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BÁRBAROS DO PLANETA DE GELO ...................................................

8
ALIEN BÁRBARO ...................................................................................... 8
Livro 02...................................................................................................... 8
PARTE UM .................................................................................................. 9
Dividido .................................................................................................... 9
PARTE DOIS ............................................................................................. 75
Quebrado ................................................................................................ 75
PARTE TRÊS ........................................................................................... 129
Em Pedaços ........................................................................................... 129
PARTE QUATRO ................................................................................... 199
Renascido .............................................................................................. 199
PARTE CINCO ....................................................................................... 259
Reivindicado ......................................................................................... 259
PARTE SEIS ............................................................................................. 320
Para Sempre .......................................................................................... 320
FIM............................................................................................................ 389
Ruby Dixon © Copyright July 24, 2015

Livro 02
Dividido

Kira e eu observamos Megan e Georgie correrem seus dedos ao

longo do painel do casco da nave alienígena, tentando descobrir como

abri-la e retirar as garotas que estão presas lá dentro. Existem seis

cápsulas e cada uma delas tem uma garota em cativeiro. Cada menina

ali dentro, não tem ideia onde estão e nem como chegaram aqui.

— Eu não consigo decidir se são sortudas ou azaradas — digo a

Kira.

— Sortudas — diz ela, sua voz suave. Seu olhar está fixo nas luzes

piscando e na parede escura do casco. — Elas não

sabem o que passamos durante as últimas

semanas.

Eu resmungo. Não sei se concordo com

Kira, porque às vezes ela pode ser

muito crítica. As últimas semanas


não foram exatamente uma festa para o resto de nós, mas talvez seja

melhor ficar ciente de tudo do que estar no escuro.

Eu acho.

Kira e eu estamos observando os outros trabalharem, porque

estamos muito fracas para realmente ajudar. Das seis de nós, Georgie

ainda é a mais forte. Ela tem estado com o cara alienígena, então tem

tido três refeições ao dia e roupas quentes. O restante de nós ficou

presa no casco, e Megan é quem está em melhor estado do nosso

pequeno grupo. Eu estou fraca e letárgica, e os meus dedos doem

demais. Josie tem uma perna que parece está quebrada em dois

lugares, e ninguém sabe como consertá-la. O tornozelo de Kira está

inchado e ela está super fraca. Tiffany está possivelmente morrendo,

já que não podemos tirá-la do sono profundo em que se encontra. Ela

despertou para beber um pouco de caldo e, em seguida, caiu

inconsciente novamente.

Nós não precisamos de um alerta dos

alienígenas para perceber que este planeta está

nos matando. Dããn!

— A cápsula está abrindo — Megan

diz, e ela e Georgie dão um passo para

trás. O painel se levanta da parede


com um silvo, assim como nos filmes de ficção científica. Dentro está

uma garota de camiseta e calcinha, tubos estranhos estão enrolados

em seu corpo e outros a alimentando por sua garganta.

Eu tremo apesar de mim mesma.

Georgie e Megan estudam a menina adormecida, tentando

descobrir a melhor maneira de libertá-la. Eventualmente, elas

simplesmente começam a lhe tirar os tubos e cabos, fazendo com que

acorde e comece a vomitar. Um momento depois, a nova garota está

caindo ao chão, vomitando o último dos tubos, enquanto Megan o

retira.

Bem, isso foi o que aconteceu. Para melhor ou para pior, temos

outra pessoa.

A menina começa a chorar, seus olhos arregalados. Ela está

claramente confusa e assustada, e Kira se levanta, abrindo os braços e

puxando a garota para ela. Ela faz barulhos suaves e tranquilizantes

e envolve a menina em um abraço, afastando-a

para longe da parede. Sem que uma única

pessoa as tocasse, o resto das cápsulas de

repente se abrem.

— Merda, acho que acionamos

alguma coisa — Georgie diz, e elas


começam a trabalhar libertando a próxima garota. Em alguns

instantes, há várias meninas caindo ao chão. Me levanto dá melhor

forma possível, pronta para ajudar.

Manco seguindo em frente, e conforme faço, ouço os sons dos

alienígenas conversando. Olho por cima enquanto a menina mais

próxima de mim começa a gemer histericamente:

— O que está acontecendo? Onde estou? Quem é você?

Eu ofereço-lhe a minha mão.

— Eu sou Liz e vou explicar quando chegarmos às outras, ok?

Ela continua lamentando e tenho que morder o interior da minha

bochecha para não gritar com ela. Olha, me sinto uma merda e

provavelmente estou alguns passos atrás de Tiffany na escada da

morte, mas estou gritando e gemendo? Não, não, eu não estou.

Mantenho a porra da minha boca fechada.

Me reúno a uma segunda garota, com sardas e cabelos ruivos

brilhantes, e quando me aproximo, ela começa a

gritar horrorizada e histericamente.

— Oh meu Deus, o que é isso? — Ela

aponta com a mão trêmula, eu a empurro

para baixo.
— Não é educado apontar — digo, mas as outras meninas estão

respirando horrorizadas, com a visão dos alienígenas na borda do

casco à espreita. Outra começa a chorar, e uma terceira se agarra ao

meu pescoço como se fosse me escalar por segurança. Isso está

fazendo meus dedos quebrados doerem como o diabo. Olho para

Georgie. — Nós temos uma emergência — digo a ela. — Faça alguma

coisa, líder destemida.

— Certo — ela diz, e corre para os alienígenas. Um momento

depois, todos saem pelo rasgo no casco e resta apenas nós, meninas

humanas.

— Vamos todas nos sentar aqui — Kira diz, com voz suave. —

Temos fogo, água e cobertores.

— Está frio — lamenta uma. — Estou com tanto frio e não tenho

nenhuma calça! Onde estão minhas calças?

— Isso é porque os alienígenas a levaram enquanto você estava

dormindo — digo brilhantemente. — Ninguém

possui nenhuma maldita calça.

Kira bate no meu braço com um tapa,

indicando que deveria calar a boca. Ok,

não sou a mulher mais paciente do

mundo. Processe-me.
— Os cobertores estão ali — encorajo, e é mais como pastorear

gatos, do que bebês patinhos, mas conseguimos levá-las ao redor do

fogo e as enfiamos debaixo dos cobertores que os caras alienígenas

tinham nos emprestado.

— Eu ainda estou com frio — uma diz com dentes batendo,

conforme abraça o cobertor.

Eu só a observo e não tento julgá-la. Nós nem sequer tivemos esse

luxo uma semana atrás. Cobertores, uma fogueira e comida? Essa

porra é luxo. Mas, novamente, essas meninas estavam presas em

cápsulas e não experimentaram nada ruim.

— E agora? — Kira pergunta. Por que ela está olhando para mim?

Eu não sou a líder, Georgie é. Mas Georgie está lá fora tentando

convencer os aliens a manterem seus rostos assustadores longe de

nós, então acho que sou... o Robin dela, e ela é o Batman? Alguma

coisa assim.

Então assumo o comando.

— Tudo bem, crianças, vamos nos sentar

em um círculo. Nós vamos nos apresentar

como eles fazem em retiros corporativos.

Quem de vocês trabalhou em um

escritório? — Quando duas das


meninas choronas levantam as mãos, eu acenei. É um começo. —

Então vocês sabem como isso funciona. Nós passaremos ao redor do

círculo, você dará seu nome, sua idade, e dirá o que fazia para ganhar

a vida. Então você vai listar três coisas interessantes sobre si mesma.

Isso vai nos ajudar a nos conhecer.

— Onde estamos? — uma chora.

— Nós vamos chegar a isso — digo. — Logo. Agora vamos

iniciar. Vamos começar com você. — Viro-me para a ruiva sardenta

ao meu lado. Ela está lidando com a situação bizarra melhor que a

maioria, o que é bom. Ela está olhando para mim como se fosse louca,

mas tudo bem.

Tenho certeza que estou louca neste momento também. Diabos,

estou tentando fazer uma social em uma nave espacial que caiu.

Mas a menina ao meu lado dá uma fungada e esfrega o rosto,

decidindo manter a calma.

— M-meu nome é Harlow, e tenho vinte e

dois, e estava indo para a faculdade estudar

veterinária — Ela pisca por um minuto,

parecendo perdida e desamparada.

— Adicione algumas coisas sobre

você.
— Eu... odeio marisco?

É, mais ou menos isso. Eu aponto para a próxima garota.

Ela é a chorona. Ela chora e chora e seu nariz escorre o tempo

todo. Através de uma torrente de lágrimas, nós descobrimos que ela

é Ariana, nasceu em Jersey, e está com medo. Ao lado dela está Claire,

que tem grandes olhos castanhos e um olhar assustado. Sua voz é

quase um sussurro, mas não a forço a falar. Então há Nora, que parece

feroz e irritada. Marlene, que tem uma expressão vazia e um forte

sotaque francês, e Stacy, que está chorando, mas tentando se conter.

Eu lhe dou alguns pontos por isso. À medida que cada pessoa se

apresenta, torna-se óbvio que todo mundo tem a mesma idade.

Então, chega a minha vez. Coloco a mão no meu peito.

— Sou Liz Cramer. Tenho vinte e dois, assim como vocês. Era

uma funcionária em um pequeno escritório de carimbos. Cresci em

Oklahoma e gosto de caçar e atirar em coisas com um arco. E três

semanas atrás, fui abduzida por alienígenas.

As meninas ofegam. Ariana soluça mais

forte.

— Bom trabalho em fazê-las se

acalmar, hein — murmura Kira.


Eu a ignoro. Isso vai ser como arrancar um Band-Aid. Melhor

arrancar de uma vez e superar a dor.

— Sentem-se, crianças, porque vocês estão prestes a ouvir o conto

mais fodido de terror de todos os tempos.

E começo a falar.

Eu digo a elas sobre como, três semanas atrás, fui pega por

homenzinhos verdes durante a noite. Quando acordei, estava em uma

sala suja e escura com muitas outras mulheres vestidas apenas com

pijamas. Que nós seríamos vendidas em algum tipo de estação de

comércio interplanetário, como gado. Que os alienígenas tinham seis

mulheres armazenadas em algum tipo de cápsula de hibernação na

sala, e eu e as minhas novas melhores amigas acordadas éramos as

“extras”.

Pelos seus suspiros, posso dizer que estão começando a entender

as coisas. É isso mesmo, elas eram a verdadeira carga. Eu, Kira e as

outras garotas? Bem...

— Sabe quando você vai ao supermercado

para comprar cerveja, mas as batatinhas estão

na promoção e quando se da conta, você

está com um carrinho cheio de


batatinhas? Pois é, podem me chamar de Pringles1 ou Ruffles2.

Ninguém ri da minha piada. Tudo bem. Eu ainda acho que foi

engraçada. Você precisa encontrar humor em algo.

— De qualquer forma, parece que nossos amigos alienígenas

ficaram gananciosos e estavam recolhendo o maior número de

mulheres humanas que pudessem espremer em sua nave espacial.

Havia nove de nós a princípio.

Olhos se arregalam. Ariana começa a soluçar novamente.

Gostaria de ter uma meia aqui agora, porque iria enfiar em sua boca.

— Como você sabe? — Nora pergunta.

— Sabe o que?

— Que eles iriam nos vender? Talvez eles estivessem nos levando

para um bom lugar?

Certo, e eu sou a porra do Gasparzinho, o fantasminha camarada.

Aponto para Kira, que está franzindo o cenho para mim.

— Essa é Kira. Kira é a única de nós que tem

um tradutor. Ela teve a “sorte” de ser

capturada primeiro, então, eles grampearam

algum dispositivo em seu ouvido e agora

ela pode entender o que os alienígenas

1
Pringles é a primeira batata a ser vendida num tubo cilíndrico.
2
Ruffles é o nome de uma marca de batata chips (de corte ondulado)
produzidas pela empresa Elma Chips.
lhe dizem. Foi assim que nós descobrimos o que estava acontecendo,

que seríamos vendidas. Com o tradutor, ela conseguiu entender o que

os alienígenas conversavam. Foi assim que soubemos que não nos

levariam para o Planeta Malibu, onde todas nós iríamos saborear

drinks e colocar nossos bronzeados em dia.

— Liz... — Kira diz suavemente. Nora estremece.

Sei que não estou sendo muito paciente. Sei e não tenho certeza

se me importo com isso.

— A situação é essa. Esses aliens nos roubaram de nossas casas.

Eles nos marcaram como gado. — Aponto para as saliências no meu

braço, onde há um pequeno objeto de metal que suspeito funcione

como GPS3. — E eles vão nos levar para um mercado de carne e nos

vender como porcos para quem pagar mais. Ao tempo que alguns

caras gostam de foder seus porcos...

— Que nojo — murmura alguém.

— ...Muitas outras pessoas apenas os comem

— Termino. — Então, vocês me perdoem se

não estou disposta a dar aos nossos captores

o benefício da dúvida. Os homenzinhos

3
O sistema de posicionamento global, mais conhecido pela sigla GPS (em inglês
global positioning system), é um mecanismo de posicionamento por satélite
que fornece a um aparelho receptor móvel a sua posição, assim como o
horário, sob quaisquer condições atmosféricas, a qualquer momento e em
qualquer lugar na Terra; desde que o receptor se encontre no campo de visão
de três satélites GPS (quatro ou mais para precisão maior).
verdes pequenos não foram bons. Eles tinham guardas, e aqueles

guardas estupraram várias das meninas enquanto estávamos em

cativeiro. Eles nos mantinham em uma jaula. Eles nos fizeram defecar

em um balde. Trataram-nos como menos que um ser humano. Então,

vocês precisam saber disso, para que possam entender o que nós

passamos e por que estamos fedorentas, cansadas, com fome e

doentes. OK?

As garotas ao meu redor concordam. Ariana começa a chorar

novamente.

— Alguém vai comer a gente?

— Não agora — Kira a acalma. Era ela quem deveria estar

explicando. Ela é a boazinha. Mas olha para mim me incitando a

continuar, e assim faço.

— Esses alienígenas se foram. Por enquanto. — Explico

brevemente sobre nossa rápida rebelião e como Georgie cuidou de

um dos guardas, no mesmo momento em que

nosso compartimento de carga foi despejado

no planeta. Agora somos moradoras de Not-

Hoth, como temos chamado esse lugar. É

frio como o inferno, coberto de neve, e

completamente inóspito. Nosso


pouso foi ruim para caralho. Ninguém saiu ileso, duas meninas

morreram. Assim como três dos meus dedos, o que me deixou

incapaz de andar mais do que alguns metros. Mas pelo menos estou

viva.

— Uma vez que avaliamos nossos ferimentos, Georgie, a nossa

mais brava menina e menos ferida, saiu na única peça de roupa

quente que tínhamos, procurando ajuda. O resto de nós ficou para

trás e congelou. Mencionei que o resto de nós estava de pijama? Não

exatamente quente...

A menina ao meu lado, Harlow, pareceu envergonhada e me

ofereceu seu cobertor. Balancei minha cabeça. Estou cansada demais

para me preocupar. E por estranho que pareça, estou acostumando a

congelar minha bunda. Isso tudo é novo para ela, então pode ficar

com ele.

Esta última semana foi uma semana de me amontoar em uma

pilha com mulheres imundas, miseráveis e feridas,

procurando por calor. Foi uma semana de

ignorar cheiros ruins uma das outras, um

absoluto terror toda vez que se ouvia um

som do lado de fora do casco meio

quebrado da nave, e imaginando o


que nos aconteceria em seguida. Nossos cabelos estavam imundos,

nosso compartimento fedia, e nosso balde de merda transbordou.

Mas nós não tínhamos sapatos e quase nenhuma roupa, então não era

como se pudéssemos simplesmente sair e nos limparmos. Porque lá

fora tinha uma constante tempestade de neve. Estávamos presas. Sem

saída, e os nossos alimentos e água estavam diminuindo. Eu luto

contra as memórias.

Todas as noites, caía no sono pensando se viveria para ver o dia

seguinte.

— Georgie saiu para buscar ajuda — Kira continuou quando

fiquei em silêncio por muito tempo.

Concordo com a cabeça, continuando a história novamente.

— Georgie voltou depois de alguns dias, com um grande bárbaro

azul e volumoso com chifres, cauda e brilhantes olhos azuis. Seu

nome é Vektal, e ele é um dos nativos.

Eu pulo a parte em que Georgie está

claramente fodendo com Vektal. Quer dizer, o

cara veio com alimentos e cobertores, então

não me importo se ela estiver fazendo um

cinco contra um no Incrível Hulk,


enquanto ele estiver cuidando de nós.

— Eles nos deixaram com alguns suprimentos e foram buscar

reforços para o nosso resgate — digo. — Esses reforços são os caras

de demônios lá fora.

Alguns rostos se iluminaram.

— Então, eles são bons?

— Eles são condicionalmente legais. — Eu gostaria de saber

quanto deveria lhes dizer.

Porque a nossa história é uma merda triste e não há opções a

escolher.

Acontece que, Not-Hoth não é um planeta hospitaleiro. Além de

ser frio como um inferno e cheio de monstros que nos querem como

jantar, nossa nova casa também tem algum tipo de gás venenoso que

nos matará lentamente.

Ele já está nos afetando. Tiffany está em coma no canto, e estou

tão exausta que mal consigo levantar minha

cabeça. Agora mesmo? Só quero deitar e

dormir. E vai piorar. Este elemento no ar vai

nos matar, porque nós não pertencemos a

este lugar.
Mas há uma forma de corrigir isso. Um jeito.

A “cura” para a sentença de morte neste planeta? Um simbionte

que os nativos chamam de khui e nós seres humanos chamamos de

“Piolho”.

Para viver? É suposto que nós devemos ser... infectadas. Agora,

admito que tenha estado muito entusiasmada sobre um resgate aqui.

Sou a mais esperta em relação ao copo meio vazio de Kira. Mas estou

realmente perplexa com o pensamento de ter algum tipo de inseto

vivendo dentro de mim.

O Piolho soa como se fosse à resposta para nossos problemas,

exceto que há um problema, segundo o que Georgie nos disse.

Porque o Piolho está interessado em propagar a espécie. Então,

quando ele vê duas pessoas que acha que devem ser bons

companheiros e farão um bebê perfeito juntos? Há algo chamado de

“ressonância” que acontece. O Piolho começa a vibrar em seu peito

toda vez que você está perto de seu novo

“companheiro” e não vai parar até que o

processo de fazer-bebê aconteça. E a tribo de

Vektal de aliens de sete metros de altura,

azuis e com chifres? Eles só têm quatro

fêmeas.
Se ficarmos, nós estaremos ganhando mais do que um resgate.

Estaremos ganhando maridos. Georgie já foi reivindicada por Vektal,

e pelo que posso dizer, ela está muito feliz com isso. Eles não podem

manter seus olhos longe um do outro.

Então nós não estamos recebendo somente um Piolho, estamos

recebendo um homem. E nós nem poderemos sequer escolher o

homem. Não sei como me sinto sobre isso. Portanto, quando digo que

os caras são “condicionalmente legais”, é verdade. Eles são legais

porque querem alguém para preencher com seu fazedor de bebês.

— Eles são legais — digo novamente, um sorriso tenso no meu

rosto. — E agora estou realmente cansada. — Ignoro o olhar

preocupado de Kira e desta vez, quando alguém me oferece um

cobertor, aceito e me enrolo nele.

— O que há de errado com ela? — Alguém pergunta. — Ela se

parece com o inferno.

Estou doente não surda, penso grosseiramente.

Mas toda essa falação me deixou cansada então

decido deixar a resposta para Kira.

— Ela tem “a doença” — Kira explica

em sua voz suave. — Todos nós vamos


tê-la, a menos que aceitemos o simbionte.

— É por isso que ela é tão má? — Uma delas, Claire, talvez,

sussurrou.

Eu sou má? Impaciente, talvez. Cansada, definitivamente. E

doente. Amontoei-me para baixo nos cobertores. Não consigo mais

nem sentir o cheiro do porão. Não consigo nem sentir o frio. Só estou

cansada. Tão cansada.

— Ela está tendo um dia ruim — ouço Kira dizer. — Dê-lhe

tempo.

É verdade. Estou tendo um dia ruim. E pensar que, apesar de ser

sequestrada por aliens e viver em um congelado compartimento de

carga quebrado e fedorento pela última semana, vestindo nada mais

que uma camisola curta... Posso ter um dia pior do que isso? Porque

sim, sim, posso.

A razão para que meu dia esteja ruim aparece momentos depois.

Ele se aproxima de mim, onde estou tentando me

tornar pequena e invisível sob as peles. Ele

ignora os gritos assustados das outras

mulheres e vem tempestuosamente para o

meu lado. Em seguida, ele arranca as


peles de cima de mim e empurra um copo de algo fumegante debaixo

do meu nariz.

Ele não diz nada, apenas espera.

— Vá embora — digo a ele grosseiramente, e tento puxar meus

cobertores de volta.

O alien não vai me deixar usá-los. Em vez disso, ele os puxa para

mais longe, fora do meu alcance. Então, empurra o copo debaixo do

meu nariz novamente. É óbvio que se quiser meu cobertor de volta,

terei que beber esse inferno de copo fumegante que continua

colocando debaixo do meu nariz.

Ele é tão idiota.

Tomo o copo da sua mão e o encaro, em seguida, tento oferecê-lo

a uma das meninas próximas.

— Alguma de vocês está com sede?

Ele pega a minha mão e a orienta de volta para mim com um

pequeno grunhido, indicando que a bebida é

somente para mim.

— Quem é aquele? — uma das novas

meninas sussurra, em uma pequena voz

assustada.
— Parte do resgate — digo secamente. — A parte insistente e

babaca. — Levanto a taça para o meu nariz e a cheiro. Tem cheiro de

carne e alguma espécie de planta. Também cheira como uma meia

suja. E há algo picante nele que faz meus olhos lacrimejarem. — Não

quero isso. — Tento afastá-lo. Meu estômago encolheu na última

semana devido à fome, e o pensamento de beber isso me faz querer

vomitar.

A grande mão alienígena o empurra novamente de volta para

mim. Há uma carranca em seu rosto feio e ele muda de pé, esperando.

A mensagem é clara: ele não vai a lugar nenhum até que beba.

Maldição.

Tomo um gole do caldo e, imediatamente, começo a tossir. Os

alienígenas têm algumas papilas gustativas estranhas. Georgie

compartilhou algumas de rações de viagem de Vektal com a gente, e

foi como morder spray de pimenta concentrado. Isso cheira a versão

de chá quente com sabor de meia e gosto ainda

pior. Faço uma careta e o empurro para longe,

só para ter o alienígena a forçando para mim

novamente.

— Se derramá-lo, me pergunto

você vai me fazer lamber o chão —


murmuro para mim mesma, mas tomo outro gole. Não é tão terrível

no segundo gosto... Oh! Quem estou enganando? É rançoso. Mas bebo,

porque o Alto, escuro, e bruto não vai embora até que beba. Leva uma

eternidade para tomar pequenos goles, e quando chego ao fundo do

copo, há uma lama que me faz engasgar, mas também a forço para

baixo. Então lhe entrego a taça de volta.

O alienígena segura à pele sobre os meus ombros e a coloca perto

do meu corpo. Ele se inclina para perto e prendo a respiração. O

restante da nave está totalmente silenciosa, e posso sentir todos os

olhos em nós. Ele ajusta o cobertor, e quando olho para ele, me diz

uma palavra.

— Raahosh.

Então ele fica de pé, franze o cenho para as outras, e

tempestuosamente vai embora.

— O que ele acabou de dizer? — uma das meninas pergunta.

— Não entendi muito bem — Kira diz —

virando a orelha onde se encontrava o

aparelho de tradução — Algo como “Um som

irritado”.

— É o nome dele — digo, embora

esteja supondo. “Bastardo


Rosnador” lhe convém. Esta não é a primeira vez que Raahosh

apareceu para dizer “Olá”. Acordei de um sono comatoso para

encontrá-lo diretamente no meu rosto, forçando água pela minha

garganta seca. Ele se prontificou em ser meu salvador, aparecendo

para me entregar carne, bebidas, e certificando-se que estou quente.

Em suma, ele está pairando ao meu redor desde que os caçadores

tinham chegado, e isso está me irritando.

Normalmente não me importaria que um cara aparecesse e

começasse a me dar presentes, especialmente quando estou morrendo

de fome. Mas estes presentes não eram dados livremente. O Capitão

Óbvio queria uma companheira, e ele tinha me escolhido.

No entanto, ele não estava fazendo aquela coisa estranha de

vibrar com seu peito. Georgie tinha me dito que Vektal tem uma khui,

o Piolho, como nós gostávamos de chamá-lo, e que quando

reconheceria sua companheira, o faria ronronar e querer ter sexo

comigo. Vektal tinha vibrado para Georgie. No

entanto, Raahosh ficou em silêncio.

O que me fazia grata... e confusa. Se ele

não estava vibrando por mim, por que

continuava vindo atrás de mim? Não

fazia sentido. Alienígena estúpido.


Lambi meus lábios e, em seguida, fiz uma careta, porque ainda tinha

o gosto do chá.

— Ele é horrível — diz Claire. — Será que todos eles se parecem

com isso?

— Não, Raahosh é mais assustador do que a maioria — digo

alegremente. Fico feliz que ele não entenda Inglês, porque não sei o

que faria se me ouvisse falando merda sobre ele.

Vektal é meio fofo de uma maneira diferente. Ele é azul, e Georgie

diz que sua pele é como camurça. Ele tem grandes chifres arqueados,

que emergem das bordas da linha de seu cabelo e enrolam em volta

de sua cabeça como um carneiro de dois metros de altura. Ele é todo

musculoso, tem uma cauda, e têm esses estranhos sulcos irregulares

em seus braços e em toda a testa. A maioria dos outros caras tem uma

aparência semelhante, apenas com variações de altura, coloração, e

chifres. Somente o comum alienígena azul.

Raahosh destaca-se dos outros de algumas

maneiras diferentes. Por um lado, ele é o mais

alto. O que não acho que seja muita coisa,

considerando que todos eles estão acima

de dois metros de altura, mas o faz

parecer mais alto que a maioria. Seus


ombros não são tão largos quanto os de Vektal, o que significa que ele

é apenas enorme, em vez de gigantesco. E enquanto Vektal parece ser

de um azul puro, Raahosh é um tom mais escuro, um tom azul

acinzentado que só o faz parecer mais Bisonho que os outros.

As cicatrizes não ajudam essa impressão, tampouco. Um lado de

seu largo rosto alienígena está marcado por cicatrizes profundas na

testa e nos olhos, revelando uma briga passada em que ele perdeu.

Elas continuam em seu pescoço, e desaparecem em sua roupa. Um

dos chifres de um lado da cabeça é um toco irregular, enquanto o

outro se arqueia para cima, como um lembrete elegante do que está

faltando nele. Acrescente uma boca firmemente apertada com

antipatia e olhos estreitos que brilham com o estranho azul

proveniente do simbionte?

Eu acho que é uma avaliação justa dizer que Raahosh é mais

assustador do que os outros sim.

O fato dele ter me demarcado como sua

propriedade é... irritante. Disse para Georgie e

as outras que por um cheeseburger, faria

qualquer coisa. Mas ter um estranho

alienígena me reivindicando faz com

que me sinta... estranha. Nem sequer


tenho uma escolha? Isso é como se dissesse “Quero um cheeseburger”

e alguém coloca um picles na minha mão e diz: “Foda-se, você recebe

um picles”.

Então, porque estou pensando em objetos que lembram pênis,

olho Raahosh novamente. Não de uma forma óbvia, é claro. Estou

deitada e meus olhos estão quase fechados, mas posso vê-lo e outro

cara alienígena se movendo pelo canto da nave, fazendo as malas e

checando as coisas. Georgie e Vektal estão longe de serem vistos.

Assisto Raahosh quando se inclina e, em seguida, levanta-se.

Ele realmente tem uma cauda longa. Me pergunto se isso é um

indicador de qualquer coisa acontecendo na outra... Ahhn... área.

Não que me importe. Talvez se a gente realmente precisar do

parasita, meu Piolho vai escolher alguém que não seja ele. Será que

isso não irritaria o Sr. Agressivo?

Eu caio no sono, sonhando com o olhar em seu rosto quando meu

Piolho o rejeitar.

Meu khui é um idiota.

Deve ser. Por que outra razão

ignoraria as mulheres do meu clã e


no momento em que entramos no covil das humanas sujas e

esfarrapadas, começa a balir no meu peito como uma besta de penas?

Ou que ele escolheu a mais frágil das seres humanas doentes para ser

minha companheira?

Uma companheira que me olha com olhos irritados e se recusa a

comer o caldo medicinal que trago para ela? Que empurra minhas

mãos para o lado quando tento ajudá-la a ficar de pé? Quem franze a

testa quando lhe trago água?

É claro que meu khui está cheio de loucura.

— Você vibrou por alguma delas? — Aehako pergunta ao meu

lado. Enquanto enfia uma pele em um saco de viagem. Estamos

preparando a caverna dos humanos para a viajem, uma vez que ela

estão fracas demais para fazê-lo. Tudo deve vir com a gente, diz

Vektal. Não importa que esteja manchado, sujo ou inútil. Os seres

humanos possuem tão pouco que com certeza valorizaram o que tem,

por isso devemos trazer. Dois dos caçadores que

vibraram pelas fêmeas foram mandados para

tirar as peles das suas cavernas mais

próximas, porque as humanas estão

despreparadas para enfrentar as


nevascas, e não têm khui para mantê-las aquecidas.

No entanto, isso seria remediado rapidamente.

Um sa-kohtsk está próximo. As grandes criaturas carregam

muitos khui, e nós vamos caçar pela sua carne e garantir que os seres

humanos não morrerão da doença do khui.

Penso nos olhos vazios de minha nova companheira e em quão

miserável parece. A maioria das humanas possui uma pele de cor

pálida, mas minha humana é mais pálida do que a maioria. Isso deve

significar que ela está doente. Vou insistir que seja uma das primeiras

a obter um khui.

Aehako repete a pergunta.

— Raahosh? Você vibrou?

Eu não gosto de mentir, mas também não quero que ninguém

saiba, não enquanto minha companheira está olhando para mim

como se estivesse furiosa.

Raahosh é mais assustador do que a maioria.

Suas palavras me cortam. Ela é suave,

pálida e fraca, e ainda assim sou o único com

defeitos? Dou de ombros e levanto um

pacote.
— Não importa. Vamos ver o que acontece quando o khui estiver

nos seres humanos.

— Não vibrei. — Aehako parece triste, suas características largas

abatidas — Você acha que mais irão vibrar quando elas entrarem em

seu período? Talvez elas não estejam férteis. — Ele me dá um olhar

esperançoso.

— Pareço como se soubesse sobre os períodos humanos? —

Respondo. — Termine o seu saco. Nós precisamos nos apressar se

quisermos levar as humanas o suficiente perto do sa-kohtsk para

caçá-lo.

Aehako suspira e volta a trabalhar. Digo a mim mesmo que ele é

jovem. Na verdade, ele pode ser o caçador mais jovem em nosso clã.

E vai superar sua decepção, ou alguma humana vai vibrar por ele

mais tarde. Ou até mesmo uma mulher sa-khui, talvez uma ainda não

nascida.

Tudo o que sei é que estou vibrando por uma

das humanas que está quase morrendo, e que

se morrer levará consigo todas as minhas

esperanças e sonhos.

Nunca tive uma companheira.

Nunca tive uma amante. As


mulheres são poucas em nosso clã, e as que estão dispostas a acasalar

com um caçador, cheio de cicatrizes e ranzinza, ainda menos. Nunca

sonhei que teria minha própria companheira.

Agora que está aqui... Não estou inteiramente certo de como agir.

Então permaneço em silêncio e direciono toda a minha energia para

o meu khui permanecer em silêncio enquanto as humanas se

levantam e começam a se preparar para a longa jornada de volta para

a caverna do clã. Os caçadores retornaram com peles e uma está sendo

cortada para fazer coberturas de pé. Outros estão fixando suas roupas

frágeis e a nova companheira de Vektal, Shorshie, cujo nome enrola

na língua, ajuda outra a envolver um manto de pele grossa ao redor

dela.

Apenas alguns dos seres humanos não estão se preparando.

Aquela com a pele escura e cabelos como um tufo de erva doce está

inconsciente sob as peles. Vektal diz que ela é uma das mais doentes.

Há outra que tem um membro quebrado, e se

inclina fortemente em Pashov para ficar de pé.

E então há a minha. Minha humana, que

ignora todos ao seu redor e resolutamente

se encolhe sob os cobertores.


Ela é teimosa. Meu khui escolheu bem nesse aspecto. Sou teimoso,

também. Juntos, vamos fazer kits muito teimosos. Um pouco do

ressentimento em meu coração sai com a imagem mental da mulher

segurando meu filho no peito. Teria uma família depois de tanto

tempo.

— Todos os humanos prontos. — Vektal diz enquanto passa,

indo para Shorshie. — Nós partiremos muito em breve.

— E as que não podem andar? — Zolaya pergunta. — Ou aquela

que não pode ser acordada?

— Nós as carregaremos. Não deixaremos ninguém para trás.

Shorshie dá Vektal um sorriso amável e vira-se para abraçá-lo.

— Você é tão bom para nós. Não sei como agradecer o suficiente.

Ele toca sua bochecha.

— Você é minha. Isso é tudo o que importa.

Finjo não ver quando ela brinca de morder seu polegar com a

boca. Não é pecado ser carinhoso em público, mas

sabendo que minha parceira doente está

sentada no seu canto, fazendo uma carranca

para mim, torna-se difícil de ver. Ela não

está feliz com o pensamento de um

companheiro.
Ela não está feliz que seja eu. Ela me acha horrível.

Raahosh é mais assustador do que a maioria.

Agarro uma das peles, irritado, e vou grosseiramente em direção

a ela. Não importa se ela gosta de mim ou não. O khui escolhe o

companheiro. Ela simplesmente tem que aceitá-lo.

— Acorde — digo, enquanto caminho para o lado dela e puxo

para trás os cobertores. — Você...

Sua cabeça balança e cai no chão. Ela não está negligenciando

minha atenção, então. Ela está inconsciente. O medo atinge meu

coração e a embalo contra meu peito, puxando-a contra meu calor.

Sua pele está tão fria. Ela não pode reter calor? Como possivelmente

irá sobreviver? Por um momento, entro em pânico. Assim deve ser

como Vektal se sente quando olha para Shorshie. Impotente diante de

sua fragilidade. Embalo a mulher contra mim e toco em seu rosto.

Ela desperta depois de um momento, e depois recua com a minha

visão.

— Capitão Óbvio. Devia ter adivinhado.

Ignoro meu orgulho. Não entendo quem

é este “Capitão Óbvio”. Muitas das

palavras humanas não fazem sentido.

Na caverna dos antepassados,


recebemos o dom do conhecimento de sua língua, mas está claro que

as coisas não funcionam corretamente. Às vezes, quando minha

humana fala, não consigo entendê-la.

Embora tenha entendido seu desdém para mim muito bem.

Eu a sustento contra meu peito e a coloco de pé. Ela sibila de dor

e cai contra mim. Suas costas pequenas atingem meu peito e meu khui

imediatamente agita para a vida... assim como meu pau.

Fecho meus olhos e me concentro, querendo que ambos

permaneçam inalterados. Agora não é o momento.

A humana luta contra mim, empurrando de lado minhas mãos.

— Pare de me tocar! Deixe-me ir!

Deixá-la ir? Ela nem sequer pode ficar de pé. Não vou deixá-la ir.

Ignoro suas palmadas enquanto passo a mão por suas pernas nuas,

procurando por feridas. Ela afasta meu contato, mas não antes que

veja três de seus dedos muitos inchados e machucados. Eles

provavelmente estão quebrados, e ela não tem um

khui para curá-la.

E acha que pode ignorar minha ajuda?

Mais tolices. Ignoro seus protestos e a pego

em meus braços. Vou carregá-la para a


caça de sa-kohtsk se for preciso. Ela vai chegar lá. Não posso suportar

a ideia de que não sobreviva.

— Hey! Coloque-me no chão, seu grande idiota — ela grita no

meu ouvido. Seus pulmões não estão sofrendo, pelo menos. Ignoro

seus berros e me certifico de que esteja enrolada em cobertores, apesar

de se debater.

— Raahosh — diz uma voz em advertência.

Olho ao redor, mesmo quando a mão da humana acerta em cheio

minha mandíbula em protesto, e vejo meu amigo e chefe caminhando

até mim.

— Você não pode levá-la, se ela não quiser isso — diz ele em

nossa língua. — As humanas devem ser suavemente cortejadas. Elas

são frágeis.

O punho da minha “frágil” humana bate na minha bochecha.

— Coloque-me no chão — ela sussurra novamente. — Seu fodido

chupador.

Eu... chupador? Mas não estou comendo

nada.

— Raahosh — adverte Vektal. — Você

conhece minhas ordens.


Eu conheço suas ordens. Não faça nada que as humanas não

queiram fazer. Gentilmente coloco minha mulher sentada no chão

com infinita ternura, resistindo à vontade de esmagá-la contra meu

peito e acariciar seus cabelos sujos.

— Ela está ferida — digo-lhe bruscamente — queria ajudar.

— Haverá tempo suficiente para isso — ele diz e bate no meu

braço com bom humor. Claro que ele está de bom humor. Ele tem a

sua companheira. A minha olha para mim como se quisesse enterrar

uma faca em minhas costas

— Deixe-a andar se assim ela desejar.

— Tudo bem — Rosno. Certifico-me de que as peles estejam

enroladas em volta dela e ofereço seus revestimentos de pés. É o

mínimo que posso fazer, e finjo não ver quando ela se encolhe e diz

palavras mais cruéis e incompreensíveis enquanto tenta colocar o

revestimento sobre o pé inchado. Esta criatura humana está coberta

de feridas. Há uma recente em seu braço onde um

“sensor”, como elas chamaram, foi removido

de sua pele. Isso foi feito graças aos

“bandidos”'. Tudo o que sei é que quero

colocar um khui dentro dela para que

possa se curar e melhorar.


Acasalamento não está nem mesmo na minha mente neste

momento. Simplesmente quero que melhore. Minhas mãos se

contorcem desesperadas para dar conforto e carinho, mas quando ela

me lança outro olhar de ódio, me afasto e me junto ao restante dos

caçadores.

Não consigo estar perto dela e não querer tocá-la.

Gosto de pensar que não sou particularmente delicada.

Realmente não sou. Meu pai era um caçador, e cresci ao seu lado,

atraindo iscas de peixe e esfolando o pescado do dia para que

pudéssemos assá-lo no fogo. Sou uma especialista em arco e flecha.

Também não sou muito ruim com rastreamento. Posso abater um

animal grande como um caçador.

Mas o sa-kohtsk é um filho da puta mutante

assustador.

Algumas horas se passaram desde que

deixamos a nave para trás pela última vez.

Gostaria de poder dizer que não

lamentei ver aquele buraco

fedorento desaparecer na distância, mas fiquei um


pouco apavorada. Este planeta é um planeta de gelo. É como a

Antarctica com esteróides, e o sol está se pondo. Há tanta neve que

meus pés recém-cobertos afundam como se fosse areia movediça, e

não vejo árvores familiares ou abrigo. Está frio para caralho, meus

dedos estão com uma cor vermelha forte, e doem toda vez que dou

um passo, estou me sentindo tão fraca que mal consigo levantar a

cabeça. Este não é exatamente o modo de sobrevivência. Em algum

momento, começo a cambalear tanto, que alguém me pega e me

carrega por cima do ombro. Nem preciso ver o rosto do cara em meio

à neve para perceber quem é.

Raahosh. É claro.

Agora as meninas e eu estamos sentadas sob algumas frágeis

árvores esguias que tremem a cada passo que o sa-kohtsk dá. O sa-

kohtsk é impossível de descrever. É como um mamute peludo

acasalado com o filho querido de um brontossauro e um AT-AT4 de

pernas longas de um dos filmes de Guerra nas

Estrelas. A coisa resultando parece com uma

bola de pelo apoiado sobre pernas finas, que

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grita e geme enquanto os caçadores o derrubam.

Os homens se juntam ao redor dele. Vektal imediatamente trota

em direção as mulheres e corre suas mãos sobre Georgie.

— Você está bem?

Ela se agita sobre ele também. Oh, vou vomitar. Afasto-me e olho

para a criatura abatida. Sinto falta de caçar. Não tenho feito isso desde

que meu pai morreu, mas vendo a coisa morta e o aroma de seu

sangue no ar traz de volta memórias de nossas caçadas juntos. Tenho

saudades do papai. Sinto falta de caçar.

Olho para cima e vejo um par de brilhantes olhos intensos me

observando de longe. Raahosh novamente. Abraço minhas peles mais

apertadas e tento ignorá-lo, mancando mais perto de Georgie e Vektal

para que possa ouvir o que está acontecendo.

Eles estão ocupados se beijando. Vejo Vektal beijar a testa de

Georgie.

— Agora, temos os khuis. Reúna as mulheres.

Tão sexista. Sim, reúna todas as pequenas

e fracas mulheres para que possam ser

cuidadas. Sinto tanto desgosto, odeio ser

um estereótipo. Mas a verdade é que


estou muito exausta para fazer outra coisa além de olhar.

Georgie se aproxima com Tiffany ao seu lado. Pobre Tiff. Ela é de

El Paso e realmente não está se dando bem com este clima. Além

disso, acho que ela é diabética, então não está conseguindo se

esquentar como o resto de nós. Ela esteve em coma praticamente

durante toda a semana. Tiffany está fraca, e Georgie continua a

avançar.

— Onde estão os khui?

— Dentro — Vektal diz e aponta para a barriga. — Você está

pronta, minha Georgie?

Como se nós tivéssemos uma escolha? Deixo Georgie responder,

porém, ela diz:

— Vamos fazer isso.

A criatura é então cortada da barriga até o esterno e o sangue

corre para fora. Estranhamente, isso me deixa com saudades de casa

novamente.

— Assim como esfolar um veado. Não é

grande coisa. Sem suor.

Olho e Raahosh ainda está me

observando. Minha pele se arrepia


com consciência e... alguma outra coisa? Poderia estar prestes a

desmaiar novamente. Espero que não.

Ao meu lado, Georgie engole em seco.

Há um estalo, e olho para ver Vektal de pé sobre a caixa torácica

da criatura gigante, abrindo-a com braços grandes e tensos. Ele faz

um barulho mais alto que já ouvi e depois se abre.

— Realmente, um grande veado — comento.

Georgie engole novamente. Tiffany geme e tropeça se afastando

um pouco.

Continuo assistindo, porque preciso de algo para me concentrar.

Tenho medo que se desviar o olhar, verei Raahosh se aproximar e

colocar as mãos em mim novamente. Não tenho certeza porque esse

pensamento me irrita e me enche com um tipo de calor líquido.

Vektal leva o coração para um de seus homens, e está repleto de

vermes se contorcendo e parecendo macarrão espaguete. Ok, sim.

Isso é nojento.

— Acho que vou vomitar — Kira diz em

algum lugar ao meu lado, e Tiffany faz um

barulho de engasgo. Mas Georgie assiste

Vektal como se ele estivesse prestes a

dar-lhe um anel de diamante ou


alguma merda assim. Eles murmuram baixinho um com o outro, e

então ele saca sua faca.

— O que... o que acontece se ele for para o meu cérebro? —

Georgie pergunta. — Isso é um verme. Não é nada legal. Não vou

aceitar essa merda.

— Como isso é melhor do que o seu coração?

— Isso é sério?

— O khui é a essência da vida — Vektal diz em uma voz

reverente.

Então observo muda Georgie pegar o seu verme e ele fazer um

pequeno corte na garganta dela. Vejo a coisa se contorcer como que

procurando calor.

Oh, infernos não. Não vou colocar esta merda em mim. Vi o que

vermes fazem para o coração de um animal. Caçadores sabem que

não devem comer carne podre. Você certamente não se voluntariaria

para se tornar carne podre. Recuo alguns passos.

Georgie começa a tremer e ofegar, e então

desmaia nos braços de Vektal. Algumas das

mulheres gritam de angústia, e então os

homens estão em toda parte,

oferecendo-lhes Piolhos brilhantes.


Estou com certeza saindo de fininho. Não. Não. Não. Vou

descobrir outra solução. Simplesmente deve haver outra opção.

Tropeço para trás para o bosque de árvores que não oferecem

nenhuma proteção. As outras garotas olham para mim com

curiosidade, em seguida, voltam para Georgie. Ela é nossa líder, então

elas estão olhando para ela.

Por mim tudo bem. Se Georgie saltar de um penhasco, isso não

significa que tenha que saltar também. Ela pode estar cega pelo pau

grande do alienígena azul, mas não estou. Há uma intensa dor

latejante no meu pé, mas a ignoro. Se não for tarde demais, posso

voltar para nave, reagrupar, e descobrir alguma outra solução. Sei que

estou entrando em pânico. Sei que isso não é lógico, mas tudo que já

aprendi ao lado de meu pai está me dizendo que isso é uma péssima

ideia.

Parasitas matam seus hospedeiros.

Ao passar desajeitadamente pelos outros, vejo

os alienígenas levando gentilmente as

mulheres para frente, em direção ao seu

destino. Nossa, como isso é doce da parte

deles. Não há provas de que isso

funcione em um humano, e Georgie


apagou como uma luz. Isso não é normal. Abraçando minhas peles

com mais força, dou mais alguns passos.

E paro.

Na minha frente, com os brilhantes olhos semicerrados, está

Raahosh. Ele me avalia.

— Não tente me impedir, amigo — retruco para ele, embora saiba

que não cederá. Ele não entende Inglês.

Mas ele agarra minhas peles e tenta me virar de qualquer

maneira.

Eu as puxo fora de seu aperto e continuo em frente. À distância,

ouço outra mulher gritar, apenas para ficar em silêncio. Estremeço.

Raahosh me agarra pelos quadris e me joga sobre seus ombros

novamente.

— Não! — Digo, batendo com o punho em seu ombro. — Eu não

quero isso! Você não pode me obrigar!

Ele hesita, e então, para minha surpresa, me

coloca para baixo novamente. Ele olha para

mim por um momento e em seguida, acaricia

meu queixo. Eu permito, já que ele não está

me arrastando de volta para lá. Seu

toque é estranhamente gentil,


acariciando para cima e para baixo minha bochecha fria. Então ele

gesticula para o chão, como se estivesse indicando que devo esperar

aqui.

— Tudo bem. Que seja. Eu só não quero isso.

Sento-me fortemente na neve, tirando meu peso do pé ruim.

Ele se vira e vai a passos largos em direção a sa-kohtsk morto e o

grupo de caçadores. Eu o vejo desaparecer na escuridão e me arrepio.

Vou esperar por alguns minutos, em seguida, seguirei em frente.

Talvez ele vá dizer aos outros que mudei de ideia, que me levará de

volta a nave.

Talvez esse cara Raahosh não seja um idiota, no final das contas.

Fecho meus olhos e esfrego uma mão sobre meu rosto. Está

congelando aqui fora, e estou tão cansada que poderia cair e dormir,

com neve e tudo mais. Meu cérebro está ficando nebuloso. No

entanto, tem que haver outra opção. Se pudesse pensar com clareza,

talvez fosse capaz de chegar a uma.

Minha mente retorna a Georgie, e a

maneira como Vektal cortou seu pescoço. O

som alegre que a coisa fez quando foi

inserida nela. Seu grito e, em seguida,

seu desmaio. Tremo.


Uma figura aparece nas bordas da minha visão. Mal consigo

perceber Raahosh antes que sua mão gigantesca vá para o meu ombro

e me force de costas na neve.

— O que? — Eu cuspo.

Um momento depois, seu joelho passa por cima do meu ombro,

prendendo-me contra o chão. Sua mão está aninhada em seu peito e

mal posso ver um filamento incandescente, parecido com uma cobra,

contorcendo-se ali.

Em seguida, ele puxa uma faca de uma bainha em sua cintura.

— Mas que caralho, seu filho da puta! Não! — Luto contra ele,

contra seu peso me prendendo. Mas estou fraca e ele é enorme, e mal

posso bater nele enquanto coloca a lâmina contra meu pescoço e

cuidadosamente faz um corte na minha clavícula.

— Não! — Protesto, mas ele não está ouvindo. Este babaca, este

idiota, está forçando o parasita em mim.

Ele não é meu amigo. De jeito nenhum. Ele não

está me deixando ter uma escolha.

Eu luto contra suas mãos enquanto ele se

inclina com o Piolho.


— Eu vou te odiar para sempre se você fizer isso — sibilo para

ele, tentando afastá-lo.

Ele apenas me dá um olhar duro e depois se inclina. Ouço um

pequeno assobio quando o Piolho encontra minha pele, e então está

se contorcendo dentro de mim.

E eu desmaio de choque.

Digo a mim mesmo que não importa que me odeie para sempre

enquanto vejo seu corpo inconsciente tremer e se mexer, se

acostumando ao khui. Pelo menos estará viva. Meu pai e minha mãe

nunca gostaram um do outro. Até o dia que minha mãe morreu, ela

maldiçoou meu pai. Seu acasalamento foi extremamente infeliz, mas

ainda fomos uma família.

Minha humana pode me odiar e ainda ser minha

companheira. Não permitirei que escolha a

morte. Eu não vou. Vou mantê-la segura,

mesmo se tiver que protegê-la de si mesma.

Sustento sua forma pequena em

meus braços e a aproximo de minha

pele. Ela está tão fria. Tão frágil. Fiz a coisa certa,
forçando o khui nela. Ela não teria durado mais um dia sem ele.

Segurando-a perto, reflito.

Se levá-la de volta ao acampamento, quando acordar, ficará

furiosa. Vai dizer aos outros que a forcei a tomar o khui.

Vektal, meu chefe, não ficará feliz. Dirá que deveremos cortejar as

humanas. Dar-lhes o que querem.

É... fácil para ele dizer enquanto Shorshie olha para ele com tanto

amor e carinho. Não é tão fácil quando sua humana olha para você

com raiva e desgosto.

Raahosh é mais assustador do que a maioria.

Se levá-la de volta para os outros agora, eles vão ficar furiosos

comigo. Meu khui vibra no meu peito para a minha humana, e pela

primeira vez, durante o último dia, o deixo cantarolar livremente.

Vibro, e parece incrível.

Eles não podem tirá-la de mim.

Viro-me e olho para trás, aos outros, ainda

amontoados perto do sa-kohtsk. Eles ficarão lá

por horas. Os seres humanos ficarão

dormindo por um tempo. Talvez um dia.

Eu não sei quanto tempo vai demorar.


Haverá carne para dividir e trazer de volta para as cavernas do clã, e

as humanas para escoltar e bajular.

Eles estarão distraídos.

Ao invés de levar minha humana de volta ao acampamento, a

seguro mais perto e caminho para a direção oposta, indo para fora do

vale.

Vou levá-la e escondê-la, e não vou voltar com ela até que esteja

cheia com meu filho e estivermos verdadeiramente acasalados. Então,

voltaremos para o clã e faremos parte dele mais uma vez.

