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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA

YAGO DE BARROS ANDRADE

SUJEITO RACIAL

São Carlos
2024
YAGO DE BARROS ANDRADE

SUJEITO RACIAL

Trabalho de Dissertação da Disciplina de Estudo


Dirigidos de Filosofia 2, Departamento de
Filosofia, Universidade Federal de São Carlos.

Professora: Silene Torres Marques

São Carlos
2024
Sumário

Introdução...........................................................................................................................4

1. O devir negro do mundo.................................................................................................5

a. A raça no futuro..................................................................................................6

2. Sujeito racial...................................................................................................................6

a. Fabulação e clausura do espírito.........................................................................7

b. Recalibragem......................................................................................................8

c. O substantivo “negro” ........................................................................................9

3. O negro de branco e o branco de negro.........................................................................11

Bibliografia........................................................................................................................13
Introdução

O devir negro do mundo emerge como uma expressão poderosa que ilustra não apenas
uma mudança na centralidade geopolítica, mas também uma reconfiguração fundamental
nas dinâmicas de poder e identidade. A obra de Mbembe serve como um ponto de partida
crucial para explorar as interseções complexas entre raça, poder e resistência em um
mundo cada vez mais interconectado. Ao analisar a interseção entre os conceitos de
"negro" e "raça", Mbembe desafia as narrativas convencionais e desvela as camadas
profundas de significado e subjugação embutidas nessas ideias.

A compreensão histórica da construção da raça, desde os tempos do tráfico atlântico


até os complexos desdobramentos da globalização contemporânea, proporciona um
contexto essencial para investigar as formas pelas quais a identidade racial é moldada,
contestada e reimaginada ao longo do tempo.

A análise do sujeito racial nos convida a refletir sobre as estruturas de poder que
moldam e constroem as identidades individuais e coletivas. A fabulação e clausura do
espírito emergem como instrumentos poderosos na perpetuação das narrativas raciais,
destacando a necessidade premente de desafiar e desconstruir essas ideologias opressivas.

A dissertação navega pelas águas tumultuadas das relações raciais, explorando os


embates entre as construções sociais de "negro" e "branco" e as formas de resistência e
luta por justiça e igualdade. Ao examinar as complexidades e contradições dessas
dinâmicas, somos confrontados com a urgência de uma análise crítica e transformadora
das estruturas de poder que perpetuam a marginalização e a opressão.

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1. O devir negro do mundo

O devir negro do mundo é uma expressão que reflete a transformação profunda


no tecido social e econômico global, indicada pela descentralização da Europa do centro
de gravidade do mundo. Essa mudança não apenas redefine as relações de poder e
influência, mas também traz consigo uma experiência fundamental da nossa época,
caracterizada por um desmantelamento que, embora carregado de perigos, abre novas
possibilidades para o pensamento crítico.

Achille Mbembe, na obra “Crítica da Razão Negra”, analisada parcialmente por


esse trabalho, usa os termos “negro” e “raça”, tido pelo autor como sinônimos, são signos
fundamentais para entender o devir do mundo atual. Há muito tempo, essas duas ideias
têm sido tomadas por sinônimos, enraizados no imaginário das sociedades. O negro é
frequentemente associado àquilo que não compreendemos, à loucura codificada, uma
figura reduzida à aparência física e à cor da pele, despojada de sua humanidade e
subjugada a estereótipos e preconceitos. Já a história da raça é marcada por três momentos
cruciais.

Primeiramente, houve a espoliação organizada durante o tráfico atlântico,


quando indivíduos africanos foram transformados em mercadorias e despojados de sua
identidade e liberdade. Em seguida, o nascimento da escrita marcou uma fase de
resistência e reivindicação de identidade por parte dos negros, culminando em revoltas e
movimentos pela abolição da escravidão e descolonização. Por fim, o século XXI
testemunha a globalização dos mercados e a privatização do mundo, resultando na
emergência de um novo paradigma econômico e social.

