir dos grupos marginalizados, que não exclui o imperialismo da equação, mas o desenvolve como uma voz que foi calada, não extinta nem substituída. O mito dos vencedores e vencidos ainda dominante no pensamento e nos textos escolares. A cultura das américas so existe quando comparada a cultura europeia nos textos tradicionais, dando como mortas, vozes que apenas não tiveram as mesmas condições de serem ouvidas. A historia dos livros didáticos como uma reconstrução de determinadas perspectivas, precisa não ser deletada mas revista, como uma construção. A quebra dos paradigmas clássicos, pode ser encarada com temeridade, mas em um futuro próximo do estudo da historia e suas construções pode obter perspectivas diversas que a enriqueçam em vez de reduzi-las a visão de poucos privilegiados, onde os grupos de identifique e se encontrem naquilo que os une e se identifique e se enxergue naquilo que os difere.