Até então? Ela é minha e só minha.

Há uma caverna em estado selvagem que gosto de pensar que é

minha. Nossa caverna do clã sustenta muitas bocas e, às vezes, nossos

caçadores precisam se distanciar para alimentar a

todos. Assim, temos uma rede de cavernas

caçadoras espalhadas através dos campos que

fornecem um local de descanso para

qualquer caçador que precise ficar de

fora durante a noite. Há peles,


utensílios para fazer fogo, e, por vezes, alguns outros suprimentos

para facilitar as coisas. Estas cavernas são para todos os caçadores

usarem, contanto que eles as deixem na mesma condição de quando

o caçador chegou.

Mas esta caverna é minha e só minha. Encontrei-a em uma caçada

quando era um pequeno kit em uma das minhas primeiras incursões

sozinho na natureza. A entrada é escondida por uma grande camada

de gelo glacial nos meses brutais, mas agora é apenas fina e o caminho

estará aberto.

Não é muito longe de onde estamos, e tem estado em minha

mente por horas enquanto caminho. Minha humana não pesa nada

em meus braços, e nem acorda. Ela só vai precisar de tempo para se

aclimatar ao khui, digo a mim mesmo. Não há nada com o que se

preocupar. Ela esteve doente. Vai levar algum tempo. Mas ainda

causa medo em meu coração e meus passos aumentam de velocidade.

Minha caverna está tão vazia como a deixei.

Há sinais de que um animal parou para

descansar, mas está vazia agora. Limpo os

detritos das peles ordenadamente

empilhadas no canto e depois coloco

minha humana para baixo em meio


delas. Ela estremece, seu corpo tremendo. O frio arrepiante

desapareceu de sua pele, um sinal de que o khui a está aquecendo,

mas ainda assim ela treme muito. Decido fazer uma fogueira, e passo

o tempo arrumando, tentando ignorar a vibração do meu khui

enquanto canta uma canção para a mulher inconsciente na minha

cama.

Minha cama.

Minha companheira está na minha cama.

Gemo, atingido por uma onda de necessidade tão forte que me

deixa tonto, fecho meus olhos, desejando permanecer forte. Ela estará

acordada em breve, e então nós poderemos acasalar.

Ela geme de dor enquanto dorme, e seu pé sofre espasmos.

Removo seus revestimentos suavemente, em seguida, massageio seus

pés pequenos. Eles são pequenos e estão sujos, não possuem os cumes

de proteção óssea que cobrem os pontos vulneráveis na minha

própria pele. Ela tem cinco dedos no pé onde

tenho três e ao vê-los roxos e inchados, lembro-

me que estão quebrados.

Eles devem estar preparados para o

khui curá-los.
Ela choraminga a cabeça balançando de um lado para o outro,

olhos passando rapidamente sob as pálpebras. Devo fazer isso

enquanto está inconsciente, de modo a não causar-lhe mais dor.

Estranhamente, o pensamento de feri-la faz meu estômago revirar.

Corro meus dedos sobre os dedos de seus pés comparando um com o

outro para entender como os ossos se encaixam. Então sugo uma

respiração e os coloco no lugar. Luto contra a bile enquanto os ossos

fazem um barulho de estalo, movendo-se de volta ao seu lugar. Ela

faz um som sufocante e desmorona.

Consigo consertar os três dedos e, em seguida, amarrá-los

cuidadosamente com tiras de couro para mantê-los no lugar antes que

meu estômago se rebele. Mal consigo sair da caverna antes de

vomitar. Então, chuto a neve com os vestígios do meu vômito,

enojado de mim mesmo. Já coloquei no lugar ossos quebrados de

meus companheiros de clã, meus próprios ossos quebrados e nunca

estive doente com o pensamento de causar dor.

Mas essa pequena fêmea me transformou.

Meu khui cantarola no meu peito,

pedindo-me para voltar para seu lado.

Volto, e ela parece pequena, frágil e


infeliz em minhas peles. E suja também.

Digo a mim mesmo que devo despi-la para verificar se há mais

ferimentos. Que ela irá apreciar um cabelo e pele limpas quando

despertar. Todo o tempo, meu vibrante khui esteve mandando pulsos

de concordância. Ele quer que eu a toque. Reclame-a. E não posso

resistir ao seu canto de sereia.

Monto um tripé sobre o fogo e penduro uma bexiga cheia de neve

sobre ele. A neve vai derreter e aquecer, e então poderei limpá-la.

Agora, irei atender minha companheira.

Sua roupa suja é feita de forma estranha, e levo alguns momentos

para retirá-la de seu corpo. Quando faço, a coloco de lado para limpar

mais tarde. Parece haver duas partes, uma túnica longa que atinge os

quadris, e uma pequena tanga que me intriga. É para proteção? Ela

mal cobre seus quadris e fica claro que os humanos não conseguem

lidar com as extremas temperaturas ao ar livre. É por isso que ela é

tão pálida e doentia? Será que ela não poderá sair?

Quando a deixo nua, vejo as diferenças em

nossos corpos mais claramente. Meu khui

canta mais alto do que nunca no meu peito,

mas não vou cair em cima de uma

mulher inconsciente, doente e


acasalar com ela, assim decido ignorá-lo. Em vez disso, esmago um

sabão de bagas na água aquecida e mexo. Então molho minhas mãos

e as deslizo sobre sua pele para limpá-la.

Sendo honesto comigo mesmo, também para tocá-la. Meu pau

está duro como pedra no primeiro contato de minha pele contra a

dela, mas mesmo assim o ignoro. Ela está suja, fraca e cansada.

E me odeia.

Isso me permite ser forte tanto quanto qualquer outra coisa. Varro

meus dedos sobre sua pele pálida repetidamente, esfregando

manchas mais sujas e explorando. Ela é toda macia, sua pele sem os

cumes distintos e protetores que nós sa-khui temos sobre as nossas

partes mais vulneráveis. Ela também é quase totalmente sem pêlos, o

que acho estranho. Meu povo tem um pêlo macio cobrindo toda a

pele, mas a dela é aberta ao frio. Não admira que se arrepie tão

facilmente. Os únicos lugares em que crescem pêlos nela são na

cabeça, e entre as pernas. Lembro-me de Vektal

nos dizer sobre os seres humanos e sua

anatomia estranha. Ele alegou que sua

Shorshie tem um terceiro mamilo entre

suas pernas. Será que tem mesmo?

Curioso, deslizo a mão sobre seu


sexo e afasto seus lábios com os dedos. Com toda a certeza, um

pequeno nó é exposto. Está localizado no topo de sua fenda e brilha

com excitação. Mesmo quando a toco, o cheiro de seu sexo perfuma o

ar.

Preciso dela.

Fecho meus olhos e me obrigo a ser forte. Meu khui pulsa

incessantemente, cheio de saudade. Isso me lembra de tudo o que

nunca tive, e tudo aquilo que desejei por uma eternidade.

Ela será minha primeira em tudo. Minha primeira companheira.

Minha primeira amante. A mãe de meus filhos. Minha mão treme um

pouco quando alcanço seu sexo, resistindo à vontade de acariciar as

dobras macias que brilham com a excitação. O khui já está

trabalhando nela, se ela está respondendo ao meu toque, mesmo

inconsciente.

Espero que acorde em breve.

O pensamento de minha companheira

acordada me coloca em ação. Ela vai precisar

de comida e bebida, e roupas quentes e

frescas. Ela fará perguntas... e ficará com

raiva. Por alguma razão, o pensamento

de sua raiva me diverte. É como se


me culpasse por sua situação. Como se pudesse controlar meu khui e

escolher minha própria companheira. Bufo quando volto a esfregar

sua pele suja. A água suja escorre dela, e são necessários muitos ciclos

de lavagem até que sua pele fique com uma cor fresca que me deixa

satisfeito. Também limpo sua juba, e é surpreendente para mim

porque o que parecia escuro e sem graça agora é de uma cor dourada

escura. São macios e estão completamente emaranhados, pego um

pente com dois dentes da minha bolsa e lentamente desembaraço

punhados de mechas úmidas até que estejam limpas e brilhantes a luz

do fogo, corro meus dedos sobre sua juba como as folhas suaves e

macias de uma árvore sashrem. É sua característica mais atraente,

acho, porque o resto dela é tão suave e fraco que não sei o que pensar.

Até seus seios são pesados, mas sem texturas. Seus mamilos são quase

imperceptíveis contra sua pele. É estranho.

Eu termino de banhá-la e puxo uma túnica extra e uma saia da

bolsa que tinha no meu ombro. Pegamos roupas

velhas das mulheres de nossa tribo para as

humanas de Shorshie, mas quando se tornou

evidente que havia onze humanas e não as

cinco que tínhamos esperado, as

roupas se tornaram um bem


precioso, e escondi o que pude para minha companheira. Eu a visto

da melhor forma que posso, então a deixo dormir perto do fogo

enquanto dou uma mordida nas rações de viagem. O alimento gruda

na minha garganta. É difícil comer quando minha companheira está

ali, com as pernas cobertas por uma longa saia de couro. Poderia

facilmente deslizar entre as pernas dela e reivindicá-la, e seu corpo

receberia o meu.

E então ela iria olhar para mim com mais puro ódio em seus olhos.

Afasto o pensamento para longe, esfrego uma mão sobre a

protuberância na minha virilha até que a dor diminua, e então decido

caçar para minha companheira.

Comida fresca. Isso será o que ela precisa. Com essa ideia em

mente, me dirijo para fora da caverna e pego minha lança de caça.

Tudo dói. Eu sinto como se tivesse acabado

de acordar de uma noite de bebedeira e

estivesse de ressaca. Minha cabeça parece

estar nadando, minha pele está quente

e meu pé dói. Mas estranhamente


não estou cansada. Não a profunda dor óssea que tem sido minha

companheira constante desde que cheguei neste planeta. Cheiro algo

fresco e frutado e viro minha cabeça, percebendo que estou deitada

em um ninho de peles e tem um aroma agradável?

É o meu cabelo.

Isso me acorda. Sento-me e olho em volta. Não tive um banho

fresco em semanas, e acho que me acostumei com meu fedor. Mas

meu cabelo está limpo, macio e escovado, e estou usando roupa nova.

Minhas narinas se expandem e minha respiração acelera. Estou

usando roupas novas. Algum fodido me despiu enquanto estava

inconsciente.

Uma pele pesada cobre as minhas pernas, e há um fogo alto e

sobre ele um tripé com algo que cheira a chá. Sento-me, confusa.

Quando faço, uma grande figura entra tempestuosamente pela

porta da pequena caverna.

Raahosh. Ele levanta o queixo com a minha

visão, acordada, e, em seguida, joga uma caça

fresca no chão da caverna. Então, se volta de

costas para mim e trabalha na proteção da

aba de couro que funciona como uma

porta.
A visão dele me lembra de porque estive inconsciente. O Piolho.

Está dentro de mim. Choramingo e os meus dedos vão para a ferida

que deve estar na minha garganta, à ferida que Raahosh fez em mim

quando mudei de ideia.

Desapareceu.

Está completamente curada. A coisa está em mim. Agarro minha

garganta, desesperada para removê-lo.

Conforme faço, Raahosh se aproxima de mim e agarra minhas

mãos, me afastando. Quando ele me toca, meu peito começa a vibrar.

No começo acho que é meu estômago, mas o estrondo fica mais alto,

até meus seios estarem praticamente vibrando com a resposta. Estou

ronronando... por Raahosh.

Não quero.

Luto contra ele, agora em uma mistura de raiva e desespero. Não

quero o Piolho. Não quero Raahosh. Não quero nada disso. Chuto e

rosno e luto contra ele enquanto ele segura meus

pulsos. Tento alcançar a minha garganta, mas

ele não deixa. Ele não vai me deixar tirar isso

de mim. O alien agarra meu queixo e me

obriga a olhá-lo.
Então, ele dá um pequeno aceno de cabeça.

Bem foda-se. E que se foda. Um momento depois, ele libera

minhas mãos, me testando.

Bato com o punho no lado de seu rosto.

— Vestiu-me enquanto estava inconsciente, seu filho da puta?

Banhou-me? Forçou a porra de um Piolho em mim? Te odeio! — Cada

palavra gritada é pontuada por braços agitados e pés chutando até

que sou um incontrolável dilúvio de raiva, batendo nele.

Sua única resposta?

Um suspiro irritado. Então, ele agarra meus pulsos novamente,

os junta em minhas costas e me empurra para as peles.

— Não! — grito até mesmo quando minha bochecha atinge a pele

macia.

Ele murmura algo em língua estrangeira e, em seguida, sinto

cordas se movendo em torno de meus pulsos. O desgraçado está me

amarrando.

Apenas quando penso que Raahosh não

pode ser mais fodido do que já é, ele me

surpreende.

— Eu te odeio tanto — rosno.


Ele termina de me amarrar, se move para amarrar meus pés e

depois volta para o fogo próximo com se não fosse grande coisa.

Ofegante, furiosa de raiva, meu olhar percorre a pequena

caverna. Onde estamos?

— Onde está todo mundo?

Ele esfola a carcaça do pequeno animal e começa a limpá-lo,

ignorando minhas perguntas. Quando ele está satisfeito, ele corta

pedaços pequenos e, em seguida, coloca-os em uma pedra quente. Seu

lábio se enrola enquanto chia e começa a cozinhar, e seu olhar desliza

sobre mim.

Meu estômago ronca. Pior do que isso, meu peito ainda está

vibrando com a reação do meu Piolho a ele. Se isso significa que acho

que isso significa...

Eu só consegui para mim mesma um marido alienígena.

Porra.

Este cara?

Lamento, porque isso não é o que eu

queria. Se tivesse que ter um alienígena,

porque não poderia ter um cara legal e

sorridente? Alguém com um sorriso

que se ilumina com a minha visão e


me trata como ouro? Alguém que olha para mim como Vektal olha

para Georgie?

Em vez disso, tenho a versão alienígena de um gato rabugento, e

ele apenas me amarra como um bezerro em um rodeio. Idiota.

Coloco minha cabeça para baixo sobre os cobertores, tentando me

acalmar.

— Ok! — digo a ninguém em particular. — Você está aqui, Liz.

Quando a vida lhe der limões, faça uma limonada. Você está viva, está

saudável... Apesar do parasita. — Eu me ajusto, tentando flexionar

meus braços nas cordas.

— Você tem um novo amigo, e uma boa caverna quente. E alguém

está fazendo o jantar para você em vez de você ser o jantar. Poderia

ser muito pior.

Olho para Raahosh.

Ele olha para mim, então calmamente vira um pedaço de carne

com a ponta da faca, cozinhando do outro lado.

Está claro que ele não está prestando atenção a

minha palestra, o que apenas enfatiza ainda

mais que ele não é um dos alienígenas que

tem a linguagem zap. Não me


surpreende, o bastardo hostil provavelmente não queria uma esposa.

— Então ele não fala Inglês — respiro, torcendo minhas mãos nas

cordas. — Eu tenho certeza que você pode se comunicar com ele de

alguma forma, Liz. Basta usar seu cérebro.

Reflito por um momento. Há um velho provérbio do sul, que diz:

você pode pegar mais moscas com mel do que vinagre. Pena que sou

toda irritação e vinagre, mas vou tentar ser mel por um momento.

— Ei, Raahosh? — Minha voz é doce como açúcar.

Ele para ao lado do fogo ao som de seu nome. Seus olhos estreitos.

Levanto minhas mãos e gesticulo com elas o melhor que posso.

— Quer tirar isso para mim? Prometo que não vou me comportar,

mas você não sabe disso, não é? — Mantenho meu sorriso

encorajador. — Alien legal. Bom alienígena. Venha libertar o bom

humano.

Ele pisca.

Levanto minhas mãos novamente e faço uma

manobra nas peles. O movimento faz meus

mamilos se esfregarem contra o tecido da

minha túnica, e... oh, merda. Tenho que

conter o gemido que ameaça me

escapar.
Estou tão estupidamente excitada. Piolho estúpido.

Pressiono minhas coxas juntas, desejando que a coisa pare de

bater com as batidas do meu peito. Pare, digo. Pare com isso agora.

Eventualmente, ele se acalma, e olho para Raahosh novamente. Ele

está reunindo os pedaços cozidos de carne em uma pequena bolsa e

então se move para o meu lado.

— Você vai me libertar, Raahosh? — Aceno para as minhas mãos.

Em resposta, ele enfia um pedaço de carne carbonizada em minha

boca.

— Realmente odeio esse cara — digo enquanto mastigo em voz

alta. — Não posso fazer limonada quando o limão é um pau tão

grande.

Ele simplesmente empurra outro pedaço em minha boca, alheio à

minha miséria.

Depois que termino de comer, caio no

sono apesar dos laços, e quando acordo,

está escuro lá fora. O fogo está se

apagando, mas ainda emitindo uma


luz baixa, e é um pouco quente, apesar da neve que vem de fora da

boca da caverna.

Raahosh se foi.

Assim como as amarras nos meus pulsos e pés.

Sento-me, esfregando os olhos. Me sinto melhor depois da minha

segunda soneca, a maioria das minhas dores desapareceram.

Contudo, não sei onde estão os outros, e me pergunto por que somos

apenas Raahosh e eu. Não posso nem perguntar a ele. Era isso parte

do plano? Não posso pensar, porque imagino as garotas humanas

recém-acordadas tentando lidar com o fato de serem separadas do

grupo e se emparelharem a um estranho e não posso imaginar que

alguém pensou que isso fosse uma boa ideia.

— Olá? — Falo.

A caverna está silenciosa, quase escura. Estou por minha conta.

Por um momento, penso em fugir. Escapando e dando um grande

foda-se para Raahosh. Mas não sou uma idiota.

Não tenho nenhuma ideia de onde estou ou de

onde ele me levou. Não sei nada sobre este

planeta e mesmo que ele seja um idiota?

Ele é minha melhor chance de

sobrevivência por agora.


Mas estou incrivelmente feliz que ele se foi por agora... porque

estou muito excitada.

Não quero estar. Na verdade, esse provavelmente deveria ser

meu momento menos sexy de todos os tempos. Fui sequestrada por

alienígenas, forçada a sobreviver em um planeta de gelo, e agora

estou basicamente casada com o Sr. Alto, Escuro, e Super Grosso.

No entanto, quando penso em Raahosh, a imagem mental faz

meu Piolho vibrar. Ele começa a ronronar em meu peito, sacudindo

meus seios sensibilizados e fazendo meus mamilos roçarem contra o

tecido grosso da túnica.

Eu gemo e caio de volta sobre os cobertores.

A sensação é... muito boa. Não é justo.

Minha mão desliza por baixo da minha túnica e seguro meus

seios. Oh, Deus, eles estão sofrendo tanto. Sinto-me oca entre as

pernas também. Preciso de sexo e preciso muito dele. E o único cara

por perto é Raahosh de corpo alto e magro e rosto

permanentemente carrancudo.

Caramba, obrigada Piolho. Muito

obrigada.

Imagino Raahosh novamente, e

minha mão desliza sob minha saia.


Minha boceta está encharcada, meus cachos molhados e

escorregadios de necessidade. Os lábios do meu sexo parecem

inchados e doloridos, e quando passo meus dedos pelo clitóris, está

tão sensível que quase gozo ali mesmo. Gemo em voz alta e começo a

me tocar.

Talvez uma rápida sessão de masturbação, enquanto Raahosh

não volta, seja exatamente o que preciso para manter o Piolho sob

controle. Mesmo quando digo a mim mesma isso, a imagem mental

de Raahosh enche minha mente e imagino seus ombros musculosos á

mostra enquanto ele se inclina sobre mim. Imagino sua boca firme e

séria fazendo um silvo de prazer quando afunda em mim e

começamos a foder.

Ótimo, agora estou me masturbando para o alienígena. Vou

culpar o Piolho por isso também. Não gosto do cara. Eu não.

No entanto, não posso negar que o pensamento de nós transando

me deixe molhada como o inferno. Deslizo um

dedo em mim e choramingo porque não é o

suficiente. Preciso de mais. Preciso dele. Mas

por enquanto, me tocar terá que servir.

Posiciono meu polegar sobre meu


clitóris e começo a esfregar e me arqueio nas peles.

— Raahosh! — Gemo, deslizando meu polegar sobre o meu

clitóris.

E você não sabe, o bastardo aparece na porta da caverna como se

tivesse me ouvido chamar o seu nome.

O que eu tinha.

Eu fui pega, com as mãos na calça.

Gemendo seu nome.

Eu nunca vou esquecer essa experiência.


Quebrado

É tarde da noite quando ouço ruídos fora da caverna, à distância.

Eu saio para investigar, lança na mão, pronto para proteger minha

humana enquanto ela dorme. Estar sozinho nas terras de caça é

sempre perigoso e um bom caçador está sempre pronto. Era um

rebanho de dvisti passando nas proximidades. Eu os observo um

pouco, estudando as éguas. Algumas não têm filhotes, e pode ser uma

boa ideia caçar quando os sóis retornarem, para que eu possa encher

minha pequena caverna com comida suficiente para minha

companheira. O pensamento é agradável, e volto para a caverna em

alto astral apesar da hora tardia...

Apenas para encontrá-la preenchida com o

almíscar de sexo e minha companheira

tocando seu estranho terceiro mamilo

entre suas pernas enquanto ela gemia

meu nome.
A visão me enche de alegria, e meu pau cresce animado. Meu khui

canta no meu peito. Ela está pronta para acasalar. Ela…

Eu devo lembrar-me do nome dela.

Eu passo para frente, observando enquanto ela puxa as mãos

debaixo da saia com um pequeno grito. Ela se arrasta para trás nas

peles, mas a evidência do que está fazendo perfuma o ar. Ele me

chama tão fortemente que eu posso praticamente prová-la com a

minha língua, e meu pau pula e lateja em resposta.

Seu khui ressoa em seu peito e vejo quando uma de suas mãos vai

para seus seios, como se tentasse silenciá-lo. Meu próprio khui canta

uma resposta. Isso é bom. Certo. Eu nem me importo que ela seja

pequena e frágil e não sa-khui. Nem que o rosto dela seja plano e

suave. Ou que não goste de mim.

Ela é minha. Meu corpo e o dela sabem disso.

— Não. — ela sussurra no momento em que dou um passo à

frente, e levanta a mão e balança a cabeça. — Você

não pode me tocar. Você não pode ter isso.

Mais uma vez ela me recusa? Eu bufo

incrédulo. Não posso acreditar. Mas paro,

observando-a. Esperando para ver o

que fará. Ela é imprevisível.


Eu… me divirto com isso.

Seus dedos acariciam seu sexo novamente, e o cheiro de excitação

enche o ar.

— Eu odeio isso. — diz enquanto acaricia aquele mamilo estranho

entre as pernas e estremece ao toque. — Nenhuma mulher em sã

consciência estaria excitada nesta situação. Mas eu posso parar de me

tocar? Não! Porque o pensamento de sexo me faz doer de maneira que

eu não posso imaginar. — Seus dedos deslizam através de seus sucos,

esfregando-os para cima e para baixo.

Eu gemo com a deliciosa visão e minhas mãos flexionam. A

necessidade de tocá-la é palpável... mas, também a carranca em seu

rosto. Então cerro os punhos e me contenho, esperando para ver o que

ela faz. Certamente Georgie não lutou contra Vektal quando ele a

reivindicou?

Mas ... ela está claramente pensando em mim. Geme meu nome

enquanto toca em si mesma. A lembrança do meu

nome em seus lábios apazigua minha

frustração e eu estreito meus olhos,

observando.
A respiração sibila de seus pulmões novamente e ela continua a

se tocar.

— Eu não estou fazendo isso porque quero. — diz. — Estou

fazendo isso porque preciso. Porque essa coisa zumbindo no meu

peito não me deixa parar. — Ela se toca novamente, acariciando o

mamilo, e então me dá um olhar tão frustrado e irritado que sinto uma

pontada de pena por ela. Vektal disse que os costumes humanos sobre

o acasalamento são diferentes. Ela deve se sentir impotente.

Sua cabeça balança e ela morde o lábio pequeno e rosado. Seus

dedos trabalham em sua boceta e o mamilo ainda mais rápido. Está

claro que ela está indo em direção ao lançamento, e não tem intenção

de me deixar tocá-la.

Raiva se inflama em mim. Ela acha isso divertido para mim? Que

eu goste de uma companheira que rejeita meu toque? Acha que eu

não sofro da mesma loucura que ela? Que eu não queimo pelo toque

dela? Para enterrar meu pau em seu calor úmido?

Ela acha que está sozinha nisso?

Ou não me importo com ela?

Se ela insistir em tomar seu próprio

prazer diante de meus olhos e me

manter longe, então farei a mesma


coisa. Eu desfaço o fecho das minhas calças e libero meu pênis

dolorido. Ele se projeta dos meus couros, orgulhoso e comprido.

Ela ofega pela visão, parando momentaneamente em sua fricção

frenética.

— Oh, meu Deus!

Suas palavras são absurdas. Algo sobre o coito e os espíritos, mas

sua expressão me diz tudo o que preciso saber, assim como seus lábios

entreabertos.

Neste, eu sei que sou abençoado. Meu pau é o maior da minha

tribo. Eu vi os outros homens se banhando e eles não se aproximam

da minha circunferência ou comprimento. Eu pego meu pau na mão,

satisfeito por ela gostar do tamanho e acaricio, arrastando a mão para

cima e para baixo lentamente, deixando-a assistir.

— Esse é o maior pau que já vi. — ela respira. — De jeito nenhum.

Eu só entendo cerca da metade do que ela diz, mas ela lambe os

lábios, e seus dedos deslizam sobre sua boceta

mais uma vez. Minha própria respiração

acelera com a visão. Ela vai se tocar com a

visão de eu me tocando?

Um gemido me escapa, e minha

mão acaricia meu pau novamente.


Eu a desafio a olhar. Para assistir cada movimento da minha mão

enquanto aperto meu comprimento e agito meu pulso. Enquanto me

movo sobre a coroa, volto para a base grossa novamente. Observe-

me, silenciosamente comando. Observe eu me tocar na sua frente.

E o tempo todo, meu khui ressoa em meu peito, tão alto que meu

sangue troveja em meus ouvidos.

Eu ouço seu khui respondendo ao meu, aumentando de volume,

e ela geme.

— Oh, Deus, eu sinto isso zumbindo através de mim. — Sua mão

acelera, e ela esfrega o pequeno mamilo entre as pernas com

movimentos rápidos. Seu olhar se fixa no meu pau novamente, e

lambe os lábios.

Eu gemo com a visão disso. Ela está antecipando o gosto que eu

teria em sua boca? O pensamento é excitante. Eu imagino alimentá-la

com meu pau, a cabeça dele acariciando aqueles lábios macios e

carnudos... e ela dizendo meu nome enquanto o

leva à boca. A própria imagem é obscena.

Fecho meus olhos, porque preciso de tudo

que tenho para manter o controle. Para não

lançar sementes por todo o chão da


caverna instantaneamente no pensamento. Eu quero vê-la gozar

antes.

Ela ainda está falando, apesar de achar que não consigo entendê-

la. Esta humana é uma faladora. Abro os olhos para observá-la e vejo

que ela ainda tem o seu olhar no meu pau.

— Não posso acreditar que você tem cumes em seu maldito pau.

— diz, sua mão acariciando sua boceta furiosamente. A outra se

aproxima por baixo da túnica e cobre seu seio, e ela assobia com

satisfação. — E eu não sei qual é desse chifre, mas isso está me

deixando louca. — Seus dedos deslizam em sua boceta com um som

molhado, e então ela geme mais alto. — Foda-se, eu estou gozando.

Minhas narinas se abrem enquanto a vejo tremer e jogar a cabeça

para trás com a força de seu orgasmo. Os cordões em seu pescoço se

destacam e seu corpo inteiro endurece, enquanto o cheiro do sexo fica

ainda mais espesso na pequena caverna. Seus dedos trabalham sua

boceta mais forte, e ela engasga e faz sons suaves

quando goza.

Ela fez isso me observando. Ver meu pau

a excitou.

Eu sinto uma intensa onda de

orgulho e desejo pelo pensamento. A


necessidade de possuí-la cresce mais do que nunca, mas me lembro

das palavras de Vektal. Os humanos têm diferentes rituais de

acasalamento. Talvez este seja um deles. Talvez eu tenha lido errado

os sinais da minha humana. Talvez ela não esteja me afastando, é

assim que me diz que está interessada. Um passo no ritual de namoro.

Eu acaricio meu pau novamente, mais forte, enquanto seus olhos

se abrem e seus dedos molhados e brilhantes deixam seu sexo. Em um

torpor, ela me observa bombear meu pau com a minha mão, e

novamente, eu a imagino mais perto, tão perto que posso sentir sua

respiração na minha pele. Ela ainda está me observando, e quero

puxá-la para este momento, para que ela saiba que isso é para ela.

Meu pau, meu khui, minha ressonância, tudo pertence a ela agora.

É dela.

Ela disse seu nome antes, e isso reverbera na ponta da minha

língua. Eu lembro agora.

— Liz.

E eu tenho certeza de dizer isso quando eu

gozo.
Bem... isso foi sujo.

Eu não esperava que ele me pegasse me tocando. Gemendo o

nome dele? Apenas o dobro da humilhação. Isso me irritou e comecei

a me masturbar como uma demonstração deliberada de

independência. Para mostrar-lhe que ele não possuía meu corpo como

pensava. Que o piolho não era meu chefe.

E o que ele fez? Sacou seu pau enorme e veio junto para o passeio.

Pior de tudo? Foi incrivelmente sexy. A visão daquela mão

enorme habilmente acariciando o seu comprimento, mostrando-me

como ele gosta de ser tocado? Isso me deixou mais molhada do que

nunca.

Culpo o piolho. Eu deveria estar chocada. E ter parado de me

tocar no momento em que ele me pegou. Em vez disso, mutuamente

nos transformamos em um frenesi. Agora eu deito, ofegante e

exausta. Sua semente está espalhada por todo o chão da caverna e ele

está me encarando, um desafio naqueles

brilhantes olhos azuis.

Eu me enrolo nos cobertores, enfiando

minhas pernas fechadas.

— Se você acha que eu estou

limpando isso, você tem outra coisa


vindo até você. — Mas isso me lembra que minha mão está molhada

com meus próprios sucos, e eu não quero enxugá-la em minhas

roupas limpas, não depois de semanas rolando na minha própria

sujeira. Eu olho para a minha mão, frustrada.

Para minha surpresa, ele se aproxima exausto. Eu suspiro e recuo

contra a parede da caverna.

— Não me toque! Não.

Ele pega minha mão e se abaixa, farejando. Então, com o seu olhar

em mim, ele lambe minha palma e meus dedos.

— Oh, meu Deus. — lamento. — Você é direto e

desagradavelmente perverso, não é? — tento puxar minha mão, mas

ela está presa em seu aperto e ele lambe cada centímetro da minha

palma e dedos. Todo o tempo, seu enorme pau alienígena está a

centímetros do meu rosto, e é difícil de novo. Ele não está

conseguindo a segunda rodada. Eu me contorço de seu aperto,

odiando que sua língua na minha carne faça o

pênis começar de novo. Ele finalmente me

libera e me afasto dele. — Pervertido! — Este

é um homem que me despiu enquanto eu

estava inconsciente e não tem

vergonha de reclamar meu corpo.


Está me enlouquecendo... e está me assustando que eu também esteja

me excitando com isso.

Ainda culpando o piolho.

Eu empurro seu estômago, tentando levá-lo a dar alguns passos

para trás.

— Vá embora. Já ouviu falar de espaço pessoal?

Ele olha para mim e seu pau está seriamente bem no nível dos

olhos. Isso me dá uma boa olhada nos “extras” em sua anatomia.

Quero dizer, ele é um alienígena, então não espero que ele seja como

os caras dos clubes em casa, mas estou um pouco irritada por Georgie

nunca ter mencionado nada assim quando ela mencionou que esses

caras estavam procurando por esposas. Ele tem um chifre de algum

tipo acima do seu pênis. Não é pontudo como os chifres em sua

cabeça, mas parece quase como outro polegar para fora acima de seu

pau, e eu não tenho ideia do que diabos isso é. Pior do que isso, seu

pau, não que eu esteja examinando, lembre-se, tem

as mesmas saliências ao longo do topo que seus

braços e peito têm.

Isto é tão estranho.

Eu não sou tão ligada por isso.

De modo nenhum. Não.


O piolho no meu peito vibra, e eu bato para silenciá-lo. Piolho do

caralho. Eu pego as peles sob os pés de Raahosh.

— Posso ter isso, por favor? — Para meu alívio, ele se afasta e eu

pego os cobertores e os coloco ao redor do meu corpo, resmungando

enquanto fechava os olhos e tentava voltar a dormir. O piolho no meu

peito apenas continua ronronando como um idiota. E eu estou

irritada e não sinto nada.

É como se a masturbação fizesse as coisas piorarem em vez de

melhorar. O que… realmente é uma merda.

Eu ainda estou totalmente exausta, no entanto. Meu corpo está

me dizendo que precisa de mais sono. Bem, na verdade, está me

dizendo que precisa de sexo e depois dormir. Mas eu posso dormir.

Fecho meus olhos e tento ignorar Raahosh se movendo na

extremidade da caverna. Eu não acho que ele vai tentar alguma coisa,

se ele quisesse, já teria feito. Então, mesmo que esteja sozinha em uma

caverna com um alien louco e nós apenas tivemos

um festival de masturbação, caio no sono.

Quando acordo de manhã, não estou

totalmente surpresa de sentir um

grande corpo quente pressionando o


meu. Raahosh não é exatamente o Sr. Limites, mas se tudo o que ele

está fazendo é dormir, posso viver com isso. Eu bocejo e sento-me,

fugindo dele.

Seu braço grande vai automaticamente ao redor da minha

cintura. Ele grunhe e me puxa de volta contra ele, então aninha-se

mais em baixo nos cobertores.

Homem típico. Eu arranco seu braço de cima de mim.

— Alguns de nós temos que fazer xixi. — deslizo para fora de seu

aperto e balanço nos meus pés. Minhas pernas tremem, mas me sinto

forte. Mexo os dedos dos pés, e eles também estão firmes. Hã? Talvez

o piolho não seja o pior do mundo. Então, novamente, tem um gosto

terrível para homens.

O chão da caverna foi varrido, e o fogo tem carvões quentes e

baixos, o que me diz que Raahosh não está dormindo há muito tempo.

Eu bocejo e olho em volta procurando por sapatos, mas a única coisa

que vejo são suas botas. Eu dou de ombros e coloco

meus pés nelas, em seguida, corro para a neve

para fazer o meu negócio.

Eu não vou longe, porque não sou

idiota. Este lugar é estranho e

completamente desconhecido e pode


ser cheio de todos os tipos de coisas perigosas. Eu não me afasto da

boca da caverna, e não estou surpresa quando me viro para ver

Raahosh lá, com um olhar sonolento no rosto, lança nas mãos, pronto

para me proteger.

Ou, você sabe, me derrubar.

— Eu não vou a lugar nenhum. — digo a ele. — Não, a menos que

haja um Starbucks na esquina. — Ele gesticula para a boca da caverna

e eu rolo meus olhos, voltando para dentro. — Sério, onde você acha

que eu vou? Não tenho ideia de onde estou e não sei em que direção

todos os outros estão. Você acha que eu vou apenas escolher uma

direção e decidir fazer isso? Depois de tudo que passei?

Quando ele apenas olha, suspiro.

— Deixa para lá. Eu estou claramente falando com uma parede

de tijolos aqui. Obrigada por me sequestrar, a propósito. A melhor

maneira de tornar uma situação de merda ainda pior. Eu

sinceramente aprecio isso. — Ele olha e gesticula

para a boca da caverna novamente. — Certo.

Eu estava indo nessa direção.

Me movo dentro da caverna e me

sento perto do fogo. Demoro um

momento antes de perceber que não


estou mais... tremendo? Ou estou completamente insensível ao frio

neste lugar ou o piolho está fazendo sua mágica. Quer dizer, é rápido

e eu poderia usar um belo casaco quente, mas não sinto mais como se

meus pés fossem se transformar em blocos de gelo. Sento-me nas

peles e tiro as botas, oferecendo-as a ele novamente.

Ele os leva com um olhar de olhos estreitos. Então, ele os examina

com cuidado, como se eu os tivesse prendido nos três segundos que

eu os tirei dos meus pés. Eu bufo.

— Faça-me alguns sapatos e não vou roubar o seu. — empurro

uma mecha de cabelo para fora do caminho. Ainda está limpo e

brilhante e cheira bem, mas também está uma bagunça por secar

emaranhado. Preciso trançar e tirar do caminho. Eu tento me sentar

de pernas cruzadas e minha longa saia de couro impede minhas

pernas. Calças também. Eu preciso de calças. Calças, sapatos e algo

para puxar meu cabelo para trás.

— Eu não suponho que exista café neste lugar?

— pergunto, sabendo muito bem que não pode

responder. — Se você planeja me manter em

cativeiro, eu vou ser a mais exigente cativa

idiota que você já lidou, então esteja

pronto, idiota bárbaro.


Raahosh entra na caverna e se agacha perto do fogo, alheio aos

meus insultos. Ele pega uma de suas facas e arrasta a ponta através

das brasas, agitando o fogo e tornando-o mais alto, as chamas se

avivando. Então, ele se move para a parte de trás da caverna e pega

alguns tijolos do que eu espero que seja turfa e não coco. Ele os

adiciona ao fogo e o agita novamente com sua faca. Todo o tempo eu

o observo. Estou tentando não notar que quando ele anda, tem esse

movimento gracioso, quase como um dançarino. Ou que suas

leggings são feitas de couro estranho, como se estivessem presas a um

tecido de lombo, e isso delineia um equipamento bastante

interessante que vi de perto e pessoalmente ontem. Seus músculos das

pernas flexionam com beleza inumana enquanto ele se agacha perto

do fogo novamente, e sua cauda bate no chão, sacudindo como um

gato irritado. Ele está irritado comigo? Ou isso significa outra coisa?

— Você é como um gato, agora que penso nisso. — digo a ele. —

Você tem uma cauda irritada, e aposto que se eu

acariciá-lo, você ronrona. Há. Agora, se

pudesse fazer você ir atrás de um rato e me

deixar em paz.

Seus olhos se estreitam para mim

novamente.
— Eu estou falando sobre comida. — minto, mantendo minha

expressão serena. Eu gesticulo que estou comendo. — Que tal alguns

yum yum para o meu tum tum, bigodudo?

Ele grunhe e fica em pé, e juro que não estou me arrastando sobre

ele ou aquelas coxas grandes e duras. Eu não estou, não mesmo. Ele

se move para o outro lado da caverna novamente, onde tem um

pequeno pacote de seus pertences armazenados e puxa um odre. Eu

já vi o tipo antes. Meu pai adorava ir à velha escola quando ia caçar,

e tinha um muito parecido com esse. Eu conheço isso.

Raahosh dá uma pequena sacudida, deixando a água escorrer

pelo fundo. Então, ele levanta em direção a sua boca.

— Seu pau! — digo, indignada. — Você está fodendo comigo?

Pouco antes de ele tomar um gole, olha para mim e um sorriso

diabólico cruza seu rosto.

Eu imediatamente começo a ronronar, e meu pulso começa a

bater entre as minhas pernas. Droga, piolho, agora

não é a hora.

— Você está totalmente fodendo comigo.

— resmungo, mas ele me entrega a pele e,

em seguida, acaricia minha bochecha,

indicando que é tudo meu. Não me


agrada o lado lúdico dele. Não. Eu também não estou sorrindo. Meus

lábios são idiotas porque eles não estão ouvindo muito bem, no

entanto.

Eu bebo água, um pouco desapontada por não ser café, e guardo

um pouco porque não sou uma idiota. Ele toma um gole, depois volta

para a boca da caverna, embala a pele agora vazia com neve e a

amarra, depois a pendura de uma pequena saliência na parede.

Enquanto eu assisto, ele coloca suas botas.

— Oooh, vamos caçar? — digo, animada. Endireito minhas

roupas e fico de pé. — Eu costumava ajudar meu pai com a caça. Eu

sou ótima com um arco. Claro, não tenho um agora, mas tenho boa

pontaria. Se você puder me levar para buscar madeira, eu

provavelmente posso fazer um.

Ele não diz nada, simplesmente puxa uma bota, aperta os laços

logo abaixo do joelho, para que toda a perna fique coberta e repete o

movimento. Ele pega sua lança e, em seguida, sem

olhar para mim, vai para fora.

Eu fico boquiaberta. Aquele idiota. Ele

simplesmente me ignorou e foi caçar sem

mim. Furiosa, corro atrás dele,

descalça... por cerca de um metro.


Então desisto porque até o piolho não consegue manter meus dedos

quentes. Eu tremo e volto para a caverna, irritada com o meu captor.

Se ele acha que esse é o jeito de me atrair, sua cabeça está tão

quebrada quanto esse assim chamado relacionamento.

Eu pego meu caminho de volta para a caverna para me sentar

perto do fogo e espero que o idiota volte.

Ela é uma faladora, minha Liz. Mesmo quando ela pensa que não

a entendo, ela divaga e fala, mantendo uma conversa unilateral. É

estranho para mim, porque sempre fui silencioso. Até a minha tribo

brinca que eu gosto mais do silêncio.

Mas… eu não sei o que faço.

Ela mencionou a caça quando saí da caverna e pareceu

desapontada quando não a levei comigo. Minha

mulher caça? O pensamento é incomum para

mim. Não é que nossas mulheres não sejam

capazes, mas são tão poucas e preciosas

que não nos atrevemos a arriscar em

uma perigosa viagem de caça. Talvez


quando ela ceder ao khui-bond entre nós, nós vamos caçar juntos.

Vamos rastrear e matar juntos, e descansar em cavernas e fazer amor

durante as longas noites de inverno...

E Liz vai tagarelar o tempo todo e assustar toda a caça.

A ideia ainda me enche de alegria. Pensar que posso ter uma

companheira depois de tanto tempo. Eu tenho minha tribo, mas

sempre me senti… sozinho. No lado de fora. Talvez tenha sido porque

nunca tive uma companheira ou uma amante. Eu assumi que

ninguém me queria.

Então minha empolgação acabou. Ninguém me quer ainda. Liz

não. Irritado comigo mesmo, finco a ponta da minha lança na neve e

a uso como uma bengala. Ela vai mudar de ideia. Ela deve. Eu… não

sei o que farei se minha própria parceira me rejeitar apesar do khui

em seu peito.

O pensamento faz minha alma doer com a solidão.

A caça é escassa perto do lençol de gelo, e levo

um tempinho para encontrar uma refeição que

seja grande o suficiente para nós dois. Ataco

minha presa apunhalando-a na garganta

antes que ela fuja. Então, eu sangro a

carcaça, tiro as vísceras e uso como


isca para uma armadilha que vou verificar amanhã. O resto dos

órgãos, levo de volta para a caverna, desde que Vektal disse que os

humanos são exigentes e não comem as melhores partes da matança.

Quando volto para a caverna, o cabelo da humana está molhado

como se ela estivesse se banhando novamente. O cantil está cheio de

neve mais uma vez, e ela está sentada nas peles sem a saia. Eu paro

com a visão de um delicado flanco nu, a curva de sua nádega fazendo

meu khui pulsar impiedosamente no peito.

Ela se move e delicadamente puxa as peles sobre as suas costas,

escondendo-as da minha visão, e seu rosto fica um tom interessante

de rosa.

— É bom ter você de volta. — diz ela.

Meu coração bate. Ela quer dizer isso? Meu pau está duro e

dolorido com a necessidade de reivindicá-la, mas sua expressão não

me diz que está feliz em me ver. É confuso. Isso é mais um ritual de

acasalamento humano que eu não entendo?

Por que Vektal não nos contou mais sobre

o namoro humano? Eu estou perdido.

Vejo como minha fêmea usa uma faca

de osso para perfurar um buraco em

sua saia. Na verdade, não é mais


uma saia , parece que ela está fazendo calças. Isso é inteligente. Seu

cabelo está preso em uma coroa no topo da cabeça e estou

impressionado com sua criatividade.

Eu também estou um pouco preocupado, pois estou

deliberadamente mantendo-a sem sapatos porque suspeito que ela vá

embora no momento que ela tiver. Vou ter que observá-la de perto.

Um grunhido enche a caverna, e por um momento acho que é o

khui dela... então u percebo que é o estômago dela. Ela está com fome.

Eu me movo em direção ao fogo e uso alguns galhos para criar

um espeto. Os humanos gostam da carne queimada, então eu farei

isso para Liz.

— Isso é um porco-espinho? — Ela pergunta quando coloco de

lado a pele da caça. — Parece que se acasalou com um gato e um

ornitorrinco.

Não sei do que ela está falando. Eu corto longas tiras da carne

mais suculenta dos flancos da criatura e as coloco

em galhos para que eles possam cozinhar no

fogo. Ela observa com interesse, comentando

ocasionalmente.

— Eu não posso sentir o cheiro da

comida tanto quanto pensei que seria


capaz. — diz ela. — É estranho. É como se meu nariz estivesse

entupido, mas não esta. Eu simplesmente não consigo cheirar coisas

como costumava fazer. — Ela levanta um braço e fareja por baixo. —

Até meu próprio CC é praticamente inexistente. É o piolho? Ou um

tipo de coisa fisiológica? Uma garota na floresta fede se não há

ninguém por perto para cheirá-la?

Sua conversa incoerente continua e acabo pegando uma das tiras

do fogo, cheirando-a. Parece horrível... o que provavelmente significa

que está feito. Eu seguro isso para ela, querendo alimentar minha

companheira.

Ela estende a mão e antes que ela possa pegá-lo, eu o afasto.

Liz franze a testa para mim.

— Mesmo? Estamos jogando este jogo de novo? — Ela me dá um

olhar descontente e estende a mão com a palma virada para cima.

Bem. Posso facilmente examinar minha companheira quando

suas mãos estão cheias. Eu entrego a carne para

ela, e quando ela a pega, suas mãos estão

ocupadas. Eu me inclino e coloco meus dedos

no rosto dela, examinando o azul dos olhos

dela. Mesmo que ela tente se afastar,

fico feliz com o que vejo. Há um forte


brilho azul nos olhos dela, o que me diz que o khui dela é saudável.

A ressonância que começa em seu peito ao meu toque me diz que o

nosso vínculo a está incomodando tanto quanto a mim.

Bom.

Sento-me nos calcanhares e vejo-a mordiscar um pedaço de carne.

Ela tem uma expressão de frustração no rosto enquanto mastiga.

— Não tem gosto de nada. — como outro pedaço de carne crua e

a observo. Suas pequenas feições enrugam e ela pega outro pedaço de

um dos espetos. — Por que não posso provar? — Ela me observa

enquanto eu pego um pedaço de carne crua e coloco na minha boca.

Ela lambe os lábios e meu pau responde como se ela estivesse o

lambendo. Meu khui ressoa ferozmente, e o dela responde. Ela ignora

e se concentra na minha comida. — Posso experimentar um pouco do

seu?

Ela aponta para a carne crua que eu tenho cortado da matança.

Estou surpreso. Vektal não disse que sua

companheira ficava enojada com comida crua?

Mas os olhos de Liz estão arregalados e

curiosos, e ela está olhando minha boca de

um jeito que me faz imaginar nós dois


nos acasalando, minha boca pressionada contra sua pele macia e

pálida.

Eu vou dar a ela tudo o que me pedir. Qualquer coisa. Tudo.

Eu corto um pedaço grosso e carnudo de carne da caça para ela.

Quando a alcança, eu pego a mão dela de lado. Se minha companheira

quiser minha comida, eu a alimentarei. Ela me dá um olhar irritado

quando tento, mas já estou acostumado com isso. Depois de um

momento, ela obedientemente abre a boca, esperando que eu a

alimente.

Um gemido baixo de necessidade me escapa.

Ela não abre os olhos.

— Você é um pervertido. — diz ela com voz rouca e sua boca se

abre um pouco mais.

Eu delicadamente coloco o pedaço de carne entre seus lábios. Os

pensamentos que tenho sobre a minha companheira são carnais e

errados, porque estou imaginando a boca rosada

dela se movendo sobre a minha pele,

acariciando os sulcos ao longo dos meus

braços e estômago... e então se movendo

para baixo.
Agora que a imagem está na minha mente, não consigo me livrar

dela. Meu pau endurece por trás do meu tecido de pele, desesperado

para reivindicar minha companheira.

Ela pega a carne e mastiga devagar, considerando. Então ela

balança a cabeça e abre os olhos.

— Melhor. Muito melhor. Agora vejo por que vocês comem cru.

— Sua mão vai para o meu joelho e ela me dá um olhar inocente de

olhos arregalados que eu vi em kits jovens tentando persuadir um pai.

— Posso comer o seu? — Ela aponta para a carne que eu reservei para

a minha própria refeição.

E então, para enfatizar seu ponto, seu polegar acaricia meu joelho.

Estou sendo coagido por olhos arregalados e um simples toque.

Eu sei que é tudo para me manipular, mas acho que não me importo.

Se ela mantiver a mão lá, vou dar-lhe cada pedaço de carne na

caverna. Corto outro pedaço e a alimento novamente, fascinada por

sua pequena boca mastigando, a expressão

satisfeita em seu rosto.

A mão no meu joelho. Eu daria qualquer

coisa para que ela tocasse debaixo do pano

de couro, acariciando meu pau.


Eu a alimento um pouco mais e ela tira isso da minha mão, seu

próprio khui vibrando. Eu esqueci tudo sobre comida. A proximidade

de minha companheira assumiu todos os meus sentidos.

Eventualmente, ela suspira e dá um tapa no estômago e me afasta

quando tento oferecer-lhe outra mordida. Eu me levanto, no entanto,

para encontrar o odre de água e oferecê-lo a ela, para que possa ficar

perto dela por mais alguns minutos. Ela bebe, sua boca molhada e

brilhante, e estou fascinado por isso.

Quando vi os humanos pela primeira vez, achei que eles eram

feios, seus rostos estranhos e sua pele muito macia. Eles não têm

cristas duras ao longo de seus braços e peito, como temos para

proteger músculos e órgãos. Eles não têm chifres nem cauda. Eles são

totalmente indefesos. Até o rosto pequeno dela é diferente do meu,

com a testa chata e o cabelo pálido diferente de qualquer cor que eu

já vi.

Mas isso está gravado em meus sonhos.

Agora, quando imagino a felicidade, imagino o

rosto dela. Não importa que seja diferente, ela

é minha e sou dela.

— Você está olhando para mim. —

ela diz enquanto coloca o cantil para


baixo. — Você está sempre olhando, cara. — Ela suspira um momento

depois, antes que eu possa desviar o olhar. — Gostaria que você

falasse inglês para que eu pudesse dizer o quão estranho acho tudo

isso.

Eu finjo ignorância e estendo a mão para tocar seu rosto

novamente.