Nesse último estágio, no qual a contemporaneidade se encontra, diversas


concepções sociais adquirem novos significados. A noção de trabalhadores tradicionais
cede lugar aos nômades do trabalho, indivíduos moldáveis e adaptáveis a um mercado
cada vez mais globalizado e competitivo. Surge o sujeito "empreendedor de si mesmo",
cujo valor é medido pela capacidade de se adaptar e se reinventar constantemente, numa
busca incessante por otimização e lucro.

Retomada a ideia da “racialização”, conceito indispensável na construção


argumentativa de Mbembe, a possibilidade de transformar seres humanos em meras
coisas animadas, números e códigos, é uma das facetas desse devir negro do mundo. Essa
condição, caracterizada pela fungibilidade e dissolubilidade do indivíduo, representa uma

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mudança radical na forma como nos relacionamos com o mundo e uns com os outros,
uma nova ordem global que desafia conceitos arraigados de identidade e pertencimento.

Assim, o devir negro do mundo não é apenas uma descrição da realidade


contemporânea, mas uma provocação para repensarmos nossas estruturas sociais,
econômicas e culturais, e para buscarmos novas formas de compreender e transformar o
mundo em que vivemos.

a. A raça no futuro

Na ordem da modernidade, o negro é representado como aquele cuja carne foi


transformada em coisa e o espírito em mercadoria — a cripta viva do capital. No entanto,
há uma dualidade intrínseca nessa representação, pois o negro também se tornou símbolo
de um desejo consciente de vida, uma força pujante e plástica, engajada no ato de criação
e na experiência de viver em múltiplos tempos e histórias simultaneamente, isto é, como
signo radiante da possibilidade de redenção do mundo e da vida num dia de transfiguração

Atualmente, observa-se um fenômeno peculiar: o "racismo sem raças". Este tipo


de racismo busca praticar a discriminação enquanto nega sua base biológica, recorrendo
à mobilização de conceitos como "cultura" e "religião" para substituir a ideia de
"biologia". Nesse contexto, a discriminação assume formas mais sutis e difíceis de serem
confrontadas, uma vez que se dissocia de sua origem racial explícita e se camufla sob
outras categorias.

Essa dinâmica desafia os paradigmas tradicionais de compreensão do racismo e


da raça, exigindo uma abordagem mais ampla e sensível às complexidades do fenômeno.
À medida que avança-se para o futuro, é crucial questionar e desafiar essas formas de
discriminação, reconhecendo a importância de uma abordagem holística que leve em
consideração não apenas as diferenças biológicas, mas também as dimensões culturais,
sociais e históricas que moldam as experiências individuais e coletivas.

2. O sujeito racial

A reflexão sobre o sujeito racial é conduzida pelo autor a uma análise profunda da
razão negra, um termo ambíguo e polêmico que engloba diversas significações. “Esse
termo ambíguo e polêmico designa várias coisas ao mesmo tempo: figuras do saber; um

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modelo de exploração e depredação; um paradigma da sujeição e das modalidades de sua
superação, e, por fim, um complexo psico-onírico.”1

A construção do outro racial é um processo complexo, no qual o indivíduo é


constituído não como semelhante a si mesmo, mas como um objeto ameaçador, do qual
é preciso se proteger, desfazer ou, em última instância, destruir, na impossibilidade de
assegurar seu controle total. Frantz Fanon oferece uma perspectiva adicional, ao afirmar
que a raça também engloba o ressentimento amargo e o desejo de vingança. É o nome
dado à raiva daqueles que, condenados à sujeição, são obrigados a suportar injúrias,
estupros, humilhações e feridas incontáveis. A raça, nesse sentido, não é apenas uma
categoria social ou biológica, mas uma força que molda as experiências individuais e
coletivas, permeando as relações de poder e dominação.

a. Fabulação e clausura do espírito

A fabulação e clausura do espírito têm sido instrumentos poderosos na construção


das narrativas raciais ao longo da história da humanidade. Primeiramente, é crucial
compreender que a raça não possui fundamentos naturais, físicos, antropológicos ou
genéticos. Ela é, na verdade, uma ficção útil, uma construção fantasiosa ou uma projeção
ideológica destinada a desviar a atenção de conflitos que poderiam ser considerados como
mais genuínos.

