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07/03/23, 16:49 A Era do Ferro: Uma cultura militante da força | by Ricardo C. Thomé | O Conselho | Medium
A Operation Werewolf — e seu fundador (o atleta fitness Paul Waggener) — foi uma
das principais difusoras dessas ideias, aglutinando simpatizantes e reforçando a
estética e os princípios da causa. O autor norte-americano Jack Donovan (A Way of
Man, 2012) também é figura frequente dentro da pauta, expressando em suas obras
uma espécie de culto a masculinidade e necessidade do tribalismo como
ferramenta de resistência a degeneração do mundo moderno, como descrita por
ele. A produção de textos, livros e material audiovisual logo alcançaria públicos
estrangeiros ganhando adeptos e curiosos da ação online que, em sua propaganda,
unia pautas masculinas, tradicionalismo, regionalismo, estética própria, artes
marciais, levantamento de peso e ritualística esotérica. Tags como
#militantculturestrength e #operationwerewolf ou #opww logo evidenciariam não
apenas uma convergência de pautas, mas uma filosofia de vida. Esta que chamarei
aqui de Cultura do Ferro.
Um culto à masculinidade.
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Físico Militante.
Tribalismo.
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O tribalismo nos leva a assimilação dos símbolos e crenças locais, valorizar o solo
de onde veio e suas raízes históricas ou mitológicas. Waggener e Donovan — além
de difusores da ideia, pertencem ao grupo militante Wolves of Vinland — adotaram a
simbologia e ritualística do paganismo nórdico, é notável a influência das
mitologias pré-cristãs em suas ideias e estética, um esoterismo importado da
Escandinávia para o estilo de vida do grupo ao qual pertencem. Mas não se engane,
apesar da religião dos seus difusores, o culto ao ferro não se restringe a simbologia
nórdica, sua proposta é ser adaptável a localidade daquele que o pratica, por esse
motivo irá variar com a geografia, de grupo para grupo, superando assim a barreira
nacional, étnica ou religiosa.
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Entre os autores mais comumente mencionados dentre os adeptos desta ideia, seja
nos textos, propagandas ou livros, estão os tradicionalistas Julius Evola (Revolt
Against the Modern World), Kris Kershaw e Oswald Spengler (The Decline of the
West); suas obras versam sobre a decadência moral da sociedade liberal, da
destruição de signos e valores importantes para a manutenção daquilo que é eterno
e elevado. Como é perceptível, tais ideias se conectam com os princípios da Militant
Culture Strenght, por esse motivo autores da corrente filosófica tradicional são
recorrentes nos materiais produzidos pelos grupos.
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Cultura Fitness.
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comum, além das vestes, um senso de irmandade entre os membros. Tudo isso
envolto em influências musicais que transitam entre o black metal e o neofolk, com
letras que remetem a períodos históricos de guerras, grandes impérios, mensagens
sobre ancestralidade e mitologias variadas.
Não uma veneração da morte, mas a lembrança de que se morrerá, para não teme-
la; não um culto a guerra, mas a lembrança de que ela é inevitável, pois é uma
constante. Trata-se da guerra contra si mesmo, não contra o mundo, trata-se da
morte do seu lado mais fraco, não daquela literal. É sobre entender que a dor, o
sangue, o sacrifício e o suor são sinais de que você está vivo, e por isso são bons, são
desejados. Cicatrizes, marcas e desenhos no corpo que comuniquem isso são
evidências de “guerras” passadas, e acolhidas por isso.
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