— Newww! — ela diz, e não reconheço a palavra. É obviamente

uma negação, no entanto. Ela levanta as mãos e balança a cabeça. —

Chega de beija-beija por agora. Nós precisamos conversar. Hora da

aula de idiomas. — Ela coloca a mão no meu peito. — Raahosh. — Eu

coloquei a mão no peito dela no mesmo lugar.

— Liz. — Seu rosto fica vermelho e ela bate na minha mão.

— Não nos peitos!

O que fiz de errado? Tento alcançá-la novamente e ela bate minha

mão mais uma vez. Seu khui está vibrando, e vejo seus mamilos

endurecendo sob o couro fino da túnica. Ah. Isso a

excita? Incapaz de me ajudar, escovo meus

dedos sobre um de seus mamilos.

Ela emite um grito e me dá uma tapa

no rosto.
— Não, significa não, cara de pau! — Então ela se levanta e sai

correndo.

Toco minha bochecha. Seu pequeno tapa no meu queixo não

doeu, mas estou mais atordoado que ela me impressionou do que

qualquer outra coisa.

Ela é feroz, minha Liz. Eu gosto disso.

E se ela acha que vai me assustar com um tapa na bochecha, está

muito errada. Eu sorrio para mim mesmo enquanto ela agarra os

cobertores e os arrasta para longe, deliberadamente virando as costas

para mim. Ainda posso ouvir seu khui vibrando. Isso revela o quanto

ela gostou do meu toque, assim como o cheiro de excitação no ar.

A excitação da minha companheira.

Este deve ser mais um dos curiosos rituais humanos de

acasalamento. Talvez seja isso que o newwwp significa. Repito

mentalmente a palavra para mim mesmo para poder dizer-lhe a

mesma coisa no momento apropriado.

Estúpida, Liz sua idiota. Suas

habilidades de comunicação
precisam de um trabalho sério, digo a mim mesma. Coloquei minha

mão no peito dele e disse seu nome. Ele sabia meu nome, no entanto,

o grunhiu entre aquelas grandes presas quando me afagou.

Eu não estou ficando excitada pensando nisso. Não mesmo. Bato

meu peito para ter certeza de que meu khui esteja escutando.

Então é claro que ele colocou a mão nos meus seios. É o mesmo

lugar, só que em mim. Exceto que esqueci o quão sensível meu corpo

está graças ao piolho, e quase pulei para fora da minha pele ao seu

toque. Talvez eu tenha me assustado um pouco. Só um pouco. Porque

mais um toque e eu estaria tirando minha versão bárbara de calcinha

Oh! Espere! Isso mesmo. Eu não tenho nenhuma calcinha.

Estou sem calças sob os cobertores, minha saia está semi acabada,

ainda precisando de mais pontos. Minha mão está desesperada para

pressionar entre as minhas pernas e aliviar minha necessidade...

exceto que eu sei que não vou. E eu não sei o que vou fazer se ele se

agarrar e começar a acariciar seu pau enorme

novamente. Não confio no meu piolho para

não me arrastar até ele e começar a lambê-lo

em todos os lugares. Oh, esse é o seu

ouvido? Lamento, mas é tão sexy. Esse


cotovelo também. E cavar essas sobrancelhas. Elas estão apenas

implorando para serem lambidas.

Na verdade, estou tão excitada que até o pensamento de uma boa

lambida de sobrancelha está me deixando molhada. Então a palavra

"tesão" torna isso ainda pior, porque agora estou imaginando seus

grandes chifres e como seria se eu os lambesse. Ou, você sabe, montar

em um e esfregar minhas partes de menina por um tempo nele.

Pare com isso, Liz! Isso é uma merda!

Eu estou péssima. Suspiro. Preciso de um novo plano. Quanto

mais tempo estou nesta caverna sem ninguém além de Raahosh e meu

piolho, mais difícil é negar as urgências do meu corpo. Eu preciso de

um plano de fuga. Não tenho certeza para onde ir, mas sei que não

posso ficar aqui. Mentalmente catálogo as coisas que vou precisar

para sobreviver. Comida. Bebida. Armas. Sapatos. Roupas quentes.

Abrigo.

Meu pai e eu costumávamos fazer viagens de

caça em Oklahoma, antes que ele morresse. Eu

sei como fazer fogo. Tenho roupas e esses

cobertores vão funcionar bem para evitar

os ventos mais frios. Eu sei caçar, então

isso estará resolvido se eu tiver uma


arma. Abrigo pode ser complicado, mas eu não posso planejar isso,

realmente. Só tenho que esperar pelo melhor.

O que me falta são sapatos e armas. Eu posso fazer sapatos com o

couro da minha calça e um dos cobertores, só preciso fazer isso

quando Raahosh estiver caçando, então ele não vai notar.

Quanto às armas... eu poderia roubar a lança de Raahosh,

suponho, mas é enorme e pesada, e meus músculos são fracos. Eu não

sei se seria eficaz com isso. O que eu realmente preciso é de um arco.

Se tivesse um arco, seria capaz de sobreviver. Eu tenho habilidades

com arco e flecha.

Então? Sapatos primeiro, então posso procurar coisas para fazer

um arco. Uma vez que tenha um arco, eu posso sair para o deserto.

E fazer o que? Não estava totalmente certa, mas esse era o plano.

Às vezes tudo que você pode fazer é usar o que você tem.

Minha companheira está muito quieta.

Liz, que fala sem parar, mesmo

sabendo que eu não posso entendê-la,

Liz, que falaria com uma pedra se


tivesse orelhas, Liz, que até fala enquanto dorme, está em silêncio. Ela

acordou de sua soneca com um olhar astuto em seus brilhantes olhos

azuis e me observa enquanto me preparo para ir caçar novamente.

Fiquei fora a maior parte do dia, recolhendo comida para minha

companheira, e quando volto, ela ainda está em silêncio, mas seu

humor é agradável. Ela me deixa alimentá-la com pedaços crus de

comida e não me empurra para longe quando acaricio sua bochecha.

Eu pressinto uma armadilha.

Mas ela boceja docemente e sorri para mim enquanto rasteja de

volta para as peles para dormir. Eu estou atraído por ela de qualquer

maneira, meu khui palpitando com necessidade e desejo. Isto é…

parte do ritual de acasalamento humano? Eu digo a ela newwwwp

agora? Ela vai cair em meus braços e abrir suas pernas para mim, para

que possamos acasalar e nos tornar um?

Não tenho experiência nisso. Deitei-me na cama com ela, incapaz

de parar de acariciar seus ombros e as costas, ela

vira na minha direção. Eu espero até que ela vá

dormir, e então durmo também.

Pouco antes do amanhecer, sinto sua

pequena forma tensa ao lado da

minha.
Continuo respirando calmamente mesmo assim, não atento para

o fato de que estou acordado. Estou curioso para ver o que ela vai

fazer. Correr? Tentar me matar? Desta vez, ela está tentando ser

sorrateira. Devagar, e com cuidado, tira minha mão da cintura e a

coloca sobre as peles. Então cuidadosamente atira as peles em volta e

sai em disparada, tentando não me incomodar enquanto eu "durmo".

Quando ela está fora das peles, olha para mim, mas ainda estou

fingindo dormir com os olhos fechados, respirando calmamente.

Satisfeito, eu a ouço dar alguns passos e abro meus olhos uma fenda,

olhando para ela através dos meus cílios.

Ela está se movendo para o canto da caverna e, enquanto a assisto,

ela pega minhas botas e as calça. Observo enquanto ela enrola o couro

até a coxa e depois o amarra com as tiras, e a imagem é de tirar o

fôlego em seu erotismo... apesar da minha curiosidade sobre o que ela

está fazendo. Meu pau está duro como pedra no momento em que ela

calça minha outra bota. Meu khui não parou de

vibrar a noite toda devido a sua proximidade,

e a dor no meu corpo está se tornando

palpável. Eu preciso possuir minha

companheira.
Ela olha para minha lança, considera, e então olha de volta para

mim para ver se eu ainda estou dormindo.

Permaneço imóvel, esperando para ver o que ela faz.

Liz se afasta e sai da caverna com os pés calçados, minha lança na

mão.

Bem, agora eu tenho que ver o que está se passando por sua

mente. Eu rolo da cama e decido segui-la a uma distância segura. A

neve está fria, mas ignoro isso. Minha pele está acostumada com as

condições adversas e posso ficar um tempo na neve, ao contrário de

sua frágil carne humana. Percebo que ela também terminou suas

perneiras enquanto eu estava fora. Admiro a curva de seu traseiro

enquanto ela se move através da neve, claramente lutando com meus

sapatos maiores. A neve perto da parede de gelo vai do joelho e até

os quadris. Ela murmura palavras infelizes em sua linguagem

humana enquanto se esforça para caminhar, cada passo afundando

na neve. Talvez ela fique cansada e se vire.

Mas minha humana é feita de material

mais resistente, e eu suprimo um sorriso

enquanto ela se esforça, murmurando

palavras humanas em voz baixa que

eu não consigo entender.


Para minha surpresa, ela se dirige para as árvores distantes. Ela

esta com fome? As folhas não são comestíveis, e a casca é apenas

medicinal, boa quando mergulhada em água quente por longas horas

e deixada de molho durante a noite. Curioso, sigo-a a uma distância

segura. O que ela está fazendo?

Eu desejo que o khui deixe-me ler seus pensamentos, porque

minha companheira humana é impossível de entender.

Há árvores não muito longe do nosso esconderijo. Eu faço um

caminho mais curto para elas, pisando na neve pesada. Eu tenho que

ser rápida, porque se Raahosh descobrir que fui embora, ele vai se

desesperar. Eu não estou tentando escapar, ainda não. Estou

procurando materiais para fazer um arco. Preciso de algum tipo de

material elástico para a corda, mas a pele crua

servirá se eu puder torcer em um cordão

resistente e flexível. Raahosh tem salvado as

peles de nossas caças e eu tenho planos

para elas. Posso até fazer uma corda de


fibras ou até mesmo o meu próprio cabelo trançado se eu precisar ,

vou descobrir alguma coisa.

Mas eu não vi muito material que faria uma boa curvatura por si

só. Tem que ter um comprimento longo parecido com madeira.

Precisa ser flexível, mas não demais.

Passei muito tempo estudando a lança de Raahosh, porque ela

tem mais de dois metros de comprimento e pouca flexibilidade, mas

é pesada demais para o que preciso. Eu preciso de algo mais leve,

mais forte.

Então me arrasto pela neve, me dirigindo para as árvores. Elas

não se parecem com nenhum tipo de árvore comum que eu conheça.

Por um lado, elas se parecem mais com cílios ou plumas do que

árvores reais. Elas balançam para frente e para trás nos ventos

amargos do inverno, e as folhas parecem um fio rosado e ondulado.

Ainda assim, elas são a coisa mais próxima que eu posso pensar em

madeira, então vou em direção a elas.

Chego às árvores e a neve diminuiu um

pouco, o que é legal. É mais fácil arrastar-me

e vou para a primeira árvore, passando a

mão pela casca. Pelo menos, acho que

é. Mas parece esponjoso e um pouco


pegajoso, o que me choca. O tronco em si é talvez tão grosso quanto

uma lata de refrigerante, e quando outra brisa sobe, ela bate e flutua

ao vento. Droga. Isso provavelmente não funcionará. Eu uso a grande

ponta de pedra da lança de Raahosh para cortar na lateral da casca.

Talvez se eu passar pela casca, o próprio núcleo seja sólido e

utilizável?

Mas como vi na madeira (se realmente posso chamar disso, o que

pode ser uma piada), parece apenas ficar mais gelatinoso e mole, e

começa a escorrer material rosa que cheira horrivelmente e gruda aos

meus dedos. Limpo minhas mãos na neve e enrugo meu nariz.

Isso não vai funcionar para um arco.

Suspiro e olho em volta de mim, infeliz. Tem que haver algo neste

maldito planeta gelado que funcionará como um arco. Sério. Eu sei

que as pessoas de Raahosh e Vektal estão super abaixo em tecnologia

por estarem tão presos aqui quanto nós, mas vamos lá. Arcos são

básicos.

Então, novamente, não vi ninguém aqui

com um arco também. Todos eles tinham

estilingues, lanças e facas.

Droga!
Eu não estou fora por tanto tempo, então me arrasto em linha reta.

Não tenho certeza para onde estou indo, mas foda-se. Há uma grande

geleira gigante atrás de mim que eu sei que a caverna está na base. Só

vou seguir para casa se me perder. Eu dou um ou dois passos quando

vejo... alguma coisa. Eu me movo pela neve um pouco mais, enquanto

ela está gelada, não está mais fria como antes, e sei que meu piolho

provavelmente é o único responsável por isso. Está ajustando meu

corpo ao ambiente, me adaptando.

Eu ainda estou um pouco amarga sobre essa merda, não importa

os benefícios. Eu não posso cheirar como costumava, não posso

saborear coisas como costumava fazer, e isso está combinando a mim

com o alienígena mais improvável que se possa imaginar.

Com o maior lixo. Não que eu esteja pensando sobre isso. Droga!

Ou sua mão acariciando lentamente o comprimento dele, me

provocando.

Meu piolho imediatamente começa a

ronronar, sacudindo meus seios com a força de

sua intensidade.

— Deus, piolho, você é tão idiota! —

digo, batendo no meu peito de novo


para tentar acalmá-lo. Não que isso funcione, mas eu faço de qualquer

maneira.

Então faço uma pausa, porque à distância vejo uma linha escura

e enroscada na neve. Curiosa, vou em direção, e quando me

aproximo, percebo que é um fluxo de algum tipo. Há alguns tipos de

bambu do tipo vara brotando para fora da água. Eles parecem leves e

duros. Eu me pergunto se eu poderia usá-los? Encorajada, sigo em

frente. Posso dar uma olhada, tirar um da água e depois ir para casa

antes que Raahosh acorde. Eu vou esconder meu prêmio na neve na

entrada da caverna e ele nunca vai saber que estou secretamente

construindo uma arma boa e prática para que eu possa escapar de sua

bunda.

Os sóis estão subindo do outro lado do céu, iluminando com uma

cor pálida como leite o mundo que nunca será brilhante o suficiente

para derreter a neve. Mesmo que haja dois deles. Eles são pequenas

luzes no céu que eu imagino que Not-Hoth5 (como

comecei a chamar o planeta) é muito mais

distante no seu sistema solar do que a Terra é

do sol. Talvez seja por isso que é sempre

tão frio aqui. Quando chego ao riacho,

5
Hoth era um remoto planeta gelado, era o sexto de um sistema estrelar de
mesmo nome no universo ficcional de Star Wars.
posso sentir um leve toque de ovos podres no ar, enxofre. É uma fonte

termal, o que explica por que a água é corrente e não um bloco de

gelo. Georgie mencionou ver outras pessoas quando estava viajando

com Vektal. Eu deveria estar feliz que está quente o suficiente, porque

senão este planeta seria muito mais inóspito.

As margens do riacho são lamacentas, mas suaves e deslizo até a

beira da água. O cheiro de enxofre é mais espesso aqui, mas a água é

azul e bonita. Eu me pergunto se devo nadar. Os brotos de bambu

têm pelo menos três metros de altura e são empurrados para fora da

água como palitos aleatórios e me inclino sobre a água azul

procurando o mais próximo. Eu vou puxar para fora e ver o quão

resistente é o material. Se for leve como acho que vai ser, pode

funcionar.

— LIZ! — Uma voz familiar grita, e eu deslizo para frente na

margem, quase na água.

Raahosh e ele quase me fez cair de rosto em

uma planta no riacho, aquele idiota.

— Você não pode, gritar comigo quando

eu estou de pé sobre a água, porra! Eu...

Eu suspiro, minhas palavras

irritadas morrendo na minha


garganta. Há um rosto horrível com olhos esbugalhados e grandes

dentes pontiagudos do outro lado da lança. Parece uma daquelas

criaturas monstruosas das partes profundas e escuras do oceano,

exceto que está a cerca de 30 centímetros do meu rosto.

Um grito sai pela minha garganta e eu cambaleio para trás,

agarrando meu bambu.

A criatura vem junto com o fim do bambu, para meu choque. Ele

adere ao final, debatendo-se e espirrando freneticamente.

Eu grito de novo e a jogo na neve. Ele assobia e começa a se mover

em minha direção, e olho em volta, procurando pela lança de

Raahosh. Está a poucos metros de distância, onde devo tê-la lançado.

Enquanto isso, a coisa estala e grunhe na extremidade do bambu, a

boca estalando raivosamente na minha direção.

Algo grande aparece pelo canto do meu olho, e observo enquanto

Raahosh persegue a coisa que tirei da água, a lâmina na mão. Ele

parece extremamente chateado quando agarra a

coisa por uma de suas coisas que parecem

nadadeiras e a joga no chão. Então, com uma

facilidade que me surpreende, ele a bate

esfaqueia no olho.
As nadadeiras da coisa se agitam, o sangue jorra sobre a neve

branca e depois para de se mover. Enquanto eu olho, de olhos

arregalados, ele olha para mim e joga a lâmina no chão, então se

aproxima de mim.

Ando como caranguejo, para trás, alguns metros.

— Eu não sabia! Como eu saberia que uma dessas coisas estava

presa no final do bambu? Tudo o que queria eram alguns

suprimentos! — Meu balbuciar não o faz parar uma polegada. Claro

que não. Ele não pode me entender. Minha conversa rápida é fútil.

O grande alienígena se aproxima de mim como se eu fosse sua

presa. Recuo de volta, aterrorizada, e um pouco excitada pelo olhar

duro em seus olhos. Meu piolho imediatamente começa a vibrar

quando ele se aproxima de mim, para meu horror e desgosto, e meus

mamilos ficam duros.

Piolho do caralho.

Suas narinas se abrem e seus olhos se

estreitam enquanto ele olha para mim.

— Eu não estou ligada. — digo com a voz

trêmula, mesmo que possa sentir o meu

sangue pulsando nas minhas veias,

meu Khui ronronando no meu peito.


Sou uma péssima mentirosa. Eu não quero nada mais do que alcançar

entre as minhas pernas e acariciar meu clitóris novamente. Talvez seja

adrenalina. Talvez seja o jeito que ele está olhando para mim como se

não pudesse decidir se quer rasgar minha roupa, me virar e me

espancar. Ambas as imagens mentais me deixam um pouco louca.

Seja o que for meu corpo está bem consciente dele, e o piolho está

ficando louco. Eu estou ofegando enquanto sento na neve, e percebo

um momento depois que minhas pernas estão abertas.

Vejo como suas narinas se abrem. Um gemido baixo escapa da

minha garganta. Por que isso é tão gostoso? Deus, eu odeio este

piolho.

— Liz. — ele rosna, a palavra saindo ferozmente da sua garganta.

— Eu não quero você. — ofego, meu khui ronrona tão alto que

praticamente me afoga. — Meu piolho é um mentiroso.

Ele estende uma grande mão para mim, tentando me ajudar.

Eu o espanto, irritada com ele e comigo por

estar toda excitada depois de quase ter meu

rosto comido por um peixe medonho.

— Vá embora.

Com raiva, ele se abaixa e agarra a

frente da minha camisa. Eu sei que


ele está prestes a me levantar, já que não aceito sua ajuda, mas o que

farei no momento em que o rosto dele se aproximar do meu?

Eu perco toda a sensibilidade. Eu o agarro pelo único chifre que

se projeta de sua testa, meus dedos enrolando ao redor do tronco

quebrado do outro, e arrasto seu rosto até mim para um beijo. Tenho

certeza que vou me arrepender mais tarde, mas agora, meus

hormônios estão cantando e meu corpo quer desesperadamente sua

boca na minha. Eu mal ouço seu pequeno suspiro quando pego seu

lábio inferior entre meus dentes e gentilmente mordo.

Raahosh dá um gemido baixo e áspero, e então esmaga sua boca

contra a minha.

Está claro que o cara não sabe beijar. Tudo bem, o meu ronronar

é tão alto que não acho que poderia parar se quisesse. Um gemido

suave escapa da minha garganta, e então começo a mostrar como um

beijo funciona. Meus lábios acariciam os seus, lentos e sensuais. Ele

congela contra mim, suas grandes mãos me

segurando pelo quadril, seu corpo pairando

sobre o meu, e ele está duro e inflexível. Então

continuo a persuadi-lo com minha boca.

— É assim que se beija, cara

grande. — Murmuro entre beijos,


minha boca contra a dele, deixando meus lábios acariciarem a linha

dura de sua boca.

Por um longo momento, ele está tenso acima de mim, e então seus

lábios se separam, deixando-me entrar. Eu escorrego minha língua

sobre a borda de sua boca, e ela esfrega contra suas presas, um

lembrete de que ele é um alienígena. Eu tremo e começo a me afastar.

É quando Raahosh me beija de volta. A princípio hesitante, seus

movimentos se tornam mais ousados quando minha língua encontra

a dele, e eu faço pequenos ruídos no fundo da minha garganta. Sua

língua tem inchaços, muito parecidos com os sulcos que cobrem seu

corpo. Ele a arrasta sobre minha língua, enviando sensações únicas

pelo meu corpo. Oh... uau. Georgie não mencionou isso. Ela não

mencionou nada nem remotamente perto disso. Eu me pergunto se

ele tem os incríveis relevos em outros locais divertidos.

Ele está se saindo um bom beijador, seus lábios acariciando os

meus e depois sua língua se arrastando contra a

minha, até que meu piolho está roncando tão

alto que mal posso pensar, e parece que todo

o meu tronco está vibrando com

necessidade. Minha boceta dói com

uma necessidade semelhante, e eu


sinto, por um momento, como se fosse morrer se ele não me tocasse

logo. É quando me afasto dele, ofegante.

Ele imediatamente captura minha boca com a sua novamente. Sua

língua toca a minha, numa pergunta silenciosa.

— Eu não quero isso. — digo, mesmo quando pego seus chifres e

arrasto sua boca contra a minha mais uma vez. Meus gemidos de puro

prazer são engolidos contra sua língua, e envolvo minhas pernas ao

redor de sua cintura, sentindo-o endurecer contra mim. — Não quero

você me lambendo. — assobio para ele, e então procuro a língua em

sua boca, como uma mulher selvagem.

Raahosh se afasta do meu beijo e olha para mim, olhos tão ferozes

quanto me sinto. Ele se inclina e captura minha boca em outro beijo

de tirar o fôlego, e eu quase perco a cabeça quando chupa meu lábio

superior. Este homem é um aprendiz rápido. Talvez seja muito

rápido. Eu sinto como se estivesse perdendo o controle da situação.

Claro, estou assumindo que já tive controle da

situação.

Puxo minha boca para longe dele

novamente, e arrasto uma das mãos dele

da neve para o meu peito.


— Eu não quero que você me toque. — Digo a ele, feroz e um

pouco irritada. A verdade é que estou com raiva tanto quanto estou

excitada. Não tenho certeza se essa sou eu ou o piolho, mas sei que

não posso parar. E quando ele aperta meu peito através do tecido

grosso da túnica emprestada, arremesso minha cabeça para trás

gemendo novamente, meus quadris ondulando contra a neve.

Eu preciso dele desesperadamente. É como se meu corpo

estivesse meio adormecido e agora que estamos nos tocando, acordo

e estou viva. Meus sentidos estão despertos e meu corpo está

cantando.

E preciso de sexo como se precisasse de ar.

Ele esfrega o polegar sobre o mamilo através do couro, e minha

respiração sibila na garganta. Isso não deveria ser tão bom assim. Não

deveria. E, no entanto, quero mais do que isso. Ele mostra os dentes

em um grunhido, e suspiro ao ver aquelas presas afiadas. Eu devo

estar doente da cabeça, porque elas estão me

despertando também, e eu dou um

empurrãozinho na cabeça dele.

— Eu não quero que você lamba

minha boceta. — digo a ele,

empurrando-o para baixo para


enfatizar o que é que eu quero, apesar das minhas palavras. Tudo

bem, de qualquer forma, porque estou balbuciando como uma pessoa

louca. — Eu não quero sua boca em mim. — digo a ele, mesmo

quando levanto meus quadris e uso uma mão para começar a puxar

minhas calças recém-feitas para baixo.

Mesmo que ele não possa me entender, aceita a ideia, e suas mãos

vão para as minhas calças, puxando-as até meus joelhos. Ele me dá

um olhar quente que me faz derreter, e meus mamilos parecem duros

e doloridos sob o couro. Eles estão morrendo de vontade de serem

tocados, então me aproximo e brinco com eles eu mesma. Meu piolho

está zumbindo tanto que meu corpo inteiro parece estar vibrando, e

eu estou sofrendo com necessidade.

Minhas calças ficam presas em torno dos meus joelhos e ele as

empurra por um momento, frustrado. Então, agarra o tecido e puxa

minhas pernas para frente, pressionando-as contra o meu peito.

Minha bunda se destaca na neve e estou nua dos

joelhos à cintura.

E presa.

Eu respiro e espero.

Raahosh olha para mim, para a

parte rosa da minha carne que


imagino que esteja escorregadia com a umidade e que sinto como se

estivesse latejando com uma necessidade dolorida. Ele olha para

mim, seus olhos azuis brilhando, e não posso dizer o que ele está

pensando. Então, eu o sinto me tocar. Seus dedos traçam minhas

dobras sensíveis, me explorando.

Quase choro com o quão intenso é. A respiração estremece na

minha garganta e faço um som baixo e agudo. Eu quero mais do que

apenas esse toque exploratório. Quero, não, imploro a sensação de

sua boca em mim.

— Eu não quero sua boca em mim. — grito, mesmo quando puxo

minhas pernas para frente para que ele possa dar uma olhada melhor

no que estou apresentando. — De modo nenhum.

Raahosh ignora as mentiras que estou vomitando e me estuda por

um longo momento. Vejo suas narinas se expandirem e ele passa o

dedo para cima e para baixo nas minhas dobras novamente. Eu grito

e chuto contra ele, e quando puxa sua grande mão

para trás, está brilhando com meus sucos. Ele

estuda o polegar e os dedos molhados e os

leva à boca para provar.


— Oh, maldito, isso é excitante. Você é tão sujo — digo a ele, mais

quente e mais excitada do que nunca.

Ele lambe os dedos com uma expressão quase reverente em seu

rosto, como se o meu gosto fosse melhor que o melhor chocolate. E

isso só me faz estremecer com luxúria, vendo sua língua deliciosa,

grande e áspera raspa os dedos, lambendo-os. Isso está me deixando

louca, apenas observando-o lamber sua mão. Devia ser eu que ele

deveria estar lambendo.

Espere, não, não deveria.

— Eu não quero nada disso. — digo para ele, furiosa comigo e

com ele pela necessidade feroz do meu corpo. — Eu não quero você.

Nem sua boca na minha boceta, me lambendo até eu gozar. — O

próprio pensamento me faz estremecer com o quão intensa é a

imagem na minha cabeça.

E porque não o quero tanto, alcanço entre as minhas pernas e abro

os lábios da minha boceta para ele ver.

Vejo seus olhos brilharem com a

necessidade e, em seguida, sua cabeça se

empurra entre as minhas pernas. Sinto

suas grandes mãos apoiando minhas

coxas, separando-as, e sinto as


costuras caseiras e irregulares das minhas calças cedendo sob o

estresse das minhas pernas abertas. Não me importa. Raahosh

empurra minhas coxas e olha para minha vagina. Eu me sinto quente,

dolorida e inchada. Estou prestes a me tocar quando ele segura minha

mão e depois arrasta sua língua sobre minha carne.

Um grito irrompe dos meus lábios.

Oh, meu Deus.

Pego seu chifre inteiro e a base do outro e empurro seu rosto

contra a minha pele aquecida. Eu estou me sentindo selvagem, e

quando sua língua, Deus abençoe aquela língua acidentada e

esburacada, passa sobre minha pele, eu grito novamente. Arrasto

meus quadris para cima e para baixo, mesmo quando ele grunhe e me

lambe, seu próprio desejo tão intenso quanto o meu. Sua língua está

se movendo em todos os lugares, lambendo e empurrando contra as

mim, e eu o sinto passando sobre o meu clitóris a cada lambida. Então,

ele acaricia meu clitóris, o lambendo.

E eu gozo com tanta força que vejo estrelas.

Meus gritos ecoam na neve, e esfrego meu

sexo contra o rosto dele, molhando-o com

cada gota do meu orgasmo. Ele não

parece se importar com o fato de eu


estar usando seus chifres como um volante, empurrando sua boca de

um lado para o outro, exigindo mais dele. Ele está muito ansioso para

obedecer e me lamber. Continuo gozando com cada movimento da

língua sobre as minhas partes sensíveis, até que sinto um segundo

orgasmo iminente, e praticamente me contorço no chão, meus sucos

cobrindo seu rosto.

Quando termino, desmorono na neve, ofegante. Meu piolho

chocalha e, em seguida, se instala em um zumbido mais suave,

temporariamente contido.

O pênis de Raahosh está resmungando com tanta força que parece

um motor, e quando ele me lambe novamente, empurro seu rosto

para longe, porque estou muito sensível para outra rodada.

— Ainda não. — choramingo. — Eu não posso.

Ele olha para mim, seu rosto feroz, olhos brilhando com uma luz

profana. Sua boca dura e sexy está molhada com meu gosto, e

enquanto o assisto, ele descobre suas presas e me

dá um olhar que faz meus mamilos

endurecerem novamente.

— Minha. — Ele rosna e enterra o rosto

entre as minhas pernas novamente.


Me lamber de novo e eu grito. Deito de volta, pronta para ser toda

dele e...

Espere um maldito momento. Ele tinha falado em inglês?

Eu me recosto em meus cotovelos e olho para o estrangeiro me

lambendo.

— O que você acabou de dizer?


Em Pedaços

Uma pequena mão puxa meu chifre antes que possa enterrar meu

rosto entre as pernas novamente e beber o doce néctar que flui do

corpo da minha companheira.

— O que você disse? — Ela repete. O olhar em seu rosto está

furioso.

Estreito meus olhos para ela e tento mergulhar a cabeça

novamente, mas ela entrelaça os dedos no meu cabelo e me empurra,

eu rosno para ela. Não quero nada mais do que a saboreá-la

novamente, lambê-la por horas e horas até que esteja tremendo

embaixo de mim. Então, deslizarei meu pau nela

e nós estaremos juntos como companheiros.

Como deveria ser. Mas a mão no meu cabelo

é insistente e ela junta os joelhos, tentando

me empurrar.

— Você falou em Inglês, merda.


— Falei.

Digo e forço tento separar seus joelhos novamente. Quero mais

do seu doce mel. Quero me perder entre suas pernas por horas. Os

homens da minha tribo dizem que não há gosto melhor que o de sua

companheira, e eles estão certos. Nunca entendi a que eles se referiam

até agora. Agora, não quero provar nada além dela pelo resto dos

meus dias.

Sua boceta pode ser meu sustento. Tudo o mais é indigno de

comentário.

Mergulho minha cabeça novamente, determinado a lambê-la. Ela

gostou quando a lambi. Não estava empurrando suas pétalas

molhadas e escorregadias contra o meu rosto momentos atrás?

Exigindo mais? Eu vou satisfazê-la. Meu pau dói, tão duro como uma

pedra. Eu anseio me enterrar nela, mas quero sentir seu gosto na

minha língua, primeiro.

Ela dá um grito de raiva e bate com seu

pequeno punho no meu olho. Então grita de

dor e aperta a própria mão.

— Maldito! Por que sua cabeça é tão

dura?
Isso chama minha atenção. Minha companheira está ferida. Me

sento e pego sua pequena mão na minha, só para ela tentar me bater

de novo.

— Pare de me tocar. Estou tão chateada com você! Você fala

inglês!

— Falo. — Seguro a mão para não me atingir antes que possa se

conectar com a minha testa novamente. Não é que os socos dela doam,

é que ela vai machucar suas mãozinhas macias. Minha testa é

revestida e seus pequenos punhos são fracos.

— Você mentiu para mim! — Isso me deixa com raiva. Ela acha

que deliberadamente a enganei? Com qual propósito?

— Como é que faria uma coisa dessas?

— Você nunca me contou!

— Você nunca perguntou — digo, a minha irritação crescendo. —

Você simplesmente fala e fala e assume que não a entendo. Você

nunca se incomodou em me perguntar se a

entendia. — Seu rosto ruboriza e vejo como ela

solta sua respiração.

— Você é um idiota.

— Eu não sei o que esta palavra

significa.
— Ah, é mesmo? — seu sorriso é de escárnio. — E eu aqui

pensando, que você era o especialista na língua humana.

— Há palavras que você diz, que não têm correspondência com o

que aprendi.

— Engraçado. Pensei, que “pau” era a língua de seu povo.

Franzo a testa para ela.

— Não conheço esta palavra, pau. Eu sou sa-khui. Esse é o meu

povo. — Seus olhos rolam e ela empurra meu peito novamente.

— É chamado de sarcasmo.

— Eu não conheço esta palavra, sarcasmo.

— Não importa — ela fala claramente furiosa comigo. — Deus!

Ela está com raiva de mim? Eu a salvei. Se ela tivesse caído na

água, estaria morta em um instante. O pensamento de seu sofrimento,

dela morrer me enche de uma raiva incoerente. Me endireito e olho

para ela, as pernas nuas ainda esparramadas na neve. Ela está

zangada comigo. O que torna mais fácil resistir a

sua beleza.

— Você não deveria ter fugido da

caverna.

— Fugir? Eu não estava fugindo.


Ela pode mentir para si mesma, mas não para mim. Dou um passo

à frente e agarro a frente de sua túnica, depois a coloco de pé. Ela me

dá um tapa, mas de qualquer maneira a endireito e então ela puxa a

barra da túnica com uma carranca feroz no seu rosto. Me inclino perto

dela. Seu cheiro está no meu nariz, fazendo meu khui ressoar com

fome. Não quero nada mais do que pressionar minha boca na dela e

acasalar novamente. Mas não enquanto está olhando para mim como

se eu fosse um lixo. Meu coração endurece um pouco e me inclino.

— Você me pertence, mulher.

Ela bate a mão no meu ombro, com raiva.

— Não pertenço a ninguém.

— Não há nenhum lugar onde você possa ir que não te encontre

e a traga de volta. — Ela não percebe que quanto mais ignorar o

chamado de seu khui, vai piorar. E ele quer que Liz seja minha

companheira.

Quero isso também. Ela é minha e ainda vou

reivindicá-la.

— Deus, você é um perseguidor. — ela

murmura, cruzando os braços sobre o

peito. — E você deve saber, estava

procurando materiais para um arco.


— Um arco. — repito. Esta palavra é conhecida, mas a imagem

da coisa não vem a minha mente. — É uma arma, não é?

— Sim. — Ela diz e me dá um olhar desafiador. Seu queixo se

ergue. — Sei atirar com um arco. Também posso caçar.

Resmungo. Parte de mim está satisfeito por querer caçar e a outra

parte se preocupa. As mulheres da nossa tribo são tão poucas que não

participam das caminhadas de caça. Elas ficam perto das cavernas,

porque perdemos muitas em nossa tribo nos últimos anos e se

perdermos mais, deixaremos de existir. Mas vejo a determinação no

rosto de Liz e sei que ela não vai gostar dessa resposta. Então... um

grunhido é o que ela recebe.

— O que isso quer dizer? — Ela fica bem na minha cara e tenta

chegar perto de um dos meus chifres, sem dúvida, para me puxar

para baixo a sua altura e chamar minha atenção. Minha Liz é valente.

Eu a respeito por isso, mesmo que isso seja irritante.

Fico na minha altura máxima para que ela não

possa puxar mais meu cabelo ou meus chifres.

— Você me pertence. Se precisar de

alguma coisa, me fale. Meu trabalho é

agradá-la.
— Bem, ótimo. — Ela diz com uma voz irritada. — Que tal você

trazer minhas amigas para mim, uhm? — Ignoro isso. Não vou levá-

la de volta até estarmos acasalados. Em vez disso, vou até o comedor

de rostos que matei para ela. Se ela quer um arco, o terá.

— Venha. Você precisa voltar para a caverna. Sua carne humana

ainda é fraca, apesar de seu khui.

— Puxa, você não achou me tão fraca quando me agarrou e

arrancou minhas calças.

Me viro para dar-lhe um olhar severo. Ela estava tentando fingir

que não gostou quando a toquei? Suas bochechas ficam ruborizadas,

o que é curioso. Eu a estudo um pouco mais e ela se contorce sob o

meu olhar duro.

— Você não pareceu se importar com o meu toque. — Seu rosto

fica ainda mais vermelho.

— Oh, apenas jogue isso na minha cara, por que não?

Suas palavras não fazem sentido para mim,

mas a cor em suas bochechas me dizem muito.

Ela está envergonhada. Acho isso encantador,

ainda mais quando suas mãos se movem

para segurar o pequeno tufo de cabelo

entre as pernas e protegê-lo do meu


olhar. Ela acha que isso a protegerá? Eu lambi cada centímetro dela a

meros momentos atrás. Estudo suas coxas nuas, seus pés ainda

cobertos de minhas botas. Meus próprios pés mal têm consciência do

frio, mas vejo que sua pele humana macia está se arrepiando com as

temperaturas frias. Devo garantir que esteja quente e cuidada.

Mas Liz é uma lutadora e está escolhendo lutar comigo. Então

pego o comedor de rostos morto e o longo tubo que eles usam como

isca e coloco sobre um dos meus ombros.

— Você vem, ou carrego você? — pergunto.

Ela faz uma carranca para mim. Com um empurrão, ela pega as

metades rasgadas de suas calças e passa como uma tempestade à

minha frente.

— Você é um babaca. Te odeio.

— Você consegue ficar calada? — pergunto.

Ela levanta o dedo do meio em minha direção. Não tenho certeza

do que isso significa, mas posso adivinhar que não

é agradável.

— Eu acho que vou ficar sem a calça.

Muito obrigada.

— Você quer a minha tanga?


Seu rosto fica vermelho novamente e ela me dá um olhar

escandalizado.

— Assim você pode ficar nu? Não, obrigada. — Sua recusa

enfatiza ainda mais o quão pouco atraente ela me acha. Isso machuca.

— O que quer que você silencie— respondo.

Ela faz um barulho indignado e depois se aproxima de mim.

Liz fica em silêncio enquanto voltamos para minha caverna

secreta. Deixo-a andar na minha frente, para que possa protegê-la... e

então posso ver sua pequena bunda empinada se flexionar enquanto

anda. Ela não tem uma cauda, então a visão é curiosa... mas ainda

excitante. Eu imagino curvando-a mentalmente, espalhando seu

traseiro e depois lambendo todas as suas partes femininas molhadas

novamente até que ela grite seu prazer mais uma vez.

No momento em que voltamos para a caverna, meu khui está

ressoando e meu pau dói ferozmente. Está tenso contra minha tanga,

a dor quase insuportável. Ela não está sofrendo

também? Por que ela luta contra isso?

Um companheiro destinado é para

sempre.

Liz entra na caverna sem olhar

para trás. Ela ainda está com raiva,


eu pressinto. Isso é bom. Deixe-a resistir se acha que vai fazer

diferença. Ela é minha. Foi reivindicada no momento em que seu khui

ressoou para mim.

Nada do que fizer mudará isso.

Como se pudesse sentir meus pensamentos turbulentos e

possessivos, ela agarra uma das peles e a enrola em volta da cintura,

depois se vira para mim.

— Eu sei qual é o seu objetivo, aqui.

Minhas sobrancelhas se juntam. Meu objetivo? Não tenho outro

objetivo além de reivindicá-la como minha companheira. Então nós

podemos ser um.

— Você vai me esconder até que esteja grávida, certo? — Ela soa

derrotada. O olhar em seus olhos é miserável.

— E se for?

— Mais uma vez, estou sendo refém da minha vagina. — Ela

suspira. — O que há com vocês alienígenas? Uma

garota não pode tomar suas próprias decisões

pela primeira vez? Isso é tão difícil?

— O khui decidiu — digo. Ela dá um

pequeno aceno de cabeça.


— É sempre a decisão de outra pessoa. Quando vai ser a minha?

Eu a vejo frustrada. Não há decisão a ser tomada. O khui decidiu.

E ainda assim... não gosto do jeito que as palavras dela me fazem

sentir. Ou a derrota em sua voz. Liz é uma lutadora. Não quero que

ela desista.

As coisas ficaram desconfortáveis na caverna quando voltamos.

Ignoro Raahosh e me concentro em costurar minhas calças com

alguns pedaços de couro que uso como laços grossos. Dou um nó em

minhas calças a cada poucos centímetros, em vez de usar um fio longo

na esperança de que as coisas se mantenham juntas e ruborizo o

tempo todo enquanto trabalho nelas.

Raahosh procura envolta da entrada da caverna, obtendo água e

a derretendo, juntando mais conteúdo para fazer

fogo e depois massacrando a coisa que

matamos no rio. Ele separa o bambu para mim

e depois pega os pedaços da criatura com

ele, murmurando algo sobre "isca para

armadilhas" em voz baixa.


Não digo nada. Ainda estou chateada com ele. Na verdade,

chateada não é a palavra. Estou frustrada. Frustrada além da crença.

Sei que não é culpa dele que nossos piolhos decidiram se tornar

amigos, mas o cara não poderia me ajudar em vez de agir como se eu

fosse o problema? Me desculpe se não estou a fim de me submeter a

seu pênis.

Meu rosto fica quente quando me lembro do nosso pequeno lance

na neve. Penso nele arrancando minhas calças e meu piolho começa a

vibrar e fico molhada entre as minhas pernas novamente. Merda! Isso

é tão frustrante.

Não sei o que é pior, o tesão infinito que o piolho traz, ou o fato

de que Raahosh me deixou tagarelar sem me dizer que ele entendia

inglês. Tento me lembrar de todas as coisas que disse e desenhar um

espaço em branco. A verdade é que divago e não me lembro do que

saiu da minha boca. Urg!

Algumas horas sozinha me permitem

consertar minhas calças e quando as coloco,

elas estão muito mais apertadas, mas ainda se

encaixam. O tempo de inatividade longe

de Raahosh também me deixa de bom

humor e me dá alguma perspectiva.


Realmente, ele está tão preso quanto eu. E talvez sejam os

orgasmos falando, mas ele me deu muito mais do que recebeu em

nosso incidente na neve. Talvez esteja sendo muito dura com ele. Ele

está certo sobre uma coisa, no entanto, nunca me incomodei em

perguntar se ele falava inglês. Apenas assumi que era um alienígena

ignorante... o que faz de mim uma idiota.

Suspiro. Não tenho certeza se estou pronta para me desculpar,

mas sei que estou mentalmente exausta de lutar com ele o tempo todo.

Isso não está me levando a lugar algum. Meu pai costumava me dizer

que poderia pegar mais moscas com mel do que vinagre.

Ultimamente, tudo o que tenho feito é vomitar vinagre. Não é de

admirar que não esteja chegando a lugar nenhum.

E enquanto Raahosh e eu ainda temos desejos opostos, ele quer

uma esposa e mãe para seus filhos e eu quero ficar sozinha, nós ainda

podemos agir como adultos.

Seria bom ter um amigo de novo, penso

melancolicamente. As garotas que foram

capturadas comigo na nave? Aquelas eram

amizades forçadas. Se não tivéssemos

ficado juntas, teríamos falado duas

palavras uma para as outras? Sinto


falta de casa. Sinto falta dos meus amigos. Tenho saudades do meu

pai há cinco anos.

Quando o sol se aproxima, faço um balanço da caverna, sabendo

que Raahosh aparecerá em breve. Tentei tornar as coisas mais

apresentáveis possíveis. Peguei mais água, amarrei meu cabelo para

mantê-lo fora do meu rosto, consertei minhas roupas, aticei o fogo e

comecei a trabalhar em um cordão para o meu arco. O bambu que

obtivemos é diferente do que esperava, mas é oco e tem um pouco de

elasticidade, não diferente de osso. Vou tentar embrulhá-lo em couro

em certos pontos para reforçá-lo e esperar pelo melhor.

Ele entrara na caverna em breve, duas criaturas menores

penduradas em sua mão. O jantar desta noite.

— Bem-vindo de volta. — Digo a ele.

Raahosh faz uma pausa e franze a testa para mim e posso ver as

rodas trabalhando em sua mente. Ele está tentando adivinhar meus

pensamentos. Como tenho pensado em ser uma

pessoa diferente? Eu suspiro.

— Veja. Nós começamos com o pé errado,

tudo bem? Você me forçou a aceitar o

Piolho e tenho feito você pagar por isso


desde então. Podemos fazer uma pequena trégua? Estou cansada.

Ele grunhe e se ajoelha junto ao fogo, atiçando-o.

— Você não é um tipo tagarela mesmo nos melhores dias, não é?

Ele olha para mim.

— E você falaria com as paredes se elas escutassem.

— Você está tornando toda essa coisa de 'trégua' difícil, cara. —

Aviso. Espero outro grunhido dele. Em vez disso, ele concorda.

— Essa não foi minha intenção. Peço desculpas. — Me sento,

surpresa com sua afirmação.

— Bem... tudo bem então. — Me movo em direção ao fogo e me

sento em frente a ele. — Você quer ajuda com o jantar?

— Jantar?

Eu gesticulo para a caça.

— Preparar aqueles? Esfolar? Fazer comida?

Ele estreita os olhos me olhando. Não com raiva, acho, mas para

tentar me entender.

— É meu trabalho prover minha

companheira.

— Ah. — Penso por um minuto e então

abraço meus joelhos no meu peito.

Meus pés descalços se mexem perto


do fogo. — Podemos salvar algumas dessas peles e fazer botas para

mim? — Ele concorda. — Obrigada. — Digo baixinho. — Não vou

fugir, só para você saber. Não há lugar para ir.

Mais uma vez, ele concorda. Olho para o fogo quando ele começa

a esfolar suas caças. Preciso fazê-lo falar, se assim for, posso abrir a

casca dura que parece estar em volta de sua mente. Ele é um homem

difícil de desvendar, esse Raahosh.

— Então, me fale sobre esse lugar.

Ele olha para mim.

— Esta é a minha caverna.

— Não, não este lugar especificamente — digo, apontando para a

caverna. — Este planeta. Esse mundo. Não sei nada sobre ele além de

que é frio.

Raahosh grunhe e por um longo momento, acho que vai ignorar

minhas perguntas. Então, ele puxa uma faca menor do que a outra e

começa a cortar a carne em pedaços menores.

— Esta… é a estação quente. Dizemos que

é a estação amarga e os meses mais frios da

estação brutal.

Meus olhos se arregalam. Cuspo.


— Mas há dois metros de neve no chão! — Como isso pode,

eventualmente, ser quente?

Sua boca curva-se lentamente e vejo um sorriso devastador se

espalhar por seu rosto. Fez a respiração escapar dos meus pulmões e

transforma suas feições duras e afiadas em algo mortalmente sexy.

— Você só terá que se acostumar com a neve.

— Neve. Certo. — Ignoro o pulsar das minhas partes em resposta

a esse sorriso. Meu piolho se agita e eu início uma tosse, batendo no

meu peito para tentar calá-lo. — Então, isso é... verão?

Ele inclina a cabeça, mentalmente procurando as palavras,

imagino e então acena com a cabeça.

— O que você chama de inverno é um período de pouca luz. Os

sóis mal mostram seus rostos e há muita escuridão. Fica muito mais

frio e a caça escassa. É por isso que é tão importante caçar tanto

durante os meses quentes.

Eu aceno, digerindo isso. Ok, se isso é o mais

quente possível, vou viver. Não vou gostar,

mas vou viver.

— E você é um caçador?

Ele acena e me oferece uma

mordida de carne vermelha e


sangrenta. Tiro o pedaço dele e coloco na minha boca, cru. Uma

explosão de sabor varre minha língua e gemo. É tão bom assim.

Suas mãos se sacodem contra a caça e enquanto assisto, a sua calça

ficar apertada sobre sua virilha. Oops.

— Hum, é saborosa. Desculpa.

— Não se desculpe. — Ele corta a carne violentamente. — Estou

contente que possa alimentar a minha companheira.

Sim, posso ver que ele está satisfeito. Não há como esconder esse

fato. Olho o enorme comprimento por baixo dos meus cílios por um

longo momento. Ele me entrega outro pequeno pedaço e me inclino

para frente e pego na boca diretamente de seus dedos sem pensar.

Seus cintilantes olhos azuis brilham e meu piolho começa tudo de

novo.

Piolho idiota, sempre me confrontando.

Raahosh me observa mastigar e quando ele segura outro pedaço

de carne para mim, puxa-o para longe quando eu

o alcanço com meus dedos. Ele quer que eu

coma de sua mão novamente. Me inclino e

deixo minha língua roçar as pontas de seus

dedos, só porque é cruelmente

divertido provocá-lo.
E isso me excita. Só um pouco.

Suas pontas dos dedos traçam meus lábios antes que ele se afaste

novamente e então mova suas ancas. Seu pênis é uma barra dura

contra a perna, maior do que qualquer droga que o cara tem o direito

de ser.

— Então, como é chamada essa criatura? — Pergunto a ele,

esfregando a mão para cima e para baixo nos meus braços para

impedir que os arrepios se levantem na minha pele. Estou totalmente

ligada agora, droga. Carne crua e um captor idiota não deveriam fazer

eu me molhar, mas não consigo me ajudar.

Ele olha para a carne crua e corta outro pedaço para mim.

— Nós chamamos de dois dentes. — Ele puxa os lábios da criatura

para me mostrar duas presas gigantescas. É como um castor. Meio

que um castor vampiro. Com uma fileira de espinhos nas costas

peludo e com pés fofinhos.

Ok, então não é nada como um castor, mas

meu cérebro se sente melhor associando-o a

animais terrestres.

— Você não está comendo. — Indico

para ele enquanto me dá outro pedaço

da caça.
— Minha companheira vem em primeiro lugar — diz ele e me dá

outro olhar intensamente abrasador quando coloca a carne na minha

boca e em seguida, escova meus lábios com o polegar. — Vou comer

quando ela estiver saciada.

Me contorço um pouco. Esta é a refeição mais sexualmente

estranha que já tive. Eu não deveria estar me divertindo tanto quanto

estou.

— Me fale sobre sua tribo? Sua família?

O olhar faminto e excitado desaparece e vejo sua expressão tensa,

tornando-se uma máscara de indiferença.

— Eu não tenho família.

— Nenhuma? Mas e seus pais?

— Mortos. — O olhar em seu rosto está fechado.

— Entendo. Sem irmãos ou irmãs? — Ele balança a cabeça.

— Minha mãe só ressoou uma vez para o meu pai.

— Ah. — Raahosh parece perdido em

pensamentos, então contínuo. — Você tem

amigos íntimos em sua tribo?

— Vektal. — Conseguir fazer esse cara

se abrir é como curvar os dentes.


— Eu o conheci. E quanto aos outros? — Ele me olha.

— Por que você quer saber?

— Porque vou morar lá em breve? Eles também vão ser minha

tribo? — Dizer isso em voz alta me deixa um pouco triste. — E se eles

não gostarem de mim?