Em um passado recente, a ordem mundial estava enraizada em um dualismo


inaugural que encontrava parte de suas justificativas no antiquado mito da superioridade
racial. O hemisfério ocidental se autoproclamava como o centro do globo, a fonte da
razão, da vida universal e da verdade da humanidade, enquanto considerava o “Resto”
como a manifestação da diferença e do poder negativo. A África, em particular, e o negro,
eram vistos como símbolos acabados dessa vida limitada e vegetal, exemplificando um
ser-outro, uma humanidade de vida inconstante.

Apesar de alguns admitirem que tais criaturas não eram inteiramente destituídas
de humanidade, essa consciência adormecida não tinha se aventurado no "afastamento

1
Mbembe, Achille. Crítica da Razão Negra. Traduzido por Sebastião Nascimento. Éditions La Découverte,
2015. (Edição brasileira publicada por n-1 edições, 2018), p. 27.

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sem retorno" invocado por Paul Valéry. No entanto, reconhecia-se um dever de ajudar e
proteger essa humanidade em sua inferioridade.

A fabulação permeou a maneira como o discurso europeu, tanto erudito quanto


popular, imaginava e classificava os mundos distantes. Nesse contexto, a linguagem
tornou-se um mecanismo fabuloso, com força advinda de sua vulgaridade e de um poder
de violação, muitas vezes falhando em representar adequadamente a realidade objetiva.

A história do comércio de escravos e da racialização da servidão evidencia a


construção dos sujeitos raciais nas Américas e na Europa. A presença africana cresceu
exponencialmente, gerando um influxo de escravos que desembarcavam anualmente em
portos europeus e americanos, alimentando uma economia baseada na exploração e no
lucro. A classificação racial, impulsionada por figuras como Buffon e Hegel, serviu para
nomear as humanidades não europeias como inferiores, refletindo a degradação
ontológica supostamente intransponível entre elas e o homem ideal. Dessa forma, a
fabulação e clausura do espírito moldaram não apenas as relações raciais, mas também a
própria estrutura social, política e semântica do mundo, perpetuando desigualdades e
hierarquias baseadas em narrativas fictícias e ideológicas.

Ao longo do século XVII, um extenso trabalho legislativo foi empreendido para


selar o destino dos sujeitos raciais no continente americano. Esse processo começou com
a destituição cívica dos negros, resultando na exclusão de privilégios e direitos que eram
assegurados aos demais habitantes das colônias. Desde então, eles não eram mais
considerados homens como todos os outros. Essa exclusão foi aprofundada com a
extensão da servidão perpétua aos filhos e descendentes dos negros. Essa fase inicial
consolidou-se em um longo processo de construção da incapacidade jurídica, privando os
negros do direito de recorrer aos tribunais e relegando-os à condição de não pessoas do
ponto de vista jurídico.

b. Recalibragem

A era da disseminação das estratégias eugenistas e da obsessão com a degeneração


e o suicídio foi também marcada pelo pensamento evolucionista darwiniano e pós-
darwiniano. Surgiram novas formas de racismo, acrescidas ao preconceito de cor herdado
do tráfico de escravos e às instituições de segregação. O pensamento genômico trouxe
um novo desdobramento da raça, com a tendência de confirmar as tipologias raciais do

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século XIX, como branco caucasiano, negro africano e amarelo asiático. A medicina, cada
vez mais, passa a remodelar a própria vida com base em determinismos raciais, sugerindo
que raça e racismos não pertencem apenas ao passado, mas também ao futuro.