Suas grossas sobrancelhas se esticaram, como se ele não

entendesse isso.

— Você é minha companheira. Não há como não gostar. Você fará

parte da tribo.

— É fácil para você dizer. — Digo. — Você cresceu com eles. É da

mesma espécie. Sou uma pessoa estranha que não para de falar,

lembra?

Ele me olha por um longo tempo, a expressão inescrutável. Então,

depois do que parece uma eternidade, ele me oferece outro pedaço de

carne. Aceito e ele diz:

— Atualmente, existem dois kits em nossa

tribo. Com o de Georgie, serão três. E se os

outros ressoarem, terão mais. — Eu absorvo

essa informação.

— E mulheres? Quantas

mulheres?
— Sem as humanas? Quatro, se você não incluir as emparelhadas.

Eu fico muda. Isso deixa muitos homens insatisfeitos. Talvez seja

uma coisa boa que Raahosh tenha me escondido nessa caverna por

um tempo. Me pergunto se as outras garotas que não ressoaram serão

disputadas como migalhas no jantar.

— Quantos homens?

— Vinte e quatro de nós sobraram. Vinte sem par.

— Sobraram?

Ele acena, cortando outro pedaço de carne.

— A vida aqui é difícil. Perdemos muitos de nossa tribo há vários

anos em uma caçada. Quatro dos nossos homens foram mortos e uma

fêmea antes que pudéssemos derrubar o ta-li. — Ele balança a cabeça.

— Foi um momento ruim.

— Parece perigoso.

— É por isso que as mulheres não caçam mais. Não é que elas não

possam, é que não arriscaremos a vida da tribo as

colocando em perigo. — Abro minha boca para

responder e ele imediatamente põe outra

mordida de carne nela. Isso parece uma

tática para me calar, então mastigo

rapidamente e depois contínuo.


— Mas vocês têm as garotas humanas agora. Isso significa que

você não é mais do clube do bolinha. Isso levará a tribo a… — Eu

conto por um momento. — Doze humanas e trinta de vocês, significa

que há quarenta e dois de nós. Muitos caçadores.

— Muitos não vão querer arriscar suas companheiras em uma

caçada. — disse ele, me oferecendo outro pedaço de carne. Recuso e

ele come, em vez disso, sua expressão pensativa. — Muitos não vão

querer mais caçar.

— Por que não?

— As caçadas são muito solitárias por natureza. Saímos por

longos períodos de tempo. Podemos sumido por várias luas antes de

voltar para casa.

— Como um mês?

Ele dá de ombros.

— A maioria procura a caça sozinho. É mais fácil cobrir mais

terreno dessa maneira. Nós caçamos animais

pequenos, em muitas direções diferentes e os

guardamos embaixo da neve para que

possamos recuperá-los mais tarde, quando

a terra está inacessível e todos os


animais ficam hibernando para sair no gelo.

— Então, caçadores… são muito sozinhos? Provavelmente, não é

a pior coisa do mundo, já que só há quatro garotas em casa. É isso o

que você faz?

Ele concorda.

— Eu sou um caçador. Passo mais tempo na selva do que nas

cavernas tribais.

— Por quê?

— Porque o que?

— Por que passar mais tempo sozinho do que em casa?

Seu brilhante olhar azul me prende perfeitamente no lugar.

— Não há nada para mim lá. Pelo menos na natureza posso

sustentar meu povo. Em casa, só vejo o que os outros têm que não

tenho. Às vezes é... difícil. — O olhar que ele me dá é totalmente

possessivo, mais uma vez e sei que está falando de companheiros.

Engulo em seco. Então ele voluntariamente se

exila por longos períodos de tempo para não

estar perto de todos os casais felizes? Meu

coração palpita de pena. Não é de admirar

que Raahosh seja antisocial.


— Droga, não me faça sentir pena de você.

Ele resmunga e corta com selvageria outro pedaço de carne,

depois mastiga, a expressão no rosto dele é amarga.

— Não quero sua piedade, mulher.

— É uma pena porque é tudo que você está recebendo de mim

esta noite. — Gracejo.

Ele mostra os dentes em um grunhido.

— Suas palavras não me divertem.

— Não estava tentando diverti-lo. — informo. Então, fico de pé,

irritada. — Urg. Não sei o que fazer com você.

— Quero a minha companheira. — Ele grita. — É assim que isso

funciona. O khui decidiu que você e eu seremos acasalados. Nada

disso pode ser alterado. Você será minha e isso é tudo que existe.

— É mesmo? — Volto para ele e coloco minhas mãos em meus

quadris. — Eu quero ir caçar. Como você gosta das maçãs? — Ele

inclina a cabeça e percebo que ele está tentando

analisar minhas palavras. — É um ditado

humano. — Digo. — Quero caçar e me prover.

E sabe de uma coisa? Gostaria de decidir

por mim também. Quando decidirei o

que quero, porra? — Eu abro meus


braços. — Todos ao meu redor pensam que sabem o que deveria estar

fazendo, mas você sabe o que eu quero? Não, você não sabe, porque

ninguém me pergunta.

— Você quer caçar? — Raahosh diz em uma voz plana.

— Isso seria bom, para começar.

— Muito bem. Vou levá-la a caça de manhã.

Pisco para ele surpresa. Seu humor parece escuro, mas ele vai me

deixar ir caçar?

— Mesmo? Bem desse jeito?

— Desde... — Ele faz uma pausa e me dá outro olhar aquecido.

— Oh, aqui vamos nós. — Murmuro, em seguida, aceno para ele

continuar. Há sempre um porém, né? — Fala para mim.

— Vou levá-la para caçar se você se deitar comigo hoje à noite

como companheiros.

— Se você acha que vou transar com você pelo privilégio de

caçar...

— Não sexo. Transar? — Ele me olha com

curiosidade. — Não transar. Apenas tocar.

Segurar um ao outro.

Meu coração pouco culpado se

contrai novamente. Ele é solitário.


Deus, sou uma babaca. Pobre Raahosh, para ficar preso com a mulher

mais teimosa do mundo.

— Eu posso lidar com isso, acho.

Raahosh me dá um aceno silencioso e depois se endireita.

— Devemos limpar a caverna e nos preparar para a caça amanhã

se vamos estar fora.

— Vamos fazer isso. — Digo, escondendo minha emoção. A

verdade é que estou um pouco nervosa e agitada com o pensamento

de dormir em seus braços esta noite e deixá-lo me tocar. Minha mente

volta para a imagem feroz dele lambendo minha boceta mais cedo e

um pulso de necessidade passa por mim. Meu piolho imediatamente

começa a ronronar tão alto que soa como um motosserra. Droga,

piolho. Mostre alguma discrição, garota.

Nós trabalhamos em torno da caverna pelas próximas horas e é

surpreendentemente agradável. Raahosh me faz um par de sapatos

com o couro que ele tem guardado nos últimos

dias. Eu sabia que ele os tinha tratado com uma

mistura de entranhas e porcarias que ele usou

das criaturas e os resultados foram um

couro duro com um pouco de pêlo no

interior para manter meus pés


aquecidos. Eles são pouco mais do que luvas para os meus pés com

cordões nos tornozelos, mas estou satisfeita com eles, no entanto.

Trabalho no meu arco e quando digo a Raahosh sobre o tipo de

material que preciso para a corda do arco, ele produz algo de sua

mochila de viagem que é muito parecido com um fio grosso. Eu

amarro meu arco e espero o melhor e então começo a fazer flechas.

Tenho que usar osso para isso e as costelas e os ossos das asas de algo

inominável que se parece com um avestruz com pernas mais curtas,

quatro deles, acaba sendo perfeito. Agora tenho setas que são um

pouco mais curtas do que estou acostumada, mas leves e mortais

como agulhas na ponta depois de um bom afiamento. Eu afio e afino

minhas flechas pelo que parecem horas, até que o fogo morra e esteja

cochilando com a faca na minha mão. Raahosh as tira das minhas

mãos, e me esforço para ficar acordada.

— É hora de dormir. — ele me diz.

— Oh, mas eu só tenho quatro delas. — Digo

com um protesto. — Isso não é muito.

— Nós temos lanças e facas também.

Você pode aprender outras maneiras de

caçar. — diz ele, a voz baixa e suave

quando cuidadosamente coloca o


meu arco e flechas de lado. — Venha se despir para a cama, minha

companheira.

Deveria ter protestado que não sou sua companheira, mas tudo o

que sai é um bocejo.

— Posso dormir com minhas roupas.

— Não se estamos dormindo como companheiros. — Ele

murmura. — Isto é o que você prometeu para mim.

Então eu fiz. Estou sonolenta demais para protestar e não percebo

o quanto estou exausta até ele me levantar e minhas pernas parecerem

gelatina. Quando Raahosh me inclina contra ele e começa a desatar os

laços no pescoço da minha túnica, percebo que ele é quente e

estranhamente macio, apesar das duras saliências de proteção ao

longo de seus braços, peito e outras partes de seu corpo.

Minha mão vai para seus peitorais e eu os esfrego debaixo do

colete.

— Você é macio. — Murmuro. Tocá-lo é como

tocar... camurça. Há uma fina camada de pele

em sua pele que não percebi até agora, mas é

macia e quente demais e não consigo parar

de acariciá-lo. Realmente não me


importo com o pensamento de dormir nua contra ele se ele é tão

gostoso assim.

Meu piolho ronrona de acordo, a putinha.

— Braços para cima. — Sua voz é suave e levanto os dois antes

que possa parar para pensar. No momento seguinte, minha túnica

passa por cima da minha cabeça e então estou de topless na frente

dele. Meu piolho está zumbindo no meu peito e meus mamilos

endurecem, mesmo quando bocejo novamente. — As calças também

— ele diz, e não está me agarrando ou fazendo com que me sinta

estranha, então obedientemente saio delas e entrego a roupa. Olho

com olhos sonolentos quando ele se afasta e cuidadosamente dobra

minhas coisas, colocando-as por perto. Então, de costas para mim, ele

começa a se despir.

Isso chama minha atenção. Observo seus braços se flexionarem

enquanto desfaz os cadarços na frente de seu peito e em seguida,

remove sua túnica. Então ele está se abaixando até

suas botas altas e sua manta de pelo. Estou

totalmente rastejando nele neste momento,

observando sua bunda flexionar enquanto

ele desfaz os laços em e a desliza para

o chão. Ele sai dela, levantando uma


perna com graça casual e vejo o balanço de suas bolas entre suas

pernas. Então sua bunda flexiona novamente e sua cauda chicoteia e

eu apenas olho.

Por que uma cauda é sexy para mim? Por que a visão dela

balançando sobre aquele traseiro gostoso fazia coisas terríveis e

desagradáveis para minhas partes? Ele olha por cima do ombro para

mim e o olhar é tão aquecido que fico excitada e inquieta. Não tenho

certeza se estarmos nus juntos seja uma boa ideia, mas também não

acho que possa parar, mesmo que quisesse.

E eu meio que não quero.

Ele se vira para me encarar novamente e seu pênis se projeta para

frente de seu corpo, longo e óbvio. Ele está completamente ereto e

tento não olhar para sua anatomia diferente. Não sou virgem, mas

Raahosh tem um pênis monstruosamente grande e para completar,

parece ter... cumes no topo, as áreas ásperas são como aquelas nos

braços e peito.

Isso vai ser realmente incrível ou

realmente horrível.

Franzo a testa enquanto olho para o

chifre pequeno alguns centímetros


acima de seu pênis. Me lembro da última vez, mas a visão me

confunde.

— Para quê serve isso?

Ele dá um passo à frente e sua mão se acaricia de uma maneira

que me faz sentir suja de luxúria.

— Meu esporão? — Ele dá de ombros. — É parte do meu corpo.

— Sim, mas tem um propósito? Quero dizer, além de surtar as

garotas da Terra?

Raahosh pega a minha mão e me move em direção ao ninho de

peles.

— Seus homens não têm tais coisas?

— Não.

— Eu te assusto? É por isso que você me afasta? — Ele parece

quase esperançoso. Esquisito.

— Não tenho medo de você.

Sua expressão escurece.

— Então você me afasta por outras razões.

— Razões como, hey, não é minha

escolha? Isso é razão suficiente para mim.

— Bato nos cobertores e deslizo para

dentro deles, fugindo para o lado


mais distante do ninho. Os cobertores formam uma cama agradável e

aconchegante, mas eles não são muito grandes.

Ele não deita na cama ao meu lado e eu levanto as cobertas para

esconder meus seios, de repente envergonhada. Eu sou a única,

porque ele se agacha ao lado da cama e me estuda, seu pênis se

destaca como uma terceira perna enquanto ele esfrega o queixo e

reflete. Tento não fazer contato visual com a cabeça pequena dele.

— É porque sou feio? — Ele pergunta depois de um longo

momento. — É por isso que você odeia estar acasalada comigo? — Ele

esfrega as cicatrizes no lado do rosto pensativo.

Franzo a testa para ele.

— Você não é feio.

— Estou cheio de cicatrizes. Certamente você já percebeu.

Eu bufo.

— Eu não sou cega. É um pouco óbvio.

Sua expressão se fecha e ele fica de pé. Eu

machuquei seus sentimentos. Porra, o homem

é mais espinhoso do que eu mesma. Aperto

seu tornozelo para detê-lo e ele olha para

mim com aqueles olhos estreitos e


afiados que parecem esconder toda a emoção.

— Você me entendeu mal. — digo. Eu não sei por que é

importante para mim não machucá-lo, mas faço. — Acho óbvio que

você tem cicatrizes. Você está sem um chifre. Mas não disse que era

pouco atraente. — lambo meus lábios. — Eu meio que gosto disso.

Seus olhos se estreitam novamente.

Meus dedos deslizam sobre a suave camurça de seu tornozelo,

acariciando os duros tendões sob sua carne. Não há uma polegada

dele que seja macia com gordura. Ele é magro e selvagem e... bem,

mesmo que não tivesse um piolho, ele provavelmente seria meu tipo.

— A única coisa que não gosto sobre esta situação é o fato de que

não tenho escolhas. Não é você. Sou eu. Isso faz sentido?

Ele se agacha novamente e seu pau vem precariamente perto da

minha mão. Eu tento não notar, tentar é a palavra-chave.

— Não há escolha quando se trata de acasalamento. O khui

decide. É o que faz crianças fortes.

— De onde venho, a mulher decide. — Ok,

isso pode ser um pouco amplo, já que muitas

mulheres não conseguem decidir, mas

estou contando com isso. — O homem


a corteja e ela o deixa saber que aprecia seus esforços.

Ele arremessa os braços, apontando para a caverna.

— Eu não te cortejei? Isso não é esforço suficiente para mostrar a

você como posso sustentá-la?

— Me sequestrar dos outros e fingir que é cortejo não conta, não.

— Estalo. — Você sabe o que? Eu desisto de tentar ser legal. Você está

determinado a aceitar tudo o que digo da maneira errada. Esqueça

isso. — me deito de volta na cama e puxo as cobertas para cima, então

me viro de lado para que fique de costas para ele. Ele se deita ao meu

lado. Claro que faz. O homem não entenderia a palavra "não" se o

mordesse na cara. O ignoro de qualquer maneira, determinada a ir

dormir. Ele quer se deitar como um casal? Tudo bem, esta pode ser

sua primeira experiência com as costas da esposa. Bem-vindo à vida

de casado, Raahosh. Reviro meus olhos quando ele pega meu braço e

o acaricia.

— Você mudou de ideia?

— Como assim? — Não me viro para olhar

para ele, porque se o fizer, ele pode levar um

soco no rosto.

— Sobre caçar? Você não quer ir na

parte da manhã?
Meu queixo aperta.

— Você é um chantagista idiota.

Ele faz uma pausa. Sua mão acaricia meu braço, provocando uma

resposta que quase me excita tanto quanto seu próximo comentário.

— Eu não entendo essas palavras. O que é um idiota?

— Seu povo. Próxima questão?

Ele resmunga e eu não posso dizer se está irritado com o meu

comentário malicioso.

— Chantagem? O que é isso?

— É quando você me força a fazer coisas que não quero em troca

de algo que quero.

Desta vez ele faz um som de descrença. Seus longos dedos se

arrastam para cima e para baixo sobre a minha pele e ela se arrepia

em resposta. Meu pulso bate forte entre as minhas pernas e posso me

sentir molhada apenas com aquele pequeno toque.

— Você diz que não quer isso. A única coisa

negando isso é a sua boca.

— É permitido ter uma palavra a dizer,

também.

— Ela diz muito. — Comenta

amargamente.
— E veja, merda, é por isso que você não transa. — Eu me afasto

dele. — Pare de me tocar.

Ele ri e se inclina, a boca roçando minha pele.

— Ah. Mais deste ritual de acasalamento? Eu me lembro de antes.

— E sua mão cobre meu peito, apertando meu mamilo.

Eu gaguejo e afasto sua mão embora meu piolho comece uma

sinfonia com o dele.

— O que você está fazendo? — Sua mão retorna ao meu peito, seu

grande braço prendendo meus mamilos. Ele acaricia e cobre meu

peito enquanto me segura e começa a mordiscar ao longo do meu

ombro.

— Eu estou cortejando você como me mostrou. Você me diz para

não tocá-la... que é conversa de acasalamento humano para te dar

prazer.

— Não é! — Mas, então me lembro de segurar seu rosto entre as

minhas pernas, esfregando contra ele com minha

boceta. Eu não quero que você me toque.

Bem, maldição. Tenho enviado para este

menino alguns sinais confusos, não tenho?

Hora de explicar.
— Raahosh, acho que nós precisamos ter uma conversinha. —

Minhas palavras são cortadas com um grito de surpresa quando suas

presas marcam meu ombro e minhas terminações nervosas ficam

selvagens. Isso não deveria ser tão bom como parecia. Isso não

deveria ter feito todo o meu corpo cantar. Mas meu piolho

enlouqueceu de alegria e quando Raahosh mordisca meu ombro

novamente e arrasta a língua sobre o meu pescoço, eu não luto. E

quando a mão dele desliza entre as minhas pernas?

Eu estou molhada. Muito molhada.

E gemo, incapaz de resistir.

— Você vê. — Ele murmura sua língua roçando meu ouvido. Oh,

e o ruído dele contra a minha carne me deixa selvagem. — Eu estou

aprendendo a cortejá-la, minha Liz. — Seus dedos deslizam pelas

minhas dobras e depois mergulham, buscando meu calor

escorregadio. Eu sinto o comprimento duro e impossível de seu pênis

contra as minhas costas e quero estar cheia disso.

— Sem sexo. — Respiro. Verdade seja dita,

se ele me virasse de bruços e me pegasse por

trás, provavelmente estaria bem com isso.

Mas uma garota precisa manter seus

padrões.
— Eu ainda estou cortejando você, minha companheira. — diz ele

em voz baixa, sua garganta cantarolando com a ferocidade do piolho

ressoando em seu peito para combinar com o meu. — Permita-me

lamber e dar prazer a você esta noite, como prometemos.

Bem, isso não parecia tão ruim.

Oh, quem estou enganando? Eu quis o toque dele ontem. Eu

preciso de suas mãos em cima de mim. Preciso que ele continue

explorando meu corpo para que eu possa relaxar depois de algumas

atividades sujas.

— Raahosh. — gemo, voltando a tocá-lo. Minha mão desliza na

juba espessa de seu cabelo escuro e encontro um chifre. Eu me agarro

a ele, feliz pelo guidão enquanto ele torce meu corpo com os dedos,

seu peito roncando forte contra o meu.

— Seu néctar enche sua boceta por mim. — Ele murmura em meu

ouvido e em seguida, carinhosamente lambe. — Devo saboreá-lo e

provar minha companheira?

— Isso é tão piegas vindo de você. —

Respiro, mas droga, suas conversas bregas

estão me deixando toda contorcida de

necessidade. Seu dedo continua

circulando meu clitóris dolorido e


não quero nada mais do que tê-lo empurrando fundo e começando a

me foder com seus dedos grandes em vez de apenas me provocar.

— Piegas?

— Só mais um ditado. — Digo e então solto um estranho gemido

quando ele mergulha o dedo dentro de mim. — Oh, Deus! Continue

me tocando assim.

— Você quer meus dedos? — Ele enterra o rosto contra o meu

pescoço e sinto o ranger dos sulcos duros de sua testa contra o meu

queixo enquanto ele acaricia minha garganta. Meus seios doem por

seu toque e começo a brincar com meus mamilos, balançando meus

quadris contra o dedo que mantêm dentro de mim. — Ou você quer

que eu lamba o mamilo entre as suas pernas até que você grite meu

nome?

Um riso horrorizado escapa da minha garganta.

— Você acabou de dizer m-mamilo? Entre minhas pernas?

Aquilo recebe sua atenção. Ele se senta e

franze a testa para mim.

— Não é isso o que é?

— Não! Mamilos estão nos seios!

Sua mão deixa minha boceta e

desliza para os meus seios e gemo


quando seus dedos molhados começam a traçar um círculo em torno

de uma auréola.

— Estes são os mamilos, sim?

Eu aceno incapaz de falar. Seu toque parece bom demais.

— Os seres humanos são tão macios. — Ele comenta, sacudindo

o grande polegar sobre o meu mamilo tenso e em seguida, rolando-o

entre os dedos, fascinado pelo cerne duro dele. — Nós não somos

construídos assim.

— Não? — Mudo até que esteja de costas ao invés de lado e estou

olhando para ele. Alcanço e corajosamente acaricio um de seus

peitorais, deslizando minha mão sobre seu mamilo e sentindo-o. Com

certeza, parece uma pedra. Meus dedos passam por cima e estou

surpresa. — Uau. Isso é diferente.

A respiração sibila de sua garganta ao meu toque. Encorajada,

continuo esfregando meu polegar sobre o mamilo, mesmo que já

esteja duro, posso dizer que está gostando do meu

toque.

Ele acaricia meu peito por mais um

momento e então sua boca mergulha na

minha. O encontro, embora diga a

mim mesma que beijá-lo não é


inteligente. Isso não levará a nada além de falsas expectativas. Não

posso me ajudar, no entanto. No momento em que a pele aveludada

roça a minha e seus lábios encontram os meus, sou um caso perdido.

Eu o beijo de volta, me divertindo com a sensação de sua boca dura.

Ele lambe minha língua, mesmo quando sua mão acaricia meu peito

e empurro contra ele.

Meus braços se enroscam ao redor de seu pescoço e o puxo para

baixo contra mim, sentindo seu peito grande e pesado contra meus

seios. Os sulcos ao longo de sua pele, manchas ásperas e duras nos

braços e no centro do peito, parecem estranhos misturados com a

camurça do resto de sua pele, mas quando esfrego meus mamilos

contra ele, a dicotomia parece incrível. Gemo novamente, perdida na

sensação.

Seu pênis cutuca meu abdômen e sinto as gotas quentes de pré-

sêmem contra a minha pele, deixando rastros molhados. Ele continua

me beijando, sua língua dançando contra a minha

e sua mão se move para os lados e descansa no

meu quadril.

— Se não é um mamilo, então o que é?

Eu rio contra sua boca, divertida

por sua falta de compreensão sobre a


anatomia feminina. Realmente, suponho que faz sentido pensar que

é um mamilo.

— É chamado de clitóris. Ou um grelo, para ser breve.

Sua mão desliza para o meu pelo pubiano e ele arrasta os dedos

por ele antes de encontrar meu clitóris novamente. Ele escova as

pontas dos dedos sobre ele em uma exploração cuidadosa que me faz

segurá-lo contra mim, com força.

— E qual é o propósito disso?

— Só para que nos dê prazer. — Eu não sei se o clitóris tem algum

tipo de propósito anatômico. Não é como um rim ou algo assim.

Minha respiração explode quando ele circula com o dedo novamente.

— Oh, Deus. Realmente, muito bom.

— Hum, então você gosta quando o toco?

Grito e minhas unhas cravam em sua pele quando continua os

círculos indolentes e agravantes ao redor do pequeno pedaço de pele

sensível. Levanto uma perna e o envolvo em torno

de seus quadris e minha pelve bate contra seu

toque.

— Deus, sim. Por favor…

— Você vai dizer o meu nome,

Liz? — Ele pressiona beijos leves


sobre minha boca, mesmo quando continua a tocar meu clitóris em

movimentos leves, enlouquecedoramente lentos.

Eu lambo meus lábios, choramingando com seus toques.

— Por quê?

— Porque quero ouvir minha companheira dizer meu nome

quando ela gozar para mim. — Ele murmura e morde meu queixo.

Outro gemido escapa da minha garganta.

— Como... — Deus, está ficando difícil pensar. Só quero pegar sua

mão, enfiar seus grandes dedos dentro de mim e cavalgá-los até que

esteja gozando como uma louca. — Como você sabe... que estou perto

de gozar?

— Você não sabe? — Seus dentes roçam meu queixo e então ele

começa a lamber meu pescoço. — Devo beber seu doce néctar da fonte

até que você faça?

— Oh, Deus. — Minhas unhas cravam nos ombros dele. Suas

palavras estranhas e imundas vão me fazer gozar

como uma louca. Estou tão perto. —

Raahosh… preciso de um dedo dentro de

mim. Foda-me com a sua mão. — Ele geme

contra a minha garganta e sua língua

toca nas cordas do meu pescoço.


— Diga meu nome novamente e lhe darei o que você quiser.

— Raahosh — choro e um grande dedo roça no meu núcleo

novamente. Desta vez, quando me arqueio contra ele, afunda-se

profundamente. Digo o nome dele de novo e meu piolho dá um longo

e duro arrepio de prazer no meu peito. — Bem desse jeito! Oh, Deus!

— Diga isso de novo. — Ele exige, e empurra o dedo dentro de

mim. — Me esfrego contra ele, lhe agarrando.

— Raahosh! Raahosh! — Meu piolho ronca tão alto que sinto

como se estivesse me afogando e então quando ele empurra de novo,

seu polegar roça meu clitóris. Meu corpo explode e repito seu nome

com um grito agudo quando gozo.

Sua respiração sibila enquanto continua a bombear seu dedo

dentro de mim, repetidamente.

— Eu sinto isso. — diz ele, a voz suave com admiração. — Eu

sinto você se apertando contra meus dedos.

Um rubor quente aquece minhas bochechas e

empurro sua mão, já que estou começando a

me sentir supersensível. Ele ignora minhas

tentativas de afastá-lo e continua

empurrando em mim, um olhar

fascinado em seu rosto.


— Minha companheira. — diz ele com reverência. — Minha Liz.

Oh, céus. Tenho a sensação de que se não o distrair de seu

brinquedo novo e brilhante, não vou sair disso sem ele me

"reivindicar de verdade". Claro, o pensamento envia outro arrepio

através do meu corpo e minhas coxas apertam em torno de sua mão,

o que não ajuda. Sua coisinha ronrona ainda mais alta em seu peito e

ambos soam como uma cacofonia em meus ouvidos.

— Deixe-me provar você. — diz ele e começa a descer pelo meu

corpo.

Espere, espere, espere. Não estou pronta para isso novamente.

Não com minhas pernas ainda tremendo como macarrão.

— Na verdade. —Digo, agarrando-me a uma ideia. Deslizo a mão

pelo seu braço grande e em seguida, movo-me corajosamente para

frente dele e pego aquele enorme e desejoso pênis. — É a minha vez

de brincar com você. É assim que os humanos cortejam.

Ele olha para mim e franze a testa.

— Isso é cortejar?

— Em alguns círculos é. — digo a ele e me

afasto de seu aperto. Seu dedo desliza para

fora de mim e por um momento, me

sinto tão vazia que quero cair de


costas e deixá-lo me foder. Isso é provavelmente apenas o piolho

falando, no entanto. E estou determinada a não ser governada por

isso, então deslizo minha mão para cima e para baixo em seu pênis

para chamar sua atenção.

Isso faz o truque. A respiração dele sibila. E sua mão cobre a

minha.

— Espera.

— Tudo bem. — Digo a ele, aliviando meu aperto de seu pau um

pouco. — Você não faz sexo há algum tempo? — Essa é uma

preocupação legítima, considerando que há quatro mulheres na tribo

e duas com bebês. — Podemos ir devagar.

Sua mandíbula aperta e ele olha para longe de mim, removendo

minha mão.

— Hum. Um tempo realmente muito longo?

— Isso importa? — Ele rosna.

Oh, garoto. Tenho um virgem alienígena

autêntico. Eu o olho por um longo momento e

então meu coração se aperta com simpatia.

Não é de admirar que ele se ache feio. Se

ninguém na sua tribo alguma vez o

tocou, ele tem que pensar que é por


causa da sua aparência. Uma tribo com apenas quatro mulheres

significaria que as mulheres escolhiam homens, até que elas se

acasalassem, é claro. Acho que Raahosh nunca teve esse tipo de

experiência.

Pobre rapaz. Nunca ter um toque amoroso? Uma carícia? Brincar

apenas por diversão? Ele perdeu tanto. Me sinto meio que uma idiota

de repente por empurrá-lo constantemente. Sou provavelmente o

ponto culminante de um zilhão de fantasias dele e só faço afastá-lo,

isso tem que doer.

Estou começando a ter uma ideia de como a vida dele foi

solitária... e o que devo dizer-lhe.

De repente, quero fazer isso bom para ele. Não se trata mais de

distraí-lo até que pare de me provocar. Mas de trazer um pouco de

diversão para ele, e assim mostrar-lhe que ele é sexy, desejável e

alguém o quer, afinal.

— Você confia em mim? — Pergunto,

colocando minha mão sobre seu peito, encima

do seu coração.

Ele hesita por um momento e então

balança a cabeça, sua mandíbula

cerrada.
— Então deite-se. — Digo em voz baixa. — E deixe sua

companheira lhe dar um pouco de prazer. Tudo faz parte dos rituais

humanos de acasalamento.

Por um longo momento, ele fica tenso e acho que vai me recusar.

Então, se vira de costas nas peles, seu pênis se projetando no ar. Ele

se apóia nos cotovelos para poder me observar, os olhos brilhando

intensamente.

Preciso ir devagar para fazer isso durar. Busco em meu cérebro,

tentando pensar nas maneiras de prolongar um orgasmo para um

cara inexperiente. Só vou ter que ir devagar. Ele vai ficar

envergonhado se gozar rápido demais e se culpar, e não quero que

isso aconteça.

Então coloco minhas mãos em suas coxas e espero.

— Está tudo bem?

Ele me observa com um olhar quente e depois de um longo e

tenso momento, acena com a cabeça.

— Posso explorar você?

Seu pênis se contorce e mais pré-semem

sai da cabeça. Enquanto assisto, ele range

os dentes e acena novamente.


Talvez seja melhor tirar vantagem primeiro. Então deslizo para

frente, empurrando meus braços contra os lados de seu quadril para

que meus seios se juntem.

— Eu vou fazer você gozar. — Digo, arrastando minhas unhas

para baixo de uma coxa levemente. — E então vou levar meu tempo

com você. Tudo certo?

— Faça o que você precisa. — Havia tensão em suas palavras.

Pobre coitado. Ele provavelmente está prestes a explodir e se sentindo

um pouco estranho sobre isso. Minha coisinha continua ronronando

como uma coisa louca e seus roncos ficam ainda mais altos quando

me inclino para frente.

Aperto seu pênis na minha mão e meus dedos não se encontram.

Isso é interessante. Ele também é duro e enrugado ao longo do topo e

minhas coxas se apertam novamente de antecipação. Ele não é

circuncidado e o aperto em seu prepúcio, em seguida, arrasto a minha

mão sobre seu pênis enquanto o bombeio uma vez.

Ele ofega e então o sêmen quente respinga

sobre a minha mão, saindo da grande cabeça

de seu pênis. Seu corpo se sacode e coloco

minha mão na sua coxa novamente.


— Tudo bem. — Digo e então, quando está olhando para mim,

me inclino e lambo a cabeça do pênis dele.

Nunca fui uma grande fã do gosto de porra, é um tipo de gosto

que simplesmente não consigo me acostumar, mas com o piolho

ajustando meus sentidos, não há sabor ruim, apenas um leve sabor

almiscarado que é na verdade... muito bom. É um prazer lamber em

volta nele e limpar seu pênis, seus gemidos e suspiros abafados me

fazem sentir muito bem também.

Quando termino, olho para cima e dou outra lambida na cabeça

do seu membro com a ponta da língua.

— Posso brincar com você agora?

Suas narinas se inflamam e ele inala bruscamente, depois acena

com a cabeça.

— Se você gozar de novo. Tudo bem. Mas, vou tentar ser gentil.

— Dou-lhe uma piscadela quando o olhar em seu rosto se torna

incrédulo. Então arrasto os dedos para cima e para

baixo de suas coxas, explorando os lugares em

que ele é diferente de mim. Sou uma menina

de altura média, peso médio, bumbum

médio. Raahosh, em comparação, tem

mais de dois metros de músculo


ardósia cinza. Há placas estriadas nas laterais de suas coxas, uma

linha de cumes que vai todo o caminho até seu peito para onde uma

trilha feliz iria se ele tivesse cabelo em sua virilha e cristas em seus

braços e ombros. Suspeito que se corresse minha mão para baixo em

suas costas, sua espinha seria rígida, também.

Claro, tenho coisas mais interessantes para olhar, como o seu pau.

Minhas mãos deslizam de volta para o seu pênis. É impossível resistir

a ele, porque a maldita coisa é tão linda. Longo e grosso, com uma

coroa larga, de um azul profundo, ele é mais aveludado aqui do que

em qualquer outro lugar. Suas bolas são de um tamanho

impressionante, seu saco se aperta contra sua virilha.

Bolas azuis. Riu. Nunca a frase foi mais verdadeira.

Ele franze a testa e rebate minhas mãos exploradoras

— Eu não estava rindo de você. — explico, mordendo meu lábio.

— Apenas de um ditado que temos entre os humanos sobre bolas

azuis.

— E o que é esse ditado? — Sua respiração

para em sua garganta quando me inclino e

tomo-o na minha mão novamente, em

seguida, começo a mordiscar para

cima e para baixo seu eixo.


— Não é importante. — Arrasto minha língua para baixo de uma

veia grossa e em seguida, volto para os cumes esburacados. — Como

se sente?

Quando ele não responde, olho para cima de minhas

ministrações.

Seus brilhantes olhos azuis me fixam com um olhar intenso.

— Por que você está parando? — dou risada.

— Por que te fiz uma pergunta?

— Parece com... nada que tenha experimentado antes. — Sua voz

é rouca de necessidade e mesmo quando ele diz as palavras, mais

gotas de pré-gozo saem de seu pênis.

— Resposta boa o suficiente. — Volto a lamber e mordiscar seu

comprimento, tentando descobrir quais toques ele gosta. Pareço obter

mais reação quando arrasto meus dentes ao longo de sua pele macia,

ou quando aperto com força na base de seu pênis.

Então, naturalmente, faço as duas coisas, até

que ele está empurrando na minha mão e tem

suor escorrendo de sua testa. Seu olhar não sai

de mim e das minhas ministrações, no

entanto. Se outra nave alienígena


pousar lá fora, duvido que desvie o olhar. Ele está totalmente

fascinado com a minha boca.

Continuo minha exploração de seu corpo com algumas lambidas

na parte superior de seu membro, a parte dura e sulcada, depois passo

para a protuberância em forma de polegar acima dele.

— Como você chama isso de novo?

— É um incentivo.

— É como… um clitóris? É bom de tocar? — arrasto meus dedos

sobre ele experimentalmente. Parece diferente do seu pênis. Onde seu

pênis parece com veludo sobre músculos duros, o dele parece...

estranho. Um pouco como osso, mas coberto de pele e carne. Ele não

se esvazia ou cresce quando o seu pênis o faz e quando traço meus

dedos sobre ele, Raahosh não parece reagir como fez quando lambo

seu pênis. Ele encolhe os ombros.

— Tudo o que você faz gosto.

— Mas isso não parece… hmm. Como um

raio quando o lambo? — Eu me inclino e dou

uma lambida experimental, observando

seu rosto. Seu pênis balança em

resposta.
— É bom. — ele murmura.

Mas quero que ele fique louco. Então me movo para o seu pênis,

aperto a cabeça no meu punho e depois lambo a fenda.

— E essa?

Antes que possa mesmo terminar a minha frase, ele está

resistindo na minha mão, ofegante. Seus olhos se fecham e ele cai de

volta sobre as peles, gemendo.

— Sim, isso parece melhor. Ok, bom saber. — Volto a lamber e

chupar seu pênis, porque nunca é demais continuar com o que uma

garota sabe fazer. Na verdade, estou feliz que seu estímulo não seja

um grande ponto de prazer, porque sei como trabalhar um pau. O

chupo por mais um momento e então uma ideia me atinge. Me inclino

para baixo e ponho a língua na base de seu esporão enquanto trabalho

seu pênis com a minha mão.

Todo o seu corpo sacode. Raahosh dá um grito e então minha mão

está coberta de esperma quente e pegajoso

enquanto ele goza mais uma vez.

Continuo esfregando minha língua ao

longo da parte inferior de seu esporão e ele

continua a gozar, seus quadris

estremecendo. Posso dizer que ele


está fazendo o melhor possível para não se mexer, estou feliz por tê-

lo feito gozar tão forte. Levanto a cabeça e admiro o gozo brilhando

em meus dedos.

— Acho que você é sensível lá afinal.

Ele olha para mim por um longo momento e depois pega minha

mão.

— Eu não deveria ter...

— Não? — Interrompo antes que ele possa ficar todo melancólico

comigo. — Você queria entrar na minha boca?

As narinas de Raahosh se abrem novamente, o único sinal de seu

reconhecimento das minhas palavras. Uau. Ele é tímido. Dou-lhe um

sorriso feliz e depois bocejo.

— Vou pegar um pouco de água e nos limpar, depois podemos

voltar para a cama. Ok?

O ronronar em seu peito, e no meu, parecia com um estrondo

baixo. Seu piolho está saciado por enquanto. O

meu também. Fico surpresa quando ele se

levanta e acaricia minha bochecha.

— Espere aqui.

Eu faço e ele retorna um momento

depois com uma pequena pele macia


e o cantil. Ele pega minha mão na dele e com a água e a pele, limpa

seu esperma. É um gesto pensativo e não posso deixar de assistir com

apreço quando ele se limpa também.

Mesmo que não goste muito do homem, ele é muito bonito de se

ver.

Raahosh coloca o odre de volta em seu lugar na prateleira e

depois volta para a cama. Seu pau está a meio mastro agora, não sei

por que continuo procurando, mas faço, e há uma expressão mais

suave em seu rosto duro. Ele toca minha bochecha novamente.

— Durma agora? Temos que levantar cedo amanhã.

Pisco e de repente percebo o quanto estou cansada. Acho que o

brilho pós-coito está desaparecendo rapidamente. Meu piolho

cantarola uma canção enquanto aceno e deito de volta nas peles.

Assim que me deito, ele se deita comigo e me puxa contra si. Meu

corpo se aninha contra o dele que está quente, seus braços me

abraçando. Ele acaricia meu pescoço e sua mão

segura meu seio.

Eu me preocupo com o fato dele pensar

demais em nossas brincadeiras.


— Isso não muda nada, você sabe. — Digo. — Eu ainda não aceitei

você como meu companheiro.

— Mais uma de suas negações. — diz com uma voz presunçosa.

— Diga o que você quiser. Vou acompanhar você nesse ritual de

namoro.

Será que algum caçador sa-khui já dormiu tão bem quanto eu na

noite passada? Acordo com meu pau duro, pressionado contra a

bunda macia e sem rabo da minha companheira humana sonolenta e

sinto um contentamento como nenhum que já senti antes. Liz

murmura alguma coisa e se esconde ainda mais embaixo dos

cobertores, então corro a mão pelos ombros e costas dela, admirando

seu corpo humano macio.

As coisas que ela fez com a boca na noite

passada... minha própria boca seca com a

lembrança. Certamente esse tipo de coisa não

é feito entre amigos? Talvez os humanos

sejam mais inventivos. Seja o que for,

estou feliz por isso, e por ela.


Devemos estar chegando ao fim do estranho namoro humano e meu

pau dói para penetrá-la. Mesmo agora meu khui começa a ressoar

com o pensamento dela e as respostas dela, cantando em seu peito.

Deixei-a dormir por mais alguns minutos e alivio-me fora da

caverna, depois volto para atiçar as brasas do fogo. Estaremos

caçando a maior parte do dia, mas quero que a fogueira esteja quente

para quando voltarmos, para que possa fazer para ela um caldo

saboroso de ossos. Ela ainda está pálida e magra, minha frágil

companheira humana e mesmo comendo carne crua e um khui forte

dentro dela, ela ainda é mais delicada do que eu gostaria. Vou

alimentá-la como um kit doentio, então. Muitas refeições saudáveis e

muitos caldos cheios de medula para deixar suas bochechas cheias de

cor.

Mesmo que essa cor seja um rosa estranho.

Coloquei minhas vestimentas e botas, lembrando que ela

precisará se vestir calorosamente se ficarmos fora

o dia todo, e terei de observá-la de perto. Liz

não é do tipo que admitirá se não puder me

acompanhar. Ela vai protestar, grunhir e

exigir, mesmo que esteja cambaleando

de fraqueza.
Admiro sua força de vontade, mas na natureza, é melhor estar

seguro. Um caçador cauteloso é um sucesso.

Me ajoelho ao lado dela e tiro as cobertas. Seu corpo humano

pálido é todo cheio de curvas suaves, as ondas suaves de sua bunda

chamando pelo meu toque. Admiro suas coxas arredondadas e a

curva de um seio meio escondido e imagino que delícias ela vai me

mostrar esta noite.

Talvez ela me receba em sua boceta, protestando o tempo todo

como parte de seus rituais humanos bizarros.

E estarei em casa.

Eu a cutuco quando ela não acorda.

— Venha, minha companheira. Já esta tarde e precisamos

começar o dia.

Ela geme e rola nos cobertores, me oferecendo um vislumbre

tentador de seus seios e a pele macia entre suas pernas.

— Não sou sua companheira. — ela boceja. —

A noite passada foi só por diversão. — Então

pega as peles e as puxa de volta sobre ela.

Eu franzo a testa. Não isso de novo?

Não importa se ela me aceitou em seu

corpo ou não. Nossos khuis


decidiram. Ela me colocou na boca e me fez entrar em erupção. Claro

que estamos acasalados. Irritado, arranco os cobertores e os jogo de

lado.

— Se você não é minha companheira, então não preciso ser gentil

com você, não é? Levante-se ou você ficará com um rosto cheio de

neve, como faria com qualquer outro caçador preguiçoso.

Seus olhos se abrem e ela faz uma careta para mim.

— Sério? Quem fez xixi nos seus flocos de milho? Você está de

mau humor.

— E você está sendo lenta. Você quer caçar ou vou sem você?

— Eu estou indo, estou indo. — Ela diz, sentando-se. — Idiota.

— A música do meu povo? — Respondo de volta para ela,

lembrando suas palavras.

— Você entendeu.

Uma vez que Liz se move e sai da cama,

ela ganha velocidade e não preciso mais

apressá-la. Nós deixamos a caverna

para trás e começo a mostrá-la como


um caçador sa-khui se move na natureza. Se fosse apenas eu, iria

amarrar alguns galhos no meu rabo e arrastá-los pela neve enquanto

caminhava para cobrir meus rastros. Mas porque estou viajando com

Liz, quero que as faixas permaneçam, caso nos separemos. Quero que

seja capaz de encontrar o caminho de volta para a caverna.

Além disso? Ela não tem cauda.

Nós nos movemos através da neve e Liz sugere algo chamado

raquetes de neve. Ela é menor do que eu e a neve alcança a sua cintura.

Por sugestão dela, nos dirigimos para as árvores e pegamos alguns

talos finos para que minha companheira possa brincar com seu

conceito de sapato quando voltarmos para a caverna.

Ela está feliz por estar fora de casa. Suas bochechas estão

vermelhas, mas seus olhos estão brilhando e há um sorriso no rosto.

Ela fica orgulhosa quando usa seu arco também. Sento-me e observo-

a praticar um pouco. É uma arma estranha, um pouco como uma

funda que atira dardos em vez de pedras. Ela puxa

a corda para lançar seus dardos e resmunga

infeliz quando cai a poucos metros de

distância. Ela faz alguns ajustes no próprio

arco e ajusta as penas minúsculas na

flecha e então tenta novamente e


desta vez ela é capaz de acertar uma árvore com alguma velocidade a

uma curta distância.

Estou impressionado.

— É uma arma interessante. Você é muito inteligente.

Ela sorri para mim.

— Eu costumava caçar com um arco o tempo todo quando era

adolescente. Isso não é exatamente o mesmo. E estou tendo que me

ajustar, mas está perto. Acho que posso fazer isso funcionar. — Liz dá

um tapinha na cintura dela. — Agora preciso fazer uma bolsa de

flecha para ir aqui.

Concordo.

— Posso te ajudar com isso quando voltarmos.

Ela morde o lábio, a felicidade no rosto. E meu khui começa a

cantar. Ela é linda, mesmo com suas feições humanas estranhas e

planas. Seu khui responde ao meu e seu sorriso vacila um pouco.

Ah, sim. Mais dos estranhos rituais humanos.

Negando um acasalamento. Ignoro e gesticulo

para os sóis gêmeos, agora no alto dos céus.

— Você está pronta para caçar então?

Nós podemos ir para a água.


— Água? — Ela se ilumina. — É outro fluxo aquecido? Eu poderia

tomar um banho. — Ela levanta a túnica e franze o nariz. — Estou um

pouco suada.

Seu cheiro é como perfume para mim, mas dou de ombros.

— Podemos nos banhar, ou podemos caçar.

— Vamos caçar. Talvez possamos nos banhar mais tarde hoje à

noite? — Sua expressão é inocente. — Se pegarmos alguma coisa,

posso até deixar você lavar minhas costas.

Encontrarei a criatura mais lenta em todas as neves para que ela

possa preenchê-la com seus dardos.

Caçar com Raahosh é meio divertido. O ar é fresco e mesmo com

a neve pesada, os sóis gêmeos brilham e é bom sair e explorar. Tenho

ficado muito tempo nessa caverna. Raahosh não é o

mais paciente dos homens, mas posso me

segurar. Meu arco é um trabalho em

andamento, mas estou confiante de que

funcionará depois de alguns testes.


— Lá. — Raahosh diz enquanto nós alcançamos uma colina

escarpada. Ele puxa uma mecha de cabelo de sua cabeça e a solta,

verificando se estamos contra o vento ou não. Ele grunhe e depois

gesticula no horizonte. — Você vê as faixas? — Olho

— Como diabos você pode ver algo de tão longe? — Ele agarra

meu queixo e inclina para baixo.

— Você não está olhando para a neve.

Me afasto dele e olho para baixo sobre o cume. Com certeza,

existem pistas na neve. Eles se dirigem para a próxima crista.

— Então, estamos indo na direção certa?

— Nós estamos. — ele concorda. — Você olha para a neve... ou

você pode seguir o seu nariz.

— Meu nariz?

— O cheiro da água que vem aquecida da terra. — respiro e ele

está certo, há um leve cheiro de ovos podres no ar, o que significa que

há água por perto. — Te peguei. — Ele arqueia

uma sobrancelha pesada para mim, o que é

impressionante porque sua testa está quase

inabalável com todo aquele revestimento.

— Que tipo de caça seu pai lhe

mostrou?
— Se isso é uma piada sobre o meu pai morto, vou chutar o seu

traseiro. — Ele alcança meu queixo de novo e inclina minha cabeça na

direção dele antes que tire a mão. Sua boca dura está enrolada nas

bordas em diversão.

— Tão defensiva. Não quis dizer nada com isso. Suas armas são

diferentes. Presumi que você tivesse métodos de caça diferentes.

— Oh! — relaxo um pouco. — Bem, meu pai possuía alguma terra

e caçávamos cervos, então nos instalávamos perto das trilhas. E

depois, claro, há o veado de milho ou o saleiro.

— Veado de milho?

— Sim, você meio que os alimenta no mesmo lugar todos os dias

e outras coisas. Então, quando eles estão gordos e acostumados com

aquilo, eles vêm até você em vez de caçá-los.

Ele grunhe reconhecimento e depois protege a mão sobre os

olhos, olhando para a neve.

— Temos kits que fazem isso com algumas

presas nas cavernas da casa. Mas chamamos

essas criaturas de "animais de estimação".

— Hey. — Digo na defensiva, batendo

no braço dele. — Nem toda família

pode comprar um freezer cheio de


carne fresca, você sabe. Você faz o que precisa para sobreviver, Mister

Judgey. — Claro, lembro-me de dizer a mesma coisa para meu pai

quando era mais jovem. Panela, chaleira e tudo isso. — Se colocar

comida na mesa, está caçando.

— Palavras sábias. — diz ele. — Mas agora você deve aprender a

rastrear. — Ele está certo, claro.

— Lidere, ó sábio.

Nós cruzamos as colinas e sigo-o através da neve. Cerca de

cinquenta metros de distância, vejo a piscina borbulhante de água

azul brilhante contra a neve. O que é ótimo... exceto que há um

penhasco a cerca de um metro e meio à nossa frente e é uma queda

completa por pelo menos vinte ou trinta metros. Bebendo na água está

uma criatura desgrenhada que parece um cruzamento entre Bambi e

um cão pastor.

— Dvisti. — diz Raahosh.

— Pode deixar. Parece bom de comer. — Puxo

meu arco e ponho uma flecha, depois miro. O

vento está contra mim e estamos bem longe.

Ainda não estou acostumada a puxar o

arco e minhas flechas de ossos como

agulha são duvidosas na melhor das


hipóteses. — Eu não acho que posso abater ele daqui. Como

chegamos lá?

— Espere aqui. — Ele me diz, endireitando. — Vou encontrar um

caminho para descer. — Raahosh se distancia, lança na mão e posso

cobiçar seu traseiro um pouco.

Só um pouco.

Abaixo minha flecha e olho para a criatura, observando para ver

se ela foge. Estou tão preocupada em assistir, que quase sinto falta do

chiado que ouço atrás de mim. Mas então isso acontece novamente.

Eu olho por cima do meu ombro.

Há um maldito Ewok. Oh, meu Deus.

Ok, então não é realmente um Ewok. É uma coisa confusa que

mais parece um Furby enorme com braços e pernas longos, mas os

olhos redondos piscando para mim são adoráveis. Ele faz um novo

chiado e em seguida, avança um passo ou dois, depois se move de

volta. Ele pisca para mim, depois repete o

movimento e corre em círculo.

Isso é um jogo? Para todos os seus cabelos

e rosto bicudo, parece jovem. Talvez sejam

os olhos grandes. Quando ressoa de


novo para mim, os cabelos da minha nuca se arrepiam.

Isso pode ser ruim. Tipo, encontrar um filhote de urso feliz e

rechonchudo, só para perceber que o urso mamãe está a poucos

metros de distância.

— Raahosh? Você ainda está aqui?

Ele inclina a cabeça e foge, lentamente coloco minha flecha de

volta na posição de atirar. O chiado soa novamente

E então é repetido por outra voz mais profunda da criatura. E

outro. E outro. Quando olho para as montanhas nevadas atrás de

mim, elas parecem emergir de todos os lugares. Mais das criaturas

altas e peludas, com cabelo sujo e emaranhado e olhos esbugalhados.

Eu tinha razão. Este é um bebê. Os outros não parecem tão

amigáveis.

— Raahosh? — Chamo de novo, levantando a minha flecha

quando uma das maiores move-se para mim. — Socorro?

— Liz. — Raahosh diz em voz baixa, ao meu

lado. Olho para ele, coração batendo forte e

vejo que ele está a vários metros de distância,

com a lança pronta. Ele está em baixas

condições com três grandes versões

desagradáveis das coisas. Ele não


olha para mim e sua postura é de batalha. Ele está pronto para atacar

no momento em que alguém mover um músculo.

— O que são? — Assobio. Um dá mais um passo à frente e passo

para trás, apenas para lembrar que estou à beira de um precipício.

Merda. Merda. Merda.

— Eles são metlaks. E onde há um, tem cem.

— Bem, vejo uma centena. — Digo, exagerando um pouco. Só um

pouco. Há provavelmente apenas duas dúzias ou mais. Isso é tudo.

— Minha companheira. — Raahosh diz em voz baixa. — Quando

digo para correr, você corre. Não discuta. — Do que ele está falando?

Ele vai distraí-los para que possa fugir?

— O que? Não! Eu...

— Liz. — ele diz novamente, em aviso. Olho e sua mão aperta a

lança. — Não discuta comigo. Agora vá! — Com isso, ele dá um grito

de guerra e avança.

Foda-se esse barulho. Aponto minha primeira

flecha e deixo voar assim que a primeira

criatura abre sua boca e me alcança com um

grunhido.
Renascido

A cena diante de mim é algo fora dos meus piores pesadelos. A

forma pequena de Liz em pé na beira do precipício, sua estranha arma

apertada em suas mãos. Metlaks, criaturas selvagens e imprevisíveis,

a cercam. Eu os vi rasgar um caçador membro do grupo em questão

de segundos, e os vi passar para outro, como se não existisse. Eles são

impossíveis de interpretar, e selvagens quando provocados.

E um filhote está próximo da perna de Liz, o que definitivamente

pode-se considerar uma provocação.

— Corra! — Eu mando de novo, mas a teimosa não escuta. Em

vez disso, ela levanta uma de suas flechas de osso

e aponta, esperando. Uma fúria protetora me

toma quando um dos metlaks arreganha os

dentes grandes e amarelos em minha

direção. Eles pretendem machucar

minha companheira? Levá-la de


mim depois de ter esperado por tanto tempo? Vou tirar seus ossos e

esmagar suas peles sujas sob minha bota antes de deixá-los tocá-la.

Um rosnado feral escapa de minha garganta e puxo uma das minhas

facas de ossos mortais do seu invólucro, minha lança do meu outro

lado.

Liz dá mais um passo para trás, cada vez mais perto da borda do

precipício. Meu coração martela em meu peito, e uma onda de puro

medo me atinge.

— Liz! — grito quando um dos metlaks anda em sua direção. —

Corra para longe. Vá agora. Vou distraí-los. Rápido!

— Eu não vou deixar você — ela grita, não desviando o olhar da

metlak mais próximos dela.

— Não seja tola! — rosno quando ele se aproxima cada vez mais

dela. Mais dois passos e ele irá alcançá-la com seus longos braços. Ela

precisa se mover rapidamente. — Venha, Liz!

Meu coração para quando a criatura se lança

sobre ela. Com um grito atiro minha lança. Ela

voa pelo ar e bate ao lado do metlak que

persegue minha preciosa companheira. Ele

cambaleia e cai para frente, ainda a

alcançando. Eu choro
compulsivamente de raiva e tempestuosamente através da neve,

movendo-me para ficar na frente dela.

Outra criatura estufa o peito e começa a bater nele, enviando um

chamado furioso através da neve. Os outros metlaks respondem, e

um dá um passo para frente. Eu já vi essas táticas antes. Eles nos

forçarão até a beira do precipício e quando tiverem certeza que

estaremos mortos, voltarão, mais tarde, para pegarem nossas

carcaças. Me recuso a cair.

Vruuummm!

Uma das flechas de osso de Liz passa voando e se prende na

órbita ocular de um dos machos maiores. Ele geme e cai na neve,

contraindo-se. Seu tiro é perfeito, e vejo o potencial da arma.

— Cuidado com seu braço — ela me avisa quando levanta outra

flecha e a aponta. Quando outro salta em nós, ela atira novamente, e

novamente, a flecha de osso atinge a sua marca. O metlak está morto

antes que possa atingir o chão.

É uma beleza de si ver e um feroz orgulho

da minha companheira me atinge.

Em seguida, os metlaks restantes

gritam e todos se aproximam ao

mesmo tempo.
Meus instintos afiados de anos de caça atiçam minha necessidade

de proteger ferozmente, e avanço dando meu próprio grito. Ouço Liz

ofegar, mas isso só aumenta minha ferocidade.

Eles não vão se aproximar dela. Terão que me matar primeiro.

Eu me lanço sobre o primeiro com fúria, minha lâmina de osso

cortando seu pescoço com ferocidade. Vou para o próximo e, em vez

de lutar contra mim, ele se afasta. Outros se enterram nas minhas

costas, puxando meu cabelo e roupas, dentes afiados afundam no

meu ombro e ouço Liz gritar. Ponho minha faca a minha frente,

mesmo quando aqueles em minhas costas me puxam para o chão.

Olho para baixo e vejo mais uma das flechas de ossos finas de Liz

cravada em sua garganta.

— Eu tenho só mais um a esquerda — ela grita atrás de mim,

quando mais dois saltam em mim e um terceiro ataca de frente. Um

por um não seria um problema. Mas metlaks ficam selvagens,

trabalham em bando. Já sinto suas garras e dentes

se afundando em minha pele, me rasgando. Eu

rosno com dor, quando um deles golpeia meu

rosto, e sangue encobre minha vista.

— Raahosh! — Ela chora à

distância. — Você está se movendo


muito perto da borda! Eu-ei! Para trás! — Sua voz de advertência se

altera para medo, e rosno me virando em sua direção. Três estão se

dirigindo para ela, andando em sua direção, seus grandes dentes à

mostra. A criatura as minhas costas volta a morder meu pescoço

furiosamente, e sinto as ondas de choque passar por meu braço,

mesmo quando minhas lâminas atingem o peito de outra.

Devo salvar minha companheira.

Os pensamentos ondulam na minha cabeça uma e outra vez.

Devo salvar Liz.

Ela é tudo.

Com um grito brutal, pego os dois metlaks em frente a mim. Meus

dedos afundam nos punhados de pelo desgrenhado e pulo em

direção ao precipício.

— Raahosh! Cuidado! — Ela grita.

Mas ela não percebe o meu plano até muito tarde. Eu ouço o grito

de angústia de Liz enquanto caio ao lado do

penhasco, tendo cinco das criaturas brutais

comigo.

Vou equilibrar as chances dessa

maneira. Talvez ela possa escapar dos

dois ou três a sua esquerda.


A lembrança do rosto de Liz flutua pela minha mente momentos

antes de atingir o chão de forma chocante, e tudo escurece.

Eu grito de horror quando o corpo de Raahosh cai sobre a borda

do penhasco, várias das criaturas indo junto com ele. Corro para o

lado onde ele despencou e olho para baixo. É, pelo menos, uma queda

de nove metros e Raahosh está de costas, amassado na neve. Uma de

suas pernas está em um ângulo estranho e ele se encontra acima de

um metlak morto. Os outros estão espalhados em torno dele, sem se

mover, a neve está salpicada de sangue. Não posso dizer se está vivo

ou morto.

Não posso ficar sozinha aqui fora. Não posso.

Não posso perdê-lo.

Pânico quente corre através de mim. Só tenho

uma flecha e há três das criaturas restantes a

minha esquerda, junto com o jovem que ainda

brinca na neve como se tudo fosse uma

brincadeira. Não sei o que fazer. Eles

continuam avançando e vejo suas


garras malignas surgindo em cada dedo, e seus rostos mais e mais

furiosos e ameaçadores enquanto se aproximam.

Mataram Raahosh. Estes malditos.

Minha última flecha treme em minha mão e então tenho uma

ideia. Arremesso meu arco de lado e agarro o filhote metlak enquanto

cessam suas brincadeiras, e aperto a flecha sob sua mandíbula e

prendendo-o contra o meu corpo. Um refém é a única chance que

tenho, mas não sei se as criaturas são inteligentes o suficiente para

entenderem que estou fazendo o jovem metlak de refém. Eles se

parecem vagamente com os humanos, mas posso estar errada. Eles

podiam apenas olhar para mim e, em seguida, vir e rasgar minha

garganta de qualquer maneira.

Mas eles gritam e param quando agarro o jovem. Ele se mexe e

remexe em meus braços, e suas garras afundam em meus braços, mas

seguro a flecha severamente contra a sua mandíbula, determinada.

Dou um passo para o lado, e eles me observam,

seus olhos selvagens. Ruídos estranhos saem

de suas gargantas, e aquele em meu aperto

responde.

Isso... pode funcionar.


Olho sobre a borda do penhasco, desesperada por um caminho.

Tenho que chegar a Raahosh. Tenho que alcançá-lo. Na minha cabeça,

se conseguir chegar até ele, poderei salvá-lo. deixá-lo saber que eu

realmente não o odeio, que estou apenas confusa e infeliz, mas que

seus sorrisos tornaram o mundo melhor...

Ando de um lado para o outro, observando os outros metlak

enquanto rastejo ao redor do penhasco, procurando um caminho para

baixo. Vejo algo que se parece com uma trilha e vou em sua direção,

meu refém se contorcendo e arranhando ainda mais meus braços.

Olho para os outros, para ver se eles estão retornando. Eles se

levantam na neve, me observando com olhos predatórios.

— Raahosh! — chamo, esperando que ele responda e esteja bem,

e meus olhos estão apenas me iludindo. Mas não há nada além de

silêncio.

Eu chamo novamente seu nome desesperadamente enquanto

avanço no caminho íngreme.

— Raahosh! Por favor! Me responda!

O “caminho” está há uma curta distância

do fundo e eu e meu cativo caímos ao chão,

só para aterrissarmos na neve espessa.

Minha respiração é arrancada de


meus pulmões e ofego. Ao meu lado, o meu cativo se levanta e se

arremessa para longe, afastando-se do penhasco em vez de voltar

para seus pais. Ele desaparece em outro banco de neve e considero ir

atrás dele, mas me levanto, agarro a minha única flecha e depois corro

para o lado de Raahosh.

— Raahosh? — pressiono minha a mão em seu peito. Há sangue

tingindo sua boca e seus olhos estão fechados. Há uma pequena poça

de sangue onde sua cabeça estava e um soluço me escapa ao vê-lo.

Pressiono o ouvido contra a pele blindada sobre o coração e ouço seu

bater, lento e constante.

Oh! Graças a Deus. Por um momento, desejo lançar meus braços

ao redor de seu grande pescoço azul e chorar de alívio, mas olho para

cima, minha flecha segura na mão, esperando para ver se os outros

estão vindo para baixo atrás de mim e da criança.

Mas não há nada. Por vários minutos, não há nada e me sento em

alerta ao lado de Raahosh, esperando. Posso

continuar esperando, ou posso ajudá-lo. Foco

no homem caído ao meu lado. Corro minhas

mãos sobre ele, tremendo, tentando

avaliar os danos. Sua perna está em

um ângulo estranho, e sua respiração


é superficial, mas não consigo dizer se está com as costelas quebradas

ou pior. Tento não pensar sobre isso. Seu piolho se agita com o meu

toque, e espero que isso seja um bom sinal.

— Vou te tirar daqui — sussurro para seu corpo inconsciente. —

Você pode contar comigo. Vai dar tudo certo.

Gostaria que ele acordasse e sorrisse para mim. Ou que franzisse

a testa. Qualquer coisa. Mas ele está tão quieto.

Um dos metlaks se contorce e faz um som ferido. Suspiro e viro

para ele, minhas mãos lutando para encontrar uma arma. A única

coisa que tenho é minha última flecha e meu arco foi deixado no alto

do penhasco.

Mas não está se levantando. Dá um grito lamentável e estremece

no chão, como se estivesse tentando se levantar, mas não consegue.

Seus quadris estão em um ângulo estranho, e quando olho em volta,

vejo que outro metlak está se movendo, só um pouco. Olho para o

topo do penhasco para ver se os outros irão voltar,

mas não há nenhum sinal deles.

Eu acho que esses feridos foram deixados

para morrer.

Meu coração se aperta

desconfortavelmente. Mesmo eu não


gostaria de assistir o sofrimento dos nossos atacantes. Os sons que

estão fazendo são horríveis, olho em volta e vejo a lâmina de osso de

Raahosh a uma curta distância. Eu a agarro e fico em pé sobre uma

das criaturas feridas. Há cinco deles no total, mas apenas dois estão

se movendo. Não sei se a queda daquela altura foi o suficiente para

matá-los, e não sei o que vou fazer se eles acordarem e atacarem

novamente.

Tenho poucas opções. Então me ajoelho ao lado do primeiro.

— Sinto muito — digo, e corto sua garganta. Lembro-me que é

uma matança de misericórdia. Que é matar ou ser morto, e que estão

feridos além da sua capacidade de se levantar e seguirem mancando

para casa. Ainda assim, não me faz sentir melhor. Era mais fácil matá-

los quando estavam nos atacando e não havia tempo para pensar ou

processar. Me movo para a próxima criatura. Está imóvel, mas corto

a garganta de qualquer forma, só para ter certeza. Quando termino o

último, estou salpicada de sangue e chorando.

Me movo para o lado de Raahosh e coloco

meus dedos na sua bochecha. Será que ele está

bem? Oh, Deus. Não sei o que fazer.

— Por favor, não morra, Raahosh.

Por favor, por favor. — Me inclino


sobre ele e cedo a lágrimas um pouco mais, soluçando. Então, me

sento e limpo os olhos, porque as lágrimas não vão resolver meu

problema.

Eu tenho que levá-lo para casa, para nossa caverna.

— Ok, pense, Liz! — digo a mim mesma, e olhar ao redor,

farejando. — Você tem um grande alienígena que não pode carregar

e nem pode andar, e precisa levá-lo para casa.

Olho para Raahosh e me pergunto se meu piolho me fez mais

forte. Posso arrastá-lo? Nossa caverna é no topo do penhasco e a

algumas milhas de distância, mas tem que haver um caminho de volta

que não envolva a trilha de merda que desci. Tem que haver outra

maneira de chegar lá. Eu só tenho que encontrar. Me levanto e

examino Raahosh, em seguida, pego em seu braço na tentativa de

puxá-lo.

O filho da puta é pesado. Puxo com mais força, tentando movê-

lo. Ele solta um gemido de dor e paro

imediatamente.

— Merda. Desculpe! — Examino o outro

braço para ver se está melhor e vejo os

ossos saindo de uma fratura perto de

seu pulso. Porra. Eu não posso puxá-


lo. É melhor assim, porque este teste só serviu para me mostrar que

ele é super pesado.

Preciso pensar em outra maneira.

Desesperada, olho em volta. A distância estão as árvores cor-de-

rosa e pontiagudas que se dobram e movem com a brisa, e pego a faca

de osso de Raahosh e sigo na direção delas, uma ideia na minha

cabeça. Quando meu pai atirou em um cervo, nós amarrávamos suas

pernas a um poste e depois o segurávamos, mas não havia ninguém

para segurar o outro ombro para mim desta vez. Uma vez, porém,

quando estava sendo uma criança chorona, meu pai ficou chateado e

fez uma padiola de dois galhos e uma lona, e arrastou o cervo para

casa atrás dele, enquanto eu soluçava ao seu lado.

Deus me abençoe por ter sido uma criança manhosa. Posso fazer

uma padiola e arrastar Raahosh para casa.

Demoro cerca de uma hora para derrubar uma das frágeis

árvores, mas elas vão servir ao meu propósito

muito bem. O 'tronco' é grande o suficiente

para segurar confortavelmente, e apesar de

ser pegajoso e esponjoso ao toque, eu

deveria ser capaz de levá-lo muito

bem. Derrubo outro, e quando os


arrasto de volta para Raahosh, estou tremendo de exaustão e me

preocupo por ter arruinado sua faca de osso.

Não há tempo para se preocupar com isso, porque uma neve fina

está caindo e o céu está nublado. Se não levar Raahosh para casa,

vamos estar na merda. Então, me ajoelho no chão e me livro do manto

quente que me deu esta manhã, e começo a amarrá-lo aos postes para

fazer a base da padiola. Uso alguns dos laços de minhas leggings para

amarrar o manto, e quando termino, estou tremendo de frio, minha

roupa está destruída e meio rasgada, e a neve está caindo em um

grosso cobertor.

— Raahosh? — Chamo suavemente, batendo em sua bochecha

para ver se está acordado. Sem resposta. De certa forma, estou feliz.

Isso doerá menos se estiver inconsciente. Com um pedido de

desculpas em minha cabeça, agarro o braço bom e o arrasto em

direção à padiola. Ele geme de dor, mas não acorda.

Eu pego os postes, aperto a faca entre os

dentes, e começo a arrastar a minha padiola

improvisada atrás de mim. Porra. É pesado,

mas estou sem opções. Só tenho que

aceitar. Não podemos ficar aqui.


Mordo meu lábio e começo a longa, lenta e arrastada jornada para

casa.

Levo horas para encontrar o caminho da saída do desfiladeiro,

mas quando faço, sou capaz de identificar nossas pegadas como

depressões na neve que cai, e as geleiras à distância. Posso chegar em

casa. Eu posso. Meus dedos parecem como tijolos de gelo e tenho

bolhas em minhas mãos, mas há uma luz no fim do túnel.

Quando dou outro puxão na padiola, Raahosh geme. Suspiro e

coloco-a no chão suavemente, em seguida, corro para seu lado.

— Raahosh? Você está acordado?

Sua cabeça levanta, e então ele me olha com um olhar vítreo de

dor. Não estou inteiramente certa que ele tem ciência de onde está.

— Liz — ele respira, e tenta chegar para mim com a mão. Seu

rosto se contorce em agonia e ele cai de volta contra a padiola.

— Não se mova — digo para ele. — Estou tirando você daqui.

Você vai ficar bem.

— Deixe-me... — Ele pede. — Estou muito

ferido.

— Besteira! — digo a ele, embora

esteja expressando meus piores

medos. — Você ficará bem! Você só


precisa descansar e se recuperar por alguns dias. Deixe o piolho fazer

o seu trabalho!

— Você... não é... seguro. — Seus olhos se fecham novamente.

— Estou bem — me abaixo um pouco mais do que o necessário.

Me inclino para frente e agarro Raahosh pelo colarinho. — Você está

me ouvindo? Estou bem, e você vai ficar bem. Não te deixarei morrer!

— Ele não responde, entro um pouco em pânico. O sacudo,

provocando outro gemido. Eu não me importo. Se ele está gemendo,

se está vivo. — Você não vai me deixar, Raahosh. — solto e aliso sua

roupa, então me inclino, colocando a mão sobre o peito. Seu khui

vibra com o meu toque, e decido que o suborno é a minha melhor

arma. Coloco minha boca perto de seu ouvido. — Se você sair dessa

vivo, Raahosh, vou foder o inferno fora de você, que Deus me ajude.

Minha mente é um borrão vermelho de dor

e sonhos sombrios. Às vezes, meu khui ressoa

no meu peito, e tudo fica melhor. Às vezes,

há uma pontada de dor sombria, e me

afundo ainda mais na escuridão.


Preciso focar, me concentrar, mas minha mente não se mantém em

alerta.

Devo proteger Liz.

— Liz! — respiro. — Minha companheira.

— Estou aqui. — uma voz suave diz na escuridão, dedos

delicados roçam meu rosto, e luto contra a maré de dor que ameaça

me puxar para o esquecimento. Minhas pálpebras estão como se

alguém estivesse sentado sobre elas de tão pesadas. — Relaxe — diz

ela, sua respiração doce. Sinto os lábios beijar minha bochecha, e então

ela me acaricia novamente. — Você está seguro. Apenas se cure, ok?

Lambo os meus lábios secos.

— Metlaks...

— Cuidei deles. Tenho fogo e carne seca, e voltei a afiar sua faca.

—Suas mãos alisam pelo meu peito e braços, e sinto um raio de dor

quando ela faz. Um silvo de respiração escapa da minha garganta. —

Você está se curando bem. Muito rápido, na

verdade. Tive que realinhar seus ossos. Sinto

muito. Sei que deve doer. Apenas relaxe, ok?

Meu khui bate no meu peito, e ouço o

dela responder. Mesmo que esteja

gravemente ferido e inundado de


dor, meu pau se agita em resposta. Estamos demorando demais para

atender ao chamado da ressonância, e meu corpo me lembra que

devemos responder em breve.

— Não me deixe…

— Não vou — ela diz com uma voz suave. — Apenas viva.

Durma. —Seus dedos roçam meus lábios. — Durma! — ela repete

novamente.

E eu faço.

Estou oscilando entre o consciente e o inconsciente ao que parece

uma eternidade. Minha mente está cheia de lembranças dos toques

suaves das mãos de Liz, suas palavras suaves enquanto derrama o

caldo na minha garganta, e a dor latejante do meu

corpo enquanto meu khui trabalha para curá-lo.

Meus membros não são as únicas coisas que

doem, meu pau queima ferozmente por

minha companheira, e receio acordar

curado, apenas para cair em cima de

Liz e forçá-la ao acasalamento.


Eu não acho que um ser humano gostaria disso. Não com todos

os seus rituais de negação.

Mas minhas escolhas não são minhas. Meu corpo deve ter tempo

e descanso para curar, e assim eu fico inconsciente.

Em algum momento, acordo, surpreendentemente lúcido. Há

uma dor em meu corpo como um dente podre, persistente, mas não

excessivamente doloroso. Posso abrir os olhos sem sentir como se

fosse uma tarefa árdua, e olho para o fogo.

Liz está lá, minha bolsa de chá de couro sobre um tripé colocado

sobre o fogo. Ela afia minha faca contra uma rocha e quando olho,

vejo tiras de carne seca penduradas em uma rede de juncos trançados

colocados contra a parede. Seu arco, não, um novo, é colocado contra

a parede oposta, e outro se encontra nas proximidades.

Minha língua está grossa como se fosse couro. Lambo meus lábios

e tento me sentar, com sede. Estou fraco, e meu khui pulsa e zumbe

com fome.

Liz olha para mim com surpresa.

— Raahosh! — Ela se move em minha

direção e coloca a mão no meu peito. —

Não se levante. Sério. Você ainda está

fraco.
Ignoro sua agitação e me sento ereto, testando meu corpo. Dói,

mas nada está fora de lugar no meu peito. Levanto minha mão e a

flexiono. Há dor nela, mas esta alinhada em linha reta, uma tala

improvisada em volta dela.

— Eu tive que realinhar seus ossos — Liz explica, colocando

cobertores ao redor do meu corpo. — Sente-se bem?

— Você agiu certo — digo para ela com voz grossa. Sua

proximidade me faz doer com um tipo diferente de fome. Meu pau

dói e meu khui ressoa quando ela se inclina para pressionar seus

pequenos dedos na minha testa. Pego sua mão e beijo a sua palma,

desejando que estivesse enrolada no meu pau e o acariciando.

Lembro-me disso, a crueza do ato, gravada em minha memória.

— Você está com sede? Com fome? — ela pergunta, os olhos

arregalados e preocupados. Ela puxa a mão do meu aperto e se

levanta, movendo-se em direção ao fogo. — Fiz um pouco de caldo,

para você. Precisa manter sua força.

Quando ela traz a taça de caldo para mim,

o cheiro de sua pele quente é mais atraente do

que a bebida. Ela levanta o braço para

levar a taça a minha boca, e acaricio

seu peito redondo e adorável através


de sua roupa. Liz treme e meu khui ressoa ao mesmo tempo com o

dela.

— Vejo que você está se sentindo melhor — diz ela com voz

trêmula, e empurra minha mão. — Não gaste suas forças agora.

— Hankeepahnkee? — Pergunto. Eu não sei o que esta palavra

significa. Nem particularmente me importo. O cabelo de Liz está

trançado para trás de seu rosto, exibindo seu belo pescoço, e quero

enterrar meu rosto nele. Quero seu pequeno corpo contra o meu,

sentir seu coração batendo, cheirar sua excitação, tocá-la e reivindicá-

la.

— É isso mesmo — diz ela, e sua voz está sem fôlego. Ouço seu

khui ressoando em seu peito. — Não é o momento certo agora. Você

ainda não está muito bem.

Meus dedos roçam sua bochecha, tocam seu queixo, seu pescoço.

Eu a toco em todos os lugares que posso antes que ela se afaste,

mesmo quando coloca a taça em meus lábios e me

obriga a beber. Quando termino de beber,

inclino minha cabeça contra a parede da

caverna, meus olhos fechados. Estou

cansado, mas tocá-la me faz sentir

melhor.
Ela coloca a taça de lado e tira os cobertores das minhas pernas.

Ouço um bufo abafado.

— Bem, parece que parte de você está trabalhando muito bem —

diz ela.

Abro os olhos e olho para baixo. Meu pau está duro, empinado

para cima do meu corpo. Dói, e por um momento de esperança, acho

que vai levá-lo em sua boca suave novamente e lamber com sua

língua. Não é para ser, no entanto. Liz é toda cuidados e verifica

minhas ataduras, verificando minhas feridas.

— Você está se recuperando, mas ainda não está bem.

— Meu khui não se importa — digo para ela. Ela está curvada e

seu rosto está perto de meu pau, enquanto se agita sobre minhas

ataduras. — Ele quer que eu reivindique você.

Ela faz um zumbido na garganta, mas não posso dizer se está de

acordo ou não.

— Diga ao seu khui que agora não é o

momento.

Observo-a quando se levanta e se move

pela caverna. Seu corpo é gracioso e magro

sob os couros sem forma, e seus olhos

são brilhantes. Ela cheira como o mel


mais rico, e os meus sentidos estão sedentos dela. Me viro no meu

palete.

— Me lembro...de uma promessa que você fez.

Seu rosto fica vermelho e ela se move em direção ao fogo,

colocando uma de suas tranças atrás da orelha.

— Quando você estiver melhor, pretendo manter minha

promessa. Mas, por enquanto você precisa dormir. — Ela esfrega os

olhos e percebo que ela tem anéis escuros em sua pele pálida. Ela

parece cansada. Sua roupa está suja e esfarrapada, e seu cabelo não é

lavado há muitos dias. Ela está muito magra, do mesmo jeito de

quando esteve doente antes.

— Há quanto tempo você está cuidando de mim? — Pergunto,

humilhado. Enquanto estive deitado aqui dormindo, deixando meu

khui me curar lentamente, ela tinha estado trabalhando arduamente.

Ela se move para a parede da caverna e a toca, e vejo marcas de

giz na pedra.

— Nove dias — ela conta, em seguida,

pega uma pedra calcária e acrescenta outra

marca. — Dez, realmente.

Não é de admirar que meu corpo

esteja reagindo a sua proximidade.


Eu nunca ouvi falar de um casal evitando um acasalamento a tanto

tempo. Também me pergunto se isso tem a ver com o tempo que meu

corpo está levando para se curar. Com a ajuda do curandeiro Maylak,

uma fratura curaria em questão de dias. Se tiver estado inconsciente

por nove anos, tenho medo que meu khui esteja sobrecarregado e

insatisfeito.

Em breve, vai parar de perguntar e começar a exigir.

Me pergunto se Liz percebe isso.

Agora que estou consciente de novo, meu khui decidiu que deve

reivindicar Liz, e deve reivindicá-la agora. Não importa se meu corpo

ainda está se curando, ou que Liz está esgotada. Tudo o que importa

é o acasalamento que o khui exige. Liz ressoa cada

vez que chega perto de mim, e às vezes, quando

retorna para a caverna, cheirando a sexo após

masturbar-se com suas mãos, como se

tivesse dado prazer a si mesma. Eu sei

que ela não fica afetada pela

necessidade existente entre nós. Ela deve estar


escondendo seus desejos, pensando que meu corpo está mais frágil

do que realmente está.

A única coisa que está frágil é o meu controle.

Toda noite, ela se enrola contra mim, exausta de um dia de caça e

de cuidar do fogo, e depois, de mim. Carinhosamente ela me banha e

me alimenta com pedaços de carne seca que faz. Todo o tempo, está

ocupada fabricando armas ou derretendo mais água ou esvaziando

minha urina, já que insiste a fim de que fique longe da minha perna.

Está ficando impossível resistir-lhe. Quando passa por mim, a

alcanço automaticamente. Quando seu corpo se encaixa-se contra o

meu na cama, preciso de toda a força vontade que tenho para não a

empurrar para o chão e transar com ela.

E quando volta com as mãos cheirando a sua boceta doce? Fecho

meus olhos e me lembro que manter o controle conquistará minha

humana, e não a força bruta.

Mas o controle esta se esvaindo, e tenho receio

de que escorra de minhas mãos como água.


É trabalhoso lidar com isso e cuidar de Raahosh. O dia parece

uma lista interminável de tarefas. Limpar a caverna, banhar Raahosh,

sacudir cobertores, derreter água para beber, comer, verificar as

armadilhas, defumar carne extra, derreta mais água, consertar armas,

atender Raahosh, derreter ainda mais água, e assim por diante.

Raahosh, também, é um paciente terrível. Ele está se curando mais

rapidamente do que qualquer coisa que já vi, e suspeito que é o

trabalho do seu piolho. Pena que não está ajudando no seu humor.

Ele me agarra apesar de seus ferimentos, e se irrita quando empurro

suas mãos. Ele está se curando, o que significa que brincar é uma

péssima ideia, não importa quão boa ela soe para mim.

A verdade é que estou indescritivelmente excitada.

Nunca me senti assim na minha vida, como se precisasse agarrar

Raahosh ou vou morrer. Mas os ossos de Raahosh foram

recentemente emendados, e eu simplesmente não posso. Ele precisa

poupar suas forças. E a verdade é que estou

cansada e não me sinto muito bonita. Estou

suja e suada de todo o trabalho que venho

fazendo ao redor do acampamento, e

minha roupa de couro está manchada


com o sangue de Raahosh, o meu, e dos metlaks que matei,

juntamente com os animais que tenho caçado.

Mas esta tarde, está nevando ferozmente e há uma abundância de

combustível para o fogo. Há carne seca para jantar e Raahosh está

cochilando nos cobertores, suas longas pernas esparramadas nas

peles. Ele me observa, às vezes, e depois finge dormir. Agora, porém,

acho que está realmente dormindo. Tenho uma coceira no couro

cabeludo, e meu cabelo bem-trançado está sujo. Olho para o fogo e

me pergunto se posso me ter um banho rápido de esponja quente

enquanto descansa.

Assim que a ideia surge, parto para ela. Encho o balde com neve,

e enquanto ela derrete, adiciono mais um punhado de neve até que

haja uma boa quantidade sobre o fogo. Acho que as barras de sabão

que Raahosh me mostrou são para a limpeza e não para comer, e

esmago algumas delas entre meus dedos e as adiciono à água.

Enquanto aquece, tiro minha roupa de couro e

estico perto do fogo.

Fico vestida em torno de Raahosh,

principalmente porque não quero tentá-lo.

Não é que não queira ter sexo com ele.

Quase perdê-lo me fez perceber que,


tudo bem, sim, quero ter sexo quente, duro com o homem e

alienígena. Só estava me torturando ao negá-lo. Não tenho certeza se

estou pronta para lidar com os “companheiros” e “bebês”, mas uma

coisa de cada vez, e agora estou fixada com a ideia de sexo. Sexo, sexo,

sexo. Masturbar-me em silêncio fora da caverna não melhorou a

minha coceira, e mal posso esperar que o homem comece a andar ao

redor, para que possa montá-lo.

Metaforicamente falando, é claro.

Mas enquanto estamos em negação física, um banho de esponja

rápida soa incrivelmente agradável. Pego um pouco de pelo de coelho

e mergulho na água morna e, em seguida, começo a me banhar.

Sujeira sai dos meus braços os esfrego, e mordo um gemido de prazer

de volta. Meu banho de esponja é incrível. Rapidamente, lavo meu

corpo, em toda a volta do meu pescoço, e sob meus braços. Meus seios

estão sensíveis e choramingo quando a pele molhada desliza sobre

eles. Estou tremendo um pouco, meio que

antecipando a sensação quando for lavar

minhas partes íntimas. Quando chegar a esse

ponto, porém, faço uma careta rápida e

vigorosa, tentando não me tocar mais

do que preciso. Não há sentido em


me provocar só para não gozar. Mergulho a pele e, em seguida,

começo a espremer a água em minhas tranças, molhando-as na

esperança de limpar um pouco o meu cabelo. Quando me sinto um

pouco mais limpa, aperto minhas tranças para remover o excesso de

água e, em seguida, tudo o que resta são as minhas pernas.

Me inclino para alcançar minhas panturrilhas.

E mãos quentes seguram minha bunda, me assustando.

— Raahosh? — Olho por cima de meu ombro para vê-lo

pressionar sua boca contra meu quadril, o olhar em seu rosto de pura

e absoluta felicidade. Ele está nu, ele esteve nu e na cama por dias. E

está completamente excitado.

E meu pulso fica selvagem, assim como o meu piolho.

— Você não deveria estar acordado — digo-lhe, soando tão

ofegante quanto me sinto.

Ele pressiona beijos no meu quadril úmido, e sua mão desliza

para o interior da minha coxa.

— Posso cheirar sua excitação,

companheira. Posso sentir o cheiro em suas

mãos quando você volta para a caverna.

Você acha que não percebo?


Um rubor quente aquece minhas bochechas.

— Eu estava, hum, mantendo as coisas sob controle.

— Eu não tenho controle quando você está em foco — ele

murmura, mordiscando minha pele com aquelas presas longas e

inumanas. Eu não faço ideia porque a visão delas me deixa tão quente,

mas faz.

Droga, isso nunca.

— Você não está se sentindo bem.

— Minha maior dor não tem nada a ver com ossos — diz ele, e

seus dedos roçam insistente as dobras do meu sexo.

Um gemido me escapa.

— Curve-se. — Sua respiração faz cócegas minha perna. — Eu

quero provar minha companheira.

Aperto o pedaço de pele molhada que tenho usado como um

pano, e depois o lanço de lado. Meu corpo inteiro está vermelho de

calor, e enquanto parte do meu cérebro está

gritando que não deveria ceder ao que o

estrangeiro quer, meu piolho está

cantarolando uma música deliciosa no

mesmo compasso do dele, e estou tão

cheia de necessidade que poderia


arrancar a minha própria pele. Então lentamente estendo as mãos e as

coloco nas costas das minhas panturrilhas, como se estivesse na aula

de ginástica e alongamento. Só que estou nua, tão nua, e excitada.

Sinto Raahosh espalhar minhas bochechas e, em seguida, sua

boca está no meu sexo, lambendo com uma ferocidade voraz que

deixa meus joelhos fracos. Grito e imediatamente deslizo para frente,

muito perto do fogo. Apenas o seu forte braço em volta das minhas

coxas me impede de cair. Em vez disso, ele me move até que esteja de

frente para os cobertores, e então me empurra para frente, o braço

ainda preso em torno de minhas coxas. Isso me força para as peles,

minha bochecha de se movendo para o chão, e minha bunda está no

ar.

E ainda assim, ele me devora com uma intensidade única. Meus

dedos se curvam e gritos escapam da minha garganta enquanto sua

língua, com saliências e grossa, empurra profundamente dentro do

meu núcleo. Oh, merda. Isso é demais para lidar.

É uma sensação muito boa.

Ele geme e faz uma pausa, e recupero o

fôlego.

— Tão doce. — Esse é o único

aviso que recebo antes que ele


mergulhe novamente, e minhas pernas ficam tensas com a

necessidade criada. Oh, Deus. Estou tão perto de gozar, e tudo que

fez foi enterrar seu rosto em minha boceta e começar a lamber. Claro,

essa visão me deixa louca, e me contorço contra sua boca,

empurrando para trás e tentando montar seu rosto.

— Minha! — ele rosna em minha carne, e em seguida empurra

sua língua em mim novamente.

Eu grito e cerro minhas mãos nas peles quando gozo, as minhas

pernas apertadas com o orgasmo que invade meu corpo. Sinto meu

corpo tremer com a força do meu orgasmo, e a umidade enche minhas

pernas.

Isso faz com que Raahosh perca a cabeça. Ele rosna e depois

agarra meus quadris novamente. Antes que possa respirar, ele me

vira de costas e minhas pernas estão no ar. Ele alinha seu pênis com a

mão e, em seguida, empurra para dentro de mim.

E eu grito de novo. É como se tivesse estado

vazia por dentro, ele é tão grande. Parece

absolutamente incrível. Já fiz sexo antes, mas

nunca senti cada polegada de um homem

quando estava dentro de mim.


Normalmente parecia vagamente cheia.

Isto parece intenso. Posso sentir cada cume de seu pênis, cada

solavanco áspero, cada veia. E eu com certeza sinto o esporão acima

de seu pênis. No momento que ele me penetrou, deslizando entre os

lábios de minha boceta e roçando meu clitóris como um dedo.

Estou sobrecarregada com a sensação.

Ele congela sobre mim, os olhos brilhantes se estreitam quando

olha para mim. Ele está completamente imóvel, nem mesmo respira.

Não posso ler sua expressão.

— Liz? — Ele pergunta. — Eu... você está machucada? — Sua

mão se arrasta sobre a boca, e percebo a expressão cuidadosamente

velada em seu rosto escondendo a preocupação.

— Estou bem — digo-lhe, e levanto os quadris. — Por favor, não

pare.

Ele rosna baixo em sua garganta e o olhar selvagem retorna ao

seu rosto. Ele se inclina para frente e planta uma

mão no meu quadril, e então bate fundo em

mim novamente.

E choro mais uma vez, porque, Deus,

não posso? Parece que ele está me

fodendo de dentro para fora. É a


coisa mais incrível que já senti. Seu cabelo está pendurado perto do

meu rosto e eu o agarro com o punho fechado, segurando-o tão

rudemente quanto ele está me segurando.

— Não pare, porra! — rosno para ele. — Nunca pare!

Suas narinas se abrem e Raahosh martela mais do que nunca.

Grito quando gozo, puxando seu cabelo, e levantando meus quadris

para encontrar seus impulsos ansiosos. É como se o orgasmo que tive

a momentos atrás não tivesse se dissipado. Ele simplesmente

continua rolando através de mim, e grito enquanto ele intensifica os

movimentos de vai e vem. Com cada impulso, o esporão de Raahosh

toca contra o meu clitóris, e sinto como se fosse explodir. Não aguento

tanto prazer. Eu não posso.

Tento empurrar o corpo de Raahosh, e por um momento, penso

que ele vai reclamar do joelho ou de uma cãibra muscular, o olhar em

seu rosto é tão surpreso. Mas então sua respiração sai de seus lábios

apertados sibilando, seu corpo treme, e percebo

que ele gozou, também.


Eu me sinto totalmente renascido.

Cada músculo do meu corpo, cada tendão, cada órgão, não

pertence mais a mim. É tudo que Liz tem para dispor. Eu sou

completamente e totalmente dela.

Desmorono em cima de minha companheira, cansado do nosso

acasalamento furioso. Não foi tão demorado, e meu pau ainda está se

contraindo, apesar do fato de que continua profundamente enterrado

dentro dela, e tenha gozado. Mas a ressonância não está indo embora.

Se algo está crescendo mais forte a cada momento, nossos khuis estão

unidos em uma canção.

As mãos de Liz deslizam de meu cabelo e ela faz uma careta ao

ver os longos fios em seus dedos.

— Eu... poderia ter arrancado um punhado ou dois. Sinto muito.

— Ela se desculpa.

Eu pego os fios de cabelo e os atiro de lado.

— Eu tenho muitos — Ela pode puxar tudo

para fora se quiser. Eu não me importo. Só

quero permanecer enterrado dentro dela.

Rolo do meu lado e a seguro contra meu

corpo, pressionando seu rosto no meu


peito. Eu nunca me senti tão... completo.

Ela é minha. Toda minha. Mesmo agora, estando cheia da minha

semente. Posso sentir sua vagina agarrando-me apertado, espasmos

quentes percorrendo através de seu corpo. Ela dá pequenos suspiros

com cada um, e suspeito que eles lhe são agradáveis. Acaricio suas

tranças pálidas, molhadas do banho.

— Minha companheira — murmuro. — Minha Liz.

Minha humana faz um pequeno som que é um meio gemido,

meio suspiro, todo prazer. Ela esfrega contra o meu peito e sua mão

acaricia meu braço. Eu faço o mesmo com ela, apreciando a diferença

de texturas de nossos corpos. Ela não tem a penugem macia que cobre

o meu povo. A pele humana é diferente, mas... gosto disso. É uma

sensação decadente ao toque, e isso me lembra de lamber sua vagina

suave.

É uma boa lembrança, e é algo que quero fazer de novo,

imediatamente. Meus dedos se movem para a base

do meu pau, ainda profundamente dentro

dela, e corro meus dedos ao longo das bordas

de sua abertura, onde ela está me

segurando apertado profundamente


dentro dela. Suas dobras estão esticadas.

Ela suga a respiração.

— O que…

— Eu gosto da sensação quando estou dentro de você — lhe digo,

e suas bochechas ficam ainda mais vermelhas em seu rubor quente.

— Você está estendida para me acomodar.

— Fanfarrão! — diz ela em um tom de brincadeira, e sua mão

trilha pelo meu peito, pensativa. — Nós provavelmente fizemos tudo

errado, a propósito.

— Nós fizemos? — que de alguma forma a desagradei. — Existe

um ritual humano que perdi?

Ela ri e seus dedos deslizam sobre um dos meus peitorais, então

aperta meu mamilo.

— Não exatamente, a menos que você chame as preliminares de

ritual. — Ela muda, e sinto todos os músculos do seu corpo contra o

meu pau. Inalo nitidamente, porque estou pronto

para reivindicar minha companheira

novamente, mas ela está falando, então tento

prestar atenção. — Na maioria das vezes...

— ela continua — as mulheres querem

ser cortejadas para o sexo.


Cortejada para o sexo? Eu não entendo. Ainda posso saborear a

excitação dela na minha língua. Eu a estudo por um momento,

considerando. Ah! Talvez este é o momento para a palavra cortejar.

— Newwwp! — digo a ela.

Sua mão bate no meu peito.

— O que quer dizer, newwp? — Ela parece ofendida. — Eu posso

quer a porra de algumas preliminares! Eu não acho que isso é pedir

demais.

— Espere. Não é esta uma palavra de cortejo?

Ela faz um barulho indignado.

— Pedi por preliminares e você disse que não?

— Eu disse newwp. — corrijo. — Isto não é certo? Você disse para

mim e ficou claro que você gostou do meu toque.

Liz me dá um olhar incrédulo e empurra meu peito.

— Eu não tenho ideia do que você está falando, esquisito. Me

deixe ir...

— Nunca! — afirmo, e ponho a mão em

seu cabelo, como ela fez comigo. Ela acalma

no meu aperto, e eu a estudo, o pulso

acelerando em sua bela garganta, a


raiva quente e a luxúria queimando em seus olhos. — Me explique o

que é “preliminares”.

— Você está brincando, certo?

Eu procuro as palavras na minha cabeça, mas as traduções não

parecem corretas.

— Meu pau não a reivindicou como uma brincadeira, não.

— Oh, Jesus, não foi isso que eu quis dizer. Eu... — Ela sopra um

fôlego, frustrado. — OK. Preliminares. Isso é como, apertar os seios e

outras coisas. Você tem que preparar uma garota para o sexo.

Certifique-se de que ela esteja bem lubrificada por dentro.

Eu franzo a testa.

— Você estava molhada.

— Eu sei! Mas...

— Eu lambi sua umidade dentre suas coxas. Sua boceta estava

tão molhada que estava pingando.

Seus dedos pressionam meus lábios e ela

parece... envergonhada.

— Não diga essas coisas sujas.

Suja? Foi lindo ver a umidade toda que

causei. Eu beberia de seu doce néctar


por horas, mas ela parece desconfortável com o pensamento. Os

humanos são estranhos.

— Então me diga — insisto. — O que é apertar os seios? Eu não

conheço essas palavras.

— Oh, Senhor! — ela respira. — O que diabos esse tradutor lhe

ensinou? — Ela dá um tapinha no topo do seu peito. — Você sabe, os

seios, eles se excitam quando você os toca.

Eu imediatamente coloco uma mão sobre um e acaricio, em

seguida olho para o seu rosto.

Liz ri.

— Não agora. Antes de sexo, para me aquecer. Então, fico pronta

para gozar.

— Estou pronto para gozar — aponto para ela. Meu pau está

duro e ainda dentro dela, e quero começar a empurrar novamente,

mas estou esperando por seu sinal humano me dizendo que também

quer. Isso é preliminares. Então dou um aperto

hesitante em seu seio. — Igual a isso?

Suas sobrancelhas se juntam.

— Você quer dizer... você quer ter sexo

outra vez?
— É isso o que isso significa? — aperto seu seio novamente.

— Não, isso é você buzinando minha teta.

— Isso é o que você disse que queria!

Ela revira os olhos.

— É uma gíria, bebê.

— E agora você diz que eu sou uma criança? — Agora estou

ofendido. — Eu...

Seus dedos vão para a minha boca e me silenciam novamente.

— Bebê é um termo carinhoso para um parceiro. Seu povo não

tem palavras como essa? O que você me chamou?

— Liz?

Ela cheira meu peito.

— Como um nome de um animal de estimação. Um apelido que

se coloca por afeto.

Eu penso por um momento.

— Mulher?

Ela faz um som exasperado.

— Sabe o que? Deixe para lá. Apenas

esqueça...

Mas agora entendo o que ela está

dizendo.
— Minha mulher? — Murmuro, inclinando sua cabeça para mim

e escovando meus lábios sobre a linha fina de sua mandíbula. —

Minha Liz?

Sinto um pequeno arrepio percorrer todo seu corpo, e sua vagina

estremece profundamente.

— Oh. Deus! Você está duro de novo, não está? Posso te sentir. —

Seu khui ressoa mais alto, e fico incentivado.

— Que outras coisas que os humanos fazem de preliminares? —

, Lambo sua pele no local entre o lábio e seu pequeno nariz humano.

É suave, tão suave.

Ela suspira suavemente em meus braços e fecha os olhos.

— Beijos são bons. Toques suaves. Carícias.

Ah?! Então, antes tinha feito as preliminares. Eu só não sabia a

palavra.

— Eu vou te dá preliminares agora, Liz. Eu quero a sua boceta

pronta para meu pau mais uma vez.

— Você já está dentro de mim, então já

pulamos essa parte — diz ela, mas se contorce

um pouco contra mim, como se a

lembrança de meu corpo enterrado


dentro dela estivesse deixando-a inquieta.

Minha mão ainda está enrolada em seu cabelo, e gosto de tê-la

presa no lugar. Posso dizer que ela gosta também. Sua respiração está

começando a ficar suave e acelerada, e quando abre os olhos, tem um

olhar sonolento e excitado.

Vou iniciar as preliminares agora, então. Ela quer beijos? Posso

lhe dar beijos. É o acasalamento da boca que os humanos gostam tanto

e que Vektal elogiou. Eu também gostei. A boca de Liz é tão macia e

suave quanto sua boceta. Então, escovo meus lábios nos dela, e

quando sua boca se junta a minha, eu deslizo minha língua contra a

dela como se estivesse acariciando meu pênis profundamente dentro

dela.

Ela suspira e geme em resposta.

Eu gosto disso. Não, decido. Anseio por isso. Minha companheira

está finalmente em meus braços, deixando-me reclamá-la. Não há

nada melhor no mundo. Nunca tinha

experimentada isso, e tenho a intenção de ser

ganancioso com ela. Minha boca toma a sua

uma e outra vez, até que a deixo ofegante

e tremendo debaixo de mim. Eu lambo

seu lábio inferior cheio e rosa com a


minha língua e, em seguida, delicadamente o mordo, porque é suave

e doce e me faz lembrar de sua linda boceta. Um leve grito escapa de

sua boca, e sinto sua boceta tremer e apertar em torno de meu pau,

mesmo quando suas pupilas dilatam e ela endurece debaixo de mim.

Escorrego minha língua sobre sua boca entreaberta novamente.

— Será que estou fazendo as preliminares corretamente?

— Eu acho que gozei de novo — ela suspira, um olhar vidrado

em seus olhos.

— Você quer que pare?

— Deus, não. — Esse olhar vago se concentra no meu rosto, e a

sinto rolar seus quadris debaixo de mim. — Eu me sinto incrível.

— É o khui — digo a ela, e pressiono minha mão entre os seios.

— Aceitamos seus desejos, e agora ele nos recompensa.

— Aia, piolho. — Ela levanta o queixo, numa sugestão sutil que

eu a beije novamente. Fico feliz em fazê-lo, mesmo quando minha

mão se move para seu seio. Seu peito humano está

tremendo com a força do khui vibrando dentro

dele, e os mamilos estão tensos e eretos. Passo

minha mão sobre eles e ela grita de novo,

fechando os olhos.

Ah! Mais preliminares.


— Devo colocar minha boca aqui?

O olhar que ela me dá está atordoado, mas com fome.

— Eu estou triste por isso.

Faço uma pausa.

— Isso é um sim?

— Seios agora — diz ela, empurrando minha cabeça para baixo

em direção aos seus seios. — Fale mais tarde.

Eu me movo mais para baixo como ela exige, e meus pau deixa

seu calor molhado. Ela faz um pequeno ruído de desânimo, mas

voltarei para lá em breve. Como ela disse, seios agora. Capturo seu

mamilo macio na minha boca. Ela ofega e se contorce embaixo de

mim, praticamente fora de si. Ah! Eu gosto disso. Eu agito a minha

língua sobre a ponta, desfrutando de seus gritos.

Liz geme e suas mãos vão para o meu cabelo, meu chifre restante,

e ela se agarra a mim, desesperada. Ela gosta muito disso. Meu pau

dói, querendo voltar para seu calor úmido. Não

consigo ficar sem tocá-la, minha mão desliza

para sua boceta e brinca com suas dobras

suaves e úmidas. Ela está escorregadia

entre as pernas, meu gozo e o dela se


misturavam, e ela geme quando empurro novamente meus dedos

dentro dela.

— Isso não é o suficiente — diz ela.

Eu mordo suavemente a ponta de seu seio.

— Meus dedos?

— Podemos brincar de encontrar o ponto G' mais tarde — diz ela,

nessa incompreensível linguagem humana. — Quero você de volta

dentro de mim, Raahosh. Eu sofro por você. Por favor.