Como outra face da mesma ideia de racialização, a reativação dessa lógica


coincide com o fortalecimento da ideologia da segurança, onde a proteção se torna uma
questão biopolítica. Os dispositivos de segurança calculam e minimizam riscos, fazendo
da proteção a moeda de troca da cidadania. Isso é evidente na gestão dos fluxos e da
mobilidade, especialmente diante da ameaça terrorista global, onde a proteção não é
apenas uma questão legal, mas uma forma de transformar o Estado em potência bélica.

O cidadão é redefinido como sujeito da vigilância, onde características biológicas,


genéticas e comportamentais são registradas digitalmente. No contexto do surto
antimigratório na Europa, categorias inteiras da população são indexadas e submetidas a
formas diversas de designação racial, tornando o migrante a figura essencial da diferença.
O mundo contemporâneo é profundamente moldado por formas ancestrais de exclusão,
clausura e fronteira. Processos de diferenciação, classificação e hierarquização são
recuperados para fins de exclusão e erradicação, refletindo uma continuidade na vida
cultural, jurídica e política.

c. O substantivo “negro”

A unidade entre o negro dos Estados Unidos, o do Caribe e o da África não era
automática, apesar dos elos ancestrais. Por exemplo, a presença de negros do Caribe nos
Estados Unidos datava, pelo menos, do século XVII. Nessa época, os escravos vindos de
Barbados representavam uma parcela importante da população da Virgínia. A
contribuição dos afro-caribenhos para o internacionalismo negro e para a expansão do
radicalismo nos Estados Unidos e na África foi considerável. A África era algo que os
negros da América e do Caribe precisavam aprender a conhecer. Os negros dos Estados
Unidos pertenciam a um "nós" americano, a uma subcultura fundamentalmente americana
e lúmpen-atlântica.

Em sua "Carta" sobre "as relações e os deveres dos homens livres de cor da
América à África", Alexander Crummel afirma o princípio de uma comunidade parental
entre a África e todos os seus "filhos" que vivem em "países longínquos". Em decorrência
dessa preocupação mútua, a confluência entre o negro dos Estados Unidos, o do Caribe e

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o da África não foi mais do que um encontro com um outro. Era, em muitos casos, o
encontro com outros da minha condição. Essa comunidade parental transcendia fronteiras
geográficas, conectando os negros em uma rede de solidariedade e identidade
compartilhada.

A luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos não se limitou apenas à
busca por igualdade perante a lei. Mesmo em um contexto de segregação exacerbada,
onde competência e respeitabilidade não garantiam plenos direitos de cidadania, alguns
líderes e intelectuais negros viram a necessidade de buscar autonomia além das fronteiras
estabelecidas. Entre 1877 e 1900, surgiu uma consolidação do pensamento em torno do
êxodo, expresso em três projetos distintos. O primeiro, liderado em parte pela American
Colonization Society, propôs a colonização, sugerindo que os Estados Unidos
deportassem sua população negra para a África. O segundo projeto defendeu uma
emigração livre, impulsionada pela crescente violência e terrorismo racial, especialmente
no Sul. Por fim, o terceiro enquadrou-se no expansionismo americano, onde figuras como
Henry Blanton Parks sustentavam que os negros americanos e os africanos eram raças
distintas, com os primeiros mais evoluídos devido ao contato prolongado com a
civilização.

No contexto de interação entre “brancos”, “negros americanos”, “negros


caribenhos” e “negros africanos”, a compreensão da formulação da ideia de “negro” é
fundamental. Trata-se de considera-lo na esfera de sujeito racial: uma exterioridade
selvagem passível de desqualificação moral e instrumentalização prática. É nomear uma
realidade externa ao eu, situada na anormalidade em relação ao centro de toda e qualquer
significação.

Sob essa perspectiva, a luta dos povos submetidos à colonização e à segregação é


uma tentativa de romper com as hierarquias raciais e superar as dimensões ontológicas da
fabricação dos sujeitos raciais. Essa luta envolve não apenas a busca por igualdade
material, mas também por reconhecimento e respeito pela identidade negra. Dentro de
certa tradição da metafísica ocidental, o negro é muitas vezes colocados à parte, não
totalmente identificado como um de nós, mas também não enquadrado na definição de
humanidade plena. Enquanto o homem é frequentemente visto como oposto à
animalidade, o negro é percebido como ambíguo, carregando em si uma possibilidade de
animalidade.