Meu pau pula, mas não terminei de brincar com ela ainda. Eu

ainda estou explorando minha doce e suave companheira, não

importa o quanto ela proteste. Olho para os meus dedos enquanto

bombeiam dentro e fora de sua boceta, e uma gota de meu gozo

percorre suas dobras. Automaticamente, a pego com meus dedos e a

empurro para dentro dela. Vou gozar tantas vezes que vamos fazer

um filho juntos. E então, quando sua barriga estive inchada com nosso

acasalamento, vamos voltar para o meu povo e

ninguém será capaz de levá-la de mim.

— O que você está fazendo? — Ela se

move contra mim, inquieta.

— Estou garantindo que minha

semente permaneça dentro de você.


— Quão bárbaro você é. — ela murmura. Suas pernas separam

um pouco mais e ela suspira. — Você sabe o que colocaria ainda mais

sua semente dentro de mim?

— O quê?

— Se você me foder novamente. — Liz faz uma pequena

manobra. — Corte as preliminares e vá diretamente para a ação.

Mais uma vez, algumas das suas palavras não fazem sentido, mas

isso não importa. Ela está exigindo mais sexo, e isso é tudo que preciso

saber. Meu khui ressoa alto, insistindo que eu a coma novamente. E

como recusar quando me pede tão docemente? Deslizo de volta pelo

seu corpo e beijo sua boca, ela choraminga e se agarra a mim. Seus

quadris subindo novamente, e então encaixo meu pau em sua entrada

mais uma vez, arrastando a cabeça através de sua umidade.

— Oh, Deus, sim! — ela geme, e suas mãos apertam meu cabelo

novamente. — Me dê isto.

Eu afundo em casa e ela grita de alegria. Meus

olhos quase rolam de volta na minha cabeça

com o prazer. Não há sensação melhor do que

o aperto quente da boceta de minha

companheira em volta do meu pau. E

quando começo a empurrar dentro


dela com golpes rítmicos, um pensamento percorre minha mente,

mais e mais, ressoando como meu khui faz.

Liz é minha. Minha.

Minha companheira.

Meu tudo.

Algum tempo nas primeiras horas da manhã, acordei com o meu

rosto pressionado contra o peito de Raahosh, babando um pouco

sobre ele. Opa. Sento-me e limpo a boca e, em seguida, sua pele nua,

mas ele só se meche na cama e me puxa contra ele mais uma vez.

— Tenho que fazer xixi — digo a ele, sonolenta, e deslizo para

fora da cama.

Bamboleio para a orla da caverna para fazer o meu negócio sujo,

bambolear é uma palavra importante. Fui fodida

com tanta força e frequência na última noite

que estou surpresa que minhas pernas ainda

estejam funcionando.

Agora vejo por que Georgie estava

totalmente bem com Vektal a


reclamando como sua companheira. Se ele for qualquer coisa como

Raahosh, ele lambeu o cérebro dela. Eu me sinto sem cérebro e tonta.

Quer dizer, fiz sexo antes, mas sexo com Raahosh? É tipo SEXO com

letras maiúsculas e pequenos corações desenhados em torno dele.

Essa merda foi incrível. Me sinto pegajosa e dolorida por toda parte,

mas estou cheia de endorfinas e feliz da vida.

Esfrego um pouco de neve sobre as partes doloridas da minha

boceta para limpar e, em seguida, aliso mais alguns punhados sobre

a minha pele pegajosa de suor para limpá-la. Então, bocejando, volto

para a caverna.

Ele está acordado agora, sentando-se no meio das peles e me

olhando com um olhar predatório que faz meu piolho começar a

cantarolar novamente. Eu não sei se posso suportar outra rodada de

sexo sem me transformar em uma poça desossada, me sento perto do

fogo, com as pernas firmemente unidas e fechadas, e agito as brasas

com uma vara.

— Volte para a cama — ele diz, e dá um

tapinha nas peles.

Sim, tenho certeza que ele não tem o

pensamento de dormir em mente.


— Está quase amanhecendo — digo. — Tenho muito a fazer hoje.

— Isto pode esperar.

— Sabe, você com certeza tem um monte de energia para um cara

que tinha uma grande quantidade de ossos quebrados na semana

passada.

Ele levanta um de seus braços e por um momento, acho que ele

vai flexionar. Mas ele só examina e encolhe os ombros.

— O khui nos ajuda a curar mais rapidamente. — Ele olha para

mim novamente e, em seguida, dá um tapinha nas peles. — Volte. Eu

vou enchê-la com a minha semente novamente.

Meu piolho estúpido começa a cantarolar como uma idiota, mas

eu o ignoro.

— Que tal nós, você sabe, conversar sobre o que vem a seguir?

Ele inclina a cabeça e me dá um olhar curioso.

— Por quê?

Eu me engasgo.

— Como assim por quê? Porque nós

estamos construindo um relacionamento

aqui!
Os olhos de Raahosh se estreitam para mim da maneira que me

diz que ele pensa está sendo paciente, mas não está realmente.

— Não há nada para discutir. Você é minha companheira. Você

me pertence.

Engasgo novamente.

— Então, estamos agora de volta a história de propriedade? — Lá

vai meu brilho pós-coito. Fico de pé e vou para as minhas roupas. —

Sabe o que? Não quero falar com você agora.

— O que você está fazendo?

— Me vestindo. Preciso verificar minhas armadilhas.

Ele se levanta e arranca minhas roupas da minha mão.

— Você não pode caçar. Mesmo agora, você pode estar

carregando meu filho. Nossa criança.

Oh, não, ele jogou todo seu machismo na minha cara.

— Você realmente quer ver a minha cabeça explodir, não é?

Ele franze a testa.

— Eu nunca lhe causaria danos.

— Aaaah! — Ergo minhas mãos. — Bem.

Você quer agir assim — Aponto um dedo

em seu peito, sinto dor, porque a

maldita coisa é blindada. — Nada


mudou entre nós, além de uma transa gostosa. Tivemos relações

sexuais, é isso. Não me tornei magicamente sua propriedade, e nem

você meu homem. Nós somos os mesmos, o que significa que somos

dois idiotas que gostam de brigar um com o outro. Minhas

habilidades de caça não foram afetadas por sua porra. Eu sei que é

perigoso lá fora. Lembre-se a parte onde arrastei seu corpo quebrado

por quase quatro quilômetros na neve?

Seus braços cruzam sobre o peito.

— Sim, eu penso assim. — gesticulo para a entrada da caverna.

— Então agora vou sair e caçar nosso café. Você pode se sentar aqui

batendo no seu peito como um homem das cavernas ou algo assim.

— Me movo para pegar meu arco, e ele o pega antes que possa atirá-

lo sobre meu ombro. Olho furiosamente para ele.

Quando ele fala, a voz de Raahosh é baixa e séria.

— Antes de você chegar aqui neste mundo, não tinha por quem

viver. Eu caçava. Eu existia. Não esperava nada.

Mas agora você está aqui, e você pode estar

carregando meu filho. — Sua mandíbula se

flexiona. — Sei que você é mais do que

capaz. O problema não é com você. É

comigo. Este mundo é perigoso, e


penso em você, sozinha, na selva, e é mais do que posso suportar. —

Ele me encara por tanto tempo e tão sério que acho que seus dentes

ficam trincados. — Se eu te perder — ele finalmente diz rispidamente

— Não terei mais nada.

E porque eu sou uma manteiga derretida, suavizo. Me aproximo

para acariciar sua bochecha, mas ele se inclina para ao meu toque o

que se transforma em um carinho.

— Raahosh, sério. Sei cuidar de mim.

— Eu também, e ainda assim, fui atingido por um bando de

metlaks.

Ele tem um bom ponto.

— Então venha comigo. Podemos caçar juntos. — aceno para ele.

— Se você estiver se sentindo bem.

— Eu tenho uma ideia melhor — ele murmura, e puxa o arco fora

das minhas mãos. — Nós comemos a carne defumada. Você volta

para a cama e me deixa encher sua boceta quente

com meu pau duro. — Seus braços vão ao

redor da minha cintura e ele me arrasta contra

si. No momento que nos tocamos, nossos

piolhos começam a ressoar. — E então

vamos caçar amanhã. Juntos.


É difícil ficar brava com um cara quando ele acaricia sua pele e

faz você formigar toda de desejo. Considero por um momento.

— E minhas armadilhas?

Ele olha para a entrada da caverna.

— Está nevando. Tudo o que estiver lá estará congelado até o

outro dia.

— Mmm. — Finjo considerar. Não há realmente nenhuma

consideração a ser feita. Meu piolho ressoa a mil por hora, e posso

dizer que já estou molhada com necessidade. Olho para ele. — Se nós

vamos ser companheiros...

— Não há se. Nós somos — ele insiste.

— Então precisamos ser parceiros iguais — digo. Eu passo minha

mão sobre seu lindo peito nu e, em seguida, subo por seu pescoço,

acariciando as suas costas. — Não sou sua propriedade. Você é meu,

tanto quanto sou sua. Compreende?

—Sou seu — ele concorda. — Completamente

e totalmente.

— Então eu posso ser sua também.

Ele se inclina e me beija suavemente

nos lábios.
— Minha companheira. Minha Liz. Você é o meu tudo.

Sim, definitivamente é difícil ficar brava depois disso.

Nós acabamos descansando na cama por mais algumas horas,

fazendo amor mais algumas vezes e cochilando. Para seu crédito, ele

prometeu ser mais tolerante quanto a caça. A todo momento, ele

acaricia meu abdômen quando pensa que não estou prestando

atenção.

Eu nunca pensei em ser mãe de alguém. Mas é claro que para

Raahosh eu e este bebê são tudo. E isso me faz pensar como é a vida

nas cavernas. Vektal fez parecer que todos estavam felizes e tinham

sorte de viver em iglus ou alguma merda, mas talvez fosse mais

solitário do que penso para alguém como Raahosh, que tem cicatrizes

e é chato com as habilidades das pessoas. O fato

dele ainda ser virgem me diz que as poucas

fêmeas da tribo não estavam exatamente

batendo em sua porta em busca de seu pau

grande.

Não importa o quão magnífico

seja seu equipamento.


É estranho, mas estou feliz que ele seja todo meu. Não há

nenhuma garota esperando por ele em casa. Nenhuma ex-namorada

que tenha de enfrentar. Ele é só... meu. É como se ele sempre estivesse

esperando por mim.

Então... Eu acho que não vou caçar sozinha, se ele realmente se

preocupa com minha vida.

Mas na hora do jantar a fome bate, e me recuso a ter que comer

carne defumada seca e sem gosto.

— Você pode vir comigo — instigo Raahosh. — Podemos verificar

as armadilhas e ter algo fresco e saboroso para comer. Isso não seria

bom? — bato no meu estômago. — E o alimento fresco me fará bem

se estiver realmente grávida.

Ele resmunga uma resposta e coloca sua tanga, então suponho

que iremos sair. É estranho, mas eu estou animada para sair ao ar livre

e andar pela neve. Eu gosto de ver o que está nas minhas armadilhas.

E estou realmente desejando carne fresca e crua.

Estranho, eu sei.

Depositamos o fogo, arrumamos a

caverna, e depois saímos, vestidos e

armados para uma caminhada. O


tempo está nublado e parece que pode nevar novamente. Grande

surpresa. Neva todo santo dia.

Enquanto Raahosh estava se recuperando, pesquei mais duas

coisas feias como peixe-lança da água e fiz dois arcos e uma porção

de setas. Eu até consegui um par de aljavas improvisadas com

algumas peles extras. Eu sou um regular Daniel Boone6 por aqui.

É estranho. Lembro-me de caçar com meu pai quando era menina

e nunca pensar em nada disso. Agora que estou sozinha com

Raahosh, estou me lembrando de coisas que esqueci, e mais do que

isso... Estou me divertindo. Nunca pensei em mim como o tipo de

pessoa que curte o ar livre, mas não há nada mais gratificante do que

deixar uma seta bem-feita voar em uma matança.

Bem, ok, sexo com Raahosh é mais satisfatório. A caça é o

segundo.

Raahosh paira um pouco enquanto nós atravessamos a neve, até

que empurro suas mãos para longe quando tenta

me ajudar na parte de neve particularmente

profunda. Seus lábios se apertam com

6
Daniel Boone é uma série de televisão americana de Ação-Aventura estrelada
por Fess Parker como Daniel Boone que foi ao ar nos Estados Unidos de 24 de
setembro de 1964 a 10 de setembro de 1970 pela NBC com 165 episódios, e foi
feita pela 20th Century Fox Television.O show foi transmitido "ao vivo e a
cores", começando no outono de 1965, a segunda temporada, e foi filmado
inteiramente na Califórnia e em Kanab, Utah.
diversão quando lhe atiro um olhar irritado, e eu percebo que ele está

me provocando.

Caralho. Ele vai ter o que merece hoje à noite quando voltar para

a caverna. Enquanto checamos as armadilhas, penso mentalmente em

maneiras de torturar sexualmente meu alienígena. Retenções na mesa

isso estaria me punindo tanto quanto ele. Talvez, um boquete

agradável e languido e não o deixarei gozar...

— Ho! — Chama uma voz à distância, o som fraco no vento.

Olho para Raahosh surpresa. Isso é Inglês? Estou imaginando

coisas?

Ele continua e depois examina o horizonte. Imediatamente, ele

agarra meu braço e começa a me apressar de volta de onde viemos.

— Depressa, Liz.

— Espere. Do que estamos fugindo? — preparo meu arco

enquanto corremos pela neve. — São mais metlaks?

— Raahosh! — Uma voz grita, e depois diz

algumas palavras que eu não entendo.

Suspiro.

— São seu povo? — paro e me viro,

protegendo meus olhos do céu


nublado para ver se consigo distinguir quem está lá.

— Volte para a caverna — Raahosh rosna, e tropeça na neve.

Meu coração se agita no meu peito e puxo seu braço. Brincar na

cama é um tipo diferente de atividade do que se arrastar na neve

pesada, e me preocupo que ele esteja se esticando demais. Na semana

passada, ele teve uma perna quebrada.

— Raahosh, espere. Não se machuque...

Ele agarra a pele do meu manto pesado e me puxa contra ele.

Demoro um momento para perceber que está me carregando e me

levando embora. Ele vai tentar superá-los?

— Raahosh, espere!

— Eles não vão tirar você de mim, Liz — diz ferozmente. — Você

é minha! Minha companheira.

— Eles não podem me levar — digo suavemente, tentando

acariciar seu ombro. Estou preocupada dele se machucar. — Raahosh,

por favor. Você está me assustando.

Isso diminui os seus passos desesperados.

Ele para na neve, e gentilmente me coloca

para baixo novamente. Sua mão toca o

meu estômago, e então ele cobre meu

rosto em suas mãos.


— Você é meu tudo, Liz — murmura antes de me beijar.

— Eu sei — digo, confusa.

— Raahosh! Humana chamada Leezh! — São duas vozes. — Não

corra!

Nós fomos encontrados.

Raahosh fecha os olhos e me segura contra ele, segurando sua

faca. Isso me preocupa. Coloco minha mão sobre a dele, um pedido

silencioso para não atacar.

E nós esperamos.
Reivindicado

Em meio a neve, dois homens com lanças em suas mãos se

aproximam. Vendo que estavam usando suas lanças como bengalas e

que não pareciam estar em uma missão, percebi que não havia

motivos para ficar preocupada. Ainda.

Não pareciam estar caçando e suas lanças eram usadas como

bengalas, mas Raahosh? Raahosh estava fora de si.

— Humana chamada Leezh! — um deles grita novamente, com

a mão em concha sobre a boca. — Espere aí!

Dou a Raahosh um olhar incerto. Derrota está sobre toda a sua

face orgulhosa, e isso me preocupa. Deslizo minha

mão na dele para tranquilizá-lo, e ele a aperta

com força, puxando-me contra si em um

abraço possessivo.

— Quem são eles? — Pergunto.


— Aehako e Haeden — responde Raahosh, não gosto do tom de

sua voz ao dizer isso.

— Seus amigos?

Ele resmunga.

Ah, ele está triste, porque vão nos levar de volta a tribo, e eu ainda

não estou grávida ou caída de amores.

Teoricamente, de qualquer maneira.

Eu dou tapinhas suas costas e, em seguida, o afago.

— Você sabia que eles viriam atrás de nós em algum momento,

certo? Quer dizer, pelo que vejo você fugiu com toda a guloseima.

Sua mão acaricia minhas tranças. Ele não se move, mas posso

sentir a tensão aumentando à medida que os outros se aproximam.

Como se não fosse nada demais, eles deslizam através da neve

que estava na altura de suas cinturas. Um deles tinha o olhar amigável

e doce, e se aproximava de nós sorrindo. Suas características eram

mais intensas que a de Raahosh, mas sua

expressão de bom humor fazia com que ele

parecesse muito mais bonito. Ao contrário de

Vektal e Raahosh, seu cabelo era curto, e

de seu couro cabeludo saiam grandes


chifres arqueados, muito mais proeminentes que o dos demais.

Ele era totalmente azul e embora não fosse tão alto quanto

Raahosh, ainda assim tinha braços que pareciam troncos de arvores,

arvores da terra, não estas deste lugar estranho.

O outro alienígena por sua vez era menos amigável, tinha o

mesmo olhar furioso estilo garoto malvado que Raahosh tinha, fora

isso não existiam outras semelhanças. O tom de sua pele era um azul

pálido, leitoso, e ele era quase tão musculoso quanto seu companheiro

de viagem, tinha um nariz proeminente, e um queixo quadrado que

o fazia parecer irritado como o inferno. Seu cabelo era raspado nas

laterais e a longa crista na parte de cima estava trançada e caia em

suas costas.

Ambos estão vestindo túnicas de couro simples e calças, e armado

até os dentes.

Bem, vejo que este não é um “Olá?” muito amigável.

— Raahosh! Nós estivemos procurando você

por toda parte. — Ele bate nas costas de

Raahosh, e obtêm como resposta um rosnado

de dentes e que eu seja puxada para trás, o

que fez o recém-chegado parecer um

tanto surpreso com essa reação. —


Você sabia que viríamos. Uma vez que Vektal percebeu que não

tivemos nossa ressonância ele nos colocou a sua procura. — Ele bateu

a mão em seu coração como fingindo tristeza.

Já o outro não demonstrava nada.

— Oi, eu sou Liz. — digo, saindo de trás Raahosh e oferecendo

minha mão.

Eles olham para mim como se eu fosse louca, e aquele hostil puxa

sua lança para trás.

— Não, eu não estou tentando pegar suas armas, esta é uma

saudação humana. — balanço minha mão no ar. — Você sabe, como

uma introdução.

Raahosh me agarra e me puxa para trás antes que eles possam

examinar minha mão mais de perto.

— Ela é minha companheira — ele rosna. — Nós tivemos nossa

ressonância, sendo assim não há por que discutirmos.

Bato no braço de Raahosh, realmente

começando a ficar irritada.

— Se você terminou de ser um Homem

das Cavernas, falarei por mim mesma

agora, obrigada.
Os recém-chegados trocam um olhar.

— Eu me chamo Aehako — diz o amigável. Ele aponta a seu

amigo. — Este é Haeden. — Aehako sorri para mim. — Você é a

Leezh?

— Está mais para um curto I, na verdade. Liz. — corrijo sua

pronúncia.

— Não importa — Raahosh diz, e tenta puxar-me de volta

novamente. — Eles devem se referir a você como companheira de

Raahosh.

Franzo a testa para isso.

— Fique calado, desde quando eu perdi minha própria

identidade?

— Você a têm. — Aehako me assegura. — Ele está simplesmente

sendo superprotetor, isso acontece com cada ressonância. — Ele

parece confuso, mas eu vejo um sorriso cruzar o rosto de Haeden.

Haeden levanta o queixo.

— Vejo que é como seu pai... Ignora as

regras quando bem tem vontade, é impulsivo,

teimoso e tolo. Realmente filho de seu pai.


— Isso claramente não é um elogio. — diz Raahosh. — E minha

história não acabará como a dele.

Haeden e Raahosh trocam rosnados, empurrando-se em direção

a neve.

Grito quando os homens me empurram de lado, Aehako abre

caminho para frente tentando separar os dois homens, já eu tropeço

para trás caindo de bunda na neve. Raahosh rosna de novo, e, em

seguida, a próxima coisa que eu sei, é que ele empurra ambos os

homens de lado e carinhosamente me ajuda a ficar de pé. Ele me puxa

contra seu peito mais uma vez e acaricia meu cabelo, e posso ouvir o

martelar de seu coração contra seu forte peitoral.

Protetor talvez seja um grande eufemismo.

— Estou bem — digo, batendo-lhe no braço. — Eu só não entendo

o que está acontecendo.

— Pegue suas coisas — Aehako diz em uma voz cuidadosa,

enquanto olha para o céu. — Nós temos algumas

horas antes dos sóis desaparecerem, e

conseguirmos chegar as cavernas da tribo.

Rokan disse que uma tempestade se

aproxima, e você sabe que ele nunca

erra.
Olho para Raahosh, e ele toca meu queixo, com um olhar

pensativo em seu rosto.

— Não dificulte as coisas. — Adverte Haeden.

Raahosh apenas acaricia minha mandíbula.

— Nós iremos com vocês.

Demora cerca de uma hora para voltarmos à caverna pequena e

aconchegante de Raahosh, aquela que passei a ver como casa nos

últimos tempos. Aehako é o único que fala, continuando um

monólogo alegre. Raahosh é silencioso assim como Haeden. Por

algum motivo fico tranquila enquanto vejo-os tentando determinar o

meu lugar. O fato é, eles são alienígenas. Sua cultura é diferente da

minha, e o que pode parecer inocente na superfície pode acabar sendo

um grande problema mais tarde. Então, estou atenta, e tento absorver

tudo.

Para seu crédito, eles falam Inglês como nós, então não me sinto

deixada de fora. Aehako expressa surpresa com a

visão de nossa caverna, e bate nas costas de

Raahosh e sua referência de um lugar tão

colhedor é “bem debaixo de seus narizes”.

Raahosh não pareceu satisfeito, no


entanto. Ele é muito bom em manter suas emoções sob sigilo, mas

posso sentir sua raiva e frustração.

— O que é isso? — Aehako pergunta e aponta para o meu arco.

— É uma arma — digo-lhe, atirando-o sobre meu ombro

enquanto nós embalamos nossas coisas. Tenho que ter certeza de

levar isso bem como a aljava cheia de flechas de osso. — Eu uso para

caçar.

— Caçar? — Suas sobrancelhas se juntam. — Mas você é mulher

e não deveria caçar.

— Será que eu tomei um rumo errado e cai no Planeta

Chauvinista? — Pergunto. — Eu posso caçar, porra! O que você acha

que os animais selvagens farão, que eles ficarão encantados com

minhas partes de senhora, e que irei atraí-los com minha boceta? O

que...

Raahosh tenta me acalmar colocando uma mão em meu ombro.

— As mulheres da minha tribo não caçam,

lembra? Elas são pouco numerosas.

Eu suspiro.

— Vamos ver sobre essa merda, vocês

não estão exatamente em

desvantagem nesse três a um... —


Digo fazendo um show na hora de ajustar meu arco em meu ombro

sem desviar o olhar de Aehako e Haeden.

Aehako parece estar se divertindo.

Limpamos nossa pequena caverna, juntando os alimentos, água,

e o cobertor, agarro algumas de nossas peles extras, verifico se a

caverna está em ordem dando um último olhar ao redor. Sinto uma

pequena pontada de tristeza por saber que estamos partindo. Estou

nervosa e ansiosa ao poder reencontrar Georgie e Kira, e todas as

minhas outras companheiras humanas novamente, mas devo admitir,

que ficar nesta caverna, tinha sido agradável, acolhedor, e muito mais

privado.

E eu meio que gostava de estar aqui com Raahosh. Esse grandão

está me cativando... Começamos a nos mover assim que termino de

me ajeitar, e posso dizer que a única coisa que desejo é um lugar para

chamar de lar.

Raahosh pega a minha mão, e o sentimento de

perda desaparece. Ao invés de me sentir

deslocada, sinto-me vagamente irritada por

nossa bolha ter sido interrompida, logo

quando as coisas tinham começado a

esquentar.
Alienígenas empata foda. Que droga!

Caminhamos na direção dos sóis por um tempo. Eu diria que é a

oeste, pelo menos isto é semelhante a Terra, mesmo que aqui

definitivamente não seja a Terra. Conforme o céu fica rosa alaranjado,

nos dirigimos para um pequeno bosque a fim de montar

acampamento. Enquanto caminhávamos Aehako pegava um pouco

de esterco guardando-o em um saco para usar como pavio para o

fogo.

Bem, que bom que não apertei sua mão...

Arrumamos uma cama próxima a fogueira, Haeden por sua vez

saiu dizendo que faria o primeiro turno de vigia, o que de certa forma

funciona para mim, ele não é exatamente atraente, e se eu quiser me

esgueirar com alguém tenho Raahosh para isso.

Assim que me ajeito perto do fogo e coloco a

capa de pele ao meu redor, Raahosh pega sua

lança, se inclina para beijar o topo da

minha cabeça e sai dizendo.


— Vou encontrar carne fresca para você.

— Mas... — Observo-o saindo do pequeno acampamento, e me

deixando sozinha com Aehako, que está alimentando o fogo com

mais esterco. — Você não irá atrás dele?

— Por quê? — Aehako dá de ombros facilmente. — Ele vai voltar,

afinal você está aqui.

Ah. Então, não é o Raahosh que é seu refém, mas sim eu. Peguei

vocês. Ele está certo, no entanto. Enquanto eu estiver aqui, Raahosh

retornará. Apenas o pensamento disso me esquenta, pois aconteça o

que acontecer, Raahosh cobrirá as minhas costas, e estou determinada

a fazer o mesmo por ele.

Mesmo que esteja frio e não estejamos abrigados contra os

elementos naturais, é bom sentar-me perto do fogo, principalmente

quando meus pés doem tanto após ter caminhado tanto tempo com

as botas molhadas. A fim de secá-las aproximo-me um pouco mais do

fogo.

— Diga-me como as outras estão, elas

estão bem?

— Tão saudáveis quanto poderiam

estar. — Aehako me tranquiliza, e um

grande sorriso espalha-se por seu


rosto. Apesar da situação, eu gosto do cara, e creio que seria

impossível não gostar. — Suas amigas têm trazido muita alegria ao

nosso povo — diz. — Durante muito tempo, pensamos que uma

companheira não passava de nada além de um sonho, mas agora isso

é algo possível para muitos de nós.

Suas palavras fazem-me desejar que Raahosh estivesse aqui,

examino por entre as arvores, mas não há sinal de meu

“companheiro”, (sim ainda estou tentando chegar a um acordo com

esta situação). Ele provavelmente deve estar em busca de algo para o

jantar.

— Isso é bom.

— Estamos todos espremidos em nossas cavernas, como

pequenos flocos em uma tempestade de neve, mas ninguém está

reclamando.

— Mmm. Alguém, você sabe, teve seu piolho vibrando?

— Ressonância?

— Sim, essa é a palavra. — Tenho certeza

que Raahosh disse isso para mim antes, mas

ele também diz coisas como “minha,

minha, minha” e “sua boceta está cheia

do meu gozo”, então eu meio que


tenho que escolher minhas palavras com cuidado em torno desse cara.

— Alguém mais ressoou?

— Sim. — Ele agita o fogo. — Assim como você já sabe, Georgie.

Além dela Pashov e Stacy ressoaram imediatamente um para o outro,

acho que antes mesmo de seu khui ser colocado nela. Estou surpreso

por você não ter o ouvido. — Ele ri.

— Mmm! — digo novamente, porque minhas únicas recordações

daquela noite são de dizer não ao piolho, e de quando Raahosh me

segurou e me forçou a aceitar a coisa. Devo dizer que esse não foi um

dos melhores momentos do cara grande... Mas meu piolho vibra

apenas ao pensar nele, e isso me faz esfregar meu peito

distraidamente. — Não me lembro de Stacy, ela é a chorona?

— Ela ainda é chorona, mas um pouco menos agora que tem

Pashov para secar suas lagrimas. — Ele sorri e senta-se para relaxar

um pouco. — Agora a que mais chora é Ariana, e ela é a companheira

de Zolaya, devo dizer que ele é assediado por

aquelas lagrimas.

— Sim, eu imagino que isto seja muito

novo e repentino para ela. As únicas que

ressoaram foram as meninas das

cápsulas? E Josie, Kira ou Tiff?


Ele balança a cabeça.

— Elas ainda não ressoaram.

— Oh.

— Elas são jovens — diz. — Há muitos anos à frente delas, muito

tempo para entrarem em ressonância com o homem certo.

— Mmmhmm. E você não conseguiu nenhuma companheira?

Ele suspira, e pela primeira vez, seu sorriso vacila um pouco.

— Nenhuma companheira em vista para mim ainda, mas também

tenho muito tempo pela frente. — Mas ele parece melancólico. —

Marlene e Zennek também, além de Nora e Dagesh.

Dagesh tem um nome estranho, assim como sua pronúncia, quase

como se as silabas do meio fossem apenas jogadas... Definitivamente

não é um ser humano. Então, eu só disse:

— Bom para elas, espero que todos sejam felizes.

— Alguns são, outros estão se ajustando, mas toda a tribo está

satisfeita, pois a muitos novos casais, e em breve

haverá muitas crianças correndo ao redor. —

Ele estica as pernas, e em seguida, se ajeita na

neve, enquanto sustenta o queixo com a

mão. — Então, muitos novos


acasalamentos significam novas cavernas para as novas famílias.

— Oh?

— Ninguém quer ouvir seus khuis ressoando a noite toda. — Diz

ele sorrindo maliciosamente.

Sinto-me corar, pois suspeito que isso não seja a única coisa que

ele tenha ouvido a noite toda.

— Parece que todo mundo tem uma aconchegante instalação.

— Sim, espaços acolhedores para os novos casais, por isso

Haeden e eu nos oferecemos para vir atrás de vocês dois. O lugar está

muito cheio de homens, e todos os caçadores estão gastando muito

tempo em suas caçadas, pois dizem que há bocas extras para se

alimentar, e porque os quartos estão apertados demais já que eles não

têm uma família. — Ele dá de ombros. — Esse não era um problema

que pensávamos que teríamos novamente.

— Novamente?

Aehako balança a cabeça e seu sorriso alegre

desaparece.

— Nossa tribo já foi muito maior, tivemos

muitos cruzamentos, e muitas famílias. Era

uma boa fase para a tribo sakhui, mas

há quinze anos, houve uma doença


khui que dizimou metade da população das cavernas. — Ele pega a

neve diante dele. — Não houve uma única caverna que não foi

afetada pela doença, tantas mães, pais e companheiros morreram....

Ele ajeita-se abruptamente e vejo Haeden além da borda das

árvores, abro minha boca para falar e Aehako dá um pequeno aceno

de cabeça, com um olhar significativo em direção a Haeden.

Ah. Então, esse é um assunto delicado para o Haeden...

— E a família de Raahosh? — Pergunto. É a primeira vez que eu

realmente pensei que Raahosh poderia ter uma família esperando por

ele em casa. Mas ele não mencionou nenhuma, será que não gosta de

falar sobre eles? Ou será que os perdeu com a doença Khui assim

como Haeden perdeu a dele?

Aehako olha ao redor, então se inclina.

— Ele não lhe contou sobre sua família?

Inclino-me para frente e abaixo o tom de voz, poderíamos estar

fofocando, mas precisava desta informação então

não me preocuparia com isso.

— Ele não disse nada. Eles estão na

caverna? Ou mortos?
— Morreram a muito tempo. — Aehako diz em voz baixa. — Sua

situação era... interessante.

Chego um pouco mais perto.

— Interessante?

Eu realmente quero saber, quero entender o meu Raahosh.

Estranho, agora estou começando pensar nele como “meu”

Raahosh.

— Sua mãe, Daya, nunca gostou de seu pai. Vaashan não era um

homem muito paciente, e Daya estava apaixonada por outra pessoa.

Mas quando o khui escolhe, ele escolhe. — Diz dando de ombros. —

Raahosh era seu filho e quando ele tinha cinco anos, sua mãe ressoou

por seu pai de novo. Isso significava outra criança. Ela insistiu que

não queria outro filho. Recusou-se a ter qualquer coisa a ver com ele,

até mesmo chegou a ir ao chefe da tribo que na época ainda era o pai

de Vektal. — Aehako esfrega o queixo e olha perturbado. — O chefe

declarou que ela deveria ter outro filho dele, pois

a ressonância não podia ser evitada, mas ela

não teria que viver com ele. E isso deixou

Vaashan furioso. Ele perdeu a paciência e

sequestrou-a para longe da tribo. Ele a

levou e Raahosh consigo e não


retornou. Procuramos por eles durante muitos anos, mas ninguém os

encontrou, era como se tivessem desaparecido. Logo depois a doença

khui matou muitos e isso fez Vaashan retornar apenas com Raahosh,

que estava coberto de cicatrizes como você mesmo deve ter

observado. Perguntamos onde estava Daya e seu outro filho, mas ele

disse que ambos estavam mortos, que um Metlaks os havia matado.

A decisão que Vaashan de levar Daya para longe apenas para ceder a

sua ressonância forçando-a a se tornar sua companheira, fez com que

ela e seu filho fossem mortos, e foi assim que o chefe o puniu com o

exílio enquanto Raahosh permanecia com a tribo para poder crescer

em segurança.

Meu coração dói com essa história. Isso era horrível e explica um

pouco o porquê ele está tão preocupado em me perder.

— Pobre Raahosh.

Aehako acena pensativo.

— Quando ele atingiu idade suficiente para

caçar, foi a procura de Vaashan, mas nunca

encontrou nada além de pedaços velhos de

couro, e sua antiga caverna destruída.

Tudo o que restava de Vaashan.


Oh, Raahosh. Acho que sua mãe e o bebê, morto foram a miséria

de seu pai. Como isso deve ter-lhe afetado? Não admira que ele esteja

tão desesperado em me manter, mesmo que isso signifique irritar a

sua tribo. Essa é a única forma que ele sabe agir após ter perdido seus

pais.

É uma história tão triste. Perdi minha mãe quando eu era muito

jovem, mas tinha meu pai, e sempre me sentia amada até o dia que

ele morreu. Para ter tais conflitos familiares e, em seguida, perder

tanto como fez, meu coração se sentiu triste pelo meu alienígena. Por

isso que ele era tão possessivo e obstinado em seu desejo de me

manter escondida. De repente eu quero confortá-lo e deixá-lo saber

que ele me tem. Que sou dele e ele é meu. Piolho ou não, estou tendo

sentimentos pelo grandão e ele fez a vida aqui neste planeta estranho

ser de certa forma interessante.

A conversa com Aehako acaba e o silencio estranho retorna.

Sento-me em volta do fogo com as pernas

cruzadas, perdida em pensamentos, até a volta

dele. Ele tem uma caça na mão e a julgar pela

seta saindo da fera ele deve ter usado o

arco que fiz para ele... Provavelmente


deve ter me observado usando-o e descobriu como fazer o mesmo.

Isso é incrível.

Sorrio largamente saudando-o, e levanto-me para cumprimentá-

lo com beijos. Ele fica um pouco deslumbrado com a minha saudação

entusiasmada, mas coloca o braço em volta de mim e me segura perto.

Logo depois começa a cortar a caça e separa os pedaços mais

saborosos para ter certeza de que estou alimentada, espera até que eu

esteja satisfeita para alimentar a si mesmo e aos outros. Isso com toda

certeza não é a pior coisa do universo, e estou meio que gostando, e

pensando em como demonstrar meu apreço.

O bom humor de Liz me faz cauteloso. É um prazer ver, receber

isso, claro que é, mas me pergunto se minha companheira está

planejando algo. Ela geralmente me cumprimenta

com palavras cáusticas e mau humor, mas

agora que Aehako e Haeden estão aqui, ela é

toda sorrisos e se aproxima de mim quando

ando na direção dela.


Eu não gosto de ver os dois homens. Eles são bons, mas a verdade

é que eu iria manter Liz para mim por pelo menos mais algumas

voltas das luas, para que quando voltássemos para meu povo

estivesse claro que somos uma família e que devemos permanecer

juntos. Agora, eu não sei o que eles vão pensar. Eu quebrei as leis da

nossa tribo, e a barriga de Liz ainda é plana, sem nenhum sinal de

nosso filho.

Meu único consolo é que ela sorri para mim quanto estou por

perto, e suas mãos me tocam. É claro que somos companheiros, e

posso ver a inveja em ambos os olhos de Haeden e Aehako. Eles não

ressoaram. Para eles, a vida continua fria e vazia, mas com a agonia

adicional de ver tantos outros a encontrar a sua alegria. Pela primeira

vez, eu sou o único invejado. Esse é um sentimento estranho.

A noite é tranquila. Aehako fala facilmente, mas ele sempre foi

alegre. Suas conversas sobre caça e vida nas cavernas mantém o

interesse de Liz, mas sua mão está grudada na

minha. Haeden é silencioso, mas ele vê cada

vez que Liz me toca ou escova seu braço

contra o meu.
À medida que a hora se vai, Liz boceja e coloca seu rosto no meu

braço.

— Podemos ir para a cama agora, querido?

Ela está me chamando da palavra amor de seu povo. Meu coração

incha e meu khui começa uma ressonância suave em meu peito.

— Claro. — me levanto e ajudo-a a fazer o mesmo.

— Ela deve ficar aqui, perto do fogo com a gente.

Antes que eu possa rosnar um protesto, Liz bufa.

— Estamos em ressonância, lembra? — Ela bate no peito e eu

posso ouvir seu khui cantando uma canção para o meu. — Pensei que

o objetivo era que ele me engravidasse para que vocês possam ter

mais bebês azuis correndo por aí, certo?

A mandíbula de Haeden aperta.

— Estamos protegendo-a.

— De sua porra? — Liz da um pequeno sorriso de boca fechada.

— Um pouco tarde demais para isso. Agora se me

permitem, estou saindo com meu

companheiro. — Ela pega a minha mão e me

leva a uma curta distância do fogo, perto

de alguns arbustos. Com um bocejo,

ela dá de ombros retira sua capa e


depois pega o pacote que está em minhas costas. — Cobertores, por

favor.

Eu apenas obedeço. Como sei que os seres humanos sentem

muito frio, faço uma cama cheia de peles para ela, que apenas treme

em meio a seus bocejos, quando a cama está perfeita eu tomo o manto

de suas mãos e envolvo em torno de seus ombros.

— Você deve se aquecer.

— Eu vou ficar quente — diz ela com um sorriso suave. — Nós

iremos nos aconchegar.

Olho para o fogo a uma curta distância. Aehako e Haeden estão

nos observando. Eu não tenho certeza se “aconchegar” é uma boa

ideia. Estou em ressonância com a minha companheira, e meu pau

está começando a querer rasgar minha tanga.

— Talvez eu deva dormir perto do fogo.

— Foda-se o ruído — diz ela, sonolenta. Ela entra debaixo das

peles, estica-se um pouco e então alisa o local ao

lado dela. — Vamos, prometo ser boa para

você.

Essas são palavras sexuais. Meu corpo

reage mesmo quando eu olho para o

fogo novamente. Ela provavelmente


não faz ideia do que está dizendo. Pelo que Vektal disse os seres

humanos podem ser bem modestos, afinal Shorshie não queria o seu

toque quando os outros estavam ao redor. Essa provavelmente é uma

fala humana.

— Brr! — diz ela, e vibra os dentes. — Está tão frio, preciso do

meu grande alienígena para me aquecer.

Eu não posso recusar tal pedido da minha companheira. Com um

último olhar para os dois homens perto do fogo, me abaixo na cama

ao lado de Liz e ela imediatamente encosta em mim, suas mãos frias

movem-se sob meu colete e pressionam a minha pele. Suporto seu

toque silenciosamente, quero que ela se sinta confortável e

aconchegada. Coloco meus braços ao redor dela, e seguro-a mais

perto colocando sua pequena cabeça debaixo do meu queixo. Meu

khui canta uma canção de protesto, mas eu estou contente. Com Liz

em meus braços, nada mais importa.

— Mmm! — Liz diz suavemente, sua mão

acariciando meu peito.

Eu acaricio seu braço sob as peles.

— Liz?

— Sim, bebê?

— O que é porra?
Ela ri, e meu pau fica ainda mais duro.

— É a sua semente.

Sinto-me estranhamente envergonhado que ela disse essas coisas

para os outros machos. Ela brinca sobre ser protegida de minha

semente?

— Suas palavras são muito evoluídas.

— Eu sei, mas eles não entenderam, por isso é tão legal — diz, e

eu posso ouvir o sorriso em sua voz. Sua mão desliza para baixo no

meu estômago e, em seguida, chega ao meu pênis — Não há

necessidade de proteger uma menina desta monstruosidade.

Minha respiração sibila e eu puxo a mão dela.

— Liz! — sento e olho por entre as folhas pontiagudas dos

arbustos perto de onde o fogo cintila. Com certeza, eles estão nos

observando, embora eu duvide que eles possam ver mais do que

nossos pés. Estou certo de que podem ouvir Liz, no entanto. Minha

companheira não é tímida.

— Deite-se. — ela me diz, e pressiona a

mão no meu peito.

— Eles podem ouvi-la.

— E daí? — Sua mão vai para o

meu pau novamente e ela arrasta os


dedos ao longo do comprimento, em seguida, acaricia me

estimulando. — Deixe-os ouvir o que estão perdendo.

Eu engulo um gemido irregular. Meu khui está ressoando

descontroladamente no meu peito, e Liz parece determinada a jogar.

E eu? Sou um homem fraco, porque vou deixá-la. Chego mais perto

de Liz, e ela desliza para debaixo dos cobertores.

— Deixe-me fazer você gozar — ela sussurra, e posso senti-la

puxando minha tanga, logo em seguida sinto sua mão quente ao

redor do meu pau. Mordo a minha mão para não gemer em voz alta,

pois não quero que os outros saibam que prazeres estou recebendo da

minha companheira, pois temo que ela possa parar. Sou egoísta e

ganancioso, e quero mais disso.

Sua mão aperta em torno da base do meu pau e sinto quando ela

ri, em seguida, esfrega a cabeça de meu pênis contra seus lábios.

— Deus, você está tão duro. Isso é sexy, Raahosh. — Os lábios de

Liz apertam sobre a cabeça do meu pau e a sinto

contornar sua língua sobre ele.

Quase derramo minha semente, mas ao

invés disso, mordo minha mão,

determinado a ficar em silêncio para

que isso dure muito mais. Arqueio


meu corpo querendo pressionar ainda mais em sua boca, para que sua

quentura possa me lembrar de sua boceta.

Sua língua dá voltas em meu pau.

— Tanto pré-semen para mim — ela murmura.

Ela aperta minha base, e em seguida, sua boca está ao meu redor,

lambendo ao longo do meu eixo, mordiscando a cabeça, provocando

meu esporão com lambidas, nunca percebi o quão sensível poderia

ser ali até ela começar a brincar com ele. Estou fora de mim com

prazer, e quando Liz faz pequenos barulhos de prazer e seu khui

vibra, isso me agrada ainda mais.

Sua boca rodeia a cabeça do meu pau, e começa a chupá-lo

novamente. Ela me leva mais profundamente, enquanto acaricia meu

comprimento com sua língua, até que eu possa sentir meu pau contra

o fundo da garganta.

Seu khui começa a vibrar ainda mais, e tão alto que posso senti-lo

fazendo-a tremer, e fazendo-me sentir as vibrações

contra a língua dela, mesmo agora com ela me

levando tão fundo em sua garganta.

É... igual a nada que já senti antes.

Mesmo mordendo minha mão não

consigo sufocar meu gemido,


quando minha semente jorra em sua boca quente e molhada. Ela faz

pequenos barulhos de prazer, e a sinto engolir tudo conforme vai

liberando o meu pau.

Ela beber minha semente como eu bebo de sua boceta, gemo

novamente, minhas mãos puxando suas calças em busca de retribuir.

Mas ela me para com uma palmadinha no meu peito.

— Está tudo bem, querido, não fiz isso porque queria que você

me lambesse. — Sua mão suave toca meu peito. — Eu só queria fazer

você se sentir bem, para que saiba que estou com você. — Um

pouco de risada escapa de sua garganta, o som é musical e doce. — E

para que eles saibam que eu estou com você, também.

Inteligente Liz. Ela me dá prazer com sua boca para que todos

saibam que ela está comigo de bom grado? Minha companheira é

astuta e maravilhosa, puxo-a contra mim, sentindo meu khui e o dela

ressoarem em sintonia.

— Você é tudo para mim, Liz — digo baixinho.

— Meu mundo. Meu coração.

— Isso é uma declaração de amor? —

pergunta sonolenta, com a voz abafada

pelo meu peito.


Eu concordo. Meu povo normalmente não declara amor eterno,

mas eu amo Liz. Ela é minha e eu sou dela.

— Eu amo você, Liz.

Seu som suave de apreciação é tudo o que recebo em resposta. E

me pergunto... Será que ela me ama? Será que isso importa, uma vez

que ela é minha companheira? Por alguma razão... importa. Talvez eu

não esteja fazendo o suficiente para agradá-la.

Minha mão vai para a cintura de suas calças e empurro meus

dedos dentro, em busca de sua boceta. Ela faz um som sonolento de

protesto, e então seus braços vão ao redor do meu pescoço me

apertando assim que encontro seu terceiro mamilo, ou clitóris como

ela costuma chamá-lo. Logo em seguida sua respiração fica presa em

sua garganta.

— Eu acho que estou no clima para alguma reciprocidade. — diz

ela, e depois belisca suavemente a base da minha garganta.

Sua vagina está encharcada com mel, e eu

arrasto os dedos por suas dobras suculentas,

com a outra mão puxo seu cabelo fazendo

com que sua cabeça deixe sua boca em um

ângulo que possa beijá-la e entrelaçar

sua língua com a minha. Ela


choraminga novamente, o som mais alto, tento abafar isso com meus

lábios.

Mas sei que os outros certamente adivinharam o que estamos

fazendo, entretanto os gritos de prazer de Liz são só meus.

Deslizo um dedo profundamente dentro dela e começo a

empurrar, imitando meu pau. Seus quadris arqueiam, e ela murmura

contra minha garganta.

— Meu clitóris — diz ela uma e outra vez, e percebo que ela quer

que o toque enquanto bombeio dentro dela com a minha mão,

pressiono meu polegar sobre ele e escovo seu cerne enquanto

empurro meu dedo para dentro dela fazendo-a gritar em voz alta.

Desta vez não há como abafar isso. Ouço um murmúrio baixo perto

do fogo, e logo depois o som de alguém se afastando do

acampamento.

Isso é bom, pois o prazer de minha companheira é selvagem. E

quando ela goza, faz isso com pequenos tremores

e gritos suaves, enrijecendo seu corpo contra o

meu, seguido com uma inundação de mel

entre suas pernas. Mergulho meus dedos

em sua doçura antes de removê-los de


suas calças e depois lambo-os apreciando seu gosto.

— Bárbaro — murmura com uma risada, e depois suspira,

contente. Dentro de instantes, ela está dormindo contra mim.

Confiante, e feliz.

Eu a abraço saboreando esse momento, apenas no caso dele não

durar por muito mais tempo.

A caverna “casa” tribal não parece muito impressionante do

exterior. Na verdade, a única coisa que me faz saber que é diferente

de qualquer outro precipício é que Georgie está do lado de fora com

os braços estendidos e gritando alegremente assim que me vê.

Estou surpresa de ver uma saudação tão entusiasmada dela, mas

estendo meus braços e permito que ela pule em cima de mim em uma

recepção tumultuosa. Um momento depois, Josie

está bem ali, jogando os braços em volta de

mim, logo depois estou sendo cercada pelas

minhas companheiras. É estranho ver todo

mundo com os olhos azuis brilhantes,

embora eu saiba que também os


tenho. O brilho de nossos olhos diz que temos um piolho, e que todas

estão felizes e saudáveis. Por mais estranho que pareça me sinto

lagrimejar.

É como voltar para casa, especialmente quando Kira me abraça

em silencio, nos conhecemos a mais tempo, e vê-la é como rever uma

irmã, comecei a chorar naquele instante, fungando alegremente por

reencontrar todas. Toco o ouvido de Kira onde o tradutor

desconhecido ainda está implantado.

— Não conseguiu remover.

— Não é tão fácil de remover — diz ela com um sorriso suave no

rosto, e logo depois deixou Tiffany me abraçar.

Com Kira a passos de distância, vejo se Aehako movimentando

em direção a ela, abrindo os braços para um abraço.

— Não vai me cumprimentar, olhos tristes?

Kira fica envergonhada com isso.

— Como você está? — Georgie pergunta, me

puxando pelo braço para dentro da caverna. —

Você está bem? Vocês têm estado bem?

Preciso machucar o Raahosh?

Olho para trás em busca do

Raahosh em meio a todo o mar de


mulheres felizes, ele está feliz, está de volta com Aehako e Haeden,

seu olhar é estreito, e por algum motivo ele me parece perdido...

Miserável.

— Raahosh tem sido maravilhoso para mim — digo em voz alta.

Sopro lhe um beijo de longe, e em seguida, deixo Georgie e Tiffany

me arrastarem para dentro das cavernas.

Não sei bem o que esperava destas cavernas ou casas, talvez algo

super primitivo, bem como a caverna que eu dividia com Raahosh,

mas esta parece como se estivesse dentro de um donut, e se isso não

for feito por um homem terei que comer minha camisa de couro. As

portas para cada caverna são perfeitamente arredondadas, com uma

cortina de couro desenhado sobre a entrada. O centro da caverna é

quente e quase úmido, e há uma piscina de água azul brilhante, com

um cheiro fraco de enxofre em seu centro. Um estranho bebê com

pequenos chifres e pele azul brilhante saltita nos degraus, agarrando-

se ao que deve ser um alienígena feminino. Ela é

alta e forte e tão coberta de placas irregulares

como Raahosh e os demais homens são, o que

parece quase esmagar seu rosto feminino.

É estranho, porque há pessoas em

todos os lugares, e estou


rapidamente esmagada pela sensação de aglomeração. Há mais

pessoas a se jogar perto da água, e cestas de tecelagem de outras

pessoas à distância. Ouço muitas vozes ao redor, e para todo lugar

que olho há muitas pessoas. Vejo a menina sardenta que estava em

um dos tubos debruçando-se sobre uma das panelas com alguém

tentando instruí-la sobre como cozinhar. Do outro lado, a chorona

Ariana está sentada no colo de outro alienígena, e ela não parece mais

tão chorosa para mim.

— Uau, isso é tão... — Faço uma pausa, incapaz de pensar em uma

resposta mal humorada desta vez.

— É ótimo, não é? — O braço de Georgie se entrelaça na minha

cintura. — Eles realmente fizeram algo para nós aqui. Os caçadores

saem e estão passando muito mais tempo nas trilhas, porque há

muitas bocas para alimentar. E Kashrem arruma todas as peles que

ele pode, porque precisa conseguir mais couro para nós, eles nos

deram cavernas, e é tudo tão maravilhoso. —

Georgie fala enquanto me leva para dentro.