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3. O negro de branco e o branco de negro

O embate entre as construções sociais de "negro" e "branco" revela uma intricada


teia de poder, opressão e resistência que atravessa a história da humanidade. Frantz
Fanon, ao analisar essa dinâmica, destaca a forma como o "negro" foi fabricado e fixado
como objeto pela perspectiva do "branco", enquanto este último se tornou uma fantasia
da imaginação europeia, posteriormente naturalizada e universalizada.

Nos Estados Unidos e em outras colônias de povoamento, a categoria racial


"branco" foi meticulosamente construída no encontro entre direitos e regimes de
exploração da força de trabalho. A partir do século XVII, a força de trabalho escrava,
predominantemente africana, foi racializada e subjugada, enquanto os brancos pobres
foram encarregados de manter a hierarquia racial. A segregação racial foi semiotizada e
institucionalizada em várias regiões do mundo, como nos Estados Unidos e na África do
Sul, onde transgressões eram punidas severamente, inclusive com a morte. A fantasia do
branco, ao longo do tempo, tornou-se parte da identidade ocidental, marcando uma figura
de brutalidade, crueldade e exploração.

Essa fantasia se manifestou em genocídios, tráfico de escravos, conquistas


coloniais e apartheid, entre outras formas de violência estrutural que perpetuaram a
desigualdade global. A alcunha "negro" foi imposta como uma túnica, tentando encobrir
e encerrar a identidade negra. O substantivo "negro" foi usado para designar uma
humanidade à parte, testemunhando a diferença em seu estado natural e servindo como
nome por excelência do escravo, uma mercadoria humana. No entanto, a comunidade dos
escravizados desafiou essa subjugação, rasgando o véu da hipocrisia e da mentira das
sociedades escravagistas. Apesar das condições adversas, os escravos inventaram suas
próprias formas de expressão cultural e instituições, marcando um estado de resistência e
clausura.

A significação do “negro”, segundo Mbembe, apoiado sobretudo nas ideias de


Franz Fanon, apontam que a construção do imaginário que orbita essa palavra, é típica da
escravidão que ocorreu sobre o Atlântico, ou seja, as experiências de subjugação do
trabalho e da condição humana no Oriente, embora sejam passivas de muitas críticas, não
tiveram o mesmo peso de desvalorização da humanidade como ocorreu no Ocidente.
“Esse complexo atlântico não produziu nem o mesmo tipo de sociedades nem os mesmos
tipos de escravos que o complexo islâmico-saariano ou que o complexo que ligava a

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África ao mundo índico. Se há algo que distingue os regimes de escravidão transatlântica
das formas autóctones de escravidão nas sociedades africanas pré-coloniais é
precisamente o fato de estas nunca terem sido capazes de extrair de seus cativos uma
mais-valia comparável à que se obteve no Novo Mundo. O escravo de origem africana no
Novo Mundo representava, assim, uma figura relativamente singular do negro, cuja
especificidade era a de ser uma das engrenagens essenciais do processo de acumulação
em escala mundial.”2

Assim, a narrativa do "negro" e do "branco" é entrelaçada por séculos de opressão,


exploração e luta pela liberdade e igualdade. É um testemunho da complexidade das
relações raciais e da busca incessante pela justiça e dignidade humanas.

2
Mbembe, Achille. Crítica da Razão Negra. Traduzido por Sebastião Nascimento. Éditions La Découverte,
2015. (Edição brasileira publicada por n-1 edições, 2018), pp. 93-94.

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Bibliografia

Mbembe, A. (2015). Crítica da Razão Negra. (S. Nascimento, Trad.). Éditions La


Découverte. (Edição brasileira publicada por n-1 edições, 2018).

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