É legal da parte deles, mas tudo o que vejo

são pessoas em todos os lugares. Muitas

pessoas. É um espaço agradável, mas

também é barulhento com o riso. Eu


meio que sinto falta da minha caverna tranquila com o Raahosh. Era

primitivo, mas acolhedor. De qualquer forma, não é como se houvesse

um shopping aqui. O fato é que minha vida mudou completamente

no dia que os homens verdinhos me sequestraram de meu

apartamento e me levaram a força para o espaço.

Georgie me guia através das cavernas, sorrindo para as pessoas

que usam isso como desculpa para sair e nos olhar. Acho que o

sequestro que Raahosh fez é meio escandaloso por aqui, e estou

ficando irritada com todos os sussurros. Ele fez o que tinha que fazer

e não me arrependo disto. Mas suponho que isso servira de

combustível para muitas fofocas por aqui, afinal esta comunidade é

tão pequena que todo mundo vai saber de nosso negócio.

Eu olho para Raahosh, mas ele não está por perto. Vektal está à

frente, conversando com um par de alienígenas idosos com cabelo

longo branco e testas franzidas. Vektal olha para Georgie e eu, e

assente.

— Vamos lá — Georgie diz, dirigindo-me

em uma caverna lado. — Vamos visitar a

curandeira.

— Eu estou bem — protesto, mas

Georgie é teimosa. Ela não vai aceitar


um não como resposta, então desisto e deixo que ela me leve para

uma das grutas cobertas.

Há uma mulher lá dentro, uma das alienígenas super altas, e de

aparência forte. Ela tem chifres ondulados e longos, fluindo por seu

cabelo escuro. Sua barriga é redonda, obviamente, grávida, e seus

olhos brilham no rosto dela. Ela diz algo na língua estrangeira, sua

voz doce.

Balanço minha cabeça.

— Eu não falo Na'vi.

Georgie aperta meu braço.

— Seja legal, Liz. Esta é Maylak. Ela é a curandeira da tribo.

— Olá! — digo.

Maylak acena as mãos e sorri para mim.

— Leezh?

— Perto o suficiente. — aperto a mão dela. — Mas diga a ela,

Georgie, que eu me sinto bem. Raahosh foi

realmente muito atencioso e ótimo para mim.

As sobrancelhas de Georgie se juntaram

como se ela não acreditasse em mim.

— Ele sequestrou você, Liz, não

precisa defendê-lo.
— Cara, o homenzinho verde também me sequestrou e você não

me vê sendo favorável a ele. — dou as mãos de Maylak outro aperto.

— Eu estou lhe dizendo, Raahosh é bom, estamos acasalados, então

vá em frente e diga a curandeira que eu estou bem. — amo Georgie

por nos salvar, mas eu estou começando a ficar irritada que ninguém

parece acreditar em mim quando digo que estou bem com Raahosh.

Quando ela hesita novamente, eu digo: — Eu pareço ter sido

intimidada?

Ela ri.

— Creio que você diria que quem tentou não sobreviveu para

contar história.

— Exatamente!

Georgie olha para Maylak e fala a língua estrangeira fluidamente.

Observo suas feições quando se falam, mas estou infeliz por não

entender as palavras. Georgie os conhece, porque ela tem uma

informação completa da nave que caiu em algum

lugar por aqui com a qual o povo de Raahosh

veio. Raahosh pode falar inglês, pelo mesmo

motivo, mas eu não tive a informação da

nave por isso estou fora do circuito. E

não sou uma fã de estar fora do loop.


Maylak diz algo, então Georgie repartilha.

— Ela vai falar com seu khui e ver como você está indo.

— Diga-lhe que eu disse oi e que ele é um pequeno bastardo.

Georgie sorri e gesticula para Maylak para começar.

A curandeira fecha os olhos e cantarola, e por um terrível minuto,

acho que ela vai começar a cantar “Ommmm”. Mas seus olhos

começam a brilhar ainda mais, tanto que posso ver o brilho através de

suas pálpebras, meu piolho começa a reagir, mas não está cantando

como quando estou perto de Raahosh, mas é como se estivesse

falando com ela. Sinto-o se contorcendo dentro de mim, igual a uma

dança.

E isso me assusta.

Ela continua a segurar as minhas mãos, e sinto meu piolho em

movimento vibrando em resposta. É um tipo diferente de vibração,

mais alto e mais rápido do que quando estou fazendo sexo com

Raahosh, tento tirar minhas mãos das dela.

— Está tudo bem, Liz. Ela está apenas

verificando como estão as coisas com você,

prometo que tudo ficará bem. — Georgie

coloca a mão no meu braço.


Maylak abre os olhos e meu piolho para de vibrar. Ele retarda a

um leve zumbido e, em seguida, silencia, e a curandeira exala

lentamente. Então, ela sorri e libera minhas mãos. Estranhamente, me

sinto melhor, não me sinto pior como antes, mas sim rejuvenescida.

Como se eu tivesse recebido uma massagem.

Maylak começa a falar, e Georgie traduz.

— Ela diz que você estava um pouco exausta, mas isso é normal

para os seres humanos, pois todas nós ainda estamos nos aclimatando

e nos adaptando ao nosso khui, para que possamos conviver melhor

com ele.

— Não estou surpresa, estive cuidando de Raahosh desde que ele

caiu e quebrou a perna. — Meus olhos se arregalaram e agarro as

mãos de Georgie. — Diga a ela que precisa verificar o Raahosh. Ele se

machucou e levou um bom tempo para se recuperar. Ela precisa

verificá-lo e se certificar de que ele está bem.

Georgie olha para Maylak e fala para ela que

faz uma pequena careta infeliz. Ela disse algo

que faz Georgie argumentar de volta.

— O que vocês estão dizendo? —

pergunto quando elas me ignoram.


— É complicado — diz Georgie. — Eu vou te dizer mais tarde.

Maylak continua a falar, e ela aponta para o meu estômago.

Georgie sorri e olha para mim.

— Deixe-me adivinhar — digo antes que ela possa traduzir. — Eu

tenho um bolo no forno.

Seus olhos se arregalam.

— Você sabia?

— Eu tremo como um vibrador elétrico toda vez que Raahosh

chega perto de mim. — Digo com uma voz seca. — Poderíamos ter

transado algumas vezes sem proteção.

— Algumas? — Ela ri.

— Certo, algumas vezes por dia. Mas, falando sério, é isso que o

piolho faz, não é? Não estou surpresa, não sei como me sinto sobre

isso, mas não estou chocada.

Ela me dá um olhar simpático.

— Você não sabe como se sente sobre isso

porque está grávida do Raahosh?

— Não! — Porcaria, por que todo mundo

pensa que eu odeio o cara? — Não sei

como me sinto sobre isso porque não

tenho certeza se quero ser mãe, sou


meio jovem demais, tenho apenas vinte e dois anos. Você também tem

apenas vinte e dois anos, na verdade todas temos, e por conta destes

piolhos engravidamos quando eles bem decidirem.

A mão de Georgie vai para seu estômago.

— Estou grávida, também.

Olho para a curandeira em silêncio, esperando.

— Ela tem certeza? Como sabemos que não se trata apenas de

gases ou algo assim? Talvez a comida alienígena faça nossos dois

pontos explodir.

— Em primeiro lugar, isso é nojento, em segundo lugar, ela sabe.

Ela é a curandeira. — Georgie olha para Maylak e diz algo, e Maylak

gesticula em seu peito, falando sílabas mais fluidas. Eu realmente

preciso visitar a nave alienígena e obter a informação que desejo,

estou cansada dessas pessoas falando ao meu redor. Georgie balança

a cabeça e, em seguida, olha para mim, traduzindo. — Ela diz que

pode sentir as mudanças em seu útero. Seu khui

sabe que está lá.

— Então, por que a maldita coisa ainda

vibra o tempo todo quando estou perto de

Raahosh?

Georgie abre um ligeiro sorriso.


— Por que você está excitada? Imagino que gosta das endorfinas

do sexo tanto quanto o resto de nós.

A menina tem um ponto. Exalo olhando para as paredes da

caverna.

— Então, estou grávida.

— Eu também, você não está sozinha. — Ela sorri. — Vektal está

tão animado.

Imagino a emoção no rosto de Raahosh quando eu lhe disser que

há um bebê azul em meu ventre. Toco minha barriga, ele ficará feliz...

ou aterrorizado? Lembro-me da história de seus pais. Isso não

acontecerá conosco. Prometo ao bebê azul que não irá ser. Olho para

Georgie.

— Raahosh está muito animado sobre a coisa toda de ressonância

também. Ele realmente quer uma família.

Seu sorriso se desvanece um pouco.

— Ele te machucou?

Balancei minha cabeça.

— Ele foi meio bruto no começo, mas eu

tinha tudo sob controle, e quando

finalmente ficamos juntos, foi decisão

minha e não dele. — Bem, foi o


chamado do piolho, mas eu não comentei isso, pois sei que Georgie

não irá ouvir. Ela é completamente louca por Vektal, e estou prestes a

defender o Raahosh, e isso nos colocará em lados diferentes. Porque

nesse momento, por algum motivo, me sinto na defensiva, algo sobre

tudo isso parece errado, e não sei bem dizer o quê.

Contudo Georgie diz algo que me choca.

— Prepare-se para uma longa espera, pois, parece que suas

fêmeas ficam grávidas por três anos ou mais.

Minha respiração acelera.

— Que porra é essa? — estou chocada. Nove meses de barriga

inchada e tornozelos inchados já é péssimo o bastante, mas três anos

grávida parece uma tortura sádica.

Ela faz uma careta.

— Eu sei, aparentemente, elas ficam grávidas muito mais tempo.

Maylak diz trinta e cinco luas ou algo assim, mas é difícil dizer quanto

tempo duram as fases das luas deles em

comparação a nossa, pois a deles não se alinha

a terra e ninguém tem qualquer tipo de

calendário ou relógio.

Eu lamento de horror.
— Então estaremos grávidas por um período entre nove meses a

três anos? Por favor, atire em mim agora mesmo.

— Se isso te faz se sentir melhor, você está lidando com a notícia

muito melhor do que Ariana.

— Deixe-me adivinhar – ela gritou.

— Bingo.

Maylak olha entre nós com curiosidade, esperando Georgie

traduz para ela. Outra questão surge em minha mente.

— Quantas de nós estão grávidas?

— Vamos ver Ariana, é claro. Eu, você, Marlene, Nora e Stacy,

por enquanto só essas.

— Ninguém ressoou para Kira? — Pelo menos é isso que penso

após o flerte dela com Aehako do lado de fora das cavernas. — Ou

Josie? Tiff?

— Não. Maylak diz que as vezes a ressonância acontece mais

tarde, mas muitas de nós ressoaram logo de cara,

então não sei o que dizer. — Sua voz diminui.

— Algumas estão decepcionadas.

Entendo isso. É como se seus piolhos

decidissem que elas não são boas o

bastante para terem bebês


alienígenas. E como parece que a tribo está desesperada para ter mais

crianças...

— Vai acontecer. Ou não, talvez seus piolhos apenas não queiram

ser mamães.

Georgie ri.

— Talvez ainda não estejam prontos.

— Qualquer sinal dos homenzinhos verdes? — Esfrego o local no

meu braço, onde o dispositivo de rastreamento foi implantado

semanas atrás e em seguida removido.

Ela balança a cabeça.

— Tudo tem estado bem tranquilo, exceto por você.

Para ser justa, ela está tentando me proteger de um sequestrador,

por isso não posso odiá-la.

— Eu estou bem, Georgie, sério mesmo.

Ela morde o lábio e depois suspira.

— Vektal está realmente chateado com

Raahosh. — O olhar que ela me dá é

desconfortável. — Ele disse a você sobre a

história de seus pais?

— Aehako me contou, mas ele não

fez a mesma coisa.


— Talvez não aos olhos de Raahosh, mas para Vektal, sim. Sua

tribo tem leis muito rígidas sobre esse tipo de coisa, Liz. — Ela balança

a cabeça. — Basta estar preparada para uma intervenção, isso é tudo

que posso lhe dizer.

— Comecem com o julgamento. — digo. — Estou pronta.

Maylak finalmente decide que estou bem e nós saímos da

caverna. Mas não perco o fato de que elas trocam alguns comentários

acalorados no idioma estrangeiro, ou o olhar preocupado no rosto de

Maylak quando nós saímos, afinal não sou cega, e há essa sensação

sinistra ao nosso redor, e eu sei que isso não trará nada de bom.

No centro da caverna, encontramos Vektal sentado em algumas

pedras esculpidas, casualmente descansando, mas é percebível que

não há nada casual sobre seu comportamento.

Ele parece tenso. Irritado. Aehako e Haeden

estão falando com ele, e Raahosh está longe

de ser encontrado. Outros homens estão

de pé ao redor, e assim que Georgie e


eu nos aproximamos toda a atenção se volta para nós.

Vektal se levanta, e olha por mim, viro-me e vejo Maylak saindo

de sua caverna a poucos passos de distância de nós. Ele diz algo em

sua língua e apenas entendo que disseram meu nome, afinal não é

difícil ouvir 'Leezh' misturado com o tamborilar de sua língua.

Isso está ficando irritante, todo mundo falando ao meu redor, mas

não compreendo nada. Aceno a mão diante de Vektal.

— Olá, estou bem aqui, então não fale como se eu não estivesse.

Ouço Aehako abafar uma risada e Vektal olhar surpreso para

mim.

— O que você está fazendo?

— Vejo que consegui chamar a sua atenção. — Estou cansada de

todo mundo falando ao meu redor, quero ter o direito de fazer minhas

escolhas, caramba. Fui forçada há muitas coisas por muito tempo, e

não serei forçada por outro alienígena azul só porque ele diz que é o

chefe. — Eu estou bem aqui, você pode falar

diretamente comigo já que sou seu tema

favorito.

Suas sobrancelhas enrugam e ele me

dá uma carranca feroz.


— Estou confirmando algo com a curandeira.

— Que eu estou grávida? Você poderia ter me perguntado. Sim,

meus ovários cumpriram seu dever, e foram atingidos pelo esperma

alienígena. — cruzo meus braços. — Onde está Raahosh? Eu quero o

meu companheiro.

— Liz — murmura Georgie, tentando me acalmar.

— A menos que você queira ver um show de hormônios de

gravidez em pleno vigor, me traga Raahosh, e faça isso agora — digo

com uma voz mortal e aponto para o chão. — Eu sei que você acha

que estou sendo impossível, mas você ainda não viu absolutamente

nada. Serei o maior pé no saco deste planeta coberto de neve, se você

não trouxer o meu homem. — não entendo, por que eles estão nos

mantendo separados. Essa estranha sensação que tenho de “algo

errado” está piorando.

— Esta é a sua casa, Liz — diz Georgie.

— Pensei que havíamos dito que éramos uma

equipe, lembra-se disso? Mas se está é a minha

casa, eu preciso do meu homem, agora!

Georgie olha para Vektal. Ele joga as

mãos para cima, como se dissesse

“você lida com ela” e tudo que vier


depois. Georgie me dá um olhar exasperado, mas não me importo. Eu

preciso ver Raahosh e saber que ele está bem, assim como quero dizer-

lhe que teremos um bebê. Ela me puxa de lado e se inclina para

sussurrar em meu ouvido.

— Raahosh quebrou as regras e por isso está em apuros, Liz.

— Eu sei — digo, e, em seguida, aperto as mãos sob o queixo. —

Mas eu quero vê-lo e dizer-lhe que estamos tendo um bebê, entendeu?

— Certo — ela diz baixinho. — Posso tentar conversar com

Vektal enquanto decidimos qual será a punição de Raahosh, mas não

poderei fazer nada além disso, tudo bem?

Eu dou de ombros. O que eles vão fazer? Raahosh é um membro

da tribo e logo será pai. Se ele receber a incumbência de encontrar

mais caça, então irei com ele, não acho que ele se importará com

qualquer tipo de multa. Pelo que vi, castigo físico seria um pouco

extremo. Seja o que for, não pode ser tão ruim. E não importa pois

faremos isso juntos.

Afinal, eu sinto como se já tivesse

sobrevivido aos piores tipos de cenários, pelo

menos até agora. Fui sequestrada por

extraterrestres para ser vendida como

gado, acabei em um planeta de gelo,


quase morri de fome e em minha própria sujeira por algumas

semanas. Essa merda de pior cenário está preso em mim, tirando isso

todo o resto é moleza.

Georgie diz algumas palavras e dois guerreiros saem de suas

cavernas enquanto nós esperamos em silencio, depois de alguns

minutos, trazem Raahosh escoltado por guerreiros, ele parece irritado

como o inferno, seus punhos estão cerrados e seu corpo vibra de raiva.

Suas armas estão fora de vista, e há uma pequena contusão em sua

mandíbula. Talvez isso seja um pouco demais para mim, pois assim

que o vejo, começo a chorar.

Sua expressão muda imediatamente para possessivo e ele

empurra a multidão para chegar até mim. Eu o ouço rosnar, mas não

me importo. Meu piolho começa a vibrar cantando uma canção para

o dele. Raahosh chega até mim e me aperta contra seu peito, seus

braços me seguram, e posso ouvir seu piolho vibrando em sintonia

com o meu, com isso suspiro de felicidade.

Eu estou em seus braços, então está tudo

bem.

— Liz? — Ele roça a mão sobre minha

bochecha. — O que está errado?


Esfrego uma mão sobre os olhos, como uma criança.

— Eu só estou cansada, quero um lugar calmo no qual possa me

deitar enquanto conversamos.

Sua mão acaricia meu cabelo.

— Claro.

Kira vem até nós, e eu estou surpresa de ver Aehako ao seu lado.

Ela me olha seus olhos tristes como os de Raahosh que me segura

perto dele. Sequer consigo dizer se há inveja em seus olhos,

preocupação ou ambos.

— Eles tiveram que mudar um monte de quartos — diz ela. —

Por isso não sei se há um lugar tranquilo por aqui.

Aehako balança a cabeça e cruza os braços.

— As coisas de Raahosh foram enviadas para a caverna dos

outros caçadores, e cinco compartilham aquela caverna. Zolaya e seu

companheiro estão em sua antiga caverna.

Raahosh rosna.

— Então onde...

— Vamos para fora — digo a ele,

segurando seus braços, estou cansada

desta caverna repleta de pessoas, e


todos esses olhares. — Eu prefiro estar lá fora com você.

— Você não pode — diz Aehako. — Eu sinto muito, Vektal quer

que você esteja por perto pelo menos por enquanto.

Sim, porque eles sabem Raahosh não vai a lugar nenhum sem

mim. Suspiro frustrada.

— Então onde podemos ir?

— Você pode vir para a caverna das solteiras — Kira oferece. —

É onde as humanas que não ressoaram estão hospedadas.

Concordo com a cabeça e seguro Raahosh mais apertado.

— Vocês não vão se importar se o meu grande amigo azul estiver

lá?

— Nem um pouco — diz ela, e um sorriso cruza o rosto solene.

Aehako acrescenta:

— Não é como se elas não se divertissem um pouco com os caras

azuis.

Novamente, vejo um rosado aparecer por todo

o rosto dela, e ambos escondem seus sorrisos.

Há uma história ali, e provavelmente uma

bem suculenta, mas estou casada demais

tanto física quanto mentalmente para


questionar sobre isso, quero apenas me enrolar com Raahosh por um

tempo.

— Você pode ter minha cama — diz Kira. — Esse é o local mais

vazio que temos por aqui. — Ela balança a cabeça e gesticula para nós

prosseguirmos, Kira nos leva a uma das cavernas, e dois rostos

humanos muito familiares olham enquanto nos aproximamos, mas

ela apenas as tira de lá. — Liz precisa descansar, haverá muito tempo

para conversarem.

A caverna das solteiras é espaçosa, seu teto é liso e alto, e se eu

tivesse que adivinhar, diria que tem pelo menos nove metros de

comprimento e talvez tenha metade disto de largura. Há um par de

camas ao longo do chão, um tipo de lareira em seu centro, e uma área

de cortinas ao seu redor. Kira nos leva até lá e gentilmente puxa a

cortina de couro, revelando um canto que mantém sua cama coberta

de peles.

— Eu ia compartilhar meu beliche com Nora,

mas depois que ela ressoou...— Kira deu de

ombros. — Esta noite dividirei um dos

beliches com uma das outras meninas,

assim você poderá descansar, e se ficar


com fome, me deixe saber que buscarei algo para você.

— Obrigado, Kira. — Rastejo para o esconderijo de peles e

cobertores e suspiro feliz quando me deito. Meus pés doem de toda a

caminhada, e quando Raahosh puxa a cortina novamente, o lugar se

torna privado. Quase posso imaginar que estamos sozinhos

novamente.

Quase.

Pois há ainda o zumbido de vozes nas proximidades, todos

falando uma língua estranha.

Meu grande e delicioso alienígena se deita ao meu lado, e me

puxa suavemente em seus braços. Seus dedos pincelam sobre minha

bochecha e seus olhos preocupados varrem sobre o meu rosto.

— Você está bem, Liz?

Afirmo com a cabeça.

— Só... estressada. Eles não parecem muito felizes em revê-lo.

— Para eles eu fiz algo terrível. — Ele balança

a cabeça e, em seguida, beija minha boca

delicadamente. — Contudo, não mudaria isso

por nada.

Eu beijo o desesperadamente,

entrelaçando os dedos em seu


cabelo. Amo a sensação quente, e dura de seu corpo contra o meu, e

estou começando a amar a maneira como meu piolho vibra sempre

que o seu está próximo.

— Eu só me preocupo com você — digo a ele quando separo

minha boca da dele.

Um lampejo de surpresa cruza seu rosto.

— Eu?

— Sim, eu não sei se você percebeu, mas seu povo está sendo meio

ridículo. — digo baixinho. — Mas não se preocupe, tenho suas costas.

— Minhas costas? — Suas sobrancelhas arqueiam

— Isso significa que eu protejo você. Aconteça o que acontecer,

você pode se apoiar em mim.

Seus lábios se entreabrem e por um momento ele parece

completamente sem palavras, mas logo em seguida me esmaga em

um abraço.

— Você é tudo para mim, Liz. Você é meu

mundo.

— Eu também te amo, cara grande —

digo. E então me animo pois tenho uma

notícia, mesmo que possa ser cedo


demais para isso. — Ei, acho que você vai ser pai.

Os olhos de Raahosh iluminam com alegria genuína, e sua mão

reverentemente toca meu estômago.

— Verdade?

— Confirmado por sua curandeira — concordo. — Junior vai

nascer em algum momento entre nove meses a partir de agora e bem,

trinta e seis meses ou algo assim. — Eu estou tentando não pensar

sobre isso.

— Júnior?

— Eu acho que nós poderíamos juntar nossos nomes. Raahiz?

Lizhosh?

— Esses sons são terríveis. — Seus dedos traçam minha barriga

lisa.

— Você não está errado. — estou sorrindo. — Talvez algo mais

curto, como Raaz ou Losh.

— O nosso filho — ele murmura, e coloca a

cabeça na minha barriga. — Nosso kit. Vamos

ser uma família.

Arrasto meus dedos pelo cabelo,

acariciando-o.
— Eu gosto dessa ideia. Uma família.

A família de Raahosh.

Ninguém nos incomodou o resto da noite, e eu finalmente cai no

sono. Estava muito cansada e instável para fazer mais do que apenas

manter Raahosh perto e me aconchegar com ele, e assim nos

abraçamos toda noite. Contudo na parte da manhã, aquela pequena

bolha pacífica desapareceu.

— Liz? — Georgie diz através da cortina. — Precisamos que você

e Raahosh saiam, por favor.

Eu bocejo e puxo a cortina, e antes que perceba Raahosh me puxa

contra ele, e logo depois toca meu rosto olhando-me solenemente.

— Saiba que você é minha vida, Liz — diz ele

com uma voz suave. Seu khui ressoa com o

meu, e ele me beija suavemente.

— Eu sei — digo. Então, puxo a cortina.

Vektal fica lá, uma carranca no

rosto. Vários dos outros homens da


tribo estão atrás dele, e parecem infelizes. Georgie está ao lado de

Vektal e torce suas mãos, seu olhar preocupado.

— Raahosh! — Vektal diz com uma voz orgulhosa. — A pedido

da minha companheira, eu vos dei a noite para dizer adeus à sua

mulher. Mas...

— Adeus? — Engasgo. — O que?

— Mas... — Vektal continua com uma voz forte. — Você quebrou

a lei da tribo quando levou a mulher Leezh sem permissão, e sabia o

custo disto. — Ele levanta o queixo e seu rosto parece cansado por um

momento, e tristeza treme em seus olhos. — Eu e os mais velhos o

sentenciamos ao exílio.

— Exílio? — Repito, incapaz de acreditar no que estou ouvindo.

— Por minha causa?

— Por abordar você e colocar sua vida em perigo. — diz Vektal.

— Por conta disto ele será exilado da tribo.

A expressão de Raahosh está fechada, os olhos

estreitos em fendas geladas de azul. Ele se

levanta e se move para o meu lado. Seus

braços apertam firmemente em torno de

mim.
— Isto não está certo, ela ressoou para mim.

— E eu te avisei — Diz Vektal. — E você deliberadamente

desobedeceu a minhas ordens, essas humanas são forasteiras, e se ela

tivesse rejeitado o seu khui? E se ela precisasse da curandeira? Você

está em apuros por mantê-la escondida, e por forçá-la.

— O khui decide — Raahosh diz categoricamente. — Nós não,

sendo assim Liz é minha.

Fico um pouco preocupada com o fato de Raahosh ter retornado

a fase do minha, minha, minha, mas ele está tão chateado que não o

culpo. Isto está ficando fora de controle.

— Você está exilado — repete Vektal. — Arrume suas coisas e

deixe as cavernas.

Eu olho para Raahosh, chocada, em seguida, voltar para Vektal.

— Mas eu estou grávida! Grávida dele!

— Você fica — o líder diz, e cruza os braços. — Você e seu kit

estarão seguros aqui nas cavernas.

— Você não pode nos separar! — Rosna

Raahosh. Ele me segura mais perto, e desta

vez me agarro a ele. Não irei deixá-lo.

— Ela será bem cuidada aqui, e

você sabe disso. — A voz de Vektal é


mais fria do que qualquer coisa que já ouvi. — Sinto muito, meu

irmão, mas como líder, isso é algo que não podemos ignorar. — Com

um olhar triste, ele recua e três homens grandes avançam.

Um deles é Aehako, e o olhar que ele dá Raahosh é infeliz.

— Venha — diz. — Não faça isso mais difícil do que já é.

— Não! — Raahosh diz, e ele aperta a boca no meu cabelo. — Eu

não vou deixar minha companheira!

Georgie tenta me puxar.

— Vamos, Liz.

— Não! — Eu não quero deixá-lo! Não quero que isso aconteça.

De repente, há várias pessoas ao nosso redor, mãos me agarram e

eu grito conforme tentam me puxar dos braços de Raahosh. Ele soa

como um animal ferido e começa a lutar, e vejo braços e pernas

voando enquanto ele luta para voltar para mim. Eles o seguram e nos

separando, lagrimas borram meus olhos, a medida que arrastam meu

companheiro para fora da caverna.

— Liz! LIZ!

— Raahosh! — grito de volta, quero ir

com ele. Preciso me livrar das pessoas que

seguram meus braços e tentar segui-lo,

mas nada adianta, pois Georgie me


agarra pelos ombros. Tento afastá-la, mas ela apenas me lança um

olhar feroz.

— Pare, Liz. Você está piorando as coisas.

— Você não pode exilá-lo. — protesto. Sinto mais lagrimas sendo

derramadas. — Você simplesmente não pode.

— Ele quebrou as leis — Georgie diz em uma voz suave. — Eles

não têm muitas delas, mas o grande problema é que ele colocou uma

mulher em perigo, e aqui isto é quase como se sentenciar a morte.

— Mas exílio? E sobre sua família? Eu pensei que esse era o ponto

das coisas aqui. — bato uma mão contra o meu peito, onde meu

piolho continua em silencio. — Você queria que eu tivesse um

companheiro e agora você está levando-o embora!

— LIZ! — A dor de Raahosh ecoa nas cavernas, mas está

retrocedendo. Eles estão levando-o para longe.

Isso não pode estar acontecendo. Não pode.

Como posso encontrar um companheiro só

para perdê-lo?
Para Sempre

Eu olho para fora da entrada das cavernas tribais, da paisagem de

neve. Ao longe, no alto de uma colina, há uma figura solitária sentada

na neve, de frente para as cavernas. Seus ombros estão caídos em sinal

de derrota e, se eu focar bem, posso distinguir apenas um único chifre.

Meu pobre Raahosh.

Eles não vão deixá-lo chegar mais perto das cavernas. Exílio é

exílio, segundo me disseram, e ele não é mais bem-vindo porque não

pode seguir as regras. E não estou autorizada a sair e vê-lo, tampouco.

Meu piolho canta uma canção quando o vejo, e pisco de volta as

lágrimas frustradas.

— Isso é errado. — digo para Kira, que está

ao meu lado. Alguém está sempre ao meu

lado ou à espreita. Nunca estou sozinha, e

isso está me enlouquecendo. Nós só

voltamos há um dia e todo o caos se


instalou. Eu olho para a figura solitária de Raahosh e minha garganta

se fecha em um nó. — Seu coração estava no lugar certo.

— Não, não estava. — Sua voz é gentil, mas firme. Kira é sempre

discretamente forte. Ela não tem a coragem determinada de Georgie,

ou meu comentário irreverente, ou os sorrisos ensolarados de Josie.

Kira é a solene, toda negócios. — Seu coração não estava no lugar

certo e você sabe disso.

— Ok, então ele é um idiota. — digo, irritada. — O que você quer

de mim? Ele é o meu idiota, embora, e quero mantê-lo.

— Vamos. — Sua voz é suave enquanto ela me afasta suavemente

da boca da caverna. — Você só está se torturando com isso, e não é

bom para você.

— E o que é bom para ele? — luto contra o nó na minha garganta

novamente. — Por que ninguém se importa com o que acontece com

ele?

— As pessoas estão com raiva. — Kira coloca

um braço em volta da minha cintura e me leva

de volta para a caverna de “solteira”. — Eles

precisam de um tempo para que os ânimos

esfriem.
— Eu não me importo se seus temperamentos esfriam enquanto

suas opiniões não mudem. — resmungo, mas deixo ela me levar de

volta para os outros.

A caverna de solteiros quase parece a do navio alienígena,

quando fomos capturados pelos Pequenos Homens Verdes. Megan

está lá, com Josie e Kira. Tiffany está ajudando Maylak com seus

filhos, os dois já se tornaram amigos íntimos, de acordo com Kira,

apesar da barreira da língua. A única diferença é que agora, em vez

de Georgie aqui, temos Harlow, a única garota que não ressoou para

alguém.

Bem, ok, não é a única diferença. Nós estamos quentes e

alimentadas e ninguém está tentando nos vender como gado, e nós

não temos que fazer cocô em um balde transbordante. Há água

aquecida e sabão para quando queremos tomar banho. As pessoas são

amigáveis. Nós fomos bem recebidas.

Eu deveria estar muito satisfeita.

Em vez disso, ainda estou pensando no

tratamento dado a Raahosh. Eu não entendo

como as pessoas que estavam tão

entusiasmadas com o acasalamento

estão prontas para nos separar tão


rapidamente. Eles não se importam que nos amassemos e que fizemos

um bebê juntos? Isso não fazia parte do seu plano mestre? Mas aqui

estamos mais uma vez, e estou lutando para conter minha miséria.

Georgie pode estar feliz como se pode ser, e talvez a chorona Ariana

tenha parado de chorar todo o tempo, mas se eles acham que acabarão

as lágrimas por aqui, eles ainda não viram nada.

Kira me direciona para a fogueira no centro da caverna e me senta

em um assento de pedra esculpida que é forrada com peles e

travesseiros.

— Por que você não bebe um pouco de chá quente? — Josie toca

meu joelho enquanto me sento, e seu rosto pequeno, redondo é

simpático.

— Você está bem, Lizzie?

Eu estou bem? Suponho que essa é a pergunta de um milhão de

dólares. Não tenho certeza se estou bem há muito tempo. Eu diria que

no último mês talvez não, desde que os Pequenos

Homens Verdes me sequestraram enquanto eu

dormia e me colocaram em um porão sujo

com um bando de estranhas. Mas talvez eu

não estivesse bem antes, porque estava

sozinha e infeliz por um pai que


sentia falta todos os dias desde a sua morte e um trabalho que me

sugava a alma.

Então sim. Eu não estou bem. Agora que encontrei alguém que

amo e me importo e quero ser feliz? Alguém com quem eu posso me

ver passando tempo? E ele está exilado e estou aqui sozinha com o

bebê dele na minha barriga? Eu não acho que estou bem, não.

Mas também tenho certeza de que a expressão esperançosa de

Josie vai desmoronar se eu disser o contrário, e não é justo para as

outras garotas jogar minha raiva em seus rostos. Elas não tomaram a

decisão. Então eu apenas acaricio sua mão.

— Chateada. Apenas chateada.

— Você é uma péssima mentirosa. — Megan diz em uma voz

suave. Dou-lhe um sorriso. Então eu sou.

— Você pode me ajudar com isso. — Kira diz, e coloca uma pele

macia em minhas mãos. — Eu estou fazendo um poncho com capuz.

Temos a khui mas ainda não é quente o suficiente

para nós se deixarmos as cavernas, por isso

estamos fazendo roupas de inverno para

todas as meninas humanas.


— Eu estou contente que é a estação fria agora. — Comenta

Harlow, e vejo que ela costura no colo, também.

Costura. Alguém me mate agora.

— Na verdade esta é a estação quente. — Indico enquanto pego a

costura e olho para ela com algo parecido com horror. Transformar

minha saia em calças era uma necessidade. Costurar por diversão é

só... urgh!

O silêncio cai na caverna.

Kira pisca e senta-se nas proximidades com sua própria costura,

a grande concha do tradutor em seu ouvido saindo dolorosamente.

— Eu pensei que eles disseram que esta era a estação amarga.

— Oh, sim. — digo, apunhalando minha agulha de osso através

do couro. — E é. Mas depois vem a temporada brutal. Eles são um

monte de Eeyores, este grupo.

— Você quer dizer que vai ficar mais frio? — Harlow não parece

feliz. — Eu não posso acreditar que isto é

considerado quente para eles.

— Você não viu a roupa de verão que

todos usam? Vektal empinando em volta

com um colete, pelo amor de Deus. —


Elas estão em silêncio, e vejo que todos estão digerindo essa

informação.

— Como é que você descobriu? — Pergunta Josie.

— Raahosh me disse. — Eu não posso deixar de torcer a faca um

pouco. — Nossa. Eu me pergunto que outras coisas eles não estão

dizendo para vocês? Achei que devíamos ser iguais, mas talvez o

objetivo seja nos manter descalças, grávidas e costurando.

Mais silêncio. Vejo que Josie largou a costura, chateada.

— Eu acho que preciso dar um passeio. — Megan diz, e levanta-

se e sai da caverna.

Semente da discórdia? Firmemente plantada. Eu mordo meu

sorriso e costuro alegremente. Se vou ser miserável, vou deixar todos

miseráveis comigo.

As outras se dispersam, o clima alegre se foi, e logo somos só eu

e Kira sentadas perto do fogo, costurando.

— O que você está fazendo? — pergunta Kira.

Eu seguro o poncho.

— Costurando como uma boa

mulherzinha.
— Não, sério, Liz. Você está tentando agitar a merda? — Seu olhar

azul-brilhante estranhamente me penetra.

— Então, e se for?

Ela coloca a costura no colo e sua boca se franze em uma linha

dura.

— Você já pensou sobre isso? Realmente e verdadeiramente

pensou sobre isso?

— Olha, tudo em que posso pensar agora é o meu homem, e o fato

de que um bando de idiotas não vai me deixar ficar com ele! Eles

queriam que eu tomasse um companheiro. E fiz. Eles queriam que ele

me derrubasse e, no momento em que o fez, ele foi exilado. Então você

vai me perdoar se eu não estiver me sentindo caridosa com o gelo

Na'vi agora mesmo no gelado Planeta Avatar. — Ela exala

ruidosamente.

— Parou para pensar que somos todas dependentes de sua boa

vontade? Eles sabem como sobreviver aqui. Nós

não. Eles podem caçar aqui e conhecem o

planeta. Nós não. Antes deles nos acolher, não

sabíamos como fazer fogo ou até nos

alimentarmos. Olhe ao seu redor, Liz.

Não há mercearia aqui. Não há Wal-


Mart para roupas quentes e não há aquecimento central. Então eu não

quero que você chateie essas pessoas, entendeu? Porque, se tivermos

que acabar de volta na neve por conta própria, coisas muito piores

poderiam acontecer para nós comparadas a uma pequena costura! —

Ela fica de pé e sai, jogando o cabelo castanho sedoso atrás dela.

Em uma rede de cavernas superlotadas, de alguma forma

consegui irritar todo mundo o suficiente para que eles me deixassem

em paz pela primeira vez em um dia e meio. Um nó estranho e

miserável se forma em minha garganta, e logo se transforma em

lágrimas. Eu fungo e limpo minhas bochechas, odiando que estou

chorando.

Eu acho que prefiro estar em liberdade com Raahosh do que aqui,

sozinha e sentindo falta dele.

E se passou somente um dia. Como devo continuar, como se meu

coração não estivesse quebrado?

Meu piolho está em silêncio. Essa coisa

concorda comigo. Isto não é maneira de viver.

Enfio minha agulha na pele novamente e

me sento na caverna das humanas sozinha.


Acabo dormindo na cama de Kira novamente naquela noite,

exceto que em vez de Raahosh me segurando perto, é Kira enrolada

em cobertores do meu outro lado. Acabo chorando baixinho pela

maior parte da noite, infeliz. Como Raahosh é capaz de suportar isso?

Ele está na neve fria, sozinho. Ele pode encontrar uma caverna e

cuidar de si mesmo, mas minha mente está cheia de sua vigília

solitária em ascensão, olhando para a caverna, esperando por um

vislumbre de mim.

Durmo terrivelmente naquela noite apesar de todo o conforto das

cavernas tribais. Minha mente está cheia de pesadelos e, quando

acordo, fico enjoada. Mal consigo sair da caverna de solteira antes de

me deparar com a entrada da caverna, procurando

algum lugar para vomitar. Há um sistema de

banheiro nas cavernas, mas a entrada é muito

mais próxima. Eu saio para a neve alguns

momentos antes de vomitar, e depois

vomito miseravelmente por alguns

minutos antes de me sentar e limpar a boca.


Kira está lá um momento depois e me oferece algo que parece um

pé longo e rosa.

— Coma isso.

— Que porra é isso? — agarro meu estômago dolorido.

Ela aponta para as árvores róseas e fininhas.

— Uma folha, eu acho. Eles fazem um chá também, mas Maylak

diz que é bom para o estômago quando está nauseado.

— Como você sabe?

Um sorriso irônico curva sua boca.

— Porque eu peguei de Georgie? Estou surpresa que você não a

tenha encontrado aqui.

— Ugh. Está me sacaneando? Eu pensei que o piolho deveria

cuidar dessa merda. — Eu empurro a folha frágil na minha boca e

mastigo. Tem gosto amargo e desagradável, mas, novamente, o

mesmo acontece com todas as coisas que acabaram de sair voando

pela minha garganta.

— Isso é por causa dos bebês. Eu não acho

que esteja brincando. — Kira segura um odre

para mim em seguida e lavo minha boca.

— A menos que você saiba algo que eu


não sei. — Balanço a cabeça e cuspo a água para fora, em seguida,

chuto um pouco de neve.

— Eu pensei que era muito cedo para enjoo matinal.

— Sim, mas também somos humanas, e é difícil dizer como as

coisas vão nos afetar entre espécies, lembra? Nós nem sabemos

quando os bebês vão nascer.

Eu faço uma careta e esfrego as folhas nos meus dentes.

— Não me lembre, ok?

— Se isso faz você se sentir melhor, Ariana e Marlene não

mostraram nenhum sintoma de enjôo matinal. — Ela oferece uma

mão para me ajudar.

— Você sabe, na verdade isso não me faz sentir melhor. Não só

elas conseguiram dormir nos tubos, mas também tiveram as

gravidezes fáceis? Eu odeio aquelas vadias. — deixo ela me ajudar a

levantar e tiro a neve molhada dos meus couros. Uma risada

horrorizada escapa dela.

— Shhh, Liz. — Ela ri, em seguida, olha em

volta para ver se alguém nos ouviu. — Você é

terrível.

— Então, é o que escuto dizerem.

— Voltamos para a entrada da


caverna e estou surpresa ao ver Aehako à espreita nas proximidades,

com os braços cruzados. Ele se afasta quando nos vê voltar e franzo a

testa.

— Cara, esse cara está em todo lugar ultimamente.

— Mmm. — Kira evita fazer contato visual comigo.

Um pensamento desconfiado cruza minha mente e olho para a

minha acompanhante.

— Ele está perseguindo você ou me seguindo?

Um canto de sua boca levanta em uma expressão triste.

Dou-lhe outro olhar curioso.

— E você só aconteceu de estar na mão? — Suas bochechas coram

e ela desvia o olhar. Um pequeno suspiro escapa. — Você sabe que

isso não importa certo?

— O que você quer dizer? — Ela começa a andar em direção à

caverna de Georgie e Vektal e a sigo, porque eu quero ouvir mais

sobre isso.

— Eu quero dizer que Maylak diz que não

há nada de errado com os nossos khuis. E

todas as mulheres eventualmente ressoam.

— Há é?
— Então... digamos que me apaixono por um cara e depois ressoo

por outra pessoa? — A expressão em seu rosto é triste. — Não há

sentido em envolver-se romanticamente com alguém se não vai a

lugar nenhum ou tenho que descartá-lo no momento em que meu

corpo decidir o contrário.

— Ah. — acho que não ocorreu a Kira foder um cara por diversão.

Talvez ela não seja esse tipo de garota. Na verdade, olhando para trás,

ela definitivamente não é esse tipo de garota é o que eu posso dizer.

Kira é tão séria. Talvez seja bom que Aehako esteja flertando com ela.

Ele está sempre sorrindo. Ela precisa disso em sua vida.

Alguém merece ser feliz nessa porcaria, pelo menos. Georgie me

lança um olhar irônico.

— Eles têm diferentes padrões de modéstia aqui. Ninguém se

importa se você está nu.

— Uh, eu me importo.

— Mesmo? Ouvi dizer que você ficou

brincalhona com Raahosh enquanto Haeden e

Aehako estavam a poucos metros de

distância.

— Bem, alguém tem uma boca

grande por aqui. — a provoco de


volta. Ela não está errada, no entanto. — Bem. Dê-me um pouco de

sabão. Eu vou banhar-me com você.

Ela pega alguns bolos de sabão e me entrega um. Cheira como

bagas e uma memória dispara através de mim. Raahosh usa essas

mesmas frutas para seus sabonetes. Eu agarro com força e me

pergunto se ele ainda está por perto esta manhã. Não o vi lá fora mais

cedo.

Georgie e eu nos despimos e entramos na piscina no centro da

caverna. Na água, sinto cheiro de enxofre e a água é quente. Gemo de

prazer. É como ter uma banheira de hidromassagem no meio da casa.

Ok, talvez essa caverna não seja tão ruim assim.

— Coisas boas, hein? — Georgie diz, molhando a cabeça. Ela olha

para Kira, que senta na borda da piscina, levanta a saia de couro e

desliza as pernas para dentro. — Você deveria dizer a ela para se

juntar a nós.

— Sim, Kira. — digo, me ensaboando com a

bola de sabão. — Está bem? Você não quer

entrar? — Suas bochechas estão quentes.

— Estou bem. — Ela balança as pernas

na água, mas não faz nenhum

movimento para entrar. Georgie me


dá um olhar conhecedor e levanta o queixo, indicando algo atrás de

mim. Eu olho para cima e com certeza, tem Aehako de novo, fingindo

parecer ocupado ao lado.

— Esse homem precisa de um hobby. — digo a elas.

— Vektal pediu-lhe para cuidar de você um pouco. — diz Georgie

em um sussurro.

— Eu percebi isso. — ensaboo meus braços e, em seguida, começo

no meu tronco. — Então, eu deveria dar-lhe um show? — pretendo

lavar meus seios de uma forma obscena sob a água.

— Pare com isso, Liz. — diz Kira, mas ela está corando.

— Você está certa. Se eu quero a atenção dele, devo lavar seus

seios. — provoco. Ela bufa e pula de pé, depois se afasta. Eu a vejo ir

e então olho para Aehako, que também está olhando para ela.

— Ela é um pouco sensível — diz Georgie, movendo-se para

sentar em uma das bordas submersas.

— Não somos todas nós. — Comento,

pensando no meu próprio homem. Sento-me

em outra das saliências e coloco meu sabonete

ao lado da piscina. — Isso com certeza é

uma caverna estranha.


— Certo? — Georgie diz, concordando. — Eu perguntei a Vektal

sobre isso, mas ele diz que seus ancestrais a esculpiram. Eu meio que

me pergunto se eles tinham algum equipamento em sua nave que não

temos agora. — Ela encolhe os ombros. — De qualquer forma, sou

grata por isso. Especialmente o banho.

— Um banho sem os comedores de cara é bom. — concordo. Isso

desencadeia outra rodada de memórias de Raahosh e nossa primeira

pegação no rio. Droga Sinto muita falta dele. É como uma dor no meu

peito que não vai embora. Piscando para conter as lágrimas, noto que

as mulheres raspando as peles por perto têm as cabeças juntas e estão

falando e rindo enquanto olham para mim.

— Eu pensei que você disse que elas não se importam se estarmos

nuas. — pergunto a Georgie.

— Eles não. — diz ela, e evita encontrar o meu olhar. Uma onda

de desconforto se desenrola no meu estômago.

— O quê?

Ela morde o lábio.

— Raahosh tem aparecido a cada poucas

horas com uma caça.

— Caça? — repito
Georgie acena e torce os cachos molhados.

— Mata para alimentar sua companheira. Ele diz que você gosta

mais das bestas de pena. Ele trouxe quatro até agora nas últimas horas

e eles têm que continuar perseguindo-o.

Calor sufoca meu corpo, mais do que até mesmo a piscina tipo

banheira quente pode dar. Ele ainda está tentando cuidar de mim.

Que amor total. Lágrimas picam meus olhos novamente.

— Eu o amo, Georgie.

— Eu sei, Liz. Nós apenas temos que dar tempo às coisas. — Ela

encolhe os ombros impotente. — Vektal não pode desabar sobre isso,

não com tantos outros homens olhando para as garotas. Ele também

se preocupa com eles. Seis meninas não ressoaram, e ele está

preocupado que se ele aliviar Raahosh, ele vai colocá-las em perigo.

Alguns desses homens nunca tiveram uma companheira. Eles estão

cheios de saudades de uma família. O que impede um deles de

sequestrar uma menina e mantê-la em cativeiro

por meses, ou alguns anos, para tentar forçá-la

a entrar em ressonância para ele?

— Isso funcionaria? — Estou chocada.

Ela encolhe os ombros novamente.


— Como sabemos que não vai? Somos todos jovens e saudáveis,

então é lógico que, se elas ainda não ressoaram, em breve podem. —

A situação é muito mais complicada do que pensava. Eu sinto um

pouco de pena de Vektal, que está claramente tentando olhar para

todos os ângulos da situação... e então fico chateada por sentir muito

pelo cara que está mantendo a mim e meu companheiro separados.

— É diferente. — indico para Georgie. — Raahosh estava

ressoando para mim quando ele me roubou. Não é o mesmo.

Ela dá um meio aceno de cabeça.

— Foi o que eu tentei argumentar para mantê-lo aqui. Vektal está

super arrasado, você sabe. Raahosh é um dos seus amigos mais

próximos. Exilá-lo foi duro para Vektal. Mesmo agora ele está lá fora

tentando falar com ele, para fazê-lo entender. — Ela faz uma careta.

— Seu companheiro... não entende isso.

— Tudo o que ele vê é que vocês estão o separando de mim. —

Certamente, eles não podem esperar que ele seja

feliz com isso.

Georgie acena com a cabeça.

— É difícil para mim porque quero

ficar do seu lado... mas Vektal é meu

companheiro. Eu tenho que confiar


nele para saber como governar sua tribo ou então estou sabotando-o

também.

Suspiro.

— Deus, isso tudo é tão complicado.

— Eu sei. Estou tentando suavizar as coisas onde posso, você

sabe. — Suas mãos fazem pequenos círculos na água.

— Oh? — não sei se gosto do som disso.

Georgie hesita e depois solta um longo suspiro.

— Não fique brava, ok? Só sei que já aliviei a situação.

Olho para ela, meu corpo inteiro tenso.

— Bem, agora é melhor você derramar o feijão ou eu realmente

vou ficar brava.

Ela faz uma careta triste e torce o cabelo encaracolado de novo.

— Então ... Vektal quer acalmar as coisas o mais rápido possível

para que todos possam voltar para suas vidas normais. E há alguns

machos que são viúvos com crianças crescidas...

— Não. — rosno imediatamente. Eu sei

onde isso está indo e absolutamente não. —

Não, não e não!

— Ele pensou que eles estariam

dispostos a assumir uma


companheira e uma criança. — Diz ela rapidamente. — Mas eu disse

a ele que os humanos não agem assim e seria muito, muito ruim.

— Eu não posso acreditar. — explodo para ela. — Você está

falando sério? Raahosh foi exilado por um dia e ele está tentando me

casar com outra pessoa!

Georgie acena com a mão, tentando me fazer baixar a voz.

— Ele não está pensando como um homem com uma

companheira faria. — explica ela. — Mas como o chefe de seu povo.

Eu perguntei como ele se sentiria se a mesma coisa acontecesse

comigo e ele desconsiderou as coisas rapidamente.

Envolvo meus braços em volta da água e tento segurar meu

tremor. Isto é ridículo. Eu tenho que encontrar uma maneira de

consertar isso e em breve.

As cavernas tribais são pura tortura.

Por um lado, estou cercada por casais

felizes, muitos dos quais são recém-

formados e adoram um ao outro. É

difícil ver Vektal acariciar o braço de


Georgie enquanto ela trabalha na rede. É difícil ver Ariana toda

risonha sobre seu companheiro. É até difícil ver Maylak entregando

seu filho pequeno ao marido, porque estou com muita inveja.

As noites são ainda piores, claro. As cavernas são em sua maioria

quietas, mas não são super grandes, então geralmente você pode

ouvir alguém, ou várias pessoas, fazendo sexo. Ocasionalmente, uma

das garotas na caverna de solteira vai rir quando ouvimos a voz de

Georgie subindo em um gemido suave que ela não é boa em abafar.

Mas isso me deixa com ciúmes e triste. Algumas das garotas solteiras

escapam da caverna à noite. Eu não as culpo.

De fato, vê-las se esgueirando me dá idéias.

Eu espero até que as coisas estejam super quietas e seja tarde da

noite. Então, eu deslizo para fora da minha própria paleta de peles (já

que eles “pensativamente” me deram uma permanente agora) e ando

na ponta dos pés na direção da sala principal da caverna.

E, claro, aquele idiota Aehako está dormindo

na boca da caverna de solteira. Ele me dá um

olhar sonolento e se senta enquanto passo na

ponta dos pés.

— Aonde você vai?

— Fazer xixi. — digo.


— Há um espaço para essas coisas. — Ele comenta, ficando de pé.

— Agora, onde você está indo? — pergunto enquanto tento

passar por ele.

— Eu estou seguindo você, é claro.

— Ha! Você não pode?

Ele suspira e olha em volta, depois me puxa para a caverna

principal. Eu o sigo, curiosa, e entramos em uma alcova tranquila.

Então, ele se abaixa para sussurrar.

— Você está tentando escapar?

— Fuga implica que eu estou sendo mantida em cativeiro, não é?

— cruzo meus braços sobre o peito. — Diga você. Estou tentando

fugir?

— Você é muito teimosa, não é? — Ele cruza os braços sobre o

peito imitando minha postura.

— Amigo, você não tem ideia.

Ele parece confuso.

— Se eu tivesse ideia, não estaria

perguntando.

Aceno uma mão.

— Isso se chama sarcasmo.

Pergunte a Kira sobre isso. Olha, só


quero ver Raahosh, ok? Eu sinto falta dele. — Minha voz se quebra

um pouco. — Eu quero saber se ele está bem. — Na verdade, sei que

ele não está bem, mas quero vê-lo de qualquer maneira. Espero que

Aehako bata o pé e exija que eu volte para o meu beliche, mas ele olha

ao redor da caverna. E se inclina novamente.

— Se eu deixar você sair e falar com ele, devo pedir que você faça

uma coisa.

— O que é? — tento não deixar minha ansiedade se mostrar. Pela

primeira vez, ele não está rindo ou sorrindo. Seu rosto é desenhado

com tensão.

— Você deve dizer-lhe que ele precisa sair daqui. Ele não pode

ficar. — Quando eu fico boquiaberta, ele continua. — Isso está o

matando. Ele está caçando sem parar e sem dormir. Ele sente que seu

único propósito é prover você, então está se destruindo para fazê-lo.

Ele não tem senso de valor no momento. Você deve convencê-lo a sair

e começar uma nova vida.

Meu coração dói. O que deve Raahosh

estar passando? Eu me sinto culpada por estar

aqui, com companhia, tomando banho na

piscina enquanto ele está lá fora,


miserável e sozinho. Eu me forço a acenar.

— Claro.

Estou cheia de mentiras. Não tenho intenção de dizer a ele para ir

embora. Mas se isso for necessário para Aehako ser convencido, direi

o que precisar.

Ele me estuda por um longo momento e depois concorda.

— Venha então.

Eu tenho que morder minha excitação. Meu piolho

imediatamente começa a latejar no meu peito ao pensar em Raahosh,

e eu pressiono a mão sobre o meu peito para acalmá-lo.

Arranco a flecha da minha caça, a raiva é a única coisa que me dar

forças para continuar. Raiva e a necessidade de prover minha

companheira.

Eles podem mantê-la longe de mim, mas

não podem me impedir de cumprir meu dever

com ela.

Guardo a flecha e pego minha caça.

É uma fera gorda e deve dar uma boa


refeição para Liz. Imagino seus lábios macios e rosados se curvando

em um sorriso relutante enquanto ela se alimenta, mas sei que ela não

está feliz com isso, pois ela é tão forte e capaz quanto um caçador

como eu.

Esfrego meu peito, onde dói com o pensamento de seu rosto

adorável. Meu khui está em silêncio. Sente a perda dela tão

intensamente quanto eu.

É tarde, as luas no alto do céu derramam sua luz sobre a neve.

Meus ossos doem de exaustão e não me lembro da última vez que

comi, mas isso não importa. Alimentar Liz é a única coisa que me faz

continuar. Tenho lembranças fracas do desespero de meu pai pela

morte de minha mãe, sua angústia e incapacidade de deixar a cama

por longos períodos de tempo para cuidar de mim ou do irmãozinho

doentio que estava destinado a morrer sem o devido cuidado.

Naquele momento não entendia o sofrimento dele. Mas agora

faço. Eu estou vivendo tudo de novo.

Flocos de neve batem nos meus olhos e o

frio da noite aumenta. Eu imediatamente fico

tenso. O frio não me incomoda, mas me

preocupo com a minha Liz. Os

humanos são tão frágeis. E se ela não


estiver sendo aquecida pelos outros? E se eles não cuidarem dela

como eu? Pânico toma contado meu peito e imediatamente pego

minha mais recente caçada e vou em direção à caverna tribal. Vou

depositar a última refeição de Liz e depois caçar a criatura com o pêlo

mais quente que puder encontrar. Talvez um dvisti desgrenhado. As

fêmeas que estão prestes a ter filhotes têm casacos grossos e lanosos

que seriam um bom manto para minha companheira.

Duas figuras aparecem na neve. Não vejo nada além de olhos

brilhantes, e minha mão aperta meu arco. Um par de olhos é da minha

altura, mas o outro é muito menor e mal chegaria ao meu peitoral. As

únicas coisas desse tamanho são...

Humanos, percebo.

Liz!

Deixo cair a minha caça e sigo em frente, meu khui imediatamente

começa a cantar. Antes que eu possa ver o rosto dela, posso ouvir seu

khui, ressoando o meu. Isso acelera meus passos.

— Raahosh? — Sua voz amada chama

suavemente, e um momento depois, seu

pequeno corpo está em meus braços. Eu a

esmago no meu peito, minha mão


segurando sua cabeça enquanto dou beijos em sua testa.

Minha Liz. Meu amor. Meu tudo. Seus braços vão ao meu redor e

ela estremece.

— Oh, Deus, Raahosh. Sua pele esta gelada, bebê. O que você está

fazendo aqui a essa hora da noite? Você deveria estar perto de uma

fogueira...

— Shh! — Digo. Nada mais importa, ela está aqui e em meus

braços. De lado, vejo que Aehako está com ela e meu ciúme surge por

um momento. Ele fica com a minha companheira apesar dela

pertencer a mim. Não gosto disso, mas ela está segura, pelo menos.

Suas pequenas mãos roçam meu peito e depois meu estômago e

ela se engasga.

— Eu posso sentir suas costelas, Raahosh. Você está comendo?

Será que estou? Não lembro. Meus pensamentos estavam

sombrios e não inteiramente em mim desde que a tiraram de mim. Eu

dou de ombros.

— Não importa. Você está bem? E o nosso

kit? — Eu a toco em todos os lugares,

acariciando minhas mãos pelos braços e

depois através de sua barriga.


— O bebê está bem, eu tenho manhãs horríveis, e vou estar

grávida por três longos anos. — diz ela. — Você pode acreditar nisso?

— Sim?

Ela dá um tapinha no meu braço.

— Isso sou eu sendo sarcástica, bebê. — Suas mãos deslizam sob

a minha túnica e sinto seus dedos contra a minha pele. Ela está com

frio, mas seu khui está tocando uma música como a minha e meu pau

reage. Eu o ignoro, porque Aehako ainda está por perto, encostado

em uma pedra e fingindo não nos ouvir.

Seguro uma das mãos dela na minha e entrelaço nossos dedos,

depois os beijo. Não me importa que ela tenha quatro dedos em vez

de três. Ela poderia ter oito em cada mão e seria a mais bela de todas

as criaturas.

— Por que você está aqui tão tarde da noite? Por que Aehako está

com você?

— Ele está me protegendo. — diz Liz, e vira o

rosto para um beijo.

Eu me inclino para escovar minha boca

sobre a dela, incapaz de resistir. Então suas

palavras afundam e meu corpo fica

gelado de medo.
— Guardando você? Você está em perigo lá? O que...

— Guardando-me porque eles acham que eu vou fugir e me

juntar a você.

— Idiotas.

— Certamente. — diz ela. — Eu faria isso num piscar de olhos. Eu

quero estar com você. Quero que nossa família esteja junta. — Suas

palavras provocam uma dor no meu corpo. Toco sua bochecha pálida

e macia com infinita ternura.

— Você deve permanecer com os outros, Liz. Eu sei como é

quando alguém é exilado. É perigoso ficar sozinho.

— Eu não ficaria sozinha. Estaria com você. Podemos caçar juntos

e ter as costas um do outro. — Eu aliso meu polegar sobre o lábio dela.

— E quando o nosso kit chegar? O que será então?

— Nós vamos descobrir alguma coisa! — Seus dedos se apertam

contra os meus. — Eu não vou deixar eles te abandonarem como seu

pai fez. Você é meu companheiro e vamos ficar

juntos. — sacudo minha cabeça.

— Vektal decidiu.

Ela vira o rosto para o meu e o sorriso

que curva seus lábios é um que


reconheço. Liz tem um plano e não está nem ai se você gosta ou não.

— Então eu vou ter que fazê-lo mudar de ideia, sim? — Ela

balança as sobrancelhas para mim. — Não vou descansar até você

estar de volta ao meu lado, onde você pertence.

— Não se coloque em perigo.

— Eu não vou. — Ela me tranquiliza. — Eu tenho um cartão livre

da cadeia, lembra? — E dá um tapinha no estômago.

Nenhuma dessas palavras faz sentido para mim.

— Cartão livre?

— Apenas confie em mim, bebê. — Ela levanta nossos dedos

entrelaçados aos lábios e beija meus dedos como se eu tivesse beijado

os dela. — Mas me dê alguns dias, tudo bem? Você tem que cuidar de

si mesmo por mim. Tem que dormir e comer. Eu quero meu

companheiro vivo.

Eu aceno devagar, porque não estou pensando corretamente.

Meu único pensamento era cuidar de Liz pelo

maior tempo possível, até que minha energia

fosse gasta. Mas se ela quer que eu tenha mais

cuidado comigo, vou fazer isso. Deslizo

meus dedos nos dela e escovo-os sobre


sua bochecha novamente, onde sinto as lágrimas congelando em seu

rosto.

— Eu farei qualquer coisa que você pedir, minha companheira.

— Tudo o que quero é que você confie em mim e cuide de si

mesmo. — diz ela. — Eu vou lidar com o resto. — E quando ela vira

o rosto para outro beijo, não posso resistir.

Demora dois dias para o primeiro presente aparecer na minha

porta.

É um presente de um dos viúvos. No começo, isso me enfurece,

mas depois decido que pode ser uma ferramenta.

Eu ofereço a pequena bolsa de chás de ervas para uma mulher

idosa chamada Sevvah na piscina naquela manhã. Ela é uma boa

mulher e a "mãe" não oficial das cavernas. Ela é mãe

de Aehako e carinhosa com ele e seus outros

filhos, Rokan e um menino chamado Sessah.

Ela sempre cuida das garotas grávidas

apesar da barreira da língua,

provavelmente porque deseja que


um de seus filhos tenha ressoado. Infelizmente, tem três filhos e os

três ainda estão em casa com ela. Mas eu gosto dela.

Georgie franze a testa enquanto ofereço os chás para Sevvah. A

mulher mais velha diz alguma coisa, sorrindo, e não há muito que

mostre que Sevvah é mais velha do que o resto de nós, exceto por

algumas linhas nos cantos de seus olhos brilhantes, e uma faixa

branca pálida em sua longa trança.

— Ela diz que não pode, Liz. Que é um presente de cortejo de

Vaza.

— Mas eu tenho um companheiro. — digo docemente, e ofereço

a Sevvah novamente, com ênfase. Eu o forço em suas mãos e depois

me afasto antes que ela possa recusar.

Georgie se levanta e me segue, com uma carranca no rosto. Ela

está irritada porque, bem, estou sendo uma idiota e causando

problemas. Eu questiono tudo, por que os humanos que acasalam têm

as menores cavernas (o que coloca Ariana em

outra crise de choro). Por que os alienígenas

estão mentindo sobre as estações do ano, e

qualquer outra coisa em que eu possa

pensar. Tenho a francesa Marlene

convencida de que ela está tendo


uma ninhada, já que seu companheiro, Zennek, tem quase a mesma

idade de seus dois irmãos e eles estão mentindo para ela sobre não ser

trigêmeos. Ah, e Tiffany acabou brincando com um cara, mas isso foi

mal quando ela ficou surpresa com a existência de seu "estímulo", o

que me levou, de olhos arregalados declarando que eles estavam

escondendo todos os tipos de informação dos humanos. Junte isso

comigo não sendo super agradável e agora toda vez que Vektal me

vê, seus olhos se estreitam e Georgie parece usar um olhar

constantemente exasperado em seu rosto.

Ok, então eu poderia ter levado as coisas um pouco longe demais

quando ninguém me deu material para novas flechas e passei o dia

declarando que "o homem" estava me mantendo para baixo.

Mas, na verdade, tudo faz parte do meu plano. Eu vou ser tão

idiota até conseguir o que quero, e o que quero é Raahosh de volta.

Ele ainda está por aí do lado de fora, e há uma nova fera para meu

café da manhã todas as manhãs. No geral, porém,

a caça diminuiu e espero que ele esteja

aceitando meu conselho e cuidando de si

mesmo.

— O que você está fazendo, Liz? —

Georgie pergunta, ainda me


seguindo enquanto atravesso as cavernas e volto para a caverna de

solteira.

— Quem, eu? — Minha voz é doce. A verdade é que ela tem o

direito de suspeitar. Estou sempre fazendo algo.

— Sim, você. Você vai dar a Vektal um aneurisma, se essa sua

atitude continuar.

— Então nós duas ficaremos sem nossos companheiros. — digo

enquanto olho por cima do meu ombro.

— Muito engraçado. — Ela diz, sua expressão séria me dizendo

que ela não acha graça nenhuma. — Você acabou de entregar um

presente de namoro e feriu os sentimentos de Vaza. Agora Sevvah se

sente desconfortável porque sente que está interferindo.

— Então você guarda. — digo para Georgie. — Deus sabe que não

quero isso. Eu tenho um companheiro, lembra? Ninguém parece estar

se lembrando dessa parte.

— Sim, mas ele está exilado. — diz Georgie,

avançando e agarrando meu braço. — Esse é o

seu objetivo também? Ser tão idiota que você

se exilará também?

— Oh, vamos lá. — digo com um

revirar dos meus olhos. — Haeden é


um idiota e ele não foi exilado. Nós duas sabemos que a única maneira

de você ser exilado é fazer um truque como Raahosh fez...

E então meu plano floresce em meu cérebro.

Eu olho para Georgie, com os olhos arregalados enquanto ela

continua a falar, me ensinando sobre como precisamos aprender as

regras do povo sa-khui e como ser bons companheiros de tribo e blá-

blá. Eu não estou ouvindo, porque minha mente está acelerada.

Claro. Por que eu não vi isso antes?

Abracei Georgie e interrompi seu discurso no meio.

— Você é a melhor, sabe disso? — Ela pisca para mim, surpresa.

— Eu sou? — Seus olhos se estreitam e por um momento ela

parece tão desconfiada de mim quanto Vektal. — Você não vai dizer

a Stacy que eles estão alimentando seus ratos novamente, vai?

— Moi? — coloco a mão no meu peito em simulada surpresa. —

E eu não disse a ela que eles eram ratos. Só que eles eram como ratos

e estavam fazendo isso para ver o que os humanos

comeriam.

— Uh, hum. — diz Georgie. — Você

percebe que ela faz outras pessoas darem

uma mordida em tudo primeiro

agora?
Ok, então não foi um dos meus melhores momentos. Mas em uma

campanha de sabotagem, uma garota tem que fazer algumas coisas

desesperadas se ela quiser ter seu companheiro de volta. E conseguir

Raahosh de volta é meu único objetivo.

Demoro algumas horas para encontrar o momento certo para

implementar o meu plano. Estou inquieta e perambulando pelas

cavernas, incomodando todo mundo com quem me encontro até que

Kira tenha pena de mim. Ela me entrega uma cesta tecida.

— Aqui. Você pode vir comigo pegar mais bagas de sabão.

Estamos ficando sem estoque com todas as novas pessoas nas

cavernas.

— Você tem certeza que posso sair? — dou uma olhada para

Aehako, meu guarda sempre presente. Ele está a

poucos metros de distância, cortando algo com

a faca. Parece um pouco com a figura de uma

garota, mas um dos lados da cabeça dela

tem uma mancha que pode ser muito

óbvia, Kira. Interessante. O homem


não esconde seu interesse por ela, mas Kira parece mantê-lo distante.

Não é meu problema no momento.

Ela flui e se move para o lado de Aehako.

— Estou levando Liz para buscar bagas de sabonete. Estaremos à

vista da caverna em todos os momentos. Nós não vamos longe.

Ele embainha sua faca, fica de pé e se estica languidamente,

depois esfrega seu estômago.

— Eu vou com você. — percebo o olhar de Kira seguindo sua mão.

Meu olhar segue sua faca.

Ela faz um som frustrado, mas Aehako não será dissuadido. Nós,

seres humanos, nos empacotamos em capas e botas pesadas e depois

saímos com cestas na mão. Aehako segue atrás de nós alguns passos

discretos, mas sempre presente. O dia é brilhante, com os sóis gêmeos

no alto do céu. Eles espiam atrás da sempre presente cobertura de

nuvens cinzentas e quase me dão cegueira pela neve tão branca ao

nosso redor. Colinas brancas de neve, penhascos

brancos, planícies interminavelmente brancas,

branco, branco e mais branco.

Eu não vejo Raahosh. É o melhor se

estou implementando meu plano, mas


quero de ter um vislumbre de seu corpo alto e magro e rosto marcado.

Eu não me sinto inteira sem ele.

Pensar no meu exilado companheiro me dá coragem para

implementar meu plano. Pode sair pela culatra, mas estou com

poucas opções e isso é a melhor coisa que posso fazer para provar o

quanto estou falando sério sobre tê-lo de volta. Então, quando

subimos a encosta, finjo tropeçar na neve e ter dificuldade para me

levantar. Eu arremesso minha cesta para o lado e assisto com

satisfação enquanto ela desce um banco de neve nas proximidades.

Kira se vira e olha para mim com preocupação.

— Você está bem?

— Bem. Apenas torci meu tornozelo um pouco. — Quando ela se

move em minha direção para me ajudar, aponto para o lado. — Eu

estou bem. Você pode pegar minha cesta?

Ela balança a cabeça e corre para pegá-la, e eu fico abaixada,

fingindo esfregar meu tornozelo. Com o canto do

olho, vejo Aehako correndo para a frente (nada

mal com toda essa neve) e se inclina ao meu

lado.

— Ajude-me? — digo, oferecendo-

lhe a minha mão esquerda.


Quando ele pega, eu imediatamente pego a faca embainhada em

sua cintura com a mão direita.

Ele tenta alcançá-la, mas não é rápido o suficiente. Eu tenho a faca

e depois aponto para a virilha dele.

— Não se mova. — digo.

As sobrancelhas do alienígena sobem e ele parece mais divertido

do que com medo.

— O que você vai fazer com isso?

— Eu estou tomando você como refém. — digo e fico de pé. Eu

me movo de costas e pressiono a ponta da lâmina onde um rim se

localiza em um humano. Nenhuma pista onde está em um sa-khui,

mas a intenção permanece a mesma.

— Refém. — Ele repete.

— Sim. Se isso é o que é preciso para conseguir alguém exilado

deste grupo, você é meu refém. Mãos no ar, amigo.

Aehako ri, mas faz o que eu digo, e quando

Kira sobe a encosta, ela tem as cestas e uma

carranca feroz no rosto.

— O que você está fazendo, Liz?

— Situação de reféns. — digo

alegremente. — Eu preciso que você


volte para as cavernas e diga a todos as minhas condições para libertá-

lo.

— E se um homem quiser cortejar uma mulher humana? —

Aehako pergunta, traçando formas obscenas na neve com sua cauda.

Ele está deitado de lado, entediado.

— Beije-a. — Estou sentada de pernas cruzadas ao lado dele e nós

dois estamos examinando o horizonte. Depois que Kira saiu, Aehako

pegou sua faca de volta, mas concordou em ficar "cativo" por minha

causa. Então nos sentamos e começamos a conversar.

E como qualquer cara, Aehako queria saber sobre humanos. E foi

assim que entramos no assunto de namoro e sexo.

— Ela não quer beijos. — Não? Kira é louca.

— Então você dá a ela presentes.

Ele considera isso.

— Que tipo de presentes? Algo que eu

faço com minhas mãos?


Desde que eu ainda estou no modo de agitação, penso na coisa

que pode embaraçar Kira ainda mais.

— Homens humanos dão a mulher que eles querem acasalar um

presente muito especial.

— Oh? — Ele se senta mais reto.

Eu aceno com autoridade.

— Uma réplica de seu pênis feito de couro, madeira ou osso.

Então ela pode experimentá-lo e ver se ela gosta do que ele traz para

a mesa. — De nada, Kira.

Em vez de parecer chocado, Aehako pondera isso.

— Eu tenho um bom pênis.

— Tenho certeza. — e tenho certeza de que não quero ver

também.

— E um grande estímulo. Muito grande. Incluo isso também? —

Ele olha para mim. — Na minha réplica?

— Hmm. Esta é uma boa pergunta. Os

humanos não têm esporas. —Isso choca ele.

— Sem estímulo? Por que não?

— Cara, como vou saber? Eu não fiz

"anatomia comparativa" na faculdade,


e tenho certeza que não podemos comparar o estímulo a qualquer

outra coisa. Que finalidade serve?

Ele pensa por um minuto e depois encolhe os ombros.

— Qual é o objetivo das bolas? — Ele é de verdade?

— Eles criam sêmen.

Aehako parece surpreso.

— Verdadeiramente? Mas como ... — Ele faz uma pausa e depois

aponta para o horizonte. — Eles estão vindo.

— Finalmente. — Eu digo, ficando de pé. Estou contente que

estamos saindo de todo o tópico "Educação sexual" porque eu só

conheço a anatomia humana. Kira pode terminar essa conversa com

ele. — Eu provavelmente deveria pegar a faca de volta se nós vamos

fazer essa de cativo direito.

Ele a entrega para mim.

— Tente não me cortar. — Ele faz uma pausa. — A menos que

você pense que Kira vai gostar de brincar de babá.

— Eu sinceramente duvido disso. — digo,

me movendo atrás dele e colocando a faca no

lugar enquanto os outros seguem até o

topo. É um grupo bastante grande, e


eu vejo Kira, junto com Vektal, Georgie e alguns outros alienígenas

masculinos.

E Vektal tem um olhar furioso no rosto. Eu mantenho meu queixo

erguido e olho nos olhos dele. Não deixarei ninguém mandar em

mim. É a minha vida e Raahosh é meu companheiro. Eles não podem

mais mantê-lo longe de mim e vice-versa.

— Você é o rabo no meu rabo, Liz. — diz Vektal quando ele se

aproxima. — Seu objetivo é me irritar tanto que eu te expulse? Porque

isso não vai acontecer. Você é uma mulher e portadora de uma

criança.

— Estou sequestrando alguém. — digo, e gesticulo com a faca nas

costas de Aehako. — Essa é a punição por sequestro, certo? Exílio?

Então me exile.

O chefe dos alienígenas estreita os olhos para mim. Ele cruza os

braços.

— Sua situação é diferente.

— Oh, estamos jogando a situação na

mistura? E se eu estivesse em ressonância com

Aehako e eu o sequestrasse? Você ainda

me deixaria ficar nas cavernas porque

eu tenho uma vagina?


Ele franze a testa e olha para Georgie.

— Va-shy ...?

Ela aperta a ponte do nariz.

— Partes de garotas. Ela está se referindo às suas partes de garota.

Liz, diabos, qual é o seu problema?

— Eu quero o meu companheiro de volta! — grito. — Esse é o

meu maldito problema! Se ele não puder voltar para as cavernas,

deixe-me ficar com ele!

— Você deixaria o conforto da tribo para trás? — Vektal pergunta,

e ele não está mais chateado. Parece apenas cansado. Como se eu

estivesse causando sua exaustão. Boa.

— Não é minha tribo. — Por algum motivo, de repente me sinto

tão cansada quanto Vektal parece. Cansada e triste. — Vocês

esquecem que há seis semanas eu tinha uma vida completamente

diferente. Então sou capturada por alienígenas e ninguém me

pergunta nada. Eles não dizem "Hey Liz, como

você se sente sendo vendida como carne? Ou

uma escrava? Você acha legal isso?” —

Georgie revira os olhos, mas eu continuo.

— Então nós pousamos aqui e de

novo, eu sou capturada por


alienígenas. E mais uma vez, sou informada de qual será o meu

destino, exceto que desta vez é a de esposa e procriadora de bebês.

Ninguém pergunta se Liz quer filhos. Ninguém pergunta se Georgie

quer. Ninguém nos pergunta nada. — Minha voz treme um pouco.

Eu odeio que ainda estou emocional sobre toda essa merda. — Mas

nós concordamos com isso. E eu conheço Raahosh, e no começo eu

não suportava o cara, certo? Mas então, com o passar do tempo,

percebo que ele está apenas tentando cuidar de mim da melhor

maneira que sabe. E quando paro de ficar tão irritada com ele, percebo

que gosto dele. Ele é inteligente, carinhoso e determinado. E então eu

me apaixono por ele. E então, boom, você o leva para longe de mim

novamente. — engulo em seco ao redor do nó na minha garganta. —

Ele é casa para mim agora. Então, sim, eu deixaria tudo para trás por

ele. Ele é meu e eu sou dele. Você faria isso por Georgie. Estou fazendo

isso por ele.

Vektal suspira novamente, mas há uma

sugestão de um sorriso e um brilho de lágrimas

nos olhos de Georgie. Ela entende, mesmo

que seu companheiro não. Ele olha para

ela e sua expressão suaviza. Ele puxa


sua companheira contra si e a coloca debaixo do braço, talvez

imaginando-se no lugar de Raahosh.

— Deve haver regras. — diz Vektal novamente. — Deve haver

punição.

— Faça-o morar com Liz. — brinca Aehako. — Isso é punição

suficiente para qualquer um. — Eu nem sequer protesto por isso.

Vektal esfrega o queixo.

— Vou pensar no que você diz, Liz. E eu discutirei Raahosh com

os anciãos. Em última análise, é minha decisão, mas... vou pensar

sobre isso.

— Eu tenho coisas a dizer também. — murmura Georgie, e coloca

a mão no braço.

Sua expressão suaviza quando ele olha para sua companheira e

acena com a cabeça.

— Nós vamos conversar também. — Ele se vira para o homem em

pé na minha frente. — Aehako, pegue os caçadores

e encontre Raahosh e traga-o de volta. Nós

falaremos. — Aehako levanta o queixo e

acena em minha direção.

— Estou sendo mantido em

cativeiro.
— Opa! Desculpe. — Eu entrego-lhe a faca de volta. — Você é

livre para ir e outras coisas.

Ele me agarra e me puxa contra ele e bagunça meu cabelo como

um irmão mais velho.

— Esta foi uma boa ideia. — ele murmura no meu ouvido antes

de me libertar.

Então, Georgie se aproxima e pega meu braço.

— Vamos. Nós não estamos tirando os olhos de você por mais um

minuto. — Ela espia através de mim para seu companheiro. — E

esconda suas facas, Vektal.

Estou esperando impacientemente nas cavernas pelo que

parecem horas. Dias, até. Desde que eu provei que não ser confiável,

dois homens estão postados na entrada das

cavernas de solteira, ambos machos acasalados

que não se deixam influenciar por nenhum

dos encantos humanos, suponho. Tiffany

conseguiu fazer um par de agulhas de

tricô com ossos, então eu pego os


extras e faço flechas. Mesmo que eu não tenha permissão para caçar

(o que é besteira), posso pelo menos fazer o que sou boa, e isso é fazer

armas.

É isso ou ficar agitada esperando.

Eu não posso usar facas, é claro, então não posso fazer muito mais

do que selecionar boas flechas e depois esfregar a cabeça contra uma

pedra áspera, afiando-a como um lápis.

Vektal esteve em sua caverna o dia todo e me disseram que

algumas pessoas entraram e saíram. Georgie também se foi.

Então tem Aehako e seu grupo. Não que eu esteja preocupada ou

algo assim. Mas... e se eles não puderem encontrar Raahosh? E se ele

está tão cansado e com fome ao ponto de ser descuidado e ter se

machucado? Minha mente está cheia de preocupação. Eu não sei o

que vou fazer se eu perdê-lo.

Há uma comoção na frente das cavernas e ouço o som de vozes

se elevando. Eu imediatamente solto minhas

flechas e corro para frente da caverna de

solteira, na esperança de ver uma cabeça

familiar com um chifre e um tronco

quebrado, onde o outro costumava

estar.
— Raahosh?

— Fique para trás. — diz um dos alienígenas que guardam a

caverna. Seu nome é Dagesh. O companheiro de Nora, eu acho, e ele

me observa como se eu fosse uma cobra. Acho que ele se preocupa

que minha falta de submissão vá contagiar as outras mulheres.

Ou isso, ou ele ouviu que eu era malvada com Stacy e está

preocupado que vou atacar sua companheira em seguida. Ah, bem.

Às vezes você tem que quebrar alguns ovos e tudo isso.

Mas então uma grande figura aparece na porta e empurra os

homens para o lado, e não posso evitar o guincho de alegria que me

escapa quando Raahosh me pega em seus braços.

— Você está aqui. — choro, e envolvo meus braços e pernas ao

redor dele como um macaco. Ele me agarra e me segura apertado

contra si, e então nós estamos nos beijando descontroladamente,

meus quadris se acomodando contra os dele enquanto me agarro a

ele. Meu piolho cantarola uma canção feliz e eu

posso sentir o seu em seu peito... e eu também

posso sentir o pau que ele está ostentando em

sua tanga.

Porra, senti falta desse homem.


— Você é louca, minha companheira. — Raahosh diz em voz

baixa, mesmo quando ele pressiona sua boca na minha outra vez,

incapaz de parar de me beijar.

— Ei, deu resultado, não é? Você está aqui. — E agora que meus

braços estão ao redor dele, e nunca vou largá-lo de novo.

Ele me segura perto e nossos peitos ressoam em uma música

misturada. Pensar que lutei com isso apenas algumas semanas atrás.

Eu me sinto completa com ele. Poderia não saber que bom gosto meu

piolho têm, mas agradeço por isso.

— Venha. — diz Dagesh e olha para a caverna principal. — Vektal

vai falar com você sobre suas punições.

Oh,Céus. Eu ouço o plural nessa declaração e isso me preocupa.

Mas aceno... e continuo me agarrando a Raahosh. Eles vão ter que me

afastar dele se pretendem nos separar novamente.

Meu companheiro apenas ri e suas mãos vão para minha bunda,

levando-me para a caverna principal com ele.

Algumas ondas de riso soam com nossa

entrada. Eu não me importo. Deixe-os rir.

Pressiono minha bochecha no peito quente

de Raahosh, ouvindo seu piolho

ressoar ao meu. Por favor, seja justo,


digo silenciosamente para Vektal. Por favor, deixe Georgie lhe dar a

maior cócega de próstata do mundo e te convencer de que Raahosh e

eu precisamos estar juntos.

Há uma multidão na caverna principal e o ar parece estar cheio

de enxofre e umidade. Passamos por algumas pessoas e Raahosh

relutantemente me coloca para baixo. Eu prendo minha respiração, a

tensão vibrando através de mim. Estou com medo do que vai

acontecer. Se chegarmos a um "não" neste momento, acho que nunca

conseguiremos convencer Vektal de que deveríamos estar juntos.

As pessoas estão em toda parte na caverna principal, algumas

descansando na piscina, mas mais agrupadas em entradas das

cavernas e sentadas ao lado. Lá, sentado nos degraus que eu

considero como seu "ponto de encontro principal", está Vektal. Ele

está sentado entre as pernas de Georgie, os braços grandes apoiados

nos joelhos dela. Sua pose é casual, embora o olhar em seu rosto seja

solene. O rosto de Georgie é igualmente sem

emoção, embora quando ela encontra meus

olhos, ela pisca.

E eu paro de segurar minha

respiração.

Tudo vai ficar bem.


— Raahosh, filho de Vaashan, você quebrou as leis desta tribo. —

Vektal fica de pé e aperta as mãos atrás das costas, andando de um

lado para o outro.

Eu endureço e minha mão vai para Raahosh. Ele a agarra com

força. Isso não parece promissor.

— Normalmente, a ameaça à vida de outra pessoa seria o exílio.

No entanto, os humanos não estão familiarizados com os nossos

caminhos, nem estamos familiarizados com os deles.

— Concordo. — murmura Aehako.

Vektal continua com um olhar severo para o caçador, depois se

volta para nós.

— A ressonância pode afetar ambas as partes de maneiras

inesperadas, e isso é o que foi decidido neste caso. Vocês dois foram

insensatos ao seu khui e, portanto, isso deve ser levado em

consideração também.

Meu aperto de morte diminui da mão de

Raahosh, só um pouquinho.

— Você e sua companheira serão exilados

para as cavernas caçadoras. Nos próximos

dois anos e meio, ou até o seu kit

chegar. Você deve permanecer na


caça por sete dias a cada um. Você deve trazer carne suficiente para

alimentar a tribo e encher os depósitos de gelo para duas das estações

brutais. Nossos números cresceram, mas nosso número de caçadores

não aumentou, e isso será mais importante do que nunca. — Ele olha

para nós com firmeza. — Você não terá uma caverna familiar até que

sua punição seja removida. Se você colocar em risco a vida de outro

membro da tribo a qualquer momento, o exílio será mais uma vez

permanente. — Raahosh exala através de suas narinas. Ele balança a

cabeça lentamente.

— Obrigado, meu chefe.

— Então o que isso significa? — pergunto, tentando não parecer

animada.

— Isso significa que você estará caçando mais do que você estará

aqui nas cavernas. — diz Vektal.

— Mesmo? Nós dois caçando?

Vektal acena com a cabeça.

— Você diz que quer caçar? Nós vamos

tratá-la como um caçador. Nós faremos o

mesmo com qualquer outra mulher que

queira contribuir. Georgie e eu

discutimos muitas coisas esta tarde.


Só porque é o caminho sa-khui não significa que seja necessariamente

o caminho humano, e não podemos forçá-las a ser mulheres sa-khui.

Georgie tem um sorriso satisfeito no rosto.

— Vamos trabalhar duro para alimentar a tribo. — Raahosh diz

em voz baixa. — Obrigado de novo, meu amigo.

Vektal acena com a cabeça e a expressão severa do chefe deixa o

rosto dele. Ele se move para frente e aperta Raahosh em um abraço

que surpreende meu companheiro.

— Bem-vindo de volta, meu amigo. — murmura. Em seguida, ele

bate em Raahosh nas costas com um assobio impressionante e ambos

estão sorrindo. — Você tem esta noite para se preparar. Amanhã você

e sua companheira começam seu trabalho!

— Então estamos bem? — Pergunto. Eu prendo a respiração

novamente, apenas no caso de estar interpretando mal isso. Eu tenho

meu homem. Posso caçar e sair dessas cavernas lotadas e chegamos a

ser nós novamente. Quer dizer, vai dar muito

trabalho, mas gosto de caçar.

— Estamos bem. — diz Vektal.

Isso é incrível. Eu grito e pulo nos

braços de Raahosh novamente.


— Tudo bem. — diz Georgie enquanto inspecionamos a área de

armazenamento na parte de trás de uma das novas tocas. Esta é a

caverna de Ariana que ela compartilha com Zolaya, e que costumava

ser o armazenamento. Infelizmente para a pobre Ariana, ainda há

muito armazenamento em volta das paredes da caverna. — Vamos

prepará-la para a caça, assim você estará no seu caminho pela manhã.

— Do nosso lado, Kira faz um som suave.

— Eu vou ficar triste em ver você ir, Liz. Eu gostei de ter você de

volta.

— Voltarei em breve. — Digo a ela. A verdade é que estou

animada. Estou pronta para sair com Raahosh novamente, na neve e

no sol, caçando, amando, explorando e... bem, apenas curtindo a vida.

Eu examino as pilhas de peles, as cestas de

couros secos, ossos e qualquer outra coisa que

possa ser considerada útil. Minha mente não

está na caça, e sim em Raahosh. Eu me

sinto tão feliz. Meu companheiro está


conversando com Vektal na sala do chefe, e estou me preparando.

Hoje à noite, nós dormimos na caverna dos caçadores junto com

todos os outros caçadores.

De manhã? Nós decolamos.

Isso parece Natal.

E suspeito que tenho que agradecer a Georgie por tudo isso. Ela

deve ter suavizado Vektal para mim. Então, ao invés de pegar o

equipamento, me viro para minha companheira humana e arremesso

meus braços ao redor dela em um abraço.

Ela ri e dá um tapinha nas minhas costas.

— Por que isso?

— Isso foi um agradecimento por consertar as coisas.

— Eu não fiz nada de especial. — ela derrama. — Você esquece,

Raahosh é seu amigo também. Acabei de lembrá-lo de como nossas

sociedades são diferentes.

Uhm, hum. Bem, se ela não quiser admitir um

pouco de amor persuasivo, não vou forçá-la a

fazer isso. Eu dou-lhe um último aperto feliz,

em seguida, abraço Kira, cujo rosto triste

está sorrindo. Eu me sinto


desconfortavelmente chorosa. Feliz, mas chorosa. Me volto para a

pilha de armazenamento.

— O que você acha que eu preciso?

— Tudo? — Georgie puxa uma cesta de couro velho e começa a

cavar através dela. — Onde você acha que vão primeiro? Alguma

ideia? Vektal diz que há toneladas de cavernas caçadoras espalhadas

por quilômetros ao redor. Eles têm um sistema e uma vez que os

caçadores ficam muito tempo no campo, eles são montados como

mini-casas com lenha e cobertores e outras coisas.

Considero por um momento.

— Se depender de mim, quero ir a antiga nave. Aquele de onde o

povo deles veio. Eu gostaria de um pouco de aprendizagem de

linguagem, acho. Estou cansada de todo mundo falando ao meu

redor. Eu quero fazer parte das coisas.

— Eu gosto dessa ideia. — diz Kira. — Posso ver se posso ir até lá

em algum momento.

— Oh? — me viro para ela. — E quanto ao

aparelho na orelha?

Ela toca-o com uma careta.


— Odeio isso. Eu quero que isso saia. Além disso, preocupo-me

com o fato deles voltarem se ainda o encontrarem ativo.

Kira tem um ponto. Eu sei que ela não pode removê-lo, eles o

colocaram cirurgicamente no ouvido dela. Eu não percebi o quanto

isso a incomoda, no entanto.

Continuamos a conversar enquanto preparamos um pacote para

mim cheio de coisas essenciais: um kit de costura, um cordão extra,

sabonetes secos, botas aquecidas e mantos de couro, e depois não há

mais nada a fazer além de dizer adeus aos meus amigos. A expressão

de Kira é triste.

— Eu gostaria de ter algum tipo de conselho de recém-casada

para dar. — diz Kira. — Sinto que seria apropriado. — A expressão

de Georgie se torna ... bem, um pouco como um gato que está

lambendo o creme.

— Eu tenho alguns conselhos para você.

— Oh?

— Você quer explodir a mente dele? Duas

palavras para você. — Ela as cutuca com seus

dedos. — Posição Cachorrinho.

Meus olhos se arregalam.


— Mas o esporão vai... — Quando ela balança a cabeça

lentamente, Kira abre a boca.

— Ohhhh. Você é uma garota imunda e muito suja, Georgie.

— Uma menina imunda com um companheiro feliz. — diz ela.

Não posso discutir com isso.

O resto do dia passa voando. Há preparação a ser feita, armas a

serem verificadas e reparadas antes de voltarmos para o campo,

roupas a serem consertadas, pessoas para abraçar, e Maylak está

determinada a nos enviar com todo tipo de erva curativa que ela tem,

junto com uma explicação, no caso de precisarmos de alguma coisa.

Caçadores, Georgie explica para mim quando ela traduz, estão

acostumados a ficar sem conforto, mas porque Raahosh e eu vamos

ser uma equipe (e eu estou grávida) todo mundo

quer ter certeza de que estamos bem

preparados.

Antes que eu perceba, o jantar acabou

e Raahosh vem me buscar.

Aparentemente, há muita costura


acontecendo nas cavernas de solteira, e agora tenho duas novas

túnicas e dois pares de calças para combinar com botas forradas de

pele.

— Venha. — diz Raahosh, puxando-me para longe suavemente.

— Estamos saindo de manhã cedo.

Com uma última rodada de abraços, me despeço por agora e saio

com meu companheiro. Não é como se estivéssemos partindo para

sempre, na verdade estamos saindo por uma semana antes de

retornarmos novamente. Mas é uma mudança, e nós, humanos,

tivemos tanta mudança recentemente que não culpo as outras garotas

quando elas ficam com lágrimas nos olhos ao pensar em mim.

Eu não estou triste, no entanto. Não posso esperar para passar o

tempo com meu companheiro, ficar sozinha com ele e lamber toda

sua pele até que ele esteja puxando meu cabelo.

Totalmente estranho, mas estou puxando o cabelo.

Infelizmente, meu tesão é frustrado pela

caverna dos caçadores. Estamos aqui hoje à

noite, e todas as noites estamos de volta com

o grupo. Eu pensei que seria... caramba,

não sei. Vazia? Privada? Alguma

coisa?
É literalmente uma fileira de paletes com privacidade zero. A

caverna é pequena e vazia e a maioria dos machos jovens não

acasalados mora aqui. Raahosh me apresenta a eles: Ereven, Taushen,

Cashol e meu melhor amigo Haeden, que faz cara feia ao me ver.

Então, Raahosh e eu colocamos nossas mochilas no chão e nos

enroscamos na última cama, que foi deixada para nós desde que

Zolaya se mudou recentemente com Ariana.

Isso faz parte do nosso castigo, eu sei. Basicamente, estamos em

dormitórios públicos até o exílio acabar. E isso... é uma porcaria.

Porque tenho passado dias e dias sem o meu Raahosh, e não quero

nada além de fazer sexo com ele na próxima semana.

E nós temos zero privacidade.

Ele se deita ao meu lado e puxa os cobertores apertados em volta

de nós, então coloca um braço protetoramente ao meu redor. Meu

piolho começa a ronronar, e eu ouço o de Raahosh pegar a música e

continuar. Um dos homens bufa, levanta-se e sai

da caverna.

Bem, pelo menos um se foi. Isso só deixa

outros três além de nós. Eu suspiro.

Estou deitada de lado, de frente

para ele, porque só quero olhar para


ele a noite toda. Eu traço cada uma de suas cicatrizes com meus dedos

e deixo minhas mãos roçarem seus chifres, até que ele finalmente pega

minha palma e beija o centro dela.

— Pare, ou eu vou te levar aqui na frente dos outros. — ele

murmura, e seus quadris empurram contra os meus.

Posso sentir sua ereção, dura e insistente contra o meu corpo. E

eu o quero.

Na caverna cheia de caçadores.

Eu bato mais forte e minha mão se move para o peito dele. Eu

amo tocar nele. Estou quase no ponto em que não me importo se ele

me pegar na frente dos outros ou não. Contanto que me coma e bem.

Mas então um dos homens suspira e rola na cama, e eu tenho uma

ideia.

— Oh, Raahosh. — gemo alto. — Faça isso com a sua cauda

novamente.

Os olhos de meu companheiro se arregalam

em choque e eu tenho que morder minha

risada. Em algum lugar ao lado, outro homem

murmura algo em alienígena e depois sai

da caverna, seguido por outro. Há


apenas um outro além de nós, e aposto que também posso assustá-lo.

— Só assim. — grito, apesar de Raahosh estar olhando para mim

com horror. — Faça assim com sua cauda!

A mão de Raahosh aperta minha boca para me silenciar, mas

funciona. Outra pessoa se levanta de sua cama e olho por cima do

ombro de Raahosh para ver Haeden atirar-me um olhar antes de sair

da caverna.

Então estamos só nós dois.

— Você está cheia de travessuras ultimamente. — Raahosh

murmura, e me puxa contra ele para mordiscar meu pescoço. —

Agora eles vão me perguntar o que é que eu faço com o meu rabo toda

vez que eles me virem.

— Você tem uma boa imaginação. — eu o provoco. — Use-a.

— Eu não preciso de imaginação. — Sua voz assume uma nota

crescente. — Eu tenho as mãos. — Ele me empurra de costas e vai para

as minhas calças, empurrando-as para baixo em

torno de meus quadris. Eu ansiosamente

desfaço os cadarços, desesperados para tê-lo

comigo, para ficar nua com ele. No

momento em que eles se soltam, eu

chuto minhas calças longe. Em


seguida minha túnica, e sob as peles, Raahosh está removendo as suas

roupas o mais rápido possível. Meu piolho está cantando uma

tempestade.

Ele coloca uma mão no meu peito e esfrega o polegar sobre o meu

mamilo, e eu gemo.

— Minha Liz. — ele respira. — Minha companheira.

E então algo passa por cima da minha boceta. Eu suspiro e olho

para baixo. Sua cauda.

— Você disse para usar minha imaginação. — ele murmura, e

desliza a mão até as minhas dobras. Seus dedos as separam e sua

cauda desliza para cima e para baixo através da minha suavidade. —

É tudo o que você quer que eu use?

— Deus, não. — me estico e pego seu pênis enquanto ele usa sua

cauda para provocar o meu clitóris. — Eu quero que você use isso

acima de tudo.

Ele geme e se move sobre mim, seu peso é uma

sensação bem-vinda. Foda-se preliminares, eu

quero ele em mim rápido e duro, agora.

Quando ele abre minhas pernas e me

beija, lembro o que Georgie disse sobre


explodir sua mente. Coloco a mão em seu peito para detê-lo.

— Olá bebê. Eu tenho uma ideia.

Raahosh recua e me dá um olhar perplexo.

— O quê?

— Eu quero que você faça por trás.

Ele inclina a cabeça comicamente, quase rindo.

— Mas a sua cauda

— Não existe. — Indico, e traço um dedo ao redor do mamilo. —

Humanos fazem esse tipo de coisa o tempo todo. Você pode

simplesmente me virar e empurrar para dentro de mim e...

Assim que eu digo as palavras, suas grandes mãos estão me

virando e então minha bunda está no ar. Eu rio enquanto fico de

quatro. Não vai ser difícil arrastar Raahosh para o lado negro, eu vejo.

Sua mão alisa a minha bunda e dou um suspiro suave de prazer

e fecho meus olhos.

— Isso é bom.

— Você está tão... nua. — A grande mão se

move sobre a minha bunda, e os dedos dele

percorrem a fenda. — Está…

— Pecaminosa? — Eu ofereço, me

sentindo bastante malvada.


— Linda.

Aww. Eu começo a fazer um comentário sobre sua doce escolha

de palavras, mas então seus dedos deslizam entre minhas pernas e

acariciam-me por trás. Meu corpo inteiro sacode e eu suspiro. Jesus,

isso parece bom demais.

— Você está molhada o suficiente para me levar? — Ele pergunta,

e seus dedos entram e saem. Estou tão molhada que posso ouvir seus

dedos se movendo, e aceno em resposta. Um suspiro animado se

forma quando ele empurra a cabeça de seu pênis contra a minha

entrada, e eu me inclino para frente, me preparando.

— Por favor! — digo. — Agora! — sinto como se tivesse esperado

para sempre por meu amante.

Ele empurra para dentro de mim e grito porque parece tão

incrível. Polegada por polegada deliciosa, ele trabalha seu pênis em

mim, e eu me movo e empurro de volta contra ele, determinada a

acelerar as coisas. Apenas quando penso que não

aguento mais e me sinto esticada aos meus

limites, algo cutuca contra minha bunda em

empurrões.

Oh, Deus.

Isso tem que ser o seu estímulo.


E não há palavras para o quão bom é. Meus dedos cavam as peles

e eu grito novamente.

Raahosh me acalma, mas depois ele se afasta e empurra

novamente, e não consigo manter meus gritos para mim mesma. Com

cada golpe de seu pênis em mim, o esporão pressiona e penetra na

minha bunda, apenas o suficiente para me deixar louca de luxúria.

Não muito tempo depois, gozo duro, gritando o nome dele. Cada

músculo do meu corpo se fecha ao redor dele, e seus dedos cavam em

meus quadris. Ele empurra descontroladamente em mim, e então

goza também.

Com um suspiro feliz, eu chego para trás e seguro-o enquanto ele

rola nossos corpos para o lado. Ele pressiona beijos no meu pescoço e

ombro, e me movo contra ele, porque me sinto estranhamente

excitada que seu pênis (e espora) esteja afundado em mim. Estou

cansada, meus joelhos estão fracos e estou respirando com

dificuldade... mas também estou pronta para a

segunda rodada.

— Eu acho que você deve aprender a ficar

mais quieta se vamos estar nesta caverna,

minha companheira. — Raahosh me


diz. — Sua gritaria provavelmente acordou todos os kits do outro

lado das cavernas.

— Foda-se. — digo, bêbada com prazer. — se querem que a gente

seja mais silencioso, nos deixe em uma caverna só nossa. — Porque

aquele estilo cachorrinho... whoa. Me fez perder totalmente a cabeça.

— Nós devemos terminar o nosso exílio primeiro. — Raahosh

belisca meu ombro. — Tem certeza de que deseja fazer isso, Liz? —

Com manchas de endorfinas, passo a mão pelo cabelo dele enquanto

ele acaricia meus seios.

— Estilo cachorrinho? Eu vou querer. Muito.

— Não. Ficar comigo. Compartilhar meu exílio.

Que pergunta boba.

— Cem por cento. Não há nada para mim se você não está aqui.

— Vai ser um trabalho difícil. Temos muito mais bocas para

alimentar com a expansão da tribo. Vamos caçar sem parar até que

fique muito frio para sair das cavernas.

— Então, vamos caçar sem parar. — digo a

ele. — Eu gosto de caçar.

Sua mão se move para a minha barriga

e traça sobre ela. Eu ainda sou plana, e


provavelmente será por algum tempo se essa coisa de gravidez de três

anos for legítima.

— Será mais fácil para você ficar aqui.

Sacudo minha cabeça.

— Você não entende, Raahosh? Você é minha vida. Você é meu

motivo de viver. Quando esses alienígenas nos afastaram de tudo, eu

me senti... perdida. Não estou perdida quando estou com você. Estou

feliz. — Eu toco sua bochecha. — Estou completa.

— Minha companheira. — ele murmura. — Minha Liz. Meu tudo.

— Toda sua. — Digo a ele. E é a verdade. Enquanto eu estiver com

Raahosh, o mundo pode nevar o quanto quiser, a tribo pode acumular

todo o trabalho que eles querem para nós, e nós podemos dormir nas

cavernas dos caçadores.

Contanto que eu esteja com ele, estou feliz.

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